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Julia Rye Nakawatase

Matheus de Andrades Barros Damasceno

Pollyanna Silva de Mendonça

Ronaldo Cabral Oreano Junior

Tiago Ballmann de Campos

A RELIGIÃO MAIA

Florianópolis, SC

2016
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA
CATARINA
CÂMPUS FLORIANÓPOLIS
DALTEC
CURSO TÉCNICO DE ELETROTÉCNICA INTEGRADO

Julia Rye Nakawatase


Matheus de Andrades Barros Damasceno
Pollyanna Silva de Mendonça
Ronaldo Cabral Oreano Junior
Tiago Ballmann de Campos

A RELIGIÃO MAIA

Trabalho acadêmico sobre a religião


do povo Maia e sua sociedade,
requisitado pelos orientadores:
Caroline Lorenset e Rodrigo Mota,
na disciplina de Projeto Integrador 1

Florianópolis, SC

2016
RESUMO

O trabalho foca na religião do povo Maia e nos diversos fatores que esta abrange, foi realizado com
base em pesquisas bibliográficas; e traz, consigo, o objetivo de desvendar o funcionamento desta
fascinante civilização que existiu no passado, e o que ela teria deixado para o futuro – nós. Para tal
fim, a pesquisa dá grande foco nos deuses, rituais, e na influência que este povo recebe de suas
crenças, as quais são complexas e levam em consideração desde os movimentos da natureza ao seu
redor, até os astros observados à noite, algo necessário já que para eles era preciso satisfazer a
vontade dos deuses. Por esse viés, se destacam os rituais, que eram de extrema importância para
eles, e nos ajudam a compreender um pouco mais a ligação deles com a religião, pois os rituais serem
exercidos para os deuses, aclara o sentido de que se não recorressem a estes ritos, não seriam
capazes de sobreviver.

Palavras-chave: Maias; Rituais; Deuses


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................3

1.1 Justificativa ....................................................................................................................4

1.2 Definição do Problema ..................................................................................................4

1.3 Objetivo Geral ................................................................................................................4

1.4 Objetivos Específicos .....................................................................................................4

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................7

2.1Deuses e Rituais Maias...................................................................................................7

2.2 Astrologia........................................................................................................................8

3. METODOLOGIA ............................................................................................................10

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................................12

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ...................................................................................13


1. INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa

A massa populacional, que é a grande criadora de conceitos e modas, não tem o


conhecimento necessário para julgar a cultura de um Império, como foi o povo Maia;
assim como carece de um viés cientifico para passá-la, corretamente, a seus filhos e
netos. Portanto, é possível concluir que há a necessidade de se ensinar mais a eles, não
só sobre a religião, mas sobre todo o Império Maia.

1.2 Definição do Problema

A religião Maia é uma religião complexa, recheada de convicções obtidas através


de cálculos meticulosos, como prova o Calendário Maia, que necessitou de muita
matemática para ser criado. Com isto em vista, como gerar uma ideia em comum e
transmiti-la à população?

1.3 Objetivo Geral

A partir deste problema, temos o seguinte objetivo geral: gerar um conceito que
sirva de base para o entendimento da religião Maia e seus costumes, sem a interferência
de estereótipos, definições equivocadas da internet, ou comparações ludibriadas pela
influência dos povos “Astecas” e/ou “Incas”.

1.4 Objetivos Específicos

a) Transmitir a informação referente a este povo de forma detalhada, quais eram


suas crenças, as divindades às quais reverenciavam, assim como suas identidades.

b) Conferir o sentido por trás dos rituais sagrados, e a importância destes ritos para
eles.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Deuses e Rituais Maias

A religião do Império Maia era politeísta, acreditavam em vários deuses,


diferente da crença monoteísta do cristianismo ou islamismo, por exemplo, que
acreditam em um só deus. Os Maias achavam que tinham apenas uma função na
Terra: venerar os deuses, pois, se os deuses morressem, o universo iria desaparecer
(FERREIRA, 2004). A crença Maia afirmava que os deuses eram a única coisa que
existia, antes de tudo, então sentiram um desejo de criar uma raça que os venerasse,
consequentemente, o nascimento dos seres humanos. Primeiro, criaram um homem de
lama, que acabou derretendo; depois, tentaram criar um de madeira, mas esse não
possuía alma, o que enfureceu os deuses, fazendo-os destruir tudo em uma grande
tempestade de chuva e fogo. Na tentativa final, os deuses utilizaram farinha de milho,
que funcionou. Por este motivo, os Maias passaram a acreditar que a matéria-prima de
tudo era o milho, vegetal que valorizavam mais que o ouro (SOUZA, s.d.). E, embora,
esta seja uma teoria muito parecida com a do catolicismo, uma das religiões mais
influentes no ocidente nos tempos modernos, podemos perceber diferenças entre os
credos.

A religião é algo que sempre esteve presente em tudo no cotidiano Maia -


viviam pelos deuses. Suas atividades, seus rituais, e o que faziam era controlado pelos
sacerdotes, que acreditavam saber tudo sobre o divino. As cidades eram governadas
por um estado teocrático (que se submete às normas de uma religião que, geralmente,
há um porta-voz dos deuses) no qual os Maias capturavam prisioneiros em suas
guerras, para sacrificá-los em seus rituais aos deuses (ARAÚJO, 2016). A rotina dos
Maias era dedicada a realização de cerimônias; para alimentar os deuses, oferendas
como flores, frutas e alimentos eram bastante comuns. Porém, os rituais mais
importantes eram os sacrifícios, seja de humanos, ou de animais, pois eles
acreditavam que os deuses precisavam de sangue, que era sua energia vital e sagrada
para eles. (FERREIRA , 2004)

Todas as cidades possuíam um centro cerimonial, onde rituais e sacrifícios eram


realizadas para todo o império. Essas cerimônias eram realizadas de acordo com o
calendário, e eram bem diversificadas, havendo rituais referentes ao ano novo, a
fertilidade, ao casamento, a morte... (FERREIRA, 2004). Nas plataformas cerimoniais
eram exibidas em uma estaca, as cabeças das vítimas derrotadas nos jogos de “bola
mesoamericanos” ou como os Maias chamavam pok-ta-pok. O jogo era um dos
principais ritos, e não só para os Maias, pois outros povos praticaram esse rito por
milênios. Era uma espécie de jogo de bola, que simbolizava a luta dos cosmos
contrários, mas os arqueólogos e os historiadores ainda discutem o significado desse
rito. A bola era feita de borracha, e pesava em torno de 3 a 4 kg. Era costume para os
Maias, os nobres disputarem o jogo com os prisioneiros de guerra, no final os
prisioneiros eram decapitados ou tinham seus corações arrancados. Em setembro e
outubro de 2015, foi realizada a primeira Copa de Pok-ta-pok em Yukatan, México
(DOMINGUES, 2015).
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Como acreditavam na imortalidade da alma, os funerais dos Maias eram como um rito
utilizado para preparar os indivíduos à última grande passagem da vida. Os Maias
colocavam alimentos, utensílios e em alguns casos, sacrificavam escravos ou mulheres
para colocar dentro da sepultura, para acompanhar o morto em sua jornada. Os
principais sacrifícios humanos eram mulheres, escravos e prisioneiros de guerra, mas
esse último só era considerado uma boa oferenda se fosse de um lugar perto da cidade
onde a cerimônia estava se realizando (FERREIRA, 2004). As principais formas de
execução foram: arrancar o coração, flechadas ou afogamento (SOUZA, s.d.).

Os Maias possuíam vários deuses, mas o mais importante era Itzanma, que era
o deus dos céus, do dia e da noite, e era considerado o criador dos calendários, da
escrita e dos rituais religiosos. Ixchel era sua esposa, e era a deusa da fertilidade, do
parto e da gravidez, e podia prever o futuro. Tohil era o deus do fogo e do sacrifício, foi
visto pela primeira vez durante a segunda era dos humanos (feitos com farinha de
milho) num lugar chamado “as sete cavernas”. Chac era o deus das chuvas, que
estava sempre chorando, e suas lágrimas caiam na terra e assim ajudavam na
agricultura, que o fez se tornar o deus desta. Pauahtun era o deus dos céus e
sustentava o firmamento, apesar disso, era considerado instável e bêbado, e era ligado
aos ventos e aos trovões. Kinich-Ahau era um dos deuses do Sol, assumia diferentes
formas, de dia era um pássaro de fogo e de noite andava por Xibalba (submundo),
onde era um dos governantes, como um jaguar. Ah Puch era o deus da morte,
governava um reino onde havia fome, frio e sofrimento, e possuía os ossos expostos, e
segundo as antigas escrituras, rondava a casa dos enfermos para capturar suas almas.
Vucub Caquix era um dos deuses-demônios de Xibalba e possuía a forma de um
pássaro assustador, era arrogante e se considerava o deus do Sol, da Lua e da luz,
competia com os deuses “bons” para o lugar de principal líder dos deuses. Hun
Hunahpu nasceu humano, mas devido à interação com os deuses, foi tornado em uma
divindade, foi assassinado quando foi desafiado a um jogo no mundo dos mortos. Hun
Batz e Hun Chouen eram seus filhos mais velhos, e quando se tornaram divindades,
estavam relacionados às artes, dependiam dos irmãos mais novos para caçar, e os
outros, não gostando disso, os prenderam em uma árvore mágica, que os transformou
em macacos para poderem descer. Hunahpu e Xbalanque eram os gêmeos caçulas,
devido a morte do pai, foram a Xibalba por vingança (CABRAL, 2008).

A dança era a maior diversão dos Maias, em todas as festas religiosas ou


sociais, eles dançavam. Mas, apenas os homens poderiam dançar, as mulheres não
podiam nem assistir às tais “apresentações”. Esta arte estava, também, ligada a
religião, onde enfatizavam os deuses e as estrelas em seus altares e templos (LISBOA,
2013).

No século IX, muitos estudiosos acreditam que os Maias abandonaram suas


grandes cidades, pois os sacerdotes estavam tentando introduzir novas ideias e
práticas religiosas, de modo que os camponeses acabaram se revoltando e
expulsaram, ou massacraram, o grupo dominante.
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2.2 Astrologia

Os Maias tinham sua noção de tempo definida em 5 horas e 45 minutos para o


dia, e mais 5 horas e 45 minutos para a noite, os 30 minutos restantes, para se
completar 12 horas, era dado à madrugada, e era a famosa “hora dos mortos”, que
diziam ser o horário que Ah Puch vagava pela terra. Eles também eram capazes de
estipular o tempo pelos astros, e faziam. Ver as fazes da lua, a posição do sol e o
tempo que levava, algo incontrolável à eles, era o que basicamente dividia inverno e
verão. O nome das crianças deste povo era dado de acordo com seu calendário, mês,
ciclo, época do ano (verão ou inverno), e de acordo com o deus que regia este ciclo
(LERMONTOV, 2009).
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3. METODOLOGIA

O trabalho foi feito por meio de materiais bibliográficos, fóruns e sites, por
exemplo. Por isso, constitui-se uma pesquisa bibliográfica. De acordo com Severino
(2007, p.122-123), “a pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro
disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como
livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhados
por outros pesquisadores”.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com esta pesquisa foi possível para nós, membros do grupo, estabelecer uma
opinião quanto ao tema. Aprendemos como a cultura e sociedade Maia eram evoluídas
quando comparadas a outras da mesma época, ressaltando-se o seu calendário, e a
identidade dos deuses, os tais seres sagrados que os criaram e se tornaram
responsáveis por manter suas vidas, consequentemente, recebendo grande destaque e
sendo de suma importância em sua religião – de vida ou morte.

Com isso, percebemos na grande variedade cultural/religiosa que existe no


mundo e, principalmente, no modo singular de ver a situação, dos Maias por exemplo;
perceptível nos seus sacrifícios, entre outros ritos.

Neste ínterim, desenvolvendo o trabalho, percebemos que conhecimentos deste


gênero são benéficos de se possuir, pois o modo de analisar a situação - vendo por
outros ângulos - deduz o “por que” e “como” do ocorrido, que será útil em nossas vidas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Camilla; SALES, Francisco; SOUSA, Rafaela. A Religião Maia Para Além
dos Sacrifícios. Disponível em: <
http://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/13919/1/2006_art_cbalves.pdf >. Acesso em:
01/11/2016.

ARAÚJO, Ana Paula. Maias. Disponível em:< www.infoescola.com/historia/maias/ >.


Acesso em: 01/11/2016.

CABRAL, Danilo Cezar. Quais são os principais deuses maias?. Disponível em: <
http://mundoestranho.abril.com.br/cultura/quais-sao-os-principais-deuses-maias >.
Acesso em: 01/11/2016.

DOMINGUES, Joelza Ester. Jogo de bola Mesoamericano: O combate mortal.


Disponível em: < www.ensinarhistoriajoelza.com.br/jogo-de-bola-combate-mortal/ >
Acesso em: 20/11/2016.

FERREIRA FH., O.A. Sacrifícios humanos maias. Disponível em: <


http://bit.ly/1SzhsnG >. Acesso em: 01/11/2016.

LISBOA, Jocenaldo. História Maia. Disponível em: <


http://povosdaantigaamerica.blogspot.com.br/2013/01/historia-maia_25.html >. Acesso
em: 01/11/2016

LERMONTOV, Mihail. Tun – O Calendário Maia da Evolução da Consciência.


Disponível em: < constelar.com.br/constelar/133_julho09/calendariomaia1.php >.
Acesso em 30/10/2016.

Maias: Rituais de Sacrifícios Humanos. Disponível em: <


http://www.brasil.discovery.uol.com.br/enigma/os-rituais-os-sacrificios-humanos >.
Acesso em: 01/11/2016.

SEVERINO, Joaquim A. Metodologia do trabalho científico. 23ª Ed. São Paulo:


Cortez, 2007.

SOUSA, Rainer. Maias – Religião. Brasil Escola. Disponível em: <


http://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/maias-religiao.htm >. Acesso em:
01/11/2016.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

CAMIMURA. Regis. A religião do Ocidente. Disponível em: <


http://www.recantodasletras.com.br/artigos/424168 >. Acesso em: 10/11/2016.

História dos Maias. Disponível em: <


http://www.suapesquisa.com/pesquisa/maias.htm >. Acesso em: 05/11/2016.

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