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Volume I
O Mundo da Física
Por
Índice
Sumário .....................................................................................................................vi
Prefácio..................................................................................................................... vii
Resumo histórico ....................................................................................................... 8
Introdução .................................................................................................................. 8
O limite clássico ....................................................................................................... 13
Objectivos gerais da disciplina ................................................................................. 12
Estratégias e métodos de ensino e aprendizagem .................................................. 12
Meios de ensino ....................................................................................................... 12
Instrumentos de Avaliação ....................................................................................... 12
Limites da física clássica e necessidade da nova teoria .......................................... 13
Experiência de difracção electrónica de duas fendas .............................................. 14
Explicação da experiência ....................................................................................... 15
Particularidades básicas da mecânica quântica. ..................................................... 17
Conceitos básicos da mecânica Quântica ............................................................... 18
Principio de Incerteza de Heisenberg ...................................................................... 18
Realização da Experiência ...................................................................................... 20
Grandezas Conjugadas. .......................................................................................... 22
8.3.6 O Paradoxo EPR ............................................................................................ 23
8.3.7 Sistemas Entrelaçados ................................................................................... 25
Princípio de Correspondência .................................................................................. 25
Medição na Mecânica Quântica ............................................................................... 30
3.5. Princípio da Indescernibilidade das partículas da mesma espécie ................... 32
Medições ................................................................................................................. 33
Determinismo Quântico ........................................................................................... 33
Princípio de super posição. ...................................................................................... 35
Formalismo matemático da Mecânica quântica ....................................................... 37
Operadores .............................................................................................................. 37
Conceito de valor médio ......................................................................................... 39
Operadores e suas propriedades ............................................................................ 40
Operações com operadores ................................................................................... 41
Autovalor de um operador inverso. .......................................................................... 43
8. Autovalores e autofunções de um operador ........................................................ 43
10. Produto escalar de duas funções....................................................................... 44
11. Propriedades do produto escalar ....................................................................... 44
9. Operadores lineares ............................................................................................ 44
Cálculo de operadores conjugados.......................................................................... 45
13. Operadores auto conjugados. Operadores Hermitianos .................................... 46
Demonstração da ortogonalidade recíproca das auto funções de um operador ...... 46
Teorema: Realidade dos Auto-valores..................................................................... 46
v5
Sumário
Prefácio
Introdução
Resumo histórico
O problema abordado por Max planck (1858 – 1947) era o de explicar o espectro
da radiação térmica, a energia emitida sob forma de ondas electromagnéticas por
qualquer corpo aquecido a uma dada temperatura. A emissão ocorre em todos os
comprimentos de onda (espectro continuo), mas com intensidade variável,
passando por um máximo em um dado comprimento de onda. Por sua vez, ela
depende da temperatura do corpo dado que a medida que a temperatura aumenta,
o máximo da intensidade da radiação emitida desloca – se para comprimentos de
onda cada vez menores.
O espectro da radiação que recebemos do sol é o exemplo mais familiar na faixa de
luz visível, esse espectro analisado por Isaac newton (1642 – 1727 ) em seus
experimentos com prismas, abrange do vermelho ao violeta ( cada cor corresponde
a um comprimento de onda diferente). O espectro estende – se além desta faixa,
incluindo comprimentos de onda maiores ( infravermelho, que sentimos como calor)
e menores (ultravioleta). O máximo, no espectro solar, está na região entre o
amarelo e o verde.
A variação da cor aparente na radiação emitida com a temperatura do corpo nos é
familiar em outras fontes de radiação térmica. Assim, a temperatura de 600 o C (
elemento térmico de um fogão eléctrico, por exemplo), um metal está aquecido “ ao
rubro”,emitindo uma fraca luminosidade avermelhada. Já o filamento de uma
lâmpada eléctrica ( 2000 0 C) emite luz amarelada. A luz do sol provém da sua
superfície, onde a temperatura atinge cerca de 6.000 0 C.
Esse efeito do deslocamento do pico de radiação térmica com a temperatura já
estava contido em uma fórmula empírica proposta em 1896 por Wilhelm Wien (
1864 – 1928 ), para descrever a lei da distribuição de intensidade no espectro
emitido, como função da temperatura da fonte. Gustav Kirchhof (1824 – 1887) havia
demonstrado em 1859 que essa lei é a mesma para qualquer fonte a uma dada
temperatura, mas ninguém havia conseguido a forma precisa da lei. Foi esse
problema ao qual Lord Kelvin (William Thomson, (1824 – 1907) se referiu ao final do
9
século XIX, como uma das pequenas nuvens que toldam o horizonte da física, que
Plunck procurou resolver. A outra nuvem, o resultado negativo do experimento de
Albert Michelson (1852 – 1931) e Edward Morley (1838 – 1923) sobre o efeito do
movimento da terra na propagação da luz, foi explicado pela teoria de relatividade
de Albert Einstein (1879 – 1955).
Uma lei empírica para a energia total emitida, como função da temperatura, já havia
sido proposta em 1879 por Josef Stefan (1835 – 1893). Foi demonstrada em 1884
por Ludwig Boltzman (1844 – 1906) usando argumentos termodinâmicos. Em Junho
de 1900, Lord Reyleigh (John Willian Strutt, 1842 – 1893) mostrou que a chamada
lei de equipartição da energia, um resultado fundamental da mecânica estatística
clássica de James Clerk Maxwell (1831 – 1879) e de Boltzmann, conduzia a uma
predição sobre a forma da lei universal procurada, Trabalhos experimentais de Lord
conduziram a famosa catastrofe do ultravioleta.
Experimentalmente era muito difícil medir a distribuição espectral com a precisão
necessária. Os primeiros resultados precisos no infravermelhos para temperaturas
entre 200 0 C e 1500 0 C, formam obtidos em Berlim por Otto Lummer (1860 – 1925)
e Ernst Pringsheim (1859 – 1917), em Fevereiro de 1900, e por Heinrick Rubens (
1865 – 1922) e Ferdinand Kurlibaum (1857 – 1927 ), em Outubro daquele ano, em
experimentos cruciais realizados precursor do actual laboratório Nacional de Física
e Tecnologia da Alemanha. Esses resultados estavam em desacordo tanto com a
lei de Wien (para baixas frequências) quanto com a lei de Reyleigh (para altas
frequências).
Em Outubro de 1900, reagindo aos resultados apresentados por Lord, Planck
encontrou uma fórmula que interpolava entre essas duas leis e fornecia um
excelente ajuste a todos os dados experimentais conhecidos. Nos três meses
seguintes, ele buscou uma justificativa teórica para sua fórmula, a partir de
argumentos da teoria electromagnética de Maxwell, da termodinâmica e da
mecânica estática. Usando as duas primeiras, reduziu o problema ao de encontrar a
energia U de um oscilador harmónico (um sistema que oscila com uma frequência
bem definida, como um pêndulo) de frequência f em equilíbrio termodinâmico com a
radiação térmica à temperatura T, dentro de um recipiente fechado. Os osciladores
10
uma nova dedução para a fórmula de Planck sobre a radiação térmica. Einstein foi o
primeiro Físico, e por 25 anos, o único a perceber as consequências revolucionárias
dos resultados de Planck sobre a natureza da radiação electromagnética, e baseou
– se neles para introduzir o conceito de fóton, bem como muitas ideias básicas da
teoria quântica.
A formulação quantitativa das bases da mecânica quântica só ocorreu em 1925,
com os trabalhos de Werner Heisenberg (1901 – 1976), Erwin Schrodinger ( 1887 -
1961), Paul Adrien Maurice Dirac ( 1902 – 1984) e Max Born ( 1882 – 1970). A
precisão dos dados experimentais em que Planck se baseou é atestada pelo valor
actualmente aceito da constante de Planck, h 6,6261x10 27 ergs , que difere em 1%
do seu resultado original.
Uma das verificações experimenteis mais belas e precisas da lei de Planck é a
determinação do espectro da radiação térmica cosmológica de fundo (
remanescente da origem do universo, o Big Bang), efectuada a partir dos anos 90
pela missão espacial Cósmic Background Explorer (COBE). A expansão do
universo resfriou essa radiação até a sua temperatura actual de 2,73k, com
intensidade máxima na região de microondas.
Os desvios da lei de Planck observados nessa radiação, de apenas alguns pares
por milhão, são considerados flutuações primordiais, responsáveis pelo
aparecimento das galáxias.
A mecânica quântica nasceu no primeiro quartil do século XX. Esta Física dos entes
microscópicos, que se pretendia completa e definitiva, introduziu uma visão
bastante estranha do Mundo. Presentemente devido, sobretudo a ruptura com a
ontologia de Fourier, elemento fundamental onde se apoia a física Borheana e à
introdução da análise local em onduletas, é possível ultrapassar o indeterminismo
quântico e recuperar a causalidade. A nova Física quântica não linear, sendo mais
geral, engloba, do ponto de vista formal, a teoria ortodoxa como um simples caso
particular. Torna – se assim possível libertar o espaço e o tempo e aceitar a
existência de uma objectiva realidade independente do observador.
12
Instrumentos de Avaliação
Os instrumentos de avaliação serão testes escritos e um exame final oral, relatórios
de pesquisa bibliográfica
13
O limite clássico
1. Limites da física clássica e necessidade da nova teoria
Até ao fim do séc. XIX, na Física Clássica foram bem distinguidos dois conceitos:
Substância e Radiação.
O comportamento das partículas (substâncias) obedece às leis da Mecânica de
Newton. Para as partículas, são apropriadas as noções de Localização no espaço,
Trajectória, etc.
A radiação electromagnética é descrita através da Electrodinâmica de Maxwell.
Suas propriedades características são a difracção, refracção e interferência
(Características ondulatórias).
Então: A imagem Clássica da natureza consistia de ondas de luz e partículas de
matéria.
No entanto, a aplicação da Mecânica e Electrodinâmica Clássicas para explicar os
fenómenos atómicos levam à conclusões que entram numa clara contradição com a
experiência.
A clarificação disto se percebe na contradição resultante da aplicação da
electrodinâmica comum ao modelo do átomo, Modelo Planetário proposto por
Rutherford em que os electrões se movimentam em torno do núcleo por órbitas
clássicas. Em todo o movimento acelerado de partículas os eléctrons deveriam
radiar continuamente ondas electromagnéticas. Com a radiação os eléctrons
perderiam sua energia e cairiam inevitavelmente no núcleo. Assim, de acordo com a
electrodinâmica clássica, o átomo seria instável o que de modo algum não
corresponde a realidade pois na natureza existem átomos estáveis.
Portanto, a Mecânica e a Electrodinâmica Clássicas fracassam em absoluto quando
são usadas para esclarecer os processos de emissão e absorção da radiação:
Os efeitos Fotoeléctrico e Compton;
Os Espectros atómicos.
espaços muito limitados (micro-mundo), exige uma alteração profunda nas noções
e leis clássicas básicas.
A explicação dos fenómenos que ocorrem no micro-mundo exige uma alteração
fundamental das noções e leis Clássicas básicas.
Com o efeito a explicação do efeito Fotoeléctrico por Einstein atribui, à luz, uma
natureza corpuscular (partícula).
A conjectura audaciosa de De Broglie segundo a qual as órbitas dos electrões no
modelo de Bohr do átomo constituíam ondas estacionárias, levou a um completo
colapso da imagem Clássica, atribuindo uma natureza ondulatória à matéria
(electrões). Esta é a dualidade onda – partícula.
Para melhor percebermos a necessidade duma alteração fundamental das noções
Clássicas básicas, revisitemos o fenómeno da difracção de electrões – Experiência
de Davisson – Germer realizada em 1927.
Quando da passagem de um feixe homogéneo de eléctrons através de um cristal,
no feixe que deixa cristal descobre - se uma distribuição de máximos e mínimos de
intensidade enfileirados, análoga ao quadro difracional observado na difracção de
ondas electromagnéticas. Deste modo, o comportamento de partículas materiais (
os eléctrons), deixa transparecer aspectos próprios de processos ondulatórios.
x
Fonte de electrões
w1, 2 w1 w2
Explicação da experiência
1. Fechamos a fenda 2 e medimos a probabilidade de localizar os electrões em
cada lugar ao longo do eixo x
2. Repete – se a medição fechando – se a fenda 1
Cada uma destas curvas significa que maior parte dos electrões caem na zona
central. Isto significa que lançando um electrão, há maior probabilidade de cair na
zona central. A probabilidade vai diminuindo à medida que nos afastamos desta
zona.
3. Medir a probabilidade com as duas fendas abertas ao mesmo tempo temos
os seguintes resultados:
a) O número de electrões registado em cada lugar x não é igual a soma dos
electrões que passam pelas fendas 1 e 2 nos procedimentos primeiro e
segundo respectivamente.
b) O resultado é uma consequência de que não se pode associar ao electrão
uma trajectória definida, pois, nesse caso seria de esperar o somatório das
duas probabilidades.
c) A probabilidade de localização dos electrões ao longo do eixo x, é distribuída
de tal maneira como uma função de onda. Conhecendo esta onda, pode – se
fazer afirmações sobre a probabilidade de localizar um electrão num
determinado lugar.
16
TPC:
Faça um resumo sobre a história da criação da Mecânica Quântica (eventos mais
importantes e os respectivos descobridores).
Realização da Experiência
p x .
h
O feixe de luz é constituído por partículas cujo momento linear é Po . Na
o
primeira interacção com o anteparo, haverá um desvio de uma parte da luz, o que
mostra que o momento linear po fica também desviado. p po
Tomando .x como a incerteza da medida da posição e a incerteza da medida
do momento linear de um electrão confinado a se movimentar ao longo do eixo x ,
o princípio de incerteza afirma que p x .x h
Quer dizer: Planejando uma experiência no sentido de fixar a posição do eléctron
com a maior precisão ( .x muito pequeno) constata – se que não é possível
21
medir o momento linear com precisão ( p x . tende a tomar valores muito elevados)
e refinando a experiência no sentido de melhorar a medida do momento linear,
perde – se a medida da localização da partícula
Assim, a relação de incerteza de Heisenberg, pode ser escrita na forma
h
x.px , ou seja p x .x
4 2
Este princípio é consistente com a ideia de que para um pacote de onda
1
k.x
2
Outra relação importante deste princípio envolve a incerteza na medição de energia
do pacote de onda ∆E, e o intervalo de tempo gasto em fazer tal medição ∆t; com
efeito,
E
Sabe se que E . E . . .
1 E 1
Assim .t .t E.t
2 2 2
A medida com que podemos conhecer a energia duma dada partícula num intervalo
h
de tempo t , tem uma incerteza E e para melhorar a precisão da sua
t
medida tem que se fornecer mais tempo, ou seja, é possível violar a lei de
conservação da energia tomando emprestada uma quantidade de energia desde
h
que a devolva num intervalo de tempo t
E
Da relação de incerteza de Heisenberg, podem se extrair as seguintes
consequências básicas:
Concluíndo:
i) A incerteza de Heisenberg nada tem a ver com a incerteza dos
instrumentos de medição, tão pouco com o grau das habilidades do
medidor. Tem a ver com as propriedades características das partículas
pelo facto de não serem completamente partículas nem completamente
ondas.
22
Grandezas Conjugadas.
O Princípio de Incerteza mede, assim, a qualidade do valor observável que o
modelo passa ao processo de medição. Note-se: que o modelo passa, não o que o
sistema passa. Os nossos instrumentos de medições podem ser de ultima geração
completamente fiáveis e confiáveis e os seus erros os mais diminutos possíveis,
mas isso não servirá se tentarmos observar, e portanto medir, as duas grandezas
simultaneamente. Um dos valores será tanto mais afastado do valor espectável
quanto o outro for mais próximo. Como nem sempre podemos saber o quanto os
valores se afastam, o bom método de trabalho aconselha a que nunca se meçam
essas grandeza simultaneamente, sob pena de depois não sabermos qual o valor
aproximado e qual o afastado.
O Principio de Incerteza de Heisenberg é também largamente usado por vários
autores, sob os mais diversos pretextos para chegar nas mais variadas conclusões.
23
outro observador mediu, eles têm que comunicar. A simples observação das
propriedades das partículas não lhes permite comunicar.
Os observadores medem simultaneamente, mas eles não sabem simultaneamente
os dois valores. Para que saibam, eles precisam comunicar um com o outro por
outros meios. São esses meios que estão vinculados à regra da relatividade sobre a
velocidade máxima de transferência de informação e nenhuns outros.
Sabe-se que
Assim:
Para n=2: e
Sabe-se que
Mas
Sabe-se que para a quantização das órbitas do átomo-H, Bohr postulou que
.
No entanto, existem muitos exemplos de movimentos periódicos desde os
movimentos simples até aos que ocorrem em poços de potencial.
Como descobrir as grandezas quantificáveis?
Considera-se um sistema mecânico em que apareçam grandezas susceptíveis de
assumir valores inteiros (variáveis quantificáveis), sob a acção duma perturbação no
sistema as referidas grandezas deverão ou variar de um número inteiro, dando um
salto, ou permanecerem constantes.
Ehrenfest (1914) – Cientista Alemão propôs uma regra geral de quantificação de
grandezas que descrevem movimentos periódocos.
29
Em geral, ele afirmou que (só grandezas que variam lentamente) se as acções que
afectam o sistema variarem lentamente, então as grandezas quantificáveis
permanecem constantes. E as grandezas chamam-se invariáveis adiabáticas.
Para o movimento periódico do pêndulo simples Ehrenfest demonstrou que E é
invariante adiabática (pode ser quantificado).
Portanto, só grandezas que variam lentamente no processo (variantes adiabáticas)
podem ser quantificadas.
Seja
assim:
sendo e
30
Esta expressão foi aplicada por Sommerfeld em 1916 para cálculos de átomos de
Bohr considerando o electrão segundo as leis de Kepler, não deve realizar
movimentos circulares mas sim movimentos elípticos.
Esta regra de quantização permite, em geral, de todo conjunto de movimentos
imaginários, destacar o número determinado de movimentos realmente permitidos,
isto é, quantificar o movimento do sistema.
- acção elementar, e designa-se . tendo em conta que
- quantum de acção.
e
Para explicar a incompatibilidade das leis Clássicas para explicar os fenómenos que
ocorrem no domínio quântico, Heisenberg revelou que um observador,
inevitavelmente, perturba qualquer sistema que ele tenta medir.
A transição entre os domínios relaciona-se com a natureza das perturbações a que
o sistema físico está sujeito devido as operações implícitas nas suas observações.
Na teoria Clássica - pressupõe-se que é sempre possível conhecer de modo
exacto aquelas perturbações e corrigir os seus efeitos.
Na teoria quântica - existem limites para a precisão das nossas observações que
não se ultrapassa através do melhoramento das condições experimentais.
Há uma correlação intrínseca entre os resultados das medições e as perturbações
necessariamente provocam no sistema. A capacidade de resolução do nosso poder
de observação não e limitada e depende da escala a que se dão os fenómenos
físicos.
Na Mecânica Quântica, chama se medição a qualquer processo de
interacção entre objectos clássicos e objectos quânticos, ocorridos com ou
sem a intervenção de qualquer observador.
2
espaço das configurações seja igual a unidade dq 1 ( condição de
representar como produto das funções de onda 1 (q1 ) e 2 (q2 ) de suas partes:
12 (q1, q2 ) 1 (q1 ) 2 (q2 ) .
Se estas partes não se interagem, a relação entre a função de onda do sistema e as
de suas partes conserva – se também nos instantes futuros, isto é,
12 (q1, q2 , t ) 1 (q1 , t ) 2 (q2 , t )
37
Operadores
Qualquer teoria Física que descreve uma nova área da natureza, pretende-se como
regra seu próprio aparato Matemático.
Historicamente a Física Clássica foi associada ao cálculo diferencial e integral
(Leibeniz, Newton, etc).
A Mecânica Quântica baseia-se na teoria dos operadores. A teoria dos operadores
lineares constitui a base Matemática da Mecânica Quântica.
Definição 1:
Chama-se operador à uma regra (ou receita) que transforma uma
função em outra.
, operador:
Para a designação de operador usa-se o assento circunflexo. Ex:
(função)
operador
Exemplos:
(Laplaciano)
(Nabla)
uma dada grandeza física f . De notar que cada uma destas funções supõe – se
pode ser dada por a n n . a n são certos coeficientes constantes. Este facto
n
mostra que qualquer função pode ser decomposta em uma série de auto funções de
uma grandeza física qualquer.
Um sistema de funções que torne possível efectuar esta decomposição diz se
constituir um sistema completo de funções. A expansão a n n possibilita
n
funções ortonormais.
f f n an .
2
( fˆ ) . Então o valor médio será igual a integral do produto de ( fˆ ) pela função
b) fˆ (a ) afˆ
n n n
forma ( fˆ ) k (q, q ) (q )dq . A função k (q, q ) f n n *(q ) n (q) é o núcleo do
n
40
Lˆ f ( x) ( x)
( x) af ( x) , Lˆ a , a cons tan te
( x) u ( x) f ( x) , Lˆ u( x)
b) Operador diferencial
d d
Lˆ . Lf ( x) f ( x) ( x)
dx dx
2 d 2
f ( x) x de Hˆ . U ( x) Operador de Hamilton
2mo dx 2
c) Hˆ ( x) E ( x)
2 d 2
[ . U ( x)] ( x) E ( x) Equação de Schrodinger
2mo dx 2
d) Operador matricial
1
a11 a12 .......a1n
2
a a 22 .......a2n .
A aik = a1 ; ; * ( * * .... *)
..........
................ .
a
m1 a m2 ........a mn .
n
e) Operador integral
( x) k ( x, ) f ( x, )d , Lˆ k ( x, ) ....d
núcleodo operador
Lˆ f ( Lˆ1 Lˆ 2 ) f Lˆ1 f Lˆ 2 f
b) Operador unidade. È tal operador que não muda de sinal
Lˆ f f ( x) , Lˆ Iˆ
c) Comparação de operadores Aˆ Bˆ
42
Aˆ f ( x) ( x), Bˆ f ( x) ( x) Aˆ Bˆ
d) Produto.
Cˆ Aˆ Bˆ
e) Operador de projecção
Um operador  diz – se de projecção se cumpre a condição Aˆ 2 Aˆ
Exemplo: Mostre que o operador Abaixo indicado é um operador de projecção.
1 0
Â
0 0
2
1 0 1 0 1 0 1 0 ˆ
Solução: Aˆ 2 A
0 0 0 0 0 0 0 0
Comutação de operadores
De uma forma geral os operadores não obedecem a lei comutativa, ou seja,
Aˆ Bˆ Bˆ Aˆ
Verificação:
d
Seja Aˆ x e Bˆ
dx
d d df
Aˆ Bˆ x , Aˆ Bˆ f ( x) x f ( x) x
dx dx dx
d d df
Bˆ Aˆ x, Bˆ Aˆ f ( x) xf ( x) f ( x) x
dx dx dx
Em mecânica quântica usa – se o comutador [ Aˆ , Bˆ ] Aˆ Bˆ Bˆ Aˆ . È exemplo de um
comutador o seguinte:
df df
[ Aˆ , Bˆ ] f ( x) [ Aˆ Bˆ Bˆ Aˆ ] f ( x) Aˆ Bˆ f ( x) Bˆ Aˆ f ( x) x f ( x) x f ( x) , onde f (x)
dx dx
é uma função arbitrária.
f) Operador inversível
Um operador diz inverso a um operador dado se satisfaz a condição Lˆ Lˆ1 Lˆ1 Lˆ Iˆ
Lˆ1 é o operador inverso de L̂
43
Lˆ f ( x) ( x)
Se com constante, diz se que é auto valor do operador e f (x) é
Lˆ f ( x) f ( x)
autofunção do operador.
O conjunto de autovalores pode ser discreto ou contínuo.
n ; 1,2,3,..., O autovalor possui um espectro discreto de autovalores. Para
este caso de espectro discreto temos a seguinte equação para os autovalores e
autofunções: Lˆ n ( x) n n ( x)
n n1, n 2, ..., nmn , neste caso diz – se que temos o caso degenerado e este
mn
l
( x)
ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ
1 ˆ
( x) I ( x) LL ( x) L L ( x) L ( ( x)) L ( x) l ( x) ( x) l ( x)
1 1
1
1 l l 1
9. Operadores lineares
Um operador L̂ diz se linear se satisfaz as condições:
c) ( f1 f 2 , ) ( f1, f 2 )
d) (f , ) * ( f , ) constante
45
e) ( f , ) ( f , ) constante
Demonstração 1
( f , ) f * dx
( , f )* [ * f ( x)dx]* * * f * dx f * dx
Aˆ Bˆ , Bˆ Aˆ .
Cálculo de operadores conjugados
1. C const C ?
Generalização
46
d d d
( , ) (( ) , ) ( , ),
dx dx dx
d d
( , ) ( , )
dx dx
d n d n
( , n ) (1) n ( n , )
dx dx
cqd.
Demonstração
( Lˆ , ) ( , Lˆ ) (1)
( , Lˆ ) ( , ) ( , ) 3b)
* ( , ) ( , ) *
Sendo coordenada um número real, o operador da coordenada é um número real .
Demonstração:
Seja operador Hermitiano e Ψ uma auto-função que corresponde ao auto-valor λ,
então:
(i)
Por outro lado é Hermitiano: (ii)
Além disso podemos escrever a equação complexa conjugada a (i):
(iii)
Substituindo (i) e (iii) em (ii) obtemos:
Definição 1:
Operador Hermitiano :
O operador chama-se Hermitiano no caso em que se verifique a seguinte
igualdade:
(1)
Onde: A integração realiza-se em todos os valores possíveis das coordenadas.
48
3 i i 5 3 i i 5
Aki *
2i 2i 3 2i 2i 3
49
Definição 2:
Observável – chama-se observável a qualquer propriedade duma partícula que
pode ser medida.
Exemplo: x, , T, U, etc.
Definição 3:
Auto-valores ou valores próprios
Se Ψ é uma função de onda e onde λ é uma constante arbitrária; Ψ é
auto-função (ou função própria) do operador e λ chama-se auto-valor ou valor
próprio de .
A equação chama-se equação dos valores próprios.
2. Grandezas observáveis
Associado à qualquer observável físico está um operador matemático que quando
opera sobre a função de onda associada a um dado valor do referido observável,
produz o tal valor multiplicado pela função de onda.
, Ψ(q) é auto-função de pertencente ao valor próprio λ.
O conjunto destes valores próprios constitui o espectro de .
As variáveis dinâmicas que descrevem os diversos atributos físicos correspondem à
operadores lineares.
50
5. Conjunto de Auto-funções
De acordo com o postulado 1, cada estado do sistema quântico descreve-se tão
completamente quanto possível pela função de onda Ψ em qualquer instante. As
funções de onda do sistema pertencem ao espaço de Hilbert.
51
Onde: C1, C2,…,Cn são números complexos chamados amplitudes dos estados
particulares.
A probabilidade de encontrar o sistema num dos estados possíveis é dada
pela grandeza .
Posição
Momento Linear
Energia Potencial
Energia Cinética
Hamiltoniano
Energia Total
2m
Hamiltoniano de uma partícula que se movimenta livremente sob a forma
2 2 2 2
Hˆ onde 2 2 2 é o operador de Laplace, ou seja, Laplaciano.
2m x y z
Um sistema de partículas que não se interagem tem um Hamiltoniano igual a soma
2
a
dos Hamiltonianos de cada partícula. Hˆ
2
m a
. A descrição da interacção
a
ˆ pˆ 2 2
H U ( x, y, z ) U ( x, y, z )
2m 2m .
energia potencial da particula no campo exteno
2 pˆ 2 2
Substituindo as expressões Hˆ e Hˆ U ( x, y, z ) U ( x, y, z )
2m 2m 2m
na equação geral i Hˆ teremos as equações de onda nos sistemas
t
correspondentes.
2
Para uma partícula sujeita a um campo externo, temos i U ( x, y, z )
t 2m
55
2
[ E U ( x, y, z )] 0 .
2m
2 2
As equações i U ( x, y, z ) e [ E U ( x, y, z )] 0 são da
t 2m 2m
2
forma E 0 e são chamadas equações de Schrodinger. Ele descobriu –
2m
as no ano de 1926.
“Schrodinger Utilizou a equação independente do tempo em problemas de contorno
para determinar, com sucessos os espectros de energia do átomo de hidrogénio e
do oscilador harmónico”(CARUSO, 2006, p445).
Usou a igualmente como uma quantidade auxiliar para determinar as distribuições
das probabilidades para a ocorrência dos valores das grandezas físicas associadas
a uma partícula.
2 2
Substituindo – a na equação [ V (r )] (r , t ) i e agrupando as partes
2m t
real e complexa da equação obtida, obtemos
2 2 g
f Vf
2m t
2 g Vg f
2
2m t
Como as funções f (r , t ) g (r , t ) estão acopladas pelas duas equações anteriores e
não existem soluções não triviais, dependentes do tempo, correspondentes a
f 0 g 0 , isso implica que o valor de nunca é real nem puramente imaginário
gerando sérias dificuldades para interpretar essa equação. Neste contexto, a onda
piloto de L. De Broglie não pode ser associada directamente a nenhuma variável
dinâmica.
PROBLEMAS UNIDIMENSIONAIS
2 d 2
[ U ( x)] ( x) E ( x)
2m0 dx 2
Potenciais unidimensionais
58
Barreiras
60
Para todos estes casos a função de onda deve ser contínua, portanto, deve ser
válida a igualdade 1 , II , III .
I (0) II (0) I (a) II (a)
I (0) II (0) I (a) II (a)
0, se 0 x a
U ( x)
, se x 0, x a
Condições:
(0) 0 (a) 0
61
Equação geral:
0
2 d 2 2 d 2
U ( x) E ( x) Esta equação reduz – se a E ( x)
2m0 dx 2 2m0 dx 2
d 2 2 m0 E
k 2 0 Equação diferencial da 2ª ordem onde k 2
dx 2
2
n
A segunda condição (a) 0 Asenka ka n k . N =1,2,3,...
a
2 m0 E 2 2 2
Tomando em consideração a relação k
2
, temos E n n .
2 2m0 a 2
n
Substituindo na equação de onda temos ( x) Asen x . Normalizando temos a
a
2
expressão A
a
n 2 n
n ( x) A2 sen xdx 1 . n ( x) sen x
a a a
Funções de onda possuem certa simetria, isto é, podem ser pares ou ímpares.
a
( 2 ) 0
( a ) 0
2
62
2 n a
Neste caso, substituindo a solução n ( x) sen x por x x temos
a a 2
2 n a
n ( x) sen (x )
a a 2
Solução geral
( x) Csenkx D cos kx
a a a
( 2 ) 0 0 Csenk 2 D cos k 2
( a ) 0 0 Csenk a D cos k a
2 2 2
2
CD .
a
n a n n n n
Substituindo sen ( x ) Sen x. cos cos xsen
a 2 a 2 a 2
O resultado final desta solução é que os valores de energia num poço potencial são
grandezas discretas ( quantificadas).
63
E0
V ( x) a ( x)
E0
Partícula no poço potencial assimétrico.
U 1 , x 0
0, 0 x a
U , x a
2
2 d 2
[ U ( x)] ( x) E ( x)
2m0 dx 2
d 2 ( x) 2m0
2 ( E U ( x)) ( x) 0
dx 2
d 2 ( x) 2m0
Ao resolver a equação 2 ( E U ( x)) ( x) 0 encontramos 3 valores de
dx2
função de onda.
64
Pela condição de continuidade a função de onda de onda nas paredes deve ser
igual:
I (0) II (0) I (a) II (a)
I (0) II (0) I (a) II (a)
Resolvendo na primeira região
d 2 2m0
I) 2 ( E U 1 ) ( x) 0
dx 2
2 m0
E U1 ( E U 1 ) k1 . A energia E é menor que U.
2
2
d 2
k1 1 ( x ) 0
2
2
dx
0 k1 x
1 ( x) C1e C 2 e
k1 x
Nesta região x 0 , portanto a função de onda deve ser finita. Atendendo esta
0 k1 x
1 ( x) C1e k
x
1
3ª região
d 2 III 2m0
2 ( E U1 ) III ( x) 0
dx2
2m0
2
( E U1 ) k 2 3
0
d 2 III
k 3
2
III ( x ) 0 III C 3 e k3 x
C 4 e k3 x
( porque a função de onda tende a
dx 2
decrescer)
x0
III C3e k3 x
d 2 II 2m0
II . 2 E II ( x) 0
dx 2
65
2 m0
E k2
2
2
d 2 II
k 2 II ( x) 0 II ( x) Asenk 2 x B cos k 2 x.
2
2
dx
O átomo de hidrogénio
O átomo de hidrogénio constitui o primeiro sistema abordado por Schrodinger ao
estabelecer a equação independente do tempo. Sua importância prende – se com a
utilização de seus auto estados de energia para a construção de modelos atómicos
mais complexos.
e2
Supondo em primeira aproximação que V (r ) seja o potencial electrostático
r
coloumbiano que descreve a interacção entre o próton e o eléctron, onde e é o
módulo da carga do eléctron e r a distância entre o eléctron ao próton, a equação
de Schrodinger para determinar os níveis de energia e os estados estacionários do
2 2
átomo é dada por [ U (r )] (r ) E (r ) .
2m0
O Laplaciano em coordenadas esféricas
1 2 1 1 1 2
2 [ ( sen ) ].
r r 2 r 2 sen sen 2 2
Identificando a parte angular pelo operador L2 , a equação do auto valor para a
2 1 2 L2 ( , )
energia pode ser escrita como [ U (r )] (r , , ) E (r , , )
2m0 r r 2
2mr 2
A parte angular.
Os polinómios de Legendre e as funções harmónicas esféricas.
Escrevendo explicitamente a equação de autovalor para L2
1 Y 1 2Yl
( sen l ) 2 l Yl ( , ) 0 . De notar que a equação angular
sen sen 2 2
ainda pode ser separada fazendo
Y ( , ) P( )( ) . Substituindo esta expressão na equação
1 Yl 1 2Yl
( sen ) 2 l Yl ( , ) 0 obtém – se
sen sen
2 2
1 1 d dP 1 d 2
( sen ) l ]sen 2 2 m . m é uma nova constante de
2
[
P sen d d d 2
1 dPl
m
dPl
m
m
sen d ( sen d ) (l sen 2 ) Pl ( ) 0
m
1 d d d d
Definindo ainda (1 x 2 ) y 2 (1 y) . Deste modo,
2 x dx dy dx dy
m
d dP m2
[(1 x 2 ) l ] [l ]Pl ( x) 0 ficamos com
2 m
reescrevendo a equação
dx dx 1 x 2
2
d d m
2 (1 y) [2 y (1 y) P( y)] [2 l ]P ( y ) 0 .
dy dy y
Se a solução desta equação a ser encontrada pelo método das séries for da forma
m
dPl
Pl ( y ) y a j y a j y
j
( j )a j y j 1 . é uma
m j
e portanto
j j dy j
[ 4( j ) a j m
2 2
a j ]y j 1
[4 ( j ) a j 2 a j a j 2 l a j ] y j 0
2
j j j j
m2 m
a0 [4 2 m 2 ] 0
2 2 a0 0
a [2 l m 2 m] 0 2 l m(m 1)
0
Note que a última equação implica que a constante de separação l seja o produto
de dois números inteiros consecutivos.
Escrevendo a solução Pl ( y ) y a j y j a j y j em termos da variável x e de
m
j j
m
m m
d 2U l dU l
satisfazer a equação (1 x 2 ) 2(m 1) x [2 l m(m 1)]U l 0 .
m
2
dx dx
Derivando esta equação em ordem a x temos
68
m m
d 3U l d 2U l d
(1 x ) [2 l (m 1)(m 2)] U l 0 e fazendo m m 1
2 m
3
2 ( m 2 ) x 2
dx dx dx
2 m m
d Ul dU l
na equação (1 x 2 ) [2 l m(m 1)]U l 0 temos
m
2
2 ( m 1) x
dx dx
2 m 1 m 1
d Ul dU l m 1
(1 x 2 ) 2
2(m 2) x [2 l (m 1)( m 2)]U l 0
dx dx
Fazendo uma comparação directa entre as equações
3 m m
2 d Ul d 2U l d
(1 x ) 2(m 2) x [2 l (m 1)(m 2)] U l 0 e
m
3 2
dx dx dx
2 m 1 m 1
d Ul dU l m 1
(1 x 2 ) 2
2(m 2) x [2 l (m 1)( m 2)]U l 0 , nota – se facilmente
dx dx
m
dU l m 1 dm
U l U l m U l .Fórmula de recorrência.
m 0
que
dx dx
m m
d 2U l dU l
Fazendo m 0 na equação (1 x 2 ) [2 l m(m 1)]U l 0 ,
m
2
2( m 1) x
dx dx
d 2U 0 l dU m l
chega – se à equação (1 x 2 ) 2 lU l 0 cuja solução pode ser
0
2
2 x
dx dx
expressa em série de potências inteiras de x U l ( x) a j x j . O desenvolvimento
0
j 0
an2 n(n 1) 2 l 2n 1
lim lim lim 1 de onde se pode concluir que , para
n a2 n ( n 1)( n 2) n 2n 3
l par a1 0
necessário que ou
l impar a 0
0
d cos
m
2
normalização.
l Pl (x) Pl ( ) m Pl ( )
m
0 P0 0 1 0 P0 1
0
1 P1 x cos 0 P1 cos
0
1 P1 sen
1
2 1 1 0 1
P2 (3x 2 1) (3 cos2 1) P2 (3 cos2 1)
0
2 2 2
1 P2 3sen cos
1
2 P2 3sen 2
2
1
Função geratriz G( x, t )
1 2 xt t 2
1 dl 2
Fórmula de Rodrigues Pl ( x) l l
( x 1) l
2 l ! dx
.
Fórmula de recorrência (2l 1) xPl ( x) (l 1) Pl 1 ( x) lPl 1 ( x)
70
d ( x 2 1) l
1 1
1
segundo a fórmula de Rodrigues I [ Pl ( x)] 2 dx dxl dx . Integrando
1 2 (l!) 2
2l
1
d l
d l 1 2
u l
( x 2
1) l
du l 1
( x 1) l dx
por partes temos
dx dx
l l 1
dv d ( x 2 1) l dx v d ( x 2 1) l
dx l dx l 1
d l 1 2
Note que cada integral por partes efectuada, a ordem de ( x 1) l é reduzida de
dx l 1
uma unidade ao passo que a ordem da outra derivada aumentada de uma unidade.
O que mostra que após l integrações por partes teremos
71
1
d 2l 2
I (1) l ( x 2 1) l ( x 1) l dx . Mas como a derivada de ( x 2 1) l efectuada 2l
1 dx 2l
1 1
(2l )!
vezes é igual a (2l!), I [ Pl ( x)] 2 dx 2l 2
(1 x 2 ) l dx
1 2 (l!) 1
j
1 1(1 x ) x dx
2 l 3 6 2 l 4 8
(1 x ) x dx
3.5 3.5.7
.
.
.
1
x 2l 1 2 l 1 l!
1
2 l l! 2 l l!
3.5.7...(2l 1) 1 3.5.7...(2l 1) (2l 1) 1
x 2l
dx
3.5.7....(2l 1)( 2l 1)
Uma vez que (2l 1)! (2l 1)2l (2l 1)(2l 2)(2l 3)(2l 4)... , os (2l 1) termos
( 2l 1) termos
(2l 1)( 2l 1)( 2l 3)...x 2 l l (l 1)(l 2)(l 3)...1 2 l l!(2l 1)( 2l 1)( 2l 3)...
l!
2 2l 1 (l!) 2
1 1
(2l )!
Nisto, J e tomando a equação I [ Pl ( x)] 2 dx 2l 2
(1 x 2 ) l dx ,
(2l 1)! 1 2 (l! ) 1
j
1 2
(2l )! 2 2l 1 (l!) 2
1Pl ( x) dx 2 2l (l!) 2 (2l 1)! 2l 1
2
Fórmula de Rodrigues
m
(1 x ) d l m 2 2 2
Pl ( x) ( x 1) l (0 m 1)
m
l l m
2 l! dx
Fórmula de recorrência
(l m 1) P m l 1 (2l 1) xPl (l m) P m l 1 0
m
m 1 m 1
(1 x 2 Pl 2mxPl (l m)(l m 1) (1 x 2 ) Pl 0
m
m
dP
(1 x ) l mxPl (l m)(l m 1) (1 x 2 ) Pl
2 m m
dx
1
1
Para l l temos P Pl dx 0 e para l l , segundo a fórmula de Rodrigues,
m m
l
1
P
1 2 1
d m Pl d m Pl
I ( x) dx (1 x 2 ) m
m
l dx
1 1 dx m dx m
Integrando por partes
1
d m 1 P d m
2 m d Pl
1
d m 1 Pl d m
2 m 1 d Pl 2 m d
m 1
Pl
I m 1l (1 x ) m dx m 1 2 mx(1 x ) m
(1 x ) m 1
dx
1 dx
dx dx 1 dx
dx dx dx
1 m 1
d m 1 Pl m 1
d m Pl m 1
d m 1 Pl
(1 x 2 ) 2
2 mx(1 x 2
) 2
(1 x 2
) 2
m 1
dx
1 dx m 1 dx m
dx
73
m m
d
Se tivermos que usar a definição Pl ( x) (1 x 2 )
m 2
m
Pl ( x) , a integral acima pode
dx
ser escrita como
(1 x )P
1 1 m 1
2mx Pl
I Pl Pl Pl dx
m 1 m 1 m 1
2mxPl dx e pela
m 2 m
l
1 (1 x 2 ) 1 (1 x )
2
m 1 m 1
(1 x 2 Pl 2mxPl (l m)(l m 1) (1 x 2 ) Pl 0,
m
fórmula de recorrência
1 m 1 1
Pl
I (1) dx (l m)(l m 1) Pl
m 1 m 1 2
(l m)(l m 1) (1 x 2 ) Pl ( x) dx .
(1 x 2 )
1 1
P
1 2 1 2
1
1 2
1
P
2
2 (l m)!
1
( x) dx
m
, de onde concluindo se nota que a condição das funções
2l 1 (l m)!
l
1
2 (l m )!
1
Pl ( x) P l ( x)dx u
m m
associadas de Legendre é dada por
1
2l 1 (l m )!
Atendendo que os coeficientes de normalização Alm das funções harmónicas
2 1 2
Alm
2 1
Pl Pl dx e i ( m m) d 1 , temos por implicação
m m
esféricas devem satisfazer
0
2mm
2l 1 (l m )!
que Alm .
2 (l m )!
Finalmente, as funções harmónicas esféricas normalizadas podem ser escritas
2l 1 (l m )! m
como Yl ( , ) Pl ( )e im
m
4 (l m )!
74
A parte radial
Em conformidade com a expressão da separação de variáveis
(r , , ) R(r )Ylm ( , ) , a parte radial é a solução da equação
1 d 2r 2m e 2 2 l (l 1)
( rR ) E R 0 sujeita à condição de normalização
r dr 2 2 r 2m r 2
2
R(r )
0
r 2 dr 1
1d r 2
2m e l (l 1)
2 2
2
(rR ) 2 E R 0 ,encontramos uma equação do tipo
r dr r 2m r 2
d 2 u l ( r ) 2m e 2 2 l (l 1)
E u l (r ) 0
dr 2 2 r 2m r 2
dr 2 2
dr dr
2m E
Tendo em conta que e substituindo u(r ) incluindo suas derivadas na
d 2 ul ( r ) 2 m e 2 2 l (l 1)
equação E ul (r ) 0 obtém – se
dr 2 2 r 2m r 2
d 2 v( r ) (l 1) dv 2 1 2 0
2
2 r
dr r a (l 1) v ( r ) 0 onde a 2
0,52 A
dr me
Fazendo uma expansão de v(r ) em séries de potências, tem – se v(r ) bv r v
v 0
dv(r )
vbv r v 1
dr v 0
Daí advém
d 2 v(r )
v(v 1)bv r v 2
dr 2 v 0
1
(v 1)v 2l 2 bv 1 v l 1 bv , a série será divergente para r .
a
76
n 1 l 0 k0
n 2 l 0,1 k 1,0
Dado que k 0 l 0 e (k l ) Z
n 3 l 0,1,2 k 2,1,0
n m l 0,1,2,3,...(m 1) k (m - 1)...2,1,0
r e 2r dr 1 b0 2 3
2 2
normalização, b0
0
1
4 2
r
1 1
b0 2 3 ( ) 3 u10 2 ( ) 3 re a
a a
Para n 2 , tem / se duas soluções radiais, correspondendo a
l 1, k 0) (l 0.k 1). 1 me 2 1
( da equação k l 1 resulta
Para (l 1, k 0), a (2m E ) 2a
1
Da equação (v 1)v 2l 2 bv 1 v l 1 bv
1
4b1 2 (2 )b0 b1 0
a a
2 r
Assim v21 (r ) b0 u 21 (r ) b0 r e . E de acordo com a condição de normalização,
r
1 1 1 1 2 2a
b 0 r e dr 1 b0 ( ) 3
2 4 2r
, neste contexto, u 21 (r ) ( ) 3 r e .
2a a 3 2a a 3
0
3
4 5
0 0
2a 0 a0 4a 0
2 1 1 3 3 1
Estas três integrais já foram calculadas e portanto, b0 3 * 2 1.
4 a 8 16 a
4 5
3 r
1 1 1 r
Substituindo b0 2 ( ) , nisto, u 20 (r ) ( ) 3 (2 )re 2 a .
2a 2a 2a a
u (r )
Neste caso, as funções radiais de Schrodinger Rnl (r ) nl são dadas para os
r
valores mais baixos de n l , por
78
r
1
n 1 l0 R 10 ( ) 3 2e a
a
r
1 r
n2 l0 R 20 ( ) 3 ( 2 )e 2 a
2a a
r
1 r 2a
n 3 l 1 R 21 ( )3 e
2a a 3
A solução desta equação pode ser expressa em termos dos polinómios ordinários
de Laguerre Ln (x) satisfazendo a equação
xy ( k 2) (k 1 x) y ( k 1) ny ( k ) 0
d 2 vnl l 1 dv v
2
2( ) nl 2(n l 1) nl 0
dr r dr r
Esses são os polinómios associados de Laguerre, de grau (n l 1)
2l 3
2r
Com a mudança de variáveis 2r , segue se que vnl ( ) 2 ) 2
L2nll11 ( )
na
2 1
S s, m s 2 s ( s 1) s, m s s
2
S s, m m s s , m s
1 1
ms ,
z s
2 2
Neste contexto, o momento dipolar ( s ) seria dado por s g s l S
e
Onde g s 2 s .
m
O princípio de Pauli é que trouxe a principal aplicação do conceito de Spin.
O estado normal do átomo de hidrogénio é o estado fundamental, no qual o
eléctron encontra – se em seu nível de energia mais baixo. Neste caso, duas
questões se colocam:
Qual seria o estado fundamental de um átomo multielectrónico? Estariam
todos os eléctrons com a mesma energia?
Pauli, embora tenha aceite o conceito de Spin, em 1925, propõe o princípio
de exclusão para explicar a estrutura electrónica dos átomos. Este princípio
estabelece que os números quânticos incluindo os de Spin, que caracterizam dois
eléctrons não podem ser todos simultaneamente iguais.
Em 1927, Pauli apresentou uma equação capaz de descrever
fenomenologicamente a dinâmica da interacção entre uma partícula com spin e um
campo magnético. Sua equação corresponde ao limite não relativístico da equação
2 mc
relativística de onda para o eléctron ( H 2 2 2 c 2 2 ( ) 2
t 2
estabelecida por Dirac em 1928.
82
Bibliografia
Alonso M. & E. Finn – Física – Addison – Wesley Ibero American, Espanha 1999.
Landau, L. Mecânica quântica – tomo 3.1. – Editora Moscovo 1985.
Landau, L. Mecânica quântica – tomo 3.2. – Editora Moscovo 1985.
Stephen Gasiorowicz – Física quàntica – Rio de Janeiro 1974
Robert Eisberg e Robert Resnick, Física quântica – Brasil, 1979.