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º 47 — 8 de Março de 2011
de prioridades da política energética ou a sua adequada bros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças e
relação com outras políticas sectoriais, nomeadamente da economia;
as destinadas ao equilíbrio regional, ou a assegurar a boa h) Assegurar que os equipamentos de miniprodução
gestão do acesso à actividade de miniprodução e a opti- instalados se encontram certificados nos termos previstos
mização da gestão das capacidades de injecção e recepção no presente decreto-lei.
de electricidade na RESP;
b) A utilização de procedimentos especiais para acesso 2 — A entrega da electricidade produzida à RESP efec-
ao registo e ao regime bonificado, quando tal se justifique tua-se no nível de tensão constante do contrato de aquisição
relativamente a registos no âmbito da tarifa bonificada. de electricidade para a instalação de utilização, excepto nos
casos de aquisição de electricidade em média tensão com
2 — Quando o somatório das potências de injecção contagem em baixa tensão (BT), caso em que a contagem
ligadas a um posto de transformação ou subestação ultra- de electricidade pode ser efectuada neste nível de tensão,
passe o limite de 20 % da potência do respectivo posto de com desconto das perdas verificadas no transformador.
transformação ou subestação, o operador da rede de distri-
buição pode restringir o acesso a novos registos, mediante Artigo 7.º
pré-aviso de cinco dias a divulgar no SRMini. Competências da DGEG
em média tensão e alta tensão, as competências previstas 5 — No caso de existirem no local da unidade de mini-
nos números anteriores são exercidas em conjunto com as produção instalações consumidoras intensivas de energia
referidas direcções regionais. sujeitas ao regime jurídico da gestão de consumos inten-
4 — O director-geral de Energia e Geologia aprova, sivos de energia ou ao regime jurídico de certificação
mediante despacho publicado no SRMini, guias técnico e energética de edifícios, o acesso ao regime bonificado
de qualidade para as instalações de miniprodução que se depende da comprovação, à data do pedido de registo,
justifiquem para o adequado funcionamento do sistema. do seguinte:
instalada a unidade de miniprodução e do contrato de é realizado de acordo com o estabelecido no artigo 55.º do
aquisição da electricidade produzida na unidade de mi- Decreto-Lei n.º 172/2006, de 23 de Agosto, alterado pelo
niprodução; Decreto-Lei n.º 264/2007, de 24 de Julho.
b) A mudança de comercializador, desde que se man- 3 — O reconhecimento para efeitos tarifários dos in-
tenham inalterados os demais elementos caracterizadores vestimentos e custos incorridos pelo comercializador de
da miniprodução; último recurso com a implementação ou alteração dos
c) A mudança de local da unidade de miniprodução, sistemas informáticos de facturação e outros, necessários
desde que se mantenha o mesmo produtor e os demais para a execução do presente decreto-lei, é realizado nos
elementos caracterizadores da unidade de miniprodução; termos previstos no artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 29/2006,
d) A mudança da tecnologia de produção utilizada na de 15 de Fevereiro.
miniprodução, desde que se mantenha o mesmo produtor 4 — O Regulamento das Relações Comerciais deve ser
e demais elementos caracterizadores da unidade de mini- revisto, no prazo máximo de 45 dias a contar da data da
produção. publicação do presente decreto-lei, de forma a contemplar
as exigências previstas no presente artigo.
2 — Nos casos previstos na alínea a) do número ante-
rior, o novo titular do contrato de fornecimento de electri-
cidade solicita o averbamento da alteração, juntando prova
dos factos determinantes da alteração e demais elementos CAPÍTULO IV
relevantes para o registo. Fiscalização e taxas
3 — Nos casos previstos na alínea b) do n.º 1, o produtor
identifica o novo comercializador e demais elementos do Artigo 25.º
contrato com ele celebrado relevantes para o registo.
4 — Nos casos previstos na alínea c) do n.º 1, o produtor Fiscalização
identifica o novo local da instalação de miniprodução e os 1 — As unidades de miniprodução são sujeitas a fiscali-
elementos essenciais relativos à instalação de consumo e zação para verificar a sua conformidade com o disposto no
contrato de fornecimento alterados relevantes para o registo. presente decreto-lei e demais regulamentação aplicável e,
5 — Nos casos previstos na alínea d) do n.º 1, o produtor nomeadamente, para controlo das condições de protecção
identifica a alteração de tecnologia verificada, desde que da interligação com a RESP e das características da insta-
se mantenham os demais elementos caracterizadores da lação previstas no registo, sem prejuízo das competências
unidade de miniprodução e contrato de fornecimento da do operador da rede de distribuição neste domínio.
instalação de consumo. 2 — A competência para fiscalização da actividade de
6 — O averbamento das alterações previstas nos miniprodução cabe à DGEG e à DRE, de acordo com as
n.os 4 e 5 dependem de nova inspecção da unidade de respectivas competências, ou a entidade por estas desig-
miniprodução e consequente emissão de novo certificado nada, que podem solicitar o apoio de técnicos especiali-
de exploração. zados sempre que o considerem necessário.
7 — No caso previsto na alínea d) do n.º 1, a tarifa
3 — É objecto de acções de fiscalização anual, pelo
aplicada à miniprodução é alterada para a que lhe cor-
menos, 1 % do parque de instalações de miniprodução
responda em decorrência da mudança de tecnologia de
registadas.
produção mas pelo prazo remanescente de benefício do
regime bonificado. 4 — Para efeitos do número anterior, os produtores
8 — Em qualquer dos casos previstos no n.º 1, o con- devem facilitar o acesso às respectivas instalações de pro-
trato de venda da electricidade produzida na miniprodução dução às entidades referidas no n.º 2.
é alterado ou celebrado novo contrato com o comerciali- 5 — A entidade fiscalizadora elabora e divulga no
zador, pelo prazo remanescente de benefício do regime SRMini, bianualmente, o relatório das acções de fiscali-
bonificado. zação realizadas.
9 — O averbamento das alterações previstas na alínea c)
do n.º 1 pode ser recusado por razões de ordem técnica, Artigo 26.º
nomeadamente as previstas no n.º 2 do artigo 4.º
10 — No caso de unidades de miniprodução enquadra- Taxas
das no regime remuneratório geral, a aplicação da disci- 1 — Estão sujeitos ao pagamento de taxa:
plina prevista neste artigo deve ser feita com as necessárias
adaptações. a) O pedido de registo da unidade de miniprodução;
b) O pedido de reinspecção da unidade de miniprodução;
Artigo 24.º c) O pedido de averbamento de alterações ao registo
da miniprodução, com e sem emissão de novo certificado
Reconhecimento de investimentos e custos de exploração.
1 — O comercializador que celebre um contrato de
compra e venda de electricidade nos termos do artigo 21.º 2 — As taxas previstas no número anterior são liqui-
pode vender ao comercializador de último recurso a elec- dadas e cobradas pela DGEG, ou pela entidade por esta
tricidade adquirida ao produtor, nas mesmas condições e designada, ou pelas DRE, constituindo receita da que pro-
nos termos definidos no Regulamento de Relações Co- ceder à respectiva liquidação e cobrança.
merciais. 3 — Os montantes das taxas são definidos por portaria
2 — O reconhecimento dos custos de aquisição de ener- do membro do Governo responsável pela área da energia,
gia pelo comercializador de último recurso de acordo com que estabelece também a fase do procedimento em que
os regimes remuneratórios previstos no presente decreto-lei a mesma é devida e o prazo peremptório de pagamento.
1324 Diário da República, 1.ª série — N.º 47 — 8 de Março de 2011