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Apostila
Medida de controle é uma atitude ou ação adotada para evitar ou reduzir a condição de risco,
com probabilidade de causar dano a saúde das pessoas, ao meio ambiente e as instalações.
As medidas de segurança adotadas devem interagir com as demais medidas de segurança
adotadas na instalação. A ação em segurança pressupõe integração de todas as esferas envolvidas
objetivando obtenção de resultados para todas as esferas da organização.
Basicamente, a segurança em eletricidade deve garantir o isolamento elétrico entre as partes
energizadas entre si e entre as pessoas. Os meios para a garantia deste objetivo são:
- Utilização de materiais adequados a cada tipo de instalação;
- Treinar pessoal envolvido nas atividades que envolvam eletricidade;
- Conceber o projeto considerando as implicações relativas a segurança para todas as fazes da
instalação (montagem, manutenção e operação);
- Prever dispositivos de segurança;
- Obedecer às normas técnicas e de segurança vigentes no país e quando não existirem adotar
normas internacionais.
Segundo a Norma Regulamentar, risco é a capacidade de uma grandeza com potencial para
causar lesões ou danos à saúde das pessoas.
Pode-se dizer que se corre risco em vários ambientes, mas o que se vai analisar é o risco em
Eletricidade.
Existem diferentes tipos de riscos devidos aos efeitos da eletricidade no ser humano e no meio
ambiente. Os principais riscos são o choque elétrico, o arco elétrico, a exposição aos campos
eletromagnéticos, incêndio e os riscos adicionais.
Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos elétricos específicos de cada ambiente
ou processos de trabalho que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no
trabalho são riscos adicionais.
Exemplo de Risco Adicional: Altura, Espaço Confinado, Condições Atmosféricas e Áreas
Classificadas.
O choque elétrico é a passagem de uma corrente elétrica através do corpo, utilizando-o como
um condutor. O choque elétrico pode provocar desde um leve formigamento, podendo chegar à
fibrilação, Parada Cardiorespiratória - PCR, queimaduras graves ou até a morte.
De acordo com estudos, de cada cinco choques, um é fatal, enquanto que, em outros tipos de
acidentes, ocorre uma morte para cada duzentas ocorrências, em média.
O corpo humano, não só pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade de água
que contém, tem comportamento semelhante a um condutor elétrico, ou seja, conduz corrente elétrica.
Assim como todo elemento condutor, o corpo humano também apresenta valores de
resistência elétrica.
Os efeitos do choque elétrico podem variar dependendo das variantes do choque que são:
Intensidade da corrente Quanto maior a intensidade da corrente, pior o efeito no corpo. As de
baixa intensidade provocam contração muscular, fazendo com que a
pessoa não consiga soltar o objeto energizado.
Frequência As correntes elétricas de alta frequência são menos perigosas ao
organismo do que as de baixa frequência.
Tempo de duração Quanto maior o tempo de exposição à corrente, maior será seu
efeito no organismo.
Natureza da corrente O corpo humano é mais sensível à corrente alternada de frequência
industrial (50/60 Hz) do que à corrente contínua. O limiar de
sensação da corrente contínua é da ordem de 5 miliampéres,
enquanto que na corrente alternada é de 1 miliampère. A corrente
elétrica passa a ser perigosa para o homem a partir de 9
miliampéres, em se tratando de corrente alternada e, 45 miliampéres
para corrente contínua.
Condições orgânicas Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, mentais,
deficiência alimentar, entre outros, estão mais propensas a sofrer,
com maior intensidade, os efeitos do choque elétrico. Até
intensidade de corrente relativamente fraca pode causar
consequências graves em idosos.
Percurso da corrente Dependendo do percurso que realizar no corpo humano, a corrente
pode atingir centros e órgãos de importância vital, como o coração e
os pulmões.
Resistência do corpo A pele molhada permite maior intensidade de corrente elétrica do
que a pele seca.
R pele seca = 1,5 Mῼ
R pele úmida = 200 ῼ
V=RxI
(V) Voltagem = (R) Resistência x "(I) Amperagem"
Para saber a intensidade da corrente elétrica se utiliza a 1ª lei de
Ohm:
I = V÷R
I (Intensidade)= V Tensão Elétrica (d.d.p) ÷ R (Resistência)
Características da Corrente Em geral, a corrente contínua (CC) é menos perigosa que a corrente
Elétrica alternada (CA). Os efeitos da corrente alternada no organismo
dependem em grande parte da velocidade com que ela alterna (isto
é, sua frequência), que é medida em ciclos por segundo (hertz).
A tabela a seguir mostra alguns possíveis efeitos que a corrente elétrica pode provocar no
corpo humano.
É importante lembrar que o tempo de exposição ao choque elétrico agrava, consideravelmente
os efeitos descritos na tabela.
2.3. Tipos de Choque Elétrico
Choque Estático
A eletricidade estática é a carga elétrica em um corpo, cujos átomos apresentam um
desequilíbrio em sua neutralidade. O fenômeno da eletricidade estática ocorre, quando a quantidade de
elétrons gera cargas positivas ou negativas em relação à carga elétrica dos núcleos dos átomos.
Acontece quando há contato com equipamentos que possuem eletricidade estática, como por
exemplo, um capacitor carregado. Outro exemplo típico de geração casual de eletricidade estática
ocorre no corpo humano, quando se veste roupas de lã.
Um fator importante na geração de eletricidade estática é a umidade, pois quanto mais seco
estiver o ar, mais facilmente a carga se desenvolve.
Para evitar a eletrostática, recomenda-se utilizar pulseiras contra descargas eletrostáticas,
utilizadas primordialmente para que não sejam acumuladas cargas elétricas no corpo humano.
A eletricidade estática, apesar de aparentar ser inofensiva, pode levar a acidentes terríveis
como incêndios e explosões, além de poder danificar vários equipamentos elétricos.
Choque Dinâmico
O choque dinâmico surge por meio do contato ou excessiva aproximação do fio fase de uma
rede ou circuito de alimentação elétrico descoberto.
Este é o choque elétrico mais comum e conhecido, tendo um contato direto com o circuito
elétrico.
Um raio ao cair na Terra pode provocar grande destruição devido ao alto valor de sua corrente
elétrica, que gera intensos campos eletromagnéticos, calor, etc. Além dos danos causados diretamente
pela corrente elétrica e pelo intenso calor, o raio pode provocar sobretensões em redes de energia
elétrica, em redes de telecomunicações, de TV a cabo, antenas parabólicas, redes de transmissão de
dados, etc.
Essa sobretensão é denominada Sobretensão Transitória.
Por sua vez, as sobretensões transitórias podem chegar até as instalações elétricas internas
ou de telefonia, de TV a cabo ou de qualquer unidade consumidora. Os seus efeitos, além de poderem
causar danos a pessoas e animais, também podem:
- Provocar a queima total ou parcial de equipamentos elétricos ou danos à própria
instalação elétrica interna e telefônica, entre outras;
- Reduzir a vida útil dos equipamentos;
- Provocar enormes perdas, com a parada de equipamentos, etc.
Existem algumas condições de tensão que favorecem os acidentes por choque elétrico, que
são:
- Tensão de Toque: Tensão que pode aparecer acidentalmente por falha de isolação
entre duas partes simultaneamente acessíveis. É a tensão elétrica existente entre os
membros superiores e inferiores de um indivíduo, quando o mesmo toca em
equipamento com defeito na isolação ou na parte nua de um condutor energizado.
- Tensão de Passo: Tensão elétrica entre os dois pés de um indivíduo quando o mesmo
está no solo próximo de um local com vazamento de corrente elétrica para a terra,
provocado por queda de condutores energizados no solo, ou descargas atmosféricas
em corpos aterrados.
Pode-se perceber que os acidentes por eletricidade são causados por várias situações;
instalações defeituosas, cabos arrebentados, fios desencapados, equipamentos não aterrados,
descargas atmosféricas entre outros. Para se evitar ou minimizar a situação de risco se deve analisar o
ambiente e as atitudes dos indivíduos antes de iniciar qualquer trabalho ou serviço com eletricidade.
A vítima pode ser projetada ou agarrada ao condutor, podendo provocar vários distúrbios, entre
eles: mal-estar passageiro, ligeiros transtornos da consciência, estado de agitação e, às vezes, delírio,
ligeiro distúrbio da respiração, angústia, isso nos casos simples.
Já nos casos graves: perda súbita de consciência, pulso rápido e quase imperceptível,
respiração difícil, lábios, orelhas e unhas azuladas, parada respiratória e consequente parada cardíaca
ou até morte.
Em geral, os choques deixam marcas no ponto de contato, tipo queimadura
Nas tabelas abaixo pode-se notar a relação de tempo, que uma pessoa é capaz de suportar
sem sofrer consequências graves com o nível de tensão CA - Corrente Alternada e CC - Corrente
Contínua.
Duração Máxima da Tensão de contrato CA Duração Máxima da Tensão de contrato CA
Tensão de Contato Duração Máxima Tensão de Contato Duração Máxima
Menor que 50 v Infinito Menor que 120 v Infinito
50 v 5 segundos 120 v 5 segundos
75 v 0,6 segundo 140 v 1 segundo
90 v 0,45 segundo 160 v 0,5 segundo
110 v 0,36 segundo 175 v 0,2 segundo
150 v 0,27 segundo 200 v 0,1 segundo
220 v 0,17 segundo 250 v 0,05 segundo
280 v 0,12 segundo 310 v 0,03 segundo
Quando uma corrente elétrica passa por meio de uma resistência elétrica é liberada uma
energia térmica. Este fenômeno é denominado Efeito Joule.
Q = i² .r . t
Em que:
Q = Térmica - Energia em joules liberada
i = Intensidade da corrente
r = Resistência do condutor, do corpo humano ou se for o caso, só a resistência de parte do
corpo, do músculo ou órgão afetado.
t = Tempo de duração
O calor liberado aumenta a temperatura da parte atingida do corpo humano, podendo produzir
vários efeitos e sintomas, que podem ser:
- Queimaduras de 1º, 2º ou 3º graus nos músculos do corpo;
- Aquecimento do sangue, com a consequente dilatação;
- Aquecimento, podendo provocar o derretimento dos ossos e cartilagens;
- Queima das terminações nervosas e sensoriais da região atingida;
- Queima das camadas adiposas ao longo da derme, tornando-as gelatinosas.
Choques elétricos em baixa tensão têm pouco poder térmico. O problema maior é o tempo de
duração que, se persistir, pode levar à morte, geralmente, por fibrilação ventricular do coração.
A queimadura também é provocada, de modo indireto, isto é, devido ao mau contato ou a
falhas internas no aparelho elétrico. Neste caso, a corrente provoca aquecimentos internos, elevando a
temperatura em níveis perigosos.
Conforme a NBR 5410, as pessoas e os animais devem ser protegidos contra choques
elétricos, seja o risco associado a contato acidental com parte viva perigosa, seja a falhas que possam
colocar uma massa acidentalmente sob tensão.
1. Proteção Básica: é o meio destinado a impedir contato com partes vivas perigosas em
condições normais.
As medidas a serem tomadas nas proteções básicas são:
- isolação básica ou separação básica;
- uso de barreira ou invólucro
- limitação da tensão
2. Proteção Supletiva: é o Meio destinado a suprir a proteção contra choques elétricos quando
massas ou partes condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente vivas.
Medidas a serem tomadas:
- equipotencialização e seccionamento automático da alimentação
- isolação suplementar
- separação elétrica
alternada contínua
Entre fase e Entre fases Entre fase e Entre fases Entre fase e Entre fases
terra terra terra
I V≤50 V≤50 V≤120 V≤120 V≤50 V≤120
II 50<V≤600 50<V≤1000 120<V≤900 120<V≤1500 50<V≤1000 120<V≤1500
Faixa de tensão (anexo A, NBR 5410, tabela 57)
b) os locais sejam sinalizados de forma clara e visível por meio de indicações apropriadas.
Os obstáculos e colocação fora de alcance também oferecem proteção contra choques
elétricos visto que:
1. Obstáculos: são destinados a impedir o contato involuntário com partes vivas, mas não o
contato que pode resultar de uma ação deliberada de ignorar ou contornar o obstáculo.
Os obstáculos devem impedir:
a) uma aproximação física não intencional das partes vivas; ou
b) contatos não intencionais com partes vivas durante atuações sobre o equipamento, estando
o equipamento em serviço normal.
Como podemos observar, todo cuidado é pouco para evitar a abertura de arco por meio do
operador.
Ferimentos e Quedas
Além dos riscos de exposição aos efeitos térmicos do arco elétrico, também está presente o
risco de ferimentos e quedas, decorrentes das ondas de pressão, que podem se formar pela expansão
do ar.
Na ocorrência de um arco elétrico, uma onda de pressão consegue empurrar e derrubar o
trabalhador, que está próximo da origem do acidente.
Essa queda é capaz de resultar em lesões mais graves se o trabalho estiver sendo realizado
em uma altura superior a dois metros, o que é muito comum em diversos tipos de instalações.
A análise de risco é a avaliação qualitativa e/ou quantitativa dos riscos apresentados por uma
instalação ou atividade.
O entendimento dos conceitos de risco e perigo são necessário para o prosseguimento do
estudo das técnicas de análise de risco, onde:
Perigo - Propriedade ou condição inerente de uma substancia ou atividade capaz de
causar danos a pessoas, a propriedades e ao meio-ambiente.
Risco - O Risco devido a uma determinada atividade pode ser entendido como o potencial
de ocorrência de consequências indesejadas decorrentes da realização da atividade
considerada;
probabilid ade consequênc ia
Risco
Medida de controle
As técnicas de análise de risco visam identificar aspectos de risco a segurança, saúde e meio
ambiente, relativos às suas atividades, estabelecendo ações sistemáticas de controle, monitoramento e
prevenção de seus efeitos.
O risco deve ser entendido como demonstrado na figura abaixo, ou seja, avaliar o que pode
ocorrer de errado, quando isso pode ocorrer e quais são os impactos desta ocorrência.
Entendendo o
risco
Quais são os
Quando é provável? Medidas de controle
impactos
A seguir são apresentadas algumas ferramentas utilizadas para análise de risco. As ferramentas
consideradas mais importantes foram apresentadas as suas principais características, variações, e
dicas básicas de como implementá-las. O conhecimento da sua aplicabilidade por parte do profissional
de elétrica almeja fornecer subsídios necessários ao correto levantamento de riscos e perigos da
atividade quotidiana de trabalho.
Busca identificar os eventos perigosos em uma instalação de forma estruturada para identificar
a priori os riscos potenciais. Esta metodologia procura examinar as maneiras pelas quais as energias
podem ser liberadas de forma descontrolada; levantando para cada um dos perigos identificados, as
suas causas, os métodos de detecção disponíveis, e seus efeitos nos trabalhadores, a população
vizinha e ao meio ambiente. As etapas básicas de uma APR são:
a) Rever problemas conhecidos – Revisar experiências passadas (eventos similares) na busca
de identificação riscos no sistema estudado;
b) Revisar missão – Revisar objetivos, funções, procedimentos, e o ambiente onde será
realizada a operação;
c) Determinação dos riscos principais – Quais são os riscos potenciais para causar perdas
direta ou indiretamente a função, lesões, danos a equipamentos, etc;
d) Determinar os riscos iniciais e contribuintes – Cada risco principal será esmiuçado para
determinar sua origem;
e) Meios de controle e eliminação do risco – Procurar os meios mais eficientes disponíveis
para segurança da operação;
f) Método de restrição de danos – Avaliar os métodos para restrição dos danos;
g) Indicar os agentes executantes – Indicar claramente que é o responsável pelas ações
corretivas
A FMEA (Failure Modes and Effect Analysis) é uma ferramenta de análise de para prognóstico de
problemas, podendo ser aplicada em projetos, processos ou serviços.
São dois os tipos básicos de FMEA existentes: A FMEA de projeto DFMEA (Design Failure Modes and
Effect Analysis) e a FMEA de processo (Process Failure Modes and Effect Analysis). Derivados destes
dois tipos de FMEA surgiram diversas versões, entretanto, para que o método de análise de falhas
possa ser chamado de FMEA e garantir a sua eficácia ou sucesso é necessário que este apresente os
cinco elementos básicos:
a) Selecionar o projeto de com maior potencial de retorno de qualidade e confiabilidade para
organização e para o cliente;
b) Perguntas essenciais a responder:
Como pode falhar?
Porque falha?
O que acontece quando falha?
c) Implementar um sistema para identificar os modos de falha mais importantes, afim de melhorá-
los.
d) Priorizar os modos de falha potenciais que serão tratados em primeiro lugar.
e) Acompanhamento, com ferramentas de suporte a qualidade e a confiabilidade.
A figura 12 apresenta o modelo de um formulário básico de FMEA.
Formulário de FMEA
1. Cabeçalho
10. Ações recomendadas
5. Severidade
7. Ocorrência
8. Controles
9. Detecção
2. 3. Modos
4. Efeitos 6. Causas 11. Status
Funções de falha
A árvore de falhas é uma ferramenta gráfica utilizada para avaliação profunda de uma única
falha ou modo de falha. O modo de falha escolhido para aplicação deste recurso deve ter alta
severidade e/ou alta probabilidade de ocorrência.
Escolhido este modo de falha ele passará a ser chamado de “Evento Principal”, e este terá
abaixo dele as causas que o geraram, chamadas “Causas Básicas”, a figura abaixo ilustra a aparência
de uma típica árvore de falhas.
Esta lógica pode ser usada para estimar a probabilidade de ocorrência de modo de falha ou de
uma causa no FMEA.
Evento Principal
(Modo de Falha)
FMEA
Causa
4.1. Desenergização.
O aterramento das partes metálicas que possam eventualmente ter contato com partes
energizadas; evita que o contato acidental com estas partes estabeleçam um curto circuito.
Prumo(Cav 80)/peak
tank
Elemento primário
Sicordas
Longarina de fundo
No mar não existe a possibilidade de utilizar haste de aterramento na terra, a solução adotada
é como mostrado na figura 14. O potencial de terra é referido ao casco da embarcação. A partir do
dispositivo chamado longarina de fundo (ver figura 13) percorre toda a embarcação, de proa a popa e a
partir desta são distribuídos os pontos de terra, que recebem nomes específicos dependendo de sua
posição e localização na embarcação, conforme descrito abaixo:
Longarina de fundo – Elemento metálico que percorre a embarcação de proa a popa que é
a referencia de potencial.
Sincordas – Elemento no potencial de terra abaixo do convés e paralelo a longarina de
fundo.
Elemento primário – Elemento no potencial de terra acima do convés e paralelo a longarina
de fundo.
Prumo ou peak tank – Elemento no potencial de terra transversal a longarina de fundo, que
parte da longarina de fundo até o convés.
A classificação do aterramento para em baixa tensão é feita em relação à alimentação e das
massas em relação a terra. A classificação é identificada por letras, como segue:
Primeira Letra: Especifica a situação da alimentação (fonte) em relação a terra.
T – Alimentação (lado da fonte) tem um ponto diretamente aterrado.
I – Isolação de todas as partes vivas da fonte de alimentação em relação à terra ou
aterramento de um ponto através de uma impedância.
Segunda Letra: Especifica a situação das massas (carcaças) das cargas ou equipamentos em relação
a terra.
T – Massa aterrada com terra próprio, isto é, independente da fonte.
N – Massas ligadas ao ponto aterrado da fonte.
I – Massa isolada, isto é, não aterrada.
Outras Letras: Forma de ligação do aterramento da massa do equipamento, usando o sistema de
aterramento da fonte.
S – Separado, isto é, o aterramento da massa é feito com um fio (PE) separado distinto
do neutro;
C – Comum, isto é, o aterramento da massa do equipamento é feito usando o fio
neutro (PEN).
A seguir mostraremos os possíveis arranjos de aterramento.
4.2.1. Sistema IT
L2
L3
Carga
Esquema de aterramento IT (partes vivas da fonte isoladas ou aterrada por meio de uma elevada
impedância e massa aterrada com terra próprio).
4.2.2. Sistema TN
4.2.2.1. TN-C
L2
L3
PEN
Carga
Esquema de aterramento TN-C (partes vivas da fonte aterradas diretamente com a massa ligada ao
ponto de aterramento da fonte usando um fio neutro).
4.2.2.2. TN-C-S
L1
L2
L3
N
PEN PE
Carga
Esquema de aterramento TN-C-S (partes vivas da fonte aterradas diretamente com a massa ligada ao
ponto de aterramento da fonte usando um fio diferente do neutro).
4.2.2.3. TN-S
L2
L3
N
PE
Carga
Esquema de aterramento TN-S (partes vivas da fonte aterradas diretamente com a massa ligada ao
ponto de aterramento da fonte usando um fio diferente do neutro).
4.2.3. Sistema TT
L1
L2
L3
Carga
Esquema de aterramento TT (partes vivas da fonte aterradas e massa aterradas com terra próprio)
4.2.4. Aterramento de Proteção
4.3. Equipotencialização
Exemplo de um dispositivo DR
NOTA - Os dispositivos DR podem operar para qualquer valor de corrente diferencial superior a 50%
da corrente de disparo nominal.
Nos limites da extra baixa tensão a proteção contra choques elétricos é considerada como
assegurada, tanto contra contatos diretos quanto contra contatos indiretos, quando a tensão nominal
não puder ser superior aos limites da faixa I.
Uma exceção no conceito de extrabaixa tensão é quando o circuito for alimentado a partir de
um circuito de tensão mais elevada por intermédio de outros equipamentos, tais como:
Autotransformadores;
Potenciômetros;
Dispositivos a semicondutores, etc.O secundário assim formado é considerado como fazendo
parte do circuito primário e deve ser incluído na medida de proteção do circuito primário.
A NBR 5410 adota a sigla SELV foi introduzida ao invés de “Proteção por extrabaixa tensão de
segurança” (do inglês, Safety Extra-Low Voltage). A versão por extenso deste termo não é utilizada, por
isso, é importante conhecer as siglas e as suas características, no caso do SELV, ele não é aterrado.
alternada contínua
Entre fase e Entre fases Entre fase e Entre fases Entre fase e Entre fases
terra terra terra
I V≤50 V≤50 V≤120 V≤120 V≤50 V≤120
II 50<V≤600 50<V≤1000 120<V≤900 120<V≤1500 50<V≤1000 120<V≤1500
Faixa de tensão (anexo A, NBR 5410, tabela 57)
O sistema PELV (do inglês, Protective Extra-Low Voltage) foi escolhida para a variante
aterrada do SELV, e como no caso anterior este também não é utilizado o termo por extenso.
Por analogia com essas notações, “Extrabaixa tensão funcional” foi abreviada para FELV (do
inglês, Functional Extra-Low Voltage). São admitidas como fontes para SELV e PELV:
1. Transformador de segurança conforme a IEC 742;
2. Fonte de corrente que garanta um grau de segurança equivalente ao do transformador de
segurança especificado em (a) (por exemplo, um grupo motogerador com enrolamentos
apresentando uma separação equivalente);
3. Fonte eletroquímica (pilhas ou acumuladores) ou outra fonte que não dependa de circuitos de
tensão mais elevada (por exemplo, grupo motor térmico e gerador);
4. Certos dispositivos eletrônicos, conforme as normas aplicáveis, nos quais tenham sido
tomadas medidas para assegurar que, mesmo em caso de falta
5. Interna, a tensão nos terminais de saída não possa ser superior aos limites indicados para as
tensões extra baixa (faixa I). Valores mais elevados podem ser admitidos se, em caso
6. Contato direto ou indireto, a tensão nos terminais de saída for imediatamente reduzida a um
valor igual ou inferior a esses limites (faixa I).
Barreiras e Invólucros
As barreiras ou invólucros são dispositivos destinados a impedir o contato com as partes vivas
da instalação elétrica.
O código IP é apresentado na NBR 6146 (norma baseada na IEC 60529). IP significa
International Protection. Este código permite descrever os graus de proteção proporcionados pelos
invólucros contra a aproximação das partes energizadas, a penetração de corpos sólidos estranhos e
contra os efeitos nocivos da água, por meio dos códigos descritos a seguir.
É importante ressaltar que este código normalizado está destinado ao uso nas normas dos produtos e,
no caso dos quadros e caixas, não especifica as características de montagens internas, como por
exemplo, as distâncias mínimas entre as partes vivas e o invólucro.
Para leitura do tipo de proteção de um invólucro é necessário ter conhecimento da figura e das tabelas
abaixo. A primeira tabela indica o primeiro numeral e a segunda tabela o segundo numeral.
IP 4 4
Letras características
Primeiro numeral
Segundo numeral
Identificação do IP
Primeiro
Grau de proteção
numeral
Descrição sucinta Corpos que não devem penetrar
0 Não protegido Sem proteção especial
Uma grande superfície do corpo humano, como a mão
Protegido contra
(mas
objetos
1 nenhuma proteção contra uma penetração deliberada).
sólidos maiores que 50
Objetos sólidos cuja menor dimensão é maior que 50
mm
mm
Protegido contra Os dedos ou objetos similares, de comprimento não
objetos superior a
2
sólidos maiores que 12 80 mm. Objetos sólidos cuja menor dimensão maior que
mm 12 mm
Protegido contra Ferramentas, fios, etc., de diâmetro ou espessura
objetos superior a
3
sólidos maiores que 2,5 2,5 mm. Objetos sólidos cuja menor dimensão é maior
mm que 2,5mm
Protegido contra
objetos Fios ou fitas de largura superior a 1,0 mm. Objetos
4
sólidos maiores que 1,0 sólidos cuja menor dimensão é maior que 1,0 mm
mm
Não é totalmente vedado contra a penetração de poeira,
5 Protegido contra poeira porém a poeira não deve penetrar em quantidade
suficiente
que prejudique a operação do equipamento
Totalmente protegido
6 Nenhuma penetração de poeira
contra poeira
Primeiro numeral característico
Segundo
Grau de proteção
numeral
Descrição sucinta Corpos que não devem penetrar
0 Não protegido Sem proteção especial
Protegido contra
quedas As gotas d’água (caindo na vertical) não devem ter
1
verticais de gotas efeitos prejudiciais
d’água
Protegido contra
queda de gotas A queda de gotas d’água vertical não deve ter efeitos
2 d’água para uma prejudiciais quando o invólucro estiver inclinado em 15º
inclinação máxima de para qualquer lado de sua posição normal
15º
Protegido contra água Água aspergida de um ângulo de 60º da vertical não
3
Aspergida deve ter efeitos prejudiciais
Água projetada de qualquer direção contra o invólucro
Protegido contra não
4
projeções d’água
deve ter efeitos prejudiciais
Protegido contra jatos Água projetada de qualquer direção por um bico contra o
5
d’água invólucro não deve ter efeitos prejudiciais
Água proveniente de ondas ou projetada em jatos
Protegido contra potentes
6
ondas do Mar não deve penetrar no invólucro em quantidades
prejudiciais
Não deve ser possível a penetração de água, em
Protegido contra quantidades
7
imersão prejudiciais, no interior do invólucro imerso em água, sob
condições definidas de tempo e pressão
O equipamento é adequado para submersão contínua
em
água, nas condições especificadas pelo fabricante.
Protegido contra
8 Nota: Normalmente, isto significa que o equipamento é
submersão
hermeticamente selado, mas para certos tipos d
equipamento, pode significar que a água pode penetrar
em quantidade que não provoque efeitos prejudiciais.
Segundo numeral característico
As partes vivas devem estar no interior de invólucros ou atrás de barreiras que confiram pelo
menos o grau de proteção IP2X. Entretanto, se aberturas maiores do que as admitidas para IP2X
(diâmetro inferior a 12 mm) se produzirem durante a manipulação ou substituição de componentes tais
como lâmpadas, tomadas de corrente ou dispositivos fusíveis, ou forem necessárias para permitir o
funcionamento adequado dos componentes, de acordo com as prescrições aplicáveis a esses
componentes, devem ser tomadas precauções para:
1. impedir que pessoas ou animais domésticos toquem acidentalmente as partes vivas; e
2. garantir, na medida do possível, que as pessoas sejam advertidas de que as partes acessíveis
através da abertura são vivas e não devem ser tocadas intencionalmente.
O interior do invólucro do equipamento também deve apresentar condições de adequadas de
conservação e manutenção para assegurar a segurança dos operadores e do pessoal de manutenção.
A figura abaixo apresenta dois painéis elétricos de acionamento de pórtico rolante onde são constatas
diversas falhas e alterações na sua montagem original.
Constata-se que o fundo do painel está fixado ao chassi do painel por meio de estacas de
madeira o que não é adequado, por dois motivos; 1 a madeira é um material de fácil combustão e 2
estas estacas não garantem que o fundo do painel fique seguro a carcaça, este se soltando pode
ocasionar curtos circuitos ou causar choque elétrico no pessoal de manutenção ou operação. A
situação em que se encontre este painel descaracteriza totalmente o grau de proteção (IP) do painel.
O uso de cadeados e etiquetas antes de trabalhar em circuitos e equipamentos provou ser uma
maneira segura e efetiva de reduzir os acidentes elétricos
São elementos que impede o contato direto acidental, mas que não impede o contato direto por
ação deliberada. Devem ser fixados de forma a impedir sua remoção involuntária. A remoção de uma
barreira é caracterizada pela necessidade de utilização de ferramenta (chave, por exemplo), sem que
as partes energizadas sejam previamente desligadas. As barreiras não devem permitir que corpos
sólidos com diâmetro superior a 12 mm sejam introduzidos, ver figura abaixo.
Exemplo de obstáculo
250 ≥ 0,25
de segurança
Até 500 V, 500 ≥ 0,5
Acima de 500 V 1000 ≥ 1,0
Valores mínimos de resistência de isolamento
Além disto, um ensaio de tensão aplicada deve ser realizado, utilizando-se os valores da quarta
coluna (isolação reforçada) da tabela abaixo.
esquemas IT
Tensões de ensaio
b) Uma isolação suplementar, aplicada (aos equipamentos elétricos que possuam apenas uma isolação
básica) durante a execução da instalação elétrica.
Essa isolação deve assegurar proteção contra choques elétricos no caso de falha da isolação
básica e atender às condições:
Quando pronto para entrar em funcionamento, todas as massas separadas das partes vivas apenas por
uma isolação básica devem estar contidas em um isolante que possua pelo menos o grau de proteção
IP2X (protegido contra objetos sólidos de dimensão maior que 12 mm).
Não prejudicar o funcionamento do equipamento por ele protegido.
O símbolo da figura abaixo deve ser fixado em posição visível no exterior e no interior do invólucro.
A zona de alcance normal se entende como qualquer ponto de uma superfície que uma pessoa
pode permanecer ou se movimentar habitualmente, até os limites que uma pessoa pode alcançar com
a mão, em qualquer direção, sem recurso auxiliar.
A colocação fora de alcance consiste em medidas que impeçam a pessoa de alcançar as
partes vivas da instalação.
A proteção por separação elétrica deve ser assegurada através da obediência à prescrição:
1. O circuito separado alimentar apenas um aparelho;
2. O circuito separado alimentar vários aparelhos
3. O circuito deve ser alimentado por intermédio de uma fonte de separação, isto é: transformador
de separação; ou uma fonte de corrente que assegure um grau de
4. Segurança equivalente ao do transformador de separação especificado acima, por exemplo um
grupo motor-gerador com enrolamentos que forneçam uma separação equivalente;
5. As fontes de separação fixas devem ser: de classe II ou possuir isolação equivalente ou o
circuito secundário esteja separado do circuito primário e do invólucro por uma isolação de
classe II; se uma fonte desse tipo alimentar vários aparelhos, não devem estar ligadas ao
invólucro metálico da fonte;
6. A tensão nominal do circuito separado não deve ser superior a 500 V;
7. As partes vivas do circuito separado não devem ter qualquer ponto comum com outro circuito
nem qualquer ponto aterrado. A fim de evitar riscos de faltas para terra, deve ser dada especial
atenção à isolação destas partes em relação à terra, principalmente no que toca aos cabos
flexíveis;
8. Os cabos flexíveis devem ser visíveis em toda sua extensão e ser de um tipo capaz de
suportar solicitações mecânicas;
9. Todos os condutores do circuito separado devem estar fisicamente separados dos de outros
circuitos.
5. Normas Técnicas Brasileiras
No Brasil, as normas técnicas oficiais são aquelas desenvolvidas pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e registradas no Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial
(INMETRO).
Essas normas são o resultado de uma ampla discussão de profissionais e instituições,
organizados em grupos de estudos, comissões e comitês. A sigla NBR que antecede o número de
muitas normas significa Norma Brasileira Registrada.
A ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, fornecendo a base
necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro, sendo a representante brasileira no sistema
internacional de normalização, composto de entidades nacionais, regionais e internacionais.
Para atividades com eletricidade, há diversas normas, abrangendo quase todos os tipos de
instalações e produtos.
Outras Normas
Existem muitas outras normas técnicas direcionadas às instalações elétricas, cabendo aos
profissionais conhecer as prescrições que elas estabelecem, de acordo com o tipo de instalação em
que estão trabalhando.
As normas a seguir relacionadas são boas referências para consultas e títulos são
autoexplicativos a respeito do seu escopo. Muitas delas são complementos das prescrições gerais
estabelecidas nas normas técnicas de baixa e média tensão anteriormente citadas.
A NR 10 trata em seus 14 itens (99 subitens), 3 anexos e 1 glossário das condições mínimas
para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas,
incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, incluindo terceiros e
usuários.
A NR 10 foi aprovada através da Portaria MTb 3.214/78 e modificada pela Portaria MTE nº 598,
de 07/12/2004 e publicada no Diário Oficial da União de 08/12/2004. Esta portaria também instituiu a
Comissão Nacional Permanente sobre Segurança e Energia Elétrica (CPNSEE), tripartite e paritária
com representantes do governo, das empresas e dos trabalhadores, no âmbito do Ministério do
Trabalho e Emprego com a interveniência (com a intervenção) da Comissão Tripartite Paritária
Permanente (CTPP), com o objetivo de acompanhar a implementação da NR 10, de forma a assumir
as demandas impostas pela sociedade e de propor as adequações necessárias ao seu contínuo
aperfeiçoamento.
6.3.1. Qualificação.
6.3.2. Habilitação.
6.3.3. Capacitação
6.3.4. Autorização.
ZC – Zona Controlada
Rc
ZC – Zona Restrita
Rr PE – Ponto da
Instalação energizado
ZL – Zona Livre
A tabela abaixo, adaptada da NR 10 define a extensão de cada zona em função da tensão nominal do
equipamento ou sistema.
Faixa de tensão Nominal da Rr - Raio de delimitação entre Rc - Raio de delimitação entre
instalação elétrica (kV) zona de risco e controlada (m) zona controlada e livre (m)
Tensão < 1 0,20 0,70
1 ≤ Tensão < 3 0,22 1,22
3 ≤ Tensão < 6 0,25 1,25
6 ≤ Tensão < 10 0,35 1,35
10 ≤ Tensão < 15 0,38 1,38
15 ≤ Tensão < 20 0,40 1,40
20 ≤ Tensão < 30 0,56 1,56
30 ≤ Tensão < 36 0,58 1,58
36 ≤ Tensão < 45 0,63 1,63
45 ≤ Tensão < 60 0,83 1,83
60 ≤ Tensão < 70 0,90 1,90
70 ≤ Tensão < 110 1,00 2,00
110 ≤ Tensão < 132 1,10 3,10
132 ≤ Tensão < 150 1,20 3,20
150 ≤ Tensão < 220 1,60 3,60
220 ≤ Tensão < 275 1,80 3,80
275 ≤ Tensão < 380 2,50 4,50
380 ≤ Tensão < 480 3,20 5,20
480 ≤ Tensão < 700 5,20 7,20
Delimitação das zonas segundo a NR 10.
7. Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) - é todo dispositivo, sistema, meio fixo ou móvel de
abrangência coletiva, destinado a preservar a integridade física e a saúde dos trabalhadores usuários e
terceiros. São utilizados para proteção de segurança, enquanto uma ou mais pessoas realiza
determinada tarefa ou atividade.
Entre os principais objetivos do uso dos equipamentos de proteção coletiva, estão:
- Evitar acidentes que envolvam tanto os trabalhadores, como também outras pessoas
que venham a estar presentes naquele local de trabalho;
- Minimizar perdas e aumentar a produtividade da empresa através de uma melhora nas
condições de trabalho;
- Neutralizar ou ao menos reduzir os riscos que anteriormente eram comuns em um
determinado local de trabalho.
Sendo assim, essas medidas visam à proteção não só de trabalhadores envolvidos com a
atividade principal, que será executada e que gerou o risco, como também a proteção de outros
funcionários, que possam executar atividades paralelas nas redondezas ou até de passantes, cujo
percurso pode levá-los à exposição ao risco existente.
Existem diversos tipos de equipamentos de proteção coletiva, que são usados de acordo com o
tipo de serviço que será executado, bem como quanto ao grau de risco que é oferecido às equipes e
aos terceiros envolvidos. Entre os principais podemos citar:
- Sinalização de Segurança (cones, placas, fitas, correntes, avisos, etc)
- Isolantes Elétricos (banquetas, tapetes, fitas, mantas)
- Sistemas contra Incêndios
- Redes de proteção
- Linha de vida - para trabalhos em altura.
- Cavaletes
- Ventilação dos locais de trabalho
- Proteção de partes móveis de máquinas;
- Exaustores para gases e vapores;
- Ar-condicionado ou aquecedor para locais frios;
- Sensores de máquinas;
- Corrimão;
- Antiderrapantes;
- Ventiladores;
- Iluminação;
- Barreiras de proteção
- Guarda-corpos;
- Protetores de máquinas;
- Cabines para pintura;
- Purificadores de ar e água;
- Chuveiro e lava olhos de emergência;
- Kit para limpeza para produtos químicos.
Como podemos perceber, há uma grande variedade de EPC’s, inclusive podem também ser
considerados EPC’s os equipamentos de uso individual compartilhados pelo grupo, como kits de
primeiros socorros.
Sinalização de Segurança
A sinalização também ocorre através das cores, que podem sinalizar grau de riscos, identificar
os equipamentos de segurança e tubulações, bem como delimitar áreas.
Sinalizar significa comunicar de alguma forma. Dispondo de placas, adesivos, cartazes, cones,
faixas, etc. com sinais gráficos, escritos ou com objetos, que visam indicar, mostrar, apontar situações
e/ou informações rápidas sobre o local.
Desta forma, define-se a sinalização de segurança como um conjunto de estímulos, que
informam e orientam um indivíduo sobre algum risco ou a melhor conduta a tomar perante
determinadas circunstâncias relevantes, como por exemplo uma rota de fuga em caso de princípio de
incêndio ou explosões, fornecendo assim uma indicação ou uma prescrição relativa à segurança e/ou à
saúde no trabalho.
Placas
As placas de sinalização são uns dos mais importantes meios de sinalização para a segurança,
sendo utilizada para manter a comunicação visual e advertir as pessoas sobre possíveis riscos e
procedimentos de segurança.
As placas de Trânsito são um exemplo de sinalização para a segurança, elas orientam,
advertem e informam os condutores e pedestres sobre as ações a serem tomadas, possuindo desta
forma um controle no trânsito, com o objetivo de evitar acidentes e colocar as pessoas em risco.
Em locais de trabalho, a placa de sinalização desempenha um papel importante e tem por
objetivo informar os trabalhadores e visitantes sobre os riscos existentes no local e a necessidade de
uso de EPI's(Equipamentos de Proteção Individual), assim prevenindo-os e reduzindo o risco de
acidentes no trabalho.
As placas de sinalização para a segurança devem possuir características colorimétricas
(relativas à cor) e fotométricas (relativas à intensidade luminosa) que garantam boa visibilidade e a
compreensão do seu significado.
Sinalização sonora
A sinalização sonora geralmente é realizada por alarme, dando um sinal que algo importante
está ocorrendo. O alarme deve ser interno ou externo. Quando esta localizado dentro da empresa pode
estar sinalizando o início de um procedimento perigoso, incêndio, invasão, roubo e etc. Também pode
estar localizado externamente, como por exemplo em veículos e equipamentos em movimentos que
representam algum perigo.
Sendo assim, em ambos os casos o alarme informa para todos que algo está necessitando de
atenção imediata naquele momento.
Quando a empresa utiliza o alarme para diversas atividades, é importante utilizar sons
diferenciados para cada atividade, assim os trabalhadores saberão o que está acontecendo naquele
instante.
A Sinalização Sonora geralmente interage com as demais sinalizações gerando produtos
acessíveis com carácter universal. Como por exemplo em caso de incêndio dentro da empresa, há o
alarme de incêndio, placas luminosas e iluminação de emergência. Isto ocorre também quando há
equipamentos em movimento, que em manobra de ré, além, da iluminação existe o aviso sonoro.
Em alguns casos, a sonorização além do alarme é realizada por comunicação verbal, com
gravação de áudio falado, onde se passa instruções e avisos referente ao que está acontecendo ou a
procedimentos que devem ser tomados em determinadas situações.
Sendo assim, podemos perceber que a sinalização sonora e um importante Equipamento de
Proteção Coletiva (EPC), contribuindo para a segurança nas operações das empresas.
Cones de Sinalização
Os cones de sinalização são muito utilizados para demarcação de lugares como
estacionamentos, obras e trabalhos executados em vias públicas. Os cones são equipamentos de
sinalização para a segurança que costumam ter cores bastante chamativas — como preto e amarelo
ou laranja e branco —, assim facilitam a identificação e visualização mesmo em ambientes pouco
iluminados.
São utilizados, para garantir a segurança em diversas situações e ambientes. Os cones de
sinalização devem ser resistentes a intempéries como sol e chuva. Além disso, o ideal é que esses
dispositivos tenham partes refletivas, garantindo boa visualização mesmo à noite e em locais mal
iluminados.
Empresas que transportam produtos perigosos devem, obrigatoriamente, utilizar cones para a
sinalização da pista durante o deslocamento da carga
Fita de Sinalização
De modo geral, existem dois tipos de fita de sinalização para segurança. Podemos classificar
como Fitas Fixas e Fitas temporárias.
- Fitas Fixas:
As fitas fixas, são geralmente auto adesivas e apresentadas em diversas cores, sendo
utilizadas para demarcação de solo e paredes em áreas industriais e locais de circulação de pessoas,
possuem uma importância relevante ao auxiliar na necessidade de uma rápida evacuação do lugar,
bem como delimitar o acesso a áreas, como por exemplo aos extintores de incêndios.
- Fitas Temporárias:
As fitas classificadas como temporárias, são as fitas de sinalização zebrada e/ou de barreiras.
São essenciais para demarcar, isolar e indicar áreas consideradas de risco, como locais escorregadios
ou que passam por reformas estruturais. São consideradas temporárias, pois são utilizadas por um
determinado tempo.
Podem ser utilizadas. interna e externamente na sinalização, na interdição, no balizamento ou
na demarcação em geral por indústrias, construtoras, transportadoras, órgãos públicos ou quaisquer
empresas.
Sua principal função é impedir que as pessoas ou veículos se exponham a algum tipo de
perigo temporário, alertando-os de que uma determinada área não está aberta para acesso no
momento.
A fita zebrada apresenta listras intercaladas em duas cores, característica que serve
justamente para chamar a atenção das pessoas e evitar acidentes.
Classificadas como um equipamento de proteção coletiva, as fitas zebradas se destacam em
qualquer tipo de ambiente, e a compreensão de seu significado é universal e fácil de ser interpretada
por pessoas de qualquer idade.
As fitas de sinalização são dobráveis e fornecidas em rolos, com dimensões que podem variar.
Geralmente são fabricadas em polietileno, o que garante leveza, durabilidade e facilidade de manuseio
e instalação em ambientes internos e externos.
Sistemas Contra Incêndios
Um sistema contra incêndio é um conjunto de elementos manuais e/ou automáticos, que tem
por objetivo detectar e/ou combater um incêndio na sua fase inicial, evitando sua propagação.
Entre este conjunto de elementos, os mais utilizados são:
- Iluminação de emergência
- Detectores
- Alarme de incêndio
- Sinalização de emergência
- Extintores
- Hidrantes e mangotinhos
- Chuveiros automáticos
- Outros sistemas de extinção automática de incêndio
O melhor projeto de segurança contra incêndio é realizado pela implantação de um conjunto de
sistemas de proteção ativa (detecção do fogo, combate ao incêndio, etc.) e de proteção passiva
(resistência ao fogo das estruturas, compartimentação, entre outros).
Para se projetar um bom sistema é preciso analisar o ambiente que se deseja proteger,
analisar os riscos, verificar os materiais que estão presentes no ambiente, as interferências
arquitetônicas, a presença e o fluxo de pessoas, entre outros fatores.
No combate a incêndios, vários agentes podem ser utilizados: água, espuma, gás ou pó
químico. Dependendo das classes de incêndio e risco, alguns agentes podem ser combinados.
Antiderrapantes
Os dispositivos antiderrapantes são aplicados com o objetivo de evitarem acidentes
decorrentes a quedas por meio de escorregões.
Infelizmente, escorregões são umas das causas mais frequentes de acidentes nas empresas.
As quedas fatais devido a escorregões e tropeços matam centenas de pessoas anualmente. Porém,
medidas simples podem ser tomadas para reduzir o risco.
Devem ser utilizados materiais antiderrapantes nos pisos, escadas, rampas, corredores e
passagens dos locais de trabalho onde houver perigo de escorregamento.
Ao projetar, construir ou reformar os ambientes de trabalho, os responsáveis devem solicitar e
utilizar os materiais antiderrapantes nos locais necessários.
Existem, muitos tipos de antiderrapantes que são utilizados para evitarem acidentes. Alguns
são aplicados após observar sua necessidade, que não havia sido considerada ao projetar, construir ou
reformar os ambientes.
Pisos Antiderrapantes
Os pisos ou revestimentos antiderrapantes visam a proteção coletiva dos trabalhadores e
pessoas que passam pelo local.
São fixos, e possuem diversos tipos e modelos, sendo que seu uso dependerá do local e/ou
necessidade onde serão colocados.
Por esse motivo, a escolha do piso certo para cada necessidade e segurança da empresa é
algo muito importante. Há lugares que exigem ainda mais cuidados, como áreas externas, molhadas e
escadas. Nesses casos, o piso antiderrapante torna-se ideal, já que a textura e acabamento deixarão
menos escorregadios, evitando quedas.
Além dos pisos de cerâmica e porcelanato utilizados em nossas casas, que também possuem
modelos antiderrapantes, existem os pisos industriais e de borracha.
Piso de borracha
Os pisos de borracha, são amplamente usados em locais onde há uma intensa circulação de
pessoas. Por serem antiderrapantes quando molhados, podem ser limpos com frequência sem causar
acidentes. Sua durabilidade é outro diferencial, assim como a resistência ao fogo. Estes pisos têm a
vantagem de não deformarem mesmo quando submetidos a grandes cargas, o que é essencial quando
se atua com equipamentos pesados. Em geral, a instalação das placas do assoalho pode ser tanto
apoiada quanto colada sobre o contrapiso.
São indicados, para ambientes internos e externos e podendo ser utilizados para projetos de
segurança e autonomia de pessoas com deficiência física ou visual ou problemas de mobilidade.
Fitas Antiderrapantes
As fitas antiderrapantes, colaboram muito com a segurança, possuindo a finalidade evitar
acidentes em escadas, rampas e outros pisos escorregadios. Podendo ser utilizadas em residências,
prédios, escolas e indústrias.
São de fácil aplicação, pois além de antiderrapante são auto adesivas, sendo possível ser
colocadas com aplicadores para fitas adesivas.
Há diferentes versões, variando tamanho e formato, em geral, as fitas tem formato de lixa e alta
resistência, podendo ser utilizada em ambientes internos e externos.
Os principais tipos de fitas antiderrapantes são:
- Fotoluminescentes
- Coloridas
- Zebradas
- Transparentes
- Emborrachadas
- À prova d’água.
- Refletiva.
A fita antiderrapante refletiva é capaz de emitir luz ao longo de horas em ambientes escuros.
Desta forma, além da segurança no caminhar, pode servir de guia em caso de queda de energia ou
problemas elétricos.
Para decidir qual a melhor para cada ambiente, deve-se verificar qual a real necessidade e
ficar atento ao fluxo de pessoas, bem como ao risco e visibilidade do local.
O investimento em fitas antiderrapantes pode reduzir consideravelmente os custos de
afastamentos, indenizações, tratamentos gerados por acidentes. Nas residências, esse tipo de material
pode ser utilizado para proteção de crianças e idosos.
Com os diferentes modelos existentes no mercado é possível deixar a casa, o prédio ou local
de trabalho bem sinalizado, seguro e sem prejudicar a aparência.
Aterramentos
O aterramento é a ligação através de um condutor à terra, podendo ser de um equipamento ou
de um sistema, por motivos de proteção ou por exigência quanto ao funcionamento do mesmo. Desta
forma, o aterramento pode ser considerado um equipamento de proteção coletiva, quando seu objetivo
visa à proteção das pessoas (usuários) e/ou trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nas
atividades.
Em geral existem 3 tipos de aterramentos, podendo ser Funcional, de Proteção e Temporário.
a) O Aterramento Funcional consiste na ligação de um dos condutores do sistema (geralmente o
neutro) à terra, e está relacionado com o funcionamento correto, seguro e confiável da
instalação.
b) O Aterramento de Proteção consiste na ligação das massas e dos elementos condutores
estranhos à instalação à terra, visando assim a proteção contra danos que possam ocorrer a
pessoas e animais e/ou a um sistema ou equipamento elétrico.
c) O Aterramento Temporário ou aterramento de trabalho, consiste no aterramento em uma parte
do circuito de uma instalação elétrica, que está normalmente sob tensão, mas é posta
temporariamente sem tensão, para que possam ser executados trabalhos com segurança.
Para realizar este aterramento há um conjunto de dispositivos que visam a proteção dos
trabalhadores.
Esperamos que tenha compreendido a importância do aterramento tanto para o funcionamento
dos equipamentos, quanto para a proteção das pessoas e animais.
Para cada classe ou tipo de tensão há um tipo de aterramento temporário. O mais utilizado em
trabalhos de manutenção ou instalação nas linhas de distribuição é o conjunto ou "kit" padrão,
composto pelos seguintes elementos:
- vara ou bastão de manobra
- grampos de condutores
- grampos de terra
- trapézio de suspensão
- cabos de aterramento
- trado de aterramento
- estojo de acondicionamento
Grampos de Condutores
Estabelece a conexão dos demais itens do conjunto com os pontos a serem aterrados. Deve
ser, de material condutor, além de possuir alta resistência mecânica, boa área de contato, boa conexão
ao cabo de aterramento e peso mínimo.
Trapézio de Suspensão
Permite a elevação simultânea dos grampos à linha a ser aterrada, e estabelece a conexão dos
cabos de interligação das fases. Deve ser, de material leve e bom condutor e ser dotado de conectores
que possibilitem a perfeita conexão mecânica e elétrica dos cabos de interligação das fases e descida
para terra.
Cabos de Aterramento
Trado de Aterramento
Estojo de Acondicionamento
Para manter o Conjunto de Aterramento Temporário em perfeitas condições, pronto para ser
utilizado com segurança quando for necessário, exige-se um mínimo de cuidado com o seu manuseio e
transporte. Desta forma, é devido ser acondicionado em estojo adequado. O estojo de
acondicionamento pode ser construído em fiberglass, madeira, metal ou lona, a critério do usuário e de
acordo com o tipo de Conjunto de Aterramento que irá acondicionar, devendo entretanto, possuir
divisões internas adequadas, para a perfeita acomodação das peças que compõem o conjunto,
principalmente a vara e bastão de manobra, que não devem ser acondicionados em contato direto com
os demais componentes.
Conjunto de Aterramento Temporário para Veículo
Os veículos pesados que estiverem em serviço, tanto em rede desenergizada (linha morta)
quanto em rede energizada (linha viva) deverão ser aterrados, pois caso houver energizamento
acidental do veículo, ele escoará pelo aterramento temporário.
Lembramos que todo o aparato de aterramento temporário deve ser removido ao final dos serviços e
antes da liberação para energização do circuito.
Cotidianamente estamos em contato com elementos que são condutores elétricos e outros que
são isolantes elétricos.
O que diferencia esses elementos, permitindo que uns possuam maior facilidade de conduzir
eletricidade do que outros, é a estrutura atômica de cada substância.
Todos os materiais são constituídos por átomos e estes são formados por partículas com
pequenas dimensões que são os nêutrons (não possuem carga), os prótons (partículas de carga
positiva) e os elétrons (partículas de carga negativa).
Os nêutrons e prótons ficam no interior do núcleo, e os elétrons ficam na eletrosfera, ou seja,
girando ao redor do núcleo. Para manter esses elétrons sempre em órbita na eletrosfera, existem
forças internas que os seguram, não deixando que os mesmos escapem.
Quanto maior a distância entre a órbita e o núcleo, mais fraca é a força que mantém o elétron
preso ao átomo, pois dessa forma, pode se mover com certa liberdade no interior do material, dando
origem aos chamados elétrons livres.
O que determina se um material é condutor ou isolante é justamente a existência dos elétrons
livres.
Quanto mais elétrons livres melhor condutor o material será.
Como o próprio nome já deixa evidente, os isolantes elétricos isolam a eletricidade ou seja, são
construídos de materiais dielétricos, que possuem poucos elétrons livres, desta forma não permitem
que a eletricidade passe através deles. Alguns exemplos de materiais isolantes elétricos são: Isopor,
borracha, madeira seca, vidro, entre outros.
Ao contrário dos isolantes elétricos, os condutores possuem excesso de elétrons livres. Desta
forma, eles possuem facilidade de se movimentar pelo material, tornando a substância em questão um
bom condutor de eletricidade. De modo geral, os metais são excelentes condutores elétricos.
Os isolantes são muito utilizados na fiação para proteger eletricamente materiais condutores e
as pessoas ao seu redor, porém para os trabalhadores da área elétrica, os isolantes são utilizados para
a confecção de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e Individual (EPI).
Assim os isolantes elétricos possuem um papel fundamental para os trabalhadores que
interagem com a eletricidade, evitando o contato direto com os condutores elétricos que provocam
choques e colocam em risco a integridade física das pessoas e animais.
Coberturas Isolantes
As coberturas isolantes são confeccionadas em materiais dielétricos, possuindo diversos
formatos e modelos.
As coberturas possuem características e especificações diferenciadas uma das outras, que
devem ser verificadas antes da utilização dos trabalhos, pois cada qual possui dimensão e proteção
específica para as classes de tensões.
As coberturas isolantes podem ser permanentes ou temporárias, dependendo da realidade e
necessidade de segurança para cada equipamento e serviço.
Podemos dividir as Coberturas Isolantes em dois tipos, sendo Rígidas ou Flexíveis. Ambas
possuem a mesma função, proteger os profissionais contra acidentes por eventuais aproximações ou
contatos com partes energizadas da estrutura e/ou condutores elétricos, durante a execução de
trabalhos próximos ou em redes energizadas.
O que praticamente diferencia as coberturas isolantes rígidas das flexíveis, é o material
utilizado para sua fabricação, sendo que as coberturas rígidas são geralmente fabricadas com
polipropileno ou polietileno de alta rigidez dielétrica e as flexíveis são fabricadas com borracha.
Em relação às coberturas para postes existem dois tipos no mercado, sendo a lisa e a frisada.
A cobertura lisa é uma cobertura versátil, que pode ser utilizada na proteção da:
- extremidade do poste
- na mão francesa z,
- na cruzeta
- no para raio e etc.
Está cobertura, merece especial cuidado, no sentido de verificar a real proteção para cada
utilização, isto por não ter uma aplicação específica. As alças de corda de polipropileno são para
facilitar a sua colocação e remoção com luvas isolantes.
Barreiras de Segurança
O sistema de barreiras consiste na implantação de proteções físicas que possibilitem eliminar,
prevenir ou delimitar o risco, fluxo ou acesso de pessoas, animais e/ou veículos, que possa causar
danos ou acidentes em áreas de risco ou áreas de trabalho.
Desta forma, as barreiras geralmente são destinadas a proteger acessos acidentais em locais
que apresentam algum tipo de risco, porém, temos que lembrar que não protegem dos acessos
voluntários por uma tentativa deliberada de contorno da barreira, por tanto se a pessoa quiser pular,
contornar ou atravessar a barreira, ela poderá ter acesso voluntário a área delimitada, visto que as
barreiras proporcionam uma sinalização e bloqueio parcial da área.
Existem diversos equipamentos, que são utilizados para barreiras e sinalização de trabalho,
lembrando que há barreiras que podem ser utilizadas externamente ou internamente, dependendo de
suas características e necessidade, sendo que estas precisam ser verificadas junto ao fabricante.
Alguns modelos encontrados no mercado são:
- Grade Metálica Dobrável
- Cavaletes
- Cortina/grade de luz
- Barreiras Metálicas removíveis
- Barreiras Retráteis
- Grade de Perímetro
- Barreira com rede (construção - SPANGUARD/DOK-GUARDIAN
- Defensa Metálica (guard-rails)
- Barreira plástica de sinalização
- Barreira com cinto retrátil.
- Barreira, tela ou cerca plástica de Segurança
- Cancelas.
- Entre outras…etc
Como podemos perceber, existem diversos tipos de barreiras, podendo ser fixas ou
temporárias, dependendo do objetivo e sua utilização. Por isso é importante utilizar o equipamento que
mais se adapta a realidade de cada situação e necessidade.
Se compreende que quando é pensado em proteções, deve-se ter em mente uma visão global
de todo o processo, pessoas envolvidas, bem como os riscos potenciais inerentes às atividades,
devendo ser adotadas diversos sistemas de segurança interligados para garantir a máxima segurança
de todos.
Por esse motivo segundo a NR12 as zonas de perigo das máquinas e equipamentos são
obrigatórios possuir sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e
dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos
trabalhadores.
Exemplos de EPIs
Proteção da Cabeça
Capacetes de proteção
Utilizado, para proteção da cabeça do trabalhador contra agentes meteorológicos
(trabalho a céu aberto) e trabalho em local confinado, impactos provenientes de queda ou
projeção de objetos, queimaduras, choque elétrico e irradiação solar.
Para evitar contatos acidentais, com as partes energizadas da instalação, o
capacete para uso em serviços com eletricidade deve ser da classe B (submetido a testes
de rigidez dielétrica a 20 quilovolts (KV)).
Proteção Auditiva
A proteção auditiva é equipamento destinado a minimizar as consequências de ruídos
prejudiciais à audição.
Para trabalhos com eletricidade, devem ser utilizados protetores apropriados, sem elementos
metálicos
Luva de cobertura
Utilizada exclusivamente como proteção da luva isolante de borracha. As luvas de
cobertura devem ser utilizadas por cima das luvas isolantes.
Para higienização deve-se limpar utilizando pano limpo, umedecido em água e
secar a sombra.
Luva de proteção em raspa e vaqueta
Utilizada para proteção das mãos e braços do empregado contra agentes
abrasivos e escoriantes.
Para higienização deve-se limpar com pano limpo e umedecido em água, secando
a sombra.
Dispositivo trava-quedas
Utilizado para proteção do empregado contra queda em serviços, em que exista
diferença de nível, em conjunto com cinturão de segurança tipo paraquedista.
Talabarte
O talabarte é um dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) indispensáveis
para quem realiza trabalho em altura superior a 2 metros, uma vez que serve para conectar
o cinto de segurança ao ponto de ancoragem.
Vestimentas de Segurança
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a
condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.
Proteção Respiratória
Destinado à utilização em áreas confinadas e sujeitas a emissão de gases e poeiras.
Porém, deve ser utilizado para proteção respiratória em atividades e locais que apresentem tal
necessidade, em atendimento a Instrução Normativa nº 1 de 11/04/1994 – (Programa de Proteção
Respiratória - Recomendações/ Seleção e Uso de Respiradores).
9. Rotinas de trabalho – Procedimentos
O programa de manobra deve ser conferido por um empregado diferente daquele que o
elaborou.
Os procedimentos para localização de falhas dependem, especificamente, da filosofia e
padrões definidos por cada empresa, e devem ser seguidos na íntegra, conforme procedimentos
homologados, impedindo as improvisações do restabelecimento.
Em caso de qualquer dúvida quanto à execução da manobra para liberação ou trabalho, o
executante deverá consultar o responsável pela tarefa ou a área funcional responsável sobre quais os
procedimentos, que devem ser adotados para garantir a segurança de todos.
Havendo a necessidade de impedir a operação ou condicionar as ações de comando de
determinados equipamentos, se faz necessário colocar sinalização específica para está finalidade, de
modo a propiciar um alerta, claramente visível, ao empregado autorizado a comandar ou acionar
9.3. Sinalização
As placas têm por objetivo chamar a atenção, de forma rápida e inteligível, para objetos ou
situações, que comprometam o seu bem-estar físico.
Equipamento Energizado
Destinada a advertir, quanto ao perigo de explosão, quando do contato de fontes de calor com
os gases presentes em salas de baterias e depósitos de
Atenção – Gases
Advertir terceiros, quanto aos perigos de choque elétrico nas instalações dentro da área
delimitada. Instalada nos muros e cercas externas das subestações.
Advertir terceiros para não subir, devido ao perigo da alta tensão. Instaladas em torres, pórticos
e postes de sustentação de condutores energizados.
9.3.2. Situações de sinalização de segurança
Inspeções parciais
As inspeções parciais, são realizadas nos setores seguindo um cronograma anual com escolha
pré-determinada ou aleatória. Quando se usam critérios de escolhas, estes estão relacionados com o
grau de risco envolvido e com as características do trabalho desenvolvido na área. São as inspeções
mais comuns, atendem à legislação e podem ser feitas por participantes da Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA, no seu próprio local de trabalho.
Inspeções periódicas
Estas são realizadas, com o objetivo de manter a regularidade para uma rastreabilidade ou
estudo complementar de possíveis incidentes. Estão ligadas ao acompanhamento das medidas de
controle sugeridas para os riscos da área. São utilizadas nos setores de produção e manutenção.
Por meio de denúncia anônima ou não, pode-se solicitar uma inspeção em locais em que há
riscos de acidentes ou agentes agressivos à saúde e ao meio ambiente. Além de realizar a inspeção no
local se deve, ainda, efetuar levantamento detalhado sobre o que de fato está acontecendo, buscando
informações adicionais junto à: fabricantes, fornecedores, SESMT e supervisor da área, em que a
situação ocorreu. Detectado o problema, cabe aos responsáveis a implementação de medida de
controle e acompanhar sua efetiva implantação.
Inspeções cíclicas
As inspeções cíclicas, são aquelas realizadas com intervalos de tempo pré-definidos, uma vez
que existe um parâmetro que norteie esses intervalos. Ex: As inspeções realizadas no verão, em que
se aumentam as atividades nos segmentos operacionais.
Inspeções de rotina
Nas inspeções oficiais, normalmente, não há a preocupação com uma análise posterior,
visando à inibição do risco. O técnico procura observar os pontos conflitantes com a legislação e
notifica a empresa.
Cuidados antes da inspeção
Antes do início da inspeção se deve preparar um check-list por setor, com as principais
condições de risco existentes, em cada local, em que se deverá ter um campo em branco para anotar
as condições de riscos não presentes no check-list.
Não basta reunir o grupo e fazer a inspeção. É necessário que haja um padrão, em que todos
estejam conscientes dos resultados que se deseja alcançar. Nesse sentido, é importante que se faça
uma inspeção piloto para que todos os envolvidos vivenciem a dinâmica e tirem as dúvidas.
As inspeções devem perturbar o mínimo possível às atividades do setor inspecionado. Além
disso, todo encarregado/supervisor deve ser previamente comunicado de que seu setor passará por
uma inspeção de segurança. Chegar de surpresa pode causar constrangimentos e criar um clima
desfavorável.
10. Documentação de instalações elétricas
Pelo novo texto da Norma Regulamentadora NR 10, as empresas estão obrigadas a manter
prontuário com documentos necessários para a prevenção dos riscos, durante a construção, operação
e manutenção do sistema elétrico, tais como: esquemas unifilares atualizados das instalações elétricas
dos seus estabelecimentos, especificações do sistema de aterramento dos equipamentos e
dispositivos de proteção, entre outros que serão listados a seguir.
Os sistemas elétricos podem ser representados graficamente por meio de Diagramas.
Usar símbolos gráfico para representar uma instalação elétrica ou parte de uma instalação é o
que denominamos como diagramas elétricos. A correta leitura e interpretação de diagramas é essencial
para a carreira de um bom eletricista, pois o diagrama elétrico garante uma linguagem comum a
qualquer eletricistas pois o desenho é uma representação visual universal. Desta maneira, se você
sabe ler um diagrama elétrico aqui no Brasil você vai saber ler um diagrama elétrico em qualquer parte
do mundo.
Nem todos os eletricistas sabem ler e interpretar um diagrama elétrico e isso torna um
diferencial entre a categoria de trabalho. Os chamados eletricistas práticos, aqueles que fazem as
instalações mas não tem a teoria da eletricidade são profissionais que muitas vezes não sabem ler e
interpretar diagrama elétricos.
Exemplo de Diagrama Unifilar:
Os diagramas unifilares devem ser mantidos atualizados nas instalações elétricas com as
especificações do sistema de aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção.
Os estabelecimentos com potência instalada igual ou superior a 75 kW devem constituir e
manter o Prontuário de Instalações Elétricas, de forma a organizar o memorial contendo, no mínimo:
a) os diagramas unifilares, os sistemas de aterramento e as especificações dos dispositivos de
proteção das instalações elétricas;
b) o relatório de auditoria de conformidade à NR-10, com recomendações e cronogramas de
adequação, visando ao controle de riscos elétricos;
c) o conjunto de procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,
implantadas e relacionadas à NR-10 e descrição das medidas de controle existentes;
d) a documentação das inspeções e medições do sistema de proteção contra descargas
atmosféricas;
e) os equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental que é aplicável, conforme
determina a NR-10;
f) a documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos
profissionais e dos treinamentos realizados;
g) as certificações de materiais e equipamentos utilizados em área classificada.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido pelo empregador ou por
pessoa, formalmente designada, pela empresa e permanecer à disposição dos trabalhadores
envolvidos nas instalações e serviço em eletricidade.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser revisado e atualizado sempre que ocorrerem
alterações nos sistemas elétricos.
Os documentos previstos no Prontuário de Instalações Elétricas precisam ser elaborados por
profissionais legalmente habilitados.
No interior das subestações deverá estar disponível, em local acessível, um esquema geral da
instalação.
Toda a documentação deve estar em Língua Portuguesa, sendo permitido o uso de língua
estrangeira adicional.
11. Riscos adicionais
Ao realizar suas atividades, os profissionais acabam expostos a diversos riscos que estão
ligados a sua atividade principal. Os trabalhadores podem ficar expostos caso tenham que realizar
trabalhos em altura, em ambientes confinados, em áreas classificadas e também em regiões de alta
umidade e as condições atmosféricas em trabalhos externos.
Vale salientar que além dos riscos já citados, dependendo de onde será executado os
trabalhos, os profissionais também sofrem exposições a riscos biológicos, químicos e ergonômicos.
Sempre que houver riscos adicionais devem ser adotadas medidas de controle dos riscos.
Para a legislação, o trabalho em altura é toda a atividade executada acima de dois metros do
piso de referência.
Para trabalhos em altura é obrigatória a atualização dos Equipamentos de Proteção Individuais
– EPI’s básicos e cintos de segurança tipo paraquedista..
O cinto de segurança tipo abdominal, somente deve ser utilizado em serviços de eletricidade e
em situações, em que funcione como limitador de movimentação, usado de forma conjugada com um
cinto de segurança tipo paraquedista.
Uma das principais causas de mortes de trabalhadores se deve a acidentes envolvendo,
quedas de pessoas e materiais. Esse é um dos motivos por ser obrigatória a instalação de proteção
individual e coletiva, em que houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção e materiais.
Para a realização de atividades em altura os trabalhadores devem:
- Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando a atividade caso sinta
qualquer alteração em suas condições;
- Estar treinado e orientado sobre todos os riscos envolvidos;
- Utilizar todos os EPIs destinados ao serviço executado.
- Possuir os exames específicos da função comprovados no ASO – Atestado de Saúde
Ocupacional (o ASO deve indicar, explicitamente, que a pessoa está apta a executar
trabalho em local elevado);
Os serviços executados em estruturas elevadas eram realizados com o cinturão de segurança
abdominal e toda a movimentação era feita sem um ponto de conexão, isto é, o trabalhador só teria
segurança, quando estivesse amarrado à estrutura, estando suscetível a quedas.
Este tipo de equipamento, devido a sua constituição não permitia que fossem adotados novos
procedimentos quanto à escalada, movimentação e resgate dos trabalhadores.
Com a preocupação constante em relação à segurança dos trabalhadores, a legislação atual
exigiu a aplicação de um novo sistema de segurança para trabalhos em estruturas elevadas, que
possibilita outros métodos de escalada, movimentação e resgate.
A filosofia de trabalho adotada é de que em nenhum momento, nas movimentações durante a
execução das tarefas, o trabalhador não poderá ficar desamarrado da estrutura.
Considerando que este processo é altamente dinâmico, a busca de novas soluções e
tecnologia deve ser uma meta constante a ser atingida para que a técnica e os procedimentos
adotados não fiquem ultrapassados.
Atos que podem levar a acidentes fatais:
• Excesso de confiança;
• Não uso ou uso incorreto dos EPI’s;
• Desconhecimento e/ou descumprimento dos padrões de execução.
Existem vários equipamentos adequados para trabalhos em altura, o que se recomenda é que
se faça uma boa inspeção nos EPIs e estes estejam adequados para a realização do trabalho.
Observação: os profissionais que executam trabalhos em altura
devem obrigatoriamente realizar o curso de NR-35, que trata sobre a
segurança do trabalho em altura.
A NR-33 que trata da segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados define Espaço
Confinado como qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que
possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente seja insuficiente para remover
contaminantes ou em que possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Lembra-se que os profissionais, que trabalham em Espaço Confinado devem fazer o curso de
NR-33 - Trabalhador Autorizado.
- Contém ou possui potencial para conter atmosfera perigosa (contaminada por vapores, gases
e/ou poeiras, inflamáveis, tóxicas e/ou explosivas, ou com deficiência ou excesso de oxigênio);
- Contém material capaz de encobrir totalmente seus ocupantes, causando asfixia;
- Possui configuração interna capaz de aprisionar ou asfixiar seus ocupantes;
- Possui potencial para sérios danos à saúde e à integridade física de seus ocupantes, tais
como: choque elétrico, radiação, movimentação de equipamentos mecânicos internos ou
estresse calórico;
- Possui tamanho e a configuração em que é possível adentrar e executar um trabalho;
- Não foi construído para trabalho contínuo;
- Possui entrada e/ou saída limitados ou restritos.
Medidas devem ser tomadas para a execução de trabalhos em espaço confinado.São elas:
- Todos os espaços confinados devem ser sinalizados, identificados e isolados;
- Deve haver medidas efetivas para que pessoas “não autorizadas” não entrem no espaço
confinado;
- Deve ser desenvolvido e implantado um programa escrito de Espaço Confinado com
Permissão de Entrada;
- Deve ser eliminada qualquer condição insegura no momento anterior à remoção do vedo
(tampa).
Espaços Classe A – são aqueles espaços, cujas condições apresentam situações em que se
considera a IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde. Incluem os espaços que têm
deficiência em O² (oxigênio) ou contêm explosivos, inflamáveis ou atmosferas tóxicas;
Imediatamente perigoso para a vida requer procedimentos de resgate com mais de um
indivíduo completamente equipado com equipamento de ar mandado e manutenção de comunicação
necessária e um vigia adicional fora do espaço confinado
Espaços Classe B – não apresentam perigo para a vida ou para a saúde, mas têm o potencial
para causar lesões ou doenças se medidas de proteção não forem usadas;
Perigoso, mas não imediatamente ameaçador em que se requerem procedimentos de resgate
com um indivíduo completamente equipado com equipamento de ar mandado, visualização indireta ou
comunicação frequente com os trabalhadores.
Espaços Classe C – são aqueles que os riscos existentes são insignificantes, não requerendo
procedimentos ou práticas especiais de trabalho.
Os riscos potenciais não requerem modificações nos procedimentos de trabalho -
procedimentos de resgate padrões - comunicação direta com os trabalhadores, de quem está fora do
espaço confinado
11.4. Umidade
Os princípios que fundamentam as medidas de proteção contra choque elétrico em áreas que
apresentam umidade esta relacionada a diversos fatores que, em conjunto, devem ser considerados na
concepção e na execução das instalações elétricas.
Cada condição de influência externa designada compreende sempre um grupo de fatores
como: meio ambiente , utilização e a construção das edificações.
Como há uma tendência em se associar à ideia de influências externas a fatores como
temperatura ambiente, condições climáticas, presença de água e solicitações mecânicas, é importante
destacar que a classificação aqui apresentada está sobe uma gama muita mais extensa de variáveis
de influências, todas tendo seu peso em aspectos, como: seleção dos componentes, adequação de
medidas de proteção, etc.
Por exemplo, a qualificação das pessoas (sua consciência e preparo para lidar com os riscos
da eletricidade), situações que reforçam (pele seca) ou prejudicam a resistência elétrica do corpo
humano (pele molhada, imersão).
O contato das pessoas com o potencial da terra está definido na tabela 20 (NBR 5410-2004).
São níveis classificados pela norma, mas só isto não configura o risco, se deve também
analisar a tabela 19 (NBR 5410-2004), que estabelece uma resistência média do corpo humano sob
condições controladas e também conhecer a tabela 20 (NBR 5410-2004), na qual se expõe o contato
das pessoas com o potencial para terra.
Para ocorrer o choque elétrico é necessário o contato com parte energizada (entrada) e contato
simultâneo com outra parte energizada ou com a terra (saída), denotando-se uma diferença de
potencial, propiciando a passagem de corrente elétrica no corpo humano.
Não podem ser admitidos esquemas TT e IT, sendo necessário nestes casos o uso dos
dispositivos de diferença residual e concomitante com as tensões de segurança.
Durante a formação das nuvens, ocorre uma separação de cargas elétricas, de modo que,
geralmente, as partes das nuvens mais próximas da terra ficam eletrizadas negativamente ou
positivamente, enquanto que as partes mais altas adquirem cargas contrárias.
Quando a resistência dielétrica é rompida, ou melhor, as cargas são suficientes para ionizar o
ar entre o ponto de partida e o ponto de chegada do raio, ultrapassando o valor da rigidez dielétrica do
ar, uma enorme centelha elétrica salta da superfície da terra para a nuvem ou da nuvem para terra ou
de uma nuvem para outra ou mesmo, entre regiões diferentes da mesma nuvem: é o raio, a natureza
em busca do equilíbrio elétrico.
É a equipotencialização natural entre o solo e a nuvem. O desequilíbrio surge em função da
ionização da nuvem por meio do movimento constante e rápido de cristais de gelo em seu interior.
O processo pode ser ao contrário. Com elétrons sobrando no solo e faltando na nuvem, o raio
se origina do solo em direção à nuvem. O mesmo processo acontece de nuvem para nuvem.
Fenômeno natural, o raio tem sido alvo de folclore e crendices populares e atemoriza até
mesmo o mais intrépido ser humano pelo estrondo que provoca. Os raios matam mais pessoas do que
furacões ou tornados, segundo a Agência Americana para Desastres (Fema). O Brasil tem sido
recordista mundial em incidência por quilômetro quadrado, de acordo com pesquisa realizada pelo
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em parceria com a Nasa.
O Brasil sofre uma grande incidência de raios por ser o maior país tropical do mundo. É nos
trópicos em que ocorrem as maiores tempestades do Globo.
De acordo com o Inpe, os raios matam cerca de duzentas pessoas por ano no Brasil. O raio
pode matar, atingindo diretamente as pessoas, iniciando incêndios e ceifando vidas.
Dentre os sistemas de para-raios, que podem ser utilizados para proteção do patrimônio e das
pessoas, os mais comuns são os da gaiola de Faraday e o tradicional Franklin (ambos eram físicos),
que é um mastro com uma haste na ponta. Ambos surgiram na época de Benjamin Franklin. O da
gaiola Faraday faz com que a descarga elétrica percorra a superfície da gaiola e atinja o aterramento.
Já o tradicional para-raios Franklin capta o raio pela ponta e transmite a descarga até o aterramento.
Como as atividades estão inter-relacionadas com o meio ambiente e, geralmente, com tempo
adverso, com descargas atmosféricas, é importante tomar todos os cuidados necessários. As tarefas
estão relacionadas às estruturas metálicas, ficando os empregados expostos.
O aterramento temporário, os EPC´s e EPI´s são de suma importância para os trabalhos de
restabelecimento. Com eles se tem uma proteção contra surtos na rede. No entanto, é importante
saber que contra milhões de volts e amperes, as proteções podem ser falíveis.
12. Proteção e combate a incêndios
Conceito de fogo
O fogo nada mais é do que uma reação química que libera luz e calor. Essa reação química
decorre de uma mistura de gases a altas temperaturas, que emite radiação geralmente visível.
Diante disso, pode ser que alguém esteja se perguntando nesse momento: “Gases!!?? Mas
quando eu vou fazer churrasco eu coloco fogo na madeira e eu vejo ela queimando!”
A explicação para isso é simples. Basta entendermos que todo material quando aquecido a
determinada temperatura, libera gases e são esses gases que, de fato, pegam fogo.
O fogo pode se apresentar fisicamente de duas maneiras diferentes, as quais podem aparecer
de forma isolada ou conjuntamente:
- Como chama;
- Como brasas.
Normalmente essas apresentações físicas do fogo são determinadas pelo combustível. Se for
gasoso ou líquido sempre terá a forma de chamas. Se for sólido o fogo poderá se apresentar em
chamas e brasas ou somente em brasa. Os sólidos de origem orgânica quando submetidos ao calor,
destilam gases que queimam como chamas, restando o carbono que queima como brasa, formando o
carvão. Alguns sólidos como a parafina e as gorduras se liquefazem e se transformam em vapores,
queimando unicamente como chamas, outros sólidos queimam diretamente apresentando-se
incandescentes, como os metais pirofóricos.
Conceito de incêndio
Sabe-se que a combustão é uma reação química, logo, devem ter no mínimo dois elementos
que reajam entre si, bem como uma circunstância que favoreça tal reação.
Estes elementos, por serem absolutamente necessários ao fenômeno da combustão, serão
chamados de elementos essenciais do fogo: combustível, comburente e calor, os quais, para facilitar
a compreensão do processo da combustão, serão representados, cada um, por um dos lados de um
triângulo equilátero, chamado de “triângulo do fogo”.
Combustível
Comburente
É o elemento que proporciona vida às chamas, que ativa e intensifica o fogo. Como
comburente natural existe o oxigênio, que é retirado do ar atmosférico ou oriundo da estrutura
molecular de alguns compostos que são ricos em oxigênio, são eles o óxido de magnésio e a pólvora,
entre outros, que, quando aquecidos, liberam oxigênio alimentando a própria combustão.
O oxigênio em si mesmo não é combustível, porém, sem ele nenhuma combustão é possível. É
um gás inodoro, incolor e insípido, que pode ser obtido do ar (liquefação do ar) ou da água
(decomposição elétrica da água).
Devida a extraordinária capacidade de reação do oxigênio puro, o emprego de lubrificantes
combustíveis, como graxas e óleos, para lubrificação de equipamentos de oxigênio representa grande
risco e deve ser evitado, pois, explodem à temperatura normal, se entrarem em contato com o oxigênio
puro.
Outro comburente que se pode encontrar é o cloro (Cl2). É um gás mais pesado que o ar, de
coloração amarelo-esverdeado, venenoso, corrosivo e largamente usado para tratamento e purificação
da água, branqueamento e outros processos industriais. Não é inflamável, mas pode causar incêndio e
explosões, pois em contato com determinadas substâncias, comporta-se como comburente semelhante
ao oxigênio. Este fenômeno ocorre principalmente em contato com a amônia, terebintina e metais
pulverizados. Onde houver possibilidade de formação deste gás, deve-se ter cuidados especiais.
Calor
O calor é objeto de estudo da Física através da Termologia, que se divide em: termometria e
calorimetria.
a) Termometria - Estuda as diversas leis que regem a aferição da temperatura, bem como as
diversas escalas existentes (Celsius, Kelvin, Fahrenheit e outras).
b) Calorimetria - Estuda os mecanismos das trocas de calor, bem como a sua medição, cujas
principais escalas são: Caloria (Cal), British Thermal Unit (BTU), etc.
Com isso a definição de calor, do ponto de vista físico é a "energia térmica em trânsito, gerado
pela vibração molecular entre os corpos a diferentes temperaturas", porém, faz-se necessário uma
definição prática de calor, voltada ao estudo da Ciência do Fogo.
Tetraedro do fogo
Também conhecido como pirâmide do fogo ou quadrado do fogo, o tetraedro do fogo é uma
evolução do triângulo do fogo, uma vez que estudos realizados mais recentemente descobriram um
novo elemento essencial ao fogo: a reação em cadeia.
Combustão
É a reação química entre um corpo combustível e um corpo comburente, provocado por uma
energia de ativação.
Do ponto de vista químico, a combustão é uma reação de oxidação irreversível e exotérmica
processada através de radicais livres.
A combustão pode ser classificada da seguinte forma:
b) Quanto à reação
Quanto à reação, a combustão pode ser incompleta ou completa.
Reação incompleta – Quando a quantidade de oxigênio que entra na combustão é menor que a
necessária, teoricamente, aparecem nos produtos da combustão, combustíveis, tais como: monóxido
de carbono (CO) e hidrogênio (H2) e em casos de grande escassez de oxigênio até hidrocarbonetos de
carvão em pó como a fuligem e o negro fumo. Neste caso, diz-se que a combustão é incompleta.
Reação Completa – Quando todos os elementos do combustível, possíveis de se combinarem com o
oxigênio, reagirem com o mesmo, não restando, nos produtos da combustão, combustível algum, ou
seja, quando a quantidade de oxigênio é compatível com a solicitação, diz-se que a combustão é
completa.
b) Ponto de combustão
É a menor temperatura na qual uma substância libera vapores em quantidade
suficiente para formar uma mistura com o ar, logo acima de sua superfície, que se
incendiará pelo contato com uma fonte externa de calor, havendo continuidade da
combustão, mesmo retirando-se a fonte externa de calor. É também chamado de “Fire-
point” ou Ponto de Inflamação. Normalmente este ponto é ligeiramente superior ao
ponto de fulgor.
c) Ponto de ignição
É a temperatura mínima, na qual os vapores emanados de um corpo
combustível, entram em combustão apenas ao contato com o oxigênio do ar,
independente de qualquer fonte de calor externa. Também é conhecido como Ponto de
combustão espontânea ou ponto de autoignição ou “Flashover”.
- Flashover: Na fase de queima livre, o fogo aquece gradualmente todos os
combustíveis do ambiente. Quando determinados combustíveis atingem seu
ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma queima instantânea e
concomitante desses produtos, o que poderá provocar uma explosão
ambiental, ficando toda a área envolvida pelas chamas. Esse fenômeno é
conhecido como "Flashover".
- Backdraft: Na fase de queima lenta em um incêndio, em não havendo
renovação de ar, a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente
para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece e as
partículas de carbono não queimadas (bem como outros gases inflamáveis
produtos da combustão) estão prontas para incendiar-se rapidamente, assim
que o oxigênio for suficiente. Na presença de oxigênio, estando os corpos
combustíveis na sua temperatura de ignição, esse ambiente explodirá, ou seja,
todos os corpos combustíveis, inclusive partículas em suspensão no ar,
entrarão subitamente em combustão. A essa explosão chamamos "Backdraft".
Combustíveis em geral
Ao iniciar o estudo dos combustíveis, o primeiro ponto a abordar é quando deve-se chamar
uma determinada substância de Inflamável ou de Combustível.
Quando o processo de combustão em uma substância se desenvolve rapidamente, com alta
velocidade de propagação das chamas, ela é chamada inflamável, entretanto, quando a combustão em
uma substância se processa lentamente, com baixa velocidade de propagação, ela será denominada
combustível.
Não há uma fronteira bem definida entre estas duas definições, pois os vapores de um líquido
inflamável podem queimar em altíssima velocidade, caracterizando uma explosão; igualmente, um
combustível pulverizado ou nebulizado em suspensão no ar, também pode queimar em altíssima
velocidade produzindo uma explosão.
Também pode-se aumentar a velocidade e a intensidade da combustão de qualquer
substância, pelo enriquecimento da atmosfera que a envolve com oxigênio.
São aqueles que podem entrar em combustão, ou seja, queimar, sofrendo substancial
modificação química quando sujeito ao calor ou à chama. Os combustíveis sólidos representam a
maioria absoluta dos incêndios, todos eles queimam em superfície e profundidade deixando, com isso,
resíduos.
Poucos são os sólidos que combinam com o oxigênio gerando a combustão,
independentemente de uma fonte externa de calor. Apenas o enxofre e os metais alcalinos, como por
exemplo o potássio, o cálcio, etc, tem essa propriedade.
A maioria dos corpos orgânicos, antes de se combinarem com o oxigênio, isto é, de se
queimarem, transformam-se inicialmente em gases ou vapores, os quais reagem com o oxigênio.
Outros sólidos primeiro transformam-se em líquidos e, posteriormente, em gases, para então
se queimarem, como por exemplo: parafinas, ceras, etc.
São várias as substâncias sólidas que apresentam riscos especiais de incêndio, serão
discutidos somente algumas classes e exemplos destas classes.
a) Produtos reativos com a água (pirofóricos)
Perigosos devido à quantidade de calor liberada, quando em contato com a água. Exemplos:
sódio, pó de alumínio, cálcio, hidreto de sódio, soda cáustica, potássio, etc.
b) Produtos reativos com o ar
São perigosos devido à quantidade de calor liberado, quando em contato com o ar. Exemplo:
carvão vegetal, fósforo branco, fósforo vermelho, etc.
c) Halogênios
Como exemplo característico tem-se o iodo, que se apresenta na forma de cristais voláteis, e
que apresenta o risco de explosão, quando misturado a outros produtos.
Combustíveis líquidos
Nos líquidos, quando se avalia seus riscos de incêndio, normalmente faz-se uma divisão entre
líquidos combustíveis e líquidos inflamáveis.
a) Líquidos inflamáveis
São aqueles que produzem vapores que em contato com o ar, em determinadas proporções e
por ação de uma fonte de calor, incendeiam-se com extrema rapidez. Para isso precisam no mínimo
atingir os seus pontos de fulgor. O ponto de fulgor é inferior a 37,8°C
b) Líquidos combustíveis
São líquidos que possuem pontos de fulgor igual ou superior a 37,8°C
Combustíveis gasosos
Gás é o estado físico de uma substância que não tem forma e ocupa o espaço posto a sua
disposição. O aumento de temperatura intensifica a movimentação das moléculas das substâncias
gasosas, e as ligações entre elas praticamente deixam de existir.
a) Gás inflamável: é qualquer material que no estado gasoso, e sob temperatura ambiente e na
pressão atmosférica, queimará quando em contato com uma concentração normal de oxigênio no ar,
sob a ação de uma fonte de calor.
b) Gás inerte: É aquele que não sustenta a combustão, como, por exemplo, o nitrogênio, o gás
carbônico, o argônio, o hélio, etc.
Os gases representam um fator de alta importância pelos riscos de: combustão, explosão
(química e física) e toxidez.
Tendo em vista a sua extensa utilização industrial, domiciliar, comercial e medicinal, seus
riscos não se limitam apenas onde é fabricado, utilizado ou armazenado, mas, pela necessidade do
transporte, eles se estendem a todas as partes.
O perigo dos gases reside, principalmente, nas possibilidades de vazamentos, podendo formar
com o ar atmosférico misturas explosivas. Quando escapam, podem facilmente atingir uma fonte de
ignição onde se incendeiam rapidamente. Quando isto ocorre, o incêndio só deverá ser extinto após a
supressão do fluxo de gás, pois, caso este continue, o gás poderá incendiar-se de novo facilmente ou
então produzir uma mistura explosiva com o ar, estabelecendo condições mais perigosas que o próprio
incêndio.
A densidade de um gás é fator muito importante devido à sua periculosidade, pois os gases
mais pesados (mais densos) têm maior probabilidade de se incendiarem ao contato com uma fonte de
ignição, em geral nas partes baixas, do que os mais leves, que ocupam as partes altas.
Os mais pesados se dissipam vagarosamente, embora as correntes de ar possam acelerar a
difusão de qualquer gás. O gás canalizado rua (gás natural) e inúmeros outros gases utilizados na
indústria são mais leves que o ar e, portanto, dissipam-se mais rapidamente que os vapores dos
líquidos inflamáveis mais pesados que o ar (gás liquefeito do petróleo – GLP).
No caso de gases, pode-se afirmar que, exceto os gases não inflamáveis, os demais sempre
apresentam risco de incêndio. São citados abaixo alguns exemplos de gases que apresentam risco de
incêndio:
a) Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): propano e butano;
b) Gás natural (GN): metano;
c) Halogênio: neste caso temos o flúor e o cloro, sendo que ambos se apresentam em forma de
um gás amarelo esverdeado;
d) Gases para sistema de refrigeração: etano, iso-butano, amônia, cloreto de etila, etc.;
e) Gases Inseticidas: gás cianídrico, bissulfeto de carbono, etc.;
f) Gases Anestésicos: etileno, propileno, cloreto de etileno, etc.
Calor
Calor é uma forma de energia. É o elemento que inicia o fogo e permite que ele se propague.
Verifica-se que algumas vezes até mesmo o aquecimento de uma máquina já é suficiente para prover
calor necessário para o início de uma combustão.
Reação em cadeia
Os elementos combustível, comburente e calor, isoladamente, não produzem fogo. Quando
interagem entre si, realizam a reação em cadeia, gerando a combustão e permitindo que ela se auto
mantenha.
Algumas literaturas apontam a reação em cadeia como um quarto elemento, porém, analisando
a função dela na combustão, verifica-se que ela nada mais é do que a interação do combustível, do
comburente e do calor.
Condução
É a forma pela qual o Calor é transmitido de corpo para corpo ou em um mesmo corpo, de
molécula para molécula.
Um bom exemplo é quando acendemos um fósforo e percebemos que o fogo vem consumindo
a madeira do palito de forma gradual, ou seja, molécula a molécula.
Convecção
Ocorre quando o calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida, de um ambiente
para o outro, por meio de compartimentações.
Como exemplo temos algumas situações em que um ambiente de um edifício está em chamas
e, em minutos, outro edifício que não tem ligação direta, nem elemento físico os ligando, também
começa a pegar fogo. Isso geralmente ocorre pela transmissão de calor por massa de ar aquecida.
Irradiação
É a transmissão do calor por meio de ondas caloríficas através do espaço. Um bom exemplo é
a transmissão de calor do sol para a terra, através dos raios solares.
Classe A
Classe B
Classe C
Classe D
Definição: são os incêndios ocorridos em metais pirofóricos.
Características: irradiam uma forte luz e são muito difíceis de serem apagados.
Exemplos: rodas de magnésio, potássio, alumínio em pó, titânio, sódio etc.
Extinção: através do abafamento, não devendo nunca ser usado água ou espuma para a extinção
desse tipo de incêndio.
Classe K
Tubulação de incêndio
Existem dois tipos de tubulação de incêndio, a canalização preventiva e a rede preventiva. São
dutos destinados a condução da água exclusivamente para o combate a incêndios, podendo ser
confeccionados em ferro-fundido, ferro galvanizado ou aço carbono e diâmetro mínimo de 63mm (2
1/2") para a canalização e 75mm (3") para a rede. Tal duto sairá do fundo do reservatório superior
(excepcionalmente sairá do reservatório inferior), abaixo do qual será dotado de uma válvula de
retenção e de um registro, atravessando verticalmente todos os pavimentos da edificação, com
ramificações para todas as caixas de incêndio e terminando no registro de passeio (hidrante de
recalque).
Caixa de incêndio
Terá a forma paralelepipedal com as dimensões mínimas de 70 cm de altura, 50cm de largura e 25cm
de profundidade; porta de vidro com a inscrição "INCÊNDIO" em letras vermelhas e possuirá no seu
interior um registro de 63mm (2 1/2") de diâmetro e redução para junta "Storz" com 38mm (1 1/2") de
diâmetro na qual ficará estabelecida as linhas de mangueira e o esguicho (canalização); e hidrantes
duplos e saídas com adaptação para junta "Storz", podendo esta ser de 38mm (1 1/2") ou 63mm (2
1/2") de diâmetro, de acordo com o risco da edificação. Serão pintadas na cor vermelha, de forma a
serem facilmente identificáveis e poderão ficar no interior do abrigo de mangueiras ou externamente ao
lado destes (rede).
Linhas de mangueiras
Serão do tipo tronco cônico com requinte de 13mm (1/2") para a canalização preventiva, e do
tipo regulável e em número de 02 (dois) por hidrante para a rede preventiva.
Hidrante de recalque
Bombas de incêndio
Dispositivo responsável pela descarga de energia elétrica, proveniente de raios, para o solo.
Este dispositivo é instalado no alto da edificação a proteger, e é constituído de: captor, haste, cabo de
descarga e barras de aterramento.
As escadas enclausuradas são construídas em alvenaria e devem ser resistentes ao fogo por
quatro horas, servindo a todos os andares. Devem possuir lances retos e patamares, além de corrimão.
Entre a caixa da escada e o corredor de circulação deve existir uma antecâmara para a exaustão dos
gases, evitando assim que a fumaça chegue à escada propriamente dita. Existe uma porta corta-fogo
ligando a circulação à antecâmara e outra ligando esta à escada.
12.3. Métodos de extinção
Considerando a teórica básica do fogo, concluímos que o fogo só existe quando estão
presentes, em proporções ideais, o combustível, o comburente e o calor, reagindo em cadeia.
Calcado nesses conhecimentos, concluímos que, quebrando a reação em cadeia e isolando
um dos elementos do fogo, teremos interrupção da combustão.
Destes pressupostos, retiramos os métodos de extinção do fogo: extinção por resfriamento,
extinção por abafamento, extinção por isolamento e extinção química.
Extinção química
Existem vários agentes extintores, que atuam de maneira especifica sobre a combustão,
extinguindo o incêndio através de um ou mais métodos de extinção já citados.
Os agentes extintores devem ser utilizados de forma criteriosa, observando a sua correta
utilização e o tipo de classe de incêndio, tentando sempre que possível minimizar os efeitos danosos
do próprio agente extintor sobre materiais e equipamentos não atingidos pelo incêndio.
Dos vários agentes extintores, os mais utilizados são os que possuem baixo custo e um bom
rendimento operacional, os quais passaremos a estudar a seguir:
Água
Espuma
É uma solução aquosa de baixa densidade e de forma contínua, constituída por um
aglomerado de bolhas de ar ou de um gás inerte. Podemos ter dois tipos clássicos de espuma:
Espuma Química e Espuma Mecânica.
- Espuma Química - é resultante de uma reação química entre uma solução composta por "água, sulfato
de alumínio e alcaçuz" ou composta por "água e bicarbonato de sódio" (está entrando em desuso, por
vários problemas técnicos).
- Espuma Mecânica - é formada por uma mistura de água com uma pequena porcentagem (1% a 6%)
de concentrado gerador de espuma e entrada forçada de ar. Essa mistura, ao ser submetida a uma
turbulência, produz um aumento de volume da solução (de 10 a 100 vezes) formando a Espuma.
Como agente extintor a espuma age principalmente por abafamento, tendo uma ação
secundária de resfriamento, face a existência da água na sua composição. Existem vários tipos de
espuma que atendem a tipos diferentes de combustíveis em chamas. Alguns tipos especiais podem
atender uma grande variedade de combustíveis.
A Espuma apresenta excelente resultado no combate a incêndios das Classes A e B, não
podendo ser utilizado na Classe C, pois conduz corrente elétrica.
Extintores de água
Extintor de incêndio do tipo carga de água é aquele cujo agente é a água expelida por meio de
um gás.
Quanto à operação eles podem ser:
- Água Pressurizada – É aquele que possui apenas um cilindro para a água e o gás expelente.
Sua carga é mantida sob pressão permanente.
- Água-gás – É aquele que possui uma câmara, um recipiente de água e um cilindro de alta
pressão, contendo o gás expelente. A pressurização só se dá no momento da operação. Os
extintores de água, são aparelhos destinados a extinguir pequenos focos de incêndio Classe
“A”, como por exemplo em madeiras, papéis e tecidos.
Manejo
- Retirar o extintor do suporte e levá-lo até o local onde será utilizado;
- Retirar o esguicho do suporte, apontando para a direção do fogo;
- Romper o lacre da ampola do gás expelente;
- Abrir totalmente o registro da ampola;
- Dirigir o jato d’água para a base do fogo.
Manutenção
Para que possamos manter o extintor de água em perfeitas condições, devemos:
- Inspecionar frequentemente os extintores;
- Recarregar imediatamente após o uso;
- Anualmente verificar a carga e o cilindro;
- Periodicamente verificar o nível da água, avarias na junta de borracha, selo, entupimento da mangueira
e do orifício de segurança da tampa.
- Verificação do peso da ampola semestralmente.
Observação
Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade em hipótese alguma.
Coloca em risco a vida do operador.
O alcance do jato é de aproximadamente 08 (oito) metros.
Indicado para princípios de incêndio na Classe “B”, também podendo ser utilizado para
combater um incêndio de Classe “A”, porém com menor eficácia.
Neste tipo de aparelho extintor, o cilindro contém uma solução de água com bicarbonato de
sódio mais o agente estabilizador.
A solução de sulfato de alumínio é colocada em um outro recipiente que vai internamente no
cilindro, separando a solução de bicarbonato de sódio e alcaçuz.
Manejo
- Retira-se o aparelho do suporte, conduzindo-o até as proximidades do incêndio, mantendo-o sempre na
posição vertical, procurando evitar movimentos bruscos durante o seu transporte;
- Inverter a sua posição (de cabeça para baixo), agitando-o de modo a facilitar a reação;
- Dirigir o jato sobre a superfície do combustível, procurando, principalmente nos líquidos, espargir a
carga de maneira a formar uma camada em toda a superfície para o abafamento;
- Permanece-se com o aparelho na posição invertida até terminar a carga.
Manutenção
Para que possamos ter um extintor de espuma em perfeitas condições de uso, é importante
saber:
- Deve ser vistoriado mensalmente;
- Sua carga e o poder de reação das soluções devem ser examinados a cada seis meses;
- Sua carga deve ser renovada anualmente, mesmo que ele não seja usado;
- Após o uso, o extintor de espuma deve, tão logo seja possível, ser lavado internamente para que os
resíduos da reação química não afetem as paredes do cilindro pela corrosão;
- Após o seu uso, fazer a recarga o mais breve possível.
Observação
Este tipo de extintor não pode e não deve ser usado em eletricidade em hipótese alguma, pois
coloca em risco a vida do operador.
É um gás inerte, sem cheiro e sem cor. Devido à sua capacidade condutora ser praticamente
nula, o CO2 é muito usado em incêndios de Classe “C”.
A sua forma de agir é por abafamento, podendo também ser utilizado nas classes A (somente
no seu início) e B (em ambientes fechados).
Manejo
Para utilizar o extintor de CO2, o operador deve proceder da seguinte maneira:
- Retire o aparelho do suporte e leve-o até o local onde será utilizado;
- Retire o grampo de segurança;
- Empunhe o difusor com firmeza;
- Aperte o gatilho;
- Dirija a nuvem de gás para a base da chama, fazendo movimentos circulares com o difusor;
- Não encoste o difusor no equipamento.
Manutenção
Os extintores de CO2 devem ser inspecionados e pesados mensalmente.
Se a carga do cilindro apresentar uma perda superior a 10% de sua capacidade, deverá ser
recarregado.
A cada 5 anos devem ser submetidos a testes hidrostáticos. Este teste deve ser feito por firma
especializada, de acordo com normas da ABNT.
Observação
Como atua por abafamento, o CO2 deve ser aplicado de forma homogênea e rápida, pois
dissipa-se com muita facilidade.
Extintor de pó químico
Manejo
Os dois tipos de aparelhos citados são de fácil manejo:
Pressurizado
- Retira-se o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado (observar a direção do vento);
- Rompe-se o lacre;
- Destrava-se o gatilho, comprimindo a trava para a frente, com o dedo polegar;
- Aciona-se o gatinho, dirigindo o jato para a base do fogo.
À Pressurizar
- Retira-se o extintor do suporte e o conduz até o local onde será utilizado (observar a direção do vento);
- Acionar a válvula do cilindro de gás;
- Destrava-se o gatilho, comprimindo a trava para frente, com o dado polegar;
- Empunhar a pistola difusora;
- Aciona-se o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo.
Manutenção
Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída anualmente.
Manejo
Os dois tipos de aparelhos citados são de fácil manejo:
- Retira-se o extintor do suporte e o conduz até o local onde vai ser usado (observar a direção do vento);
- Rompe-se o lacre;
- Destrava-se o gatilho, comprimindo a trava para frente, com o dedo polegar;
- Aciona-se o gatinho, dirigindo o jato para a base do fogo.
Manutenção
Devem ser inspecionados rotineiramente e sua carga deve ser substituída anualmente.
A segurança no trabalho é essencial para garantir a saúde e evitar acidentes nos locais de
trabalho, sendo um item obrigatório em todos os tipos de trabalho.
Podem ser classificados os acidentes de trabalho relacionando-os com:
- fatores humano (atos inseguros);
- o ambiente (condições inseguras).
Essas causas são apontadas como responsáveis pela maioria dos acidentes.
No entanto, deve-se levar em conta que, às vezes, os acidentes são provocados pela presença
de condições inseguras e atos inseguros ao mesmo tempo
Podem ser classificadas como causas diretas de acidentes elétricos aquelas propiciadas pelo
contato por falha de isolamento.
As causas diretas de acidentes podem, ainda, serem classificadas quanto ao tipo de contato
físico, sendo os contatos diretos e os contatos indiretos. Vamos nos aprofundar sobre esses contatos:
- Contatos diretos – consistem no contato com partes metálicas, normalmente, sob
tensão (partes vivas).
- Contatos indiretos – consistem no contato com partes metálicas, normalmente, não
energizadas (massas), mas que podem ficar energizadas devido a uma falha de
isolamento.
O acidente mais comum a que estão submetidas às pessoas, principalmente, aquelas que
trabalham em processos industriais ou desempenham tarefas de manutenção e operação de sistemas
industriais é o toque acidental em partes metálicas energizadas, ficando o corpo ligado eletricamente
sob tensão entre fase e terra.
Podem ser classificadas como causas indiretas de acidentes elétricos, aquelas originadas por
descargas atmosféricas, tensões induzidas eletromagnéticas e tensões estáticas.
É obrigatório considerar que todo trabalho em equipamentos energizados só deve ser iniciado
com boas condições meteorológicas, não sendo assim permitidos trabalhos sob chuva, trovoadas,
neblina densa ou ventos.
Atos Inseguros
Os atos inseguros são, geralmente, definidos como causas de acidentes do trabalho que
residem, exclusivamente, no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução das tarefas de
forma contrária às normas de segurança.
Os atos considerados inseguros se apresentam na forma como os trabalhadores se expõem
(consciente ou inconscientemente) aos riscos de acidentes.
Agora vamos apresentar os fatores que podem levar os trabalhadores a praticarem atos
inseguros:
- Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais
- Fatores circunstanciais
- Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los
- Desajustamento
- Personalidade
Vamos entender melhor cada fator
- A Inadaptação entre homem e função por fatores constitucionais: são por exemplo o
sexo, idade, tempo de reação aos estímulos, coordenação motora, agressividade,
impulsividade, nível de conhecimento, grau de atenção.
- Fatores circunstanciais: são os fatores que influenciam o desempenho do indivíduo no
momento. Ex.: problemas familiares, abalos emocionais, discussão com colegas,
alcoolismo, estado de fadiga, doença, etc.
- O Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los: estes fatores são,
na maioria das vezes, causados por: seleção ineficaz, falhas de treinamento, falta de
treinamento.
- Desajustamento: este fator é relacionado com certas condições específicas do
trabalho.Ex.: problema com a chefia, problemas com os colegas, políticas salariais
impróprias, política promocional imprópria, clima de insegurança.
- Personalidade: é a forma como cada pessoa age diante das situações.
Condições Inseguras
As denominadas condições inseguras são, as que se apresentam no ambiente de trabalho,
pondo em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador, devido à possibilidade deste acidentar-
se. Tais condições se manifestam como deficiências técnicas, podendo apresentar-se:
- Na construção e instalações em que se localiza a empresa: áreas insuficientes, pisos
fracos e irregulares, excesso de ruído e trepidações, falta de ordem e limpeza,
instalações elétricas impróprias ou com defeitos, falta de sinalização.
- Na maquinaria: localização imprópria das máquinas, falta de proteção em partes
móveis, pontos de agarramento e elementos energizados, máquinas apresentando
defeitos.
- Na proteção do trabalhador: proteção insuficiente ou totalmente ausente, roupa e
calçados impróprios, equipamentos de proteção com defeito (EPIs, EPCs), ferramental
defeituoso ou inadequado.
14. Primeiros socorros
Um atendimento adequado depende, antes de tudo, de uma rápida avaliação da situação, que
indicará as prioridades.
A pessoa que está preparada e treinada deve fazer uma observação detalhada da cena,
certificando-se de que o local em que se encontra a vítima está seguro, analisando a existência de
riscos, como desabamentos, atropelamentos, colisões, afogamento, eletrocussão, agressões entre
outros.
Somente depois de se assegurar da segurança da cena é que a pessoa deve se aproximar da
vítima para prestar assistência. Não adianta tentar ajudar e, em vez disso, se tornar mais uma vítima.
Lembre-se: primeiro você, depois sua equipe e por último a vítima.
Antes de examinar a vítima, a pessoa deve se proteger para evitar riscos de contaminação
através do contato com sangue, secreções ou por produtos tóxicos. Por isso, é importante a utilização
de kits de primeiros socorros como: luvas, óculos, máscaras entre outros. Na ausência desses
dispositivos, vale o improviso com sacos plásticos, panos ou outros utensílios que estejam disponíveis.
Sempre que possível, deve-se interagir com a vítima, procurando acalmá-la e, ao mesmo tempo,
avaliar as condições desta, enquanto conversa com ela.
Uma vez definida e analisada a situação, a ação deve ser dirigida para:
- Pedido de ajuda qualificada e especializada;
- Avaliação das vias áreas;
- Avaliação da respiração e dos batimentos cardíacos;
- Prevenção do estado de choque;
- Aplicação de tratamento adequado para as lesões menos graves;
- Preparação da vítima para remoção segura;
- Providências para transporte e tratamento médico (dependendo das condições).
Homicídio simples
Nulidade do crime
Estado de necessidade
Omissão de socorro
Art. 135 - deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a
criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou
em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade
pública.
Exposição ao perigo
As questões jurídicas em relação aos Primeiros Socorros são bem complexas, visto que deixar
de prestar socorro como no item 18.2 Código Penal art. 135, a omissão de socorro é crime, cujo sujeito
ativo pode ser qualquer pessoa, mesmo que não tenha o dever jurídico de prestar assistência. Esta
assistência vai desde chamar o serviço especializado, até de fato iniciar os Primeiros Socorros. Por
outro lado, o Art. 129 não permite ofender a integridade corporal ou saúde de outrem.
Por este motivo, a pessoa deve estar muito confiante, preparada e treinada para iniciar os
procedimentos de Primeiros Socorros, utilizando de bom senso sempre, para avaliar a melhor forma de
manter a vítima viva.
Uma coisa é certa, sempre se deve chamar o serviço especializado e prestar uma assistência
psicológica para a vítima, quando não se está preparado para iniciar manobras complexas.
Com o avanço da tecnologia, cada vez mais, a sociedade está circulada por máquinas,
aparelhos e equipamentos eletrônicos. Por isso, as ocorrências de choques elétricos se tornam mais
frequentes. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e provocar queimaduras graves,
às vezes, levando até a morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de
apresentarem riscos menores, por serem de baixa voltagem, também merecem atenção e cuidado,
pois em alguns casos também podem levar a morte.
Em um acidente, que envolva eletricidade, a rapidez no atendimento é fundamental. A vítima
de choque elétrico, às vezes, apresenta no corpo queimaduras nos lugares percorridos pela corrente
elétrica, além de poder sofrer arritmias cardíacas se a corrente elétrica passar pelo coração.
Em algumas vezes, dependendo da corrente elétrica, a vítima que leva o choque fica presa no
equipamento ou fios elétricos, isso pode ser fatal. Se a pessoa que irá prestar os Primeiros Socorros
tocar na vítima, a corrente também irá atingi-la, por isso, antes de tudo é necessário desligar o
aparelho, tirando-o da tomada ou até mesmo desligando a chave geral.
Como visto anteriormente, antes de tocar a vítima, deve-se desligar a corrente elétrica, caso
não seja possível, separar a vítima do contato utilizando qualquer material, que não seja condutor de
eletricidade como: um pedaço de madeira, cinto de couro, borracha grossa, luvas.
Para atender uma vítima de choque elétrico é importante seguir alguns passos básicos, como:
- Realizar avaliação primária (grau de consciência, respiração e pulsação).
- Deite a vítima e flexione a cabeça dela para trás, de modo a facilitar a respiração.
- Se constatar parada cardiorrespiratória, aja imediatamente, aplicando massagem
cardíaca.
- Caso esteja respirando normalmente e com batimentos cardíacos, verifique se ocorreu
alguma queimadura, cuidando delas de acordo com o grau de extensão que tenha
atingido. Depois de prestar os Primeiros Socorros, providencie assistência médica
imediata.
As correntes de alta tensão se localizam, por exemplo, nos cabos elétricos que se tem nas
ruas, quando ocorre algum choque envolvendo esses cabos, geralmente, há morte instantânea,
somente pessoas autorizadas ou da central elétrica podem desligá-los. Nesse caso, a pessoa deve
entrar em contato com a central, com os bombeiros ou com a polícia, indicando o local exato do
acidente. Procedendo dessa maneira, certamente, se podem evitar novos acidentes.
Lembre-se: não deixe que ninguém se aproxime da vítima, nem tente ajudá-la antes de a
corrente elétrica ser desligada, sendo a distância mínima recomendada de quatro metros, somente
depois de desligada é que se deverá prestar socorro.
Dependendo das condições da vítima e das características da corrente elétrica o acidentado
pode apresentar:
- Sensação de formigamento;
- Contrações musculares fracas que poderão se tornar fortes e dolorosas;
- Inconsciência;
- Dificuldade respiratória ou parada respiratória;
- Alteração do ritmo cardíaco ou parada cardíaca;
- Queimaduras;
- Traumatismos como fraturas e rotura de órgãos internos;
No acidente elétrico, a vítima pode ficar presa ou ser violentamente projetada à distância.
Como visto no item anterior, os choques elétricos podem levar a uma parada
cardiorrespiratória, sendo essencial se buscar saber do que se trata e como proceder nesses casos.
A parada cardiorrespiratória é a parada dos movimentos cardíacos e respiratórios, ou seja, é a
ausência das funções vitais, movimentos respiratórios e batimentos cardíacos. A ocorrência isolada de
uma delas só existe em curto espaço de tempo, a parada de uma acarreta a parada da outra. A parada
cardiorrespiratória leva à morte no período de três a cinco minutos
Como se sabe o ser humano não vive sem o ar (oxigênio), quando ocorre por alguma razão
uma parada respiratória, a pessoa para de respirar ou sofre uma asfixia, essa última pode ocorrer em
ambientes confinados, um dos riscos indiretos em trabalhar com eletricidade.
A parada respiratória pode correr por diversas situações como: afogamento, sufocação,
aspiração excessiva de gases venenosos ou vapores químicos, soterramento, presença de corpos
estranhos na garganta, choque elétrico, entre outros.
Há um modo bem simples para perceber os movimentos respiratórios da vítima, chegando bem
próximo da boca e do nariz da vítima e verificar:
- Se o tórax se expande.
- Se há algum ruído de respiração.
- Sentir na própria face se há saída de ar.
Ocorrendo uma parada respiratória é importante ficar atento, pois pode ocorrer uma parada
cardíaca simultaneamente, ou seja, podem parar os batimentos do coração.
As pulsações cardíacas indicam a frequência e a força com que o coração está enviando o
sangue para o corpo, estas pulsações seguem sempre o mesmo ritmo e força em situações normais.
Porém, quando isso não ocorre, pode estar havendo um problema com a circulação do sangue, ou
seja, pode estar havendo uma parada cardíaca.
Os Sinais de Parada Cardíaca são:
- Inconsciência.
- Ausência de pulsação (batimentos cardíacos).
- Ausência de som de batimentos cardíacos.
Para verificar as pulsações é necessário senti-las nas artérias principais que passam pelo
corpo, as mais utilizadas são as que passam pelo pescoço, denominadas carótidas. Quando ocorre
ausência de pulsação nessas artérias, fica evidente a ocorrência de uma parada cardíaca.
Quando ficar com dúvida ou não conseguir verificar as pulsações, deve-se observar se a vítima
apresenta algum sinal de circulação como:
- Respiração
- Tosse ou emissão de som
- Movimentação
Em casos em que esses sinais não são evidentes, deve-se considerar que a vítima está sem
circulação e iniciar as compressões torácicas.
Primeiramente, deve-se verificar a segurança do local, em seguida, deve-se falar com a vítima
buscando saber se ela está consciente ou não. Após confirmação do estado de inconsciência, a
prioridade é pedir auxílio qualificado.
Lembre-se antes de avaliar as condições da vítima, usar os dispositivos de proteção possíveis
ou improvisados como: luvas, panos ou sacos plásticos.
A iniciação deve começar com o ABC da vida, que consiste em avaliar:
- A - Vias Aéreas
- B - Boca ( Respiração) ou Boa respiração
- C - Circulação
Caso se confirme uma parada cardiorrespiratória (PCR), ela deverá ser tratada com a
Reanimação cardiopulmonar (RCP).
A obstrução das vias aéreas é uma das principais causas de morte em pessoas inconscientes,
as vias aéreas podem estar obstruídas por várias situações, como: sangue, secreções e corpos
estranhos, mas a principal causa de obstrução é a “queda da língua”. Quando a pessoa está
inconsciente, o relaxamento da musculatura do maxilar faz com que a língua caia para trás, impedindo
a passagem do ar.
A pessoa que presta os primeiros socorros deve ver, ouvir e sentir a respiração, caso a vítima
esteja respirando deverá avaliar a pulsação.
Em parada cardiorrespiratória o tempo é fundamental, pois dependendo do tempo se pode ter
consequências para a vítima, como ter lesão cerebral.
Se os procedimentos já citados anteriormente sobre obstrução das Vias Aéreas não forem
suficientes para a vítima retornar a respirar, ou até mesmo a vítima não apresentar pulsação, será
necessário a reanimação cardiopulmonar (RCP).
Nova regra de ressuscitação dá prioridade à massagem cardíaca, leigos não precisam fazer
respiração boca a boca, essa nova regra começou a valer a partir de 2010.
Pesquisas americanas recentes mostram que a massagem aumenta em três vezes as chances
de vida. Até então, no Brasil 95% dos que sofreram ataque repentino, morreram antes de chegarem ao
hospital.
A mudança se deu com o intuito de facilitar o processo e impedir que pessoas desistam de
fazê-lo pelo receio de encostar a boca na boca de desconhecidos.
Segundo a AHA (American Heart Association), órgão americano que divulgou as novas
normas, as chances de sucesso de uma pessoa, que faz a massagem cardíaca corretamente são
praticamente as mesmas de quem opta pela massagem e respiração artificial, além de contar com a
vantagem de se ganhar tempo – essencial no processo.
Pela nova norma, a respiração artificial deve ainda ser padrão para os profissionais de saúde,
que sabem fazê-la com a qualidade e agilidade adequada, alem de possuir os equipamentos de
proteção necessários.
Se a vítima da parada cardíaca não receber nenhuma ajuda em até oito minutos, a chance de
ela sobreviver não passa de 15%. Já ao receber a massagem, a chance aumenta para quase 50% até
a chegada da equipe de socorro, que assumirá o trabalho.
Algumas providências podem ser tomadas para evitar o estado de choque. No entanto,
infelizmente, não há muitos procedimentos de Primeiros Socorros a serem tomados para tirar a vítima
do choque.
Deitar a Vítima
- A primeira atitude é tentar acalmar a vítima que esteja consciente.
- Vítima deve ser deitada de costas, com as pernas elevadas (30 cm) e a cabeça virada
para o lado, evitando assim, caso ela vomite, que aspire podendo provocar pneumonia.
(caso não houver suspeita de lesão ou fraturas na coluna)
- No caso de ferimentos no tórax, que dificultem a respiração ou de ferimento na cabeça,
os membros inferiores não devem ser elevados.
- Afrouxar as roupas da vítima no pescoço, peito e cintura, para facilitar a respiração e a
circulação.
- Verificar se há presença de prótese dentária, objetos ou alimento na boca e os retirar.
No caso de a vítima estar inconsciente, ou se estiver consciente, mas sangrando pela boca ou
nariz, deitá-la na posição lateral de segurança (PLS), para evitar asfixia, conforme demonstrado na
Figura.
Pulso
Enquanto as providências já indicadas são executadas, deve-se observar o pulso da vítima. No
choque, o pulso da vítima se apresenta rápido e fraco (taquisfigmia).
Conforto
Dependendo do estado geral e da existência ou não de fratura, a vítima deverá ser deitada da
melhor maneira possível. Isso significa observar se ela não está sentindo frio e perdendo calor. Se for
preciso, a vítima deve ser agasalhada com cobertor ou algo semelhante, como uma lona ou casacos.
Tranquilizar a Vítima
Se o socorro médico estiver demorando, deve-se tranquilizar a vítima, mantendo-a calma sem
demonstrar apreensão quanto ao estado. Permanecer em vigilância junto à vítima para dar-lhe
segurança e para monitorar alterações em seu estado físico e de consciência.
Atenção: Em todos os casos de reconhecimento dos sinais e
sintomas de estado de choque, providenciar imediatamente
assistência especializada. A vítima vai necessitar de tratamento
complexo, que só pode ser feito por profissionais e recursos especiais
para intervir nestes casos. Não se deve dar nada para beber.
14.8.1. Queimaduras
Queimaduras são lesões provocadas pela temperatura, geralmente, o calor, que podem atingir
graves proporções de perigo para a vida ou para a integridade da pessoa, dependendo da localização,
extensão e grau de profundidade.
A tabela a seguir, se refere à extensão da área lesada, ajudando assim a avaliar a gravidade
de uma queimadura.
É a mais comum, deixa a pele avermelhada, além de provocar ardor e ressecamento, sendo a
lesão superficial.
Trata-se de um tipo de queimadura causado, quase sempre, por exposição prolongada à luz
solar ou por contato breve com líquidos ferventes.
Providências - As queimaduras de 1º grau podem ser tratadas sem
recurso ao hospital, a não ser que atinjam uma área muito grande ou ocorram em
bebês e idosos. Este tipo de queimadura melhora em três dias
É uma queimadura mais grave do que a de primeiro grau, essa queimadura é aquela que
atinge as camadas um pouco mais profundas da pele.
Caracteriza-se pelo surgimento de bolhas, desprendimento das camadas superficiais da pele,
com formação de feridas avermelhadas e muito dolorosas.
Deve-se:
- Aplicação de água fria até alivio da dor, pelo menos cinco minutos;
- Secagem da zona afetada com compressa esterilizada;
- Cobrir com um pano limpo;
- Aplicação de gaze vaselinada (não aderente) sobre a queimadura e um penso
absorvente para absorver exsudado (deve ser mudado regularmente);
- Não se devem estourar as bolhas;
- Os cremes/loções calmantes só estão indicados para as queimaduras de 1º grau.
- Não colocar nenhum produto caseiro.
Queimaduras de terceiro grau são aquelas, em que todas as camadas da pele são atingidas,
podendo ainda alcançar músculos e ossos. Essas queimaduras se apresentam secas, esbranquiçadas
ou de aspecto carbonizado, fazendo com que a pele se assemelhe ao couro, diferentemente do que
acontece nas queimaduras de primeiro e segundo graus.
Esse tipo de queimadura não produz dor intensa, já que provoca a destruição dos nervos que
transmitem a sensação de dor.
Geralmente, a queimadura de terceiro grau é causada por contato direto com chamas, líquidos
inflamáveis ou eletricidade. É grave e representa sérios riscos para a vítima, sobretudo se atingir
grande extensão do corpo.
Providências - O tratamento de queimaduras, de modo geral, pode ser
feita da seguinte forma, podendo ser de Primeiro, Segundo ou Terceiro grau.
Deve-se:
- Resfriar com água o local atingido, pelo menos cinco minutos.
- Proteger o local com um pano limpo.
- Providenciar atendimento médico.
Esse atendimento médico pode ser dispensado apenas no caso de queimaduras de primeiro e
segundo grau, em que a área lesada não seja muito extensa.
Queimaduras elétricas
As queimaduras elétricas solicitam urgência hospitalar, porque podem afetar áreas não
visíveis, como órgãos internos.
14.8.2. Insolação
A insolação é uma enfermidade provocada pela exposição excessiva aos raios solares,
podendo se manifestar subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo presentes, porém, a
pulsação e a respiração.
A insolação acontece, quando o organismo fica incapacitado de controlar a temperatura.
Quando a pessoa tem insolação, a temperatura corporal aumenta rapidamente, o mecanismo de
transpiração falha e o corpo fica incapacitado de se resfriar. A temperatura corporal de uma pessoa
com insolação pode subir até 41 graus, ou mais, em dez a quinze minutos. Insolação pode causar
morte ou incapacitação permanente se o tratamento de emergência não for providenciado.
Os Sinais e Sintomas são:
- Tontura
- Enjoo
- Dor de cabeça
- Pele seca e quente
- Rosto avermelhado
- Febre alta
- Pulso rápido
- Respiração difícil
Não é comum esses sinais aparecerem todos ao mesmo tempo, geralmente, se observam
apenas alguns deles.
Providências:
- Remover a vítima para lugar fresco e arejado;
- Aplicar compressas frias sobre a cabeça;
- Baixar a temperatura do corpo de modo progressivo, envolvendo-a com toalhas
umedecidas;
- Oferecer líquidos em pequenas quantidades e de forma frequente;
- Mantê-la deitada;
- Avaliar nível de consciência, pulso e respiração;
- Providenciar transporte adequado;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
O ideal é deixar que a temperatura siga diminuindo bem lentamente, para não ocorrer um
colapso, devido quedas bruscas de temperatura.
14.8.3. Intermação
Ocorre devido à ação do calor em lugares fechados e não arejados (nas fundições, padarias,
caldeiras etc.) com temperaturas muito altas. A intermação acarreta uma série de alterações no
organismo, com graves consequências para a saúde da vítima.
Para prevenir a intermação, o trabalhador não deve permanecer por longos períodos de tempo
em ambientes quentes e fechados, é necessário ingerir muito líquido e alimentos que contenham sal.
14.9. Intoxicações
14.10. Ferimentos
Contusão
A contusão é uma lesão sem o rompimento da pele, tratando-se de uma forte compressão dos
tecidos moles, como pele, camada de gordura e músculos, contra os ossos.
Em alguns casos, quando a batida é muito forte, pode ocorrer rompimento de vasos
sanguíneos na região, originando um hematoma.
Procedimentos:
- Manter em repouso a parte contundida.
- Aplicar compressas frias ou saco de gelo até que a dor melhore e a inchação se estabilize.
- Caso utilize o gelo, deve-se proteger a parte afetada com um pano limpo para evitar
queimaduras na pele.
Escoriações
São lesões simples da camada superficial da pele ou mucosas, apresentando solução de
continuidade do tecido, sem perda ou destruição do mesmo, com sangramento discreto, mas
costumam ser extremamente dolorosas. Não representam risco à vítima, quando isoladas. Geralmente,
são causadas por instrumento cortante ou contundente.
As escoriações acontecem, quando o objeto atinge apenas as camadas superficiais da pele.
Esse tipo de ferimento acontece, geralmente, em consequência de quedas, quando a pele de certas
partes do corpo, sofre arranhões em contato com as asperezas do chão, que são as escoriações mais
frequentes.
Procedimentos
- Lavar as mãos com água e sabão e protegê-las para não se contaminar.
- Lavar a ferida com água e sabão para não infeccionar.
- Secar a região machucada com um pano limpo.
- Verificar se existe algum vaso com sangramento. Se houver, comprimir o local até cessar o
sangramento.
- Proteger o ferimento com uma compressa de gaze ou um curativo pronto. Caso não seja
possível, usar um lenço ou pano limpo.
- Prender o curativo ou pano com cuidado, sem apertar nem deixar que algum nó fique
sobre o ferimento.
- Manter o curativo limpo e seco.
As feridas devem ser cobertas para estancar a hemorragia e também evitar contaminação.
Amputações
Procedimentos:
- Chamar ajuda: tempo é crucial nesse tipo de trauma. Quanto mais rápido for feito o
atendimento, maiores as chances de sucesso no reimplante. Primeiro se deve chamar o
socorro e depois cuidar da vítima.
- Assistência à vítima: Se a vítima estiver consciente se deve fazer o possível para acalmá-
la. Providenciar compressas (panos limpos) e fazer compressão no local da amputação,
isso evita grandes perdas sanguíneas, pois com a ruptura de vasos a hemorragia é
constante.
- Compressas: Envolver a parte amputada em panos limpos. Muito importante: não trocar os
panos usados para fazer a compressão. Desse modo, a equipe médica poderá
dimensionar a perda sanguínea.
- Recuperar o membro: Colocar o membro dentro de dois sacos plásticos.
- Isopor e Gelo: Colocar o membro embalado dentro de um isopor com gelo e tampar, caso
haja tampa. Nunca colocar a parte amputada diretamente em contato com o gelo, pois isso
pode causar morte celular e não haverá possibilidade de reimplante.
- Encaminhar para hospital: Enviar o seguimento com a vítima na ambulância. Caso isso não
seja possível, ter o cuidado de enviar a parte amputada para o mesmo hospital em que a
vítima está sendo atendida.
É bom sempre lembrar que a vítima deve ser vista como um todo, mesmo nos casos de
ferimentos que pareçam sem importância. Uma pequena contusão pode indicar a presença de lesões
internas graves, com rompimento de vísceras, hemorragia interna e estado de choque.
Ferimentos no Tórax
Os ferimentos no tórax podem ser muito graves, principalmente, se os pulmões forem
atingidos.
Quando o pulmão é atingindo de forma a ter um orifício de tamanho considerável na parede do
tórax, pode-se ouvir o ar saindo ou ver o sangue, que sai borbulhando por esse mesmo orifício.
Procedimentos:
- Utilizar um pedaço de plástico limpo ou gazes
- Fazer curativo de três pontas (três lados fechados e um lado aberto)
- Encaminhar a vítima imediatamente para atendimento médico.
Ferimentos no Abdome
Os ferimentos profundos no abdome costumam ser graves, podendo atingir algum órgão
abdominal. Dependendo do ferimento pode perfurar a parede abdominal, deste modo, partes de algum
órgão (ex: intestino) podem vir para o exterior. Neste caso, não tente de forma alguma colocá-los no
lugar.
Procedimentos:
- Chamar atendimento especializado (Samu 192, Bombeiros 193).
- Cobrir as partes expostas com panos limpos, umedecidos com água e mantidos úmidos.
- Nunca cubra os órgãos expostos com material aderentes (papel, toalha, papel higiênico,
algodão), que deixam resíduos difíceis de serem removidos.
- Caso tenha algum objeto encravado não tente retirá-lo.
Procedimentos:
- Nunca retirar dos olhos um objeto, que esteja entranhado ou encravado.
- Cobrir os olhos com gazes ou pano limpo.
- Prenda o curativo com duas tiras de esparadrapos o que evitará mais irritação.
Cubra o olho não acidentado para evitar a movimentação do olho atingido. Essa manobra não
deve ser feita, quando a vítima precisa do olho sadio para se salvar.
14.11. Hemorragia
É a perda de sangue por meio de ferimentos, pelas cavidades naturais como nariz, boca, etc..;
ela pode ser também, interna, resultante de um traumatismo.
As hemorragias podem ser classificadas, inicialmente, em arteriais e venosas e, para fins de
Primeiros Socorros, em internas e externas.
A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em três a cinco minutos.
Hemorragia Externa
Os Sinais e Sintomas são:
- Sangramento visível;
- Nível de consciência variável decorrente da perda sanguínea;
- Palidez de pele e mucosa.
Procedimentos:
- Comprimir o local usando um pano limpo. (quantidade excessiva de pano pode mascarar o
sangramento);
- Manter a compressão até os cuidados definitivos;
- Se possível, elevar o membro que está sangrando;
- Não utilizar qualquer substância estranha para coibir o sangramento;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Hemorragia Interna
Os Sinais e Sintomas são:
- Sangramento geralmente não visível;
- Nível de consciência variável dependente da intensidade e local do sangramento.
- Sangramento pela urina;
- Sangramento pelo ouvido;
- Fratura de fêmur;
- Dor com rigidez abdominal;
- Vômitos ou tosse com sangue;
- Traumatismos ou ferimentos penetrantes no crânio, tórax ou abdome.
Procedimentos:
- Manter a vítima aquecida e deitada, acompanhando os sinais vitais e atuando
adequadamente nas intercorrências;
- Chamar urgente o atendimento hospitalar especializado.
Hemorragia Nasal
Os Sinais e Sintomas são:
- Sangramento nasal visível.
Procedimentos:
- Colocar a vítima sentada, com a cabeça ligeiramente voltada para trás, e apertar-lhe a(s)
narina(s) durante cinco minutos;
- Caso a hemorragia não ceda, comprimir externamente o lado da narina que está
sangrando e colocar um pano ou toalha fria sobre o nariz. Se possível, usar um saco com
gelo;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Entorse
É a separação momentânea das superfícies ósseas articulares, provocando o estiramento ou
rompimento dos ligamentos, quando há um movimento brusco.
Caso no local afetado apareça mancha escura 24 ou 48 horas, após o acidente, pode ter
havido fratura, e se deve procurar atendimento médico de imediato.
Procedimentos:
- Aplicar gelo ou compressas frias durante as primeiras 24 horas.
- Após este tempo aplicar compressas mornas.
- Imobilizar o local (por meio de enfaixamento, usando ataduras ou lenços).
- A imobilização deverá ser feita na posição que for mais cômoda para o acidentado.
- Dependendo do caso, encaminhar para atendimento médico.
Luxações
É a perda de contato permanente entre duas extremidades ósseas em uma articulação.
Na luxação, as superfícies articulares deixam de se tocar de forma permanente. É comum
ocorrer junto com a luxação uma fratura.
Procedimentos:
- Manipular o mínimo possível o local afetado;
- Não colocar o osso no lugar;
- Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário);
- Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado;
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
Fraturas
Fratura é o rompimento total ou parcial de qualquer osso.
Como nem sempre é fácil identificar uma fratura, o mais recomendável é que as situações de
entorse ou luxação sejam atendidas como possíveis fraturas.
Existem dois tipos de fratura:
- Fechadas: sem exposição óssea.
- Expostas: o osso está ou esteve exposto.
Procedimentos:
- Manipular o mínimo possível o local afetado;
- Não colocar o osso no lugar;
- Proteger ferimentos com panos limpos e controlar sangramentos nas lesões expostas;
- Imobilizar a área afetada antes de remover a vítima (caso seja muito necessário);
- Se possível, aplicar bolsa de gelo no local afetado (fratura fechada);
- Encaminhar para atendimento hospitalar.
O transporte de acidentados deve ser feito por equipe especializada em resgate (Corpo de
Bombeiros, Samu entre outros).
O transporte realizado, de forma imprópria, poderá agravar as lesões, provocando sequelas
irreversíveis ao acidentado.
A vítima somente deverá ser transportada com técnica e meios próprios, nos casos, em que
não é possível contar com equipes especializadas em resgate ou se o local apresenta um grande
risco de morte.
OBS: É imprescindível a avaliação das condições da vítima
para fazer o transporte seguro.
A melhor forma de transportar uma vítima é por maca. Se por acaso não houver uma
disponível no local, ela pode ser improvisada com duas camisas ou um paletó e dois bastões
resistentes, ou até mesmo se enrolando um cobertor várias vezes em uma tábua larga.
Porém, em alguns casos, na impossibilidade de uso de maca o transporte pode ser feito de
outra maneira, porém se devem tomar todos os cuidados para não agravar o estado da vítima.
A remoção ou transporte, como indicado abaixo, só é possível, quando não há suspeita de
lesões na coluna vertebral e bacia.
Nas costas: Dê as costas para a vítima, passe os braços dela ao redor de seu
pescoço, incline-a para frente e levante-a.
Transporte com Duas Pessoas
Cadeirinha: Faça a cadeirinha, conforme abaixo. Passe os braços da vítima o redor do
seu pescoço e levante a vítima.
Segurando pelas extremidades: uma segura a vítima pelas axilas, enquanto a outra,
segura pelas pernas abertas. Ambas devem erguer a vítima simultaneamente.
Gerência Imediata
- Instruir e esclarecer os funcionários sobre as normas de segurança do trabalho e sobre
as precauções relativas às peculiaridades dos serviços executados em estações;
- Fazer cumprir as normas de segurança do trabalho a que estão obrigados todos os
empregados, sem exceção;
- Designar somente pessoal devidamente habilitado para a execução de cada tarefa;
- Manter-se a par das alterações introduzidas nas normas de segurança do trabalho,
transmitindo-as a seus funcionários;
- Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as medidas
que possam evitar a repetição;
- Proibir a entrada de menores aprendizes em estações ou em áreas de risco.
Supervisores e encarregados
- Instruir, adequadamente, os funcionários com relação às normas de segurança do
trabalho.
- Certificar-se da colocação dos equipamentos de sinalização adequados antes do início
de execução dos serviços.
- Orientar os integrantes da equipe, quanto às características dos serviços a serem
executados e quanto às precauções a serem observadas no desenvolvimento.
- Comunicar à gerência imediata, as irregularidades observadas no cumprimento das
normas de segurança do trabalho, inclusive, quando ocorrerem fora de sua área de
serviço.
- Advertir pronta e adequadamente os funcionários sob sua responsabilidade, quando
deixarem de cumprir as normas de segurança do trabalho.
- Zelar pela conservação das ferramentas e dos equipamentos de segurança, assim
como pela correta utilização destes.
- Proibir que os integrantes da equipe utilizem ferramentas e equipamentos inadequados
ou defeituosos.
- Usar e exigir o uso de roupa adequada ao serviço.
- Manter-se a par das inovações introduzidas nas normas de segurança do trabalho,
transmitindo-as aos integrantes de equipe.
- Providenciar, prontamente, os Primeiros Socorros para os funcionários acidentados e
comunicar o acidente à gerência imediata, logo após a ocorrência.
- Estudar as causas dos acidentes e incidentes ocorridos e fazer cumprir as medidas
que possam evitar a repetição.
- Conservar o local de trabalho organizado e limpo.
- Cooperar com as CIPAs na sugestão de medidas de segurança do trabalho.
- Atribuir serviços somente a funcionários que estejam física e emocionalmente
capacitados a executá-los e distribuir as tarefas de acordo com a capacidade técnica
de cada um.
- Quando houver a interrupção dos serviços em execução, antes de seu reinício devem
ser tomadas precauções para verificação da segurança geral, como foi feita antes do
início do trabalho.
Empregados
- Observar as normas e preceitos relativos à segurança do trabalho e ao uso correto dos
equipamentos de segurança.
- Seguir os procedimentos estabelecidos pela empresa.
- Utilizar os equipamentos de proteção individual e coletiva.
- Alertar os companheiros de trabalho quando estes executarem os serviços de maneira
incorreta ou atos que possam gerar acidentes.
- Comunicar imediatamente ao seu superior e aos companheiros de trabalho qualquer
acidente, por mais insignificante que seja que tenha ocorrido consigo, com colegas ou
terceiros, para que sejam tomadas as providências cabíveis.
- Avisar o superior imediato, quando, por motivo de saúde, não estiver em condições de
executar o serviço para o qual tenha sido designado.
- Observar a proibição da ocorrência de procedimentos que possam gerar riscos de
segurança.
- Não ingerir bebidas alcoólicas ou usar drogas antes do início, nos intervalos ou durante
a jornada de trabalho.
- Evitar brincadeiras em serviço.
- Não portar arma, excluindo-se os casos de empregados autorizados pela
Administração da Empresa, em razão das funções que desempenham.
- Não utilizar objetos metálicos de uso pessoal, tais como: anéis, correntes, relógios,
bota com biqueira de aço, isqueiros a gás, a fim de se evitar o agravamento das lesões
em caso de acidente elétrico.
- Não usar aparelhos sonoros.
Visitantes
O empregado encarregado de conduzir visitantes pelas instalações da empresa deverá:
- Dar-lhes conhecimento das normas de segurança.
- Fazer com que se mantenham juntos.
- Alertar-lhes para que mantenham a distância adequada dos equipamentos, não os
tocando.
- Fornecer-lhes EPIs aplicáveis (capacetes, protetores auriculares, etc.).