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SANTOS, J.

 Os tanques e lagoas pleistocênicas como importantes ambientes


lacustres e deposição aquática formadores de fósseis da megafauna dos sertões da
Paraíba. Arqueologia e Paleontologia. Campina Grande: Cópias & Papéis, 2020. 134 p.
Na obra “Os tanques e lagoas pleistocênicas como importantes ambientes lacustres e de
deposição aquática formadores de fósseis da megafauna dos sertões da Paraíba”, os
autores buscam no decorrer da obra, explicações para a formação dos tanques e lagoas
naturais, e sobre a megafauna que viviam na região semiárida paraibana no cenário
pleistocênico. A obra está resumida em oito capítulos. Os primeiros capítulos são
voltados para parte teórica como forma de situar o leitor para um melhor entendimento
da obra, onde é mostrado padrões climáticos, a distribuição dos organismos, as
principais espécies encontradas as principais características dos meganiamais do
pleistoceno. De acordo com a obra, temos por pleistoceno a época do Período Neogeno,
esta época sucede o Plioceno e precede o Holoceno, que vivenciamos atualmente. A
época Pleistocênica encontra-se dividia em: idades Inferior, Médio e Superior. Tal
época é tida como bem moderna pelos autores, pois inúmeras espécies tidas do
Pleistoceno não foram extintas durante o mesmo, e são encontradas ainda na atualidade.
Esse período também foi importante pois na sua fase inicial criou as condições
necessárias para o desenvolvimento de animais gigantes, como a existência de extensas
savanas; mas também criou, na sua fase terminal, as condições favoráveis para a grande
extinção. Ainda nos primeiros capítulos, ocorre um enfoque, entre diversos assuntos, na
grande extinção da megafauna pleistocênica, nos fatores que levaram à essa extinção e
quais as espécies que viveram nas Américas, e as hipóteses sobre a extinção, sugerem
uma extinção gradativa durante o período do Pleistoceno, com uma relevante
contribuição do homem. A partir do capítulo 3, é mostrado ao leitor o que vem a ser os
ambientes lacustres e deposição aquática, sendo eles, ambientes que apresentam água
relativamente tranquilas, de água doce, mas também existem ambientes lacustres de
água salobra e salgada. Tendo em vista que o leitor pode não ter o conhecimento sobre,
através de imagens que ilustram bem a explicação feita no início do capítulo, é
mostrado características específicas dos tanques naturais, bem como seus tipos. O
processo de formação desses ambientes lacustres são basicamente dois: endógenos,
quando formados por movimentos tectônicos e vulcânicos, e exógeno, quando formados
por glaciações, erosões e o processo de sedimentação. Na segunda parte do livro,
partindo do quinto capítulo, é onde pode-se encontrar explicação dos fósseis
encontrados nos sedimentos na região Nordeste. Na obra os dados sobre a diversidade
de espécies são organizados em uma tabela. Após isso, entra-se na parte dos tanques e
lagoas que foram trabalhados na Paraíba, com uma ficha de cadastro com todos os
dados dos locais e imagens, e como ao decorrer de toda a obra, há a preocupação do
autor, em exibir fotografias para que seja possível melhor entendimento sobre o que
vem sendo abordado, e justamente através de imagens, como uma forma de ilustrar e
mostra melhor, nos últimos dois capítulos, é mostrado os tipos de fossilização existentes
e, especialmente, o tipo percebido nos tanques naturais e lagoa pleistocênica da Paraíba.
Tendo em vista todo o apanhado da obra, é mais que claro a grande importância da
mesma, sendo ela um material que pode ser utilizado e empregado em diversas áreas no
ensino superior, a exemplo da área de Humanas, quanto na de Biológicas, mas também
pode extrapolar o ambiente acadêmico e levar conhecimento de uma forma clara e
objetiva para pessoas que possuam interesse e curiosidade sobre o assunto, e tudo isso
em virtude da boa estruturação da obra. Através deste livro e da pesquisa, pode-se
concluir também que a região nordeste é uma região de grande riqueza para a área da
paleontologia e um campo de grande aproveitamento para as ciências. A obra foi escrita
por Juvandi de Souza Santos, que possui graduação em Licenciatura Plena em História
pela Universidade Estadual da Paraíba (1993); Especialização em História do Brasil
República pela UFPB (1996); Especialização em Regionalismo e Análise Regional pela
UEPB (1998); Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade
Federal da Paraíba (2001); Mestrado em Arqueologia e Conservação do Patrimônio pela
Universidade Federal de Pernambuco (2006); Doutorado em História/Arqueologia pela
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2009); 1. Pós-Doutorado em
História/Arqueologia (Ênfase em Arqueologia Pré-Histórica) pela PUC/RS (2011); 2.
Pós-Doutorado em História/Arqueologia (ênfase em Arqueologia Histórica Missioneira)
na PUC/RS (2014); 3. Pós-Doutorado em História/Arqueologia pela PUC/ RS - 2019,
com ênfase em Arqueologia Histórica Militar. Tem experiência na área de Arqueologia,
com ênfase em: Arqueologia da Pré-História e Histórica Paraibana. Realiza atividades
diversas no campo da Arqueologia, especialmente prospecções e salvamento
arqueológico, diagnóstico arqueológico e atividades de Educação Patrimonial. Em
Paleontologia, trabalha com Megafauna Pleistocênica e paleoambientes dos Sertões da
Paraíba. No campo da História, trabalha com História da Paraíba, ocupação indígena da
Paraíba e período colonial. Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em
História da UEPB, Campus I. Leandro Fernandes Da Silva, licenciando do curso de
Ciências Biológicas 2021.

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