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FACULDADE DE LETRAS

UNIVERSIDADE DO PORTO

O Arquivo da Casa do Porto: o seu estudo e a sua representação - o modelo sistémico

da se realizou com o abade João Ferreira, o qual é o responsável pelas


Memórias Paroquiais de 1758.26

A Casa do Porto, que J. Augusto Vieira, em 1886, no “Minho Pitoresco”


designou de palacete, estabelece-se entre espaços agrícolas, onde se
vislumbram ainda hoje diversas plantações, com maior enfâse para as
vitivinícolas, que refletem parte do que ainda se produz na região.
Situa-se muito próxima da estrada nacional que liga o concelho de
Lousada ao de Felgueiras, e que teve origem no eixo urbano de que
abordamos anteriormente. Acede-se à casa através de um caminho
privado que finaliza com um portal de ferro forjado, formado por quatro
folhas, duas delas muito estreitas e fixas, além da sobreporta, com
duas colunas fasciculadas e meias colunas adossadas, em silharia, de
fiadas regulares, datado de 1862 (Olivei-ra, 1993,163) entre o qual se
entreveem os primeiros planos da atual fachada principal da casa.

O imóvel possui dois pisos, sendo no andar superior, destinado a


habitação, em que se dilatam as dependências privadas (salas, quar-
tos e cozinha), enquanto o rés-do-chão é ocupado por dependências
agrícolas e administrativas.

O jardim possui espécies variadas, espelho de água, elementos em


topiária e encontra-se muito bem conservado. A restante zona envol-
vente caracteriza-se pela presença de vinha e terrenos de cultivo.

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Considerando as contendas que este e outros documentos do ACP nos dão conta entre
Manuel Henrique Peixoto e o Abade João Ferreira, questionamos se nas memó-rias de
Santa Margarida de 1758 se explicitaram todos os itens.
FACULDADE DE LETRAS
UNIVERSIDADE DO PORTO

O Arquivo da Casa do Porto: o seu estudo e a sua representação - o modelo sistémico

Figura 5 – Ortofotomapa da Casa do Porto (assinalada com retângulo vermelho)


elaborado por Luís Sousa (2012) [Trabalho CML-DMOA (Câmara Municipal de Lousada/
Departamento Municipal de Obras e Ambiente), 2008, esc. 1/2000| realizado para o
presente relatório]

Em termos arquitetónicos e tipológicos é uma casa com uma planta do


tipo L e capela adossada ao topo esquerdo da fachada principal, virada
a Sul, dividida, verticalmente, em três zonas por pilastras que criaram
dois paramentos simétricos; estes flanqueiam um pano central, onde
se abre uma portada moldurada com chave ao centro, ladeada por
duas janelas de peitoril, gradeadas. No andar nobre, ainda do
frontispício, uma janela de sacada, com fecho e painel, entre duas
janelas de peitoril, é coroada por um frontão triangular, com a pedra

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