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Hoje eu queria falar um pouco e ter alguns pensamentos sobre arte, sobre a função social que

ela exerce e sobre marcas.

MARCAS acima de tudo.

Diversos artistas, e eu digo artistas no geral,grafiteiros, pichadores, escultores, pintores etc.


etc. etc., sempre procuram mostrar a arte no ponto de vista do observador.

Onde esta localizado ou inserido, a paisagem que ele está, a arquitetura que ele compõe, a
visibilidade que ele traz, a interação que ele possa ter com um público e o que ele expressa.

E o que é expresso depende muito da relação com o publico e com quem observa essa arte.

Nem sempre essa vontade de expressar uma identidade representa a ideia genuína da arte
que será feita em si, por exemplo o desenho que vai ser feito, mas sim o contexto de ideias e
questionamentos que ela possa gerar e representar.

Dependendo do que é escrito, desenhado, grafitado ou pichado, acaba se tornando um grande


peso para as tribos e grupos, aqueles denominados por minoria.

Nem tudo o que é feito, vai de agrado coletivo, ou representa uma mesma ideia para todo
mundo.

Quem tem tudo não tem um motivo pra expressar pro mundo que ta angustiado, que falta
algo, que não ta contente com o que a sociedade faz, porque não é uma realidade.

Então a expressão da arte de rua acaba sendo vista como algo marginalizado.

Por mais que hoje em dia, ta bem melhor, mas ainda sim, as artes de rua são apagadas, e são
mal vistas por uma elite que não reflete essa realidade.

A coisa mais importante é que a comunicação dela seja rápida e que seja marcante, para
chamar a atenção e fixar a imagem da proposta na cabeça das pessoas.

Tanto para os que passam a pé, como em veículos, quem ve da varanda de casa, quem ta
visitando ou só pra quem ta de passagem.

Então a velocidade da mensagem tem que ser passada para o maior numero de pessoas no
menor tempo possível. Porque você não sabe se amanha essa arte vai estar no mesmo lugar,
no mesmo espaço, com as mesmas condições.

A tinta pode desbotar, a parede pode cair, ou sei la eu o que pode acontecer.

A arte é totalmente oposta de cultura. A cultura se repete, serve pra uma identificação, para
um reconhecimento, para apaziguar, acolher, gerar um conforto. Fazer arte, como um
grafite,pichação, bombin’.. representa uma forma de intervenção urbana, e isso gera um mega
desconforto, gera duvida, gera desconhecimento.

A maneira do pensar gera desconforto, você sair da sua caixinha gera desconforto.

Mudar de ideia, ou reaprender não é confortável. E não tem que ser!

A arte é mutável, e os tempos também.

A gente tem que entender que os tempos são outros, coisas que antes eram “bacanas” de
serem faladas hoje não são. Ou melhor nunca foram legais, mas agt vai aprendendo,e o que eu
acho muito importante é que temos que aprender todos os dias, e ver que é super fácil você
substituir uma coisa, é fácil aprender uma nova palavra, uma nova expressão, e ver que o
mundo não gira em torno de bolhas.

Ninguém é igual a ninguém. Empatia em primeiro lugar.

Mas mesmo assim ainda ver e pensar que ainda há uma seleção do que pode ser considerada
arte.

A arte busca visibilidade sem pretensão de rótulos, definições, classificações e não tem limites.

A arte quer comunicar

A arte quer despertar

A arte é Livre

E a liberdade incomoda demais.

Carolina Zonca.

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