ESTUDO DE CASO
BARREIRAS ACÚSTICAS EM RODOVIAS
Jundiaí
2010
FACULDADE ANHANGUERA DE JUNDIAÍ
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
BARREIRAS ACÚSTICAS
Jundiaí
2010
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SUMÁRIO
Resumo....................................................................................................................4
Acústica ...................................................................................................................5
Definição .......................................................................................................5
A propagação do som ...................................................................................5
Fenômenos relativos à acústica.....................................................................6
Ruídos..................................................................................................................... 7
Definição .......................................................................................................7
Limites do ruído......... ...................................................................................8
Redução dos ruídos no interior de ambientes................................................9
Principais tipos de materiais atenuadores de ruídos.....................................9
Barreiras Acústicas..................................................................................................11
Barreiras e Materiais ....................................................................................12
Fenômenos relativos à acústica....................................................................12
Case: Barreira Acústica Rodovia dos Bandeirantes................................................14
Rodovia dos Bandeirantes km 14,5..............................................................14
Avaliação acústica inicial..............................................................................15
Avaliação dos resultados acústicos da barreira instalada ...........................16
Referências Bibliográficas.......................................................................................18
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RESUMO
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ACÚSTICA
Definição
A acústica é a área da Física que estuda o som, oscilações e ondas que
ocorrem em meios elásticos, com frequências de 20 a 20.000Hz audíveis pelo ser
humano, nos geradores de som, meios de transmissão, propagação, receptores e
seus efeitos. São fenômenos de ondas sonoras que podem favorecer ou prejudicar
a audição do ser humano.
Os elementos que compõem uma onda sonora são:
• Altura: relacionada com frequência, indicando se um som é agudo ou grave,
medida em hertz;
• Timbre: permite identificar se som é emitido por pessoa ou instrumento;
• Intensidade: medição da potência sonora propagada por unidade de
superfície, medida em decibéis.
A propagação do som
A propagação se dá por meio de vibração mecânica por meios líquidos,
sólidos ou gasosos, não se propagando no vácuo. Compõem estudo de
propagação:
• compressibilidade: característica pelo qual um corpo tridimensional sofre
variações de volume sob a ação de pressão externa;
• velocidade de propagação: variação da distância estudada no tempo em
um meio;
• potência sonora e intensidade energética: deslocamento longitudinal da
onda sonora caracterizada pela velocidade num meio;
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• audição: capacidade humana de distinção grotesca da frequência,
intensidade e timbre do som.
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RUÍDOS
Definição
Ruídos são sensação auditiva desagradável, contínua, flutuante, ou
impactante que prejudiquem a atividade humana ou agravem a saúde.
Classificam como:
• fisiológico: efeito sobre o organismo humano surdez, distúrbios nervosos;
• fisiopsicológico: efeito sobre rendimento do trabalho humano manual ou
intelectual;
• físicos: estudam a natureza do ruído para redução ou eliminação;
• técnico construtivo: estudam meios para reduzir efeitos indesejáveis
dB
90
80
70
Ruído Contínuo
60
Tempo
Fig. Ruído Contínuo
7
dB
90
80
70
60 Ruído Flutuante
Tempo
Fig. Ruído flutuante
dB
90 Ruído Impulsivo
80
70
60
Tempo
Fig.– Ruído do tipo impacto
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Instrumentos legais como a resolução do Conama no. 001, Norma NBR
10.151 e leis municipais regulamentam a poluição sonora.
Cientificamente é um desafio provocar níveis tão baixos nos dias atuais, com
as facilidades para aquisição de veículos, indústrias próximas aos centros urbanos,
aeroportos, rodovias, fazendo com que haja incansáveis pesquisas de técnicas e
materiais alternativos.
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• Vermiculita: da família das micas, que sob altas temperaturas se expande
deixando espaços no seu interior, baixa densidade e condutibilidade,
incomburente, insolúvel, não tóxico, não abrasivo, inodoro.
• Fibra de coco que misturada ao aglomerado de cortiça expandido tem
excelentes propriedades de absorção de ondas de baixa frequência, tendo
resistência e durabilidade, versátil, bom isolante térmico, e o melhor, matéria
prima natural e renovável.
• Dry wall ou gesso acortonado, que são placas sustentadas por estrutura
metálica leve, aplicadas como forro ou parede, com elevada produtividade,
revestimento de pequena espessura, menor peso, desmontabilidade,
precisão dimensional, com algumas desvantagens como baixa resistência
mecânica, baixa resistência à umidade, baixa capacidade de cargas. São
utilizadas consorciadas com lãs de vidro ou de rocha
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BARREIRAS ACÚSTICAS
As residências devem atender às necessidades básicas de sobrevivência de
uma pessoa fora do trabalho como alimentação, higiene pessoal, repouso e laser,
permitindo o restabelecimento das condições psico-fisiológicas dos trabalhadores.
Devem significar aos seus ocupantes um local sem riscos ambientais protegendo
de agentes físicos, químico ou biológicos.
A contaminação sonora é um problema ambiental em constante crescimento
e ocorre paralelamente ao crescimento da população e à urbanização. Vias de
circulação concentram grande movimento de veículos e são os principais focos de
poluição sonora nas áreas urbanas. Ruas e prédios viraram verdadeiras caixas de
ressonância acústica, aprisionando e refletindo o barulho.
Em particular quanto ao ruído, preocupações e concepções ambientais na
fase de projeto dos edifícios são críticas e deficientes, e devem principalmente a
insensibilidade gerencial do investimento, desconhecimento técnico ou extrema
dificuldade financeira para adoção de soluções. Não se pode relevar a um segundo
plano o básico de uma construção, que é o conforto térmico, de iluminação e
sonoro.
Projetos elaborados por profissionais não especializados permitem a adoção
de materiais de qualidade duvidosa e técnicas executivas condenáveis onde o
usuário apenas terá ciência quando houver fixado sua residência.
Definição
As barreiras acústicas são formas eficientes de controle de ruído de fonte
sonora de grandes dimensões que não podem ser enclausuradas. Podem ser
aplicadas para tratamentos acústicos de rodovias, ferrovias, aeroportos, geradores
de energia, chillers, núcleos residenciais, transformadores, prensas e máquinas
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ruidosas, usinas e escolas. Tecnicamente podem ter combinações de produtos e
soluções acústicas como venezianas, enclausuramentos e atenuadores de ruídos.
São dispositivos construídos por materiais leves de baixa densidade,
fibrosos, porosos como espumas, tecidos, carpetes, fibras cerâmicas de vidro. São
aplicados após estudo acústico quanto à fixação, posição relativa a fonte de ruído e
facilidade de manutenção, para minimizar a reflexão de ondas sonoras e a
reverberação, portanto diminuindo o nível de pressão sonora e melhorando a
inteligibilidade do local.
A energia absorvida será transformada principalmente em energia térmica,
como mostra a figura abaixo:
Barreiras e Materiais
O sucesso na escolha e implantação dependerá de:
• Aceitação da população diretamente afetada;
• Fatores ambientais como paisagem, iluminação, clima, acesso, fauna,
cultura, história, segurança;
• Técnica como criatividade, materiais, cor, eficiência, tamanho, forma, ângulo
de incidência, aberturas na superfície (fissuras ou frestas muito largas não
atenuam o som e estreitas podem amplificá-lo), custo, integração com
planejamento urbano e vegetação local.
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Esquemático das ondas refletidas.
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CASE: BARREIRA ACÚSTICA RODOVIA DOS BANDEIRANTES
Entre as inúmeras consequências das alterações produzidas pelo homem
nas condições naturais do ambiente em que vive (ou pelo qual simplesmente
passa), o ruído é uma das mais importantes, sendo perceptível em qualquer
aglomeração humana, por mais primitiva que seja.
Nos meios urbanos, o ruído de tráfego de veículos é, sem dúvida, o mais
presente, além de ser de difícil controle, visto que as fontes sonoras são móveis e
intermitentes, e, pela sua importância ambiental, particularmente o ruído rodoviário.
No entanto, existem limites de tolerância e de exposição de ruídos. A NBR 10.151
edição 2000 trata dos padrões máximos de ruídos externos, conforme mostra a
tabela abaixo.
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O receptor considerado no estudo era um conjunto de edifícios residenciais,
distante cerca de 50 m da rodovia e construído em cota inferior a esta, mas cujos
apartamentos dos últimos andares estavam localizados em cota bastante superior
à pista. Levando em conta esses fatores, foi possível realizar uma simulação das
diversas configurações fonte-receptor, tais como estrada construída em aterro, em
nível ou em corte (leve ou profundo).
80
70
60
Tempo
A figura acima mostra o Leq graficamente .
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veículos/hora. Essas leituras foram importantes para a aferição do modelo de
estimativa a nível de ruído em função do tráfego, utilizado na correção do valor
medido para o estimado no pico de tráfego do trecho considerado.
O ruído de fundo medido na, região dos receptores, fora da inflluência da
rodovia, foi de 62,0 dB(A) no período diurno.
A tabela a seguir apresenta os resultados das medições acústicas nos apar-
tamentos receptores avaliados, bem como a cota de cada um em relação à
rodovia, o fluxo de veículos medido na ocasião, o Leq medido e o. Leq estimado
para o pico de tráfego no local (3.900 veículos/hora durante o dia e 1.400
veículos/hora à noite).
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Redução Leq p/
Leq sem Leq p/
Fluxo pista Leq medido pela 1.400 veíc/h
Andar barreira 3.900 veíc/h
sul (veíc/h) (dB(A)) barreira (dB(A))
(dB(A)) (dB(A))DIA
(dB(A)) NOITE
2° 2,196 61,4 68,4 7,0 63.4 55,3
4° 2,688 62,0 72,3 10,3 63,3 55,1
6° 3,660 65,5 75,7 10,2 65,8 57,6
8° 3,156 76,7 76,7 8,1 69,3 61,1
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- AMORIM, A.; LICARIÃO, C. Introdução ao Conforto Ambiental. Disponível em:
http://www.fec.unicamp.br/~luharris/galeria/ic042_05/TIDIA-ae_TopicoA_mat-
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- Apostila de Acústica e Ruídos. Disponível em:
http://www.scribd.com/doc/7839814/AcUstica-e-RuIdos-Apostila2-Parte-Joao-
Candido-Fernan . Acesso em 11 jun 2010.
- AreaSeg – Segurança do Trabalho e Ergonomia. Disponível em:
http://www.areaseg.com . Acesso em 27 mai 2010.
- COSTA, E. C. Acústica Técnica. São Paulo, Ed. Edgard Brucher, 2003
- LISOT, A.; et al. Análise do Ruído para a Implantação de Empreendimentos
Imobiliários Horizontais Urbanos. Disponível em
http://www.ibape.org.br/downloads/trabalhos/LARES%20-%20Aline%20Lisot.pdf .
Acesso em 07 jun 2010.
- MURGEL, E. Fundamentos de acústica ambiental. Editora Senac São Paulo,
2007.
- Soler & Palau S.A. Disponível em: http://www.solerpalau.pt/formacion_01_25.html
. Acesso em 07 jun 2010.
- Wikipédia. Disponível em: http://pt.wikipedia.org . Acesso em 27 mai 2010.
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