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Como proposto, esta resenha tem por objetivo relacionar o capítulo 1 do livro
Ditadura e serviço social, de José Paulo Netto e o documentário visto em sala de aula
Tempo de resistência (2004). O tema em comum em ambas as obras são a ditadura
militar, coercitivamente implementada no Brasil entre 1964- 1985. Na obra de Netto os
três primeiros momentos (que ele denomina lustros) da ditadura militar ou os 15
primeiros anos foram de plena dominação da autocracia burguesa, entretanto ela não
pode reproduzir-se como tal, de forma reacionária, impositiva a todo o momento.
Sempre recorre ao apoio, negociações, consensos para neutralizar os focos de
resistência e conquistar legitimação na sociedade.
Pode se concluir que a história se repete sob novas roupagens, e que a questão
social se aprofunda em meio a isso pelas vias tendenciosas de modernização
conservadora e revolução passiva que favorecem o acúmulo e concentração de capital
nas mãos de poucos ao mesmo tempo em que se generaliza em larga escala a pobreza
para a grande parcela da população brasileira; como uma alusão de democracia. A outra
face contraditória é a de que mesmo num momento de inflexão política acontecimentos
importantes para a profissão e para a classe trabalhadora foram acontecendo, a
renovação com intenções de ruptura do movimento contra-revolucionário. Compreender
os fenômenos recorrendo ao contexto histórico possibilita a analise crítica das
expressões da questão social, de desvendar e abrir “as cortinas” que encobrem as reais
faces do capitalismo, de movimento contraditório.