Você está na página 1de 117

OP-010MA-21

CÓD: 7908403504565

COLÉGIOS
MILITARES (CM)
CONCURSO DE ADMISSÃO (CA) 1º ANO DO ENSINO MÉDIO

EDITAL Nº 001/2020

A APOSTILA PREPARATÓRIA É ELABORADA ANTES DA PUBLICAÇÃO


DO EDITAL OFICIAL COM BASE NO EDITAL ANTERIOR,
PARA QUE O ALUNO ANTECIPE SEUS ESTUDOS.
• A Opção não está vinculada às organizadoras de Concurso Público. A aquisição do material não garante sua inscrição ou ingresso na
carreira pública,

• Sua apostila aborda os tópicos do Edital de forma prática e esquematizada,

• Alterações e Retificações após a divulgação do Edital estarão disponíveis em Nosso Site na Versão Digital,

• Dúvidas sobre matérias podem ser enviadas através do site: www.apostilasopção.com.br/contatos.php, com retorno do professor
no prazo de até 05 dias úteis.,

• É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal.

Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização.


ÍNDICE

Matemática
1. Números e operações: Relações de pertinência e inclusão em conjuntos União, intersecção e diferença entre conjuntos Conjunto dos
números naturais e suas propriedades Conjunto dos números inteiros e suas propriedades Conjunto dos números racionais e suas
propriedades Diferentes representações de números racionais Dízimas periódicas e frações geratrizes Conjunto dos números irracio-
nais e suas propriedades Aproximação de números irracionais por números racionais Conjunto dos números reais e suas propriedades
Adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de números reais lPropriedades da potenciação Notação científica
Operações com radicais Racionalização de denominadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Mínimo Múltiplo Comum (MMC) e Máximo Divisor Comum (MDC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
3. Grandezas diretamente proporcionais, inversamente proporcionais ou não proporcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. Problemas de contagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5. Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6. Juros simples e compostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
7. Cálculo Algébrico: a) Valor numérico de expressões algébricas b) Operações com expressões algébricas Produtos notáveis e fatoração
algébrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
8. Equações do 1º grau Inequações do 1º grau Sistemas de equações do 1º grau Equações do 2º grau Inequações do 2º grau Sistemas de
equações do 2º grau Equações fracionárias Equações literais Equações biquadradas Equações irracionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
9. Domínio, contradomínio e conjunto imagem de funções Gráficos de funçõesFunção afimFunção quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
10. Geometria: Medidas de comprimento, tempo, massa, temperatura e capacidade Medidas de área e volume Conversão de unidades
de medida Segmento de reta, semirreta, reta e mediatriz Posições relativas entre ponto e reta Posição relativa entre retas g) Ângulos
Teoremas Angular e Linear de Tales Teoremas da Bissetriz Interna e Externa Semelhança de triângulos Teorema de Pitágoras Relações
métricas no triângulo retânguloRazões trigonométricas no triângulo retângulo Lei dos Senos e Lei dos Cossenos Polígonos Semelhan-
ça de polígonos Relações métricas nos polígonos regulares Circunferência Relações métricas na circunferência Perímetro e área de
figuras planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
11. Estatística: População e amostra Variáveis quantitativas e qualitativas Tabelas e gráficos estatísticos Medidas de tendência cen-
tral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

Língua Portuguesa
1. Gêneros textuais (poema, cordel, contos, dissertação argumentativa, sarau, textos do cotidiano, resumo, textos digitais, letras de
música, dissertação expositiva e textos regionais) Interpretar textos com auxílio de material gráfico diverso, compreendendo o texto
como um recurso multimodal.Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. Localizar informações implícitas em um texto.
Reconhecer as diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das
condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. Identificar os objetivos de textos através da relação entre tal
objetivo e o percurso do autor para alcançá-lo (tese e os argumentos que a sustentam). Reconhecer efeitos de ironia ou humor em
textos variados. Reconhecer os efeitos de sentido construídos através da escolha lexical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conjunção: noções básicas / valor semântico-discursivo; frase, oração e período / perspectiva semântico-discursiva; processos de com-
posição do período / coordenação e subordinação; orações substantivas / valor semântico-discursivo; conjunções subordinativas / valor
semântico-discursivo; orações adverbiais / valor semânticodiscursivo; pronome relativo / valor semântico-discursivo; orações adjetivas
/ valor semântico-discursivo; conjunção coordenativa / valor semântico-discursivo; orações coordenadas. Reconhecer as relações de
coordenação e subordinação no período composto. Identificar o efeito de sentido decorrente da exploração de pronomes relativos.
Estabelecer relações de comparação semântico-discursivas presentes nos períodos. Compreender as relações semânticas que são con-
stituídas através de elementos de composição dos períodos. Perceber as relações de causa e consequência oriundas do uso de recursos
semânticos. Perceber as relações de oposição ou contraste oriundas do uso de recursos semânticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
3. Regência verbal e nominal / valor semântico-discursivo; regência verbal e nominal / crase. Aplicar as regras de regência nominal e
verbal e o uso da crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
4. Aplicar as regras de colocação pronominal, de acordo com os níveis de linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. Produção Textual (Redação). Produzir textos de acordo com os temas propostos (adequação ao tema). Produzir textos de acordo com
a finalidade e o objetivo comunicativo de cada proposta e gênero (adequação ao tipo textual). Empregar adequadamente os princi-
pais recursos coesivos (coesão). Produzir texto coerente, sem ambiguidade (coerência). Selecionar o melhor percurso argumentativo
para atender ao objetivo do texto (argumentação). Redigir períodos completos. Compreender o texto como um recurso multimodal
(paragrafação, título, margem, alinhamento, separação silábica) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Empregar vocabulário específico com o tipo de texto solicitado (adequação vocabular) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
7. Dominar a ortografia da Língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
8. Empregar adequadamente os sinais de pontuação e acentuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
MATEMÁTICA
1. Números e operações: Relações de pertinência e inclusão em conjuntos União, intersecção e diferença entre conjuntos Conjunto dos
números naturais e suas propriedades Conjunto dos números inteiros e suas propriedades Conjunto dos números racionais e suas
propriedades Diferentes representações de números racionais Dízimas periódicas e frações geratrizes Conjunto dos números irracio-
nais e suas propriedades Aproximação de números irracionais por números racionais Conjunto dos números reais e suas propriedades
Adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de números reais lPropriedades da potenciação Notação científica
Operações com radicais Racionalização de denominadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Mínimo Múltiplo Comum (MMC) e Máximo Divisor Comum (MDC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
3. Grandezas diretamente proporcionais, inversamente proporcionais ou não proporcionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4. Problemas de contagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5. Porcentagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
6. Juros simples e compostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
7. Cálculo Algébrico: a) Valor numérico de expressões algébricas b) Operações com expressões algébricas Produtos notáveis e fatoração
algébrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
8. Equações do 1º grau Inequações do 1º grau Sistemas de equações do 1º grau Equações do 2º grau Inequações do 2º grau Sistemas de
equações do 2º grau Equações fracionárias Equações literais Equações biquadradas Equações irracionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
9. Domínio, contradomínio e conjunto imagem de funções Gráficos de funçõesFunção afimFunção quadrática . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
10. Geometria: Medidas de comprimento, tempo, massa, temperatura e capacidade Medidas de área e volume Conversão de unidades
de medida Segmento de reta, semirreta, reta e mediatriz Posições relativas entre ponto e reta Posição relativa entre retas g) Ângulos
Teoremas Angular e Linear de Tales Teoremas da Bissetriz Interna e Externa Semelhança de triângulos Teorema de Pitágoras Relações
métricas no triângulo retânguloRazões trigonométricas no triângulo retângulo Lei dos Senos e Lei dos Cossenos Polígonos Semelhan-
ça de polígonos Relações métricas nos polígonos regulares Circunferência Relações métricas na circunferência Perímetro e área de
figuras planas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
11. Estatística: População e amostra Variáveis quantitativas e qualitativas Tabelas e gráficos estatísticos Medidas de tendência cen-
tral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
MATEMÁTICA

NÚMEROS E OPERAÇÕES: RELAÇÕES DE PERTINÊNCIA E INCLUSÃO EM CONJUNTOS. UNIÃO, INTERSECÇÃO E DIFE-


RENÇA ENTRE CONJUNTOS. CONJUNTO DOS NÚMEROS NATURAIS E SUAS PROPRIEDADES. CONJUNTO DOS NÚME-
ROS INTEIROS E SUAS PROPRIEDADES. CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS E SUAS PROPRIEDADES. DIFERENTES
REPRESENTAÇÕES DE NÚMEROS RACIONAIS. DÍZIMAS PERIÓDICAS E FRAÇÕES GERATRIZES. CONJUNTO DOS NÚME-
ROS IRRACIONAIS E SUAS PROPRIEDADES. APROXIMAÇÃO DE NÚMEROS IRRACIONAIS POR NÚMEROS RACIONAIS.
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS E SUAS PROPRIEDADES. ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTEN-
CIAÇÃO E RADICIAÇÃO DE NÚMEROS REAIS. PROPRIEDADES DA POTENCIAÇÃO. NOTAÇÃO CIENTÍFICA. OPERAÇÕES
COM RADICAIS. RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES

Conjunto dos números inteiros - z


O conjunto dos números inteiros é a reunião do conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...},(N C Z); o conjunto dos opos-
tos dos números naturais e o zero. Representamos pela letra Z.

N C Z (N está contido em Z)

Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


* Z* Conjunto dos números inteiros não nulos
+ Z+ Conjunto dos números inteiros não negativos
*e+ Z*+ Conjunto dos números inteiros positivos
- Z_ Conjunto dos números inteiros não positivos
*e- Z*_ Conjunto dos números inteiros negativos

Observamos nos números inteiros algumas características:


• Módulo: distância ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira. Representa-se o módulo por | |. O módulo de
qualquer número inteiro, diferente de zero, é sempre positivo.
• Números Opostos: dois números são opostos quando sua soma é zero. Isto significa que eles estão a mesma distância da origem
(zero).

Somando-se temos: (+4) + (-4) = (-4) + (+4) = 0

Operações
• Soma ou Adição: Associamos aos números inteiros positivos a ideia de ganhar e aos números inteiros negativos a ideia de perder.

ATENÇÃO: O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser
dispensado.

1
MATEMÁTICA
• Subtração: empregamos quando precisamos tirar uma quan- Exemplo:
tidade de outra quantidade; temos duas quantidades e queremos (PREF.DE NITERÓI) Um estudante empilhou seus livros, obten-
saber quanto uma delas tem a mais que a outra; temos duas quan- do uma única pilha 52cm de altura. Sabendo que 8 desses livros
tidades e queremos saber quanto falta a uma delas para atingir a possui uma espessura de 2cm, e que os livros restantes possuem
outra. A subtração é a operação inversa da adição. O sinal sempre espessura de 3cm, o número de livros na pilha é:
será do maior número. (A) 10
(B) 15
(C) 18
ATENÇÃO: todos parênteses, colchetes, chaves, números, ..., (D) 20
entre outros, precedidos de sinal negativo, tem o seu sinal inverti- (E) 22
do, ou seja, é dado o seu oposto.
Resolução:
Exemplo: São 8 livros de 2 cm: 8.2 = 16 cm
(FUNDAÇÃO CASA – AGENTE EDUCACIONAL – VUNESP) Para Como eu tenho 52 cm ao todo e os demais livros tem 3 cm,
zelar pelos jovens internados e orientá-los a respeito do uso ade- temos:
quado dos materiais em geral e dos recursos utilizados em ativida- 52 - 16 = 36 cm de altura de livros de 3 cm
des educativas, bem como da preservação predial, realizou-se uma 36 : 3 = 12 livros de 3 cm
dinâmica elencando “atitudes positivas” e “atitudes negativas”, no O total de livros da pilha: 8 + 12 = 20 livros ao todo.
entendimento dos elementos do grupo. Solicitou-se que cada um Resposta: D
classificasse suas atitudes como positiva ou negativa, atribuindo
(+4) pontos a cada atitude positiva e (-1) a cada atitude negativa. • Potenciação: A potência an do número inteiro a, é definida
Se um jovem classificou como positiva apenas 20 das 50 atitudes como um produto de n fatores iguais. O número a é denominado a
anotadas, o total de pontos atribuídos foi base e o número n é o expoente.an = a x a x a x a x ... x a , a é multi-
(A) 50. plicado por a n vezes. Tenha em mente que:
(B) 45. – Toda potência de base positiva é um número inteiro positivo.
(C) 42. – Toda potência de base negativa e expoente par é um número
(D) 36. inteiro positivo.
(E) 32. – Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um nú-
mero inteiro negativo.
Resolução:
50-20=30 atitudes negativas Propriedades da Potenciação
20.4=80 1) Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base
30.(-1)=-30 e somam-se os expoentes. (–a)3 . (–a)6 = (–a)3+6 = (–a)9
80-30=50 2) Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se a
Resposta: A base e subtraem-se os expoentes. (-a)8 : (-a)6 = (-a)8 – 6 = (-a)2
3) Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se
• Multiplicação: é uma adição de números/ fatores repetidos. os expoentes. [(-a)5]2 = (-a)5 . 2 = (-a)10
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indicado 4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (-a)1 = -a e
por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras. (+a)1 = +a
5) Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual
• Divisão: a divisão exata de um número inteiro por outro nú- a 1. (+a)0 = 1 e (–b)0 = 1
mero inteiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo
pelo módulo do divisor. Conjunto dos números racionais – Q m
Um número racional é o que pode ser escrito na forma n ,
ATENÇÃO: onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente
1) No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro. m por n.
2) Não existe divisão por zero.
3) Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de zero,
é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é igual
a zero.

Na multiplicação e divisão de números inteiros é muito impor-


tante a REGRA DE SINAIS:

Sinais iguais (+) (+); (-) (-) = resultado sempre positivo.


Sinais diferentes (+) (-); (-) (+) = resultado sempre
negativo.
N C Z C Q (N está contido em Z que está contido em Q)

2
MATEMÁTICA
Subconjuntos:

SÍMBOLO REPRESENTAÇÃO DESCRIÇÃO


Conjunto dos números
* Q*
racionais não nulos
Conjunto dos números
+ Q+
racionais não negativos
Conjunto dos números
*e+ Q*+
racionais positivos
Conjunto dos números
- Q_
racionais não positivos
Conjunto dos números
*e- Q*_
racionais negativos

Representação decimal
Podemos representar um número racional, escrito na forma de fração, em número decimal. Para isso temos duas maneiras possíveis:
1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um número finito de algarismos. Decimais Exatos:

2
= 0,4
5

2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente Decimais
Periódicos ou Dízimas Periódicas:

1
= 0,333...
3

Representação Fracionária
É a operação inversa da anterior. Aqui temos duas maneiras possíveis:

1) Transformando o número decimal em uma fração numerador é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto pelo
numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas decimais do número decimal dado.

Ex.:
0,035 = 35/1000

2) Através da fração geratriz. Aí temos o caso das dízimas periódicas que podem ser simples ou compostas.
– Simples: o seu período é composto por um mesmo número ou conjunto de números que se repeti infinitamente.

Exemplos:

Procedimento: para transformarmos uma dízima periódica simples em fração basta utilizarmos o dígito 9 no denominador para cada
quantos dígitos tiver o período da dízima.

– Composta: quando a mesma apresenta um ante período que não se repete.

3
MATEMÁTICA
a)

Procedimento: para cada algarismo do período ainda se coloca um algarismo 9 no denominador. Mas, agora, para cada algarismo do
antiperíodo se coloca um algarismo zero, também no denominador.

b)

Procedimento: é o mesmo aplicado ao item “a”, acrescido na frente da parte inteira (fração mista), ao qual transformamos e obtemos
a fração geratriz.

Exemplo:
(PREF. NITERÓI) Simplificando a expressão abaixo

Obtém-se :

(A) ½
(B) 1
(C) 3/2
(D) 2
(E) 3

Resolução:

Resposta: B

4
MATEMÁTICA
Caraterísticas dos números racionais Resolução:
O módulo e o número oposto são as mesmas dos números in- Somando português e matemática:
teiros.

Inverso: dado um número racional a/b o inverso desse número


(a/b)–n, é a fração onde o numerador vira denominador e o denomi-
nador numerador (b/a)n.

O que resta gosta de ciências:

Representação geométrica Resposta: B

• Multiplicação: como todo número racional é uma fração ou


pode ser escrito na forma de uma fração, definimos o produto de
dois números racionais a e c , da mesma forma que o produto de
b d
frações, através de:

Observa-se que entre dois inteiros consecutivos existem infini-


tos números racionais.

Operações
• Soma ou adição: como todo número racional é uma fração • Divisão: a divisão de dois números racionais p e q é a própria
ou pode ser escrito na forma de uma fração, definimos a adição operação de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p
entre os números racionais a e c , da mesma forma que a soma ÷ q = p × q-1
de frações, através de: b d

Exemplo:
• Subtração: a subtração de dois números racionais p e q é a (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB) Numa operação
própria operação de adição do número p com o oposto de q, isto é: policial de rotina, que abordou 800 pessoas, verificou-se que 3/4
p – q = p + (–q) dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram detidos. Já entre as
mulheres abordadas, 1/8 foram detidas.
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial?
(A) 145
(B) 185
(C) 220
(D) 260
ATENÇÃO: Na adição/subtração se o denominador for igual, (E) 120
conserva-se os denominadores e efetua-se a operação apresen-
tada.

Exemplo:
(PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERACIONAIS
– MAKIYAMA) Na escola onde estudo, ¼ dos alunos tem a língua
portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a matemática como
favorita e os demais têm ciências como favorita. Sendo assim, qual
fração representa os alunos que têm ciências como disciplina favo-
rita?
(A) 1/4
(B) 3/10
(C) 2/9
(D) 4/5
(E) 3/2

5
MATEMÁTICA
Resolução: Procedimentos
1) Operações:
- Resolvermos primeiros as potenciações e/ou radiciações na
ordem que aparecem;
- Depois as multiplicações e/ou divisões;
- Por último as adições e/ou subtrações na ordem que apare-
cem.

2) Símbolos:
- Primeiro, resolvemos os parênteses (), até acabarem os cálcu-
los dentro dos parênteses,
-Depois os colchetes [];
- E por último as chaves {}.

ATENÇÃO:
– Quando o sinal de adição (+) anteceder um parêntese, col-
chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
Resposta: A chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos
com os seus sinais originais.
• Potenciação: é válido as propriedades aplicadas aos núme- – Quando o sinal de subtração (-) anteceder um parêntese, col-
ros inteiros. Aqui destacaremos apenas as que se aplicam aos nú- chetes ou chaves, deveremos eliminar o parêntese, o colchete ou
meros racionais. chaves, na ordem de resolução, reescrevendo os números internos
com os seus sinais invertidos.
A) Toda potência com expoente negativo de um número ra-
cional diferente de zero é igual a outra potência que tem a base Exemplo:
igual ao inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do (MANAUSPREV – ANALISTA PREVIDENCIÁRIO – ADMINISTRATI-
expoente anterior. VA – FCC) Considere as expressões numéricas, abaixo.
A = 1/2 + 1/4+ 1/8 + 1/16 + 1/32 e
B = 1/3 + 1/9 + 1/27 + 1/81 + 1/243

O valor, aproximado, da soma entre A e B é


(A) 2
(B) 3
(C) 1
B) Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da (D) 2,5
base. (E) 1,5

Resolução:
Vamos resolver cada expressão separadamente:

C) Toda potência com expoente par é um número positivo.

Expressões numéricas
São todas sentenças matemáticas formadas por números, suas
operações (adições, subtrações, multiplicações, divisões, potencia-
ções e radiciações) e também por símbolos chamados de sinais de
associação, que podem aparecer em uma única expressão. Resposta: E

6
MATEMÁTICA
Vale ressaltar a divisibilidade por 7: Um número é divisível por
MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (MMC) E MÁXIMO 7 quando o último algarismo do número, multiplicado por 2, sub-
DIVISOR COMUM (MDC) traído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo
de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a quantida-
Múltiplos de de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7.
Dizemos que um número é múltiplo de outro quando o primei-
ro é resultado da multiplicação entre o segundo e algum número Outros critérios
natural e o segundo, nesse caso, é divisor do primeiro. O que sig- Divisibilidade por 12: Um número é divisível por 12 quando é
nifica que existem dois números, x e y, tal que x é múltiplo de y se divisível por 3 e por 4 ao mesmo tempo.
existir algum número natural n tal que: Divisibilidade por 15: Um número é divisível por 15 quando é
x = y·n divisível por 3 e por 5 ao mesmo tempo.

Se esse número existir, podemos dizer que y é um divisor de x e Fatoração numérica


podemos escrever: x = n/y Trata-se de decompor o número em fatores primos. Para de-
compormos este número natural em fatores primos, dividimos o
Observações: mesmo pelo seu menor divisor primo, após pegamos o quociente
1) Todo número natural é múltiplo de si mesmo. e dividimos o pelo seu menor divisor, e assim sucessivamente até
2) Todo número natural é múltiplo de 1. obtermos o quociente 1. O produto de todos os fatores primos re-
3) Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múl- presenta o número fatorado. Exemplo:
tiplos.
4) O zero é múltiplo de qualquer número natural.
5) Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares,
e a fórmula geral desses números é 2k (k ∈ N). Os demais são cha-
mados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k
+ 1 (k ∈ N).
6) O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k ∈ Z.

Critérios de divisibilidade
São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número
é ou não divisível por outro, sem que seja necessário efetuarmos
a divisão.
No quadro abaixo temos um resumo de alguns dos critérios: Divisores
Os divisores de um número n, é o conjunto formado por todos
os números que o dividem exatamente. Tomemos como exemplo o
número 12.

Um método para descobrimos os divisores é através da fato-


ração numérica. O número de divisores naturais é igual ao produto
dos expoentes dos fatores primos acrescidos de 1.
Logo o número de divisores de 12 são:

Para sabermos quais são esses 6 divisores basta pegarmos cada


fator da decomposição e seu respectivo expoente natural que varia
de zero até o expoente com o qual o fator se apresenta na decom-
posição do número natural.
12 = 22 . 31 =
22 = 20,21 e 22 ; 31 = 30 e 31, teremos:
20 . 30=1
(Fonte: https://www.guiadamatematica.com.br/criterios-de-divisi- 20 . 31=3
bilidade/ - reeditado) 21 . 30=2
21 . 31=2.3=6
22 . 31=4.3=12
22 . 30=4

7
MATEMÁTICA
O conjunto de divisores de 12 são: D (12)={1, 2, 3, 4, 6, 12}
A soma dos divisores é dada por: 1 + 2 + 3 + 4 + 6 + 12 = 28

Máximo divisor comum (MDC)


É o maior número que é divisor comum de todos os números dados. Para o cálculo do MDC usamos a decomposição em fatores pri-
mos. Procedemos da seguinte maneira:
Após decompor em fatores primos, o MDC é o produto dos FATORES COMUNS obtidos, cada um deles elevado ao seu MENOR EX-
POENTE.

Exemplo:
MDC (18,24,42) =

Observe que os fatores comuns entre eles são: 2 e 3, então pegamos os de menores expoentes: 2x3 = 6. Logo o Máximo Divisor Co-
mum entre 18,24 e 42 é 6.

Mínimo múltiplo comum (MMC)


É o menor número positivo que é múltiplo comum de todos os números dados. A técnica para acharmos é a mesma do MDC, apenas
com a seguinte ressalva:
O MMC é o produto dos FATORES COMUNS E NÃO-COMUNS, cada um deles elevado ao SEU MAIOR EXPOENTE.
Pegando o exemplo anterior, teríamos:
MMC (18,24,42) =
Fatores comuns e não-comuns= 2,3 e 7
Com maiores expoentes: 2³x3²x7 = 8x9x7 = 504. Logo o Mínimo Múltiplo Comum entre 18,24 e 42 é 504.

Temos ainda que o produto do MDC e MMC é dado por: MDC (A,B). MMC (A,B)= A.B

Os cálculos desse tipo de problemas, envolvem adições e subtrações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os pro-
blemas são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos, isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos
(letras). Observe algumas situações que podem ser descritas com utilização da álgebra.
É bom ter mente algumas situações que podemos encontrar:

8
MATEMÁTICA
Exemplos: Resolução:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o nú-
CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros mero de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sa- B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )
be-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e
que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70
metros, então é verdade que Mônica tem, de altura: , ou seja, 7.Q = 2.B ( II )
(A) 1,52 metros.
(B) 1,58 metros. Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:
(C) 1,54 metros. 7.Q = 2. (360 – Q)
(D) 1,56 metros. 7.Q = 720 – 2.Q
7.Q + 2.Q = 720
Resolução: 9.Q = 720
Escrevendo em forma de equações, temos: Q = 720 / 9
C = M + 0,05 ( I ) Q = 80 (queimadas)
C = A – 0,10 ( II ) Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
A = D + 0,03 ( III ) Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270
D não é mais baixa que C
Se D = 1,70 , então:
( III ) A = 1,70 + 0,03 = 1,73
( II ) C = 1,73 – 0,10 = 1,63
( I ) 1,63 = M + 0,05
M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m Resposta: B
Resposta: B
Fração é todo número que pode ser escrito da seguinte forma
(CEFET – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO – CESGRANRIO) Em a/b, com b≠0. Sendo a o numerador e b o denominador. Uma fra-
três meses, Fernando depositou, ao todo, R$ 1.176,00 em sua ca- ção é uma divisão em partes iguais. Observe a figura:
derneta de poupança. Se, no segundo mês, ele depositou R$ 126,00
a mais do que no primeiro e, no terceiro mês, R$ 48,00 a menos do
que no segundo, qual foi o valor depositado no segundo mês?
(A) R$ 498,00
(B) R$ 450,00
(C) R$ 402,00
(D) R$ 334,00
(E) R$ 324,00 O numerador indica quantas partes tomamos do total que foi
dividida a unidade.
Resolução: O denominador indica quantas partes iguais foi dividida a uni-
Primeiro mês = x dade.
Segundo mês = x + 126 Lê-se: um quarto.
Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78
Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176 Atenção:
3.x = 1176 – 204 • Frações com denominadores de 1 a 10: meios, terços, quar-
x = 972 / 3 tos, quintos, sextos, sétimos, oitavos, nonos e décimos.
x = R$ 324,00 (1º mês) • Frações com denominadores potências de 10: décimos, cen-
* No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00 tésimos, milésimos, décimos de milésimos, centésimos de milési-
Resposta: B mos etc.
• Denominadores diferentes dos citados anteriormente:
(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE Enuncia-se o numerador e, em seguida, o denominador seguido da
DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos palavra “avos”.
testou um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o
número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era Tipos de frações
2 / 7. Sabendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebra- – Frações Próprias: Numerador é menor que o denominador.
ram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser ven- Ex.: 7/15
didas, então a razão entre o número de lâmpadas que não podem – Frações Impróprias: Numerador é maior ou igual ao denomi-
ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de nador. Ex.: 6/7
(A) 1 / 4. – Frações aparentes: Numerador é múltiplo do denominador.
(B) 1 / 3. As mesmas pertencem também ao grupo das frações impróprias.
(C) 2 / 5. Ex.: 6/3
(D) 1 / 2. – Frações mistas: Números compostos de uma parte inteira e
(E) 2 / 3. outra fracionária. Podemos transformar uma fração imprópria na
forma mista e vice e versa. Ex.: 1 1/12 (um inteiro e um doze avos)
– Frações equivalentes: Duas ou mais frações que apresentam
a mesma parte da unidade. Ex.: 2/4 = 1/2

9
MATEMÁTICA
– Frações irredutíveis: Frações onde o numerador e o denomi-
nador são primos entre si. Ex.: 5/11 ; (D)

Operações com frações


(E)
• Adição e Subtração
Com mesmo denominador: Conserva-se o denominador e so-
ma-se ou subtrai-se os numeradores. Resolução:
Se cada garrafa contém X litros de suco, e eu tenho 3 garrafas,
então o total será de 3X litros de suco. Precisamos dividir essa quan-
tidade de suco (em litros) para 5 pessoas, logo teremos:

Com denominadores diferentes: é necessário reduzir ao mes-


mo denominador através do MMC entre os denominadores. Usa-
mos tanto na adição quanto na subtração.
Onde x é litros de suco, assim a fração que cada um recebeu de
suco é de 3/5 de suco da garrafa.
Resposta: B

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS, INVER-


SAMENTE PROPORCIONAIS OU NÃO PROPORCIONAIS
O MMC entre os denominadores (3,2) = 6
Razão
• Multiplicação e Divisão É uma fração, sendo a e b dois números a sua razão, chama-se
Multiplicação: É produto dos numerados pelos denominadores razão de a para b: a/b ou a:b , assim representados, sendo b ≠ 0.
dados. Ex.: Temos que:

Exemplo:
(SEPLAN/GO – PERITO CRIMINAL – FUNIVERSA) Em uma ação
policial, foram apreendidos 1 traficante e 150 kg de um produto
parecido com maconha. Na análise laboratorial, o perito constatou
que o produto apreendido não era maconha pura, isto é, era uma
– Divisão: É igual a primeira fração multiplicada pelo inverso da mistura da Cannabis sativa com outras ervas. Interrogado, o trafi-
segunda fração. Ex.: cante revelou que, na produção de 5 kg desse produto, ele usava
apenas 2 kg da Cannabis sativa; o restante era composto por várias
“outras ervas”. Nesse caso, é correto afirmar que, para fabricar todo
o produto apreendido, o traficante usou
(A) 50 kg de Cannabis sativa e 100 kg de outras ervas.
(B) 55 kg de Cannabis sativa e 95 kg de outras ervas.
(C) 60 kg de Cannabis sativa e 90 kg de outras ervas.
(D) 65 kg de Cannabis sativa e 85 kg de outras ervas.
Obs.: Sempre que possível podemos simplificar o resultado da (E) 70 kg de Cannabis sativa e 80 kg de outras ervas.
fração resultante de forma a torna-la irredutível.
Resolução:
Exemplo: O enunciado fornece que a cada 5kg do produto temos que 2kg
(EBSERH/HUPES – UFBA – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – IA- da Cannabis sativa e os demais outras ervas. Podemos escrever em
DES) O suco de três garrafas iguais foi dividido igualmente entre 5 forma de razão , logo :
pessoas. Cada uma recebeu

(A)

(B)

Resposta: C
(C)

10
MATEMÁTICA
Razões Especiais
São aquelas que recebem um nome especial. Vejamos algu-
mas:

Velocidade: é razão entre a distância percorrida e o tempo gas-


to para percorrê-la.

Exemplo:
(MP/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA I – ADMINISTRATIVO –
VUNESP) A medida do comprimento de um salão retangular está
para a medida de sua largura assim como 4 está para 3. No piso
Densidade: é a razão entre a massa de um corpo e o seu volu- desse salão, foram colocados somente ladrilhos quadrados inteiros,
me ocupado por esse corpo. revestindo-o totalmente. Se cada fileira de ladrilhos, no sentido do
comprimento do piso, recebeu 28 ladrilhos, então o número míni-
mo de ladrilhos necessários para revestir totalmente esse piso foi
igual a
(A) 588.
(B) 350.
Proporção (C) 454.
É uma igualdade entre duas frações ou duas razões. (D) 476.
(E) 382.

Resolução:

Lemos: a esta para b, assim como c está para d.


Ainda temos: Fazendo C = 28 e substituindo na proporção, temos:

4L = 28 . 3
L = 84 / 4
L = 21 ladrilhos
Assim, o total de ladrilhos foi de 28 . 21 = 588
Resposta: A

• Propriedades da Proporção
– Propriedade Fundamental: o produto dos meios é igual ao
produto dos extremos: Porcentagem
a.d=b.c
São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou
– A soma/diferença dos dois primeiros termos está para o pri- simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
meiro (ou para o segundo termo), assim como a soma/diferença seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costu-
dos dois últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). mam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se:
“por cento”).

– A soma/diferença dos antecedentes está para a soma/dife-


rença dos consequentes, assim como cada antecedente está para
o seu consequente.

11
MATEMÁTICA
Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O de-
partamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de Recursos
Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fração de esta-
giários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

Resolução:

Resposta: B

Lucro e Prejuízo em porcentagem


É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Se a diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja NEGATIVA, temos
PREJUÍZO (P).

Logo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto de 16%
que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por
cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.


Resposta: A

12
MATEMÁTICA
Aumento e Desconto em porcentagem
– Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

- Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

Fator de multiplicação

É o valor final de , é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de
porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

Aumentos e Descontos sucessivos em porcentagem


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos uso dos fato-
res de multiplicação. Basta multiplicarmos o Valor pelo fator de multiplicação (acréscimo e/ou decréscimo).

Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual o
preço desse produto após esse acréscimo e desconto?

Resolução:
VA =5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

Juros simples (ou capitalização simples)


Os juros são determinados tomando como base de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
– Os juros são representados pela letra J*.
– O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou PV
(valor presente) *.
– O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
– A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada para
calcular juros.
*Varia de acordo com a bibliografia estudada.

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na mesma unidade para efetuarmos os cálculos.

13
MATEMÁTICA
Usamos a seguinte fórmula:

O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital.

Em juros simples: ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e


– O capital cresce linearmente com o tempo; do período (t), tem de ser necessariamente iguais.
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com
os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

Exemplo:
(PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que,
investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, pro-
duzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses?
(A) R$ 1.650,00
(B) R$ 2.225,00
(C) R$ 3.250,00
(D) R$ 3.460,00
(E) R$ 3.500,00
O crescimento do principal (capital) em:
– juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
– juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto
Resolução: tem um crescimento muito mais “rápido”;
Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j =
3900 – C ( I ) Observe no gráfico que:
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples: – O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de
juros simples como para juros compostos;
– Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros simples;
– Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros compostos.

Exemplo:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA
– CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa
– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1) aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
120.C = 390000 (A) 30% do capital aplicado.
C = 390000 / 120 (B) 31,20% do capital aplicado.
C = R$ 3250,00 (C) 32% do capital aplicado.
Resposta: C (D) 33,10% do capital aplicado.

Juros compostos (capitalização composta) Resolução:


A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também
conhecido como “juros sobre juros”.
Usamos a seguinte fórmula:

14
MATEMÁTICA
Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:
j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%
Resposta: D

Juros Compostos utilizando Logaritmos


Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisamos
achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da tabela.

Exemplo:
(FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano, compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproximação de ,
pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t

(agora para calcular t temos que usar logaritmo nos dois lados da equação para pode utilizar a propriedade

, o expoente m passa multiplicando)

t.0,04 = 3

Resposta: E

PROBLEMAS DE CONTAGEM

A Análise Combinatória é a parte da Matemática que desenvolve meios para trabalharmos com problemas de contagem. Vejamos
eles:

Princípio fundamental de contagem (PFC)


É o total de possibilidades de o evento ocorrer.
• Princípio multiplicativo: P1. P2. P3. ... .Pn.(regra do “e”). É um princípio utilizado em sucessão de escolha, como ordem.
• Princípio aditivo: P1 + P2 + P3 + ... + Pn. (regra do “ou”). É o princípio utilizado quando podemos escolher uma coisa ou outra.

15
MATEMÁTICA
Exemplos: Arranjo simples
(BNB) Apesar de todos os caminhos levarem a Roma, eles pas- Arranjo simples de n elementos tomados p a p, onde n>=1 e p
sam por diversos lugares antes. Considerando-se que existem três é um número natural, é qualquer ordenação de p elementos dentre
caminhos a seguir quando se deseja ir da cidade A para a cidade os n elementos, em que cada maneira de tomar os elementos se
B, e que existem mais cinco opções da cidade B para Roma, qual a diferenciam pela ordem e natureza dos elementos.
quantidade de caminhos que se pode tomar para ir de A até Roma, Atenção: Observe que no grupo dos elementos: {1,2,3} um dos
passando necessariamente por B? arranjos formados, com três elementos, 123 é DIFERENTE de 321, e
(A) Oito. assim sucessivamente.
(B) Dez.
(C) Quinze. • Sem repetição
(D) Dezesseis. A fórmula para cálculo de arranjo simples é dada por:
(E) Vinte.

Resolução:
Observe que temos uma sucessão de escolhas:
Primeiro, de A para B e depois de B para Roma.
1ª possibilidade: 3 (A para B).
Obs.: o número 3 representa a quantidade de escolhas para a Onde:
primeira opção. n = Quantidade total de elementos no conjunto.
P =Quantidade de elementos por arranjo
2ª possibilidade: 5 (B para Roma). Exemplo: Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão
Temos duas possibilidades: A para B depois B para Roma, logo, escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um coordenador pedagó-
uma sucessão de escolhas. gico. Quantas as possibilidades de escolha?
Resultado: 3 . 5 = 15 possibilidades. n = 18 (professores)
Resposta: C. p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógi-
co)
(PREF. CHAPECÓ/SC – ENGENHEIRO DE TRÂNSITO – IOBV) Em
um restaurante os clientes têm a sua disposição, 6 tipos de carnes,
4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o
cliente quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobre-
mesa e 1 tipo de suco, então o número de opções diferentes com
que ele poderia fazer o seu pedido, é: • Com repetição
(A) 19 Os elementos que compõem o conjunto podem aparecer re-
(B) 480 petidos em um agrupamento, ou seja, ocorre a repetição de um
(C) 420 mesmo elemento em um agrupamento.
(D) 90 A fórmula geral para o arranjo com repetição é representada
por:
Resolução:
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo
vamos enumerar todas as possibilidades de fazermos o pedido:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.
Resposta: B.
Exemplo: Seja P um conjunto com elementos: P = {A,B,C,D},
Fatorial tomando os agrupamentos de dois em dois, considerando o arranjo
Sendo n um número natural, chama-se de n! (lê-se: n fatorial) com repetição quantos agrupamentos podemos obter em relação
a expressão: ao conjunto P.
n! = n (n - 1) (n - 2) (n - 3). ... .2 . 1, como n ≥ 2.
Resolução:
Exemplos: P = {A, B, C, D}
5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120. n=4
7! = 7 . 6 . 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 5.040. p=2
A(n,p)=np
ATENÇÃO A(4,2)=42=16

0! = 1 Permutação
1! = 1 É a TROCA DE POSIÇÃO de elementos de uma sequência. Utili-
zamos todos os elementos.
Tenha cuidado 2! = 2, pois 2 . 1 = 2. E 3!
Não é igual a 3, pois 3 . 2 . 1 = 6.
• Sem repetição

16
MATEMÁTICA
Atenção: Todas as questões de permutação simples podem ser
resolvidas pelo princípio fundamental de contagem (PFC).

Exemplo:
(PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – ORIENTADOR SOCIAL –
IDECAN) Renato é mais velho que Jorge de forma que a razão entre
o número de anagramas de seus nomes representa a diferença en- Exemplo:
tre suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é (CESPE) Uma mesa circular tem seus 6 lugares, que serão ocu-
(A) 24. pados pelos 6 participantes de uma reunião. Nessa situação, o nú-
(B) 25. mero de formas diferentes para se ocupar esses lugares com os par-
(C) 26. ticipantes da reunião é superior a 102.
(D) 27. ( ) Certo
(E) 28. ( ) Errado

Resolução: Resolução:
Anagramas de RENATO É um caso clássico de permutação circular.
______ Pc = (6 - 1) ! = 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120 possibilidades.
6.5.4.3.2.1=720 Resposta: CERTO.

Anagramas de JORGE Combinação


_____ Combinação é uma escolha de um grupo, SEM LEVAR EM CON-
5.4.3.2.1=120 SIDERAÇÃO a ordem dos elementos envolvidos.

Razão dos anagramas: 720/120=6


Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos. • Sem repetição
Resposta: C. Dados n elementos distintos, chama-se de combinação simples
desses n elementos, tomados p a p, a qualquer agrupamento de p
• Com repetição elementos distintos, escolhidos entre os n elementos dados e que
Na permutação com elementos repetidos ocorrem permuta- diferem entre si pela natureza de seus elementos.
ções que não mudam o elemento, pois existe troca de elementos
iguais. Por isso, o uso da fórmula é fundamental. Fórmula:

Exemplo:
Exemplo: (CRQ 2ª REGIÃO/MG – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FUN-
(CESPE) Considere que um decorador deva usar 7 faixas colo- DEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um grupo de trabalho com 3
ridas de dimensões iguais, pendurando-as verticalmente na vitri- deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser
ne de uma loja para produzir diversas formas. Nessa situação, se 3 qualquer um deles, o número de maneiras distintas possíveis de se
faixas são verdes e indistinguíveis, 3 faixas são amarelas e indistin- fazer esse grupo é:
guíveis e 1 faixa é branca, esse decorador conseguirá produzir, no (A) 4
máximo, 140 formas diferentes com essas faixas. (B) 660
( ) Certo (C) 1 320
( ) Errado (D) 3 960

Resolução: Resolução:
Total: 7 faixas, sendo 3 verdes e 3 amarelas. Como trata-se de Combinação, usamos a fórmula:

Resposta: Certo.

• Circular
A permutação circular é formada por pessoas em um formato
circular. A fórmula é necessária, pois existem algumas permutações
realizadas que são iguais. Usamos sempre quando:
a) Pessoas estão em um formato circular.
b) Pessoas estão sentadas em uma mesa quadrada (retangular)
de 4 lugares.

17
MATEMÁTICA
Onde n = 12 e p = 3

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.
Resposta: B.

As questões que envolvem combinação estão relacionadas a duas coisas:


– Escolha de um grupo ou comissões.
– Escolha de grupo de elementos, sem ordem, ou seja, escolha de grupo de pessoas, coisas, objetos ou frutas.

• Com repetição
É uma escolha de grupos, sem ordem, porém, podemos repetir elementos na hora de escolher.

Exemplo:
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade de enumerar todas as possibi-
lidades:
n=3ep=2

PORCENTAGEM

São chamadas de razões centesimais ou taxas percentuais ou simplesmente de porcentagem, as razões de denominador 100, ou
seja, que representam a centésima parte de uma grandeza. Costumam ser indicadas pelo numerador seguido do símbolo %. (Lê-se: “por
cento”).

Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALISTA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) O de-
partamento de Contabilidade de uma empresa tem 20 funcionários, sendo que 15% deles são estagiários. O departamento de Recursos
Humanos tem 10 funcionários, sendo 20% estagiários. Em relação ao total de funcionários desses dois departamentos, a fração de esta-
giários é igual a
(A) 1/5.
(B) 1/6.
(C) 2/5.
(D) 2/9.
(E) 3/5.

Resolução:

Resposta: B

18
MATEMÁTICA
Lucro e Prejuízo em porcentagem
É a diferença entre o preço de venda e o preço de custo. Se a diferença for POSITIVA, temos o LUCRO (L), caso seja NEGATIVA, temos
PREJUÍZO (P).

Logo: Lucro (L) = Preço de Venda (V) – Preço de Custo (C).

Exemplo:
(CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) O preço de venda de um produto, descontado um imposto de 16%
que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor. Em quantos por
cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
(A) 67%.
(B) 61%.
(C) 65%.
(D) 63%.
(E) 69%.

Resolução:
Preço de venda: V
Preço de compra: C
V – 0,16V = 1,4C
0,84V = 1,4C

O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.


Resposta: A

Aumento e Desconto em porcentagem


– Aumentar um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

- Diminuir um valor V em p%, equivale a multiplicá-lo por

Logo:

19
MATEMÁTICA
Fator de multiplicação

É o valor final de , é o que chamamos de fator de multiplicação, muito útil para resolução de cálculos de
porcentagem. O mesmo pode ser um acréscimo ou decréscimo no valor do produto.

Aumentos e Descontos sucessivos em porcentagem


São valores que aumentam ou diminuem sucessivamente. Para efetuar os respectivos descontos ou aumentos, fazemos uso dos fato-
res de multiplicação. Basta multiplicarmos o Valor pelo fator de multiplicação (acréscimo e/ou decréscimo).

Exemplo: Certo produto industrial que custava R$ 5.000,00 sofreu um acréscimo de 30% e, em seguida, um desconto de 20%. Qual o
preço desse produto após esse acréscimo e desconto?

Resolução:
VA =5000 .(1,3) = 6500 e
VD = 6500 .(0,80) = 5200, podemos, para agilizar os cálculos, juntar tudo em uma única equação:
5000 . 1,3 . 0,8 = 5200
Logo o preço do produto após o acréscimo e desconto é de R$ 5.200,00

JUROS SIMPLES E COMPOSTOS

Juros simples (ou capitalização simples)


Os juros são determinados tomando como base de cálculo o capital da operação, e o total do juro é devido ao credor (aquele que
empresta) no final da operação. Devemos ter em mente:
– Os juros são representados pela letra J*.
– O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de capital e é representado pela letra C (capital) ou P(principal) ou VP ou PV
(valor presente) *.
– O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela letra t ou n.*
– A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um capital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada para
calcular juros.
*Varia de acordo com a bibliografia estudada.

ATENÇÃO: Devemos sempre relacionar a taxa e o tempo na mesma unidade para efetuarmos os cálculos.

Usamos a seguinte fórmula:

Em juros simples:
– O capital cresce linearmente com o tempo;
– O capital cresce a uma progressão aritmética de razão: J=C.i
– A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
– Devemos expressar a taxa i na forma decimal.
– Montante (M) ou FV (valor futuro) é a soma do capital com os juros, ou seja:
M=C+J
M = C.(1+i.t)

20
MATEMÁTICA
Exemplo: O crescimento do principal (capital) em:
(PRODAM/AM – Assistente – FUNCAB) Qual é o capital que, – juros simples é LINEAR, CONSTANTE;
investido no sistema de juros simples e à taxa mensal de 2,5 %, pro- – juros compostos é EXPONENCIAL, GEOMÉTRICO e, portanto
duzirá um montante de R$ 3.900,00 em oito meses? tem um crescimento muito mais “rápido”;
(A) R$ 1.650,00
(B) R$ 2.225,00 Observe no gráfico que:
(C) R$ 3.250,00 – O montante após 1º tempo é igual tanto para o regime de
(D) R$ 3.460,00 juros simples como para juros compostos;
(E) R$ 3.500,00 – Antes do 1º tempo o montante seria maior no regime de
juros simples;
Resolução: – Depois do 1º tempo o montante seria maior no regime de
Montante = Capital + juros, ou seja: j = M – C , que fica: j = juros compostos.
3900 – C ( I )
Agora, é só substituir ( I ) na fórmula do juros simples: Exemplo:
(PREF. GUARUJÁ/SP – SEDUC – PROFESSOR DE MATEMÁTICA
– CAIPIMES) Um capital foi aplicado por um período de 3 anos, com
taxa de juros compostos de 10% ao ano. É correto afirmar que essa
aplicação rendeu juros que corresponderam a, exatamente:
(A) 30% do capital aplicado.
(B) 31,20% do capital aplicado.
(C) 32% do capital aplicado.
(D) 33,10% do capital aplicado.

390000 – 100.C = 2,5 . 8 . C Resolução:


– 100.C – 20.C = – 390000 . (– 1)
120.C = 390000
C = 390000 / 120
C = R$ 3250,00
Resposta: C

Juros compostos (capitalização composta)


A taxa de juros incide sobre o capital de cada período. Também
conhecido como “juros sobre juros”.
Usamos a seguinte fórmula: Como, M = C + j , ou seja , j = M – C , temos:
j = 1,331.C – C = 0,331 . C
0,331 = 33,10 / 100 = 33,10%
Resposta: D

Juros Compostos utilizando Logaritmos


Algumas questões que envolvem juros compostos, precisam de
conceitos de logaritmos, principalmente aquelas as quais precisa-
mos achar o tempo/prazo. Normalmente as questões informam os
valores do logaritmo, então não é necessário decorar os valores da
tabela.
O (1+i)t ou (1+i)n é chamado de fator de acumulação de capital. Exemplo:
(FGV-SP) Uma aplicação financeira rende juros de 10% ao ano,
ATENÇÃO: as unidades de tempo referentes à taxa de juros (i) e compostos anualmente. Utilizando para cálculos a aproximação de
do período (t), tem de ser necessariamente iguais. , pode-se estimar que uma aplicação de R$ 1.000,00 seria resgatada
no montante de R$ 1.000.000,00 após:
(A) Mais de um século.
(B) 1 século
(C) 4/5 de século
(D) 2/3 de século
(E) ¾ de século

Resolução:
A fórmula de juros compostos é M = C(1 + i)t e do enunciado
temos que M = 1.000.000, C = 1.000, i = 10% = 0,1:
1.000.000 = 1.000(1 + 0,1)t

21
MATEMÁTICA

(agora para calcular t temos que usar logaritmo nos dois lados da equação para pode utilizar a propriedade

, o expoente m passa multiplicando)

t.0,04 = 3

Resposta: E

CÁLCULO ALGÉBRICO: VALOR NUMÉRICO DE EXPRESSÕES ALGÉBRICAS. OPERAÇÕES COM EXPRESSÕES ALGÉBRI-
CAS. PRODUTOS NOTÁVEIS E FATORAÇÃO ALGÉBRICA

Expressões algébricas são expressões matemáticas que apresentam números, letras e operações. As expressões desse tipo são usadas
com frequência em fórmulas e equações.
As letras que aparecem em uma expressão algébrica são chamadas de variáveis e representam um valor desconhecido.
Os números escritos na frente das letras são chamados de coeficientes e deverão ser multiplicados pelos valores atribuídos as letras.

Exemplo:
(PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos testou
um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era 2 / 7. Sa-
bendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebraram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser vendidas, então a
razão entre o número de lâmpadas que não podem ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de
(A) 1 / 4.
(B) 1 / 3.
(C) 2 / 5.
(D) 1 / 2.
(E) 2 / 3.

Resolução:
Chamemos o número de lâmpadas queimadas de ( Q ) e o número de lâmpadas boas de ( B ). Assim:
B + Q = 360 , ou seja, B = 360 – Q ( I )

Substituindo a equação ( I ) na equação ( II ), temos:


7.Q = 2. (360 – Q)
7.Q = 720 – 2.Q
7.Q + 2.Q = 720
9.Q = 720
Q = 720 / 9
Q = 80 (queimadas)
Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos:
Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270

Resposta: B

22
MATEMÁTICA
Simplificação de expressões algébricas Monômios
Podemos escrever as expressões algébricas de forma mais Quando uma expressão algébrica apresenta apenas multiplica-
simples somando seus termos semelhantes (mesma parte literal). ções entre o coeficiente e as letras (parte literal), ela é chamada de
Basta somar ou subtrair os coeficientes dos termos semelhantes e monômio. Exemplos: 3ab ; 15xyz3
repetir a parte literal. Exemplos:
a) 3xy + 7xy4 - 6x3y + 2xy - 10xy4 = (3xy + 2xy) + (7xy4 - 10xy4) Propriedades importantes
- 6x3y = 5xy - 3xy4 - 6x3y – Toda equação algébrica de grau n possui exatamente n raízes.
b) ab - 3cd + 2ab - ab + 3cd + 5ab = (ab + 2ab - ab + 5ab) + (- 3cd – Se b for raiz de P(x) = 0 , então P(x) é divisível por (x – b) .
+ 3cd) = 7ab Esta propriedade é muito importante para abaixar o grau de uma
equação, o que se consegue dividindo P(x) por x - b, aplicando Brio-
Fatoração de expressões algébricas t-Ruffini.
Fatorar significa escrever uma expressão como produto de ter- – Se o número complexo (a + bi) for raiz de P(x) = 0 , então o
mos. Para fatorar uma expressão algébrica podemos usar os seguin- conjugado (a – bi) também será raiz .
tes casos: – Se a equação P(x) = 0 possuir k raízes iguais a m então dize-
• Fator comum em evidência: ax + bx = x . (a + b) mos que m é uma raiz de grau de multiplicidade k.
• Agrupamento: ax + bx + ay + by = x . (a + b) + y . (a + b) = (x + – Se a soma dos coeficientes de uma equação algébrica P(x) = 0
y) . (a + b) for nula, então a unidade é raiz da
• Trinômio Quadrado Perfeito (Adição): a2 + 2ab + b2 = (a + b)2 – Toda equação de termo independente nulo, admite um nú-
• Trinômio Quadrado Perfeito (Diferença): a2 – 2ab + b2 = (a – mero de raízes nulas igual ao menor expoente da variável.
b) 2
Relações de Girard
• Diferença de dois quadrados: (a + b) . (a – b) = a2 – b2 São as relações existentes entre os coeficientes e as raízes de
• Cubo Perfeito (Soma): a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 = (a + b)3 uma equação algébrica.
• Cubo Perfeito (Diferença): a3 - 3a2b + 3ab2 - b3 = (a - b)3 Sendo V= {r1, r2, r3,...,rn-1,rn} o conjunto verdade da equação P(x)
= a0xn + a1xn-1 +a2xn-2+ ... + an-1x+an=0, com a0≠ 0, valem as seguintes
Exemplo: relações entre os coeficientes e as raízes:
(PREF. MOGEIRO/PB - PROFESSOR – MATEMÁTICA – EXAMES)
Simplificando a expressão,

Obtemos:
(A) a + b.
(B) a² + b².
(C) ab.
(D) a² + ab + b².
(E) b – a.
Atenção
Resolução: As relações de Girard só são úteis na resolução de equações
quando temos alguma informação sobre as raízes. Sozinhas, elas
não são suficientes para resolver as equações.

Exemplo:
(UFSCAR-SP) Sabendo-se que a soma de duas das raízes da
equação x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 é igual a 5, pode-se afirmar a respeito
das raízes que:
(A) são todas iguais e não nulas.
(B) somente uma raiz é nula.
(C) as raízes constituem uma progressão geométrica.
(D) as raízes constituem uma progressão aritmética.
(E) nenhuma raiz é real.

Resolução:
x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0
Raízes: x1, x2 e x3
Informação: x1 + x2 = 5
Girard: x1 + x2 + x3 = 7 ➱ 5 + x3 = 7 ➱ x3 = 2
Resposta: D Como 2 é raiz, por Briot-Ruffini, temos

23
MATEMÁTICA
x2 – 5x + 4 = 0 Ao substituirmos o valor encontrado de x na equação obtemos
x = 1 ou x = 4 o seguinte:
S = {1, 2, 4} 5x – 8 = 12 + x
Resposta: C 5.5 – 8 = 12 + 5
25 – 8 = 17
Teorema das Raízes Racionais 17 = 17 ( V)
É um recurso para a determinação de raízes de equações algé-
bricas. Segundo o teorema, se o número racional, com e primos en- Quando se passa de um membro para o outro se usa a ope-
tre si (ou seja, é uma fração irredutível), é uma raiz da equação po- ração inversa, ou seja, o que está multiplicando passa dividindo e
linomial com coeficientes inteiros então é divisor de e é divisor de. o que está dividindo passa multiplicando. O que está adicionando
Exemplo: passa subtraindo e o que está subtraindo passa adicionando.
Verifique se a equação x3 – x2 + x – 6 = 0 possui raízes racionais. Exemplo:
(PRODAM/AM – AUXILIAR DE MOTORISTA – FUNCAB) Um gru-
Resolução: po formado por 16 motoristas organizou um churrasco para suas
p deve ser divisor de 6, portanto: ±6, ±3, ±2, ±1; q deve ser famílias. Na semana do evento, seis deles desistiram de participar.
divisor de 1, portanto: ±1; Portanto, os possíveis valores da fração Para manter o churrasco, cada um dos motoristas restantes pagou
são p/q: ±6, ±3, ±2 e ±1. Substituindo-se esses valores na equação, R$ 57,00 a mais.
descobrimos que 2 é uma de suas raízes. Como esse polinômio é de O valor total pago por eles, pelo churrasco, foi:
grau 3 (x3 ) é necessário descobrir apenas uma raiz para determinar (A) R$ 570,00
as demais. Se fosse de grau 4 (x4 ) precisaríamos descobrir duas (B) R$ 980,50
raízes. As demais raízes podem facilmente ser encontradas utilizan- (C) R$ 1.350,00
do-se o dispositivo prático de Briot-Ruffini e a fórmula de Bhaskara. (D) R$ 1.480,00
(E) R$ 1.520,00
EQUAÇÕES DO 1º GRAU. INEQUAÇÕES DO 1º GRAU. Resolução:
SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU. EQUAÇÕES DO Vamos chamar de ( x ) o valor para cada motorista. Assim:
2º GRAU. INEQUAÇÕES DO 2º GRAU. SISTEMAS DE 16 . x = Total
EQUAÇÕES DO 2º GRAU. EQUAÇÕES FRACIONÁRIAS. Total = 10 . (x + 57) (pois 6 desistiram)
EQUAÇÕES LITERAIS. EQUAÇÕES BIQUADRADAS. Combinando as duas equações, temos:
EQUAÇÕES IRRACIONAI 16.x = 10.x + 570
16.x – 10.x = 570
Equação é toda sentença matemática aberta que exprime uma 6.x = 570
relação de igualdade e uma incógnita ou variável (x, y, z,...). x = 570 / 6
x = 95
Equação do 1º grau O valor total é: 16 . 95 = R$ 1520,00.
As equações do primeiro grau são aquelas que podem ser re- Resposta: E
presentadas sob a forma ax + b = 0, em que a e b são constantes
reais, com a diferente de 0, e x é a variável. A resolução desse tipo Equação do 2º grau
de equação é fundamentada nas propriedades da igualdade descri- As equações do segundo grau são aquelas que podem ser re-
tas a seguir. presentadas sob a forma ax² + bx +c = 0, em que a, b e c são cons-
Adicionando um mesmo número a ambos os membros de uma tantes reais, com a diferente de 0, e x é a variável.
equação, ou subtraindo um mesmo número de ambos os membros,
a igualdade se mantém. • Equação completa e incompleta
Dividindo ou multiplicando ambos os membros de uma equa- 1) Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.
ção por um mesmo número não-nulo, a igualdade se mantém. Ex.: x2 - 7x + 11 = 0= 0 é uma equação completa (a = 1, b = – 7,
c = 11).
• Membros de uma equação
Numa equação a expressão situada à esquerda da igualdade é 2) Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se
chamada de 1º membro da equação, e a expressão situada à direita diz incompleta.
da igualdade, de 2º membro da equação. Exs.:
x² - 81 = 0 é uma equação incompleta (b=0).
x² +6x = 0 é uma equação incompleta (c = 0).
2x² = 0 é uma equação incompleta (b = c = 0).

• Resolução da equação
• Resolução de uma equação 1º) A equação é da forma ax2 + bx = 0 (incompleta)
Colocamos no primeiro membro os termos que apresentam x2 – 16x = 0colocamos x em evidência
variável, e no segundo membro os termos que não apresentam va- x . (x – 16) = 0,
riável. Os termos que mudam de membro têm os sinais trocados. x=0
5x – 8 = 12 + x x – 16 = 0
5x – x = 12 + 8 x = 16
4x = 20 Logo, S = {0, 16} e os números 0 e 16 são as raízes da equação.
X = 20/4
X=5

24
MATEMÁTICA
2º) A equação é da forma ax2 + c = 0 (incompleta) Resolução:
x2 – 49= 0Fatoramos o primeiro membro, que é uma diferença Como as raízes foram dadas, para saber qual a equação:
de dois quadrados. x² - Sx +P=0, usando o método da soma e produto; S= duas
(x + 7) . (x – 7) = 0, raízes somadas resultam no valor numérico de b; e P= duas raízes
multiplicadas resultam no valor de c.
x+7=0 x–7=0
x=–7 x=7

ou

x2 – 49 = 0
x2 = 49
x2 = 49
x = 7, (aplicando a segunda propriedade).
Logo, S = {–7, 7}.

3º) A equação é da forma ax² + bx + c = 0 (completa)


Para resolvê-la usaremos a formula de Bháskara.
Resposta: D

Inequação do 1º grau
Uma inequação do 1° grau na incógnita x é qualquer expressão
do 1° grau que pode ser escrita numa das seguintes formas:
Conforme o valor do discriminante Δ existem três possibilida- ax + b > 0
des quanto á natureza da equação dada. ax + b < 0
ax + b ≥ 0
ax + b ≤ 0
Onde a, b são números reais com a ≠ 0

• Resolvendo uma inequação de 1° grau


Uma maneira simples de resolver uma equação do 1° grau é
isolarmos a incógnita x em um dos membros da igualdade. O méto-
Quando ocorre a última possibilidade é costume dizer-se que do é bem parecido com o das equações. Ex.:
não existem raízes reais, pois, de fato, elas não são reais já que não Resolva a inequação -2x + 7 > 0.
existe, no conjunto dos números reais, √a quando a < 0. Solução:
-2x > -7
• Relações entre raízes e coeficientes Multiplicando por (-1)
2x < 7
x < 7/2
Portanto a solução da inequação é x < 7/2.

Atenção:
Toda vez que “x” tiver valor negativo, devemos multiplicar por
(-1), isso faz com que o símbolo da desigualdade tenha o seu sen-
tido invertido.
Pode-se resolver qualquer inequação do 1° grau por meio do
estudo do sinal de uma função do 1° grau, com o seguinte proce-
Exemplo: dimento:
(CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – INDEC) Qual a 1. Iguala-se a expressão ax + b a zero;
equação do 2º grau cujas raízes são 1 e 3/2? 2. Localiza-se a raiz no eixo x;
(A) x²-3x+4=0 3. Estuda-se o sinal conforme o caso.
(B) -3x²-5x+1=0
(C) 3x²+5x+2=0 Pegando o exemplo anterior temos:
(D) 2x²-5x+3=0 -2x + 7 > 0
-2x + 7 = 0
x = 7/2

25
MATEMÁTICA
Como desejamos os valores para os quais a função é maior que
zero devemos fazer um esboço do gráfico e ver para quais valores
de x isso ocorre.

Exemplo:
(SEE/AC – PROFESSOR DE CIÊNCIAS DA NATUREZA MATEMÁ-
TICA E SUAS TECNOLOGIAS – FUNCAB) Determine os valores de Vemos, que as regiões que tornam positivas a função são: x<1
que satisfazem a seguinte inequação: e x>2. Resposta: { x|R| x<1 ou x>2}

Exemplo:
(VUNESP) O conjunto solução da inequação 9x2 – 6x + 1 ≤ 0, no
universo dos números reais é:
(A) ∅
(A) x > 2 (B) R
(B) x - 5
(C) x > - 5 (C)
(D) x < 2
(E) x 2
(D)
Resolução:

(E)

Resolução:
Resolvendo por Bháskara:

Resposta: B

Inequação do 2º grau
Chamamos de inequação da 2º toda desigualdade pode ser re-
presentada da seguinte forma: Fazendo o gráfico, a > 0 parábola voltada para cima:
ax2 + bx + c > 0
ax2 + bx + c < 0
ax2 + bx + c ≥ 0
ax2 + bx + c ≤ 0
Onde a, b e c são números reais com a ≠ 0

Resolução da inequação
Para resolvermos uma inequação do 2o grau, utilizamos o estu-
do do sinal. As inequações são representadas pelas desigualdades:
> , ≥ , < , ≤.
Ex.: x2 -3x + 2 > 0

Resolução:
x2 -3x + 2 > 0 Resposta: C
x ‘ =1, x ‘’ = 2

26
MATEMÁTICA

DOMÍNIO, CONTRADOMÍNIO E CONJUNTO IMAGEM


DE FUNÇÕES. GRÁFICOS DE FUNÇÕES. FUNÇÃO AFIM.
FUNÇÃO QUADRÁTICA

Funções lineares
Chama-se função do 1º grau ou afim a função f: R  R definida
por y = ax + b, com a e b números reais e a 0. a é o coeficiente an-
gular da reta e determina sua inclinação, b é o coeficiente linear da
reta e determina a intersecção da reta com o eixo y.

• Função linear
É a função do 1º grau quando b = 0, a ≠ 0 e a ≠ 1, a e b ∈ R.

• Função afim
É a função do 1º grau quando a ≠ 0, b ≠ 0, a e b ∈ R.

• Função Injetora
Com a ϵ R* e b ϵ R. É a função cujo domínio apresenta elementos distintos e tam-
bém imagens distintas.
Atenção
Usualmente chamamos as funções polinomiais de: 1º grau, 2º
etc, mas o correto seria Função de grau 1,2 etc. Pois o classifica a
função é o seu grau do seu polinômio.

A função do 1º grau pode ser classificada de acordo com seus


gráficos. Considere sempre a forma genérica y = ax + b.
• Função constante
Se a = 0, então y = b, b ∈ R. Desta maneira, por exemplo, se y
= 4 é função constante, pois, para qualquer valor de x, o valor de y
ou f(x) será sempre 4.
• Função Sobrejetora
É quando todos os elementos do domínio forem imagens de
PELO MENOS UM elemento do domínio.

• Função identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Nesta função, x e y têm sempre
os mesmos valores. Graficamente temos: A reta y = x ou f(x) = x é
denominada bissetriz dos quadrantes ímpares.

• Função Bijetora
É uma função que é ao mesmo tempo injetora e sobrejetora.

Mas, se a = -1 e b = 0, temos então y = -x. A reta determinada


por esta função é a bissetriz dos quadrantes pares, conforme mos-
tra o gráfico ao lado. x e y têm valores iguais em módulo, porém
com sinais contrários.

27
MATEMÁTICA
• Função Par
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos
f(x)=f(-x), ∀ x ∈ D(f). Ou seja, os valores simétricos devem possuir
a mesma imagem.

Raiz ou zero da função do 1º grau


A raiz ou zero da função do 1º grau é o valor de x para o qual y =
f(x) = 0. Graficamente, é o ponto em que a reta “corta” o eixo x. Por-
tanto, para determinar a raiz da função, basta a igualarmos a zero:
• Função ímpar
Quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos
f(-x) = -f(x) ∀ x є D(f). Ou seja, os elementos simétricos do domínio
terão imagens simétricas.

Estudo de sinal da função do 1º grau


Estudar o sinal de uma função do 1º grau é determinar os valo-
res de x para que y seja positivo, negativo ou zero.
1º) Determinamos a raiz da função, igualando-a a zero: (raiz:
x =- b/a)
2º) Verificamos se a função é crescente (a>0) ou decrescente (a
< 0); temos duas possibilidades:

Gráfico da função do 1º grau


A representação geométrica da função do 1º grau é uma reta,
portanto, para determinar o gráfico, é necessário obter dois pontos.
Em particular, procuraremos os pontos em que a reta corta os eixos
x e y.
De modo geral, dada a função f(x) = ax + b, para determinarmos
a intersecção da reta com os eixos, procedemos do seguinte modo:

Exemplos:
(PM/SP – CABO – CETRO) O gráfico abaixo representa o salário
bruto (S) de um policial militar em função das horas (h) trabalhadas
em certa cidade. Portanto, o valor que este policial receberá por
186 horas é

1º) Igualamos y a zero, então ax + b = 0 ⇒ x = - b/a, no eixo x


encontramos o ponto (-b/a, 0).
2º) Igualamos x a zero, então f(x) = a. 0 + b ⇒ f(x) = b, no eixo y
encontramos o ponto (0, b).
• f(x) é crescente se a é um número positivo (a > 0);
• f(x) é decrescente se a é um número negativo (a < 0).

28
MATEMÁTICA
(A) R$ 3.487,50. Onde:
(B) R$ 3.506,25. a é o coeficiente de x2
(C) R$ 3.534,00. b é o coeficiente de x
(D) R$ 3.553,00. c é o termo independente

Resolução: Atenção:
Chama-se função completa aquela em que a, b e c não são nu-
los, e função incompleta aquela em que b ou c são nulos.

Raízes da função do 2ºgrau


Analogamente à função do 1º grau, para encontrar as raízes
da função quadrática, devemos igualar f(x) a zero. Teremos então:
ax2 + bx + c = 0

A expressão assim obtida denomina-se equação do 2º grau.


Resposta: A As raízes da equação são determinadas utilizando-se a fórmula de
Bhaskara:
(CBTU/RJ - ASSISTENTE OPERACIONAL - CONDUÇÃO DE VEÍ-
CULOS METROFERROVIÁRIOS – CONSULPLAN) Qual dos pares de
pontos a seguir pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1). Δ (letra grega: delta) é chamado de discriminante da equação.
(D) L(–2, –3) e M(2, 3). Observe que o discriminante terá um valor numérico, do qual te-
mos de extrair a raiz quadrada. Neste caso, temos três casos a con-
Resolução: siderar:
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescen- Δ > 0 ⇒ duas raízes reais e distintas;
te, o primeiro ponto deve estar em uma posição “mais alta” do que Δ = 0 ⇒ duas raízes reais e iguais;
o 2º ponto. Δ < 0 ⇒ não existem raízes reais (∄ x ∈ R).
Vamos analisar as alternativas:
Gráfico da função do 2º grau
( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma • Concavidade da parábola
posição mais baixa que o ponto R, e, assim, a função é crescente. Graficamente, a função do 2º grau, de domínio r, é representa-
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no da por uma curva denominada parábola. Dada a função y = ax2 + bx
eixo x à direita do zero, mas N está em uma posição mais baixa que + c, cujo gráfico é uma parábola, se:
o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º
quadrante, e L está em uma posição mais baixa do que o ponto M,
sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º qua-
drante, e S está em uma posição mais alta do que o ponto T, sendo,
assim, decrescente.
Resposta: C

Equações lineares
As equações do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3 + .....+ anxn = b, são equa- • O termo independente
ções lineares, onde a1, a2, a3, ... são os coeficientes; x1, x2, x3,... as Na função y = ax2 + bx + c, se x = 0 temos y = c. Os pontos em
incógnitas e b o termo independente. que x = 0 estão no eixo y, isto significa que o ponto (0, c) é onde a
Por exemplo, a equação 4x – 3y + 5z = 31 é uma equação linear. parábola “corta” o eixo y.
Os coeficientes são 4, –3 e 5; x, y e z as incógnitas e 31 o termo
independente.
Para x = 2, y = 4 e z = 7, temos 4.2 – 3.4 + 5.7 = 31, concluímos
que o terno ordenado (2,4,7) é solução da equação linear
4x – 3y + 5z = 31.

Funções quadráticas
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática, de domínio
R e contradomínio R, a função:

Com a, b e c reais e a ≠ 0.

29
MATEMÁTICA
• Raízes da função
Considerando os sinais do discriminante (Δ) e do coeficiente de x2, teremos os gráficos que seguem para a função y = ax2 + bx + c.

Vértice da parábola – Máximos e mínimos da função


Observe os vértices nos gráficos:

O vértice da parábola será:


• o ponto mínimo se a concavidade estiver voltada para cima (a > 0);
• o ponto máximo se a concavidade estiver voltada para baixo (a < 0).
A reta paralela ao eixo y que passa pelo vértice da parábola é chamada de eixo de simetria.

Coordenadas do vértice
As coordenadas do vértice da parábola são dadas por:

30
MATEMÁTICA
Estudo do sinal da função do 2º grau
Estudar o sinal da função quadrática é determinar os valores de x para que y seja: positivo, negativo ou zero. Dada a função f(x) = y =
ax2 + bx + c, para saber os sinais de y, determinamos as raízes (se existirem) e analisamos o valor do discriminante.

Exemplos:
(CBM/MG – OFICIAL BOMBEIRO MILITAR – FUMARC) Duas cidades A e B estão separadas por uma distância d. Considere um ciclista
que parte da cidade A em direção à cidade B. A distância d, em quilômetros, que o ciclista ainda precisa percorrer para chegar ao seu des-
tino em função do tempo t, em horas, é dada pela função . Sendo assim, a velocidade média desenvolvida pelo ciclista
em todo o percurso da cidade A até a cidade B é igual a
(A) 10 Km/h
(B) 20 Km/h
(C) 90 Km/h
(D) 100 Km/h

Resolução:
Vamos calcular a distância total, fazendo t = 0:

Agora, vamos substituir na função:

100 – t² = 0
– t² = – 100 . (– 1)
t² = 100
t= √100=10km/h
Resposta: A

(IPEM – TÉCNICO EM METROLOGIA E QUALIDADE – VUNESP) A figura ilustra um arco decorativo de parábola AB sobre a porta da
entrada de um salão:

Considere um sistema de coordenadas cartesianas com centro em O, de modo que o eixo vertical (y) passe pelo ponto mais alto do
arco (V), e o horizontal (x) passe pelos dois pontos de apoio desse arco sobre a porta (A e B).

31
MATEMÁTICA
Sabendo-se que a função quadrática que descreve esse arco é f(x) = – x²+ c, e que V = (0; 0,81), pode-se afirmar que a distância , em
metros, é igual a
(A) 2,1.
(B) 1,8.
(C) 1,6.
(D) 1,9.
(E) 1,4.

Resolução:
C=0,81, pois é exatamente a distância de V
F(x)=-x²+0,81
0=-x²+0,81
X²=0,81
X=±0,9
A distância AB é 0,9+0,9=1,8
Resposta: B

(TRANSPETRO – TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE JÚNIOR – CESGRANRIO) A raiz da função f(x) = 2x − 8 é também raiz da
função quadrática g(x) = ax²+ bx + c. Se o vértice da parábola, gráfico da função g(x), é o ponto V(−1, −25), a soma a + b + c é igual a:
(A) − 25
(B) − 24
(C) − 23
(D) − 22
(E) – 21

Resolução:
2x-8=0
2x=8
X=4

Lembrando que para encontrar a equação, temos:


(x - 4)(x + 6) = x² + 6x - 4x - 24 = x² + 2x - 24
a=1
b=2
c=-24
a + b + c = 1 + 2 – 24 = -21
Resposta: E

Função exponencial
Antes seria bom revisarmos algumas noções de potencialização e radiciação.
Sejam a e b bases reais e diferentes de zero e m e n expoentes inteiros, temos:

32
MATEMÁTICA
Equação exponencial
A equação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente. Exemplos:

Para resolver estas equações, além das propriedades de potências, utilizamos a seguinte propriedade:
Se duas potências são iguais, tendo as bases iguais, então os expoentes são iguais: am = an ⇔ m = n, sendo a > 0 e a ≠ 1.

Gráficos da função exponencial


A função exponencial f, de domínio R e contradomínio R, é definida por y = ax, onde a > 0 e a ≠1.

Exemplos:
01. Considere a função y = 3x.
Vamos atribuir valores a x, calcular y e a seguir construir o gráfico:

02. Considerando a função, encontre a função: y = (1/3)x

Observando as funções anteriores, podemos concluir que para y = ax:


• se a > 1, a função exponencial é crescente;
• se 0 < a < 1, a função é decrescente.

Graficamente temos:

33
MATEMÁTICA
Inequação exponencial
A inequação exponencial caracteriza-se pela presença da incógnita no expoente e de um dos sinais de desigualdade: >, <, ≥ ou ≤.
Analisando seus gráficos, temos:

Observando o gráfico, temos que:


• na função crescente, conservamos o sinal da desigualdade para comparar os expoentes:

• na função decrescente, “invertemos” o sinal da desigualdade para comparar os expoentes:

Desde que as bases sejam iguais.

Exemplos:
(CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/MT – OFICIAL BOMBEIRO MILITAR – COVEST – UNEMAT) As funções exponenciais são muito
usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional de uma determinada região em um determinado período de tempo.
A função P(t) = 234(1,023)t modela o comportamento de uma determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em um deter-
minado período de tempo, em que P é a população em milhares de habitantes e t é o número de anos desde 1980.
Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa cidade?
(A) 1,023%
(B) 1,23%
(C) 2,3%
(D) 0,023%
(E) 0,23%

Resolução:

Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t = 0:

Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1:

Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:


População----------%
234 --------------- 100
239,382 ------------ x

234.x = 239,382 . 100


x = 23938,2 / 234
x = 102,3%

34
MATEMÁTICA
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)
Resposta: C

(POLÍCIA CIVIL/SP – DESENHISTA TÉCNICO-PERICIAL – VUNESP) Uma população P cresce em função do tempo t (em anos), segundo a
sentença P = 2000.50,1t. Hoje, no instante t = 0, a população é de 2 000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos daqui a
(A) 20 anos.
(B) 25 anos.
(C) 50 anos.
(D) 15 anos.
(E) 10 anos.

Resolução:

Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoentes. Assim:


0,1 . t = 2
t = 2 / 0,1
t = 20 anos
Resposta: A

Função logarítmica
• Logaritmo
O logaritmo de um número b, na base a, onde a e b são positivos e a é diferente de um, é um número x, tal que x é o expoente de a
para se obter b, então:

Onde:
b é chamado de logaritmando
a é chamado de base
x é o logaritmo

OBSERVAÇÕES
– loga a = 1, sendo a > 0 e a ≠ 1
– Nos logaritmos decimais, ou seja, aqueles em que a base é 10, está frequentemente é omitida. Por exemplo: logaritmo de 2 na base
10; notação: log 2
Propriedades decorrentes da definição

• Domínio (condição de existência)


Segundo a definição, o logaritmando e a base devem ser positivos, e a base deve ser diferente de 1. Portanto, sempre que encontra-
mos incógnitas no logaritmando ou na base devemos garantir a existência do logaritmo.

– Propriedades

Logaritmo decimal - característica e mantissa


Normalmente eles são calculados fazendo-se o uso da calculadora e da tabela de logaritmos. Mas fique tranquilo em sua prova as
bancas fornecem os valores dos logaritmos.

Exemplo: Determine log 341.

35
MATEMÁTICA
Resolução:
Sabemos que 341 está entre 100 e 1.000:
102 < 341 < 103
Como a característica é o expoente de menor potência de 10, temos que c = 2.
Consultando a tabela para 341, encontramos m = 0,53275. Logo: log 341 = 2 + 0,53275  log 341 = 2,53275.

Propriedades operatórias dos logaritmos

Cologaritmo
cologa b = - loga b, sendo b> 0, a > 0 e a ≠ 1

Mudança de base
Para resolver questões que envolvam logaritmo com bases diferentes, utilizamos a seguinte expressão:

Função logarítmica
Função logarítmica é a função f, de domínio R*+ e contradomínio R, que associa cada número real e positivo x ao logaritmo de x na
base a, onde a é um número real, positivo e diferente de 1.

Gráfico da função logarítmica


Vamos construir o gráfico de duas funções logarítmicas como exemplo:
A) y = log3 x
Atribuímos valores convenientes a x, calculamos y, conforme mostra a tabela. Localizamos os pontos no plano cartesiano obtendo a
curva que representa a função.

36
MATEMÁTICA
B) y = log1/3 x
Vamos tabelar valores convenientes de x, calculando y. Localizamos os pontos no plano cartesiano, determinando a curva correspon-
dente à função.

Observando as funções anteriores, podemos concluir que para y = logax:


• se a > 1, a função é crescente;
• se 0 < a < 1, a função é decrescente.

Equações logarítmicas
A equação logarítmica caracteriza-se pela presença do sinal de igualdade e da incógnita no logaritmando.
Para resolver uma equação, antes de mais nada devemos estabelecer a condição de existência do logaritmo, determinando os valores
da incógnita para que o logaritmando e a base sejam positivos, e a base diferente de 1.

Inequações logarítmicas
Identificamos as inequações logarítmicas pela presença da incógnita no logaritmando e de um dos sinais de desigualdade: >, <, ≥ ou ≤.
Assim como nas equações, devemos garantir a existência do logaritmo impondo as seguintes condições: o logaritmando e a base
devem ser positivos e a base deve ser diferente de 1.
Na resolução de inequações logarítmicas, procuramos obter logaritmos de bases iguais nos dois membros da inequação, para poder
comparar os logaritmandos. Porém, para que não ocorram distorções, devemos verificar se as funções envolvidas são crescentes ou de-
crescentes. A justificativa será feita por meio da análise gráfica de duas funções:

Na função crescente, os sinais coincidem na comparação dos logaritmandos e, posteriormente, dos respectivos logaritmos; porém,
o mesmo não ocorre na função decrescente. De modo geral, quando resolvemos uma inequação logarítmica, temos de observar o valor
numérico da base pois, sendo os dois membros da inequação compostos por logaritmos de mesma base, para comparar os respectivos
logaritmandos temos dois casos a considerar:
• se a base é um número maior que 1 (função crescente), utilizamos o mesmo sinal da inequação;
• se a base é um número entre zero e 1 (função decrescente), utilizamos o “sinal inverso” da inequação.

37
MATEMÁTICA
Concluindo, dada a função y = loga x e dois números reais x1 e x2:

Exemplos:
(PETROBRAS-GEOFISICO JUNIOR – CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, então o valor de n tal que log n =
3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

Resolução:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500
Resposta: C

(MF – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo de x na base 10, calcule o valor
da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
(D) 2
(E) 3

Resolução:
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)
E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2
Resposta: D

Funções trigonométricas
Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 + 2kπ, onde k Є Z. E de uma forma geral
abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ.
Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno, função cosseno e função tangen-
te.

• Função Seno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = sem x. O sinal da função f(x) = sem x é positivo no 1º
e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes.

38
MATEMÁTICA

• Função Cosseno
É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cos x. O sinal da função f(x) = cos x é positivo no
1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes.

39
MATEMÁTICA

• Função Tangente
É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tg x.
Sinais da função tangente:
- Valores positivos nos quadrantes ímpares.
- Valores negativos nos quadrantes pares.
- Crescente em cada valor.

40
MATEMÁTICA

GEOMETRIA: MEDIDAS DE COMPRIMENTO, TEMPO, MASSA, TEMPERATURA E CAPACIDADE. MEDIDAS DE ÁREA E


VOLUME. CONVERSÃO DE UNIDADES DE MEDIDA. SEGMENTO DE RETA, SEMIRRETA, RETA E MEDIATRIZ. POSIÇÕES
RELATIVAS ENTRE PONTO E RETA. POSIÇÃO RELATIVA ENTRE RETAS. ÂNGULOS. TEOREMAS ANGULAR E LINEAR DE
TALES. TEOREMAS DA BISSETRIZ INTERNA E EXTERNA. SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS. TEOREMA DE PITÁGORAS.
RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO. RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO. LEI
DOS SENOS E LEI DOS COSSENOS. POLÍGONOS. SEMELHANÇA DE POLÍGONOS. RELAÇÕES MÉTRICAS NOS POLÍGO-
NOS REGULARES. CIRCUNFERÊNCIA. RELAÇÕES MÉTRICAS NA CIRCUNFERÊNCIA. PERÍMETRO E ÁREA DE FIGURAS
PLANAS

O sistema métrico decimal é parte integrante do Sistema de Medidas. É adotado no Brasil tendo como unidade fundamental de me-
dida o metro.
O Sistema de Medidas é um conjunto de medidas usado em quase todo o mundo, visando padronizar as formas de medição.

Medidas de comprimento
Os múltiplos do metro são usados para realizar medição em grandes distâncias, enquanto os submúltiplos para realizar medição em
pequenas distâncias.

UNIDADE
MÚLTIPLOS SUBMÚLTIPLOS
FUNDAMENTAL
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
km hm Dam m dm cm mm
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Para transformar basta seguir a tabela seguinte (esta transformação vale para todas as medidas):

Medidas de superfície e área


As unidades de área do sistema métrico correspondem às unidades de comprimento da tabela anterior.
São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado (hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado, o me-
tro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
No caso das unidades de área, o padrão muda: uma unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos comprimentos.
Entretanto, consideramos que o sistema continua decimal, porque 100 = 102. A nomenclatura é a mesma das unidades de comprimento
acrescidas de quadrado.

Vejamos as relações entre algumas essas unidades que não fazem parte do sistema métrico e as do sistema métrico decimal (valores
aproximados):
1 polegada = 25 milímetros
1 milha = 1 609 metros
1 légua = 5 555 metros
1 pé = 30 centímetros

Medidas de Volume e Capacidade


Na prática, são muitos usados o metro cúbico(m3) e o centímetro cúbico(cm3).
Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o sistema
continua sendo decimal. Acrescentamos a nomenclatura cúbico.
A noção de capacidade relaciona-se com a de volume. A unidade fundamental para medir capacidade é o litro (l); 1l equivale a 1 dm3.

Medidas de Massa
O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas de massa. A unidade fundamental é o grama(g). Assim as denominamos:
Kg – Quilograma; hg – hectograma; dag – decagrama; g – grama; dg – decigrama; cg – centigrama; mg – miligrama
Dessas unidades, só têm uso prático o quilograma, o grama e o miligrama. No dia-a-dia, usa-se ainda a tonelada (t). Medidas Especiais:
1 Tonelada(t) = 1000 Kg
1 Arroba = 15 Kg
1 Quilate = 0,2 g

41
MATEMÁTICA
Em resumo temos:

Relações importantes

1 kg = 1l = 1 dm3
1 hm2 = 1 ha = 10.000m2
1 m3 = 1000 l
Exemplos:
(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Uma peça de um determinado tecido tem 30 metros, e para se confeccionar
uma camisa desse tecido são necessários 15 decímetros. Com duas peças desse tecido é possível serem confeccionadas:
(A) 10 camisas
(B) 20 camisas
(C) 40 camisas
(D) 80 camisas

Resolução:
Como eu quero 2 peças desse tecido e 1 peça possui 30 metros logo:
30 . 2 = 60 m. Temos que trabalhar com todas na mesma unidade: 1 m é 10dm assim temos 60m . 10 = 600 dm, como cada camisa
gasta um total de 15 dm, temos então:
600/15 = 40 camisas.
Resposta: C

(CLIN/RJ - GARI E OPERADOR DE ROÇADEIRA - COSEAC) Um veículo tem capacidade para transportar duas toneladas de carga. Se a
carga a ser transportada é de caixas que pesam 4 quilogramas cada uma, o veículo tem capacidade de transportar no máximo:
(A) 50 caixas
(B) 100 caixas
(C) 500 caixas
(D) 1000 caixas

Resolução:
Uma tonelada(ton) é 1000 kg, logo 2 ton. 1000kg= 2000 kg
Cada caixa pesa 4kg
2000 kg/ 4kg = 500 caixas.
Resposta: C

Geometria plana
Aqui nos deteremos a conceitos mais cobrados como perímetro e área das principais figuras planas. O que caracteriza a geometria
plana é o estudo em duas dimensões.

Perímetro
É a soma dos lados de uma figura plana e pode ser representado por P ou 2p, inclusive existem umas fórmulas de geometria que
aparece p que é o semiperímetro (metade do perímetro). Basta observamos a imagem:

42
MATEMÁTICA

Observe que a planta baixa tem a forma de um retângulo.

Exemplo:
(CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à venda em uma imobiliária. Sabe-se que
sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago
por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

Resolução:
O perímetro do retângulo é dado por = 2(b+h);
Pelo enunciado temos que: sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento, logo 2 (x + (x-28)) = 2 (2x -28) = 4x – 56. Como ele
já dá o perímetro que é 200, então
200 = 4x -56  4x = 200+56  4x = 256  x = 64
Comprimento = 64, largura = 64 – 28 = 36
Área do retângulo = b.h = 64.36 = 2304 m2
Logo o valor da área é:2304.50 = 115200
Resposta: D

• Área
É a medida de uma superfície. Usualmente a unidade básica de área é o m2 (metro quadrado). Que equivale à área de um quadrado
de 1 m de lado.

Quando calculamos que a área de uma determinada figura é, por exemplo, 12 m2; isso quer dizer que na superfície desta figura cabem
12 quadrados iguais ao que está acima.

43
MATEMÁTICA

Planta baixa de uma casa com a área total

Para efetuar o cálculo de áreas é necessário sabermos qual a figura plana e sua respectiva fórmula. Vejamos:

(Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/57/97/5797a651dfb37-areas-de-figuras-planas.jpg)

Geometria espacial
Aqui trataremos tanto das figuras tridimensionais e dos sólidos geométricos. O importante é termos em mente todas as figuras planas,
pois a construção espacial se dá através da junção dessas figuras. Vejamos:
Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) π e π’, o espaço entre eles é chamado de diedro. A medida de um diedro é feita
em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

44
MATEMÁTICA
Poliedros Por essas condições e observações podemos afirmar que todos
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais for- os poliedros de Platão são ditos Poliedros Regulares.
madas por três elementos básicos: faces, arestas e vértices. Cha-
mamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos Exemplo:
planos, pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois so- (PUC/RS) Um poliedro convexo tem cinco faces triangulares e
mente uma aresta em comum. Veja alguns exemplos: três pentagonais. O número de arestas e o número de vértices des-
te poliedro são, respectivamente:
(A) 30 e 40
(B) 30 e 24
(C) 30 e 8
(D) 15 e 25
(E) 15 e 9

Resolução:
O poliedro tem 5 faces triangulares e 3 faces pentagonais, logo,
tem um total de 8 faces (F = 8). Como cada triângulo tem 3 lados e
o pentágono 5 lados. Temos:

Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos


polígonos são as arestas e os vértices do poliedro.
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a ne-
nhuma de suas faces) o corta em, no máximo, dois pontos. Ele não Resposta: E
possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.
Não Poliedros
Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o
número de arestas e F o número de faces, valem as seguintes rela-
ções de Euler:
Poliedro Fechado: V – A + F = 2
Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que


multiplicar o número de faces F pelo número de lados de cada face
n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face, basta
somar os resultados.
A = n.F/2

Poliedros de Platão Os sólidos acima são. São considerados não planos pois pos-
Eles satisfazem as seguintes condições: suem suas superfícies curvas.
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas; Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de ares- curvas fechadas em superfície lateral curva.
tas; Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2). uma superfície lateral curva.
Esfera: é formada por uma única superfície curva.

Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;

45
MATEMÁTICA
Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Fonte: https://1.bp.blogspot.com/-WWDbQ-Gh5zU/Wb7iCjR42BI/AAAAAAAAIR0/kfRXIcIYLu4Iqf7ueIYKl39DU-9Zw24lgCLcBGAs/s1600/
revis%25C3%25A3o%2Bfiguras%2Bgeom%25C3%25A9tricas-page-001.jpg

Sólidos geométricos
O cálculo do volume de figuras geométricas, podemos pedir que visualizem a seguinte figura:

a) A figura representa a planificação de um prisma reto;


b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da área da base pela altura do sólido, isto é:
V = Ab. a
Onde a é igual a h (altura do sólido)

c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas;


d) O volume do cilindro também se pode calcular da mesma forma que o volume de um prisma reto.

46
MATEMÁTICA
Área e Volume dos sólidos geométricos Exemplo:
PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8
e paralelas. cm e altura 15 cm. O volume dessa pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60
(C) 80
(D) 80
(E) 90

Resolução:
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula
da área do triângulo equilátero é . A aresta da base é a = 8 cm e h
= 15 cm.
Cálculo da área da base:

Exemplo:
(PREF. JUCÁS/CE – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – INSTITUTO
NEO EXITUS) O número de faces de um prisma, em que a base é um Cálculo do volume:
polígono de n lados é:
(A) n + 1.
(B) n + 2.
(C) n.
(D) n – 1.
(E) 2n + 1.

Resolução:
Se a base tem n lados, significa que de cada lado sairá uma face.
Assim, teremos n faces, mais a base inferior, e mais a base su-
perior.
Portanto, n + 2
Resposta: B Resposta: D

PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais,
vértice superior. paralelas e circulares.

CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e


vértice superior.

47
MATEMÁTICA
ESFERA: superfície curva, possui formato de uma bola.

Exemplo:
Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone,
em cm, é:
TRONCOS: são cortes feitos nas superfícies de alguns dos sóli-
(A) dos geométricos. São eles:

(B)

(C)

(D)

(E) 8

Resolução:
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio
é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16 cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2 Exemplo:
h2 = 192 (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTI-
CA – TÉCNICA/AVIAÇÃO – EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um
tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases são
iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³
Resposta: D
Resolução:

AB=144 dm²
Ab=36 dm²

48
MATEMÁTICA

Resposta: E

Geometria analítica
Um dos objetivos da Geometria Analítica é determinar a reta que representa uma certa equação ou obter a equação de uma reta
dada, estabelecendo uma relação entre a geometria e a álgebra.

Sistema cartesiano ortogonal (PONTO)


Para representar graficamente um par ordenado de números reais, fixamos um referencial cartesiano ortogonal no plano. A reta x
é o eixo das abscissas e a reta y é o eixo das ordenadas. Como se pode verificar na imagem é o Sistema cartesiano e suas propriedades.

Para determinarmos as coordenadas de um ponto P, traçamos linhas perpendiculares aos eixos x e y.


• xp é a abscissa do ponto P;
• yp é a ordenada do ponto P;
• xp e yp constituem as coordenadas do ponto P.

Mediante a esse conhecimento podemos destacar as formulas que serão uteis ao cálculo.

49
MATEMÁTICA
Distância entre dois pontos de um plano Condição de alinhamento de três pontos
Por meio das coordenadas de dois pontos A e B, podemos lo- Consideremos três pontos de uma mesma reta (colineares),
calizar esses pontos em um sistema cartesiano ortogonal e, com A(x1, y1), B(x2, y2) e C(x3, y3).
isso, determinar a distância d(A, B) entre eles. O triângulo formado
é retângulo, então aplicamos o Teorema de Pitágoras.

Estes pontos estarão alinhados se, e somente se:

Ponto médio de um segmento

Por outro lado, se D ≠ 0, então os pontos A, B e C serão vértices


de um triângulo cuja área é:

onde o valor do determinante é sempre dado em módulo, pois


a área não pode ser um número negativo.

Inclinação de uma reta e Coeficiente angular de uma reta (ou


declividade)
À medida do ângulo α, onde α é o menor ângulo que uma reta
forma com o eixo x, tomado no sentido anti-horário, chamamos de
inclinação da reta r do plano cartesiano.

Baricentro
O baricentro (G) de um triângulo é o ponto de intersecção das
medianas do triângulo. O baricentro divide as medianas na razão
de 2:1.

Já a declividade é dada por: m = tgα

50
MATEMÁTICA
Cálculo do coeficiente angular Com o coeficiente angular, podemos utilizar qualquer um dos
Se a inclinação α nos for desconhecida, podemos calcular o dois pontos para determinamos a equação da reta. Temos A(1, 4),
coeficiente angular m por meio das coordenadas de dois pontos da m = -3 e Q(x, y)
reta, como podemos verificar na imagem. y - y1 = m.(x - x1) ⇒ y - 4 = -3. (x - 1) ⇒ y - 4 = -3x + 3 ⇒ 3x +
y - 4 - 3 = 0 ⇒ 3x + y - 7 = 0

Equação reduzida da reta


A equação reduzida é obtida quando isolamos y na equação da
reta y - b = mx

Reta

Equação da reta
A equação da reta é determinada pela relação entre as abscis-
sas e as ordenadas. Todos os pontos desta reta obedecem a uma
mesma lei. Temos duas maneiras de determinar esta equação:

1) Um ponto e o coeficiente angular


– Equação segmentária da reta
Exemplo: É a equação da reta determinada pelos pontos da reta que in-
Consideremos um ponto P(1, 3) e o coeficiente angular m = 2. terceptam os eixos x e y nos pontos A (a, 0) e B (0,b).
Dados P(x1, y1) e Q(x, y), com P ∈ r, Q ∈ r e m a declividade da
reta r, a equação da reta r será:

Equação geral da reta


2) Dois pontos: A(x1, y1) e B(x2, y2) Toda equação de uma reta pode ser escrita na forma:
Consideremos os pontos A(1, 4) e B(2, 1). Com essas informa- ax + by + c = 0
ções, podemos determinar o coeficiente angular da reta:
onde a, b e c são números reais constantes com a e b não si-
multaneamente nulos.

51
MATEMÁTICA
Posições relativas de duas retas C) Retas coincidentes: Se r1 e r2 são coincidentes, as retas cor-
Em relação a sua posição elas podem ser: tam o eixo y no mesmo ponto; portanto, além de terem seus coe-
ficientes angulares iguais, seus coeficientes lineares também serão
A) Retas concorrentes: Se r1 e r2 são concorrentes, então seus iguais.
ângulos formados com o eixo x são diferentes e, como consequên-
cia, seus coeficientes angulares são diferentes.

Intersecção de retas
Duas retas concorrentes, apresentam um ponto de intersecção
P(a, b), em que as coordenadas (a, b) devem satisfazer as equações
de ambas as retas. Para determinarmos as coordenadas de P, basta
B) Retas paralelas: Se r1 e r2 são paralelas, seus ângulos com o resolvermos o sistema constituído pelas equações dessas retas.
eixo x são iguais e, em consequência, seus coeficientes angulares Condição de perpendicularismo
são iguais (m1 = m2). Entretanto, para que sejam paralelas, é neces- Se duas retas, r1 e r2, são perpendiculares entre si, a seguinte
sário que seus coeficientes lineares n1 e n2 sejam diferentes relação deverá ser verdadeira.

onde m1 e m2 são os coeficientes angulares das retas r1 e r2,


respectivamente.

52
MATEMÁTICA
Distância entre um ponto e uma reta Equação reduzida da circunferência
A distância de um ponto a uma reta é a medida do segmento Dados um ponto P(x, y) qualquer, pertencente a uma circunfe-
perpendicular que liga o ponto à reta. Utilizamos a fórmula a seguir rência de centro O(a,b) e raio r, sabemos que: d(O,P) = r.
para obtermos esta distância.

onde d(P, r) é a distância entre o ponto P(xP, yP) e a reta r .


Equação Geral da circunferência
Exemplo: A equação geral de uma circunferência é obtida através do de-
(UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a senvolvimento da equação reduzida.
procissão fluvial do Círio-2002, fazendo o percurso em linha reta.
Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido
positivo do eixo x, passando pelo ponto de coordenadas (3, 5). Este
trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1 Exemplo:
(B) y = - 3x + 14 (VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto
(C) y = x + 2 C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0, 3), é:
(D) y = - x + 8 (A) x2 + (y – 3)2 = 0
(E) y = 3x – 4 (B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
Resolução: (D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
xo = 3, yo = 5 e = 1. As alternativas estão na forma de equação (E) x2 + (y – 3)2 = 8
reduzida, então:
y – yo = m(x – xo) Resolução:
y – 5 = 1.(x – 3) Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no
y–5=x–3 enunciado.
y=x–3+5 (x – a)2 + (y – b)2 = r2
y=x+2 (x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P,
Resposta: C basta substituir o x por 0 e o y por 3 para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
Circunferência (- 2)2 + 22 = r2
É o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto 4 + 4 = r2
fixo O, denominado centro da circunferência. r2 = 8
A medida da distância de qualquer ponto da circunferência ao (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
centro O é sempre constante e é denominada raio. Resposta: C

53
MATEMÁTICA
Elipse TEOREMA DE PITÁGORAS
É o conjunto dos pontos de um plano cuja soma das distâncias Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipo-
a dois pontos fixos do plano é constante. Onde F1 e F2 são focos: tenusa e os outros dois lados são os catetos. Deste triângulo tira-
mos a seguinte relação:

“Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual


à soma dos quadrados dos catetos”.
a2 = b2 + c2

Exemplo:
Mesmo que mudemos o eixo maior da elipse do eixo x para Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o
o eixo y, a relação de Pitágoras (a2 =b2 + c2) continua sendo válida. oeste chegando a um ponto B, depois 5 milhas para o sul chegando
a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D
e finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o
barco parou relativamente ao ponto de partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

Resolução:
Equações da elipse
a) Centrada na origem e com o eixo maior na horizontal.

x 2 = 32 + 42
b) Centrada na origem e com o eixo maior na vertical. x2 = 9 + 16
x2 = 25
Resposta: E

ESTATÍSTICA: POPULAÇÃO E AMOSTRA. VARIÁVEIS


QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS. TABELAS E GRÁFI-
COS ESTATÍSTICOS. MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

Tabelas
A tabela é a forma não discursiva de apresentar informações,
das quais o dado numérico se destaca como informação central.
Sua finalidade é apresentar os dados de modo ordenado, simples
e de fácil interpretação, fornecendo o máximo de informação num
mínimo de espaço.

54
MATEMÁTICA
Elementos da tabela − O gráfico deverá possuir título, fonte, notas e legenda, ou
Uma tabela estatística é composta de elementos essenciais e seja, toda a informação necessária à sua compreensão, sem auxílio
elementos complementares. Os elementos essenciais são: do texto.
− Título: é a indicação que precede a tabela contendo a desig- − O gráfico deverá possuir formato aproximadamente quadra-
nação do fato observado, o local e a época em que foi estudado. do para evitar que problemas de escala interfiram na sua correta
− Corpo: é o conjunto de linhas e colunas onde estão inseridos interpretação.
os dados.
− Cabeçalho: é a parte superior da tabela que indica o conteú- Tipos de Gráficos
do das colunas.
− Coluna indicadora: é a parte da tabela que indica o conteúdo • Estereogramas: são gráficos onde as grandezas são repre-
das linhas. sentadas por volumes. Geralmente são construídos num sistema
de eixos bidimensional, mas podem ser construídos num sistema
Os elementos complementares são: tridimensional para ilustrar a relação entre três variáveis.
− Fonte: entidade que fornece os dados ou elabora a tabela.
− Notas: informações de natureza geral, destinadas a esclare-
cer o conteúdo das tabelas.
− Chamadas: informações específicas destinadas a esclarecer
ou conceituar dados numa parte da tabela. Deverão estar indica-
das no corpo da tabela, em números arábicos entre parênteses, à
esquerda nas casas e à direita na coluna indicadora. Os elementos
complementares devem situar-se no rodapé da tabela, na mesma
ordem em que foram descritos.

• Cartogramas: são representações em cartas geográficas (ma-


pas).

Gráficos
Outro modo de apresentar dados estatísticos é sob uma forma
ilustrada, comumente chamada de gráfico. Os gráficos constituem-
-se numa das mais eficientes formas de apresentação de dados.
Um gráfico é, essencialmente, uma figura construída a partir de
uma tabela; mas, enquanto a tabela fornece uma ideia mais precisa
e possibilita uma inspeção mais rigorosa aos dados, o gráfico é mais
indicado para situações que visem proporcionar uma impressão
mais rápida e maior facilidade de compreensão do comportamento
do fenômeno em estudo.
Os gráficos e as tabelas se prestam, portanto, a objetivos distin-
tos, de modo que a utilização de uma forma de apresentação não
exclui a outra.
Para a confecção de um gráfico, algumas regras gerais devem
ser observadas:
Os gráficos, geralmente, são construídos num sistema de eixos
chamado sistema cartesiano ortogonal. A variável independente é
localizada no eixo horizontal (abscissas), enquanto a variável de- • Pictogramas ou gráficos pictóricos: são gráficos puramente
pendente é colocada no eixo vertical (ordenadas). No eixo vertical, ilustrativos, construídos de modo a ter grande apelo visual, dirigi-
o início da escala deverá ser sempre zero, ponto de encontro dos dos a um público muito grande e heterogêneo. Não devem ser uti-
eixos. lizados em situações que exijam maior precisão.
− Iguais intervalos para as medidas deverão corresponder a
iguais intervalos para as escalas. Exemplo: Se ao intervalo 10-15 kg
corresponde 2 cm na escala, ao intervalo 40-45 kg também deverá
corresponder 2 cm, enquanto ao intervalo 40-50 kg corresponderá
4 cm.

55
MATEMÁTICA
c) Gráfico de linhas ou curvas: neste gráfico os pontos são dis-
postos no plano de acordo com suas coordenadas, e a seguir são li-
gados por segmentos de reta. É muito utilizado em séries históricas
e em séries mistas quando um dos fatores de variação é o tempo,
como instrumento de comparação.

• Diagramas: são gráficos geométricos de duas dimensões, de


fácil elaboração e grande utilização. Podem ser ainda subdivididos
em: gráficos de colunas, de barras, de linhas ou curvas e de setores.
a) Gráfico de colunas: neste gráfico as grandezas são compa-
radas através de retângulos de mesma largura, dispostos vertical-
mente e com alturas proporcionais às grandezas. A distância entre
os retângulos deve ser, no mínimo, igual a 1/2 e, no máximo, 2/3 da d) Gráfico em setores: é recomendado para situações em que
largura da base dos mesmos. se deseja evidenciar o quanto cada informação representa do total.
A figura consiste num círculo onde o total (100%) representa 360°,
subdividido em tantas partes quanto for necessário à representa-
ção. Essa divisão se faz por meio de uma regra de três simples. Com
o auxílio de um transferidor efetuasse a marcação dos ângulos cor-
respondentes a cada divisão.

b) Gráfico de barras: segue as mesmas instruções que o gráfico


de colunas, tendo a única diferença que os retângulos são dispostos
horizontalmente. É usado quando as inscrições dos retângulos fo-
rem maiores que a base dos mesmos.

56
MATEMÁTICA
Exemplo: Média Aritmética
(PREF. FORTALEZA/CE – PEDAGOGIA – PREF. FORTALEZA) “Es- Ela se divide em:
tar alfabetizado, neste final de século, supõe saber ler e interpretar
dados apresentados de maneira organizada e construir represen- • Simples: é a soma de todos os seus elementos, dividida pelo
tações, para formular e resolver problemas que impliquem o reco- número de elementos n.
lhimento de dados e a análise de informações. Essa característica Para o cálculo:
da vida contemporânea traz ao currículo de Matemática uma de- Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto numéri-
manda em abordar elementos da estatística, da combinatória e da co A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição:
probabilidade, desde os ciclos iniciais” (BRASIL, 1997).

Observe os gráficos e analise as informações.

Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – ANALIS-
TA TÉCNICO LEGISLATIVO – DESIGNER GRÁFICO – VUNESP) Na festa
de seu aniversário em 2014, todos os sete filhos de João estavam
presentes. A idade de João nessa ocasião representava 2 vezes a
média aritmética da idade de seus filhos, e a razão entre a soma das
idades deles e a idade de João valia
(A) 1,5.
(B) 2,0.
(C) 2,5.
(D) 3,0.
(E) 3,5.

Resolução:
Foi dado que: J = 2.M

(I)

Foi pedido:

Na equação ( I ), temos que:

A partir das informações contidas nos gráficos, é correto afir-


mar que:
(A) nos dias 03 e 14 choveu a mesma quantidade em Fortaleza
e Florianópolis.
(B) a quantidade de chuva acumulada no mês de março foi
maior em Fortaleza.
(C) Fortaleza teve mais dias em que choveu do que Florianó- Resposta: E
polis.
(D) choveu a mesma quantidade em Fortaleza e Florianópolis. • Ponderada: é a soma dos produtos de cada elemento multi-
plicado pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.
Resolução: Para o cálculo
A única alternativa que contém a informação correta com os
gráficos é a C.
Resposta: C

ATENÇÃO: A palavra média, sem especificações (aritmética ou


ponderada), deve ser entendida como média aritmética.

57
MATEMÁTICA
Exemplo: Exemplo:
(CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP – PRO- Na figura abaixo os segmentos AB e DA são tangentes à cir-
GRAMADOR DE COMPUTADOR – FIP) A média semestral de um cur- cunferência determinada pelos pontos B, C e D. Sabendo-se que os
so é dada pela média ponderada de três provas com peso igual a 1 segmentos AB e CD são paralelos, pode-se afirmar que o lado BC é:
na primeira prova, peso 2 na segunda prova e peso 3 na terceira.
Qual a média de um aluno que tirou 8,0 na primeira, 6,5 na segunda
e 9,0 na terceira?
(A) 7,0
(B) 8,0
(C) 7,8
(D) 8,4
(E) 7,2

Resolução:
Na média ponderada multiplicamos o peso da prova pela sua
nota e dividimos pela soma de todos os pesos, assim temos: (A) a média aritmética entre AB e CD.
(B) a média geométrica entre AB e CD.
(C) a média harmônica entre AB e CD.
(D) o inverso da média aritmética entre AB e CD.
(E) o inverso da média harmônica entre AB e CD.

Resolução:
Resposta: B Sendo AB paralela a CD, se traçarmos uma reta perpendicular a
AB, esta será perpendicular a CD também.
Média geométrica Traçamos então uma reta perpendicular a AB, passando por B e
É definida, para números positivos, como a raiz n-ésima do pro- outra perpendicular a AB passando por D:
duto de n elementos de um conjunto de dados.

• Aplicações
Como o próprio nome indica, a média geométrica sugere inter-
pretações geométricas. Podemos calcular, por exemplo, o lado de
um quadrado que possui a mesma área de um retângulo, usando a
definição de média geométrica.

Exemplo: Sendo BE perpendicular a AB temos que BE irá passar pelo cen-


A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é tro da circunferência, ou seja, podemos concluir que o ponto E é
dada por: ponto médio de CD.
G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013 Agora que ED é metade de CD, podemos dizer que o compri-
mento AF vale AB-CD/2.
Média harmônica
Corresponde a quantidade de números de um conjunto dividi- Aplicamos Pitágoras no triângulo ADF:
dos pela soma do inverso de seus termos. Embora pareça compli-
cado, sua formulação mostra que também é muito simples de ser
calculada:

(1)

Aplicamos agora no triângulo ECB:

(2)

Agora diminuímos a equação (1) da equação (2):

58
MATEMÁTICA
Note, no desenho, que os segmentos AD e AB possuem o mes- ______________________________________________________
mo comprimento, pois são tangentes à circunferência. Vamos então
substituir na expressão acima AD = AB: ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
Ou seja, BC é a média geométrica entre AB e CD.
Resposta: B ______________________________________________________

______________________________________________________
ANOTAÇÕES ______________________________________________________

______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________
______________________________________________________
_____________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________

59
MATEMÁTICA
______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

______________________________________________________ ______________________________________________________

60
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Gêneros textuais (poema, cordel, contos, dissertação argumentativa, sarau, textos do cotidiano, resumo, textos digitais, letras de
música, dissertação expositiva e textos regionais) Interpretar textos com auxílio de material gráfico diverso, compreendendo o texto
como um recurso multimodal.Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. Localizar informações implícitas em um texto.
Reconhecer as diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das
condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido. Identificar os objetivos de textos através da relação entre tal
objetivo e o percurso do autor para alcançá-lo (tese e os argumentos que a sustentam). Reconhecer efeitos de ironia ou humor em
textos variados. Reconhecer os efeitos de sentido construídos através da escolha lexical . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conjunção: noções básicas / valor semântico-discursivo; frase, oração e período / perspectiva semântico-discursiva; processos de com-
posição do período / coordenação e subordinação; orações substantivas / valor semântico-discursivo; conjunções subordinativas / valor
semântico-discursivo; orações adverbiais / valor semânticodiscursivo; pronome relativo / valor semântico-discursivo; orações adjetivas
/ valor semântico-discursivo; conjunção coordenativa / valor semântico-discursivo; orações coordenadas. Reconhecer as relações de
coordenação e subordinação no período composto. Identificar o efeito de sentido decorrente da exploração de pronomes relativos.
Estabelecer relações de comparação semântico-discursivas presentes nos períodos. Compreender as relações semânticas que são cons-
tituídas através de elementos de composição dos períodos. Perceber as relações de causa e consequência oriundas do uso de recursos
semânticos. Perceber as relações de oposição ou contraste oriundas do uso de recursos semânticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
3. Regência verbal e nominal / valor semântico-discursivo; regência verbal e nominal / crase. Aplicar as regras de regência nominal e
verbal e o uso da crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
4. Aplicar as regras de colocação pronominal, de acordo com os níveis de linguagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. Produção Textual (Redação). Produzir textos de acordo com os temas propostos (adequação ao tema). Produzir textos de acordo com
a finalidade e o objetivo comunicativo de cada proposta e gênero (adequação ao tipo textual). Empregar adequadamente os princi-
pais recursos coesivos (coesão). Produzir texto coerente, sem ambiguidade (coerência). Selecionar o melhor percurso argumentativo
para atender ao objetivo do texto (argumentação). Redigir períodos completos. Compreender o texto como um recurso multimodal
(paragrafação, título, margem, alinhamento, separação silábica) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Empregar vocabulário específico com o tipo de texto solicitado (adequação vocabular) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
7. Dominar a ortografia da Língua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
8. Empregar adequadamente os sinais de pontuação e acentuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
LÍNGUA PORTUGUESA
Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o
GÊNEROS TEXTUAIS (POEMA, CORDEL, CONTOS, DIS- possível assunto abordado no texto. Embora você imagine que
SERTAÇÃO ARGUMENTATIVA, SARAU, TEXTOS DO o texto vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o
COTIDIANO, RESUMO, TEXTOS DIGITAIS, LETRAS DE que ele falaria sobre cães. Repare que temos várias informações
MÚSICA, DISSERTAÇÃO EXPOSITIVA E TEXTOS REGIO- ao longo do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos
NAIS). INTERPRETAR TEXTOS COM AUXÍLIO DE MATE- cães, a associação entre eles e os seres humanos, a disseminação
RIAL GRÁFICO DIVERSO, COMPREENDENDO O TEXTO dos cães pelo mundo, as vantagens da convivência entre cães e
COMO UM RECURSO MULTIMODAL. IDENTIFICAR A homens.
FINALIDADE DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS. As informações que se relacionam com o tema chamamos de
LOCALIZAR INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS EM UM TEXTO. subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
RECONHECER AS DIFERENTES FORMAS DE TRATAR ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma uni-
UMA INFORMAÇÃO NA COMPARAÇÃO DE TEXTOS QUE
dade de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse
TRATAM DO MESMO TEMA, EM FUNÇÃO DAS CONDI-
texto fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você
ÇÕES EM QUE ELE FOI PRODUZIDO E DAQUELAS EM
chegou à conclusão de que o texto fala sobre a relação entre ho-
QUE SERÁ RECEBIDO. IDENTIFICAR OS OBJETIVOS DE
mens e cães. Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa
TEXTOS ATRAVÉS DA RELAÇÃO ENTRE TAL OBJETIVO
que você foi capaz de identificar o tema do texto!
E O PERCURSO DO AUTOR PARA ALCANÇÁ-LO (TESE E
OS ARGUMENTOS QUE A SUSTENTAM). RECONHECER
EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM TEXTOS VARIA- Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-i-
DOS. RECONHECER OS EFEITOS DE SENTIDO CONSTRU- deias-secundarias/
ÍDOS ATRAVÉS DA ESCOLHA LEXICAL
IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
TEXTOS VARIADOS
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO
Ironia
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as dife- ou com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
rentes informações de forma a construir o seu sentido global, ou A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
seja, você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha
um todo significativo, que é o texto. um novo sentido, gerando um efeito de humor.
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler Exemplo:
um texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título.
Pois o título cumpre uma função importante: antecipar informa-
ções sobre o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura
porque achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se
atraído pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É
muito comum as pessoas se interessarem por temáticas diferen-
tes, dependendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, pre-
ferências pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro,
sexualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados
com o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são pratica-
mente infinitas e saber reconhecer o tema de um texto é condi-
ção essencial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, come-
çar nossos estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

CACHORROS

Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma


espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram
aos seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo.
Essa amizade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as
pessoas precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros per-
ceberam que, se não atacassem os humanos, podiam ficar perto
deles e comer a comida que sobrava. Já os homens descobriram
que os cachorros podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e
a tomar conta da casa, além de serem ótimos companheiros. Um
colaborava com o outro e a parceria deu certo.

1
LÍNGUA PORTUGUESA
Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo- Exemplo:
dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satí-
rica).

Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível!

Ironia de situação
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja,
o resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja.
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem pla-
neja uma ação, mas os resultados não saem como o esperado.
No livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de
Assis, a personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao
longo da vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O
sem sucesso. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A GÊNERO EM QUE SE INSCREVE
ironia é que planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou Compreender um texto trata da análise e decodificação do
famoso após a morte. que de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes.
Interpretar um texto, está ligado às conclusões que se pode che-
Ironia dramática (ou satírica) gar ao conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação
A ironia dramática é um dos efeitos de sentido que ocorre trabalha com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o
nos textos literários quando a personagem tem a consciência de texto.
que suas ações não serão bem-sucedidas ou que está entrando Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
por um caminho ruim, mas o leitor já tem essa consciência. quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo principal. Compreender relações semânticas é uma competência
o que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
aparecer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por Quando não se sabe interpretar corretamente um texto po-
exemplo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da de-se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento
história irão morrer em decorrência do seu amor. As persona- profissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
gens agem ao longo da peça esperando conseguir atingir seus ob-
jetivos, mas a plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. Busca de sentidos
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
Humor os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que apreensão do conteúdo exposto.
pareçam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
humor. relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas compar- já citadas ou apresentando novos conceitos.
tilham da característica do efeito surpresa. O humor reside em Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram expli-
ocorrer algo fora do esperado numa situação. citadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conce-
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há der espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas
as tirinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito nas entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer
cômico; há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, fre- dizer que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas
quentemente acessadas como forma de gerar o riso. é fundamental que não sejam criadas suposições vagas e ines-
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos pecíficas.
em quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.
Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para
se informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a
interpretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de con-
teúdos específicos, aprimora a escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros
fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes
presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se
faz suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre
releia o texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos
surpreendentes que não foram observados previamente. Para
auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se também retirar
dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso certa-
mente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre-se
de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em um

2
LÍNGUA PORTUGUESA
bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão, é Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materia-
porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hie- liza em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite
rárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas as crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, aju-
ou apresentando novos conceitos. dando os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo
autor: os textos argumentativos não costumam conceder espa-
ço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como obje-
entrelinhas. Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer tivo de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma
dizer que você precise ficar preso na superfície do texto, mas é certa liberdade para quem recebe a informação.
fundamental que não criemos, à revelia do autor, suposições va-
gas e inespecíficas. Ler com atenção é um exercício que deve ser DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
praticado à exaustão, assim como uma técnica, que fará de nós
leitores proficientes. Fato
O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A exis-
Diferença entre compreensão e interpretação tência do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do pode é uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de al-
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpre- guma maneira, através de algum documento, números, vídeo ou
tação imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. registro.
O leitor tira conclusões subjetivas do texto. Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- Interpretação
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. sas, previmos suas consequências.
No romance nós temos uma história central e várias histórias se- Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se
cundárias. apontamos uma causa ou consequência, é necessário que seja
plausível. Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente ou diferenças sejam detectáveis.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única Exemplos de interpretação:
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em
encaminham-se diretamente para um desfecho. outro país.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profis-
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferen- são do que com a filha.
ciado por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem
a história principal, mas também tem várias histórias secundá- Opinião
rias. O tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando
são definidos pelas histórias dos personagens. A história (enre- um juízo de valor. É um julgamento que tem como base a inter-
do) tem um ritmo mais acelerado do que a do romance por ter pretação que fazemos do fato.
um texto mais curto. Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coe-
rência que mantêm com a interpretação do fato. É uma inter-
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações pretação do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato.
que nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia Esta opinião pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores
para mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tem- socioculturais.
po não é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos
intervalos como horas ou mesmo minutos. Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpreta-
ções anteriores:
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, outro país. Ela tomou uma decisão acertada.
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profis-
de imagens. são do que com a filha. Ela foi egoísta.

Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assun- Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
to que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previ-
convencer o leitor a concordar com ele. sões positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação,
já estamos expressando nosso julgamento.
Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
um entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informa- principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quan-
ções. Tem como principal característica transmitir a opinião de do analisamos um texto dissertativo.
pessoas de destaque sobre algum assunto de interesse.

3
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo: Gíria
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se impor- A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais
tando com o sofrimento da filha. como arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos
utilizam a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as
NÍVEIS DE LINGUAGEM mensagens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam
Definição de linguagem o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, grá- os novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria
ficos, gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no voca-
dependendo da idade, cultura, posição social, profissão etc. A bulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
maneira de articular as palavras, organizá-las na frase, no tex- Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “gale-
ra”, “mina”, “tipo assim”.
to, determina nossa linguagem, nosso estilo (forma de expressão
pessoal).
Linguagem vulgar
As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam,
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco
com o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar
só as incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
grupo social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam comida”.
na língua e caem em desuso.
Língua escrita e língua falada Linguagem regional
A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa-
falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas
parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, palavras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares ama-
e ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua fa- zônico, nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino.
lada é mais descontraída, espontânea e informal, porque se ma- Tipos e genêros textuais
nifesta na conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran-
expressão do falante. Nessas situações informais, muitas regras gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem
determinadas pela língua padrão são quebradas em nome da na- como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e
turalidade, da liberdade de expressão e da sensibilidade estilís- explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma
tica do falante. como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos
clássicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, exposi-
Linguagem popular e linguagem culta tivo (ou dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos
Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lin- alguns exemplos e as principais características de cada um deles.
guagem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na
fala, nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que Tipo textual descritivo
ela esteja presente em poesias (o Movimento Modernista Bra- A descrição é uma modalidade de composição textual cujo
sileiro procurou valorizar a linguagem popular), contos, crônicas objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma
e romances em que o diálogo é usado para representar a língua pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto,
falada. um movimento etc.
Características principais:
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje-
Linguagem Popular ou Coloquial
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se
caracterizadora.
quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de ví-
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu-
cios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordância; meração.
barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; • A noção temporal é normalmente estática.
cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência • Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a de-
pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular da língua. finição.
A linguagem popular está presente nas conversas familiares ou • Normalmente aparece dentro de um texto narrativo.
entre amigos, anedotas, irradiação de esportes, programas de TV • Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual,
e auditório, novelas, na expressão dos esta dos emocionais etc. anúncio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial.

A Linguagem Culta ou Padrão Exemplo:


É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em Era uma casa muito engraçada
que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pes- Não tinha teto, não tinha nada
soas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se Ninguém podia entrar nela, não
pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada Porque na casa não tinha chão
na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultu- Ninguém podia dormir na rede
ral. É mais artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está Porque na casa não tinha parede
presente nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, Ninguém podia fazer pipi
comunicações científicas, noticiários de TV, programas culturais Porque penico não tinha ali
etc. Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
(Vinícius de Moraes)

4
LÍNGUA PORTUGUESA
TIPO TEXTUAL INJUNTIVO Características principais:
A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe, • Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimen-
instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o to e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (es-
tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos tratégias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, tes-
e comportamentos, nas leis jurídicas. temunho de autoridade, citações, confronto, comparação, fato,
exemplo, enumeração...); conclusão (síntese dos pontos princi-
Características principais: pais com sugestão/solução).
• Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver- • Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumenta-
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futu- ções informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normal-
ro do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas). mente nas argumentações formais) para imprimir uma atempo-
• Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª ralidade e um caráter de verdade ao que está sendo dito.
pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc. • Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas moda-
lizações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza
Exemplo: ou probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exal-
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Elei- tados.
toral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam expri- • Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com
mir-se na língua nacional, e os que estejam privados, temporária o desenvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se ro-
ou definitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistá- deios.
veis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha,
subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas mili- Exemplo:
tares de ensino superior para formação de oficiais. A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol-
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente
administração política (tese), porque a força governamental cer-
Tipo textual expositivo tamente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negli-
A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver ra- gência de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes
ciocínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposi- metrópoles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do
ção, discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dis- RJ e os traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for
sertação pode ser expositiva ou argumentativa. do desejo dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar
A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um da população, isso é plenamente possível (estratégia argumen-
assunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de tativa: fato-exemplo). É importante salientar, portanto, que não
maneira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar de- devemos ficar de mãos atadas à espera de uma atitude do gover-
bate. no só quando o caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de
colaborar com uma cobrança efetiva (conclusão).
Características principais:
• Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão. Tipo textual narrativo
• O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, in- O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta
formar. um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo
• Normalmente a marca da dissertação é o verbo no pre- e lugar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um
sente. enredo, personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narra-
• Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa tivo).
de ponto de vista.
• Apresenta linguagem clara e imparcial. Características principais:
• O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo: • Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his-
O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história
questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex- – onisciente).
pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um • Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em
determinado tema. prosa, não em verso.
Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa). Exemplo:
Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as- Solidão
sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente. João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão
era o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só
Tipo textual dissertativo-argumentativo e feliz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Ca-
Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur- sam-se. Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo:
sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias ao se unirem, um tirou do outro a essência da felicidade.
apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetivida- Nelson S. Oliveira
de, clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossur-
seu intuito é a defesa de um ponto de vista que convença o inter- reais/4835684
locutor (leitor ou ouvinte).

5
LÍNGUA PORTUGUESA
GÊNEROS TEXTUAIS
Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de
um texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu produtor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são passíveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservando
características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textuais
que neles predominam.

Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais


Descritivo Diário
Relatos (viagens, históricos, etc.)
Biografia e autobiografia
Notícia
Currículo
Lista de compras
Cardápio
Anúncios de classificados
Injuntivo Receita culinária
Bula de remédio
Manual de instruções
Regulamento
Textos prescritivos
Expositivo Seminários
Palestras
Conferências
Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Enciclopédia
Verbetes de dicionários
Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
Carta de opinião
Resenha
Artigo
Ensaio
Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado
Narrativo Romance
Novela
Crônica
Contos de Fada
Fábula
Lendas

Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da forma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos,
infinitos e mudam de acordo com a demanda social.

INTERTEXTUALIDADE
A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. Assim,
determina o fenômeno relacionado ao processo de produção de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos exis-
tentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de ambos: forma e conteúdo.
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções
textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escrita), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, músi-
ca, dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, provérbios, charges, dentre outros.

Tipos de Intertextualidade
• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmente, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego
(parodès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (semelhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante
a outro”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorísticos.
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), significa a “repetição de uma sentença”.
• Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos científicos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha
alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior)
e “graphé” (escrita).

6
LÍNGUA PORTUGUESA
• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem
relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo “citação” (citare) significa convocar.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
• Outras formas de intertextualidade menos discutidas são o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem.

CONJUNÇÃO: NOÇÕES BÁSICAS / VALOR SEMÂNTICO-DISCURSIVO; FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO / PERSPECTIVA SE-
MÂNTICO-DISCURSIVA; PROCESSOS DE COMPOSIÇÃO DO PERÍODO / COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO; ORAÇÕES
SUBSTANTIVAS / VALOR SEMÂNTICO-DISCURSIVO; CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS / VALOR SEMÂNTICO-DISCUR-
SIVO; ORAÇÕES ADVERBIAIS / VALOR SEMÂNTICODISCURSIVO; PRONOME RELATIVO / VALOR SEMÂNTICO-DIS-
CURSIVO; ORAÇÕES ADJETIVAS / VALOR SEMÂNTICO-DISCURSIVO; CONJUNÇÃO COORDENATIVA / VALOR SEMÂN-
TICO-DISCURSIVO; ORAÇÕES COORDENADAS. RECONHECER AS RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
NO PERÍODO COMPOSTO. IDENTIFICAR O EFEITO DE SENTIDO DECORRENTE DA EXPLORAÇÃO DE PRONOMES
RELATIVOS. ESTABELECER RELAÇÕES DE COMPARAÇÃO SEMÂNTICO-DISCURSIVAS PRESENTES NOS PERÍODOS. COM-
PREENDER AS RELAÇÕES SEMÂNTICAS QUE SÃO CONSTITUÍDAS ATRAVÉS DE ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO DOS
PERÍODOS. PERCEBER AS RELAÇÕES DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA ORIUNDAS DO USO DE RECURSOS SEMÂNTICOS.
PERCEBER AS RELAÇÕES DE OPOSIÇÃO OU CONTRASTE ORIUNDAS DO USO DE RECURSOS SEMÂNTICOS

A sintaxe estuda o conjunto das relações que as palavras estabelecem entre si. Dessa maneira, é preciso ficar atento aos enun-
ciados e suas unidades: frase, oração e período.
Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas que apresenta sentido completo em um contexto de comunicação
e interação verbal. A frase nominal é aquela que não contém verbo. Já a frase verbal apresenta um ou mais verbos (locução verbal).
Oração é um enunciado organizado em torno de um único verbo ou locução verbal, de modo que estes passam a ser o núcleo da
oração. Assim, o predicativo é obrigatório, enquanto o sujeito é opcional.
Período é uma unidade sintática, de modo que seu enunciado é organizado por uma oração (período simples) ou mais orações
(período composto). Eles são iniciados com letras maiúsculas e finalizados com a pontuação adequada.

Análise sintática
A análise sintática serve para estudar a estrutura de um período e de suas orações. Os termos da oração se dividem entre:
• Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado
• Integrantes: completam o sentido (complementos verbais e nominais, agentes da passiva)
• Acessórios: função secundária (adjuntos adnominais e adverbiais, apostos)

Termos essenciais da oração


Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. O sujeito é aquele sobre quem diz o resto da oração, enquanto o
predicado é a parte que dá alguma informação sobre o sujeito, logo, onde o verbo está presente.

O sujeito é classificado em determinado (facilmente identificável, podendo ser simples, composto ou implícito) e indeterminado,
podendo, ainda, haver a oração sem sujeito (a mensagem se concentra no verbo impessoal):
Lúcio dormiu cedo.
Aluga-se casa para réveillon.
Choveu bastante em janeiro.

Quando o sujeito aparece no início da oração, dá-se o nome de sujeito direto. Se aparecer depois do predicado, é o caso de su-
jeito inverso. Há, ainda, a possibilidade de o sujeito aparecer no meio da oração:
Lívia se esqueceu da reunião pela manhã.
Esqueceu-se da reunião pela manhã, Lívia.
Da reunião pela manhã, Lívia se esqueceu.

Os predicados se classificam em: predicado verbal (núcleo do predicado é um verbo que indica ação, podendo ser transitivo, in-
transitivo ou de ligação); predicado nominal (núcleo da oração é um nome, isto é, substantivo ou adjetivo); predicado verbo-nominal
(apresenta um predicativo do sujeito, além de uma ação mais uma qualidade sua)
As crianças brincaram no salão de festas.
Mariana é inteligente.
Os jogadores venceram a partida. Por isso, estavam felizes.

Termos integrantes da oração


Os complementos verbais são classificados em objetos diretos (não preposicionados) e objetos indiretos (preposicionado).
A menina que possui bolsa vermelha me cumprimentou.
O cão precisa de carinho.

7
LÍNGUA PORTUGUESA
Os complementos nominais podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios.
A mãe estava orgulhosa de seus filhos.
Carlos tem inveja de Eduardo.
Bárbara caminhou vagarosamente pelo bosque.

Os agentes da passiva são os termos que tem a função de praticar a ação expressa pelo verbo, quando este se encontra na voz
passiva. Costumam estar acompanhados pelas preposições “por” e “de”.
Os filhos foram motivo de orgulho da mãe.
Eduardo foi alvo de inveja de Carlos.
O bosque foi caminhado vagarosamente por Bárbara.

Termos acessórios da oração


Os termos acessórios não são necessários para dar sentido à oração, funcionando como complementação da informação. Desse
modo, eles têm a função de caracterizar o sujeito, de determinar o substantivo ou de exprimir circunstância, podendo ser adjunto
adverbial (modificam o verbo, adjetivo ou advérbio), adjunto adnominal (especifica o substantivo, com função de adjetivo) e aposto
(caracteriza o sujeito, especificando-o).
Os irmãos brigam muito.
A brilhante aluna apresentou uma bela pesquisa à banca.
Pelé, o rei do futebol, começou sua carreira no Santos.

TIPOS DE ORAÇÕES
Levando em consideração o que foi aprendido anteriormente sobre oração, vamos aprender sobre os dois tipos de oração que
existem na língua portuguesa: oração coordenada e oração subordinada.

Orações coordenadas
São aquelas que não dependem sintaticamente uma da outra, ligando-se apenas pelo sentido. Elas aparecem quando há um pe-
ríodo composto, sendo conectadas por meio do uso de conjunções (sindéticas), ou por meio da vírgula (assindéticas).
No caso das orações coordenadas sindéticas, a classificação depende do sentido entre as orações, representado por um grupo
de conjunções adequadas:

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS CONJUNÇÕES


ADITIVAS Adição da ideia apresentada na oração anterior e, nem, também, bem como, não só, tanto...
Oposição à ideia apresentada na oração anterior (inicia
ADVERSATIVAS mas, porém, todavia, entretanto, contudo...
com vírgula)
Opção / alternância em relação à ideia apresentada na
ALTERNATIVAS ou, já, ora, quer, seja...
oração anterior
CONCLUSIVAS Conclusão da ideia apresentada na oração anterior logo, pois, portanto, assim, por isso, com isso...
EXPLICATIVAS Explicação da ideia apresentada na oração anterior que, porque, porquanto, pois, ou seja...

Orações subordinadas
São aquelas que dependem sintaticamente em relação à oração principal. Elas aparecem quando o período é composto por duas
ou mais orações.
A classificação das orações subordinadas se dá por meio de sua função: orações subordinadas substantivas, quando fazem o
papel de substantivo da oração; orações subordinadas adjetivas, quando modificam o substantivo, exercendo a função do adjetivo;
orações subordinadas adverbiais, quando modificam o advérbio.
Cada uma dessas sofre uma segunda classificação, como pode ser observado nos quadros abaixo.

SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS FUNÇÃO EXEMPLOS


APOSITIVA aposto Esse era meu receio: que ela não discursasse outra vez.
COMPLETIVA NOMINAL complemento nominal Tenho medo de que ela não discurse novamente.
OBJETIVA DIRETA objeto direto Ele me perguntou se ela discursaria outra vez.
OBJETIVA INDIRETA objeto indireto Necessito de que você discurse de novo.
PREDICATIVA predicativo Meu medo é que ela não discurse novamente.
SUBJETIVA sujeito É possível que ela discurse outra vez.

8
LÍNGUA PORTUGUESA

SUBORDINADAS
CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
ADJETIVAS
Esclarece algum detalhe, adicionando uma informação. O candidato, que é do partido socialista, está sendo ata-
EXPLICATIVAS
Aparece sempre separado por vírgulas. cado.
Restringe e define o sujeito a que se refere.
RESTRITIVAS Não deve ser retirado sem alterar o sentido. As pessoas que são racistas precisam rever seus valores.
Não pode ser separado por vírgula.
Introduzidas por conjunções, pronomes e locuções conjun-
Ele foi o primeiro presidente que se preocupou com a
DESENVOLVIDAS tivas.
fome no país.
Apresentam verbo nos modos indicativo ou subjuntivo.
Não são introduzidas por pronomes, conjunções sou locu-
ções conjuntivas.
REDUZIDAS Assisti ao documentário denunciando a corrupção.
Apresentam o verbo nos modos particípio, gerúndio ou
infinitivo

SUBORDINADAS ADVERBIAIS FUNÇÃO PRINCIPAIS CONJUNÇÕES


CAUSAIS Ideia de causa, motivo, razão de efeito porque, visto que, já que, como...
COMPARATIVAS Ideia de comparação como, tanto quanto, (mais / menos) que, do que...
CONCESSIVAS Ideia de contradição embora, ainda que, se bem que, mesmo...
CONDICIONAIS Ideia de condição caso, se, desde que, contanto que, a menos que...
CONFORMATIVAS Ideia de conformidade como, conforme, segundo...
CONSECUTIVAS Ideia de consequência De modo que, (tal / tão / tanto) que...
FINAIS Ideia de finalidade que, para que, a fim de que...
quanto mais / menos... mais /menos, à medida que,
PROPORCIONAIS Ideia de proporção
na medida em que, à proporção que...
TEMPORAIS Ideia de momento quando, depois que, logo que, antes que...

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL / VALOR SEMÂNTICO-DISCURSIVO; REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL / CRASE. APLICAR
AS REGRAS DE REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL E O USO DA CRASE

A regência estuda as relações de concordâncias entre os termos que completam o sentido tanto dos verbos quanto dos nomes.
Dessa maneira, há uma relação entre o termo regente (principal) e o termo regido (complemento).
A regência está relacionada à transitividade do verbo ou do nome, isto é, sua complementação necessária, de modo que essa
relação é sempre intermediada com o uso adequado de alguma preposição.

Regência nominal
Na regência nominal, o termo regente é o nome, podendo ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio, e o termo regido é
o complemento nominal, que pode ser um substantivo, um pronome ou um numeral.
Vale lembrar que alguns nomes permitem mais de uma preposição. Veja no quadro abaixo as principais preposições e as palavras
que pedem seu complemento:

PREPOSIÇÃO NOMES
acessível; acostumado; adaptado; adequado; agradável; alusão; análogo; anterior; atento; benefício; comum; contrário;
A desfavorável; devoto; equivalente; fiel; grato; horror; idêntico; imune; indiferente; inferior; leal; necessário; nocivo;
obediente; paralelo; posterior; preferência; propenso; próximo; semelhante; sensível; útil; visível...
amante; amigo; capaz; certo; contemporâneo; convicto; cúmplice; descendente; destituído; devoto; diferente; dotado;
DE escasso; fácil; feliz; imbuído; impossível; incapaz; indigno; inimigo; inseparável; isento; junto; longe; medo; natural;
orgulhoso; passível; possível; seguro; suspeito; temeroso...
SOBRE opinião; discurso; discussão; dúvida; insistência; influência; informação; preponderante; proeminência; triunfo...
acostumado; amoroso; analogia; compatível; cuidadoso; descontente; generoso; impaciente; ingrato; intolerante; mal;
COM
misericordioso; ocupado; parecido; relacionado; satisfeito; severo; solícito; triste...
abundante; bacharel; constante; doutor; erudito; firme; hábil; incansável; inconstante; indeciso; morador; negligente;
EM
perito; prático; residente; versado...
atentado; blasfêmia; combate; conspiração; declaração; fúria; impotência; litígio; luta; protesto; reclamação;
CONTRA
representação...
PARA bom; mau; odioso; próprio; útil...

9
LÍNGUA PORTUGUESA
Regência verbal Há, ainda, situações em que o uso da crase é facultativo
Na regência verbal, o termo regente é o verbo, e o termo • Pronomes possessivos femininos: Dei um picolé a minha
regido poderá ser tanto um objeto direto (não preposicionado) filha. / Dei um picolé à minha filha.
quanto um objeto indireto (preposicionado), podendo ser carac- • Depois da palavra “até”: Levei minha avó até a feira. / Levei
terizado também por adjuntos adverbiais. minha avó até à feira.
Com isso, temos que os verbos podem se classificar entre • Nomes próprios femininos (desde que não seja especifi-
transitivos e intransitivos. É importante ressaltar que a transitivi- cado): Enviei o convite a Ana. / Enviei o convite à Ana. / Enviei o
dade do verbo vai depender do seu contexto. convite à Ana da faculdade.

Verbos intransitivos: não exigem complemento, de modo DICA: Como a crase só ocorre em palavras no feminino, em
que fazem sentido por si só. Em alguns casos, pode estar acom- caso de dúvida, basta substituir por uma palavra equivalente no
panhado de um adjunto adverbial (modifica o verbo, indicando masculino. Se aparecer “ao”, deve-se usar a crase: Amanhã ire-
tempo, lugar, modo, intensidade etc.), que, por ser um termo mos à escola / Amanhã iremos ao colégio.
acessório, pode ser retirado da frase sem alterar sua estrutura
sintática:
• Viajou para São Paulo. / Choveu forte ontem.
APLICAR AS REGRAS DE COLOCAÇÃO PRONOMINAL,
Verbos transitivos diretos: exigem complemento (objeto di- DE ACORDO COM OS NÍVEIS DE LINGUAGEM
reto), sem preposição, para que o sentido do verbo esteja com-
pleto: A colocação do pronome átono está relacionada à harmonia
• A aluna entregou o trabalho. / A criança quer bolo. da frase. A tendência do português falado no Brasil é o uso do
pronome antes do verbo – próclise. No entanto, há casos em que
Verbos transitivos indiretos: exigem complemento (objeto a norma culta prescreve o emprego do pronome no meio – me-
indireto), de modo que uma preposição é necessária para esta- sóclise – ou após o verbo – ênclise.
belecer o sentido completo:
De acordo com a norma culta, no português escrito não se
• Gostamos da viagem de férias. / O cidadão duvidou da
inicia um período com pronome oblíquo átono. Assim, se na lin-
campanha eleitoral.
guagem falada diz-se “Me encontrei com ele”, já na linguagem
escrita, formal, usa-se “Encontrei-me’’ com ele.
Verbos transitivos diretos e indiretos: em algumas situa-
Sendo a próclise a tendência, é aconselhável que se fixem
ções, o verbo precisa ser acompanhado de um objeto direto (sem
bem as poucas regras de mesóclise e ênclise. Assim, sempre que
preposição) e de um objeto indireto (com preposição):
estas não forem obrigatórias, deve-se usar a próclise, a menos
• Apresentou a dissertação à banca. / O menino ofereceu
que prejudique a eufonia da frase.
ajuda à senhora.

CRASE Próclise
Crase é o nome dado à contração de duas letras “A” em uma Na próclise, o pronome é colocado antes do verbo.
só: preposição “a” + artigo “a” em palavras femininas. Ela é de-
marcada com o uso do acento grave (à), de modo que crase não é Palavra de sentido negativo: Não me falou a verdade.
considerada um acento em si, mas sim o fenômeno dessa fusão. Advérbios sem pausa em relação ao verbo: Aqui te espero
Veja, abaixo, as principais situações em que será correto o pacientemente.
emprego da crase: Havendo pausa indicada por vírgula, recomenda-se a ênclise:
• Palavras femininas: Peça o material emprestado àquela Ontem, encontrei-o no ponto do ônibus.
aluna. Pronomes indefinidos: Ninguém o chamou aqui.
• Indicação de horas, em casos de horas definidas e especifi- Pronomes demonstrativos: Aquilo lhe desagrada.
cadas: Chegaremos em Belo Horizonte às 7 horas. Orações interrogativas: Quem lhe disse tal coisa?
• Locuções prepositivas: A aluna foi aprovada à custa de Orações optativas (que exprimem desejo), com sujeito ante-
muito estresse. posto ao verbo: Deus lhe pague, Senhor!
• Locuções conjuntivas: À medida que crescemos vamos dei- Orações exclamativas: Quanta honra nos dá sua visita!
xando de lado a capacidade de imaginar. Orações substantivas, adjetivas e adverbiais, desde que não
• Locuções adverbiais de tempo, modo e lugar: Vire na pró- sejam reduzidas: Percebia que o observavam.
xima à esquerda. Verbo no gerúndio, regido de preposição em: Em se plantan-
do, tudo dá.
Veja, agora, as principais situações em que não se aplica a Verbo no infinitivo pessoal precedido de preposição: Seus
crase: intentos são para nos prejudicarem.
• Palavras masculinas: Ela prefere passear a pé.
• Palavras repetidas (mesmo quando no feminino): Melhor Ênclise
termos uma reunião frente a frente. Na ênclise, o pronome é colocado depois do verbo.
• Antes de verbo: Gostaria de aprender a pintar.
• Expressões que sugerem distância ou futuro: A médica vai Verbo no início da oração, desde que não esteja no futuro do
te atender daqui a pouco. indicativo: Trago-te flores.
• Dia de semana (a menos que seja um dia definido): De ter- Verbo no imperativo afirmativo: Amigos, digam-me a verda-
ça a sexta. / Fecharemos às segundas-feiras. de!
• Antes de numeral (exceto horas definidas): A casa da vizi- Verbo no gerúndio, desde que não esteja precedido pela pre-
nha fica a 50 metros da esquina. posição em: Saí, deixando-a aflita.

10
LÍNGUA PORTUGUESA
Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição a. Com outras preposições é facultativo o emprego de ênclise ou próclise:
Apressei-me a convidá-los.

Mesóclise
Na mesóclise, o pronome é colocado no meio do verbo.

É obrigatória somente com verbos no futuro do presente ou no futuro do pretérito que iniciam a oração.
Dir-lhe-ei toda a verdade.
Far-me-ias um favor?

Se o verbo no futuro vier precedido de pronome reto ou de qualquer outro fator de atração, ocorrerá a próclise.
Eu lhe direi toda a verdade.
Tu me farias um favor?

Colocação do pronome átono nas locuções verbais


Verbo principal no infinitivo ou gerúndio: Se a locução verbal não vier precedida de um fator de próclise, o pronome átono de-
verá ficar depois do auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos:
Devo-lhe dizer a verdade.
Devo dizer-lhe a verdade.

Havendo fator de próclise, o pronome átono deverá ficar antes do auxiliar ou depois do principal.
Exemplos:
Não lhe devo dizer a verdade.
Não devo dizer-lhe a verdade.

Verbo principal no particípio: Se não houver fator de próclise, o pronome átono ficará depois do auxiliar.
Exemplo: Havia-lhe dito a verdade.

Se houver fator de próclise, o pronome átono ficará antes do auxiliar.


Exemplo: Não lhe havia dito a verdade.

Haver de e ter de + infinitivo: Pronome átono deve ficar depois do infinitivo.


Exemplos:
Hei de dizer-lhe a verdade.
Tenho de dizer-lhe a verdade.

Observação
Não se deve omitir o hífen nas seguintes construções:
Devo-lhe dizer tudo.
Estava-lhe dizendo tudo.
Havia-lhe dito tudo.

PRODUÇÃO TEXTUAL (REDAÇÃO) A) PRODUZIR TEXTOS DE ACORDO COM OS TEMAS PROPOSTOS (ADEQUAÇÃO AO
TEMA). PRODUZIR TEXTOS DE ACORDO COM A FINALIDADE E O OBJETIVO COMUNICATIVO DE CADA PROPOSTA
E GÊNERO (ADEQUAÇÃO AO TIPO TEXTUAL). EMPREGAR ADEQUADAMENTE OS PRINCIPAIS RECURSOS COESIVOS
(COESÃO). PRODUZIR TEXTO COERENTE, SEM AMBIGUIDADE (COERÊNCIA). SELECIONAR O MELHOR PERCURSO
ARGUMENTATIVO PARA ATENDER AO OBJETIVO DO TEXTO (ARGUMENTAÇÃO). REDIGIR PERÍODOS COMPLETOS.
COMPREENDER O TEXTO COMO UM RECURSO MULTIMODAL (PARAGRAFAÇÃO, TÍTULO, MARGEM, ALINHAMENTO,
SEPARAÇÃO SILÁBICA)

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilida-
de é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito, nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto
ou que faça com que você realize inferências.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.

11
LÍNGUA PORTUGUESA
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, Além de saber desses conceitos, é importante sabermos
mas podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora identificar quando um texto é baseado em outro. O nome que
é feliz. damos a este processo é intertextualidade.
Percebeu a diferença?
Interpretação de Texto
Tipos de Linguagem Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para a uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada
que facilite a interpretação de textos. ao subentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. deduzir de um texto.
Ela pode ser escrita ou oral. A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos
prévios que cada pessoa possui antes da leitura de um deter-
minado texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido
estabeleça uma relação com a informação já possuída, o que leva
ao crescimento do conhecimento do leitor, e espera que haja
uma apreciação pessoal e crítica sobre a análise do novo conteú-
do lido, afetando de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura ana-
lítica e, por fim, uma leitura interpretativa.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade,
estado, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de no-
tícias (e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente ima- - Leia livros sobre diversos temas para sugar informações or-
gens, fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. tográficas, gramaticais e interpretativas;
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais
polêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sentido global do texto e identificar o seu obje-
tivo.

– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada
parágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as – Sublinhe as ideias mais importantes.
palavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
verbal com a não-verbal. principal e das ideias secundárias do texto.
– Separe fatos de opiniões.
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e
mutável).
– Retorne ao texto sempre que necessário.
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção
os enunciados das questões.

– Reescreva o conteúdo lido.


Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos,
tópicos ou esquemas.

Além dessas dicas importantes, você também pode grifar pa-


lavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu voca-
bulário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são
uma distração, mas também um aprendizado.

12
LÍNGUA PORTUGUESA
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a com- Outro aspecto que merece especial atenção são  os conec-
preensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula tores. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura
nossa imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, me- mais fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre
lhora nosso foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensan- as ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do
tes, além de melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de período, e o tópico que o antecede.
memória. Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quan-
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- to ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência tam-
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela bém para a clareza do texto.
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, ad-
do texto. vérbios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem,
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a muitas vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se
identificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as obscuro, sem coerência.
ideias secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumen-
tativos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
explicações, que levem ao esclarecimento das questões apresen-
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa
tadas na prova.
estrutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensa-
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um sig-
mento mais direto.
nificado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso o
candidato só precisa entendê-la – e não a complementar com al- ARGUMENTAÇÃO
gum valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma infor-
e nunca extrapole a visão dele. mação a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem
positiva de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado,
ou inteligente, ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS seja admitido como verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si convencer, ou seja, tem o desejo de que o ouvinte creia no que o
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do texto diz e faça o que ele propõe.
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação,
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. todo texto contém um componente argumentativo. A argumen-
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento tação é o conjunto de recursos de natureza linguística destinados
e o do leitor. a persuadir a pessoa a quem a comunicação se destina. Está pre-
Parágrafo sente em todo tipo de texto e visa a promover adesão às teses e
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que aos pontos de vista defendidos.
é desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser for- As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
mado por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar
texto dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar to- a veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se
dos relacionados com a tese ou ideia principal do texto, geral- disse acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o in-
mente apresentada na introdução. terlocutor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como ver-
dadeiro o que está sendo transmitido. A argumentação pertence
Embora existam diferentes formas de organização de pará- ao domínio da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o
grafos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros uso de recursos de linguagem.
jornalísticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura Para compreender claramente o que é um argumento, é
bom voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C.,
consiste em três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que
numa obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando
desenvolvem a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-
se tem de escolher entre duas ou mais coisas”.
-básica). Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma
desvantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argu-
Introdução:  faz uma rápida apresentação do assunto e já mentar. Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher en-
traz uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que tre duas coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse
você irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está caso, precisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejá-
sendo escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela vel. O argumento pode então ser definido como qualquer recurso
própria prova. que torna uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que
ele atua no domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos interlocutor crer que, entre duas teses, uma é mais provável que
e ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É a outra, mais possível que a outra, mais desejável que a outra, é
possível usar argumentos de várias formas, desde dados estatís- preferível à outra.
ticos até citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
Conclusão:  faz uma retomada breve de tudo que foi abor- enunciador está propondo.
dado e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumenta-
maneiras diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto ção. O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, preten-
criando uma pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as de demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das
suas próprias conclusões a partir das ideias e argumentos do de- premissas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postu-
senvolvimento. lados admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não depen-
dem de crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do
encadeamento de premissas e conclusões.

13
LÍNGUA PORTUGUESA
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais im-
A é igual a B. portante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir
A é igual a C. a ela, o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mun-
Então: C é igual a A. do. Se um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas
devem acreditar que é verdade.
Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoria-
mente, que C é igual a A. Argumento de Quantidade
Outro exemplo: É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior
Todo ruminante é um mamífero. número de pessoas, o que existe em maior número, o que tem
A vaca é um ruminante. maior duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fun-
Logo, a vaca é um mamífero. damento desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publi-
cidade faz largo uso do argumento de quantidade.
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
também será verdadeira. Argumento do Consenso
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele, É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se -se em afirmações que, numa determinada época, são aceitas
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau- como verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a me-
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais nos que o objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte
confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada da ideia de que o consenso, mesmo que equivocado, correspon-
da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que de ao indiscutível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que
um banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por aquilo que não desfruta dele. Em nossa época, são consensuais,
isso, confiável. Embora não haja relação necessária entre a soli- por exemplo, as afirmações de que o meio ambiente precisa ser
dez de uma instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso protegido e de que as condições de vida são piores nos países
argumentativo na afirmação da confiabilidade de um banco. Por- subdesenvolvidos. Ao confiar no consenso, porém, corre-se o ris-
tanto é provável que se creia que um banco mais antigo seja mais co de passar dos argumentos válidos para os lugares comuns, os
confiável do que outro fundado há dois ou três anos. preconceitos e as frases carentes de qualquer base científica.
Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer Argumento de Existência
as pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil acei-
entender bem como eles funcionam. tar aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é ape-
Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
nas provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o au-
o argumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro
ditório, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil
na mão do que dois voando”.
quanto mais os argumentos estiverem de acordo com suas cren-
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documen-
ças, suas expectativas, seus valores. Não se pode convencer um
tais (fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas
auditório pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que
concretas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica.
ele abomina. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que
Durante a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que
ele considera positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem
o exército americano era muito mais poderoso do que o iraquia-
com frequência associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional.
Nos Estados Unidos, essa associação certamente não surtiria no. Essa afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas,
efeito, porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que poderia ser vista como propagandística. No entanto, quando do-
no Brasil. O poder persuasivo de um argumento está vinculado cumentada pela comparação do número de canhões, de carros
ao que é valorizado ou desvalorizado numa dada cultura. de combate, de navios, etc., ganhava credibilidade.

Tipos de Argumento Argumento quase lógico


Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a É aquele que opera com base nas relações lógicas, como
fazer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um causa e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses ra-
argumento. Exemplo: ciocínios são chamados quase lógicos porque, diversamente dos
raciocínios lógicos, eles não pretendem estabelecer relações ne-
Argumento de Autoridade cessárias entre os elementos, mas sim instituir relações prová-
É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas pelo veis, possíveis, plausíveis. Por exemplo, quando se diz “A é igual
auditório como autoridades em certo domínio do saber, para servir a B”, “B é igual a C”, “então A é igual a C”, estabelece-se uma
de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recurso produz relação de identidade lógica. Entretanto, quando se afirma “Ami-
dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor do texto a go de amigo meu é meu amigo” não se institui uma identidade
respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a garantia do lógica, mas uma identidade provável.
autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto um amontoado Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmen-
de citações. A citação precisa ser pertinente e verdadeira. Exemplo: te aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” concorrem para desqualificar o texto do ponto de vista lógico:
fugir do tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para não se fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirma-
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há co- ções gerais com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair
nhecimento. Nunca o inverso. generalizações indevidas.
Alex José Periscinoto.
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2

14
LÍNGUA PORTUGUESA
Argumento do Atributo - Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do
É aquele que considera melhor o que tem propriedades tí- contexto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as
picas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o e atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso,
mais raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor por exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não
que o que é mais grosseiro, etc. permite que outras crescam”, em que o termo imperialismo é des-
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, cabido, uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando
celebridades recomendando prédios residenciais, produtos de a reduzir outros à sua dependência política e econômica”.
beleza, alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o con-
sumidor tende a associar o produto anunciado com atributos da A boa argumentação é aquela que está de acordo com a si-
celebridade. tuação concreta do texto, que leva em conta os componentes
Uma variante do argumento de atributo é o argumento da envolvidos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a co-
competência linguística. A utilização da variante culta e formal municação, o assunto, etc).
da língua que o produtor do texto conhece a norma linguística Convém ainda alertar que não se convence ninguém com
socialmente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir manifestações de sinceridade do autor (como eu, que não cos-
um texto em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que tumo mentir...) ou com declarações de certeza expressas em
o modo de dizer dá confiabilidade ao que se diz. fórmulas feitas (como estou certo, creio firmemente, é claro, é
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saú- óbvio, é evidente, afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de
de de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas prometer, em seu texto, sinceridade e certeza, autenticidade e
maneiras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente verdade, o enunciador deve construir um texto que revele isso.
mais adequada para a persuasão do que a segunda, pois esta Em outros termos, essas qualidades não se prometem, manifes-
produziria certa estranheza e não criaria uma imagem de com- tam-se na ação.
petência do médico: A argumentação é a exploração de recursos para fazer pa-
- Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando recer verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a
em conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica pessoa a que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz.
houve por bem determinar o internamento do governador pelo Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa
período de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001. um ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que
- Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque inclui a argumentação, questionamento, com o objetivo de per-
alguns deles são barrapesada, a gente botou o governador no suadir. Argumentar é o processo pelo qual se estabelecem rela-
hospital por três dias. ções para chegar à conclusão, com base em premissas. Persuadir
é um processo de convencimento, por meio da argumentação, no
Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen- qual procura-se convencer os outros, de modo a influenciar seu
tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser pensamento e seu comportamento.
ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunica- A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão vá-
ção deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda lida, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou
ser, um texto tem sempre uma orientação argumentativa. proposição, e o interlocutor pode questionar cada passo do ra-
A orientação argumentativa é uma certa direção que o falan- ciocínio empregado na argumentação. A persuasão não válida
te traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de apoia-se em argumentos subjetivos, apelos subliminares, chan-
um homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicula- tagens sentimentais, com o emprego de “apelações”, como a in-
rizá-lo ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza. flexão de voz, a mímica e até o choro.
O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto Alguns autores classificam a dissertação em duas modalida-
dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos epi- des, expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, ra-
sódios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e zões a favor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informa-
não outras, etc. Veja: tiva, apresenta dados sem a intenção de convencer. Na verdade,
“O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras tro- a escolha dos dados levantados, a maneira de expô-los no texto
cavam abraços afetuosos.” já revelam uma “tomada de posição”, a adoção de um ponto de
vista na dissertação, ainda que sem a apresentação explícita de
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras argumentos. Desse ponto de vista, a dissertação pode ser defi-
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido nida como discussão, debate, questionamento, o que implica a
esse fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o ter- liberdade de pensamento, a possibilidade de discordar ou con-
mo até, que serve para incluir no argumento alguma coisa ines- cordar parcialmente. A liberdade de questionar é fundamental,
perada. mas não é suficiente para organizar um texto dissertativo. É ne-
Além dos defeitos de argumentação mencionados quando cessária também a exposição dos fundamentos, os motivos, os
tratamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros: porquês da defesa de um ponto de vista.
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude
amplo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu argumentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo
contrário. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, de discurso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se
pode ser usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras po- evidencia.
dem ter valor positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posi-
vir carregadas de valor negativo (autoritarismo, degradação do ções, é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de
meio ambiente, injustiça, corrupção). vista e seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, mui-
- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas tas vezes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como
por um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos sempre, essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom
são ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para exercício para aprender a argumentar e contra-argumentar con-
destruir o argumento. siste em desenvolver as seguintes habilidades:

15
LÍNGUA PORTUGUESA
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, ba-
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição to- seiase em uma conexão ascendente, do particular para o geral.
talmente contrária; Nesse caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou
- contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais seja, parte de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais,
os argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apre- desconhecidos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a
sentaria contra a argumentação proposta; causa. Exemplo:
- refutação: argumentos e razões contra a argumentação O calor dilata o ferro (particular)
oposta. O calor dilata o bronze (particular)
O calor dilata o cobre (particular)
A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, O ferro, o bronze, o cobre são metais
argumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclu- Logo, o calor dilata metais (geral, universal)
sões válidas, como se procede no método dialético. O método
dialético não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido
polêmicas. Trata-se de um método de investigação da realidade e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas
pelo estudo de sua ação recíproca, da contradição inerente ao também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fa-
fenômeno em questão e da mudança dialética que ocorre na na- tos, pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma
tureza e na sociedade. conclusão falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição
Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o inexata, uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa
método de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte analogia são algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má
do simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a fé, intenção deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o
mesma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclu- sofisma não tem essas intenções propositais, costuma-se chamar
sões verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em par- esse processo de argumentação de paralogismo. Encontra-se um
tes, começando-se pelas proposições mais simples até alcançar, exemplo simples de sofisma no seguinte diálogo:
por meio de deduções, a conclusão final. Para a linha de racio- - Você concorda que possui uma coisa que não perdeu?
cínio cartesiana, é fundamental determinar o problema, dividi- - Lógico, concordo.
-lo em partes, ordenar os conceitos, simplificando-os, enumerar - Você perdeu um brilhante de 40 quilates?
todos os seus elementos e determinar o lugar de cada um no - Claro que não!
conjunto da dedução. - Então você possui um brilhante de 40 quilates...
A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs qua- Exemplos de sofismas:
tro regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais,
uma série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em Dedução
busca da verdade: Todo professor tem um diploma (geral, universal)
- evidência; Fulano tem um diploma (particular)
- divisão ou análise; Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa)
- ordem ou dedução;
- enumeração. Indução
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (par-
A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omis- ticular)
são e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode que- Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particu-
brar o encadeamento das ideias, indispensável para o processo lar)
dedutivo. Rio de Janeiro e Taubaté são cidades.
A forma de argumentação mais empregada na redação aca- Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (ge-
dêmica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, ral – conclusão falsa)
que contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e
a conclusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão
que a conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são pro-
premissa maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois fessores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Reden-
alguns não caracteriza a universalidade. tor. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (si- infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou aná-
logística), que parte do geral para o particular, e a indução, que lise superficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos,
vai do particular para o geral. A expressão formal do método de- baseados nos sentimentos não ditados pela razão.
dutivo é o silogismo. A dedução é o caminho das consequências, Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não funda-
baseia-se em uma conexão descendente (do geral para o particu- mentais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da
lar) que leva à conclusão. Segundo esse método, partindo-se de verdade: análise, síntese, classificação e definição. Além desses,
teorias gerais, de verdades universais, pode-se chegar à previsão existem outros métodos particulares de algumas ciências, que
ou determinação de fenômenos particulares. O percurso do ra- adaptam os processos de dedução e indução à natureza de uma
ciocínio vai da causa para o efeito. Exemplo: realidade particular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu
método próprio demonstrativo, comparativo, histórico etc. A
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) análise, a síntese, a classificação a definição são chamadas mé-
Fulano é homem (premissa menor = particular) todos sistemáticos, porque pela organização e ordenação das
Logo, Fulano é mortal (conclusão) ideias visam sistematizar a pesquisa.

16
LÍNGUA PORTUGUESA
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interliga- to do mais importante; é indispensável que haja uma lógica na
dos; a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes classificação. A elaboração do plano compreende a classificação
para o todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, das partes e subdivisões, ou seja, os elementos do plano devem
uma depende da outra. A análise decompõe o todo em partes, obedecer a uma hierarquização. (Garcia, 1973, p. 302304.)
enquanto a síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na
Sabe-se, porém, que o todo não é uma simples justaposição das introdução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para ex-
partes. Se alguém reunisse todas as peças de um relógio, não sig- pressar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara
nifica que reconstruiu o relógio, pois fez apenas um amontoado e racionalmente as posições assumidas e os argumentos que as
de partes. Só reconstruiria todo se as partes estivessem organiza- justificam. É muito importante deixar claro o campo da discussão
das, devidamente combinadas, seguida uma ordem de relações e a posição adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas tam-
necessárias, funcionais, então, o relógio estaria reconstruído. bém os pontos de vista sobre ele.
Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lin-
por meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num guagem e consiste na enumeração das qualidades próprias de
conjunto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a uma ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento con-
análise, que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma forme a espécie a que pertence, demonstra: a característica que
decomposição organizada, é preciso saber como dividir o todo o diferencia dos outros elementos dessa mesma espécie.
em partes. As operações que se realizam na análise e na síntese Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição
podem ser assim relacionadas: é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências.
Análise: penetrar, decompor, separar, dividir. A definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às
Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir. palavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa
ou metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a
A análise tem importância vital no processo de coleta de lógica tradicional aristotélica, a definição consta de três elemen-
ideias a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da tos:
criação de abordagens possíveis. A síntese também é importante - o termo a ser definido;
na escolha dos elementos que farão parte do texto. - o gênero ou espécie;
Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou - a diferença específica.
informal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é
característica das ciências matemáticas, físico-naturais e experi- O que distingue o termo definido de outros elementos da
mentais. A análise informal é racional ou total, consiste em “dis- mesma espécie. Exemplo:
cernir” por vários atos distintos da atenção os elementos cons-
titutivos de um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou Na frase: O homem é um animal racional classifica-se:
fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classificação esta-
belece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre
as partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto Elemento especie diferença
de se confundir uma com a outra, contudo são procedimentos di- a ser definido específica
versos: análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenô- É muito comum formular definições de maneira defeituosa,
menos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências na- por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par-
turais, a classificação pode-se efetuar por meio de um processo tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando
mais ou menos arbitrário, em que os caracteres comuns e dife- é advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gen-
renciadores são empregados de modo mais ou menos convencio- te é forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão im-
nal. A classificação, no reino animal, em ramos, classes, ordens, portante é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia
subordens, gêneros e espécies, é um exemplo de classificação (1973, p.306), para determinar os “requisitos da definição deno-
natural, pelas características comuns e diferenciadoras. A classifi- tativa”. Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes
cação dos variados itens integrantes de uma lista mais ou menos requisitos:
caótica é artificial. - o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, cami- realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramen-
nhão, canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, ta ou instalação”;
relógio, sabiá, torradeira. - o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos
Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá. os exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente res-
Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo. trito para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade;
Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira. - deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade,
Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus. definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”;
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui
Os elementos desta lista foram classificados por ordem al- definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem”
fabética e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer cri- não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);
térios de classificação das ideias e argumentos, pela ordem de - deve ser breve (contida num só período). Quando a defi-
importância, é uma habilidade indispensável para elaborar o nição, ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de
desenvolvimento de uma redação. Tanto faz que a ordem seja períodos ou de parágrafos), chama-se explicação, e também de-
crescente, do fato mais importante para o menos importante, ou finição expandida;d
decrescente, primeiro o menos importante e, no final, o impac-

17
LÍNGUA PORTUGUESA
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
+ cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjun- se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar
tos (as diferenças). uma ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da
mesma forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente.
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio Para estabelecer contraste, empregam-se as expressões: mais
de paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que, menos que, melhor que, pior que.
que consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a Entre outros tipos de argumentos empregados para aumen-
palavra e seus significados. tar o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:
A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Argumento de autoridade: O saber notório de uma autorida-
Sempre é fundamental procurar um porquê, uma razão verda- de reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma
deira e necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser de- afirmação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a
monstrada com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico credibilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações li-
e racional do mundo não tem valor, se não estiver acompanhado terais no corpo de um texto constituem argumentos de autorida-
de uma fundamentação coerente e adequada. de. Ao fazer uma citação, o enunciador situa os enunciados nela
Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica contidos na linha de raciocínio que ele considera mais adequada
clássica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julga- para explicar ou justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de ar-
mento da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara gumento tem mais caráter confirmatório que comprobatório.
e pode reconhecer-se facilmente seus elementos e suas rela- Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam ex-
ções; outras vezes, as premissas e as conclusões organizam-se de plicação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como váli-
modo livre, misturando-se na estrutura do argumento. Por isso, é do por consenso, pelo menos em determinado espaço sociocul-
preciso aprender a reconhecer os elementos que constituem um tural. Nesse caso, incluem-se
argumento: premissas/conclusões. Depois de reconhecer, verifi- - A declaração que expressa uma verdade universal (o ho-
car se tais elementos são verdadeiros ou falsos; em seguida, ava- mem, mortal, aspira à imortalidade);
liar se o argumento está expresso corretamente; se há coerência - A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postu-
e adequação entre seus elementos, ou se há contradição. Para lados e axiomas);
isso é que se aprende os processos de raciocínio por dedução e - Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de na-
por indução. Admitindo-se que raciocinar é relacionar, conclui-se tureza subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria
que o argumento é um tipo específico de relação entre as premis- razão desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto
sas e a conclusão. não se discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio,
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimen- ainda que parece absurdo).
tos argumentativos mais empregados para comprovar uma afir-
mação: exemplificação, explicitação, enumeração, comparação. Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns concretos, estatísticos ou documentais.
nesse tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
maior relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica:
acompanhados de expressões: considerando os dados; confor- causa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
me os dados apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declara-
apresentação de causas e consequências, usando-se comumente ções, julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam
as expressões: porque, porquanto, pois que, uma vez que, visto opiniões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade com-
que, por causa de, em virtude de, em vista de, por motivo de. provada, e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou
Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é ex- juízo que expresse uma opinião pessoal só terá validade se fun-
plicar ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se damentada na evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de
alcançar esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela provas, validade dos argumentos, porém, pode ser contestada
interpretação. Na explicitação por definição, empregamse ex- por meio da contra-argumentação ou refutação. São vários os
pressões como: quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, processos de contra-argumentação:
isto é, haja vista, ou melhor; nos testemunhos são comuns as Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demons-
expressões: conforme, segundo, na opinião de, no parecer de, trando o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a con-
consoante as ideias de, no entender de, no pensamento de. A ex- traargumentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o
plicitação se faz também pela interpretação, em que são comuns cordeiro”;
as seguintes expressões: parece, assim, desse ponto de vista. Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóte-
Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de ses para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga
elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumera- verdadeira;
ção de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi-
que são frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universa-
antes, depois, ainda, em seguida, então, presentemente, antiga- lidade da afirmação;
mente, depois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, suces- Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: con-
sivamente, respectivamente. Na enumeração de fatos em uma siste em refutar um argumento empregando os testemunhos de
sequência de espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, autoridade que contrariam a afirmação apresentada;
lá, acolá, ali, aí, além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em
tal, na capital, no interior, nas grandes cidades, no sul, no leste... desautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador ba-
seou-se em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou in-
consequentes. Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por

18
LÍNGUA PORTUGUESA
meio de dados estatísticos, que “o controle demográfico produz Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de
o desenvolvimento”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, redação: é um dos possíveis.
pois baseia-se em uma relação de causa-feito difícil de ser com-
provada. Para contraargumentar, propõese uma relação inversa: Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração
“o desenvolvimento é que gera o controle demográfico”. de um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis ideias são organizadas a fim de que o objetivo final seja alcan-
para desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adapta- çado: a compreensão textual. Na redação espera-se do autor
das ao desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, capacidade de mobilizar conhecimentos e opiniões, argumentar
em seguida, sugerem-se os procedimentos que devem ser adota- de modo coerente, além de expressar-se com clareza, de forma
dos para a elaboração de um Plano de Redação. correta e adequada.

Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evo- Coerência


lução tecnológica É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um tex-
- Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, respon- to. Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação
der a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da semântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias.
resposta, justificar, criando um argumento básico; (Na linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e bate com outra”).
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refuta- Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que
ção que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desquali- se estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a com-
ficá-la (rever tipos de argumentação); preender a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual
- Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de cada uma das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em
ideias que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as conjunto dos elementos formativos de um texto.
ideias podem ser listadas livremente ou organizadas como causa A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respei-
e consequência); to aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união
- Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com dos elementos textuais.
o argumento básico; A coerência de um texto é facilmente deduzida por um fa-
- Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as lante de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre
que poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transfor- as proposições de um enunciado oral ou escrito. É a competência
mam-se em argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a linguística, tomada em sentido lato, que permite a esse falante
ideia do argumento básico; reconhecer de imediato a coerência de um discurso.
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma
sequência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo A coerência:
às partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
ou menos a seguinte: - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão con-
ceitual;
Introdução - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo,
- função social da ciência e da tecnologia; com o aspecto global do texto;
- definições de ciência e tecnologia; - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
Coesão
Desenvolvimento É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto,
- apresentação de aspectos positivos e negativos do desen- numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo
volvimento tecnológico; ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
- como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário,
as condições de vida no mundo atual; tem-se a coesão lexical.
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica- A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pa-
mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub- lavras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por ele-
desenvolvidos; mentos gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre
- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social; os componentes do texto.
- comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexi-
passado; apontar semelhanças e diferenças; cal, que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, no-
- analisar as condições atuais de vida nos grandes centros mes genéricos e formas elididas, e a gramatical, que é consegui-
urbanos; da a partir do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo,
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humani- determinados advérbios e expressões adverbiais, conjunções e
zar mais a sociedade. numerais.
A coesão:
Conclusão - assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
- a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/conse- - situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequen-
quências maléficas; cial;
- síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumen- - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
tos apresentados. componentes do texto;
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das fra-
ses.

19
LÍNGUA PORTUGUESA
Divisão Silábica Um texto correto e preciso resulta de um pensamento orga-
A divisão silábica nada mais é que a separação das sílabas nizado, ao qual se somam a capacidade para aproveitar os recur-
que constituem uma palavra. Sílabas são fonemas pronunciados sos expressivos da língua e a interpretação analítica da realida-
a partir de uma única emissão de voz. Sabendo que a base da de, em especial na dissertação. Qualquer que seja a modalidade
sílaba do português é a vogal, a maior regra da divisão silábica é redacional, sua finalidade é concretizar a comunicação de ideias
a de que deve haver pelo menos uma vogal. (conteúdo), valorizadas por uma expressão estética da linguagem
O hífen é o sinal gráfico usado para representar a divisão si- (forma). Não basta, pois, saber o que escrever, mas como escre-
lábica. A depender da quantidade de sílabas de uma palavra, elas ver.
podem se classificar em: As dificuldades para redigir podem ter origem na timidez, no
• Monossílaba: uma sílaba receio da iniciativa inovadora, na falta de estímulos, em métodos
• Dissílaba: duas sílabas didáticos desinteressantes ou ainda num conjunto de fatores que
• Trissílaba: três sílabas bloqueiam a escrita.
• Polissilábica: quatro ou mais sílabas Há quem atribua as deficiências da escrita aos meios de co-
municação de massa que, saturando nossos sentidos com ima-
Confira as principais regras para aprender quando separar ou gem e som, pouco exigem de nossa capacidade reflexiva, ocupan-
não os vocábulos em uma sílaba: do um espaço que poderia ser preenchido pela leitura.
Quaisquer que sejam os entraves na escrita, é no aprimora-
Separa mento da linguagem que temos o instrumento mais eficaz para
• Hiato (encontro de duas vogais): mo-e-da; na-vi-o; po-e- expressar o pensa mento. A habilidade com que a usamos permi-
-si-a te-nos apreender o mundo e agir sobre ele.
• Ditongo decrescente (vogal + semivogal) + vogal: prai-a; Ao escrevermos, fazemos da linguagem nossa conquista
joi-a; es-tei-o maior, combinando as impressões dos sentidos, a vivência pes-
• Dígrafo (encontro consoantal) com mesmo som: guer-ra; soal e o pensamento crítico. Para aperfeiçoar o exercício reda-
nas-cer; ex-ce-ção cional, devemos aguçar a capacidade de interpretação, o espírito
• Encontros consonantais disjuntivos: ad-vo-ga-do; mag-né- questionador e analítico, bem como o desprendimento para criar
-ti-co, ap-ti-dão e inovar.
• Vogais idênticas: Sa-a-ra; em-pre-en-der; vo-o Assim, a redação, como atividade compensadora e satisfató-
ria, é produto de um saber linguístico, da ordenação do pensa-
Não separa mento e da imaginação criadora, num contínuo e diletante pro-
• Ditongos (duas vogais juntas) e tritongos (três vogais jun- cesso de aprendizagem.
tas): des-mai-a-do; U-ru-guai
• Dígrafos (encontros consonantais): chu-va; de-se-nho; gui- Da palavra ao texto
-lho-ti-na; quei-jo; re-gra; pla-no; a-brir; blo-co; cla-ro; pla-ne-tá- A palavra existe a serviço da comunicação. As circunstâncias
-rio; cra-var históricas, o mundo concreto e os anseios espirituais, ao longo
de seus processos de desenvolvimento, foram criando a neces-
DICA: há uma exceção para essa regra —> AB-RUP-TO sidade de nomeação dos objetos. Assim, o desejo de comunicar
• Dígrafos iniciais: pneu-mo-ni-a; mne-mô-ni-co; psi-có-lo-ga nossas ideias fica mediado por uma unidade menor que se chama
• Consoantes finais: lu-tar; lá-pis; i-gual. signo. O signo é o símbolo dos objetos ou ideias que queremos
veicular (oral ou textualmente): a maneira de articular as pala-
vras e de organizá-las na frase, no texto determina nosso discur-
so, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
EMPREGAR VOCABULÁRIO ESPECÍFICO COM O TIPO
DE TEXTO SOLICITADO (ADEQUAÇÃO VOCABULAR) A linguagem culta ou padrão
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências
Adequação vocabular” é adequar as palavras a situação de em que se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pes-
fala. As gírias, por exemplo, podem ser perfeitamente ajustadas soas instruídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela
a certos contextos.  obediência às normas gramaticais. Mais comumente usada na lin-
A adequação vocabular trata das corretas situações em que guagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais
devemos usar as melhores situações vocabulares. Isto é, trata artificial, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente
dos momento em que determinadas linguagens devem ser usa- nas aulas, conferências, sermões, discursos políticos, comunica-
da. ções científicas, noticiários de TV, programas culturais etc.
É o caso por exemplo de quando estamos diante de uma si-
tuação informal, com amigos, e conhecidos, onde podemos usar A linguagem popular ou coloquial
gírias além de demais palavras menor formais. Diferente de situ- É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mos-
ações em que estamos diante de momento mais formais, como o tra-se quase sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de
trabalho por exemplo. vícios de linguagem (solecismo – erros de regência e concordân-
cia; barbarismo – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambigui-
O ato de escrever dade; cacofonia; pleonasmo), expressões vulgares, gírias e pre-
O que para alguns parece fácil e agradável, para outros re- ferência pela coordenação, que ressalta o caráter oral e popular
presenta um sacrifício sem perspectivas favoráveis. Nas práticas da língua. A linguagem popular está presente nas mais diversas
escolares, não se prepara o aluno para ser escritor, mas para situações: conversas familiares ou entre amigos, anedotas, irra-
escrever satisfatoriamente numa linguagem que revele precisão diação de esportes, programas de TV (sobretudo os de auditó-
vocabular e clareza de ideias. rio), novelas, expressão dos estados emocionais etc.

20
LÍNGUA PORTUGUESA

DOMINAR A ORTOGRAFIA DA LÍNGUA

A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso
analisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memorizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que
também faz aumentar o vocabulário do leitor.
Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressal-
tar que existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento!

Alfabeto
O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é conhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o
alfabeto se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras).
Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo
que elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Uso do “X”
Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH:
• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxergar)
• Depois de ditongos (ex: caixa)
• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá)

Uso do “S” ou “Z”


Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser observadas:
• Depois de ditongos (ex: coisa)
• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha)
• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa)
• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso)

Uso do “S”, “SS”, “Ç”


• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão)
• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)
• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passaram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)

Os diferentes porquês

POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo”
PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois”
O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final (interrogação,
POR QUÊ
exclamação, ponto final)
PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome

Parônimos e homônimos
As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos.
Ex: cumprimento (saudação) X comprimento (extensão); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma grafia e pronúncia, porém têm significados diferentes. Ex: rio (ver-
bo “rir”) X rio (curso d’água); manga (blusa) X manga (fruta).

EMPREGAR ADEQUADAMENTE OS SINAIS DE PONTUAÇÃO E ACENTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são recursos gráficos que se encontram na linguagem escrita, e suas funções são demarcar unidades e
sinalizar limites de estruturas sintáticas. É também usado como um recurso estilístico, contribuindo para a coerência e a coesão dos
textos.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?),
as reticências (...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ), o travessão (—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o
colchetes ([]) e a barra (/).

21
LÍNGUA PORTUGUESA
Confira, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso.

SINAL NOME USO EXEMPLOS


Indicar final da frase declarativa Meu nome é Pedro.
. Ponto Separar períodos Fica mais. Ainda está cedo
Abreviar palavras Sra.
A princesa disse:
Iniciar fala de personagem
- Eu consigo sozinha.
Antes de aposto ou orações apositivas, enumerações
Esse é o problema da pandemia: as
: Dois-pontos ou sequência de palavras para resumir / explicar ideias
pessoas não respeitam a quarentena.
apresentadas anteriormente
Como diz o ditado: “olho por olho,
Antes de citação direta
dente por dente”.
Indicar hesitação
Sabe... não está sendo fácil...
... Reticências Interromper uma frase
Quem sabe depois...
Concluir com a intenção de estender a reflexão
Isolar palavras e datas A Semana de Arte Moderna (1922)
() Parênteses Frases intercaladas na função explicativa (podem substituir Eu estava cansada (trabalhar e estudar
vírgula e travessão) é puxado).
Indicar expressão de emoção Que absurdo!
Ponto de
! Final de frase imperativa Estude para a prova!
Exclamação
Após interjeição Ufa!
Ponto de
? Em perguntas diretas Que horas ela volta?
Interrogação
A professora disse:
Iniciar fala do personagem do discurso direto e indicar — Boas férias!
— Travessão mudança de interloculor no diálogo — Obrigado, professora.
Substituir vírgula em expressões ou frases explicativas O corona vírus — Covid-19 — ainda
está sendo estudado.

Vírgula
A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar uma pausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais
regras de uso obrigatório da vírgula.
• Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi.
• Separar aposto (termo explicativo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô.
• Isolar vocativo: Boa tarde, Maria.
• Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram
o prédio.
• Isolar termos explicativos: A educação, a meu ver, é a solução de vários problemas sociais.
• Separar conjunções intercaladas, e antes dos conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina acordou cedo,
mas não conseguiu chegar a tempo na escola. Não explicou, porém, o motivo para a professora.
• Separar o conteúdo pleonástico: A ela, nada mais abala.

No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada. Assim, não há vírgula para separar:
• Sujeito de predicado.
• Objeto de verbo.
• Adjunto adnominal de nome.
• Complemento nominal de nome.
• Predicativo do objeto do objeto.
• Oração principal da subordinada substantiva.
• Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.

Acentuação
A acentuação é uma das principais questões relacionadas à Ortografia Oficial, que merece um capítulo a parte. Os acentos utili-
zados no português são: acento agudo (´); acento grave (`); acento circunflexo (^); cedilha (¸) e til (~).
Depois da reforma do Acordo Ortográfico, a trema foi excluída, de modo que ela só é utilizada na grafia de nomes e suas deriva-
ções (ex: Müller, mülleriano).
Esses são sinais gráficos que servem para modificar o som de alguma letra, sendo importantes para marcar a sonoridade e a in-
tensidade das sílabas, e para diferenciar palavras que possuem a escrita semelhante.
A sílaba mais intensa da palavra é denominada sílaba tônica. A palavra pode ser classificada a partir da localização da sílaba tô-
nica, como mostrado abaixo:

22
LÍNGUA PORTUGUESA
• OXÍTONA: a última sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: café)
• PAROXÍTONA: a penúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: automóvel)
• PROPAROXÍTONA: a antepenúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: lâmpada)
As demais sílabas, pronunciadas de maneira mais sutil, são denominadas sílabas átonas.

Regras fundamentais

CLASSIFICAÇÃO REGRAS EXEMPLOS


• terminadas em A, E, O, EM, seguidas ou não do
cipó(s), pé(s), armazém
OXÍTONAS plural
respeitá-la, compô-lo, comprometê-los
• seguidas de -LO, -LA, -LOS, -LAS
• terminadas em I, IS, US, UM, UNS, L, N, X, PS, Ã,
ÃS, ÃO, ÃOS
táxi, lápis, vírus, fórum, cadáver, tórax, bíceps, ímã,
• ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido
PAROXÍTONAS órfão, órgãos, água, mágoa, pônei, ideia, geleia,
ou não do plural
paranoico, heroico
(OBS: Os ditongos “EI” e “OI” perderam o acento
com o Novo Acordo Ortográfico)
PROPAROXÍTONAS • todas são acentuadas cólica, analítico, jurídico, hipérbole, último, álibi

Regras especiais

REGRA EXEMPLOS
Acentua-se quando “I” e “U” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de “S”,
saída, faísca, baú, país
desde que não sejam seguidos por “NH”
feiura, Bocaiuva, Sauipe
OBS: Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo
Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR” e seus compostos têm, obtêm, contêm, vêm
Não são acentuados hiatos “OO” e “EE” leem, voo, enjoo
Não são acentuadas palavras homógrafas
pelo, pera, para
OBS: A forma verbal “PÔDE” é uma exceção

EXERCÍCIOS

1. (FMU) Leia as expressões destacadas na seguinte passagem: “E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tem-
pero na salada – o meu jeito de querer bem.”
Tais expressões exercem, respectivamente, a função sintática de:
(A) objeto indireto e aposto
(B) objeto indireto e predicativo do sujeito
(C) complemento nominal e adjunto adverbial de modo
(D) complemento nominal e aposto
(E) adjunto adnominal e adjunto adverbial de modo

2. (PUC-SP) Dê a função sintática do termo destacado em: “Depressa esqueci o Quincas Borba”.
(A) objeto direto
(B) sujeito
(C) agente da passiva
(D) adjunto adverbial
(E) aposto

3. (MACK-SP) Aponte a alternativa que expressa a função sintática do termo destacado: “Parece enfermo, seu irmão”.
(A) Sujeito
(B) Objeto direto
(C) Predicativo do sujeito
(D) Adjunto adverbial
(E) Adjunto adnominal

23
LÍNGUA PORTUGUESA
4. (OSEC-SP) “Ninguém parecia disposto ao trabalho naque- 9. (PUC-SP) “Pode-se dizer que a tarefa é puramente formal.”
la manhã de segunda-feira”. No texto acima temos uma oração destacada que é
(A) Predicativo ________e um “se” que é . ________.
(B) Complemento nominal (A) substantiva objetiva direta, partícula apassivadora
(C) Objeto indireto (B) substantiva predicativa, índice de indeterminação do sujeito
(D) Adjunto adverbial (C) relativa, pronome reflexivo
(E) Adjunto adnominal (D) substantiva subjetiva, partícula apassivadora
(E) adverbial consecutiva, índice de indeterminação do sujeito
5. (MACK-SP) “Não se fazem motocicletas como antigamen-
te”. O termo destacado funciona como: 10. (UEMG) “De repente chegou o dia dos meus setenta
(A) Objeto indireto anos.
(B) Objeto direto Fiquei entre surpresa e divertida, setenta, eu? Mas tudo pa-
(C) Adjunto adnominal rece ter sido ontem! No século em que a maioria quer ter vinte
(D) Vocativo anos (trinta a gente ainda aguenta), eu estava fazendo setenta.
(E) Sujeito Pior: duvidando disso, pois ainda escutava em mim as risadas da
menina que queria correr nas lajes do pátio quando chovia, que
6. (UFRJ) Esparadrapo pescava lambaris com o pai no laguinho, que chorava em filme
Há palavras que parecem exatamente o que querem dizer. do Gordo e Magro, quando a mãe a levava à matinê. (Eu chorava
“Esparadrapo”, por exemplo. Quem quebrou a cara fica mesmo alto com pena dos dois, a mãe ficava furiosa.)
com cara de esparadrapo. No entanto, há outras, aliás de nobre A menina que levava castigo na escola porque ria fora de
sentido, que parecem estar insinuando outra coisa. Por exemplo, hora, porque se distraía olhando o céu e nuvens pela janela em
“incunábulo*”. lugar de prestar atenção, porque devagarinho empurrava o es-
QUINTANA, Mário. Da preguiça como método de trabalho. tojo de lápis até a beira da mesa, e deixava cair com estrondo
Rio de Janeiro, Globo. 1987. p. 83. sabendo que os meninos, mais que as meninas, se botariam de
*Incunábulo: [do lat. Incunabulu; berço]. Adj. 1- Diz-se do quatro catando lápis, canetas, borracha – as tediosas regras de
livro impresso até o ano de 1500./ S.m. 2 – Começo, origem. ordem e quietude seriam rompidas mais uma vez.
Fazendo a toda hora perguntas loucas, ela aborrecia os pro-
A locução “No entanto” tem importante papel na estrutura fessores e divertia a turma: apenas porque não queria ser dife-
do texto. Sua função resume-se em: rente, queria ser amada, queria ser natural, não queria que sou-
(A) ligar duas orações que querem dizer exatamente a mesma bessem que ela, doze anos, além de histórias em quadrinhos e
coisa. novelinhas açucaradas, lia teatro grego – sem entender – e acha-
(B) separar acontecimentos que se sucedem cronologicamente. va emocionante.
(C) ligar duas observações contrárias acerca do mesmo assunto. (E até do futuro namorado, aos quinze anos, esconderia isso.)
(D) apresentar uma alternativa para a primeira ideia expressa. O meu aniversário: primeiro pensei numa grande celebra-
(E) introduzir uma conclusão após os argumentos apresenta- ção, eu que sou avessa a badalações e gosto de grupos bem pe-
dos. quenos. Mas pensei, setenta vale a pena! Afinal já é bastante
tempo! Logo me dei conta de que hoje setenta é quase banal,
7. (IBFC – 2013) Leia as sentenças: muita gente com oitenta ainda está ativo e presente.
Decidi apenas reunir filhos e amigos mais chegados (tarefa
É preciso que ela se encante por mim! difícil, escolher), e deixar aquela festona para outra década.”
Chegou à conclusão de que saiu no prejuízo. LUFT, 2014, p.104-105

Assinale abaixo a alternativa que classifica, correta e respec- Leia atentamente a oração destacada no período a seguir:
tivamente, as orações subordinadas substantivas (O.S.S.) desta- “(...) pois ainda escutava em mim as risadas da menina que
cadas: queria correr nas lajes do pátio (...)”
(A) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. objetiva indireta.
(B) O.S.S. subjetiva e O.S.S. completiva nominal Assinale a alternativa em que a oração em negrito e subli-
(C) O.S.S. subjetiva e O.S.S. objetiva indireta. nhada apresenta a mesma classificação sintática da destacada
(D) O.S.S. objetiva direta e O.S.S. completiva nominal. acima.
(A) “A menina que levava castigo na escola porque ria fora de
8. (ADVISE-2013) Todos os enunciados abaixo correspondem hora (...)”
a orações subordinadas substantivas, exceto: (B) “(...) e deixava cair com estrondo sabendo que os meninos,
(A) Espero sinceramente isto: que vocês não faltem mais. mais que as meninas, se botariam de quatro catando lápis, ca-
(B) Desejo que ela volte. netas, borracha (...)”
(C) Gostaria de que todos me apoiassem. (C) “(...) não queria que soubessem que ela (...)”
(D) Tenho medo de que esses assessores me traiam. (D) “Logo me dei conta de que hoje setenta é quase banal (...)”
(E) Os jogadores que foram convocados apresentaram-se
ontem. 11. (FUVEST – 2001) A única frase que NÃO apresenta des-
vio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela
norma culta é:
(A) O governador insistia em afirmar que o assunto principal
seria “as grandes questões nacionais”, com o que discorda-
vam líderes pefelistas.

24
LÍNGUA PORTUGUESA
(B) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, 16. (BANCO DO BRASIL) Opção que preenche corretamente
do qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos ou- as lacunas: O gerente dirigiu-se ___ sua sala e pôs-se ___ falar
tros países passou despercebida. ___ todas as pessoas convocadas.
(C) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a (A) à - à – à
dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação (B) a - à – à
social. (C) à - a – a
(D) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por (D) a - a – à
um morador não muito consciente com a limpeza da cidade. (E) à - a - à
(E) O roteiro do filme oferece uma versão de como consegui-
mos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à 17. (FEI) Assinalar a alternativa que preenche corretamente
regra, a aventura à repetição. as lacunas das seguintes orações:
I. Precisa falar ___ cerca de três mil operários.
12. (FUVEST) Assinale a alternativa que preenche correta- II. Daqui ___ alguns anos tudo estará mudado.
III. ___ dias está desaparecido.
mente as lacunas correspondentes.
IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram ___ tempo
A arma ___ se feriu desapareceu.
___ reunião.
Estas são as pessoas ___ lhe falei.
(A) a - a - há - a – à
Aqui está a foto ___ me referi.
(B) à - a - a - há – a
Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava. (C) a - à - a - a – há
Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos. (D) há - a - à - a – a
(E) a - há - a - à – a.
(A) que, de que, à que, cujo, que.
(B) com que, que, a que, cujo qual, onde. 18. (TRE) O uso do acento grave (indicativo de crase ou não)
(C) com que, das quais, a que, de cujo, onde. está incorreto em:
(D) com a qual, de que, que, do qual, onde. (A) Primeiro vou à feira, depois é que vou trabalhar.
(E) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja. (B) Às vezes não podemos fazer o que nos foi ordenado.
(C) Não devemos fazer referências àqueles casos.
13. (FESP) Observe a regência verbal e assinale a opção falsa: (D) Sairemos às cinco da manhã.
(A) Avisaram-no que chegaríamos logo. (E) Isto não seria útil à ela.
(B) Informei-lhe a nota obtida.
(C) Os motoristas irresponsáveis, em geral, não obedecem 19. (ITA) Analisando as sentenças:
aos sinais de trânsito. I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas.
(D) Há bastante tempo que assistimos em São Paulo.   II. Não fale tal coisa as outras.
(E) Muita gordura não implica saúde. III. Dia a dia a empresa foi crescendo.
IV. Não ligo aquilo que me disse.
14. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem
ser seguidos pela mesma preposição: Podemos deduzir que:
(A) ávido / bom / inconsequente (A) Apenas a sentença III não tem crase.
(B) indigno / odioso / perito (B) As sentenças III e IV não têm crase.
(C) leal / limpo / oneroso (C) Todas as sentenças têm crase.
(D) orgulhoso / rico / sedento (D) Nenhuma sentença tem crase.
(E) Apenas a sentença IV não tem crase.
(E) oposto / pálido / sábio
20. (UFABC) A alternativa em que o acento indicativo de cra-
15. (TRE-MG) Observe a regência dos verbos das frases rees-
se não procede é:
critas nos itens a seguir:
(A) Tais informações são iguais às que recebi ontem.
I - Chamaremos os inimigos de hipócritas. Chamaremos aos (B) Perdi uma caneta semelhante à sua.
inimigos de hipócritas; (C) A construção da casa obedece às especificações da Prefeitura.
II - Informei-lhe o meu desprezo por tudo. Informei-lhe do (D) O remédio devia ser ingerido gota à gota, e não de uma só
meu desprezo por tudo; vez.
III - O funcionário esqueceu o importante acontecimento. O (E) Não assistiu a essa operação, mas à de seu irmão.
funcionário esqueceu-se do importante acontecimento.
21. (IPAD – COMPESA) Analise a divisão silábica das palavras
A frase reescrita está com a regência correta em: abaixo.
(A) I apenas 1. convicção - con-vic-ção
(B) II apenas 2. abstrato - ab-stra-to
(C) III apenas 3. transparência - tran-spa-rên-ci-a
(D) I e III apenas 4. nascimento - nas-ci-men-to
(E) I, II e III
Estão corretas:
(A) 1, 2, 3 e 4.
(B) 1 e 4, apenas.
(C) 2 e 3, apenas.
(D) 1, 3 e 4, apenas.
(E) 2, 3 e 4, apenas.

25
LÍNGUA PORTUGUESA
22. (UFAC) Assinale a série em que apenas um dos vocábulos NÃO possui dígrafo:
(A) Folha – ficha – lenha- fecho
(B) Lento – bomba – trinco – algum
(C) Águia – queijo – quatro – quero
(D) Descer – cresço – exceto – exsudar
(E) Serra – vosso – arrepio – assinar

23. (UNI – RIO) Assinale a opção em que o vocábulo apresenta ao mesmo tempo um encontro consonantal, um dígrafo conso-
nantal e um ditongo fonético.
(A) ninguém
(B) coalhou
(C) iam
(D) nenhum
(E) murcham

24. (SEDUC / RO – 2008) Sabemos que a letra “s” pode representar mais de um fonema, ou som. Na palavra “esconso”, a letra
“s” ocorre duas vezes. Em cada uma das alternativas a seguir, há uma palavra em que a letra “s” também ocorre duas vezes. Em qual
dessas alternativas o primeiro “s” e o segundo “s” soam, respectivamente, do mesmo modo que o primeiro e o segundo da palavra
“esconso”?
(A) esposo
(B) israelense
(C) piscoso
(D) asianista
(E) astrosofia

25. (SEDUC / RO) Em qual das alternativas abaixo está CORRETAMENTE apresentada a separação das sílabas de uma palavra?
(A) oblíqua: ob-lí-qua.
(B) obter: o-bter.
(C) diagonal: dia-go-nal.
(D) artístico: ar-tí-sti-co.
(E) Moisés: Moi-sés.

26. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava
desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O gua-
rani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor
de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas
facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.
História Viva, n.º 99, 2011.

Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
(A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
(B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
(C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil
Imperial.
(D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade
nacional.
(E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.

27. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou
na crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela
cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos
melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais
deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em
termos que os tornem acessíveis a todos.
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)

No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor
(A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
(B) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
(C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
(D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
(E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.

26
LÍNGUA PORTUGUESA
28. (UERJ - 2016)

A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de
um tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado.
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:
(A) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo.
(B) configuram julgamentos vazios, ainda que existam crimes comprovados.
(C) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados.
(D) apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam dados concretos.

29 - (UEA - 2017) Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis:


E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo
rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1, soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do mundo a varie-
dade necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.
(Quincas Borba, 1992.)
1
polca: tipo de dança.
2
sarabandas: tipo de dança.

De acordo com o narrador,


(A) os erros do passado não afetam o presente.
(B) a existência é marcada por antagonismos.
(C) a sabedoria está em perseguir a felicidade.
(D) cada instante vivido deve ser festejado.
(E) os momentos felizes são mais raros que os tristes.

30 – (ENEM 2013)

Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com

27
LÍNGUA PORTUGUESA
O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em (C) é um gênero textual de viés narrativo para contar em cro-
oposição às outras e representa a nologia obrigatória o enredo por meio de personagens.
(A) opressão das minorias sociais. (D) é um gênero textual de caráter informativo, que tem por
(B) carência de recursos tecnológicos. intuito explicar um conceito, mais comumente em um dicio-
(C) falta de liberdade de expressão. nário ou enciclopédia.
(D) defesa da qualificação profissional. (E) é um tipo textual expositivo, típico em redações escolares.
(E) reação ao controle do pensamento coletivo.
34. (UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – RJ) Preencha os parên-
teses com os números correspondentes; em seguida, assinale a
31. (FUNDEP – 2014) As tipologias textuais são constructos alternativa que indica a correspondência correta.
teóricos inerentes aos gêneros, ou seja, lança-se mão dos tipos 1. Narrar
para a produção dos gêneros diversos. Um professor, ao solicitar 2. Argumentar
à turma a escrita das “regras de um jogo”, espera que os estu- 3. Expor
dantes utilizem, predominantemente, a tipologia 4. Descrever
(A) descritiva, devido à presença de adjetivos e verbos de liga- 5. Prescrever
ção.
(B) narrativa, devido à forte presença de verbos no passado. ( ) Ato próprio de textos em que há a presença de conselhos
(C) injuntiva, devido à presença dos verbos no imperativo. e indicações de como realizar ações, com emprego abundante de
(D) dissertativa, devido à presença das conjunções. verbos no modo imperativo.
( ) Ato próprio de textos em que há a apresentação de ideias
32. (ENEM 2010) sobre determinado assunto, assim como explicações, avaliações
MOSTRE QUE SUA MEMÓRIA É MELHOR DO QUE A DE COM- e reflexões. Faz-se uso de linguagem clara, objetiva e impessoal.
PUTADOR E GUARDE ESTA CONDIÇÃO: 12X SEM JUROS. ( ) Ato próprio de textos em que se conta um fato, fictício ou
Revista Época. N° 424, 03 jul. 2006. não, acontecido num determinado espaço e tempo, envolvendo
Ao circularem socialmente, os textos realizam-se como prá- personagens e ações. A temporalidade é fator importante nesse
ticas de linguagem, assumindo funções específicas, formais e de tipo de texto.
conteúdo. Considerando o contexto em que circula o texto publi- ( ) Ato próprio de textos em que retrata, de forma objetiva
citário, seu objetivo básico é ou subjetiva, um lugar, uma pessoa, um objeto etc., com abun-
(A) definir regras de comportamento social pautadas no com- dância do uso de adjetivos. Não há relação de temporalidade.
bate ao consumismo exagerado. ( ) Ato próprio de textos em que há posicionamentos e ex-
(B) influenciar o comportamento do leitor, por meio de apelos posição de ideias, cuja preocupação é a defesa de um ponto de
que visam à adesão ao consumo. vista. Sua estrutura básica é: apresentação de ideia principal, ar-
(C) defender a importância do conhecimento de informática gumentos e conclusão.
pela população de baixo poder aquisitivo. (A) 3, 5, 1, 2, 4
(D) facilitar o uso de equipamentos de informática pelas classes (B) 5, 3, 1, 4, 2
sociais economicamente desfavorecidas. (C) 4, 2, 3, 1, 5
(E) questionar o fato de o homem ser mais inteligente que a (D) 5, 3, 4, 1, 2
máquina, mesmo a mais moderna. (E) 2, 3, 1, 4, 5

33. (IBADE – 2020 adaptada) 35. (PUC – SP) O trecho abaixo foi extraído da obra Memórias
Sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade.

66. BOTAFOGO ETC.


“Beiramarávamos em auto pelo espelho de aluguel arbori-
zado das avenidas marinhas sem sol. Losangos tênues de ouro
bandeiranacionalizavam os verdes montes interiores. No outro
lado azul da baía a Serra dos Órgãos serrava. Barcos. E o passado
voltava na brisa de baforadas gostosas. Rolah ia vinha derrapava
em túneis.
Copacabana era um veludo arrepiado na luminosa noite va-
rada pelas frestas da cidade.”

Didaticamente, costuma-se dizer que, em relação à sua orga-


nização, os textos podem ser compostos de descrição, narração
e dissertação; no entanto, é difícil encontrar um trecho que seja
https://www.dicio.com.br/partilhar/ acesso em fevereiro de só descritivo, apenas narrativo, somente dissertativo. Levando-se
2020 em conta tal afirmação, selecione uma das alternativas abaixo
para classificar o texto de Oswald de Andrade:
O texto apresentado é um verbete. Assinale a alternativa que (A) Narrativo-descritivo, com predominância do descritivo.
representa sua definição (B) Dissertativo-descritivo, com predominância do dissertativo.
(A) é um tipo textual dissertativo-argumentativo, com o in- (C) Descritivo-narrativo, com predominância do narrativo.
tuito de persuadir o leitor. (D) Descritivo-dissertativo, com predominância do disserta-
(B) é um tipo e gênero textual de caráter descritivo para de- tivo.
talhar em adjetivos e advérbios o que é necessário entender. (E) Narrativo-dissertativo, com predominância do narrativo.

28
LÍNGUA PORTUGUESA
36. (INSTITUTO AOCP/2017 – EBSERH) Assinale a alternativa (C) Com a saúde de Fadinha comprometida, Remígio não con-
em que todas as palavras estão adequadamente grafadas. seguia se recompôr e viver tranquilo.
(A) Silhueta, entretenimento, autoestima. (D) Com o triúnfo do bem sobre o mal, Fadinha se recuperou,
(B) Rítimo, silueta, cérebro, entretenimento. Remígio resolveu pedí-la em casamento.
(C) Altoestima, entreterimento, memorização, silhueta. (E) Fadinha não tinha mágoa por não ser mais tão bela; agora,
(D) Célebro, ansiedade, auto-estima, ritmo. interessava-lhe viver no paraíso com Remígio.
(E) Memorização, anciedade, cérebro, ritmo.
42. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são
37. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE BAN- acentuadas devido à mesma regra:
DEIRANTES-SC) Algumas palavras são usadas no nosso cotidiano (A) saí – dói
de forma incorreta, ou seja, estão em desacordo com a norma (B) relógio – própria
culta padrão. Todas as alternativas abaixo apresentam palavras (C) só – sóis
escritas erroneamente, exceto em: (D) dá – custará
(A) Na bandeija estavam as xícaras antigas da vovó. (E) até – pé
(B) É um privilégio estar aqui hoje.
(C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade. 43. (UEPG ADAPTADA) Sobre a acentuação gráfica das pala-
(D) A criança estava com desinteria. vras agradável, automóvel e possível, assinale o que for correto.
(E) O bebedoro da escola estava estragado. (A) Em razão de a letra L no final das palavras transferir a toni-
cidade para a última sílaba, é necessário que se marque grafica-
38. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo mente a sílaba tônica das paroxítonas terminadas em L, se isso
com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assi- não fosse feito, poderiam ser lidas como palavras oxítonas.
nale a alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para (B) São acentuadas porque são proparoxítonas terminadas em L.
baixo, de classificação. (C) São acentuadas porque são oxítonas terminadas em L.
“____________ o céu é azul?” (D) São acentuadas porque terminam em ditongo fonético – eu.
“Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram (E) São acentuadas porque são paroxítonas terminadas em L.
trânsito pelo caminho.”
“Gostaria muito de saber o ____________ de você ter falta- 44. (IFAL – 2016 ADAPTADA) Quanto à acentuação das pala-
do ao nosso encontro.” vras, assinale a afirmação verdadeira.
“A Alemanha é considerada uma das grandes potências mun- (A) A palavra “tendem” deveria ser acentuada graficamente,
diais. ____________?” como “também” e “porém”.
(A) Porque – porquê – por que – Por quê (B) As palavras “saíra”, “destruída” e “aí” acentuam-se pela
(B) Porque – porquê – por que – Por quê mesma razão.
(C) Por que – porque – porquê – Por quê (C) O nome “Luiz” deveria ser acentuado graficamente, pela
(D) Porquê – porque – por quê – Por que mesma razão que a palavra “país”.
(E) Por que – porque – por quê – Porquê (D) Os vocábulos “é”, “já” e “só” recebem acento por constituí-
rem monossílabos tônicos fechados.
39. (CEITEC – 2012) Os vocábulos Emergir e Imergir são pa- (E) Acentuam-se “simpática”, “centímetros”, “simbólica” por-
rônimos: empregar um pelo outro acarreta grave confusão no que todas as paroxítonas são acentuadas.
que se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma apresenta
uma frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos, 45. (MACKENZIE) Indique a alternativa em que nenhuma pa-
selecionando convenientemente o parônimo adequado à frase lavra é acentuada graficamente:
elaborada. Assinale-a. (A) lapis, canoa, abacaxi, jovens
(A) A descoberta do plano de conquista era eminente. (B) ruim, sozinho, aquele, traiu
(B) O infrator foi preso em flagrante. (C) saudade, onix, grau, orquídea
(C) O candidato recebeu despensa das duas últimas provas. (D) voo, legua, assim, tênis
(D) O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura. (E) flores, açucar, album, virus
(E) Os culpados espiam suas culpas na prisão.

40. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras


estão grafadas corretamente.
(A) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar
(B) alteza, empreza, francesa, miudeza
(C) cuscus, chimpazé, encharcar, encher
(D) incenso, abcesso, obsessão, luxação
(E) chineza, marquês, garrucha, meretriz

41. (VUNESP/2017 – TJ-SP) Assinale a alternativa em que to-


das as palavras estão corretamente grafadas, considerando-se as
regras de acentuação da língua padrão.
(A) Remígio era homem de carater, o que surpreendeu D. Firmi-
na, que aceitou o matrimônio de sua filha.
(B) O consôlo de Fadinha foi ver que Remígio queria desposa-la
apesar de sua beleza ter ido embora depois da doença.

29
LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO TESTES COMENTADOS

1 A 1-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)


2 D Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever,
uma obrigação.
3 C Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a
4 B lei, informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
5 E Norte (TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos even-
tualmente praticados pelos agentes públicos.
6 C A garantia desse preceito advém da própria Constituição do
7 B estado do Rio Grande do Norte, em seu artigo 55, § 3.º, que esta-
8 E belece que qualquer cidadão, partido político ou entidade orga-
nizada da sociedade pode apresentar ao TCE/RN denúncia sobre
9 B irregularidades ou ilegalidades praticadas no âmbito das admi-
10 A nistrações estadual e municipal.
11 E Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com
adaptações).
12 C
13 A Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “in-
14 D
formar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte
(TCE/RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: in-
15 E formar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte
16 C (TCE/RN) sobre os atos ilegítimos.
( ) CERTO ( ) ERRADO
17 A
18 E Quem informa, informa algo (os atos ilegítimos) a alguém (ao
19 A Tribunal de Contas), portanto não há presença de preposição an-
tes do objeto direto (os atos).
20 D
RESPOSTA: ERRADO.
21 B
22 C 2-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) A substi-
tuição da última vírgula do primeiro parágrafo do texto pela con-
23 E
junção e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz prejuízo
24 B à sua interpretação original.
25 E ( ) CERTO ( ) ERRADO
26 D
Analisemos o trecho sugerido: Exercer a cidadania é muito
27 E mais que um direito, é um dever, uma obrigação. Se acrescen-
28 C tarmos a conjunção “e” teremos “é um dever e uma obrigação”
= haveria mudança no sentido, pois da maneira como foi escrito
29 B
entende-se que o termo “obrigação” foi enfatizado, por isso não
30 E se conectou ao termo anterior.
31 C RESPOSTA: ERRADO.
32 B
3-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)
33 D A Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Copa
34 B 2014 (CAFCOPA) constatou indícios de superfaturamento em
contratos relativos a consultorias técnicas para modelagem do
35 A
projeto de parceria público-privada usada para construir uma das
36 A arenas da Copa 2014.
37 B Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se
que os consultores apresentaram regime de trabalho incompatí-
38 C vel com a realidade. Sete dos 11 contratados alegadamente tra-
39 B balharam 77,2 horas por dia no período entre 16 de setembro e
40 A sete de outubro de 2010. Os outros quatro supostamente traba-
lharam 38,6 horas por dia. Tendo em vista que um dia só tem 24
41 E horas, identificou-se a ocorrência de superfaturamento no valor
42 B de R$ 2.383.248. “É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas
43 E jamais existiram. Diante de tal situação, sabendo-se que o dia
possui somente 24 horas, resta inconteste o superfaturamento
44 B praticado nesta primeira fatura de serviços”, aponta o relatório
45 B da CAFCOPA.

30
LÍNGUA PORTUGUESA
Existem outros indícios fortes que apontam para essa irre- - os consultores apresentaram = verbo concorda com o su-
gularidade, pois não há nos autos qualquer folha de ponto ou jeito simples
documento comprobatório da efetiva prestação dos serviços por - Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam = ver-
parte dos consultores. bo concorda com o sujeito simples
Internet: <www.jornaldehoje.com.br> (com adaptações). - Existem outros indícios fortes = verbo concorda com o su-
jeito simples
O termo “com a realidade” e a oração ‘que tais volumes de Trata-se de sujeito simples, não composto (não há dois ele-
horas trabalhadas jamais existiram’ desempenham a função de mentos em sua composição)
complemento dos adjetivos “incompatível” e ‘óbvio’, respectiva- RESPOSTA: ERRADO.
mente.
( ) CERTO ( ) ERRADO 7-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015 -
adaptada) Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale
Voltemos ao texto: regime de trabalho incompatível com a a opção correta.
realidade = complemento nominal de “incompatível” (afirmação
do enunciado correta); É óbvio que tais volumes de horas traba- Não vamos discorrer sobre a pré-história da aviação, sonho
lhadas jamais existiram = podemos substituir a oração destacada dos antigos egípcios e gregos, que representavam alguns de seus
por “Isso é óbvio”, o que nos indica que se trata de uma oração deuses por figuras aladas, nem sobre o vulto de estudiosos do
com função substantiva - no caso, oração subordinada substanti- problema, como Leonardo da Vinci, que no século XV construiu
va subjetiva – função de sujeito da oração principal (É óbvio), ou um modelo de avião em forma de pássaro. Pode-se localizar o
seja, afirmação do enunciado incorreta. início da aviação nas experiências de alguns pioneiros que, desde
RESPOSTA: ERRADO. os últimos anos do século XIX, tentaram o voo de aparelhos então
denominados mais pesados do que o ar, para diferenciá-los dos
4-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) O uso dos balões, cheios de gases, mais leves do que o ar.
advérbios “alegadamente” e “supostamente” concorre para a ar- Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera
gumentação apresentada no texto de que houve irregularidades por causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões
em um dos contratos, especificamente no que se refere à descri- precisavam de um meio mecânico de sustentação para que se
ção do volume de horas trabalhadas pelos consultores. elevassem por seus próprios recursos. O brasileiro Santos Dumont
( ) CERTO ( ) ERRADO foi o primeiro aeronauta que demonstrou a viabilidade do voo
do mais pesado do que o ar. O seu voo no “14-Bis” em Paris, em
Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam 77,2 ho- 23 de outubro de 1906, na presença de inúmeras testemunhas,
ras por dia no período entre 16 de setembro e sete de outubro constituiu um marco na história da aviação, embora a primazia
de 2010. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6 horas do voo em avião seja disputada por vários países.
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Aces-
por dia.
so em:
Sete funcionários alegaram ter trabalhado horas a mais e há
13/12/2015 (com adaptações).
a suposição de que quatro também ultrapassaram o limite esta-
belecido.
A) O emprego de vírgula após “Vinci” justifica-se para isolar
RESPOSTA: CERTO.
oração subordinada de natureza restritiva.
B) Em “Pode-se” o pronome “se” indica a noção de condição.
5-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) A oração
C) A substituição de “então” por “naquela época” prejudica
“que os consultores apresentaram regime de trabalho incompatí-
as informações originais do texto.
vel com a realidade” funciona como complemento da forma ver-
D) Em “se sustentavam” e “se elevassem” o pronome “se”
bal “constatou-se”. indica voz reflexiva.
( ) CERTO ( ) ERRADO E) O núcleo do sujeito de “constituiu” é 14-Bis.
- constatou-se que os consultores apresentaram regime de A = incorreta (oração de natureza explicativa)
trabalho incompatível com a realidade B = incorreta (pronome apassivador)
A oração destacada pode ser substituída pelo termo “isso” C = incorreta
(Isso foi constatado), o que nos indica ser uma oração substan- E = incorreta (voo)
tiva = ela funciona como sujeito da oração principal, portanto RESPOSTA: D
não a complementa. Temos uma oração subordinada substantiva
subjetiva. 8-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assi-
RESPOSTA: ERRADO. nale a opção correspondente a erro gramatical inserido no texto.
A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e
6-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) As formas passou a produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais
verbais “apresentaram”, “trabalharam” e “Existem” aparecem de pequena e média densidades (2), bastante (3) utilizadas no
flexionadas no plural pelo mesmo motivo: concordância com su- Brasil, Europa e Estados Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou
jeito composto plural. (4) o espaço que era do Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-
( ) CERTO ( ) ERRADO 80/81/82/83 e Fokker 100. A companhia brasileira é hoje a ter-
ceira maior indústria aeronáutica do mundo, com filiais em vários
países, inclusive na (5) China.
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Aces-
so em:

31
LÍNGUA PORTUGUESA
13/12/2015. (com adaptações). (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CI-
A) é destaque VIL - ESAF/2015 - adaptada) Leia o depoimento a seguir para res-
B) densidades ponder às questões
C) bastante
D) ocupou Há quase dois anos fui empossado técnico administrativo na
E) inclusive na ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar lá. Nes-
se tempo já fui nomeado para outros dois cargos na administra-
Os modelos 190 e 195 ocupou = os modelos ocuparam ção pública, porém preferi ficar onde estou por diversos motivos,
RESPOSTA: D profissionais e pessoais. Sinceramente, sou partidário do “não se
mexe em time que está ganhando”.
9-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assi- Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
nale a opção correta quanto à justificativa em relação ao empre- analistas, além de ser gestor substituto do setor de transportes
go de vírgulas. da ANAC/SP. Tenho de analisar documentação, preparar proces-
O mercado de jatos executivos está em alta há alguns anos, e sos solicitando pagamentos mensais para empresas por serviços
os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil, França, Canadá, prestados, verificar se os termos do contrato estão sendo cum-
Alemanha, Inglaterra, Japão e México. Também nesse segmento pridos, resolver alguns “pepinos” que sempre aparecem ao longo
a Embraer é destaque, apesar de disputar ferozmente esse mer- do mês, além, é claro, de efetuar trabalhos eventuais que surgem
cado com outras indústrias poderosas, principalmente a canaden- conforme a demanda.
se Bombardier. A Embraer S.A. está desenvolvendo também uma <http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/o-cotidiano-
aeronave militar, batizada de KC-390, que substituirá os antigos de-
Hércules C-130, da Força Aérea Brasileira. Para essa aeronave a um-servidor-publico/> Acesso em: 17/12/2015> (com
Embraer S.A. já soma algumas centenas de pedidos e reservas. adaptações).
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso
em: 11-) Assinale a substituição proposta que causa erro de mor-
13/12/2015 (com adaptações).
fossintaxe no texto.
As vírgulas no trecho “...os maiores mercados são Estados
substituir: por:
Unidos, Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e
A) Há A
México.” separam
B) Nesse tempo Durante esse tempo
A) aposto explicativo que complementa oração principal.
C) junto juntamente
B) palavras de natureza retificativa e explicativa.
D) Tenho de Tenho que
C) oração subordinada adjetiva explicativa.
E) ao longo do mês no decorrer do mês
D) complemento verbal composto por objeto direto.
E) termos de mesma função sintática em uma enumeração.
A única substituição que causaria erro é a de “há” por “a”, já
RESPOSTA: E que, quando empregado com o sentido de tempo passado, deve
ser escrito com “h” (há).
10-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) As- RESPOSTA: A
sinale a opção que apresenta substituição correta para a forma
verbal contribuiu. 12-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
No início da década de 60, trinta anos depois de sua fun- CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Assinale a opção em que a pontua-
dação, a Panair já era totalmente nacional. Era uma época de ção permanece correta, apesar de ter sido modificada.
crise na aviação comercial brasileira, pois todas as companhias A) Há quase dois anos, fui empossado técnico administrativo
apresentavam problemas operacionais e crescentes dívidas para (...)
a modernização geral do serviço que prestavam. Uma novidade B) (...) na ANAC, de São Paulo e estou muito satisfeito de
contribuiu para apertar ainda mais a situação financeira dessas trabalhar lá.
empresas - a inflação. Apesar disso, não foram esses problemas, C) (...) na administração pública, porém; preferi, ficar onde
comuns às concorrentes, que causaram a extinção da Panair. estou (…)
<http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Pa- D) Sinceramente sou partidário, do “não se mexe, em time
nair.htm>. que está ganhando”.
Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações). E) Trabalho na área administrativa, junto com outros técni-
cos e analistas, além de ser, gestor substituto (…)
A) contribuísse Fiz as correções:
B) contribua B) na ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de traba-
C) contribuíra lhar lá.
D) contribuindo C) na administração pública, porém preferi ficar onde estou
E) contribuído (…)
D) Sinceramente, sou partidário do “não se mexe em time
A substituição pode ser feita utilizando-se um verbo que in- que está ganhando”.
dique uma ação que acontecera há muito tempo (década de 60!), E) Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos
portanto no pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (contribuí- e analistas, além de ser gestor substituto (…)
ra). RESPOSTA: A
RESPOSTA: C

32
LÍNGUA PORTUGUESA
(ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CI- 15-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
VIL - ESAF/2015 - adaptada) Leia o texto a seguir para responder CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Sobre as vírgulas e as aspas em-
às questões pregadas no texto é correto afirmar que
A) a primeira vírgula separa duas orações coordenadas.
Se você é um passageiro frequente, certamente já passou por B) a vírgula antes do “e” ocorre porque o verbo da oração “e
uma turbulência. A pior da minha vida foi no meio do nada, so- durou uma boa hora” é diferente do verbo da oração anterior.
brevoando o Atlântico, e durou uma boa hora. Já que estou aqui C) a vírgula antes de “sobrevivi” marca a diferença entre os
escrevendo esse artigo, sobrevivi. tempos verbais de “estou escrevendo” e “sobrevivi”.
A turbulência significa que o avião vai cair? Ok, sabemos que D) a vírgula que ocorre depois do “que” e a que ocorre de-
não. Apesar de também sabermos que o avião é a forma mais pois de “violento” estão isolando oração intercalada.
segura de viagem, não é tão fácil lembrar disso em meio a uma E) as aspas nas palavras “violento” e “arremesse” se justifi-
turbulência. Então, não custa lembrar que, mesmo quando o ar cam porque tais palavras pertencem ao vocabulário técnico da
está “violento”, é impossível que ele «arremesse» o avião para aviação.
o chão.
<http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noti- A = Se você é um passageiro frequente, certamente já passou
cia/2015/07/ por uma turbulência – incorreta (subordinada adverbial condi-
turbulencia-dos-avioes-e-perigosa.html> Acesso cional)
em:15/12/2015 B = incorreta (vem depois de uma oração explicativa)
(com adaptações). C = incorreta (separando oração principal da causal)
E = incorreta (empregadas em sentido figurado, facilitando a
13-) Assinale a opção em que o primeiro período do texto foi compreensão da descrição)
reescrito com correção gramatical. RESPOSTA: D
A) Na hipótese de você for um passageiro frequente, já tinha
passado por uma turbulência, com certeza. 16-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
B) Certamente, já deverá ter passado por uma turbulência,
CIVIL - ESAF/2015) A frase sublinhada em “Apesar de também
se você fosse um passageiro frequente.
sabermos que o avião é a forma mais segura de viagem, não é tão
C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já
fácil lembrar disso em meio a uma turbulência” mantém tanto
aconteceu de passar por uma turbulência.
seu sentido original quanto sua correção gramatical na opção:
D) Com certeza, se você foi um passageiro frequente, já ti-
A) Embora também sabemos …
vesse passado por uma turbulência.
B) Dado também saibamos …
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com cer-
C) Pelo motivo o qual também sabemos …
teza, ter passado por uma turbulência.
D) Em virtude de também sabermos …
E) Conquanto saibamos …
Correções:
A) Na hipótese de você for (SER) um passageiro frequente, já
tinha passado (PASSOU) por uma turbulência, com certeza. Correções:
B) Certamente, já deverá (DEVE) ter passado por uma turbu- A) Embora também sabemos = saibamos
lência, se você fosse (FOR) um passageiro frequente. B) Dado também saibamos = sabermos
C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já C) Pelo motivo o qual também sabemos = essa deixa o perío-
aconteceu de passar (PASSOU) por uma turbulência. do confuso...
D) Com certeza, se você foi (É) um passageiro frequente, já D) Em virtude de também sabermos = sentido diferente do
tivesse passado (PASSOU) por uma turbulência. original…
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com cer- E) Conquanto saibamos = conjunção que mantém o sentido
teza, ter passado por uma turbulência. original (concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia
RESPOSTA: E contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo
14-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO que, por mais que, posto que, conquanto, etc.)
CIVIL - ESAF/2015) A expressão sublinhada em “Já que estou es- RESPOSTA: E
crevendo esse artigo, sobrevivi” tem sentido de
A) conformidade. 17-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
B) conclusão. CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Em relação às regras de acentua-
C) causa. ção, assinale a opção correta.
D) dedução.
E) condição. Por que é preciso passar pelo equipamento de raios X?
São normas internacionais de segurança. É proibido portar
Subordinadas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada objetos cortantes ou perfurantes. Se você se esqueceu de des-
exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com pachá-los, esses itens terão de ser descartados no momento da
a circunstância que expressam, classificam-se em: inspeção.
- Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrên- Como devo proceder na hora de passar pelo equipamento
cia da oração principal. As conjunções são: porque, que, como detector de metais?
(= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, A inspeção dos passageiros por detector de metais é obri-
porquanto, já que, desde que, etc. gatória. O passageiro que, por motivo justificado, não puder ser
RESPOSTA: C inspecionado por meio de equipamento detector de metal deverá

33
LÍNGUA PORTUGUESA
submeter-se à busca pessoal. As mulheres grávidas podem soli- 19-) (TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL -
citar a inspeção por meio de detector manual de metais ou por ESAF/2015) Assinale o trecho sem problemas de ortografia.
meio de busca pessoal. A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos
<http://www.infraero.gov.br/images/stories/guia/2014/ desrespeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se primeiro à
guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em: 4/1/2016 (com empresa aérea contratada, para reinvindicar seus direitos como
adaptações). consumidor.
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empre-
A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo sa aérea na ANAC, que analizará o fato.
da conjunção “e”. C) Se a ANAC constatar descomprimento de normas da avia-
B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada ção civil, poderá aplicar sanção administrativa à empresa.
na vogal “e” fechada. D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo
C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “de- firmada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual
verá”. não é possível buscar indenização na Agência.
D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do E) Para exijir indenização por danos morais e/ou materiais,
emprego de locução com substantivo no feminino. consulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe anteci-
E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de padamente se está de posse dos comprovantes necessários.
palavra paroxítona terminada em ditongo. Trechos adaptados de <http://www.infraero.gov.br/images/
Comentários: stories/
A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo guia/2014/guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em:
da conjunção “e” = não é acento diferencial 17/12/2015.
B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada
na vogal “e” fechada = acentua-se por ser oxítona terminada em Por itens:
“e” A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos
C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deve- desrespeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se (DIRIGIR-SE)
rá” = correta (oxítona terminada em “a”). Lembre-se de que, em primeiro à empresa aérea contratada, para reinvindicar (REIVIN-
verbos com pronome oblíquo, este é desconsiderado ao analisar DICAR) seus direitos como consumidor.
a acentuação B) É possível, também, registrar reclamação contra a empre-
D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do sa aérea na ANAC, que analizará (ANALISARÁ) o fato.
emprego de locução com substantivo no feminino = o acento gra- C) Se a ANAC constatar descomprimento (DESCUMPRIMEN-
ve se deve à regência do verbo “submeter” que pede preposição TO) de normas da aviação civil, poderá aplicar sanção adminis-
(submeter-se a) trativa à empresa.
E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo
palavra paroxítona terminada em ditongo = acentua-se por ser firmada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual
proparoxítona não é possível buscar indenização na Agência.
RESPOSTA: C E) Para exijir (EXIGIR) indenização por danos morais e/ou
materiais, consulte os órgãos de defesa do consumidor, e averi-
18-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIEN- gúe (AVERIGUE) antecipadamente se está de posse dos compro-
TAL 01 – FCC/2014 - adaptada) vantes necessários.
... a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX, come- RESPOSTA: D
çava em Araritaguaba...
O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se 20-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES-
encontra o grifado acima está em: COLAR - EXATUS/2015 ) Assinale a alternativa em que a palavra
(A) ... o Tietê é um regato. é acentuada pela mesma razão que “cerimônia”:
(B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... A) tendência – crônica.
(C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou B) descartáveis – uísque.
caro ao rio. C) búzios – vestuário.
(D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... D) ótimo – cipó.
(E) ... e traziam ouro.
Cerimônia = paroxítona terminada em ditongo
“Começava” = pretérito imperfeito do Indicativo A) tendência = paroxítona terminada em ditongo / crônica =
(A) ... o Tietê é um regato. = presente do Indicativo proparoxítona
(B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... = pre- B) descartáveis = paroxítona terminada em ditongo / uísque
sente do Indicativo = regra do hiato
(C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou C) búzios = paroxítona terminada em ditongo / vestuário =
caro ao rio.= pretérito perfeito do Indicativo paroxítona terminada em ditongo
(D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... = D) ótimo = proparoxítona / cipó = oxítona terminada em “o”
presente do Indicativo RESPOSTA: C
(E) ... e traziam ouro. = pretérito imperfeito do Indicativo
RESPOSTA: “E”

34
LÍNGUA PORTUGUESA
21-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO Voltemos ao texto: “Quais as implicações desse conjunto de
ESCOLAR - EXATUS/2015 ) Os termos destacados abaixo estão hábitos e comportamentos para nossos filhos? Para o pediatra
corretamente analisados quanto à função sintática em: Daniel Becker, esses têm sido (..)”
I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito. RESPOSTA: E
II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto.
III - O Boldo resolve – predicado verbal. 24-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No frag-
A) Apenas I e II. mento: “... além de um tempo reservado ao lazer com elas...”. A
B) Apenas I e III. palavra destacada expressa ideia de:
C) Apenas II e III. (A) Ressalva.
D) I, II e III. (B) Conclusão.
(C) Adição.
I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito = correta (D) Advertência.
II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto = correta (E) Explicação.
III - O Boldo resolve – predicado verbal = correta
RESPOSTA: D Dá-nos a ideia de adição.
RESPOSTA: C
22-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)
25-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No pe-
A essência da infância ríodo: “Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros
Como a convivência íntima com os filhos é capaz de trans- pecados cometidos à infância, que prejudicarão as crianças até a
formar vida adulta”. O verbo destacado está respectivamente no modo
a relação das crianças consigo mesmas e com o mundo e tempo do:
(A) Indicativo – presente.
Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o (B) Subjuntivo – pretérito.
tablet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais (C) Subjuntivo – futuro.
que não conseguem impor limites e falar “não”. Os momentos (D) Indicativo – futuro.
de lazer que ficaram restritos ao shopping Center, em vez de (E) Indicativo – pretérito.
descobertas ao ar livre. Quais as implicações desse conjunto de
hábitos e comportamentos para nossos filhos? Para o pediatra Quando o verbo termina em “ão”: indica uma ação que acon-
Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à tecerá – futuro do presente do Indicativo.
infância, que prejudicarão as crianças até a vida adulta. Pioneiro RESPOSTA: D
da Pediatria Integral, prática que amplia o olhar e o cuidado para
promover o desenvolvimento pleno e o bem-estar da criança e da 26-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase:
família, Daniel defende que devemos estar próximos dos peque- Se não chover hoje à tarde faremos um belíssimo passeio. Há in-
nos – esse, sim, é o melhor presente a ser oferecido. E que desen- dicação de:
volver intimidade com as crianças, além de um tempo reservado (A) Comparação.
ao lazer com elas, faz a diferença. Para o bem-estar delas e para (B) Condição.
toda a família. (C) Tempo.
(Revista Vida Simples. Dezembro de 2015). (D) Concessão.
O tema central do texto a essência da infância refere-se: (E) Finalidade.
(A) Às tecnologias disponíveis.
(B) À importância do convívio familiar. O trecho apresenta uma condição para que façamos um be-
(C) Às preocupações do pediatra Daniel Becker. líssimo passeio: não chover.
(D) À importância de impor limites. RESPOSTA: B
(E) Ao exagerado consumo. 27-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
01 – FCC/2014) Até o século passado, as margens e várzeas do
Fica clara a intenção do autor: mostrar a importância do Tietê ...... pela população, ...... das enchentes e do risco de doen-
convívio familiar (E que desenvolver intimidade com as crianças, ças que ...... depois delas.
além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença. Os espaços da frase acima estarão corretamente preenchi-
Para o bem-estar delas e para toda a família). dos, na ordem dada, por:
RESPOSTA: B (A) eram evitadas − temerosa − apareciam
(B) era evitadas − temerosa − aparecia
23-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No ex- (C) era evitado − temerosas − apareciam
certo: “... esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à infân- (D) era evitada − temeroso − aparecia
cia...”. O pronome em destaque refere-se a: (E) eram evitadas − temeroso – aparecia
(A) Celular e tablet.
(B) Agenda. Destaquei os termos que se relacionam:
(C) Aulas depois da escola. Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê eram
(D) Visitas ao shopping Center. evitadas pela população, temerosa das enchentes e do risco de
(E) Conjunto de hábitos. DOENÇAS que APARECIAM depois delas.
Eram evitadas / temerosa / apareciam.
RESPOSTA: A

35
LÍNGUA PORTUGUESA
28-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: 32-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL
“O livro que estou lendo é muito interessante”. A palavra desta- – FCC/2014 - adaptada)
cada é um: ...’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas
(A) Artigo. no interior do país...
(B) Substantivo. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma ver-
(C) Adjetivo. bal resultante será:
(D) Verbo. (A) vinham indicadas.
(E) Pronome. (B) era indicado.
(C) eram indicadas.
Quando conseguimos substituir o “que” por “o qual” temos (D) tinha indicado.
um caso de pronome relativo – como na questão. (E) foi indicada.
RESPOSTA: E
‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas
29-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016 - adapta- no interior do país.
da) No período: “ANS reforça campanha contra o mosquito trans- As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertane-
missor da dengue e zika”. O verbo em destaque apresenta-se: jo, indistintamente.
(A) Na voz passiva. RESPOSTA: C
(B) Na voz ativa.
(C) Na voz reflexiva. 33-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015)
(D) Na voz passiva analítica. As normas de concordância estão respeitadas em:
(E) Na voz passiva sintética. (A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pa-
risiense onde se confinava criminosos e dissidentes políticos − a
Temos sujeito (ANS) praticando a ação (reforça), portanto Revolução Francesa levou milhares de condenados à guilhotina.
voz ativa. (B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta-
RESPOSTA: B dos Unidos chegariam com algum atraso ao
Brasil, mas com efeito igualmente devastador.
30-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na fra- (C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isola-
se: Ao terminar a prova, todos os candidatos deverão aguardar a mento do país, viajava na bagagem da pequena elite brasileira
verificação dos aplicadores. A oração destacada faz referência a que tivera oportunidade de estudar em Portugal.
(A) Condição. (D) No final do século 18, haviam mudanças profundas na
(B) Finalidade. tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor protagonizadas
(C) Tempo. pelos ingleses.
(D) Comparação. (E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, ha-
(E) Conformidade. via nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard,
A frase nos dá a ideia do momento (tempo) em que devere- e chegava a três milhões de exemplares por ano a circulação de
mos aguardar a verificação por parte dos aplicadores. jornais.
RESPOSTA: C
Correções:
31-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015) (A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão
Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em parisiense onde se confinava (CONFINAVAM) criminosos e dissi-
outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, dentes políticos − a Revolução Francesa levou milhares de conde-
transformado em minha própria estrela. nados à guilhotina.
Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, os verbos (B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Es-
sublinhados devem assumir a seguinte forma: tados Unidos chegariam (CHEGARIA) com algum atraso ao Brasil,
(A) iria − iria ser − teria enchido mas com efeito igualmente devastador.
(B) ia − tinha sido − encheria (C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isola-
(C) viria − iria ser − encheria mento do país, viajava (VIAJAVMA) na bagagem da pequena elite
(D) iria − teria sido − encheria brasileira que tivera oportunidade de estudar em Portugal.
(E) viria − teria sido − teria enchido (D) No final do século 18, haviam (HAVIA) mudanças profun-
das na tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor prota-
O modo verbal que trabalha com hipótese é o Subjuntivo. gonizadas pelos ingleses.
Façamos as transformações: Mas não iria pegá- -lo − o poe- (E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, ha-
ma já teria sido reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu via nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard,
boi no asfalto ainda me encheria de luz, transformado em minha e chegava a três milhões de exemplares por ano a circulação de
própria estrela. jornais.
RESPOSTA: D RESPOSTA: E

34-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 -


adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão.
O pesquisador e médico sanitarista Luiz Hildebrando Perei-
ra da Silva tornou-se professor titular de parasitologia em 1997,
assumindo a direção dos programas de pesquisa em Rondônia

36
LÍNGUA PORTUGUESA
− numa das frentes avançadas da USP na Amazônia −, que redu- Vejamos:
ziram o percentual de registros de malária em Rondônia de 40% (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece, relaciona-
para 7% do total de casos da doença na região amazônica em da à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos.
uma década. = incorreta
(Adaptado de: revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/o- (B) Há experiências importantes em cidades brasileiras, tam-
-cientista- bém. = correta
das-doencas-tropicais) (C) ... uma parte, prioriza a transparência como meio de
prestação de contas e responsabilidade política frente à socieda-
... que reduziram o percentual de registros de malária em de civil, como a ideia de governo aberto... = incorreta
Rondônia... (D) ...outra parte prioriza a participação popular através da
O elemento que justifica a flexão do verbo acima é: interatividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de
(A) casos da doença. dados, abertos por entidades e empresas. = incorreta
(B) frentes avançadas da USP na Amazônia. (E) Contudo, existem estudos, que apontam que bastariam
(C) registros de malária. meros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de
(D) programas de pesquisa em Rondônia. uma pessoa na cidade. = incorreta
(E) investigações sobre a malária em Rondônia. RESPOSTA: B

Recorramos ao texto: “assumindo a direção dos programas 37-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES
de pesquisa em Rondônia − numa das frentes avançadas da USP - FCC/2016) A alternativa em que a expressão sublinhada pode
na Amazônia −, que reduziram o percentual”. O termo entre “tra- ser substituída pelo que se apresenta entre colchetes, respei-
ços” é um aposto, uma informação a mais. O verbo se relaciona tando-se a concordância, e sem quaisquer outras alterações no
com o termo anteriormente citado (programas). enunciado, é:
RESPOSTA: D (A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades in-
teligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo...
35-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 - [viável]
adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão. (B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relaciona-
da à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos.
Sobre a vinda ao Brasil, Luiz Hildebrando Pereira da Silva afir- [relacionado]
mou: “Quando me aposentei na França, considerando-me ainda (C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se arma-
válido, hesitei antes de tomar a decisão de me reintegrar às ati-
zenar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade
vidades de pesquisa na Amazônia. Acabei decidindo. (...) Eu me
urbana... [são possíveis]
...... um velho ranzinza se ....... ficado na França plantando rosas”.
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas,
(Adaptado de: cremesp.org.br)
por exemplo, até os dados pessoais... [pública]
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam
Considerado o contexto, preenchem corretamente as lacu-
meros quatro pontos de dados... [bastaria]
nas da frase acima, na ordem dada:
(A) tornarei − tinha
Analisando:
(B) tornara − tivesse
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades in-
(C) tornarei − tiver
(D) tornaria − tivesse teligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo...
(E) tornasse – tivera [viável] = já é viável
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada
Pelo contexto, é possível identificar que se trata de uma hi- à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [re-
pótese (se tivesse ficado na França, ele se tornaria um velho ran- lacionado] = teríamos que alterar a palavra “ideia” por um subs-
zinza). tantivo masculino
RESPOSTA: D (C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze-
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade ur-
36-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - bana... [são possíveis] = são possíveis armazenamentos (inclusão
FCC/2016 - adaptada) O acréscimo de uma vírgula após o termo desse termo)
sublinhado não altera o sentido nem a correção do trecho: (D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas,
(A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada por exemplo, até os dados pessoais... [pública] = ok
à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. (E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam
(B) Há experiências importantes em cidades brasileiras tam- meros quatro pontos de dados... [bastaria] = bastaria um ponto
bém. RESPOSTA: D
(C) ... uma parte prioriza a transparência como meio de pres-
tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade 38-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
civil, como a ideia de governo aberto... FCC/2016) A frase cuja redação está inteiramente correta é:
(D) ...outra parte prioriza a participação popular através da (A) Obtido pela identificação por radiofrequência, os dados
interatividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de das placas de veículos são passíveis em oferecer informações va-
dados abertos por entidades e empresas. liosas acerca dos motoristas.
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam (B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de se-
meros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de tores urbanos são facilitadores de serviços imprecindíveis, como
uma pessoa na cidade. saúde, educação e segurança.

37
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- Por item:
taca-se em termos de inteligência, com avançados centros de (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à (A)
operação de dados. uma brisa de contentamento. = antes de artigo indefinido
(D) São necessários viabilizar projetos de cidades inteligen- (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
tes, amparados em políticas públicas que salvaguardam os dados abraçar uma árvore gigante.
abertos dos cidadãos. (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à (A) escrever tudo
(E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados o que me propusera para o dia. = antes de verbo no infinitivo
permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido (D) A paineira sobreviverá a todas às (AS) 18 milhões de pes-
como espaço de fluxos. soas que hoje vivem em São Paulo. = função de artigo
(E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à (A) essa
Analisando: tradição de se abraçar árvore. = antes de pronome demonstra-
(A) Obtido (OBTIDOS) pela identificação por radiofrequência, tivo
os dados das placas de veículos são passíveis em (DE) oferecer RESPOSTA: B
informações valiosas acerca dos motoristas.
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de se- 41-) (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO – TÉCNICO
tores urbanos são facilitadores (É FACILITADORA) de serviços ADMINISTRATIVO – FCC/2014)
imprescindíveis (IMPRESCINDÍVEIS), como saúde, educação e se- ... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran
gurança. era também cantor-compositor.
(C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des- O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o
taca-se (SE DESTACAM) em termos de inteligência, com avança- destacado acima está empregado em:
dos centros de operação de dados. (A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator...
(D) São necessários (É NECESSÁRIO) viabilizar projetos de (B) Primeiro surgiu o cantor-compositor...
cidades inteligentes, amparados em políticas públicas que salva- (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...
guardam os dados abertos dos cidadãos. (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil...
(E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados (E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução...
permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido
como espaço de fluxos. Descobrir = exige objeto direto
RESPOSTA: E (A) E Adoniran estava = verbo de ligação
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo
39-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo
- FCC/2016) Foram dois segundos de desespero durante os quais de ligação
contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de
a mendicância... ligação
Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a for- (E) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto
ma resultante será: RESPOSTA: E
(A) contemplavam-se.
(B) foram contemplados. 42-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
(C) contemplam-se. JUDICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada)
(D) eram contemplados. Atribuindo-se sentido hipotético para o segmento E é curioso
(E) tinham sido contemplados. que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham..., os ver-
bos devem assumir as seguintes formas:
O distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a men- (A) teria sido − soubesse − viriam
dicância foram contemplados por mim. (B) será − saiba − virão
RESPOSTA: B (C) era − tivesse sabido − viriam
40-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES (D) fora − tivera sabido − vieram
- FCC/2016) O sinal indicativo de crase está empregado correta- (E) seria − tivesse sabido – viriam
mente em:
(A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à Hipótese é com o modo subjuntivo: E seria curioso que nunca
uma brisa de contentamento. tivesse sabido ao certo de onde eles viriam...
(B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de RESPOSTA: E
abraçar uma árvore gigante.
(C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o 43-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
que me propusera para o dia. JUDICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada)
(D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de
que hoje vivem em São Paulo. mulungus...
(E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tra- Na frase acima, alterando-se de voz passiva sintética para
dição de se abraçar árvore. analítica, a forma verbal resultante é:
(A) tinha sido medida
(B) tinham sido medidos
(C) era medida
(D) eram medidas
(E) seria medida

38
LÍNGUA PORTUGUESA
A grandeza da manhã era medida pela quantidade de mulun- 48-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015)
gus (na analítica basta retirar o pronome apassivador e fazer as “Seja você a mudança no trânsito”; a forma de reescrever-se essa
alterações adequadas). mesma frase que mostra uma incorreção da forma verbal no im-
RESPOSTA: C perativo é:
(A) sê tu a mudança no trânsito;
44-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) (B) sejamos nós a mudança no trânsito;
“15 segundos de novela bastam para me matar de tédio.” A ex- (C) sejam vocês a mudança no trânsito;
pressão “me matar de tédio” expressa (D) seja ele a mudança no trânsito;
(A) uma comparação. (E) sejai vós a mudança no trânsito.
(B) uma ironia.
(C) um exagero. Correções:
(D) uma brincadeira. (A) sê tu a mudança no trânsito - OK
(E) uma ameaça.
(B) sejamos nós a mudança no trânsito - OK
(C) sejam vocês a mudança no trânsito - OK
Hipérbole = exagero
(D) seja ele a mudança no trânsito - OK
RESPOSTA: C
(E) sejai vós a mudança no trânsito – SEDE VÓS
45-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) RESPOSTA: E
Dizer que “a vida é um mar de rosas” é uma comparação que é
denominada, em termos de linguagem figurada, de 49-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 -
(A) metáfora. adaptada)
(B) pleonasmo. “Vivemos numa sociedade que tem o hábito de responsabili-
(C) metonímia. zar o Estado, autoridades e governos pelas mazelas do país. Em
(D) hipérbole. muitos casos são críticas absolutamente procedentes, mas, quan-
(E) eufemismo. do o tema é segurança no trânsito, não nos podemos esquecer
Metáfora - consiste em utilizar uma palavra ou uma expres- que quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos nós”.
são em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em O desvio de norma culta presente nesse segmento é:
virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e per- (A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria in-
cebe entre elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora serir a preposição “em” antes do “que”;
de seu sentido normal. (B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce-
RESPOSTA: A dentes” deveria ser substituído por “precedentes”;
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos”
46-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) deveria ser substituída por “vive-se”;
“Bobagem imaginar que a vida é um mar de rosas só por causa (D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”:
de um enredo açucarado.” deveria inserir-se a preposição “de” antes do “que”;
Um “enredo açucarado” significa um enredo (E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos
(A) engraçado. nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz”.
(B) crítico.
(C) psicológico. Por item:
(D) aventureiro. (A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria in-
(E) sentimental. serir a preposição “em” antes do “que” = incorreta
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce-
Questão de interpretação dentro de um contexto. Açucarado
dentes” deveria ser substituído por “precedentes” = mudaria o
geralmente se refere a um texto doce, sentimental.
sentido do período
RESPOSTA: E
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos”
47-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015) As- deveria ser substituída por “vive-se” = incorreta
sinale a opção cujo par não é formado por substantivo + adjetivo. (D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”:
(A) Enredo açucarado. deveria inserir-se a preposição “de” antes do “que” = nos esque-
(B) Dias atuais. cer de que
(C) Produto cultural. (E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos
(D) Tremendo preconceito. nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz” = incor-
(E) Telenovela brasileira. reta
RESPOSTA: D
Analisemos:
(A) Enredo açucarado. = substantivo + adjetivo 50-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 -
(B) Dias atuais. = substantivo + adjetivo adaptada)
(C) Produto cultural. = substantivo + adjetivo “Deveríamos aproveitar a importância desta semana para
(D) Tremendo preconceito. Adjetivo + substantivo (no con- refletir sobre nosso comportamento como pedestres, passagei-
texto, “tremendo” tem sentido de adjetivo – grande; pode-se ros, motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cida-
classificar como verbo + substantivo, mas o enunciado cita “par”, dãos cujas ações tem reflexo na nossa segurança, assim como
portanto a classificação deve considerar tal formação) dos demais”.
(E) Telenovela brasileira. = substantivo + adjetivo
RESPOSTA: D

39
LÍNGUA PORTUGUESA
O comentário correto sobre os componentes desse segmen- 52-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) A
to é: frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é:
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os (A) “Perseverança não é só bater em porta certa, mas bater
motoristas; até abrir”. (Guy Falks);
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois (B) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levantar
seu sujeito está no plural; toda vez que caímos”. (Oliver Goldsmith);
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob”; (C) “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”.
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras (Abraham Lincoln);
“em fim”; (D) “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas podemos
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das fazer alguma coisa já”. (Calvin Coolidge);
demais”, por referir-se ao feminino “ações”. (E) “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contribuía
para seu progresso”. (Nouailles).
Análise:
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os A alternativa que apresenta adição de ideias é: “ele estudava
motoristas = incorreta (sujeito elíptico = nós) e isso contribuía para seu progresso”.
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois RESPOSTA: E
seu sujeito está no plural = exatamente
(C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob” 53-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016)
= de maneira alguma Em todas as frases abaixo o verbo ter foi empregado no lugar de
(D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras outros com significado mais específico. A frase em que a substi-
“em fim” = incorreta tuição por esses verbos mais específicos foi feita de forma ade-
(E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de- quada é:
mais”, por referir-se ao feminino “ações” = dos demais (cidadãos) (A) “Nunca é tarde para ter uma infância feliz”. (Tom Rob-
RESPOSTA: B bins) / desfrutar de;
(B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciên-
51-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) cia você tem, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / você oferece;
O termo em função adjetiva sublinhado que está substituído por (C) “O maior recurso natural que qualquer país pode ter são
um adjetivo inadequado é: suas crianças”. (Danny Kaye) / usar;
(A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon- (D) “Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo
tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / di- quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músi-
vinatória; co”. (Mansour Challita) / originar;
(B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele (E) “A família é como a varíola: a gente tem quando criança e
termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais; fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre.
(C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coi-
sas”. (Leo Buscaglia) / universal; Façamos as alterações propostas para facilitar a análise:
(D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não (A) “Nunca é tarde para desfrutar de uma infância feliz”.
interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino; (Tom Robbins) / desfrutar de;
(E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças (B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta pa-
pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L. ciência você oferece, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / oferece;
Mencken) / dominical. (C) “O maior recurso natural que qualquer país pode usar são
suas crianças”. (Danny Kaye) / usar;
Vejamos: (D) “Acreditar que basta originar filhos para ser pai é tão ab-
(A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon- surdo quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um
tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / di- músico”. (Mansour Challita) / originar;
vinatória = ok (E) “A família é como a varíola: a gente sofre quando criança
(B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele e fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre.
termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais = RESPOSTA: A
fluviais (pluvial é da chuva)
(C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coi- 54-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Sobre
sas”. (Leo Buscaglia) / universal = ok os elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro
(D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não não era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas.
interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino = ok I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem altera-
(E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças ção de sentido por COM EFEITO.
pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L. II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração.
Mencken) / dominical = ok III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa.
RESPOSTA: B
Está correto apenas o que se afirma em:
A) I.
B) II e III.
C) I e II.
D) III.
E) I e III.

40
LÍNGUA PORTUGUESA
Na alternativa II – “era o Sol” formam o predicado nominal. Está correto apenas o que se afirma em:
RESPOSTA: E A) I.
B) II.
55-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Do pon- C) III.
to de vista da norma culta, a única substituição pronominal reali- D) I e III.
zada que feriu a regra de colocação foi: E) II e III.
A) “Chamavam-lhe o passarinheiro.” = Lhe chamavam o pas-
sarinheiro. Analisemos:
B) “O mundo inteiro se fabulava.” = O mundo inteiro fabu- I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
lava-se. pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aque-
C) “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam” = Eles la música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele
igualam-se aos bichos silvestres, concluíam. bairro não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado = er-
D) “Os brancos se inquietavam com aquela desobediência” = rado (o único que deve receber acento grave é “aquela”, neste
Os brancos inquietavam-se com aquela desobediência. caso)
E) “O remédio, enfim, se haveria de pensar.” = O remédio, II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” /
enfim, haver-se-ia de pensar. “desdobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras
destacadas são acentuadas obedecendo à mesma regra de acen-
Não se inicia um período com pronome oblíquo. tuação.
RESPOSTA: A Remédio – paroxítona terminada em ditongo / existência -
paroxítona terminada em ditongo
56-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses
– FCC/2014) Substituindo-se o segmento grifado pelo que está com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função
entre parênteses, o verbo que se mantém corretamente no sin- anafórica, exprimindo relação coesiva referencial. = função ana-
gular, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está fórica é a relação de um termo com outro que será citado (esses
em: pássaros)
(A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as toa- RESPOSTA: E
das)
(B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os 58-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORIS-
antropólogos)... TA - IBFC/2015) Em “Minha geladeira, afortunadamente, está
(C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. cheia”, o termo em destaque classifica-se, morfologicamente,
(As canções populares) como:
(D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e A) adjetivo
voz grave... (quase todos os homens) B) advérbio
(E) ...’sertanejo’ passou a significar o caipira do Centro-Sul... C) substantivo
(os caipiras do Centro-Sul) D) verbo
E) conjunção
(A) representa uma saudade... (todas as toadas) = represen-
tam Palavras terminadas em “-mente”, geralmente (!), são advér-
(B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam bios de modo.
(C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções popu- RESPOSTA: B
lares) = conservam
(D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os 59-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORIS-
homens) = cantavam TA - IBFC/2015) Considerando a estrutura do período “Quero
(E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras engordar no lugar certo.”, pode-se afirmar, sobre o verbo em
do Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas, significando destaque que:
um apelido) A) não apresenta complemento
RESPOSTA: E B) está flexionado no futuro do presente
C) seu sujeito é inexistente
57-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Consi- D) constitui uma oração
dere as seguintes afirmações sobre aspectos da construção lin- E) expressa a ideia de possibilidade
guística:
I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no A - Quero é verbo transitivo direto – precisa de complemento
pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aque- (objeto) – representado aqui por uma oração (engordar no lugar
la música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele certo).
bairro não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado. B – está flexionado no presente
II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / C – sujeito elíptico (eu)
“desdobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras E – queria indicaria possibilidade
destacadas são acentuadas obedecendo à mesma regra de acen- RESPOSTA: D
tuação.
III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses
com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função
anafórica, exprimindo relação coesiva referencial.

41
LÍNGUA PORTUGUESA
60-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- Analisemos
CAN/2016 - adaptada) A palavra “se” possui inúmeras classifica- A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aque-
ções e funções. Acerca das ocorrências do termo “se” em “Exa- cimento global está ocorrendo em função”
tamente por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os B) “Nunca se viu (viram) mudanças tão rápidas e com efeitos
protagonistas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câme- devastadores”
ra de lado e põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
muito com os bebês que chegam nos botes.” pode-se afirmar que bém colabora (colaboram) para este processo”
A) possuem o mesmo referente. D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po-
B) ligam orações sintaticamente dependentes. luentes no mundo, não aceitou (aceitaram) o acordo”
C) apenas o primeiro “se” é pronome apassivador. RESPOSTA: A
D) apenas o último “se” é uma conjunção integrante.
64-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU-
Possuem o mesmo referente (o fotojornalista). TO-CIDADES/2016) A voz verbal ativa correspondente à voz pas-
RESPOSTA: A siva destacada em “A Europa tem sido castigada por ondas de
61-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- calor” é:
CAN/2016 - adaptada) Ao substituir “perigos da travessia” por A) Castigaram.
“travessia”, mantendo-se a norma padrão da língua, em “Obvia- B) Têm castigado.
mente, são os mais vulneráveis aos perigos da travessia.” ocor- C) Castigam.
reria: D) Tinha castigado.
A) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador
de crase. As ondas de calor têm castigado a Europa.
B) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria RESPOSTA: B
sido modificado.
C) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador 65-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU-
de crase, substituindo-se “aos” por “à”. TO-CIDADES/2016) Marque a opção em que a regência verbal foi
D) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente DESOBEDECIDA:
passaria a não exigir o emprego da preposição. A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabili-
dade do equilíbrio ambiental é coletiva.
Teríamos: Obviamente, são os mais vulneráveis à travessia – B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
“vulnerável” exige preposição. equilíbrio ambiental é coletiva.
RESPOSTA: C C) Todos os países não devem esquecer-se de que a respon-
sabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
62-) (UFPB-PB – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO - IDE- D) Todos os países não devem esquecer de que a responsabi-
CAN/2016 - adaptada) De acordo com a classe de palavras, as- lidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
sinale a alternativa em que o termo destacado está associado
INCORRETAMENTE. Vejamos:
A) “E não só isso.” – pronome. A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabili-
B) “Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis.” – substan- dade do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
tivo. B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
C) “Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo?” – con- equilíbrio ambiental é coletiva - ok
junção. C) Todos os países não devem esquecer-se de que a respon-
D) “O preparo para a vida adulta envolve uma espécie de sabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
libertação das opiniões familiares.” – verbo. D) Todos os países não devem esquecer de que (esquecer
que) a responsabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
“Nunca” é advérbio (de negação). RESPOSTA: D
RESPOSTA: C
66-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU-
63-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU- TO-CIDADES/2016) Marque a opção em que as duas palavras são
TO-CIDADES/2016) Marque a opção em que há total observância acentuadas por obedecerem a regras distintas:
às regras de concordância verbal: A) Catástrofes – climáticas.
A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aque- B) Combustíveis – fósseis.
cimento global está ocorrendo em função” C) Está – país.
B) “Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devas- D) Difícil – nível.
tadores”
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam- Por item:
bém colabora para este processo” A) Catástrofes = proparoxítona / climáticas = proparoxítona
D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po- B) Combustíveis = paroxítona terminada em ditongo / fósseis
luentes no mundo, não aceitou o acordo” = paroxítona terminada em ditongo
C) Está = oxítona terminada em “a” / país = regra do hiato
D) Difícil = paroxítona terminada em “l” / nível = paroxítona
terminada em “l”
RESPOSTA: C

42
LÍNGUA PORTUGUESA
67-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU- Correções:
TO-CIDADES/2016) Assim como “redução” e “emissão”, grafam- (A) A mudança de direção da economia fazem (FAZ) com que
-se, correta e respectivamente, com Ç e SS, as palavras: se altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo.
A) Aparição e omissão. (B) Existe (EXISTEM) indivíduos que, sem carteira de trabalho
B) Retenção e excessão. assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos recur-
C) Opreção e permissão. sos.
D) Pretenção e impressão. (C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fize-
ram com que muitas empresas optassem por manter seus fun-
A) Aparição = OK / omissão = OK cionários.
B) Retenção = OK / excessão = EXCEÇÃO (D) São as dívidas que faz (FAZEM) com que grande número
C) Opreção = OPRESSÃO / permissão = OK dos consumidores não estejam (ESTEJA) em dia com suas obri-
D) Pretensão = PRETENSÃO / impressão= OK gações.
RESPOSTA: a (E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Cré-
dito mostra (MOSTRAM) que 59 milhões de consumidores não
68-) (SEAP-GO - AUXILIAR DE SAÚDE - SEGPLAN/2016) Leia pode (PODEM) obter novos créditos.
o texto publicitário abaixo. RESPOSTA: C

70-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESER-


VA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adap-
tada) Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os
filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respec-
tivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as
regras sobre regência verbal e concordância nominal prescritas
pela norma- -padrão, deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto


Pasta. São Paulo, n. 10, p.86 set-out. 2007 (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto.
* Com a doação de órgãos, a vida continua. RESPOSTA: “E”.

A finalidade desse anúncio é 71-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RE-


A) Simbolizar o fim da vida. SERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014
B) Proibir a doação de órgãos. - adaptada) Conforme a norma-padrão, a oração “As obras foram
C) Estimular a doação de órgãos. iniciadas em janeiro de 1992” poderia ser reescrita da seguinte
D) Questionar a doação de órgãos. maneira:
E) Demonstrar os sinais de pontuação (A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992.
(B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992.
Campanha a favor da doação de órgãos, já que com tal atitu- (C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992.
de a vida continua. (D) Teve início as obras em janeiro de 1992.
RESPOSTA: C (E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992.

69-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) Podemos ir por eliminação: em “A”, o correto seria “inicia-
Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. ram-se”; em “B”, não podemos iniciar um período com prono-
(A) A mudança de direção da economia fazem com que se me (iniciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em “A”); em “D”:
altere o tamanho das jornadas de trabalho, porexemplo. tiveram início; “E”: deu-se início às obras. Portanto, chegamos
(B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada, à resposta correta – pelo caminho mais longo. O caminho mais
enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos. curto é transformar a voz passiva analítica (a do enunciado) em
(C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fize- sintética: Iniciaram-se as obras.
ram com que muitas empresas optassem por manter seus fun- *Dica: a passiva sintética tem o “se” (pronome apassivador).
cionários. Sintética = Se (memorize!)
(D) São as dívidas que faz com que grande número dos con- RESPOSTA: C
sumidores não estejam em dia com suas obrigações.
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Cré- 72-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016)
dito mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter no- O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprie-
vos créditos. tário e principal apresentador: no próximo dia 12 [12.12.2015]
colocará no ar um especial com 2h30 de duração em homenagem
a Silvio Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos.
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias)

43
LÍNGUA PORTUGUESA
As informações textuais permitem afirmar que, em 75-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016)
12.12.2015, Sílvio Santos completou seu Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo, em
(A) octogenário quinquagésimo aniversário. conformidade com a norma-padrão.
(B) octogésimo quinto aniversário. (A) Caso Minas Gerais usa a experiência do Japão, pode supe-
(C) octingentésimo quinto aniversário. rar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(D) otogésimo quinto aniversário. (B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Ja-
(E) oitavo quinto aniversário. pão, poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e
sociais.
RESPOSTA: B (C) Se o Japão se dispor a auxiliar Minas Gerais, Mariana é
superada e os danos ambientais e sociais recuperados.
73-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016 - (D) Se o Japão manter seu auxílio a Minas Gerais, Mariana
adaptada) Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão poderá ser superada e os danos ambientais e sociais recupera-
e aos sentidos do texto. dos.
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação (E) Caso Minas Gerais faz uso da experiência do Japão, po-
para contornar as tragédias. derá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos que as parce-
rias nipo-brasileiras renderão bons frutos. Analisemos:
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discor- (A) Caso Minas Gerais usa (USE) a experiência do Japão, pode
dar com as parcerias nipo-brasileira. (PODERÁ) superar Mariana e recuperar (RECUPARERÁ) os danos
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que são impor- ambientais e sociais.
tantes as parcerias nipos-brasileiras. (B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Ja-
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de pão, poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e
tragédia e das parcerias nipo-brasileira. sociais.
(C) Se o Japão se dispor (DISPUSER) a auxiliar Minas Gerais,
Acertos: Mariana é (SERÁ) superada e os danos ambientais e sociais recu-
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação perados.
para contornar as tragédias. (D) Se o Japão manter (MANTIVER) seu auxílio a Minas Ge-
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos (DE) que as rais, Mariana poderá ser superada e os danos ambientais e so-
parcerias nipo-brasileiras renderão bons frutos. ciais recuperados.
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discor- (E) Caso Minas Gerais faz (FAÇA) uso da experiência do Ja-
dar com as parcerias nipo-brasileira (BRASILEIRAS). pão, poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que (REVELA e sociais.
QUE) são importantes as parcerias nipos(NIPO)-brasileiras. RESPOSTA: B
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de
tragédia e das parcerias nipo- -brasileira(BRA- 76-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚ-
SILEIRAS). DE – LABORATÓRIO – VUNESP/2014)
RESPOSTA: A Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir
e a enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o
74-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) acento indicativo da crase, tem-se:
Observe: (A) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do desconforto,
Acostumados___________ tragédias naturais, os japoneses ...
geralmente se reerguem em tempo recorde depois de catástro- (B) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto,
fes. ...
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão (C) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto,
já voltava________ viver a sua rotina. ...
Um tsunami chegou ______costa nordeste do Japão em (D) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto,
2011, deixando milhares de mortos e desaparecidos. ...
De acordo com a norma-padrão, as lacunas das frases devem (E) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto,
ser preenchidas, respectivamente, com: ..
(A) a … à … à
(B) à … a … a incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto = incitá-los À
(C) às … a … à reação e AO enfrentamento.
(D) as … a … à RESPOSTA: A
(E) às … à … a
77-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014)
Acostumados ÀS tragédias naturais, os japoneses geralmen- A assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
te se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes. A) Houveram eleições em outros países este ano.
Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão B) Se eu vir você por aí, acabou.
já voltava A viver a sua rotina. C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
Um tsunami chegou À costa nordeste do Japão em 2011, dei- D) Fazem três anos que não tiro férias.
xando milhares de mortos e desaparecidos. E) Esse homem possue muitos bens.
RESPOSTA: C

44
LÍNGUA PORTUGUESA
Correções à frente:
A) Houveram eleições em outros países este ano = houve
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos
E) Esse homem possue muitos bens = possui
RESPOSTA: “B”.

78-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO/2014) Assinale a assertiva cuja regência verbal está correta:
A) Ela queria namorar com ele.
B) Já assisti a esse filme.
C) O caminhoneiro dormiu no volante.
D) Quando eles chegam em Campo Grande?
E) A moça que ele gosta é aquela ali.

Correções:
A) Ela queria namorar com ele = namorar “ele” (ou namorá-lo).
B) Já assisti a esse filme = correta
C) O caminhoneiro dormiu no volante = dormiu ao volante (“no” dá a entender “sobre” o volante!)
D) Quando eles chegam em Campo Grande? = chegaram a Campo Grande
E) A moça que ele gosta é aquela ali = a moça de quem ele gosta
RESPOSTA: “B”.

79-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A acentuação correta está na alternativa:
A) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
B) platéia – tuiuiu – instrui-los.
C) ponei – geléia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói.
E) lingüiça – feiúra – idéia.

Palavras corrigidas:
A) eu abençoo – eles creem – ele argui.
B) plateia – tuiuiú – instruí-los.
C) pônei – geleia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói = corretas
E) linguiça – feiura – ideia.
RESPOSTA: D

80-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)


A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste _______ grave ameaça ____ saúde
humana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada _______ uma população de baixa
renda, mais vulnerável devido _______condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada.
(http://www.tratabrasil.org.br Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma- -padrão da língua
portuguesa.
A) em ... A ... À ... A.
B) em ... À ... A ... A.
C) de ... À ... A ... As.
D) em ... À ... À ... Às.
E) de ... A ... A ... Às.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste EM grave ameaça À saúde humana.
Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada A uma população de baixa renda, mais vul-
nerável devido A condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada. Temos: em, à, a, a.
RESPOSTA: B

45
LÍNGUA PORTUGUESA
81-) (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014)

De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do emprego das classes de palavra e da concordância verbal, assinale a
alternativa que apresenta outra redação possível para o período “A economia brasileira já faz isso há séculos.”
A) A economia brasileira já faz isso tem séculos.
B) A economia brasileira já faz isso têm séculos.
C) A economia brasileira já faz isso existe séculos.
D) A economia brasileira já faz isso faz séculos.
E) A economia brasileira já faz isso fazem séculos.

O “há” foi empregado no sentido de tempo passado, portanto pode ser substituído por “faz”, no singular: “faz séculos”.
RESPOSTA: “D”.

82-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Feitas as adequações necessárias, a reescrita do trecho – O Marco Civil ga-
rante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. – permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em:
A inviolabilidade e o sigilo das comunicações...
A) ... Mantêm-se garantidos pelo marco civil.
B) ... Mantém-se garantidos pelo marco civil.
C) ... Mantêm-se garantido pelo marco civil.
D) ... Mantém-se garantidas pelo marco civil.
E) ... Mantêm-se garantidas pelo marco civil.

O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações = O verbo “manter” será empregado no plural, concordando
com “inviolabilidade” e “sigilo”, portanto teremos: mantêm-se. Descartamos os itens B e D. Como temos dois substantivos de gêne-
ros diferentes, podemos usar o verbo no masculino ou concordar com o gênero do mais próximo, no caso, “sigilo”. Teremos, então:
garantidos (plural, pois temos dois núcleos – inviolabilidade e sigilo). Assim, chegamos à resposta: mantêm-se / garantidos.
RESPOSTA: A

83-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual de Redação da
Presidência da República, no qual expressões foram substituídas por lacunas.

Senhor Deputado
Em complemento às informações transmitidas pelo telegrama n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as medidas
mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administra-
tivo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado)

A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa
e atendendo às orientações oficiais a respeito do uso de formas de tratamento em correspondências públicas, é:
A) Vossa Senhoria … tua.
B) Vossa Magnificência … sua.
C) Vossa Eminência … vossa.
D) Vossa Excelência … sua.
E) Sua Senhoria … vossa.

46
LÍNGUA PORTUGUESA
Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mesmo A-) advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio, subs-
utilizando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas vezes con- tantivo.
fundido com “vós” e seu respectivo “vosso”), os pronomes que B-) verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo,
os acompanham deverão ficar sempre na terceira pessoa (do verbo.
plural ou do singular, de acordo com o número do pronome de C-) verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo, substantivo.
tratamento). Então, em quaisquer dos pronomes de tratamento D-) advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo.
apresentados nas alternativas, o pronome demonstrativo será E-) advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advér-
“sua”. Descartamos, então, os itens A, C e E. Agora recorramos bio, verbo.
ao pronome adequado a ser utilizado para deputados. Segundo o
Manual de Redação Oficial, temos: “Meu amigo fora (verbo) lá fora (advérbio) buscar alguma
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: (pronome) coisa, e eu ficara ali, sozinho, (adjetivo) naquela jane-
b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e Mem- la, presenciando a ascensão (substantivo) da lua cheia”. Temos,
bros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...). então: verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo e substanti-
RESPOSTA: D vo.
RESPOSTA: C
84-) (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – 87-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
UPENET/2014) Sobre ACENTUAÇÃO, assinale a alternativa cuja FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos
tonicidade de ambos os termos sublinhados recai na antepenúl- indicados entre parênteses, fazendo a devida concordância.
tima sílaba. • O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque sur-
A) “Ele pode acontecer por influência de fatores diversos...” giram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pretérito per-
- “infalível de aprovação para o candidato...” feito do indicativo)
B) “...que podem ser considerados a fórmula infalível...” – • Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos
“que pretende enfrentar uma seleção pública.” postados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do indi-
C) “...quando o conteúdo não é lembrado justamente...» - cativo)
«Ele pode acontecer por influência de fatores diversos...” • Representantes do PCRT somente serão aceitos na compo-
D) “Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso...” - “pre- sição da chapa quando se _________ de criticara atual diretoria
tende enfrentar uma seleção pública.» do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo)
E) “...quando o conteúdo não é lembrado...” – “pode aconte- A sequência correta, de cima para baixo, é:
cer por influência de fatores diversos...” A-) interveio - entretinham - abstiverem
B-) interviu - entretiveram - absterem
O exercício quer que localizemos palavras proparoxítonas C-) intervém - entreteram - abstêm
A) influência = paroxítona terminada em ditongo / infalível = D-) interviera - entretêm - abstiverem
paroxítona terminada em L E-) intervirá - entretenham - abstiveram
B) fórmula = proparoxítona / pública = proparoxítona
C) conteúdo = regra do hiato / influência = paroxítona termi- O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”.
nada em ditongo Este, no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto,
D) dedicação = oxítona / seleção = oxítona “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não deriva do verbo
E) é = monossílaba / influência = paroxítona terminada em “ver”). Descartemos a alternativa B. Como não há outro item com
ditongo a mesma opção, chegamos à resposta rapidamente!
RESPOSTA: B RESPOSTA: A

85-) (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AM- 88-) (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE
BULÂNCIA – FGV/2014) “existe um protocolo para identificar os ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) A forma verbal em desta-
focos”. Se colocássemos o termo “um protocolo” no plural, uma que está no tempo futuro, indicando uma ação hipotética, em:
forma verbal adequada para a substituição da forma verbal “exis- (A) Lia o jornal enquanto aguardava meu voo para São Pau-
te” seria: lo...
A) hão. (B) Meus voos todos saíram na hora.
B) haviam. (C) Era um berimbau, meu Deus.
C) há. (D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento mu-
D) houveram. sical.
E) houve. (E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira,
bonita...
O verbo “haver”, quando utilizado no sentido de “existir” –
como proposto no enunciado – não sofre flexão, não vai para o Tal questão pode ser resolvida somente pela leitura das al-
plural. Teríamos “existem protocolos”, mas “há protocolos”. ternativas, sem a necessidade de classificar todos os verbos grifa-
RESPOSTA: C dos. Farei a classificação por questão pedagógica!
(A) Lia o jornal enquanto aguardava = pretérito imperfeito
86-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA- do Indicativo
FE/2014) Na frase “Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, (B) Meus voos todos saíram na hora. = pretérito mais-que-
e eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão -perfeito do Indicativo
da lua cheia”, as palavras destacadas correspondem, morfologi- (C) Era um berimbau, meu Deus. = pretérito imperfeito do
camente, pela ordem, a: Indicativo

47
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento
musical. = futuro do pretérito do Indicativo (hipótese)
ANOTAÇÕES
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira,
bonita...= pretérito mais-que-perfeito do Indicativo ______________________________________________________
RESPOSTA: D
______________________________________________________
89-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL
– FUNDATEC/2014 - adaptada) ______________________________________________________
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação grá- ______________________________________________________
fica.
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja ______________________________________________________
retirado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa.
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ______________________________________________________
‘país’ não é a mesma.
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente. ______________________________________________________
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situa- ______________________________________________________
ção de uso, quanto à flexão de número.
Quais estão corretas? ______________________________________________________
A) Apenas I e III.
B) Apenas II e IV. ______________________________________________________
C) Apenas I, II e IV.
D) Apenas II, III e IV. ______________________________________________________
E) I, II, III e IV. ______________________________________________________
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja ______________________________________________________
retirado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa =
teremos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta) ______________________________________________________
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e
‘país’ não é a mesma = vários é paroxítona terminada em diton- ______________________________________________________
go; país é a regra do hiato (correta) ______________________________________________________
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hia-
to, por isso a acentuação (da - í) = incorreta. ______________________________________________________
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situa-
ção de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a ______________________________________________________
terceira pessoa do plural (correta)
RESPOSTA: C ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

_____________________________________________________

_____________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

48

Você também pode gostar