O texto resume as categorias sartreanas para análise do movimento grupal apresentadas por Lucília Augusta Reboredo em seu capítulo. Essas categorias descrevem as etapas do processo grupal, incluindo a serialidade, fusão, juramento, organização, fraternidade-terror e institucionalização. O texto argumenta que essas categorias fornecem ferramentas úteis para entender a dinâmica total do desenvolvimento de um grupo e suas relações com a sociedade.
O texto resume as categorias sartreanas para análise do movimento grupal apresentadas por Lucília Augusta Reboredo em seu capítulo. Essas categorias descrevem as etapas do processo grupal, incluindo a serialidade, fusão, juramento, organização, fraternidade-terror e institucionalização. O texto argumenta que essas categorias fornecem ferramentas úteis para entender a dinâmica total do desenvolvimento de um grupo e suas relações com a sociedade.
O texto resume as categorias sartreanas para análise do movimento grupal apresentadas por Lucília Augusta Reboredo em seu capítulo. Essas categorias descrevem as etapas do processo grupal, incluindo a serialidade, fusão, juramento, organização, fraternidade-terror e institucionalização. O texto argumenta que essas categorias fornecem ferramentas úteis para entender a dinâmica total do desenvolvimento de um grupo e suas relações com a sociedade.
Aluna: Maria Luiza C. R. de Q. Carvalho Data: 06/08/2021
Texto: (artigo ou capítulo de livro): REBOREDO, Lucília Augusta. De Eu e Tu a Nós: O
grupo em movimento como espaço de transformação das relações sociais. UNIMEP. SP. 1995. Cap. 2 (As Categorias Sartreanas para a análise do movimento grupal)
Título: As Categorias Sartreanas para a Análise do Movimento Grupal
Público Alvo: Comunidade Acadêmica e Profissionais que atuam na área social
Assunto Tratado: Estágios e desafios do movimento grupal
1. Ideia central do texto
O grupo é um devir no qual os indivíduos, enquanto sujeitos históricos, buscam
superar a condição de alienação do EU E TU, visando se articular em ações coletivas.
2. Resumo (breve)
O texto de Lucília, Apresenta as proposições de Sartre sobre o movimento do
processo grupal que irá nos permitir conhecer o grupo em seu devir. É um texto que traz um olhar crítico e nos permite refletir sobre as relações exteriores e interiores que o grupo irá exercer, sempre pautado em uma dialética histórica.
3. Objetivos
Refletir sobre o indivíduo no mundo a partir da crítica que Sartre faz
sobre o marxismo, o idealismo hegeliano e Engels.
Levar o leitor a reflexão sobre as ideias Sartreanas acerca do método,
da práxis e da mediação presentes no processo grupal.
Entendero movimento da dialética dentro do processo grupal a partir
da perspectiva do materialismo histórico
Compreender a condição de série e a institucionalização dentro do
processo grupal e o papel dos terceiros mediadores.
Refletir sobre as categorias universais que Sartre cria como
instrumento de análise do movimento grupal.
4. Caminho percorrido pelo/a autor/as
Na busca de compreender a dialética do processo histórico que rege a vida dos homens, Reboredo inicia este capítulo trazendo um pouco da ótica crítica de Sartre sob estas questões e suas concepções acerca de alguns momentos, como a serialidade e a institucionalização, presentes no processo grupal. Em seguida, a autora retoma a discussão que Sartre fez sobre a relação entre terceiros mediadores e a relação de Eu, Tu e Nós.
Em um segundo momento a autora discorre sobre os conhecimentos
produzidos por Sartre, onde é possível compreender as categorias que vão pautar os momentos presentes no processo grupal (Serialidade, Fusão da Serialidade, Juramento, Organização, Fraternidade- Terror e institucionalização).
5. Destaques
Sartre faz a crítica aos esquemas universalizantes e totalizadores que
embasaram o processo histórico no sentido de trazer para a discussão a importância de se olhar as particularidades que atravessam a história dos homens. Ele também critica a redução do processo humano, a dialética da natureza, entendendo que é o processo histórico social das práxis do homem que deve ser compreendido sob o olhar dialético.
É importante compreender a dialética como um movimento que surge a
partir de uma historicidade presente na vida dos homens e que permite que estes se humanizem por meio das mediações dentro dos grupos. Desse modo, é fundamental pensar a práxis através da relação dialética entre a objetividade e subjetividade, afinal é por meio desta que o sujeito conhece e transforma a realidade em que está inserido. Sartre introduz o conceito de práxis- processo ou práxis grupal para se referir a passagem do homem- serialidade ao homem- grupo.
Todo agrupamento (série) pode evoluir para a condição de grupo,
porém pode ocorrer a “ morte “ do grupo, momento em o processo grupal é atravessado pela burocratização e institucionalização. Neste momento se tem o retorno do grupo a condição de série. Assim, é possível entender o grupo como um processo que se dá a partir das práxis de seus membros e que está sob constante ameaça de se dispersar e constituir.
Em sua teoria Sartre defende a ideia que qualquer membro do grupo
pode exercer a função de terceiro mediador entre o Eu e os Outros, sendo o responsável naquele momento de regular a interação grupal. Logo, ele descarta o papel do líder, pois em sua visão o líder é um instrumento de reprodução de relações alienadas, enquanto o terceiro mediador eleva a condição de Eu e Tu, para a de Nós.
O movimento grupal busca tirar o grupo da condição inicial de
Serialidade, onde os sujeitos se encontram indiferenciados e imersos em um estado de alienação. Ao superar esse estado de inércia, se tem a unificação das liberdades individuais pautada em uma relação de reciprocidade, com isso o grupo se encontra em estado de Fusão. É importante ressaltar que na Fusão o grupo ainda não se consolidou, mas se encontra em unidade.
O juramento é o momento em que a condição de pertencimento está
mais presente. Se tem a criação de instrumentos reguladores de ações, como por exemplo o estatuto, que asseguram a passagem para o próximo momento, que é o da organização. Desse modo, na Organização o grupo se encontra mais estruturado de modo que começa a se priorizar o poder e em sequência se tem a divisão de tarefas.
A Fraternidade- Terror é um momento em que o medo da dispersão,
presente desde o Juramento, se torna maior, de modo a fazer com que o grupo busque controlar as possibilidades de fuga dos indivíduos. Na Institucionalização se tem a possibilidade da dispersão e com isso o retorno à Serialidade. Neste momento se faz presente a separação dos membros do grupo em subgrupos. Sartre considera que nesse último estágio aconteceu a “ morte do grupo’’, porém ele ressalta que a cristalização das relações não é algo definitivo, podendo o grupo, imerso no seu devir, se reorientar e mudar.
6. Relevância para a disciplina
Penso que Reboredo reconhece as enormes contribuições Sartreanas para a
Psicologia Social. Desse modo, como ela, entendo que as categorias são instrumentos fundamentais para análise do movimento do processo grupal, pois permitem contemplar a totalidade do devir, resgatando o projeto individual-coletivo em sua relação com a sociedade. Diante disso, o profissional que quer orientar a suas práxis para um trabalho grupal precisa conhecer a fundo estas categorias de modo que estas possam auxiliar e contribuir para a formulação de um projeto político de sociedade em que os sujeitos se encontrem emancipados e não coisificados.