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Isolamentos
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 7
1 – ACÚSTICA .................................................................................................................... 8
1.1 – DEFINIÇÃO.......................................................................................................................... 8
1.2 - CARACTERÍSTICAS.................................................................................................................. 8
1.2.1 - Propriedades do som: ............................................................................................... 8
1.2.2 - Características do som: ............................................................................................. 9
1.2.3 - Percepção auditiva: ................................................................................................ 10
1.2.4 - Fontes sonoras: ....................................................................................................... 14
1.2.5 -Propagação de ondas sonoras:................................................................................ 14
1.2.5.1 - Propagação em espaço fechado: ..................................................................... 15
1.2.5.2 - Transmissão de uma onda sonora através de uma parede: ............................ 16
1.3- ISOLAMENTO ACÚSTICO E ABSORÇÃO ACÚSTICA .......................................................................... 17
1.3.1 - Tempo de reverberação........................................................................................18
1.4 - PROTECÇÃO AOS RUÍDOS DE PERCUSSÃO.................................................................................. 20
1.4.1 - Cuidados a ter ......................................................................................................... 20
1.4.2 - Ruído de instalações de águas e esgotos ............................................................... 22
1.5 - ISOLAMENTOS ACÚSTICOS ATRAVÉS DE PAREDES SIMPLES E DUPLAS ............................................... 24
1.5.1 - Isolamento acústico de uma parede simples:......................................................... 24
1.5.2 - Isolamento acústico de paredes duplas: ................................................................. 24
1.5.3 - Isolamento sonoro do exterior ................................................................................ 26
1.6 - SOLUÇÕES CONSTRUTIVAS EXEMPLARES................................................................................... 27
1.6.1 - Locais pouco ruidosos ............................................................................................. 27
1.6.2 - Locais muito ruidosos ............................................................................................. 28
1.6.3 - Isolamento entre espaços do mesmo edifício ......................................................... 30
1.7 - ESTIMATIVA DE CUSTOS........................................................................................................ 31
2. ISOLAMENTO TÉRMICO ............................................................................................... 32
2.1 - DEFINIÇÃO ........................................................................................................................ 32
2.2. CARACTERÍSTICAS TÉRMICAS .................................................................................................. 33
2.2.1. Risco de incêndio ...................................................................................................... 33
2.2.2. Condutividade térmica ............................................................................................. 34
2.2.3. Coeficientes de propagação do calor ....................................................................... 37
2.2.4. Isolamento do vapor de água .................................................................................. 38
2.3. VANTAGENS DO ISOLAMENTO TÉRMICO:................................................................................... 39
2.3.1 - Em relação ao aquecimento dos locais; ................................................................. 39
2.3.2 - Em relação às condições de trabalho e sistemas de produção; ............................. 40
2.3.3 - Evitar condensações; .............................................................................................. 40
2.3.4 - Normas, certificação e homologações ................................................................... 40
2.4 - Sistema de isolamento térmico pelo exterior ............................................................ 41
2.5. ISOLAR PAREDES E CORRIGIR PONTES TÉRMICAS.......................................................................... 43
2.5.1. Paredes simples........................................................................................................ 43
2.5.1.1 Vantagens ........................................................................................................... 44
2.5.1.2. Isolamento interior com revestimento aderido ................................................ 45
2.5.1.3. Isolamento interior com revestimento não-aderido ........................................ 46
Índice de figuras
Figura 1 – propagação do som...................................................................................................................................9
Figura 2 – pressão sonora ........................................................................................................................................10
Figura 3 – forma de transmissão do ruído ............................................................................................................... 12
Figura 4 - reflexão ....................................................................................................................................................15
Figura 6 – diferentes modos de transmissão do ruído ............................................................................................23
Figura 7 – Janela de PVC ..........................................................................................................................................27
Figura 8 – local pouco ruidoso .................................................................................................................................28
Figura 9 – Local Muito Ruidoso ...............................................................................................................................29
Figura 10 - Pontos de Contacto ...............................................................................................................................30
Figura 11 – Estimativa de Custos .............................................................................................................................31
Figura 12 – Exemplo Isolamento Térmico ...............................................................................................................32
Figura 13 - Barreira contra o vapor..........................................................................................................................38
Figura 14 – Colocação de Isolamento térmico – Parede simples, Pormenor. .........................................................46
Figura 15 – Colocação de Isolamento térmico – Parede Dupla. ..............................................................................49
Figura 16 – Colocação de Isolamento térmico – Correcção de Pontes Térmicas. ...................................................51
Figura 17 - Sobreiro .................................................................................................................................................52
Figura 18 – Retirada da cortiça da árvore ................................................................................................................53
Figura 19 – Aplicação de aglomerados de cortiça em coberturas ...........................................................................59
Figura 20 – Aplicação de aglomerados de cortiça em coberturas inclinadas ..........................................................60
Figura 21 – Aplicação de aglomerados de cortiça em paredes exteriores ..............................................................61
Figura 22- Aplicação de Aglomerado de Cortiça Expandida sob laje .......................................................................62
Figura 23 – Tubos de Cortiça ...................................................................................................................................63
Figura 24 – Tectos falsos..........................................................................................................................................64
Figura 25 – Tectos falsos..........................................................................................................................................66
Figura 26 - Aplicação Linóleo ...................................................................................................................................66
Figura 27 – Placas de vidro celular ..........................................................................................................................68
Figura 28 – Isolamentos de terraço .........................................................................................................................69
Figura 29 – Peças de vidro para tabiques ................................................................................................................ 70
Indicie de quadros
Introdução
Esta sebenta visa informar, elucidar e transmitir ao seu leitor quaisquer informações
relacionadas com o ramo dos materiais de construção dos isolamentos. Escrita de forma
sucinta e clara, coaduna-se a um leitor que possua poucas noções técnicas da disciplina.
Abordaremos os conceitos de Isolamentos Térmicos e Acústicos e os materiais utilizados
relativos a esse ramo da construção civil.
1 – Acústica
1.1 – Definição
A propagação do som surge através de um meio elástico ou sólido, sem o qual não ocorre
transferência de energia sonora. No dia-a-dia, o ar representa o meio elástico mais comum
para a propagação do som, onde as colisões das moléculas umas contra as outras originam
regiões de compressão e rarefacção no meio de propagação, sem que ocorra deslocamento
de matéria, apenas propagação sonora.
1.2 - Características
• Homem – 20 kHz
• Cão – 50 kHz
• Gato – 60 kHz
• Morcego – 120 kHz
• Golfinho – 160 kHz
Os ruídos aéreos são transmitidos pela emissão sonora e derivam da excitação directa do ar,
os sons são provocados pelo tráfego de veículos, pelas conversas entre pessoas ou por sons
musicais.
O isolamento pode ter duas vertentes, ou não permitir a passagem do ruído do exterior para
o interior ou conter o ruído no interior de um local (ex: numa sala de cinema é importante
de os sons não passem de uma sala para outra).
Intensidade do som é a força que um determinado som possui, é perceptível pelo ouvido
humano, normalmente medido em decibéis (dB).
Tipos de som dB
Respiração humana 10
Conversa vulgar 40
Restaurante movimentado 50
Escritório ruidoso 70
Martelo pneumático 90
Intensidade do som corrigido (dB (A)) – é medida com recurso ao filtro A do sonómetro1 e
utiliza-se de forma a aproximar os resultados das medições à forma que o ouvido humano
reage ao som. A correcção efectuada por este filtro varia conforme a frequência do som (Hz)
1
Sonómetro – equipamento de medição dos níveis de intensidade sonora.
As fontes sonoras são das mais variadas possíveis e ao emitir uma certa energia, provocam a
alteração dos valores das variáveis de estado (pressão, temperatura e massa específica) na
região do meio que confina à fonte alteração esta que se propagará por ondas elásticas. No
entanto, é frequente adoptar-se no estudo da acústica, fontes sonoras ideais simples e assim
o conhecimento do comportamento de fontes sonoras mais complexas, parte do estudo das
referidas fontes sonoras ideais simples.
• Fonte pontual
• Fonte linear
• Fonte plana
A maioria dos locais não é caracterizada por apenas uma das fontes simples já apresentadas.
Em recintos abertos existe sempre alguma energia que é reflectida pela superfície
terrestre.
Em recintos fechados a redução do nível de intensidade, com o aumento da distância
à fonte é inferior ao decréscimo que se verifica em recintos abertos.
a. Reflexão:
Figura 4 - reflexão
Num espaço fechado o som emitido por uma fonte sonora atinge as superfícies
envolventes onde parte da energia incidente é reflectida, se o regime for
contínuo, o número de reflexões é infinito e o local é “inundado” por múltiplas
ondas sonoras, com direcções variadas. Este conjunto de ondas é designado por
campo difuso.
• Transmissão directa
• Transmissões secundárias:
Os problemas da acústica são bastante complexos mas hoje em dia pode afirmar-se que
estão resolvidos graças à utilização, devidamente estudada, de materiais absorventes de
som, tais como a fibra de vidro, cortiça, poliestireno, entre outros.
Modernamente existe a tendência em distinguir os sons, mais pelo seu nível acústico do que
pela sua intensidade.
A absorção acústica trata do fenómeno que minimiza a reflexão das ondas sonoras num
mesmo ambiente. Ou seja, diminui ou elimina o nível de reverberação (que é uma variação
do eco) num mesmo ambiente. Nestes casos deseja-se, além de diminuir os Níveis de
pressão Sonora do recinto, melhorar o nível de inteligibilidade. Contrariamente aos
materiais de isolamento, estes são materiais leves (baixa densidade), fibrosos ou de poros
abertos, como por ex: espumas poliéster de células abertas, fibras cerâmicas e de vidro,
tecidos, carpetes, etc.
A indústria tem desenvolvido novos materiais com coeficientes de isolamento acústico e/ou
de absorção muito mais eficientes que os materiais até então considerados "acústicos".
Desta maneira tem sido possível se obter, mediante variações de sua composição, resultados
acústicos satisfatórios que atendam as necessidades do utilizador.
Cada recinto, conforme sua utilização, requer critérios bem definidos de Níveis de Pressão
Sonora e de reverberação para permitir o conforto acústico e/ou eliminar as condições
nocivas a saúde. Níveis de Pressão Sonora muito baixos podem tornar o recinto monótono e
cansativo, induzindo as pessoas às condições de inactividade e sonolência.
O isolamento acústico ideal, consiste em reduzir os ruídos a um nível sonoro igual ou inferior
ao do limite do audível, só se leva a cabo em casos muito especiais, tais como as câmaras
sonoras dos laboratórios de acústica por exemplo por ser muito alto.
Com isolamento acústico pretende-se chegar a um nível sonoro médio admissível nas
diferentes partes do edifício projectado, segundo o uso a que se destine.
No isolamento acústico de andares contra sons de percussão, estes roídos são produzidos
pelas pisadas, deslocamento de móveis e objectos, queda de pesos, entre outros; estes
propagam-se através dos elementos de construção.
Pode solucionar-se realizando um corte elástico o mais próximo possível da fonte de ruídos,
a fim de amortecer ao máximo a vibração inicial. Uma das principais propriedades do
material que forme este corte elástico deverá ser a elasticidade constante para as diversas
frequências e cargas.
O tempo de reverberação é, por definição, o intervalo de tempo durante o qual a energia por
unidade de volume do campo sonoro se reduz a um milionésimo do seu valor inicial.
(Ferreira, 2008).
Quadro 1 – Alguns coeficientes de absorção sonora (Fonte tabelas técnicas - 2003)
2
Coeficiente de absorção sonora é a relação existente entre a quantidade de energia sonora que é absorvida por
determinado material e aquela que sobre ele incide. O coeficiente de absorção sonora varia entre 0 e 1. Por exemplo, um
material que possui um α de 0,1 absorve 10% da energia que sobre ele incide e reemite os restantes 90%.
A redução sonora proporcionada por pavimentos flutuantes é definida pela diferença entre
o índice de isolamento sonoro da laje não revestida e o índice de isolamento sonoro da laje
com o revestimento aplicado.
Passos a efectuar:
Presença de ar nas canalizações, assegurar declive que facilite a saída do ar a vapor. Usar
inclinações> 1 mm/m.
A medição do índice de redução sonora de uma parede experimental mostra que quanto
maior a frequência da onda sonora incidente, maior é o índice de redução sonora.
Se por exemplo, for considerado um elemento hipotético de rigidez nula e com uma
determinada massa, o índice de redução sonora aumenta de um valor constante sempre que
a frequência da onda sonora incidente duplica e diminui desse mesmo valor constante
quando a frequência da onda sonora incidente passa para metade. Contudo, na realidade
todos os elementos de construção apresentam rigidez e consequentemente modo vi de
vibração, frequência de ressonância, que provocarão quebras no isolamento sonoro,
impedindo que se estabeleçam relações directas entre a massa do elemento e o isolamento
sonoro, para uma determinada frequência, ou entre a frequência do som e o isolamento
sonoro, para um determinado elemento de separação.
A propagação do ruído exterior para o interior dos edifícios põe em causa diversos
elementos, nomeadamente as partes opacas da envolvente vertical, as janelas, as
coberturas, as aberturas de admissão ou rejeição de ar de ventilação, para os edifícios
correntes de habitação, são as janelas que desempenham papel determinante na
transmissão de ruído para o interior.
O isolamento sonoro conferido por uma janela depende das características (em termos
essencialmente de estanquidade ao ar) dos elementos de suporte dos vidros e das
propriedades isolantes dos panos em vidrados utilizados; deve sublinhar-se que a instalação
de vidros assegurando isolamento elevado só merece ser considerada quando a vedação de
frinchas foi realizada devidamente.
Numa janela de funcionamento normal, ocorrem juntas em elementos fixos (por exemplo,
entre o aro e o caixilho). As trinchas entre elementos que não tem movimento relativo entre
si deverão ser preenchidas por material elástico e' absorvente sonoro (lã mineral ou
equivalente) e seladas, em ambas as faces, por material resiliente vedante. Uma classe
particular destas frinchas é as que ocorrem entre os vidros e a estrutura do caixilho que os
suporta, o que sucede como resultado do envelhecimento e arrancamento, ou da fissuração,
da massa de assentamento. É aparente a conveniência da utilização de elementos de
assentamento que sejam relativamente imunes aquele processo, por exemplo, banda de
pasta de silicone.
Os estores de correr, comandados pelo interior e que equipam a generalidade das janelas,
constituem factor de redução sensível do isolamento que elas proporcionam, a menos que
sejam tomadas medidas especiais para elevar o isolamento proporcionado pela envolvente
(aumento da massa dos elementos que a constituem) complementando com aplicação de
revestimento absorvente sonoro no interior da caixa do estore.
As Paredes exteriores podem ser de alvenaria simples com 0.22 m de espessura e de parede
de alvenaria dupla, (0.11+0.07), assegurando assim uma satisfação aceitável, não se
colocando exigências particulares em relação aos vãos de vidro.
revestimento absorvente sonoro no seu interior (por exemplo, placas de fibras minerais
aglutinadas) e aumento da massa das paredes da caixa (mínimo 40 kg/m2).
Uma cobertura em telhado, com laje de esteira de betão armado ou de vigotas, assegura
satisfação de alta qualidade. Se for cobertura em terraço com as camadas habituais para
pendente, impermeabilização e protecção mecânica assegura igualmente aquele grau de
satisfação.
O nível de qualidade elevada implica a utilização de paredes duplas. Podem encarar-se várias
situações, nomeadamente:
Parede de betão de 0.15 m de espessura, duplicada por parede de alvenaria de tijolo furado
de 0.11 m de espessura, definindo caixa-de-ar com a espessura de 0.08 m, preenchida com
material absorvente sonoro. Parede em betão com 0.2.0 m de espessura, duplicada por
parede de alvenaria de tijolo furado de 0.07 m de largura, definindo caixa-de-ar com a
espessura de 0.08 m, preenchida com material absorvente sonoro. Parede de alvenaria de
tijolo maciço com 0.11 m de espessura, duplicada por parede de alvenaria de tijolo furado
de 0.11 m de espessura, definindo caixa-de-ar com a espessura de 0.08 m, preenchida com
material absorvente sonoro. Parede de alvenaria de tijolo maciço de 0.30 m de espessura,
duplicada por elemento leve (painel de gesso com espessura de 0.03 m), separado por caixa-
de-ar com a espessura não inferior a 0.12. m, preenchida com material absorvente sonoro.
Os elementos de
vidro serão duplos
com duplo caixilho
(exterior com vidros
de espessura de 8
mm e interior com
vidros de espessura
de 6 mm) com o
afastamento mínimo Figura 9 – Local Muito Ruidoso
de 0.15 m e aplicação de
material absorvente como revestimento da gola da caixa definida entre os panos de vidro.
Paredes simples de alvenaria de tijolo furado normal com a espessura de 0,22 m, rebocado
nas duas faces conduzem a satisfação de nível aceitável. Igualmente se atinge este grau de
satisfação com pano de parede de betão (em regra estrutural), com a espessura mínima de
0,12m.
As portas deveram ser calafetadas com material isolante (fita autocolante de borracha).
Estima-se um acréscimo dos custos de construção da ordem dos 15% para habitações com
um nível de satisfação de alta qualidade em locais muito ruidosos.
2. Isolamento Térmico
2.1 - Definição
Com a crescente preocupação com o meio ambiente, uma ênfase maior tem sido dada aos
produtos utilizados na construção civil, de maneira a se economizar energia em qualquer
edifício, seja doméstico ou comercial.
Nos últimos anos, novas regulamentações têm sido introduzidas para se especificar um
mínimo de exigências para a eficiência da energia.
1. O material é combustível?
2. Se for combustível, sua ignição é fácil e suas chamas se espalham
rapidamente?
3. Quais as suas características de combustão?
4. Finalmente: se não for combustível, qual o seu comportamento quando há
combustão de materiais adjacentes?
Alguns materiais queimam muito devagar, mas com as chamas que se propagam
rapidamente por suas superfícies. Cada material terá comportamentos diferentes expostos
ao fogo.
Para que o calor existente dentro de uma sala se propague através do material das paredes,
é necessário que atravesse três barreiras. Em primeiro lugar, o calor é obrigado a passar pela
superfície do material; depois, através deste, para a superfície oposta; e finalmente, o calor
deve se transferir da parede da edificação para o ar exterior.
O material isolante térmico deverá ter um coeficiente de condutividade térmica tão baixo
quanto possível, sendo necessário que o conserve através do tempo e durante a sua
colocação definitiva, existem materiais que são isolantes mas que com o decorrer do tempo
vão absorvendo humidade, aumentando assim o coeficiente de condutividade térmica, valor
que aumenta em 7% por cada 1% de humidade absorvida. Todo o material isolante não deve
ser higroscópio, devendo conservar as suas propriedades e manter indefinidamente igual
coeficiente de condutividade.
Figura 1: Transmissão por: (a) condução, (b) convecção e (c) por radiação
Condutibilidade
Massa volúmica térmica
Material aparente (Kg/m3) (W/m.ºC)
20-35 0,045
Lã de rocha 35-180 0,040
8-12 0,045
Lã de vidro 12-80 0,040
Condutividade térmica é uma propriedade física dos materiais que é descrita como a
habilidade dos mesmos de conduzir calor. Condutividade térmica equivale a quantidade de
calor Q transmitida através de uma espessura L, numa direcção normal à superfície de área
A, devido a uma variação de temperatura ΔT, sob condições de estado fixo e quando a
transferência de calor é dependente apenas da variação de temperatura.
Para o calor se propagar do ar de uma sala para uma parede, ou da parede de uma
edificação para o ar exterior, deve haver uma diferença de temperatura entre a parede e o
ar, como se vê pela figura 3.
Separando a parede do ar, existe uma fina camada de ar através da qual se dá uma pequena
queda de temperatura.
Muitas das actividades desenvolvidas dentro das edificações aumentam grandemente o teor
de vapor de água do ar existente no interior das mesmas. Tais actividades compreendem a
lavagem de pisos e de roupas, o serviço de cozinha, a lavagem da louça e o uso das pias e
banheiras. Como o ar de um prédio é morno, pode conter uma quantidade muito maior de
vapor de água, do que o ar frio de fora. A pressão do vapor de água, consequentemente, é
mais elevada dentro da edificação aquecida do que no ar frio de fora, e o vapor tende a
migrar através do material das paredes, de dentro para fora do prédio.
Os problemas mais graves de migração do vapor ocorrem nos climas frios, onde as
diferenças entre as temperaturas interna e externa atingem 30ºC ou mais.
A humidade pode penetrar numa habitação através de uma laje de concreto ao nível do
solo. Essa humidade poderá danificar ou desprender os ladrilhos assentados sobre a laje.
Para prevenir essa penetração de humidade, coloca-se uma camada sobre a terra que fica
abaixo do betão. Qualquer barreira contra o vapor de água serve também contra a
humidade. Emprega-se geralmente um filme de polietileno, de espessura 0,1 ou 0,5 mm.
Usa-se uma camada de areia como almofadas para a película, a qual não deve ser perfurada
pelas barras de aço do betão armado, ou durante a operação de betonagem da laje.
Há casos em que a barreira contra o vapor cria problemas piores do que aqueles que ela
resolve. É evidente que uma barreira de vapor servirá também para reter a humidade dentro
da habitação, e isso poderá constituir um problema.
Portanto, a barreira do vapor deverá ser evitada sempre que possível. Isso ocorre nos climas
amenos e em construções sem aquecimento central.
4) O isolamento térmico, aplicado de forma contínua e pelo exterior, faz com que a inércia
térmica (dos materiais pesados utilizados na construção) funcione a favor do clima interior,
contribuindo para que as temperaturas no edifício se mantenham estáveis e dentro das
amplitudes térmicas médias do clima mediterrânico. Este comportamento resulta do facto
das envolventes (paredes exteriores) não permanecerem em contacto directo com o
exterior, estabilizando as temperaturas no seu valor médio. Com ambas as medidas (o
isolamento térmico aplicado de forma contínua pelo exterior e a inércia térmica), os
extremos do clima mediterrânico não afectam o equilíbrio térmico no interior do edifício;
5) Estes sistemas de isolamento térmico pelo exterior podem ser igualmente aplicados na
reabilitação de edifícios que não possuam nenhum ou insuficiente isolamento térmico.
Sendo o sistema aplicado pelo exterior, é apenas necessário garantir que o mesmo adira
permanentemente à superfície exterior existente e cuidar dos pormenores construtivos em
volta de vãos, nas cimalhas e beirados;
6) O aspecto com que ficará, poderá ser aquele que se desejar – com acabamento em
reboco pintado (em qualquer cor), de revestimento em pedra (colada ou fixada
mecanicamente), de tijoleira de burro…
Existindo no mercado diversos sistemas de isolamento térmico que se aplicam pelo exterior,
é importante salvaguardar as seguintes características que variam conforme o sistema, e
aconselhar-se com o projectista a quem cabe especificar o sistema. Este, por sua vez, obtém
as garantias do fornecedor:
Para evitar que seja necessário pintar frequentemente o edifício, é importante diminuir a
textura do acabamento exterior final (tornando a superfície o mais lisa possível), sobretudo
em zonas com maior teor de humidade, tendo, nessas condições, especificado que, ao
revestimento final, sejam adicionados mais fungicidas e algicidas.
2.5.1.1 Vantagens
A colocação do isolamento pelo interior poderá ser uma opção mais eficiente em edifícios
que não tenham uma ocupação permanente, ou em situações de recuperação ou renovação,
nas quais a aplicação do isolamento térmico pelo exterior poderia implicar algumas
dificuldades no remate com vãos existentes.
São sobretudo indicadas para o interior. A sua colocação pelo exterior implica grandes
cuidados de execução e a utilização de massas especiais, uma vez que sobre o reboco
incidirá radiação solar, exigindo-lhe uma grande elasticidade.
Dispor de uma boa resistência à passagem do vapor de água. É esta a única forma de
se evitar a colocação de uma barreira pára-vapor que, a ser aplicada, deveria estar
na face interior do isolamento, impedindo a posterior execução do acabamento;
Ter uma resistência à compressão adequada para suportar eventuais choques na
superfície de acabamento;
Ter uma superfície que permita a boa aderência das massas de colagem das placas
de isolamento ao suporte e das massas de reboco ou estuque ao isolamento.
São indicadas para o interior e exterior, sendo soluções de fácil execução e que diminuem a
margem de erro de execução. Em situações de isolamento térmico pelo exterior, este tipo
de revestimentos é mais vantajoso porque, ao considerar a existência de uma caixa-de-ar
entre o isolamento térmico e o revestimento exterior da parede, contribui para um melhor
comportamento térmico da parede, diminuindo a amplitude térmica entre as faces exterior
e interior do isolamento térmico.
Como suporte para acabamentos pré-fabricados (placas de gesso cartonado, madeira, etc.),
as placas de isolamento térmico de paredes simples devem:
Ter resistência à compressão suficiente para que se possa fixar o acabamento com a
devida eficácia, sem que se diminua a espessura da camada isolante que deve ser
contínua.
2.5.1.4 - Aplicação
Para ter um bom desempenho ao longo dos anos, um material de isolamento térmico
aplicado na face exterior da parede deve:
Desvantagens:
2.5.2.1 Aplicação
Assim:
A condensação superficial que possa ocorrer na face exterior da placa de isolamento térmico
será drenada pelo espaço de ar, não implicando qualquer degradação do material de
isolamento (insensível à humidade). Por outro lado, com materiais insensíveis à humidade e
em situações de recurso, poder-se-á equacionar uma parede dupla em que a caixa-de-ar
esteja totalmente preenchida pelo isolamento térmico, uma vez que eventuais infiltrações
pelo pano exterior da parede não o afectarão.
• Ao isolar uma parede, há que ter em conta a presença de eventuais pontes térmicas,
zonas que, por não estarem isoladas termicamente, têm uma resistência térmica
3. Materiais e aplicação
3.1 Cortiça
Espessuras: de 10 a 300 mm
O Aglomerado de Cortiça Expandida com massas volúmicas entre cerca de 90 a 140 kg/m3
apresenta valores da condutibilidade térmica (à temperatura de referência de 10º C) da
ordem de 0,037 W/m.k a 0,040 W/m.k, o que lhe garante um "lugar cativo" na família
diversificada dos produtos de isolamento térmico de edifícios.
(do lado interior) ou soluções mais permeáveis ao vapor do lado exterior às placas de
Aglomerado de Cortiça Expandida.
Têm sido usadas pinturas com tintas especiais para revestimento da superfície aparente das
placas de ICB, nomeadamente em tectos falsos. A eficácia dessas pinturas deve ser
comprovada por ensaios laboratoriais adequados.
3.1.2. Aplicações
Nos terraços acessíveis poder-se-á, ainda, tirar partido das características favoráveis de
isolamento acústico a sons de percussão (circulação de pessoas, queda de objectos) que o
aglomerado de cortiça expandida apresenta, desde que se satisfaçam algumas exigências
construtivas específicas.
Nas coberturas inclinadas as placas Aglomerado de Cortiça podem aplicar-se sobre lajes de
esteira inclinadas ou horizontais, eventualmente protegidas da ocorrência acidental de
infiltrações de água da chuva causadas por deficiências registadas no revestimento exterior
da cobertura.
Um dos modos de realizar o isolamento térmico pelo interior consiste em associar (por
colagem) as placas de ( ICB ) a placas de gesso cartonado, as quais lhes conferem uma
protecção mecânica e face à acção do fogo.
Estes sistemas têm como princípio a colagem das placas de Aglomerado de Cortiça
Expandida ( ICB ) à face exterior da parede e a posterior aplicação de um revestimento
apropriado sobre o isolante térmico . O revestimento tem de assegurar, quer a sua
protecção (acções mecânicas, chuva, fogo), quer o acabamento final.
Como sucede com outros sistemas de isolamento térmico de paredes pelo exterior deste
tipo a sua aplicação deve ser baseada num estudo técnico prévio. A execução em obra
destas soluções deve ser exclusivamente realizada por equipas especializadas.
Em geral, e por uma questão de protecção do aglomerado de cortiça, as placas deverão ser
aplicadas do lado interior, portanto sobre a laje de pavimento.
O revestimento de piso é em geral assente sobre uma betonilha previamente realizada sobre
o Aglomerado de Cortiça com interposição de uma folha de plástico ou de um feltro
betuminoso.
O aglomerado de cortiça deve ser de alta compressão evitando assim roturas no seu
manuseamento e transporte. A espessura deve ser adequada de modo a que o ponto de
orvalho não se forme fora do isolamento, já que se produzem condensações e perda de
energia, normalmente recomendam-se as espessuras recomendadas pela tabela acima.
Este material não apodrece e são resistentes aos ácidos e álcalis diluídos e retardam a acção
directa do fogo.
Fabricam-se também rodapés, caixilhos para acabamentos, e apoios para encaixes de
painéis, os mosaicos são fornecidos biselados ou de encaixar nas tonalidades claro, médio e
escuro.
O pavimento que serve de base pode ser de madeira, cimento ou mosaico cerâmico.
O pavimento deve ser examinado verificando e mudando as tábuas que cedam, pregar as
que não estejam firmes e aplainar as que sobressaiam.
Quando o conjunto de placas tem de ficar colocado directamente no tecto, pode conseguir-
se nivelando previamente a superfície de contacto e empregando cola para colocar a placa.
Estes tectos falsos distinguem-se por serem térmicos e absorverem os ruídos em cerca de
50%. Também impedem a condensação de água em caso de humidade elevada. São fortes,
duradouros, resistentes ao fogo, flexíveis e leves. O granulado de cortiça emprega-se no
enchimento de caixas-de-ar ao construir tabiques ou paredes, sendo eficaz principalmente
nas separações de andares em construção de prédios, vende-se em sacos de 50kg
aproximadamente em grão fino e grosso.
3.2 Linóleo
O linóleo foi inventado em Inglaterra em 1863 por Frederick Walton que cunhou o nome
linóleo do latin; linum, que significa linho, e oleum, que significa óleo. O termo, linóleo é
frequentemente usado incorrectamente para descrever qualquer piso em manta. O
verdadeiro linóleo é um piso natural que é fabricado oxidando óleo de linhaça para formar
uma mistura chamado cimento de linóleo. O cimento é esfriado e misturado com resina de
pinheiro e farinha de madeira para formar mantas em base de juta, muito usado na
cobertura de pavimentos, dando-lhes um aspecto acolhedor. Resumindo, obtém-se em
forma de pasta resinosa em virtude da oxidação de uma mistura de serradura em pó e óleo
de linhaça, a qual se estende em quente e sob pressão sobre o tecido de juta que lhe serve
de suporte. È resistente ao desgaste proporcionando uma longa duração.
Espessuras: 2 a 4 mm
Cores brilhantes, claras, lisas, também se fabrica um tipo de linóleo especial para
revestimento de paredes, que possui cores e desenhos em relevo, de colocação rápida e
aplica-se por meio de colas. O pavimento deve estar seco e bem liso, empregando massa
niveladora se for necessário, assim o linóleo é impermeável, “silencioso” e atérmico,
material confortável e muito recomendado.
São elementos constituídos por vidro celular e que, para além de serem isolantes térmicos e
acústicos, são leves, inalteráveis, rígidos e não higroscópicos.
Com placas de vidro celular constroem-se tectos falsos que apresentam uma superfície
muito atraente. Como suporte destas placas, empregam-se um entrançado de perfis
metálicos muito finos, que podem ser de ferro galvanizado ou de alumínio em cujas abas se
apoiam as placas que constituem o tecto falso. Realizada esta operação tapam-se as juntas
da parte de cima com emulsão asfáltica, misturada com água suficiente para que seja
maleável mas bastante consistente, para que não apareça na parte inferior, tendo o cuidado
de não manchar a parte visível com a referida emulsão asfáltica. Recomenda-se juntar a esta
mistura 15% de cimento para que absorva agua.
A operação a realizar é muito simples. Basta colar as placas aos tectos com a respectiva
argamassa. Esta argamassa pode ser bastarda (cimento: cal: areia = ½:2:9). As manchas que
apreçam como resultado da colocação deverão ser limpas quando secas.
Quando se pretende obter uma absorção acústica em locais de muito ruído, pode
solucionar-se este problema empregando placas de vidro celular perfuradas.
A figura mostra-nos uma aplicação simples das placas de vidro celular para isolamento de
terraços. As placas colocam-se com argamassa bastarda ou com emulsão asfáltica e em
seguida coloca-se uma camada de tijoleira aplicada sobre um leito de argamassa também
bastarda.
Fabricam-se peças ocas de vidro moldadas que são constituídas por dois elementos soldados
a quente, que deixam entre si uma caixa estanque de ar perfeitamente seca, isenta de pó e
humidade e fechada a uma pressão de quase 0.30 atmosferas, condições que asseguram a
elevada resistência térmica e o bom funcionamento de atenuação sonora:45 decibéis.
Estas características fazem com que as peças eliminem qualquer possível condensação para
certos índices de humidade relativa e temperatura exterior e interior de determinados locais
cujo equilíbrio seria impossível manter com uma vidraça corrente.
A sua principal característica é o bom isolamento que proporciona K;
Nos últimos anos, os laminados de fibra de vidro têm encontrado um lugar importante como
material de engenharia para várias aplicações em diversos tipos de industrias. Materiais
compostos de alta tecnologia que resultam em estruturas leves e resistentes quando
combinados entre si. Geralmente são fibras estruturais impregnadas por um sistema de
resina. Uma das principais vantagens deste tipo de materiais compostos sobre materiais com
o aço, alumínio é a variedade de estrutura que pode ser conseguida através da combinação
de materiais básicos. Entretanto, a grande diferença em relação a outros tipos de materiais
se deve à ortotropia, que significa, em engenharia, que o material pode resistir de forma
diferente quando submetido a cargas em diferentes direcções. Constituído por fibras,
obtidas do vidro.
3.4.1 - Características:
- Feltro «C» com Suporte de Papel (formados por fibras de vidro de 18 a 22 mícrons,
cosidas a um suporte de papel) largura de 0.50 ou 1m, comprimento de 5m; espessura de
30,40,50,60m; densidade 60kg/m3
- Feltro «C» com suporte de tela metálica (são formados por fibras de vidro de 18 a
22 mícrons cosidas a um suporte de telas metálicas)
Largura 0.50 a 1 m; comprimento de 5m e uma espessura de 30,40,50,60m ;
densidade de 60 kg/m3
Os pêlos de fibras de vidro especiais, formando um tecido reticular de grande leveza, servem
de suporte de produtos asfálticos ou betuminosos, na impermeabilização de terraços,
coberturas de betão, paredes, piscinas.
No isolamento acústico das lajes de prédios contra ruídos de percussão utilizam-se placas
para soalho constituídas por fibras de vidro especiais.
3.4.3 - Aplicações:
No caso de isolamento de terraços e coberturas com fibra de vidro pode-se constatar que
geralmente constroem - se com materiais que possuem um elevado coeficiente de
Condutividade térmica impedindo a criação de estruturas verdadeiramente isoladoras do
frio e do calor. Os terraços e coberturas estão constantemente expostos à acção e influência
das mudanças de temperatura e agentes atmosféricos (insolação, frios, geadas.)
Assim no verão estão submetidos a um forte aquecimento produzido pela acção solar e no
Inverno oferecem uma grande superfície de perda de calor. Todas estas condições fazem
com que os pisos superiores se tornem desconfortáveis. Para solucionar este inconveniente
as técnicas de isolamento produziram soluções com diferentes materiais Isolantes. Entre
estes encontra-se a fibra de vidro.
Quando o isolamento se realiza utilizando painéis rígidos especiais para naves, a colocação
efectua-se, entre outras, das duas formas principais que se seguem:
Pelo lado inferior do perfil em que, ao longo dos perfis seguram-se por
meio de agrafos metálicos, umas ripas de madeira de 3*3cm.
Transversalmente a estas seguram-se perfis de alumínio em “ T ” de 25*20mm
distanciados 0.50 m.
Apoiando na aba inferior do perfil em que nas abas das vigas apoiam-
se os painéis rígidos, com o lado pintado para baixo, tapando-se as juntas com um
perfil de alumínio em “ T “ de 25*20mm FIGURA
Este procedimento aplica-se em todos os locais onde se queira realizar um isolamento muito
eficaz, é sobretudo empregue nos edifícios de armazenamento e nas oficinas de grande
volume. Tem a vantagem de reduzir consideravelmente o volume a aquecer. Neste caso
utilizam-se painéis rígidos especiais para naves industriais. Na montagem podem adoptar-se
muitas soluções mas destacam-se duas:
II. No caso de os tirantes das asnas serem redondos e o tecto falso estar debaixo
deles.
O procedimento mais eficaz é a criação de um corte elástico entre a superfície exposta aos
choques e a restante estrutura do edifício, resultando desta maneira num chão flutuante.
• Ter uma elasticidade que não varie com a frequência e com as cargas;
O material ideal que cumpre estes requisitos é a fibra de vidro, elemento de grande difusão
no campo da construção com resultados no isolamento térmico e acústico.
O pavimento não deve ter nenhum contacto com paredes verticais e a fim de evita-lo
levanta-se o elemento isolante 10 cm sobre a parede formando caixa sobre o contorno do
pavimento flutuante.
As paredes não devem descansar sobre o pavimento pelo que no momento de levantar as
paredes de separação, coloca-se sempre uma junta elástica de feltro asfáltico entre as bases
destas paredes e a estrutura da obra. A placa deve ser plana já que qualquer protuberância
pode perfurar o pavimento, originando “pontes” de transmissão acústica. Sobre a última
capa de pavimento coloca-se um papel asfáltico sobrepondo as extremidades para impedir
que a fibra de vidro se impregne ao verter a argamassa pelo que desapareceria então o
efeito elástico do isolante.
3.5.1 - Características
- Grande resistência;
- Completamente visitáveis;
- Facilidade e rapidez de montagem;
- Colocadas sobre estrutura de suspensão visível, previamente montada, constituída
por perfis de chapa galvanizada;
- Suspensas por arame zincado;
- Excelente efeito decorativo;
- Bom isolamento térmico e acústico.
3.5.2 - Colocação
Coloca-se em tectos falsos ou como revestimento do tecto ou das paredes. No primeiro caso
aplicam-se os tipos generalizados de suspensão do tecto falso ou seja constrói-se uma
estrutura com perfis de ferro ou de alumínio pendurada na estrutura resistente colocando
tensores ou outros elementos de suspensão apropriados.
As placas acústicas constituídas por fibras minerais não só são incombustíveis como atrasam
a propagação do fogo; a utilização ideal deste material seria em escritórios, recepções,
bibliotecas, em todos os lugares em que se pretenda combinar decoração com qualidade
acústica.
3.6.1 -Colocação
Pode ser colocada em locais antigos como modernos e o seu isolamento pode obter-se por
meio de uma mistura de fibras minerais, aglomerante e água sobre uma mistura metálica,
ou recheando as placas com uma capa de material fibroso ou seja lã de vidro ou lã mineral.
Utilizado para construções modernas, sendo constituído por estuque de gesso, lã mineral e
papel metalizado, material incombustível capaz de evitar a propagação de um possível
incêndio, o processo de fabrico tal como o tipo e qualidade dos materiais que formam os
referidos painéis, fazem com que estes não se deformem, e não sejam afectados pelas
bruscas mudanças de temperatura.
3.7.1 -Colocação
Efectua-se mediante perfis especiais de alumínio, de modo que permite que todos os painéis
se possam desmontar em qualquer momento e por pessoal não especializado, facilitando a
reparação de qualquer avaria em condutas de aquecimento ou em instalações eléctricas.
Uma das características destes painéis é a anulação de ressonâncias devido ao seu elevado
grau de absorção de som.
Este material apresenta uma espessura única de 40 mm, comercialmente conhecido por
painel landa, é constituído por um entrelaçado de fibras de madeira, quimicamente
impregnadas e aglomeradas com cimento sob pressão controlada. Como resultado do
processo de fabrico formam-se numerosos furos, em forma de pequenas células que retêm
o ar, e como consequência adquirem óptimas qualidades de isolamentos, tanto térmico
como acústico. Possui propriedades anti fogo e deve ser considerado leve (25 kg/m2).
Tem aplicações na construção de coberturas e acabamentos, assim como pode ser usado em
revestimentos de paredes de união, instalação de divisórias, revestimento de pavimentos e
tectos falsos.
3.9.1 -Colocação
É aplicada no interior da caixa-de-ar deixada para o efeito entre duas paredes. Nas
instalações industriais utiliza-se empregando um simples suporte de serrapilheira, é também
o isolamento ideal para tubagens de aquecimento e ar condicionado.
Uma vez isolado termicamente o edifício o aquecimento é muito mais fácil. A economia do
combustível é enorme sendo rapidamente amortizado o custo que representa este
investimento adicional.
Utiliza-se um equipamento que consiste num compressor, dois recipientes e uma pistola de
injecção. Da extremidade da pistola sai uma espuma branca que parece nata e que solidifica
em poucos minutos. A espuma plástica é a nova técnica de isolamento. A aplicação fica
sempre a cargo de equipas especializadas, e este realiza-se da seguinte forma em que
mediante um andaime desmontável tubular com rodas, fixa-se entre as vigas uma
serapilheira bem esticada para o que se empregam agrafos parecidos aos de escritórios,
cravados por meio de uma pistola pneumática de compressor, em seguida cravam-se ripas
de três centímetros de espessura por cima da serapilheira e da viga. Sobre as ripas estica-se
uma nova serapilheira, forma se uma almofada aérea entre as duas serapilheiras,
seguidamente com a ajuda de uma peça especial, injecta-se a espuma através da última
capa. A espuma fluida atravessa a primeira capa de serapilheira e fica aprisionada entre as
duas telas; passados poucos minutos solidifica formando uma placa de extraordinário poder
isolante, seguidamente dá-se uma capa de tinta que proporciona o isolamento necessário e
dá um acabamento agradável e reflector. A caixa-de-ar que fica detrás da espuma
proporciona um isolamento adicional contribui para a absorção de baixas frequências. Às
suas propriedades de isolante térmico a espuma plástica junta excelentes propriedades
acústicas que contribuem para o melhoramento do nível sonoro do edifício.
No ponto de vista económico devido ao seu pouco peso pode ser vendido a um preço
totalmente revolucionário. O suporte á base da serapilheira é sem dúvida um dos mais
económicos.
Os painéis à base de poliuretano injectado possuem duas qualidades das quais o isolamento
térmico e acústico, as suas dimensões máximas não excede normalmente 1,50 m de largura
e 3.50 m de comprimento e 10 cm de espessura. As aplicações dos painéis são diversas;
paredes cortina, paredes-painel, divisórias interiores, coberturas, edifícios industriais,
edifícios pré fabricados (vivendas unifamiliares, escolas...)
È um material esponjoso mas não absorvente, leve, o seu manuseamento e simples, é fácil
quanto ao corte como à fixação. A sua colocação permite resolver problemas de isolamento
térmico, acústico, humidade.
A cor é branca e algo translúcida quando se apresenta com espessuras reduzidas. Este tipo
de material não é atacado por agentes atmosféricos e resiste à acção destruidora de fungos,
bactérias, roedores e parasitas.
Propriedades mecânicas:
Estes painéis mencionados podem ser facilmente trabalhados com qualquer utensílio de
trabalho em madeira sem se deteriorarem. Podem cortar-se, fresar-se e pregar-se.
Quando se tenha de pintar devem escolher-se tintas cujos dissolventes não ataquem o
poliestireno como vernizes de álcool, vernizes aquosos, dispersões aquosas de plástico.
Estes painéis podem aplicar-se em pavimentos, tectos e coberturas. Nos tectos e tectos
falsos se os painéis ficam visíveis apresentam um aspecto agradável e com luminosidade.
Nos pavimentos devem interpor-se os painéis entre a placa e a laje, neste caso para alem de
funcionar como isolante, absorve a percussão de pancadas e ruídos.
A sua colocação é muito simples e sobre os referidos painéis pode-se colocar mosaico,
mármore e parquet sem receio que se comprima. Estes empregam-se também na
construção de silos, cubas, e todo o tipo de depósitos para frutas...
4º - Nos encontros com paredes, o material deverá ser colocado até uma altura superior à
das camadas de acabamento a aplicar, de forma a evitar pontes acústicas.
6º - Aplicar uma betonilha de suporte do acabamento numa única operação. Esta betonilha
deverá ter uma espessura mínima de 4cm.
A aplicação de isolamento térmico numa cobertura plana efectuada na sua forma tradicional
ou convencional comporta uma série de particularidades que poderão acelerar o desgaste
do sistema de impermeabilização, uma vez que ao ser aplicado por cima do isolamento
térmico, o sistema de impermeabilização encontra-se submetido a:
A colocação das placas deverá ser feita imediatamente após executado o sistema de
impermeabilização. As placas de isolamento térmico são dispostas directamente sobre a
impermeabilização sem qualquer forma de fixação (figura 43).
As placas de isolamento térmico devem ser aplicadas numa única camada, com juntas
transversais desencontradas e devem ficar bem encostadas umas às outras.
No encontro com pontos singulares onde a cobertura tenha aberturas (clarabóias, ralos,
chaminés, etc.), as placas podem ser adaptadas através de cortes ou orifícios facilmente
executados com ferramentas tradicionais de carpintaria ou um instrumento cortante (figura
44).
Dada a leveza das placas, a aplicação da protecção pesada deve acompanhar a aplicação das
placas isolantes.
Deve ser empregue um feltro sintético não tecido com 100 a 150 g/m2 entre a protecção
pesada e as placas de isolamento térmico para evitar a formação de depósitos de sujidade
sobre a membrana impermeabilizante (figura 46).
Podem ser fornecidas na cor branca ou pintadas em dez cores, a sua espessura é de 50 cm.
A sua colocação é simples e por serem pouco pesadas permitem utilizar elementos de
sustentação muito leves.
A utilização de betões leves estruturais, que se caracterizam por terem um peso específico
inferior a 20 KN/m3, tem especial interesse em estruturas de grande vão, em particular nas
situações em que o peso próprio se constitui como uma parcela significativa da totalidade
das acções verticais, e em intervenções de conservação do património construído
nomeadamente em estruturas de alvenaria. Nestes casos são exigidas características de
resistência e de durabilidade ao betão leve, o que obriga ao estudo da sua formulação e
desempenho.
Existem betões leves que podem ser empregues como recheio na construção tais como,
betão de vermiculite, inerte orgânico.
3.14. Vermiculite
Figura 55 – Vermiculite
3.14.1 – Características:
- Extremamente leve;
- A prova de fogo;
- Não se decompõe, deteriora ou apodrece;
- Inodoro, não irrita, é esterilizado devido a alta temperatura de expansão;
- Absorve cinco vezes o seu peso em água;
- É lubrificado, não conduz electricidade.
3.14.2 - Aplicações
3.15.1 – Características:
- Leveza;
- Resistência;
- Inércia química;
- Estabilidade dimensional;
- Incombustibilidade;
- Excelentes propriedades de isolamento térmico e acústico.
O betão à base de aparas de madeira é especialmente aplicado nas obras em que se impõem
um isolamento térmico, acústico e resistente.
Também se podem obter betões em que o inerte seja cortiça moída, casca de arroz, turfa.
Têm pouco interesse e aplicação muito limitada. O Durisol é um material composto por uma
mistura de cimento e inerte orgânico previamente mineralizado, com este material
fabricam-se elementos de construção, tais como placas para tectos falsos, blocos, abobadas,
placas para revestimentos isolantes.
3.17.2 - Placas;
3.18.1 - Características
- Possui característicos drenantes;
- Grande resistência;
- Fácil manutenção;
- Enorme durabilidade.
Mistura homogénea e finamente moída de cal e matérias siliciosas, tais como areia, xistos,
escória.
A estrutura do betão ytong é porosa formada por células esféricas separadas entre si por
paredes delgadas.
É notável o isolamento térmico e acústico deste material, tem aplicação nas construções em
que se pretende obter um isolamento eficaz requerendo uma espessura de parede inferior à
dos materiais de construção clássicos, tijolo e betão corrente; com ytong fabricam-se blocos
e placas.
O ytong é assim um material natural e não poluente que reúne como principais vantagens as
seguintes propriedades:
- Baixa massa volúmica, o que facilita o seu transporte e manuseio;
- Baixa condutividade térmica devido à estrutura porosa;
- Material não combustível, adequado para a realização de paredes corta-
fogo;
- Elevada resistência à compressão, atendendo à sua reduzida massa
volúmica;
- Bom isolamento acústico;
- Grande constância de características dos produtos (dimensional e
propriedades físicas e mecânicas).
Recentemente surgiu no mercado dos materiais de construção civil, um bloco que combina
propriedades isolantes térmicas e acústicas. Denominado por bloco Termo-Acústico este
bloco apresenta um tamanho significativamente superior ao do bloco de betão tradicional,
atingindo os 25 cm de largura. Este é um bloco de betão leve, alveolado, cuja composição
contém esferas de LECA. O seu design apresenta uma simetria perfeita na sua largura
fazendo com as extremidades simétricas do bloco tenham apenas duas superfícies de
contacto. Esse par de faces de contacto complementa-se com a existência de uma caixa-de-
ar na restante área entre as extremidades simétricas do bloco.
O bloco apresenta ranhuras destinadas à aplicação da argamassa das juntas, não quebrando
o efeito de caixa-de-ar. Para aumentar as características de isolamento térmico, no final do
processo de fabrico, o exterior do bloco Termo-Acústico é revestido por Cerzite. Contudo
este tipo de isolamento destina-se apenas a construções de classe média-alta devido ao seu
elevado. Sendo que, à semelhança do que é praticado numa construção tradicional, as
paredes são constituídas por dois panos destes blocos, e isolados com um isolamento
comum, conferindo um extraordinário poder de isolamento à construção superando em
grande escala as construções tradicionais. Reportando valores técnicos, o coeficiente de
transmissão térmica é de 0,45W/m² ºC, e isolamento acústico até 53 Db. Enquadra-se na
Euro Classe A1, devido à sua reacção ao fogo.
3.20.1 Vantagens
3.20.2 - Desvantagens
Bibliografia