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COMPRESSORES, SOPRADORES E VENTILADORES

capa, sumário, introdução, desenvolvimento (revisão bibliográfica), conclusões e referências


bibliográficas;

Definições, terminologias e demais conceitos básicos sobre os equipamentos;

Tipos e classificações dos equipamentos;

Aplicações na indústria;

Equações de projeto dos equipamentos.

2.1 COMPRESSORES
Os compressores, por seu turno, são encontrados em serviços mais comuns como, por
exemplo, nos serviços de pintura e acionamento de pequenas máquinas pneumáticas.
Existem, também, os compressores de grande porte que são utilizados em unidades
industriais. Os compressores de gás ou de processo são requisitados para as mais
diversas aplicações, sendo direcionados para um tipo específico de operação. Incluem-
se nessa categoria o inflador de ar do forno de craqueamento catalítico das refinarias de
petróleo (FERRAZ, 2010). Ainda na indústria do petróleo e processamento
petroquímico esses compressores também podem ser especificados para, por exemplo,
na conversão de energia mecânica em energia de escoamento (sistemas pneumáticos,
fluidização e etc.)
Classificação Compressores:
Dois princípios conceptivos em que se fundamentam as classes de compressores de uso
industrial: dinâmico e volumétrico.
Os compressores dinâmicos ou turbocompressores, semelhantes às turbobombas,
apresentam impelidores, os quais recebem energia de um acionador (motor) e à
transfere, nas formas cinética e entálpica, ao gás para, em seguida, proporcionar ganho
de pressão. Os compressores centrífugos, caracterizam-se por apresentar a alimentação
do gás em paralelo ao eixo e abandona a carcaça do equipamento perpendicularmente a
tal eixo. O gás escoa através do olho do impelidor, sendo acelerado radialmente, saindo
com um aumento da velocidade da periferia ao difusor (variação da energia cinética
para energia de pressão). Esse tipo de compressor é mais adequado para baixas pressões
(NEBRA, 2008). Conhecidos também como do tipo de fluxo radial, tais compressores
operam com os mesmos princípios das bombas centrífugas. Comprimem enormes
volumes de gases (140 m3/s) até pressão de saída de 2 atm e, com capacidades
volumétricas menores, podem descarregar altas pressões (centenas de atm). Os
compressores de fluxo axial são aqueles em que o escoamento ocorre na direção do eixo
do impelidor e apresentam rendimento mais elevado do que os ra-diais, todavia,
apresentam custos mais elevados quando, também, comparados aos radiais (NEBRA,
2008). Tais tipos de compressores são adequados para alta pressão.
Para pressões intermediárias, pode-se, como no caso de bombas, utilizar-se de
compressores dinâmicos mistos. Os compressores volumétricos ou de deslocamento
positivo operam à semelhança das bombas de deslocamento positivo. No caso de
compressores, a energia fornecida ao gás decorre da variação do seu volume. Tais
compressores podem fornecer gás com pressão de algumas frações de atm até pressões
na ordem de 2.000 atm.

Já o compressor alternativo do tipo pistão possui um virabrequim que transforma o


movimento rotativo do eixo de um motor elétrico em um movimento linear; a cruzeta
guia o movimento do pistão; o pistão propriamente dito; um cilindro reservatório no
qual ocorre a compressão do gás; possui também uma ou mais válvulas de sucção e uma
ou mais válvulas de descarga, as quais regulam o fluxo de gás que entra e abandona o
cilindro (NEBRA, 2008).
No compressor alternativo do tipo diafragma, há um fluido de trabalho (usualmente
óleo) o qual é comprimido por um pistão que, por sua vez, comprime o diafragma,
provocando o seu deslocamento. Esse tipo de compressor é indicado para trabalhar com
gases perigosos e corrosivos.
Os compressores rotativos são caracterizados pelo gás ser impelido por dispositivos que
provocam rotação, comprimem e impulsionam o fluido para a linha de descarga. O
funcionamento desses equipamentos é semelhante às bombas rotativas, como é o caso
dos compressores de parafusos.
No caso do compressor de palhetas, este possui um impelidor (ou um tambor central)
que, ao girar, faz com que as palhetas direcionam-se radialmente, aproximando-se da
carcaça. O gás penetra pela abertura de sucção e ocupa os espaços definidos entre as
palhetas. Em virtude da excentricidade do impelidor e às posições das aberturas de
sucção e de descarga, os espaços constituídos entre as palhetas vão se reduzindo de
modo a provocar a compressão progressiva do gás (ARCINCO, 2010).
Trabalho de compressão:
Compressor de único estágio
Para calcular carga ou altura:

em que uS e uD são, respectivamente, as velocidades do escoamento nas bocas de sucção


e descarga do compressor, respectivamente.
A equação, representa a “máxima variação possível” da densidade do fluido que pode
ocorrer em um escoamento de gás perfeito que foi comprimido adiabaticamente. Essa
variação será máxima quando houver desaceleração do escoamento pelo compressor (u D
< uS, uma ocorrência que não é usual nos compressores disponíveis), ou o compressor
não transfere energia cinética para o escoamento (u D = uS), uma condição frequente,
assim como uD > uS. Assim, se o primeiro caso não é o usual,

Essa equação, todavia, pode ser avaliada em uma situação hipotética, na qual se
considera que variação de pressão que ocorre em um sistema de compressão sem a
transferência de energia mecânica ao escoamento (ou seja, não se considera a ação de
compressão), então reescrevendo:

A partir dessas equações é possível quantificar a variação máxima de densidade do gás


no compressor quando a carga máxima H é transferida ou quando um escoamento é
desacelerado de uS até a estagnação.
Potência consumida por um motor de um compressor de um único estágio:

Quando um compressor transfere carga inferior a 500 mmH 2O, é dito “de baixa
pressão” e o processo de compressão é calculado como se o fluido fosse incompressível
(o tipo de compressor, se axial, radial etc., não determina a classificação), da mesma
forma, quando a velocidade do fluido em um duto é inferior a 100 m/s (carga dinâmica
próxima de 500 mmH2O), o escoamento é calculado como se fosse o de um fluido
incompressível.

Compressor de múltiplos estágios:


A carga teórica desenvolvida por um compressor de múltiplos estágios para a
compressão adiabática de 1 kg
de um gás, da pressão de
sucção até a pressão de
descarga:

Desconsiderando-se a perda de pressão entre os estágios, o número de estágios de


compressão, n, é determinado, aproximadamente, por

Da qual resulta

sendo ζ a taxa de compressão em um


único estágio.
O valor da potência consumida por um
compressor de múltiplos estágios é
representado por:
sendo a constante empírica 1,69 resultante da consideração de haver diferença entre o
processo real de compressão do gás e um processo isotérmico.
2.2 SOPRADORES
Os sopradores são encontrados na manipulação de inúmeros gases de processos nas
indústrias química, farmacêutica, alimentícia, bem como nas instalações em que se
encontram biogases.
Curva característica de sopradores
os sopradores podem ser considerados como compressores, cuja diferença substancial é
que operam a pressões bem menores. No caso específico de sopradores (ou
ventiladores), além da definição da sua capacidade, ou seja, da sua vazão Q, existem
aquele de pressões características, as quais são definidas do modo como se segue
Pressão total do soprador

trata-se da diferença, para eL = 0, entre a pressão total do ar na saída e na entrada do


soprador, ou

Pressão dinâmica (ou de velocidade) do soprador


refere-se à pressão cinética ou dinâmica correspondente à velocidade média do fluido na
saída do soprador.

Pressão estática do soprador

diz respeito à diferença entre a pressão total do soprador e a pressão dinâmica na saída
do mesmo.
Já a potência, necessária para a instalação de um soprador é definida por

em que Q é a vazão do soprador (ou capacidade); Δp, aumento de pressão em virtude da


ação do soprador; h, rendimento global da instalação do soprador.
Já a potência no eixo, W eixo, refere-se àquela necessária ao eixo do soprador para
impor as pressões total e estática, bem como a vazão ao escoamento do gás

Dessa forma, a curva característica de um soprador expressa o seu desempenho para


uma dada condição de referência (em termos de peso específico do gás). Para um dado
número de rotações (N) são efetuadas determinações de potência (W ), rendimento (h) e
vazão (Q). É importante mencionar que as condições de referência aplicam-se ao fluido
de trabalho e à instalação do compressor. O fluido padrão é o ar à pressão de 101,33
kPa, à temperatura de 20 °C (densidade = 1,2 kg/m3).
A condição de instalação impõe que a energia cinética na entrada no ventilador seja
nula, ou seja, uS = 0. Nesse caso, ao se estabelecer tal critério, a pressão total define a
máxima energia possível que o compressor transfere ao gás, de modo ser a pressão total

A pressão dinâmica na saída do ventilador deve ser fornecida ou determinada pelo


usuário para que se calcule o valor da pressão total em cada ponto operacional
correspondente. Assim, a pressão total é facilmente obtida, somando-se à pressão
estática a pressão dinâmica correspondente, salientando que a velocidade é obtida da
vazão e da área da boca de descarga do soprador.
Leis dos sopradores
A curva característica de um soprador é fornecida pelo fabricante para uma condição-
padrão, definida para o ar como fluido de trabalho (P = 101,33 kPa; T = 20 °C; r = 1,2
kg/m3). Um soprador só operará nessa condição-padrão em situação excepcional. A
pressão atmosférica varia com a altitude do local de instalação e com as condições
climáticas (como, por exemplo, umidade relativa e temperatura do ar), alterando a
pressão de sucção do soprador, bem como a própria densidade do gás. Para observar
esse efeito, a curva característica do soprador deverá ser recalculada para uma condição
média de operação. Esse procedimento é realizado recorrendo-se à definição da pressão
total e às relações de similaridade das máquinas de fluxo, em que as equações
resultantes são comumentemente chamadas leis dos ventiladores ou dos sopradores. As
relações de similaridade das máquinas de fluxo para um mesmo equipamento (operando
em rotações distintas, com fluidos de pesos específicos distintos) são assim definidas:
os subscritos I e II referem-se a condições operacionais distintas de um mesmo
equipamento, ou seja, operando com o número de rotações NI e com o gás de peso
específico yI, o ventilador decarrega a vazão QI com uma carga (ou altura de elevação)
HI, requerendo a potência WI. Ressalte-se que a carga não é o conceito usual para
representar a energia transferida por sopradores (ou ventiladores). Portanto, deve-se
reescrever as relações de similaridade em termos da pressão total para definir as leis dos
sopradores
Primeira lei:
A primeira lei dos sopradores objetiva obter nova curva característica quando se
mantém o fluido de referência, ou seja (y I = yII), entretanto, modifica-se o número de
rotações do motor do soprador (NI → NII). Assim, se o número de rotações variar,
modificar-se-ão a vazão, a pressão total e a potência. Então, definição de altura ou carga
total de um soprador,

em termos da pressão total, para y constante:

Potência:

Segunda lei:
A segunda lei dos sopradores objetiva a obtenção de nova curva característica quando se
mantém a mesma vazão (QI = QII), entretanto, o peso específico do fluido de trabalho é
diferente do padrão estabelecido (yI → yII) ou se trata de outro fluido de trabalho.
Pressão total:

Potência:

Terceira lei:
A terceira lei dos sopradores visa construir nova curva característica quando se mantém
a mesma pressão total (pTI = pTII), entretanto, o peso específico do fluido de trabalho é
diferente do padrão estabelecido (yI → yII) ou se trata de um outro gás.

Número de rotações:
Vazão:

Potência:

Os ventiladores são utilizados em sistemas de ventilação em condicionamento de ar


residenciais, comerciais e industriais.

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