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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA MECÂNICA
Dissertação submetida à
Data: ____/____/____
________________________________________________
João Telésforo Nóbrega de Medeiros - Orientador
BANCA EXAMINADORA
________________________________________________
João Telésforo Nóbrega de Medeiros - Presidente
________________________________________________
José de Anchieta Lima (IFRN)
________________________________________________
Juliana Ricardo de Souza (UFRN)
________________________________________________
Manoel Fernandes Oliveira Filho (IFRN)
!iv
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS ix
RESUMO xiv
ABSTRACT xv
1. INTRODUÇÃO 1
1.1 - HIPÓTESE INVESTIGATIVA ....................................................................2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3
2.1 - FENÔMENOS TRIBOLÓGICOS.................................................................3
2.1.1 - Atrito ........................................................................................3
2.1.2 – Desgaste ....................................................................................4
2.2 - MECANISMOS DE DESGASTE .................................................................6
2.2.1 – Desgaste por Abrasão .....................................................................8
2.2.2 – Desgaste por Erosão ......................................................................9
2.2.3 – Desgaste por Adesão ....................................................................10
2.2.4 – Desgaste por Oxidação ..................................................................10
2.2.5 – Desgaste por Corrosão ..................................................................11
2.2.6 – Desgaste por Fadiga de contato .......................................................11
2.2.7 – Desgaste por Fretting ...................................................................11
2.3 – MÉTODOS EXPERIMENTAIS PARA AVALIAÇÃO TRIBOLÓGICA DO DANO EM CABOS DE
AÇO ...................................................................................................14
2.4 – CABOS DE AÇO ...............................................................................16
2.4.1 - Danos em Cabos de Aço .................................................................20
2.4.2 - Aplicações em Elevadores ..............................................................21
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 24
3.1 - MATERIAIS E DISPOSITIVOS .................................................................24
3.2 - METODOLOGIA................................................................................29
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 31
4.1 - AMOSTRA REMOVIDA PARA ANÁLISE ANTES DOS ENSAIOS ............................31
4.2 - AMOSTRA REMOVIDA PARA ANÁLISE APÓS 120.000 CICLOS ..........................33
4.3 - AMOSTRA REMOVIDA PARA ANÁLISE APÓS 3.000.000 CICLOS .......................41
5. CONCLUSÕES 47
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 49
!ix
LISTA DE FIGURAS
Figura 15 - Micrografias do dano por fretting em arames sob ângulos de contato de 90º
submetidos a carga de 1N, deslocamento de 130 µm e (a) 20x103 ciclos, (b) 50x103 ciclos e
(c) 100x103 ciclos.
Figura 16 - (a) Detalhe da superfície com arames individuais rompidos e (b) detalhe do cabo
de aço após o colapso.
Figura 17 - Esquemático do funcionamento de um elevador. Onde, (1) Casa de máquinas; (2)
Cabina; (3) Caixa de corrida e (4) Poço.
Figura 18 - Painel de comando do aparato experimental composto por (1) contactoras, (2)
inversor de freqüência, (3) fonte chaveada e (4) disjuntor.
Figura 19 - Método de fixação do cabo de aço composto por suporte, ímã e clips.
Figura 20 - Dispositivo de tracionamento com movimento oscilatório. Onde, (1) motor; (2)
acoplamento excêntrico; (3) polia de tração e (4) sensor magnético para inversão de sentido.
Figura 21 - Dispositivo de tensionamento do cabo de aço. Onde, (1) Peso de 25 N; (2)
Medidor de nível; (3) Polia tensora.
Figura 22 - Contato elétrico de segurança.
Figura 23 - Sensor magnético de parada.
Figura 25 - Detalhamento do material estudado. Onde, (1) Cabo de aço; (2) Alma; (3) Perna;
(4) Arame.
Figura 26 - Vista aproximada do cabo de aço submetido aos ensaios.
Figura 27 - Análise por MEV dos arames antes dos ensaios de (a) 120.000 ciclos com
aumento de 500x (b) 120.000 ciclos com aumento de 1000x (c) 3.000.000 com aumento de
500x (d) 3.000.000 com aumento de 1000x.
Figura 28 - Análise por MEV da amostra antes do ensaio (a) superfície externa dos arames da
perna com aumento de 2000x (b) superfície do arame interno com aumento de 2000x.
Figura 29 - Região selecionada para análise por EDS da amostra antes do ensaio.
Figura 30 - Gráfico da caracterização química da região estudada obtido por EDS.
Figura 31 - Análise por MEV de arame com contato em linha entre pernas após 120.000
ciclos, com aumento de 500x.
Figura 32 - Análise por MEV das amostras de arames com contato trellis (a) antes do ensaio e
(b) após 120.000 ciclos, ambas com aumento de 500x.
!xi
Figura 33 - Análise por MEV das amostras de arames com contato trellis após ensaio de
120.000 ciclos (a) região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as
polias (c) região de contato com a polia tensora. As imagens apresentam (1) aumento de
1000x e (2) aumento de 2000x.
Figura 34 - Micrografia do dano por contato em linha entre pernas após o ensaio de 120.000
ciclos, com aumento de 500x.
Figura 35 - Análise por MEV do dano por contato em linha entre pernas após ensaio de
120.000 ciclos (a) região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as
polias (c) região de contato com a polia tensora. As imagens apresentam (1) aumento de
1000x e (2) aumento de 2000x.
Figura 36 - Análise por MEV dos arames externos do cabo após 120.000 ciclos, com aumento
de 1.000x.
Figura 37 - Análise por MEV do dano nos arames externos do cabo de aço após ensaio de
120.000 ciclos (a) região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as
polias (c) região de contato com a polia tensora. As imagens apresentam (1) aumento de
1000x e (2) aumento de 2000x.
Figura 38 - Análise por MEV dos arames externos do cabo de aço na região de contato com a
polia de tração (a) após 120.000 ciclos e (b) após 3.000.000 de ciclos, ambos com aumento de
500x.
Figura 39 - Análise por MEV das amostras de arames com contato trellis após ensaio de
3.000.000 ciclos (a) região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as
polias (c) região de contato com a polia tensora. As imagens apresentam (1) aumento de
1000x e (2) aumento de 2000x.
Figura 40 - Análise por MEV dos arames submetidos ao contato trellis na região de contato
com a polia superior (a) após 120.000 ciclos e (b) após 3.000.000 ciclos, com aumento de
500x.
Figura 41 - Análise por MEV do dano por contato em linha entre pernas após ensaio de
3.000.000 ciclos (a) região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as
polias (c) região de contato com a polia tensora. As imagens apresentam (1) aumento de
1000x e (2) aumento de 2000x.
!xii
Figura 42 - Análise comparativa do dano nos arames com contato trellis na região de contato
com a polia de tração, com aumento de 500x (a) antes dos ensaios (b) após 120.000 ciclos (c)
após 3.000.000 de ciclos.
Figura 43 - Análise por MEV do dano nos arames externos do cabo de aço após ensaio de
3.000.000 ciclos (a) região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as
polias (c) região de contato com a polia tensora. As imagens apresentam (1) aumento de
1000x e (2) aumento de 2000x.
!xiii
LISTA DE TABELAS
!xiv
RESUMO
ABSTRACT
The steel wire rope is one of the main elements in lifting or weight load transportation
equipments. During the operation of the equipments, the steel wire rope is subjected to
oscillatory movements that cause wear and even cracking in the material.
In order to evaluate the damage caused in a steel wire rope subjected to low amplitude
vibrations, an experimental apparatus was designed and installed to simulate the operation of
a lifting system using sheaves and a steel wire rope with the following construction: 1/4”
6x19 S FC RR bright. In this experimental apparatus, the steel wire rope was loaded with 25
N in order to exert the proper tension for the operation of the equipment.
Steel wire rope samples were collected and analysed by Scanning Electron
Microscopy (SEM) and Energy Dispersive Spectroscopy (EDS) before the experiment, then
after a run of 120,000 cycles and 3,000,000 cycles.
This work revealed surface damages in the studied material inherent to the
manufacturing process of the steel wire rope and allowed the visualisation of surface damage
in specific contact regions of the steel wire rope, revealing several mechanisms of damage
acting in a steel wire rope subjected to a pressure x slip speed pair. In the carried out tests, the
experimental apparatus was configured to promote oscillatory motion with a maximum
amplitude of 300 µm in order to simulate shocks on the steel cable that resemble the operating
reactions of this system in the field.
The definition of the analysis methods in this study and the evaluation of the surface
damage caused in the laboratory is fundamental to introduce means of predictive maintenance
in the industry, as well as products or resources to minimize the wear and to increase the
lifespan of the material.
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Essa revisão bibliográfica foi estruturada de modo que o leitor possa compreender o
fenômeno tribológico que ocorre durante os ensaios para o estudo do dano em cabos de aço.
Além disso, faz-se indispensável o conhecimento sobre o objeto de estudo e aplicações desse
estudo no mercado. Sendo assim, essa revisão abordará os seguintes temas: Fenômenos
tribológicos, Mecanismos de desgaste, Métodos experimentais para avaliação tribológica do
dano em cabos de aço e Cabos de aço.
2.1.1 - Atrito
!4
O atrito tem sido estudado há aproximadamente cinco séculos. A análise desse evento
teve início em 1495 com um dos maiores pesquisadores do mundo, Leonardo da Vinci, e
continuou com Hooke, Newton, Amontons, Desaguliers, Euler, Coulomb e Rennie. Desde
então, esse tema tem motivado diversos estudiosos que prosseguem com o aprofundamento
do conhecimento sobre atrito (RELHAS, 2012).
O estudo do atrito se faz indispensável em qualquer pesquisa que envolva a relação
entre dois corpos em contato. Por esse motivo, será introduzido abaixo alguns conceitos sobre
o atrito.
De acordo com Resnick e Halliday (1978), Leonardo da Vinci experimentalmente
definiu que o atrito independe da área de contato e é proporcional à carga aplicada sobre o
corpo. Estudos posteriores descrevem que as forças de atrito podem ser estáticas ou
dinâmicas. O atrito estático ocorre em corpos que permanecem em repouso. Logo, a força
resultante sobre o corpo será sempre nula. A força de atrito estática máxima é, portanto,
equivalente à força mínima para possibilitar o início do movimento de um corpo. Por fim, a
força de atrito dinâmica ou cinética refere-se a força que incide sobre um corpo em
movimento promovendo resistência. As equações que descrevem as forças de atrito estático
máximo e atrito dinâmico são enunciadas abaixo. Onde µe = Coeficiente de atrito estático, µc
= Coeficiente de atrito cinético e N = Força Normal.
2.1.2 – Desgaste
Chattopadhyay (2001) define que a interação da superfície com sua região de interface
deve resultar em perda de material da superfície. Esse processo que promove a perda de
material é denominado, portanto, de desgaste. Essa definição não inclui perda de dimensão
por deformação plástica, embora na prática tenha existido desgaste sem remoção de material.
Na obra supracitada, o autor ainda se refere à norma internacional DIN 50320
indicando que o desgaste não é uma característica intrínseca dos materiais e que, segundo a
!5
O desgaste, na maioria dos casos, não ocasiona danos graves aos equipamentos, mas
promove redução na eficiência operacional de sistemas, perda de energia, aumento no
consumo de óleo e aumento na taxa de reposição de componentes. Como o desgaste é um
evento dependente do sistema, quaisquer alterações na velocidade, no carregamento ou no
ambiente podem provocar grandes variações na taxa de desgaste de uma ou de ambas
superfícies em contato (CZICHOS, 1974 apud EYRE, 1978).
Segundo (Eyre, 1978), o desgaste raramente ocorre devido a um único mecanismo.
Existem situações onde um mecanismo de desgaste gera outro ou, até mesmo, situações em
que dois ou mais mecanismos operam juntos. Os mecanismos de desgaste encontrados em
ambiente industrial podem ser classificados da seguinte forma: 50% abrasivo, 15% adesivo,
8% erosivo, 8% fretting e 5% químico (EYRE, 1976). J.T.Burwell Jr (1957/58), atribui quatro
tipos principais de desgaste (adesivo, abrasivo, corrosivo e fadiga superficial) e inclui, em sua
discussão, outros tipos de desgaste (erosão e impact chipping) que representam a minoria.
!6
W = K.s.P/pm
Essa relação demonstra que a taxa de desgaste é independente da área de contato
aparente e é diretamente proporcional à carga aplicada. A rugosidade superficial sofre
deformação sob aplicação de carga e em cada ciclo existe uma probabilidade definida de
ocorrer o desgaste de uma partícula, sendo assim, uma vez definido o volume do desgaste,
facilmente podemos conduzir a equação para obter a profundidade do desgaste:
δ = W/A
Figura 2 - Mecanismos de desgaste (a) Abrasão (b) Adesão (c) Erosão (adaptado de BALL, 1976).
Figura 3 - Micrografia dos mecanismos de desgaste (a) Abrasão em ferro fundido cinzento (b) Adesão de aço
sobre aço (c) Erosão de aço endurecido (baseado em EYRE, 1978).
De acordo com Khruschov (1974), o desgaste abrasivo ocorre quando existe atrito
entre um metal e um corpo ou grão de maior dureza, podendo ser ocasionado inclusive pelo
deslocamento de grãos abrasivos em uma corrente fluida incidindo sobre uma superfície
metálica.
A abrasão é, geralmente, causada por partículas que estão embutidas ou ligadas a
alguma superfície oposta. Porém, esse mecanismo de desgaste pode ser ocasionado também
por partículas livres entre duas superfícies. Este último arranjo provoca menos desgaste do
que o anterior (NEALE, 1995).
Portanto, o mecanismo de abrasão pode ocorrer sob duas condições: desgaste entre
dois corpos e desgaste entre três corpos. Dessa forma, faz-se necessário expor as principais
diferenças entre essas condições de desgaste e como os modos de falha se comportam quando
submetidos a essas condições.
Segundo Moore (1974), a condição de desgaste entre dois corpos ocorre devido a
remoção de material sólido de uma superfície pela ação de deslizamento unidirecional de
!9
De acordo com Rabinowicz et al. (1961), a condição de desgaste entre três corpos é
obtida quando grãos abrasivos são introduzidos entre superfícies deslizantes promovendo
remoção de material dessas superfícies. Em seu experimento, a taxa de desgaste abrasivo na
condição de três corpos apresentou resultado 10 vezes menor quando comparado ao resultado
da taxa de desgaste abrasivo na condição de desgaste entre dois corpos. Esse resultado é,
provavelmente, consequência do grande deslocamento dos grãos entre as superfícies.
O desgaste por erosão também é conhecido como erosão por partículas sólidas. Esse
mecanismo é a deterioração de materiais metálicos ou não-metálicos pela ação abrasiva de
fluidos em movimento, geralmente acelerada pela presença de partículas sólidas em
suspensão (HUTCHINGS, 1992; GENTIL, 2007). Zum Gahr (1987) destaca seis diferentes
tipos de erosão: erosão por partículas sólidas em meio gasoso, erosão por partículas sólidas
em meio líquido, erosão-corrosão, erosão por cavitação e erosão térmica.
As partículas erosivas incidentes podem variar de acordo com forma, tamanho, dureza
e tenacidade à fratura, já para o material deve-se levar em consideração todas as
características e propriedades mecânicas. Essas variações do par tribológico juntamente com a
maneira que ocorre a interação (ângulo de incidência e velocidade da partícula, por exemplo)
influenciam de forma direta no mecanismo de erosão e, consequentemente, na taxa de
!10
Darque-Ceretti (1997) apud Medeiros (2002) chamam a atenção para o uso do termo
“Adhesion” sem que se faça distinção entre adesão e aderência. A adesão é um fenômeno de
atração e pode ser explicada pela físico-química, enquanto a aderência corresponde à
dificuldade de separação entre dois corpos.
O desgaste adesivo pode ocorrer quando superfícies deslizam uma contra a outra
(ZUM GAHR, 1987), seja por rolamento ou deslizamento. Os pontos de contato submetidos a
alta pressão sofrem deformação plástica, aderência ou soldagem a frio. Devido à permanência
do movimento relativo e à interação interatômica do par tribológico, o contato se torna cada
vez mais íntimo, podendo ter como resultado a transferência de material de uma superfície
para a outra (SOUZA, 2011).
A presença de contaminantes (como camada de óxido) ou de lubrificantes ajuda a
dificultar a aderência e, portanto, o desgaste por adesão.
O mecanismo de desgaste por fadiga de contato está mais propenso a acontecer sob
condições de contato rolante, onde as tensões são altas e o deslize é baixo. Porém, não pode
ser descartada a ocorrência de fadiga de contato sob desgaste por deslizamento. Os contatos
rolantes são capazes de manter uma lubrificação elasto-hidrodinâmica eficaz. Desse modo, o
contato metal-metal e, consequentemente, a interação adesiva é reduzida ou eliminada
completamente (NEALE, 1995).
Os mecanismos de fadiga de contato podem ser entendidos como campos de tensão
elástica estabelecidos com o material da superfície de elementos rolantes. De acordo com
Neale (1995), a análise da tensão elástica indica que, na fadiga de contato, a tensão crítica
para o dano é a tensão de cisalhamento cíclica ortogonal máxima.
a) b) c)
Figura 4 - Exemplos característicos de Força Tangencial (T) versus deslocamento, onde ∆ é a variação de
amplitude do movimento (a) Stick, ∆ < ∆1 (b) Misto Stick-Slip, ∆1 < ∆ < ∆2 (c) Gross-Slip ∆ > ∆2 (VINGSBO
e SODERBERG, 1988).
!13
a) b) c)
Figura 5 - Micrografia do dano por fretting nos regimes (a) Stick, ∆ = 2 µm; N = 10.9 N; f = 100 Hz; n = 106
ciclos (b) Stick-Slip, ∆ = 4 µm; N = 11.5 N; f = 1000 Hz; n = 107 ciclos (c) Gross-Slip, ∆ = 15 µm; N = 5.7 N;
f = 20 kHz; n = 106 ciclos (adaptado de VINGSBO e SODERBERG, 1988).
viabilizando o desgaste por fretting através do contato transversal com arames sob carga
aplicada, Fn, e pela amplitude de deslizamento dos arames de contato.
Figura 6 - Esquema do aparato experimental para ensaio de fadiga por fretting. Onde, 1- Transdutor de
tensão; 2- Suporte superior; 3- Transdutor de emissão acústica; 4- Suporte inferior; 5- Célula de carga axial; 6-
Bloco de carga fixo; 7- Conjunto de pesos; 8- Transdutor de tensão-compressão; 9- Suporte horizontal
concavo; 10- Bloco de carga deslizante; 11- Arame de aço tracionado; 12- Arame de aço carregado (WANG,
2012).
IWRC, Warrington, 7×7+6×{1+6+(6+6)}, RHO, revestido com zinco, com diâmetro de 12,7
Figura 7 - Aparato experimental para ensaio à fadiga em cabo de aço (SUH, 2000).
Figura 8 - Esquema do contato entre arames. Onde, A = Contato em linha na mesma camada e B = Contato
trellis entre camadas (HOBBS, 1994).
O estudo de cabos de aço ou dos arames de aço que os compõe faz-se indispensável
para a indústria, pois trata-se de um elemento bastante utilizado para aplicações estruturais e
de transporte de passageiros ou carga. O desgaste em cabos de aço tem sido bastante estudado
por vários pesquisadores de todo o mundo (WANG, 2012; ZHANG, 2003; HOBBS, 1994)
devido à necessidade de conhecer os fatores que influenciam e limitam o tempo de vida destes
componentes.
Além disso, essas pesquisas têm como objetivo introduzir materiais, equipamentos e
métodos aplicáveis para melhorar o desempenho de produtos, equipamentos ou componentes
de mercado.
Existem diversos tipos de cabos de aço para uso geral ou específicos que apresentam
variações estruturais a fim de fornecer condições de operação adequadas para cada aplicação
de mercado. Os cabos de aço podem ser classificados pelo diâmetro, tipo de construção,
composição da perna, tipo de alma, torção, acabamento e categoria de resistência.
!17
Pernas Arame
Alma
Cabo de aço
a) b) c) d) e)
Figura 10 - Tipos de composição para cabos de aço (a) Simples (b) Seale (c) Filler (d) Warrington (e)
Warrington-Seale (adaptado de CIMAF, 2009).
a) b) c)
Figura 11 - Tipos de alma em cabos de aço (a) Alma de fibra artificial ou natural (b) Alma de aço formada por
cabo independente (c) Alma de aço formada por uma perna (CIMAF, 2009).
A torção tipo Regular dá-se quando o os arames da camada externa da perna possuem
sentido oposto à torção das pernas do cabo. De modo oposto, na torção tipo Lang, os arames
da camada externa da perna possuem o mesmo sentido de torção das pernas do cabo.
!19
Dessa forma, é possível estabelecer quatro modelos de torção para os cabos de aço:
Regular à direita (sZ), Regular à esquerda (zS), Lang à direita (zZ) e Lang à esquerda (sS).
Além das características citadas anteriormente, vale salientar que os cabos de aço são
aplicados em equipamentos que envolvem, geralmente, elevação e transporte de carga. Sendo
assim, o conhecimento de propriedades como carga de ruptura mínima e fator de segurança
para a aplicação são indispensáveis.
Figura 14 - Micrografias do dano por fretting em arames de aço em diferentes ângulos de contato e pressões
de contato máximas iniciais correspondentes a carregamento de 1 N (CRUZADO, 2011).
Figura 15 - Micrografias do dano por fretting em arames sob ângulos de contato de 90º submetidos a carga de
1N, deslocamento de 130 µm e (a) 20x103 ciclos, (b) 50x103 ciclos e (c) 100x103 ciclos (CRUZADO, 2011).
!21
a) b)
Figura 16 - (a) Detalhe da superfície com arames individuais rompidos e (b) detalhe do cabo de aço após o
colapso (TOKAR, 2000).
fim de garantir o pleno movimento do elevador na caixa de corrida sem que haja qualquer
interferência no sistema de segurança.
Os cabos de aço em elevadores são, portanto, elementos de fundamental importância
para a garantia de segurança durante o funcionamento dos equipamentos. Por esse motivo, a
manutenção e inspeção periódica dos cabos de aço deve ser executada por pessoal
devidamente treinado. Falhas na execução do processo de manutenção ou negligência podem
ocasionar redução no tempo de vida dos componentes e promover riscos aos usuários.
Com o objetivo de ilustrar o funcionamento do elevador e indicar componentes de sua
estrutura, segue, abaixo, a Figura 17 que detalha os componentes e sua localização:
Figura 17 - Esquemático do funcionamento de um elevador. Onde, (1) Casa de máquinas; (2) Cabina; (3)
Caixa de corrida e (4) Poço. <http://fotos.habitissimo.com.br/foto/elevador-com-casa-de-maquina_280500>.
Acesso em: 31 jul. 2016.
!24
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Tabela 01 - Materiais e dispositivos utilizados na instalação do aparato experimental para a realização dos
ensaios.
Material Descrição Quantidade
Inversor de Freqüência WEG CFW-100 3,5 A 200-220V 1
Motor Elétrico WEG 0,25 CV 1
Sensor Magnético Modelo IFM 30 VDC 200 mA NF 3
Fonte Fonte Chaveada 24V; 35W; 1,45 A 1
Chave Contactora Contactor Auxiliar 6A 24VCC 5NA+1NF 3
Chave Fim-de-Curso Contato 1NA+1NF 1
Disjuntor Disjuntor Monofásico 15 A 1
Cabo de Aço 1/4” 6x19 S AFA sZ polido 6m
Polia para cabo de 1/4” em polímero com diâmetro
Polia 2
de 324 mm
Peso Chapa em Aço com 2,5 Kg 1
Clip Abraçadeira para cabo de 1/4” 4
!25
1 2 3 4
Figura 18 - Painel de comando do aparato experimental composto por (1) contactoras, (2) inversor de
freqüência, (3) fonte chaveada e (4) disjuntor.
Os sensores magnéticos abrem o circuito na presença do ímã que está fixo no suporte
que interliga as extremidades do cabo de aço e, por meio desse sinal, o sistema começa um
novo percurso no sentido inverso. A Figura 19, abaixo, mostra a fixação do cabo de aço no
suporte por meio de quatro clips de 1/4”.
Figura 19 - Método de fixação do cabo de aço composto por suporte, ímã e clips.
3 4
Figura 20 - Dispositivo de tracionamento com movimento oscilatório. Onde, (1) motor; (2) acoplamento
excêntrico; (3) polia de tração e (4) sensor magnético para inversão de sentido.
Figura 21 - Dispositivo de tensionamento do cabo de aço. Onde, (1) Peso de 25 N; (2) Medidor de nível; (3)
Polia tensora.
cabo de aço folgar do suporte ou até mesmo se o cabo de aço perder contato com a polia por
motivos diversos (interferência humana ou falha no sensor magnético), ver Figura 22.
Além disso, foi incluído um sensor magnético de parada inferior que garante o
funcionamento controlado do aparato. Caso ocorra queda de energia durante o ensaio, o
suporte com o ímã permanecerá no curso inferior devido à gravidade e, desse modo, o sensor
evitará falha no funcionamento do projeto quando a energia se reestabelecer, ver Figura 23.
3.2 - METODOLOGIA
Figura 25 - Detalhamento do material estudado. Onde, (1) Cabo de aço; (2) Alma; (3) Perna; (4) Arame.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A Figura 27 apresenta imagens obtidas por MEV das amostras dos cabos antes de
serem submetidos aos ensaios. Essa análise prévia revela danos superficiais ocasionados pelo
processo de trefilação do arame e regiões afetadas por contato trellis entre os arames da perna
devido ao processo de torção associado à fabricação do cabo.
Delaminação
Corrugação
a)
Corrugação
c) d)
Figura 27 - Análise por MEV dos arames antes dos ensaios de (a) 120.000 ciclos com aumento de 500x (b)
120.000 ciclos com aumento de 1000x (c) 3.000.000 com aumento de 500x (d) 3.000.000 com aumento de
1000x.
!32
A Figura 28 mostra, com a mesma ampliação, duas imagens onde o dano superficial
está presente em regiões de contato diferentes nos arames da perna do cabo de aço. Na
imagem (a), observa-se a superfície externa dos arames da perna que sofreu desgaste abrasivo
eliminando as trincas provenientes do processo de trefilação. A imagem (b) revela a formação
de trincas no arame da camada interna da perna, padrão inerente ao processo de conformação
mecânica, e região com pontos de rugosidade múltipla ou corrugação devido ao contato entre
os arames no processo de torção para formação da perna.
Corrugação
Formação de trincas
a) b)
Figura 28 - Análise por MEV da amostra antes do ensaio (a) superfície externa dos arames da perna com
aumento de 2000x (b) superfície do arame interno com aumento de 2000x.
A Figura 29 apresenta uma imagem, obtida por MEV, da amostra antes do ensaio, com
aumento de 1.000x, na qual a região selecionada foi caracterizada quimicamente. Segue,
abaixo, o gráfico com as informações dos elementos químicos presentes na região indicada
(ver Figura 30) e a tabela contendo os valores percentuais referentes aos elementos
encontrados (ver Tabela 02).
Figura 29 - Região selecionada para análise por EDS da amostra antes do ensaio.
!33
Tabela 02 - Valores percentuais dos elementos químicos encontrados na região indicada na Figura 29.
Elemento Químico % Atômica % Peso % Peso σ
Alumínio 6,237 3,114 0,151
Ferro 93,310 96,425 0,235
Manganês 0,453 0,460 0,186
Figura 31 - Análise por MEV de arame com contato em linha entre pernas após 120.000 ciclos, com
aumento de 500x.
a) b)
Figura 32 - Análise por MEV das amostras de arames com contato trellis (a) antes do ensaio e (b) após
120.000 ciclos, ambas com aumento de 500x.
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Figura 33 - Análise por MEV das amostras de arames com contato trellis após ensaio de 120.000 ciclos (a)
região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as polias (c) região de contato com a polia
tensora. As imagens apresentam (1) aumento de 1000x e (2) aumento de 2000x.
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Delaminação
Figura 34 - Micrografia do dano por contato em linha entre pernas após o ensaio de 120.000 ciclos, com
aumento de 500x.
A Figura 35 apresenta as micrografias das amostras de pernas das três regiões do cabo
de aço supracitadas, com aumentos de 1000x e 2000x. O danos superficiais das amostras
coletadas revelam que o contato em linha promove baixo desgaste no material quando
comparados ao contato trellis devido a influencia da área de contato. Na região de contato
com a polia de tração, observa-se a propagação de trincas e deformação plástica no material.
A região sem contato com as polias apresenta deformação plástica e princípio de deslizamento
de material na superfície. Do mesmo modo, a região de contato com a polia tensora também
se caracterizou por deformação plástica e deslizamento de material com dano superficial mais
acentuado demonstrando a formação do desgaste por delaminação.
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Figura 35 - Análise por MEV do dano por contato em linha entre pernas após ensaio de 120.000 ciclos (a)
região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as polias (c) região de contato com a polia
tensora. As imagens apresentam (1) aumento de 1000x e (2) aumento de 2000x.
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a)
Figura 36 - Análise por MEV dos arames externos do cabo após 120.000 ciclos, com aumento de 1.000x.
A Figura 37 apresenta as micrografias dos arames externos do cabo de aço nas três
regiões de contato, com aumentos de 1000x e 2000x. A região sem contato com as polias será
utilizada com referência para analisar o dano provocado pelo contato entre cabo e polia.
Na região sem contato com as polias o material apresentou dano superficial no qual é
possível observar delaminação e deformação plástica devido ao processo de fabricação.
Analisando as regiões de contato com as polias e comparando com a região sem contato com
as polias, facilmente, pode-se perceber a influência do contato sobre o dano no material. As
micrografias evidenciam danos severos ao material com formação de trincas e delaminação
em vários pontos da amostra que foi submetida ao contato com a polia de tração e perda de
material com delaminação na amostra submetida ao contato com a polia tensora.
A avaliação individual do dano superficial nos arames do cabo de aço submetidos ao
contato em linha ou trellis e sujeitos à reação polia/cabo é fundamental para a compreensão da
interação do desgaste no sistema tribológico estudado. Esse modelo de análise revela que o
dano nas amostras está diretamente associado ao modo de contato do material, pois influencia
nos parâmetros de pressão de contato e, consequentemente, de desgaste.
Comparando os resultados obtidos nos três modelos de contato do material, percebe-se
facilmente que o contato trellis promove maior dano superficial quando comparado ao contato
em linha. Essa evidência é justificada devido ao ângulo de contato influenciar diretamente na
área de contato entre as superfícies e, dessa forma, interferir sobre a pressão de contato e
sobre o desgaste. Analisando o resultado das amostras submetidas ao contato polia/cabo
constata-se maior dano superficial provocado pelo contato com a polia de tração devido ao
movimento imposto pelo eixo excêntrico de acoplamento ao motor.
Observando as regiões do cabo de aço, verifica-se que o dano ocasionado no cabo de
aço é melhor definido pelas regiões sem contato com as polias, pois não houve variações no
modo de contato entre os arames. Porém, o estudo das regiões de contato com as polias se faz
necessário para avaliar o comportamento ao desgaste de sistemas mecânicos semelhantes.
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Figura 37 - Análise por MEV do dano nos arames externos do cabo de aço após ensaio de 120.000 ciclos (a)
região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as polias (c) região de contato com a polia
tensora. As imagens apresentam (1) aumento de 1000x e (2) aumento de 2000x.
!41
O resultado dos ensaios para 3.000.000 de ciclos indica desgaste com perda de
material da superfície. Nesse caso, observa-se maior dano superficial associado,
provavelmente, a transição entre regimes de desgaste. É possível identificar a mudança do
comportamento do desgaste através da comparação dos arames externos do cabo de aço da
Fig. 38 que contém as micrografias das regiões de contato com a polia de tração, com
aumento de 500x.
A região de contato com a polia de tração após 120.000 ciclos revela formação de
trincas, delaminação e deformação plástica no material. Após 3.000.000 de ciclos, a região de
contato com a polia de tração tem como característica o desgaste unidirecional.
a) b)
Figura 38 - Análise por MEV dos arames externos da do cabo de aço na região de contato com a polia de
tração (a) após 120.000 ciclos e (b) após 3.000.000 de ciclos, ambos com aumento de 500x.
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Figura 39 - Análise por MEV das amostras de arames com contato trellis após ensaio de 3.000.000 ciclos (a)
região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as polias (c) região de contato com a polia
tensora. As imagens apresentam (1) aumento de 1000x e (2) aumento de 2000x.
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Na região de contato com a polia superior foi observado dano por delaminação e
desgaste unidirecional. A região sem contato com as polias apresenta evidências de desgaste,
onde o dano por delaminação se faz presente. Por fim, a região de contato com a polia tensora
demonstra o dano por deformação plástica no arame.
O desgaste provocado pelo ensaio de 3.000.000 de ciclos nos arames sujeitos ao
contato trellis indica que o dano superficial no material evolui com aumento do número de
ciclos e que por ocorrer transição entre os regimes de desgaste sem variação da amplitude do
movimento.
A Figura 40 compara o resultado dos ensaios de arames submetidos ao contato trellis
na região de contato com a polia superior, com aumento de 500x. Através da avaliação das
amostras por MEV, verifica-se que o desenvolvimento do dano superficial no material
ensaiado comporta-se de acordo com o previsto na literatura.
a) b)
Figura 40 - Análise por MEV dos arames submetidos ao contato trellis na região de contato com a polia
superior (a) após 120.000 ciclos e (b) após 3.000.000 ciclos, com aumento de 500x.
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Figura 41 - Análise por MEV do dano por contato em linha entre pernas após ensaio de 3.000.000 ciclos (a)
região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as polias (c) região de contato com a polia
tensora. As imagens apresentam (1) aumento de 1000x e (2) aumento de 2000x.
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Após 3.000.000 de ciclos, o ensaio demonstrou que o dano superficial nos arames
externos do cabo de aço foi mais severo na região de contato com a polia de tração. Esse fato
é justificado pelo projeto do aparato experimental, no qual a polia de tração foi montada sobre
eixo excêntrico provocando maior desgate na região de contato.
Com a finalidade de demonstrar a evolução do dano, a Figura 42 apresenta um
comparativo entre as micrografias dos ensaios realizados.
Figura 42 - Análise comparativa do dano nos arames com contato trellis na região de contato com a polia
de tração, com aumento de 500x (a) antes dos ensaios (b) após 120.000 ciclos (c) após 3.000.000 de
ciclos.
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Figura 43 - Análise por MEV do dano nos arames externos do cabo de aço após ensaio de 3.000.000 ciclos (a)
região de contato com a polia de tração (b) região sem contato com as polias (c) região de contato com a polia
tensora. As imagens apresentam (1) aumento de 1000x e (2) aumento de 2000x.
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5. CONCLUSÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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