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Luminotécnica

2. Introdução
Apresentaremos inicialmente as principais grandezas físicas utilizadas em luminotécnica. O tema
da calorimetria, embora complexo, é abordado brevemente apenas para permitir a introdução dos
conceitos de Temperatura de Cor e Índice de Reprodução de Cor. Em seguida são apresentados
detalhadamente os principais tipos de lâmpadas disponíveis atualmente: lâmpadas incandescentes
(convencionais e halógenas) e lâmpadas de descarga (de baixa e de alta pressão). Um objetivo
adicional desta seção é mostrar a complexidade relacionada à comparação entre as diferentes
lâmpadas, a qual envolve diversas grandezas tais como eficácia luminosa, reprodução de cores,
custo de investimento e custo operacional das lâmpadas. Finalmente apresentam-se os principais
aspectos relacionados ao projeto de iluminação, no qual são estabelecidos o tipo e o número de
lâmpadas e luminárias necessárias para obter uma iluminação adequada em função da aplicação.
São discutidos os principais métodos utilizados em projetos de iluminação: o Método dos Lumens e o
Método Ponto a Ponto.

2.1 Conceitos Básicos de Luminotécnica


Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas. Elas possuem diferentes comprimentos e o
olho humano é sensível a somente alguns (entre 380 nm a 780 nm). Luz é, portanto, a radiação
eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual. A sensibilidade visual para a luz varia não
só de acordo com o comprimento de onda da radiação, mas também com a luminosidade. A
curva de sensibilidade do olho humano demonstra que radiações de menor comprimento de onda
(violeta e azul) geram maior intensidade de sensação luminosa quando há pouca luz (ex.
crepúsculo, noite, etc.), enquanto as radiações de maior comprimento de onda (laranja e vermelho) se
comportam ao contrário.

Fig. 2.1: Sensibilidade visual do olho humano.

Fig.2.2: Curva de sensibilidade do olho humano a radiações monocromáticas

As radiações infravermelhas são radiações invisíveis ao olho humano e seu comprimento de onda
se situa entre 760 nm a 10.000 nm. Caracterizam-se por se forte efeito calorífico e são radiações
produzidas normalmente através de resistores aquecidos ou por lâmpadas incandescentes especiais
cujo filamento trabalha em temperatura mais reduzida (lâmpadas infravermelhas). As radiações
infravermelhas são usadas na Medicina no tratamento de luxações, ativamento da circulação, na
indústria na secagem de tintas e lacas, na secagem de enrolamentos de motores e transformadores,
na secagem de grãos, como trigo e café, etc. Já as radiações ultravioletas caracterizam-se por sua
elevada ação química e pela excitação da fluorescência de diversas substâncias.
Normalmente dividem-se em 3 grupos:

- UV-A: Ultravioleta próximo ou luz negra (315 a 400 nm)


- UV-B: Ultravioleta intermediário ( 280 a 315 nm)
- UV-C: Ultravioleta remoto ou germicida (100 a 280 nm).

O UV-A compreende as radiações ultravioletas da luz solar, podendo ser gerado artificialmente
através de uma descarga elétrica no vapor de mercúrio em alta pressão. Essas radiações não
afetam perniciosamente a visão humana, não possuem atividades pigmentarias e eritemáticas sobre
a pele humana, e atravessam praticamente todos os tipos de vidros comuns. Possuem grande
atividade sobre material fotográfico, de reprodução e heliográfico (l à 380 nm). O UV-B tem elevada
atividade pigmentária e eritemática. Produz a vitamina D, que possui ação anti-raquítica. Esses
raios são utilizados unicamente para fins terapêuticos. São também gerados artificialmente por
uma descarga elétrica no vapor de mercúrio em alta pressão. O UV-C afeta a visão humana,
produzindo irritação dos olhos. Essas radiações são absorvidas quase integralmente pelo vidro
comum, que funciona como filtro, motivo pelo qual as lâmpadas germicidas possuem bulbos de
quartzo.

2.2 Grandezas e Conceitos


Luminotécnica é o estudo minucioso das técnicas das fontes de iluminação artificial, através da
energia elétrica. Portanto, toda vez que se pensa em fazer um estudo das lâmpadas de um
determinado ambiente, está se pensando em fazer um estudo luminotécnico. Na luminotécnica
distinguem-se as seguintes grandezas:

2.2.1 Intensidade Luminosa


Símbolo: I
Unidade: candela (cd)

Se a fonte luminosa irradiasse a luz uniformemente em todas as direções, o Fluxo Luminoso se


distribuiria na forma de uma esfera. Tal fato, porém, é quase impossível de acontecer, razão pela
qual é necessário medir o valor dos lumens emitidos em cada direção. Essa direção é representada
por vetores, cujo comprimento indica a Intensidade Luminosa. Em outras palavras é a potência da
radiação luminosa em uma dada direção. Como a maioria das lâmpadas não apresenta uma
distribuição uniformemente em todas as direções é comum o uso das curvas de distribuição
luminosa, chamadas CDL´s.

2.2.2 Curva de Distribuição Luminosa


Símbolo: CDL
Unidade: candela (cd)

Considerando a fonte de luz reduzida à um ponto no centro de um diagrama e que todos os vetores
que dela se originam tiverem suas extremidades ligadas por um traço, obtém-se a Curva de
Distribuição Luminosa (CDL). Em outras palavras, é a representação da Intensidade Luminosa em
todos os ângulos em que ela é direcionada num plano. Para a uniformização dos valores das
curvas, geralmente essas são referidas a 1000 lm. Nesse caso, é necessário multiplicar-se o
valor encontrado na CDL pelo Fluxo Luminoso da lâmpada em questão e dividir o resultado por 1000
lm. A curva CDL geralmente é encontrada nos catálogos dos fabricantes de lâmpadas e iluminarias
como o mostrado no final deste material.

2.2.3 Fluxo Luminoso


Símbolo: ϕ
Unidade: lúmen (lm)

É a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz em todas as direções do espaço e
capaz de produzir uma sensação de luminosidade através do estímulo da retina ocular. Em outras
palavras, é a potência de energia luminosa de uma fonte percebida pelo olho humano. Um lúmen é a
energia luminosa irradiada por uma candela sobre uma superfície esférica de 1 m2 e cujo raio é de
1 m. Assim o fluxo luminoso originado por uma candela é igual à superfície de uma esfera unitária de
raio (r = 1 m).
ϕ = 4π.r2 = 12.57 lm
As lâmpadas conforme seu tipo e potência apresentam fluxos luminosos diversos:
- lâmpada incandescente de 100 W: 1000 lm;
- lâmpada fluorescente de 40 W: 1700 a 3250 lm;
- lâmpada vapor de mercúrio 250W: 12.700 lm;
- lâmpada multi-vapor metálico de 250W: 17.000 lm
2.2.4 Iluminância (Iluminamento)
Símbolo: E
Unidade: lux (lx)

É a relação entre o fluxo luminoso incidente numa superfície e a superfície sobre a qual este incide;
ou seja, é a densidade de fluxo luminoso na superfície sobre a qual este incide. A unidade é o LUX,
definido como o iluminamento de uma superfície de 1 m² recebendo de uma fonte puntiforme a 1m
de distância, na direção normal, um fluxo luminoso de 1 lúmen, uniformemente distribuído. A relação
é dada entre a intensidade luminosa e o quadrado da distância, ou ainda, entre o fluxo luminoso e a
área da superfície.

ϕ
E=
A

Na prática, é a quantidade de luz dentro de um ambiente, e pode ser medida com o auxílio de
um luxímetro. Como o fluxo luminoso não é distribuído uniformemente, a iluminância não será a
mesma em todos os pontos da área em questão. Considerasse por isso a iluminância média (Em).
Existem normas especificando o valor mínimo de Em, para ambientes diferenciados pela atividade
exercida relacionada ao conforto visual. A iluminância também é conhecida como nível de
iluminação. Abaixo são mostrados valores práticos de iluminância:

- Dia ensolarado de verão em local aberto = 100.000 lux


- Dia encoberto de verão = 20.000 lux
- Dia escuro de inverno = 3.000 lux
- Boa iluminação de rua = 20 a 40 lux
- Noite de lua cheia = 0,25 lux
- Luz de estrelas = 0,01 lux.

2.2.5 Luminância Símbolo: L Unidade: cd/m2


É um dos conceitos mais abstratos que a luminotécnica apresenta. É através da luminância que o
homem enxerga. No passado denominava-se de brilhança, querendo significar que a luminância
está ligada aos brilhos. A diferença é que a luminância é uma excitação visual, enquanto que o
brilho é a resposta visual a luminância é quantitativa e o brilho é sensitivo. É a diferença entre
zonas claras e escuras que permite que se aprecie uma escultura; que se aprecie um dia de sol. As
partes sombreadas são aquelas que apresentam a menor luminância em oposição às outras mais
iluminadas. Luminância liga-se com contrastes, pois a leitura de uma página escrita em letras
pretas (refletância 10%) sobre um fundo branco (papel, refletância 85%) revela que a luminância das
letras é menor do que a luminância do fundo e, assim, a leitura “cansa menos os olhos”. A luminância
depende tanto do nível de iluminação ou iluminância quanto das características de reflexão das
superfícies. A equação que permite sua determinação é:

I
L=
A ⋅ cos( α)
Onde:
L = Luminância, em cd/m²
I = Intensidade Luminosa, em cd
A = área projetada, em m²
α= ângulo considerado, em graus.

Como é difícil medir-se a Intensidade Luminosa que provém de um corpo não radiante (através de
reflexão), pode-se recorrer à outra fórmula, a saber:

ρ ⋅E
L=
π
Onde:
ρ= Refletância ou Coeficiente de Reflexão
E = Iluminância sobre essa superfície

Vale lembrar que o Coeficiente de Reflexão é a relação entre o Fluxo Luminoso refletido e o Fluxo
Luminoso incidente em uma superfície. Esse coeficiente é geralmente dado em tabelas, cujos
valores são função das cores e dos materiais utilizados. A luminância de uma fonte luminosa ou
de uma superfície luminosa estabelece a reação visual da vista. Quando a luz de uma fonte
ou de uma superfície que reflete a luz, atinge a vista com elevada luminância, então ocorre o
ofuscamento, sempre que a luminância é superior a 1 sb. As luminâncias preferenciais em um
ambiente de trabalho pode variar entre as pessoas, principalmente se estiverem desenvolvendo
tarefas diferentes. O melhor conceito de iluminância talvez seja “densidade de luz necessária para
realização de uma determinada tarefa visual”. Isto permite supor que existe um valor ótimo de luz
para quantificar um projeto de iluminação. Esses valores relativos a iluminância foram tabelados por
atividade.

2.3 Características das lâmpadas e acessórios


2.3.1 Vida Útil de uma Lâmpada
É definida pela média aritmética do tempo de duração de cada lâmpada ensaiada e é dado em
horas. Comparadas com as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas de descarga têm vida média
muito mais longa. Ciclos de funcionamento mais curtos partidas mais freqüentes, encurtam a vida
das lâmpadas de descarga e os ciclos de funcionamento mais longos, partidas menos freqüentes,
aumentam a vida.

Fig.2.3: Gráfico da vida útil dos principais tipos de lâmpadas

2.3.2 Eficiência Luminosa ou Energética


Símbolo: ηw (ou K, conforme IES)
Unidade: lm/W

As lâmpadas se diferenciam entre si não só pelos diferentes Fluxos Luminosos que elas irradiam,
mas também pelas diferentes potências que consomem. Para poder compará-las, é necessário que
se saiba quantos lumens são gerados por watt absorvido, ou seja, a razão entre o fluxo luminoso
total emitido φ e a potência elétrica total P consumida pela mesma. A essa grandeza dá-se o
nome de Eficiência Energética (antigo “Rendimento Luminoso”). É útil para averiguarmos se um
determinado tipo de lâmpada é mais ou menos eficiente do que outro. A Eficiência Luminosa é um
indicador da eficiência do processo de emissão de luz utilizada sob o ponto de vista do
aproveitamento energético.
Fig.2.4: Gráfico da Eficiência Energética dos principais tipos de lâmpadas

2.3.3 Temperatura de Cor


Símbolo: T
Unidade: K (Kelvin)

No instante que um ferreiro coloca uma peça de ferro no fogo, esta peça passa a comportar-se
segundo a lei de Planck e vai adquirindo diferentes colorações na medida em que sua temperatura
aumenta. Na temperatura ambiente sua cor é escura, tal qual o ferro, mas será vermelha a 800 K,
amarelada em 3.000 K, branca azulada em 5.000K. Sua cor será cada vez mais clara até atingir
seu ponto de fusão. Pode-se então, estabelecer uma correlação entre a temperatura de uma fonte
luminosa e sua cor, cuja energia do espectro varia segundo a temperatura de seu ponto de fusão.
Por exemplo, uma lâmpada incandescente opera com temperaturas entre 2.700 K e 3.100 K,
dependendo do tipo de lâmpada a ser escolhido. A temperatura da cor da lâmpada deve ser
preferencialmente indicada no catálogo do fabricante. A observação da experiência acima indica
que, quando aquecido o corpo negro (radiador integral) emite radiação na forma de um espectro
contínuo. No caso de uma lâmpada incandescente, grande parte desta radiação é invisível, seja
na forma de ultravioletas, seja na forma de calor (infravermelhos), isto é, apenas uma pequena
porção está na faixa da radiação visível, motivo pelo qual o rendimento desta fonte luminosa é tão
baixo conforme pode ser visto abaixo:

Fig.2.5: Energia espectral dos radiadores integrais segundo a lei de Planck


A figura acima permite observar que quanto maior for a temperatura, maior será a energia
produzida, sendo que a cor da luz está diretamente relacionada com a temperatura de trabalho (mais
fria quanto maior for a temperatura). Um aspecto importante é que a temperatura da cor não pode ser
empregada isoladamente e sim em conjunto com o IRC, mas independentemente deste aspecto, se
aceita que cores quentes vão até 3.000K, as cores neutras situam-se entre 3.000 e 4.000K e as
cores frias acima deste último valor. As cores quentes são empregadas quando se deseja uma
atmosfera íntima, sociável, pessoal e exclusiva (residências, bares, restaurantes, mostruários de
mercadorias); as cores frias são usadas quando a atmosfera deva ser formal, precisa, limpa
(escritórios, recintos de fábricas). Seguindo esta mesma linha de raciocínio, conclui-se que uma
iluminação usando cores quentes realça os vermelhos e seus derivados; ao passo que as cores frias,
os azuis e seus derivados próximos. As cores neutras ficam entre as duas e são, em geral,
empregadas em ambientes comerciais. Abaixo são mostradas as diversas temperaturas de cor.

Fig.2.6: Tonalidade de Cor e Reprodução de Cores

2.3.4 Índice de reprodução de cores


Símbolo: IRC ou Ra
Unidade: R

Objetos iluminados podem nos parecer diferente, mesmo se as fontes de luz tiverem idêntica
tonalidade. As variações de cor dos objetos iluminados sob fontes de luz diferentes podem ser
identificadas através de outro conceito, Reprodução de Cores, e de sua escala qualitativa Índice de
Reprodução de Cores (Ra ou IRC). O mesmo metal sólido, quando aquecido até irradiar luz,
foi utilizado como referência para se estabelecer níveis de Reprodução de Cor. Define-se que o
IRC neste caso seria um número ideal = 100. Sua função é como dar uma nota (de 1 a 100) para o
desempenho de outras fontes de luz em relação a este padrão. Portanto, quanto maior a diferença na
aparência de cor do objeto iluminado em relação ao padrão (sob a radiação do metal sólido) menor é
seu IRC. Com isso, explica-se o fato de lâmpadas de mesma Temperatura de Cor possuir Índice de
Reprodução de Cores diferentes. Um IRC em torno de 60 pode ser considerado razoável, 80 é bom e
90 é excelente. Claro que tudo irá depender da exigência da aplicação que uma lâmpada deve
atender. Um IRC de 60 mostra-se inadequado para uma iluminação de loja, porém, é mais que
suficiente para a iluminação de vias públicas. São exemplos de IRC comuns encontrados nas
lâmpadas comerciais:
2.3.5 Fator de fluxo luminoso
Símbolo: BF
Unidade: %

A maioria das lâmpadas de descarga opera em conjunto com reatores. Neste caso, observamos que
o fluxo luminoso total obtido neste caso depende do desempenho deste reator. Este desempenho é
chamado de fator de fluxo luminoso (Ballast Factor) e pode ser obtido de acordo com a equação:

BF = Fluxo Luminoso obtido/ Fluxo Luminoso Nominal

2.4 Fatores de Desempenho


Como geralmente a lâmpada é instalada dentro de luminárias, o Fluxo Luminoso final que se
apresenta é menor do que o irradiado pela lâmpada, devido à absorção, reflexão e transmissão da luz
pelos materiais com que são construídos. O Fluxo Luminoso emitido pela luminária é avaliado
através da Eficiência da Luminária. Isto é, o Fluxo Luminoso da luminária em serviço dividido pelo
Fluxo Luminoso da lâmpada.

2.4.1 Eficiência de luminária (rendimento da luminária) (ηL)


“Razão do Fluxo Luminoso emitido por uma luminária, medido sob condições práticas especificadas,
para a soma dos Fluxos individuais das lâmpadas funcionando fora da luminária em condições
específicas”.Esse valor é normalmente, indicado pelos fabricantes de luminárias. Dependendo das
qualidades físicas do recinto em que a luminária será instalada, o Fluxo Luminoso de que dela
emana poderá se propagar mais facilmente, dependendo da absorção e reflexão dos materiais e
da trajetória que percorrerá até alcançar o plano de trabalho. Essa condição de mais ou menos
favorabilidade é avaliada pela Eficiência do Recinto.

2.4.2 Eficiência do Recinto (ηR)


O valor da Eficiência do Recinto é dado por tabelas, contidas no catálogo do fabricante onde se
relacionam os valores de Coeficiente de Reflexão do teto, paredes e piso, com a Curva de
Distribuição Luminosa da luminária utilizada e o Índice do Recinto.

2.4.3 Índice do Recinto (K)


O Índice do Recinto é a relação entre as dimensões do local, dada por:
a⋅b 3⋅a⋅b
K= K=
h(a + b) 2 ⋅ h' (a + b)

Para iluminação direta Para iluminação indireta


Sendo:
a = comprimento do recinto
b = largura do recinto
h = pé-direito útil
h’ = distância do teto ao plano de trabalho
Pé-direito útil é o valor do pé-direito total do recinto (H), menos a altura do plano de trabalho
(hpl.tr.), menos a altura do pendente da luminária (hpend). Isto é, a distância real entre a luminária e
o plano de trabalho (Figura 2.7).

Fig.2.7: Representação do pé direito útil

Como já visto o Fluxo Luminoso emitido por uma lâmpada sofre influência do tipo de luminária e a
conformação física do recinto onde ele se propagará.

2.4.4 Fator de Utilização (Fu)


O Fluxo Luminoso final (útil) que incidirá sobre o plano de trabalho, é avaliado pelo Fator de
Utilização. Ele indica, portanto, a eficiência luminosa do conjunto lâmpada, luminária e recinto. O
produto da Eficiência do Recinto, ηR pela Eficiência da Luminária, ηL nos dá o Fator de Utilização
(Fu).
Fu = η L.η R

Determinados catálogos indicam tabelas de Fator de Utilização direto para suas luminárias. Apesar
de estas serem semelhantes às tabelas de Eficiência do Recinto, os valores nelas encontrados não
precisam ser multiplicados pela Eficiência da Luminária, uma vez que cada tabela é específica
para uma luminária e já considera a sua perda na emissão do Fluxo Luminoso.

2.4.5 Fator ou índice de Reflexão


É a relação entre o fluxo luminoso refletido e o incidente, ou ainda, é a porcentagem de luz
refletida por uma superfície em relação à luz incidente. Devem ser considerados os índices de
reflexão do teto, paredes e piso.

Tabela 2.1 - Índices de Reflexão


Refletâncias das diversas cores
Branco 75 a 85%
Marfim 63 a 80%
Creme 56 a 72%
Amarelo claro 64 a 75%
Marrom 17 a 41%
Verde claro 50 a 65%
Verde escuro 10 a 22%
Azul claro 50 a 60%
Rosa 50 a 58%
Vermelho 10 a 20%
Cinza 40 a 50%

Tabela 2.2 - Índices de Reflexão para diversos materiais.

2.4.6 Fator de Depreciação (Fd)


Com o tempo, paredes e tetos ficarão empoeirados e sujos e, com isso, os equipamentos de
iluminação acumularão poeira, fazendo com que menos quantidade de luz seja fornecida por estes
equipamentos. Alguns desses fatores poderão ser eliminados por meio de manutenção. Na prática,
para amenizar-se o efeito desses fatores e admitindo-se uma boa manutenção periódica, podem-
se adotar os valores de depreciação constantes na tabela abaixo.

Tabela 2.3 – Fator de depreciação


Período de Manutenção
AMBENTE
2.500 h 5.000 h 7.500 h
Limpo 0,95 0,91 0,88
Normal 0,91 0,85 0,80
Sujo 0,80 0,66 0,57

2.5 Lâmpadas Elétricas


2.5.1 Considerações Gerais
As lâmpadas comerciais utilizadas para iluminação são caracterizadas pela potência elétrica
absorvida (W), fluxo luminoso produzido (lm), temperatura de cor (K) e índice de reprodução de
cor. Em geral as lâmpadas são classificadas, de acordo com o seu mecanismo básico de produção
de luz. As com filamento convencional ou halógenas produzem luz pela incandescência, assim
como o sol. As de descarga aproveitam a luminescência, assim como os relâmpagos e as descargas
atmosféricas. E os diodos utilizam a fotoluminescência, assim como os vaga-lumes. Existem ainda
as lâmpadas mistas, que combinam incandescência e luminescência, e as fluorescentes, cuja
característica é o aproveitamento da luminescência e da fotoluminescência. Os aspectos eficiência
luminosa e vida útil são os que mais contribuem para a eficiência energética de um sistema de
iluminação artificial e devem, portanto, merecer grande atenção, seja na elaboração de projetos e
reformas, seja na implantação de programas de conservação e uso eficiente de energia.

2.5.2 Lâmpadas Incandescentes


A lâmpada incandescente foi a primeira a ser desenvolvida e ainda hoje é uma das mais
difundidas. A luz é produzida por um filamento aquecido pela passagem de corrente elétrica
alternada ou contínua (efeito joule). O filamento opera em uma temperatura elevada e luz é
somente uma parcela da energia irradiada pela transição de elétrons excitados para órbitas de maior
energia devido à vibração dos átomos. As primeiras lâmpadas incandescentes surgiram por volta de
1840 e utilizavam filamento de bambu carbonizado no interior de um bulbo de vidro a vácuo.
Seguiram-se as lâmpadas com filamento de carbono, até que, por volta de 1909, Coolidge
desenvolveu um método para tornar o tungstênio mais dúctil e adequado para a elaboração de
filamentos uniformes por trefilação. A característica de emissão, as propriedades mecânicas e o seu
elevado ponto de fusão (3655 K) foram determinantes na escolha do tungstênio como o material
mais adequado para fabricação de filamentos para lâmpadas incandescentes. As lâmpadas
incandescentes podem ser classificadas de acordo com a sua estrutura interna em convencionais
ou halógenas, abordadas neste subitem.
2.5.2.1 Lâmpada Incandescente Tradicional
A lâmpada funciona através da passagem de corrente elétrica pelo filamento de tungstênio que,
com o aquecimento (efeito joule), gera luz. Este filamento é sustentado por três ou quatro
suportes de molibdênio no interior de um bulbo de vidro alcalino (suporta temperaturas de até 370
°C) ou de vidro duro (suporta temperaturas de até 470 °C), Sua oxidação é evitada pela presença
de gás inerte (nitrogênio ou argônio a pressão de 0,8 atm) ou vácuo dentro do bulbo que contém o
filamento. O bulbo apresenta diversos formatos, sendo a forma de pêra a mais comum podendo
ser transparente ou com revestimento interno de fósforo neutro difusor.

Fig.2.8: Lâmpada Incandescente Tradicional

A base da lâmpada incandescente têm por finalidade fixar mecanicamente a lâmpada em seu
suporte e completar a ligação elétrica ao circuito de iluminação. A maior parte das lâmpadas usa a
base de rosca tipo Edison. Elas são designadas pela letra E seguidas de um número que indica
aproximadamente seu diâmetro externo em milímetros. É constituída de uma caneca metálica,
geralmente presa com resina epóxi sobre o bulbo. Existem outras padronizações, por
exemplo, baioneta e tele-slide, ambas utilizadas em lâmpadas miniatura. As lâmpadas
incandescentes de médio e grande porte geralmente utilizam uma base que suporta temperaturas até
250 °C. A eficácia luminosa resultante cresce com a potência da lâmpada, variando de 7 a 15
lm/W. Estes valores são relativamente baixos, quando comparados com lâmpadas de descarga com
fluxo luminoso semelhante. No entanto, esta limitação é compensada, pois possui temperatura de
cor agradável, na faixa de 2700K (amarelada) e reprodução de cores 100%. A resistência
específica do tungstênio na temperatura de funcionamento da lâmpada (2800 K) é
aproximadamente 15 vezes maior do que à temperatura ambiente (25 °C). Portanto, ao ligar
uma lâmpada in candescente, a corrente que circula pelo seu filamento a frio é quinze vezes a
corrente nominal de funcionamento em regime. A temperatura do filamento sobe rapidamente,
atingindo valores elevados em frações de segundo. Ligações muito freqüentes reduzem a vida útil
da lâmpada, pois o filamento geralmente não apresenta um diâmetro constante. A corrente de
partida causa aquecimento excessivo e localizado nos pontos onde a seção do filamento apresenta
constrições, provocando seu rompimento. A vida útil de uma lâmpada incandescente comercial é da
ordem de 1000 horas. Quando uma lâmpada incandescente é submetida a uma sobretensão, a
temperatura de seu filamento, sua eficiência, potência absorvida, fluxo luminoso e corrente
crescem, ao passo que sua vida se reduz drasticamente. As variações podem ser calculadas
pelas seguintes expressões empíricas:

Sendo φ : fluxo luminoso


T: temperatura
V: tensão
L: tempo de vida.

2.5.2.2 Lâmpada Incandescente Halógena


As lâmpadas halógenas têm o mesmo princípio de funcionamento das lâmpadas incandescentes
convencionais, porém foram incrementadas com a introdução de gases halógenos (iodo ou bromo)
que, dentro do bulbo se combinam com as partículas de tungstênio desprendidas do filamento. Esta
combinação, somada à corrente térmica dentro da lâmpada, faz com que as partículas se depositem
de volta no filamento, criando assim o ciclo regenerativo do halogênio. Porem, este ciclo halógeno
só se torna eficaz para temperaturas de filamento elevadas (3200 K) e para uma temperatura da
parede do bulbo externo acima de 250 °C. O resultado é uma lâmpada com vantagens adicionais,
comparada às incandescentes tradicionais:
• Luz mais branca, brilhante e uniforme durante toda a vida;
• Maior eficiência energética (15 lm/W a 25 lm/W);
• Vida útil mais longa, variando de 2000 a 4000 horas;
• Dimensões menores, da ordem de 10 a 100 vezes.

As temperaturas elevadas no filamento só são atingidas com a circulação de um nível mínimo de


corrente. Por esta razão, lâmpadas com potências inferiores a50 W são alimentadas em baixa
tensão, geralmente 12 V ou 24 V. A Figura 3.2 apresenta uma vista em corte de uma lâmpada
halógena de 300 W do tipo lapiseira, mostrando as três zonas de temperatura e as reações químicas
envolvidas.

Fig.2.9: Vista em corte de uma lâmpada incandescente halógena do tipo lapiseira

Lâmpadas halógenas emitem mais radiação ultravioleta que as lâmpadas incandescentes normais,
porém os níveis são inferiores aos presentes na luz solar, não oferecendo perigo à saúde. No entanto,
deve-se evitar a exposição prolongada das partes sensíveis do corpo à luz direta e concentrada.

2.5.2.3 Refletores Dicróicos


A redução de volume torna as lâmpadas halógenas adequadas para iluminação direcionada ("spot
light"), bastante usada para iluminação decorativa, porém a irradiação térmica emitida é bastante
elevada. Por esta razão, certos tipos de lâmpadas são providos de um refletor espelhado especial,
chamado dicróico, que reflete a radiação visível e absorve a radiação infravermelha. Com este tipo
de espelho, consegue-se uma redução da ordem de 70% na radiação infravermelha, resultando um
feixe de luz emergente "frio" ("cold light beam"), ou seja, que não aquece o ambiente.

Fig.2.10: Lâmpada incandescente halógena de 50 W com refletor espelhado dicróico

Recomendam-se os seguintes cuidados em sua instalação:


• não tocar o bulbo de quartzo com as mãos para evitar engordura-lo; caso necessário, limpar
as manchas com álcool;
• nas lâmpadas de maior potência, protegê-las individualmente por fusíveis pois, devido a suas
reduzidas dimensões, no fim de sua vida, poderão ocorrer arcos elétricos internos;
• verificar a correta ventilação das bases e soquetes, pois temperaturas elevadas poderão
danificá-los e romper a selagem na entrada dos lides;
• só instalar a lâmpada na posição para a qual foi projetada.

São lâmpadas de grande potência, mais duráveis, de melhor rendimento luminoso, menores
dimensões e que reproduzem mais fielmente as cores, sendo todavia, mais caras. São
utilizadas para iluminação de praças de esporte, pátios de armazenamento de mercadorias
iluminação externa em geral, teatros, estúdios de TV museus, monumentos, projetores, máquinas de
xérox, etc.

2.5.3 Lâmpadas de Descarga


Nas lâmpadas de descarga utilizadas em iluminação, a luz é produzida pela radiação emitida pela
descarga elétrica através de uma mistura gasosa composta de gases inertes e vapores metálicos. A
mistura gasosa encontra-se confinada em um invólucro translúcido (tubo de descarga) em cujas
extremidades encontram-se inseridos eletrodos (hastes metálicas ou filamentos) que formam a
interface entre a descarga e o circuito elétrico de alimentação. A corrente elétrica através da
descarga é formada majoritariamente por elétrons emitidos pelo eletrodo negativo (catodo) que
são acelerados por uma diferença de potencial externa em direção ao eletrodo positivo (anodo)
gerando colisões com os átomos do vapor metálico. Ao contrário da lâmpada incandescente, na
qual o filamento metálico é um condutor elétrico, na lâmpada a descarga o composto metálico
responsável pela emissão de radiação encontra-se em estado sólido ou líquido na temperatura
ambiente e o gás inerte no interior do tubo (conhecido como gás de enchimento ou “filling gas”) é
isolante. Portanto, inicialmente é necessário um processo de ignição para o rompimento da rigidez
dielétrica da coluna gasosa. O calor gerado pela descarga através do gás inerte nos instantes
iniciais após a partida da lâmpada vaporiza o composto metálico. Após a partida, a lâmpada de
descarga apresenta uma impedância dinâmica (derivada da tensão em relação à corrente)
negativa, ou seja, à medida que a corrente na lâmpada aumenta a diferença de potencial entre
os seus terminais diminui. Portanto, toda lâmpada de descarga necessita de um elemento com
impedância positiva ligada em série para estabilizar a corrente no ponto de operação nominal da
lâmpada. Caso contrário, para qualquer variação de tensão da fonte de alimentação, a lâmpada se
comportaria como um curto-circuito e a corrente assumiriam valores elevados. O elemento de
estabilização é denominado “reator”. Na prática, as lâmpadas a descarga são alimentadas em
corrente alternada (C.A.). Desta forma, cada eletrodo assume a função de catodo e anodo em
semi ciclos consecutivos e a lâmpada passa apresentar uma curva tensão versus corrente dinâmica,
podendo ser modelada por uma resistência não linear equivalente. Por questões de eficiência, a
estabilização da corrente em corrente alternada não é feita com resistores, utilizando-se no seu
lugar uma associação de elementos reativos (capacitores e indutores) para evitar a dissipação
desnecessária de potência ativa. Temos então a eletricidade passando por reator, que joga para
dentro da lâmpada uma tensão acima do normal, permitindo que o sistema dê a partida. O reator
serve para dar a partida da lâmpada e também como limitador de corrente. A energia transferida ao
átomo pelas colisões elásticas excita elétrons para órbitas mais elevadas e as colisões inelásticas
provocam sua ionização gerando novos elétrons. A subseqüente transição do átomo para um
estado de menor energia é acompanhada da emissão de radiação. As lâmpadas a descarga podem
ser classificadas pela pressão no interior do tubo com a lâmpada em operação em lâmpadas de
descarga de baixa pressão e lâmpadas de descarga de alta pressão, abordados neste sub-item.

2.5.3.1 Lâmpadas de Descarga de Baixa Pressão


Existem basicamente dois tipos de lâmpadas comerciais: as lâmpadas de descarga de baixa
pressão de vapor de mercúrio, conhecidas como lâmpadas fluorescentes, e as lâmpadas de descarga
de baixa pressão de vapor de sódio.

2.5.4 Lâmpadas Fluorescentes


Desenvolvida na década de 1940 [4,5] e conhecida comercialmente como lâmpada tubular
fluorescente em função da geometria do seu tubo de descarga, este tipo de lâmpada encontra
aplicações em praticamente todos os campos de iluminação. O tubo de descarga, de vidro
transparente, é revestido internamente com uma camada de pó branco, genericamente conhecido
como "fósforo". O "fósforo" atua como um conversor de radiação, ou seja, absorve um comprimento
de onda específico de radiação ultravioleta, produzida por uma descarga de vapor de mercúrio a
baixa pressão, para emitir luz visível.
Fig.2.11: Estrutura interna e princípio de funcionamento de uma LF tubular

As lâmpadas fluorescentes comercialmente disponíveis utilizam bulbos de vidro transparente,


designados por uma letra T (de tubular) seguida de um número que indica o seu diâmetro máximo
em oitavos de polegada. Por exemplo, T12 significa um bulbo tubular com diâmetro de 12/8
polegadas. As características colorimétricas (temperatura de cor correlata, reprodução de cores) e a
eficácia da lâmpada fluorescente são determinadas pela composição e espessura do pó
fluorescente ("fósforo"). Os "fósforos" são compostos que emitem luz por fluorescência quando
expostos à radiação ultravioleta. Na década de 1980 foi desenvolvida uma nova família de "fósforos",
conhecida comercialmente como "trifósforos", que é constituída de três compostos, cada um com
banda de emissão estreita e centrada nos comprimentos de onda do azul, vermelho e verde
respectivamente. A combinação adequada destes compostos, junto a uma camada de halofosfato,
possibilitou uma melhora no índice de reprodução de cores e um aumento considerável na eficácia
luminosa. As lâmpadas fluorescentes de nova geração utilizam um tubo com diâmetro menor (T8
em vez de T12) e o custo mais elevado do tri-fósforo é compensado pelo aumento de eficiência
resultante. As lâmpadas fluorescentes tubulares são utilizadas para iluminação de interiores em
instalações comerciais, industriais e residenciais. A lâmpada fluorescente não oferece riscos à saúde,
pois a quase totalidade da radiação ultravioleta emitida pela descarga é absorvida pelo pó
fluorescente e pelo vidro do tubo de descarga.

2.5.4.1 Lâmpadas Fluorescentes Compactas


A lâmpada fluorescente compacta CFL (“Compact Fluorescent Lamp”) foi introduzida no mercado
no início da década de 1980 para substituir a lâmpada incandescente. Estas lâmpadas
apresentam alguns detalhes construtivos que as diferenciam das lâmpadas fluorescentes
tubulares convencionais, porém, seu princípio de funcionamento é idêntico. Os modelos
comerciais utilizam um tubo de vidro do tipo T4 ou T5, com revestimento de “tri-fósforo” e
filamentos nas suas extremidades. Existem diversas formas construtivas para o tubo de descarga,
sendo duas as mais comuns: um tubo único curvado em “U” e dois tubos independentes, unidos por
uma ponte. A Figura 3.5 apresenta uma lâmpada fluorescente com dois tubos independentes,
mostrando um de seus filamentos e o percurso da descarga no interior da lâmpada.

Fig.2.12: Lâmpada fluorescente compacta com “starter” incorporado

A lâmpada fluorescente compacta, em geral só apresenta duas conexões elétricas, uma vez que
os filamentos encontram-se ligados em série através de um “starter” (Figura 3.6), o qual fica
alojado num invólucro na base da lâmpada. A estabilização da lâmpada é feita através de
um reator indutivo, conectado externamente. Algumas lâmpadas já apresentam um reator
incorporado na sua base, em geral do tipo rosca Edison, que é utilizada em lâmpadas
incandescentes. O reator poder ser indutivo ou eletrônico, sendo este último mais leve de forma a
reduzir o peso do conjunto.

Fig.2.13: Detalhe do starter

De forma generalizada e sucinta podemos descrever sobre o príncipio de funcionamento do


conjunto lâmpada e reator. Ao se fechar o interruptor, ocorre no starter uma descarga de efeito
corona, o elemento bi metálico aquecido fecha o circuito, a corrente que passa aquece os
eletrodos da lâmpada. Depois de fechados os contatos (no starter), cessa a descarga o que provoca
rápido esfriamento do bi metálico, que dessa forma abrem os contatos e cessa a corrente pelo
starter. Em conseqüência da abertura do contato, é gerado no reator uma sobre tensão que faz
romper o arco, e o circuito passa a fechar-se no interior da lâmpada. Os elétrons deslocando-se de
um filamento a outro, esbarram em seu trajeto com átomos do vapor de mercúrio que provocam
liberação de energia luminosa não visível (freqüências muito elevadas) tipo radiação ultravioleta. As
radiações em contato com a pintura fluorescente do tubo produzem radiação luminosa visível. A
tensão final no starter é insuficiente para gerar uma nova descarga, o que faz com que o mesmo
fique fora de serviço, enquanto a lâmpada estiver acesa. Como os reatores eletromagnéticos são
bobinas (indutâncias), absorvem potência reativa da rede e podem apresentar baixo fator de
potência. Para melhorar o fator de potência e eliminar o efeito da interferência em rádio e TV, o
starter é provido de um capacitor ligado em paralelo com o elemento bi metálico. Ainda, para
melhorar o FP e reduzir o efeito estroboscópico pode-se executar uma ligação em paralelo de 2
lâmpadas fluorescentes, utilizando um reator duplo. Neste caso uma das lâmpadas é ligada
normalmente com o reator e a outra em série com um reator e um capacitor de compensação
constituindo um reator capacitivo.

2.5.5 Lâmpadas de Vapor de Sódio de Baixa Pressão


A energia emitida concentra-se, na maior parte, em duas linhas próximas de ressonância, com
comprimentos de onda de 589,0 e 589,6 nm. Como esses comprimentos de onda são próximos
daquele para a o qual a vista humana apresenta um Maximo de acuidade visual, elas possuem
grande eficiência luminosa. A pressão do vapor dentro do tubo de arco desempenha um papel
importante. Com a pressão muito baixa haverá poucos átomos de sódio na descarga que se deseja
excitar, ao passo que, pressões demasiadamente elevadas, grande parte da radiação de
ressonância do átomo de sódio se perde, por auto- absorção na própria descarga. Sua composição
espectral, sendo quase monocromática (luz amarela), distorce as cores, impedindo seu uso em
iluminação interior. Devido a sua alta eficiência lminosa, são particularmente aplicáveis na
iluminação de ruas com pouco trafego de pedestres, túneis e auto-estradas. Constam de um tubo
de descarga interno, dobrado em forma de U, que contem gás neônio e 0,5% de argônio em
baixa pressão, para facilitar a partida da lâmpada, e certa quantidade de sódio metálico, que será
vaporizado durante o funcionamento. Nas extremidades encontram-se os eletrodos recobertos com
óxidos emissores de elétrons. A fim de evitar-se a variação do fluxo luminoso com a temperatura
ambiente, o tubo de descarga é encerrado dentro de uma camisa externa, na qual existe vácuo.
Durante a partida, a descarga elétrica inicia-se no gás neônio (provocando a pequena produção de
um fluxo luminoso de cor rosa), produzindo uma elevação de temperatura que progressivamente
causa a vaporização do sódio metálico. Dentro de uns 15 min, a lâmpada adquire sua condição
normal de funcionamento, produzindo um fluxo luminoso amarelo, característico da descarga no
vapor de sódio. A eficiência luminosa das lâmpadas vapor de sódio de baixa pressão, do tipo
tradicional, é da ordem de 100lm/W, e sua vida de 6000 h. Como todas as lâmpadas de descarga
elétrica exigem um reator e como seu fator de potencia é extremamente baixo (cosφ ≈ 0,35),
é necessário um capacitor para corrigi-lo. Nos últimos anos, os fabricantes de lâmpadas elétricas
têm lançado no mercado novas linhas de lâmpadas de vapor de sódio com elevadíssimas
eficiências luminosas (183 lm/W para uma lâmpada de 180W) e vida bem mais longa (18000 h).
Conseguiu-se esse aumento de eficiência revestindo-se a face interior da camisa de vácuo com
uma camada refletora infravermelha de óxido de Índio que, refletindo a radiação infravermelha
produzida na descarga novamente sobre o bulbo interno, permite que sua temperatura ideal
(260º) seja mantida com menos intensidade de corrente no arco elétrico. Por outro lado, a
transmitância dessa camada à luz é elevada, absorvendo pouco do fluxo luminoso produzido na
descarga. Com esses aperfeiçoamentos e com a atual crise mundial de energia, a lâmpada de
sódio de baixa pressão torna-se opção atraente na iluminação de locais onde não existam problemas
de reprodução de cores.

2.6. Lâmpadas a Descarga de Alta Pressão


As lâmpadas à descarga de alta pressão, também conhecidas como lâmpadas HID (High
Intensity Discharge) utilizam vapores metálicos (em geral mercúrio e/ou sódio) a pressões da
ordem de 1 a 10 atmosferas e operam com uma densidade de potência de arco da ordem de 20 a
200 W/cm. A radiação emitida pela descarga apresenta uma distribuição espectral contínua,
sobre a qual se encontram superpostas as raias predominantes dos átomos que constituem o vapor
metálico. Os eletrodos são bastões irradiadores e o tubo de descarga tem dimensões reduzidas
(diâmetro de mm e comprimento de cm). Existem basicamente três tipos básicos de lâmpadas
comerciais: a) a lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão; b) a lâmpada de sódio de alta
pressão, e c) as lâmpadas de alta pressão de vapores metálicos.

2.6.1 Lâmpada de Vapor de Mercúrio de Alta Pressão


A lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão HPM (High Pressure Mercury), é constituída de um
tubo de descarga transparente, de dimensões reduzidas inserido em um bulbo de vidro, revestido
internamente com uma camada de "fósforo" para correção do índice de reprodução de cor. O tubo de
descarga contém vapor de mercúrio à pressão de 2 a 4 atmosferas e argônio a 0.03 atmosferas. O
argônio atua como gás de partida, reduzindo a tensão de ignição e gerando calor para vaporizar o
mercúrio. O tubo de descarga é de quartzo para suportar temperaturas superiores a 340°C e evitar
absorção da radiação ultravioleta emitida pela descarga. O bulbo de vidro transparente, com formato
ovóide, contém nitrogênio, formando uma atmosfera protetora para: reduzir a oxidação de partes
metálicas, limitar a intensidade da radiação ultravioleta que atinge o revestimento de "fósforo" e
melhorar as características de isolação térmica.

(a) Estrutura mecânica (b) Detalhe do tubo de descarga


Fig.2.14: Lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão

A estabilização da descarga é realizada através de um reator indutivo. A tensão C.A. da rede é


suficientemente elevada para realizar a ignição da descarga de argônio entre o eletrodo auxiliar e o
principal adjacente, que vaporiza o mercúrio líquido e produz íons necessários para estabelecer o
arco entre os eletrodos principais. Após a ignição do arco principal, a queda de tensão sobre o
resistor de partida reduz a diferença de potencial entre os eletrodos auxiliar e principal adjacente,
extinguindo o arco entre ambos. A tensão de ignição da lâmpada aumenta com a pressão vapor de
mercúrio, ou seja, com a temperatura do tubo de descarga. Quando se desliga uma lâmpada
alimentada por um reator indutivo convencional, a sua reignição só é possível após 3 a 5 minutos,
intervalo de tempo necessário para o esfriamento da lâmpada e conseqüente queda de pressão.
Fig.2.15: Reator para lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão

Nos instantes iniciais da descarga, a lâmpada emite uma luz verde clara. A intensidade luminosa
aumenta gradativamente até estabilizar-se após 6 a 7 minutos, quando a luz se torna branca com uma
tonalidade levemente esverdeada. A descarga de mercúrio no tubo de arco produz uma energia
visível na região do azul e do ultravioleta. O fósforo, que reveste o bulbo, converte o ultravioleta em
luz visível na região do vermelho. O resultado é uma luz de boa reprodução de cores com
eficiência luminosa de até 60lm/W. A luz emitida por uma lâmpada sem revestimento de fósforo
apresenta um baixo índice de reprodução de cor (CRI = 20), devido à ausência de raias vermelhas. O
"fósforo" utilizado em lâmpadas de vapor de mercúrio de alta pressão tem uma banda d e emissão de
620 nm a 700 nm e consegue melhorar o significativamente o índice de reprodução (CRI = 50). É
importante salientar que devido à emissão de ultravioleta, caso a lâmpada tenha seu bulbo quebrado
ou esteja sem o revestimento de fósforo, deve-se desligá-la, pois o ultravioleta é prejudicial à saúde,
principalmente em contato com a pele ou os olhos. A lâmpada de mercúrio apresenta fluxo luminoso
elevado e vida útil longa, porém, a sua eficácia luminosa é relativamente baixa. Este tipo de
lâmpada é utilizado em sistemas de iluminação de exteriores, em especial, na iluminação pública
urbana.

2.6.2 Lâmpada de Luz Mista


As lâmpadas de luz mista, como o próprio nome já diz, são uma combinação de uma lâmpada vapor
de mercúrio com uma lâmpada incandescente, ou seja, um tubo de descarga de mercúrio ligado em
série com um filamento incandescente. O filamento controla a corrente no tubo de arco e ao
mesmo tempo contribui com a produção de 20% do total do fluxo luminoso produzido. A
combinação da radiação do mercúrio com a radiação do fósforo e a radiação do filamento
incandescente, produz uma agradável luz branca. As principais características da luz mista são:
substituir diretamente as lâmpadas incandescentes em 220V, não necessitando de equipamentos
auxiliares (reator, ignitor e starter) e possuir maior eficiência e vida media 8 vezes maior que as
incandescentes.

Fig.2.16: Lâmpada de luz mista

Este tipo de lâmpada apresenta um índice de reprodução de cor variando de Luminotécn ica e
Lâmpada s Elétricas 50 a 70, porém sua eficácia luminosa é baixa em razão da potência
dissipada no filamento, que determina a sua vida útil, em geral de 6000 horas a 10000 horas. Esta
lâmpada é utilizada no Brasil em sistemas de iluminação de interiores no setor comercial em
substituição às lâmpadas incandescentes.

2.6.3 Lâmpada de Vapor de Sódio de Alta Pressão


A lâmpada de vapor de sódio de alta pressão HPS (“High Pressure Sodium”), é constituída de um
tubo de descarga cilíndrico e translúcido, com um eletrodo em cada extremidade. O tubo de
descarga é sustentado por uma estrutura mecânica, sob vácuo, no interior em um bulbo de vidro
borosilicado, com formato tubular ou elipsoidal. Em lâmpadas convencionais, o tubo de descarga
contém vapor de sódio a pressão de 0.13 atmosferas, vapor de mercúrio a pressão de 0.5 a 2
atmosferas e xenônio, que atua como gás de partida, gerando calor para vaporizar o mercúrio e o
sódio. O mercúrio, na forma de vapor e a uma pressão significativamente superior ao sódio, reduz
a perda por calor e eleva a tensão de arco da lâmpada. O eletrodo é construtivamente similar ao da
lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão.

Fig.2.17: Lâmpada de vapor de sódio de alta pressão

O bulbo das lâmpadas HPS é em geral transparente ou apresenta um revestimento de “fósforo”


neutro para tornar a superfície difusa, sem alterar a distribuição espectral da luz emitida. A
lâmpada de vapor de sódio convencional apresenta, em geral, um baixo índice de reprodução de
cor (CRI ≈ 20), porém, uma elevada eficácia luminosa (120 lm/W para a lâmpada de 400 W) e vida
útil longa (24000 horas). No entanto, existem lâmpadas especiais que apresentam um elevado
índice de reprodução de cor (CRI = 85), porém, com uma eficácia luminosa de 80 lm/W. Para a
estabilização da lâmpada, utilizam-se reatores indutivos do mesmo tipo usado em lâmpadas de
vapor de mercúrio. Nas lâmpadas HPS convencionais, esta função é desempenhada por um
dispositivo externo à lâmpada, conhecido por ignitor. Quando se desliga uma lâmpada HPS
alimentada por um reator indutivo com ignitor convencional, a sua reignição só é possível após 3 a 7
minutos, intervalo de tempo necessário para o esfriamento da lâmpada. É indicada para iluminação
de locais onde a reprodução de cor não é um fator importante.

2.6.4 Lâmpadas de Vapor Metálico


A lâmpada de vapor metálico HPMH (High Pressure Metal Halide) é construtivamente semelhante
à lâmpada de mercúrio de alta pressão, ou seja, utiliza um tubo de descarga de sílica fundida
inserida no interior de um bulbo de quartzo transparente. Os modelos mais comuns são do tipo
lapiseira. O tubo de descarga contém vapor de mercúrio, um gás para ignição (argônio) e haletos
metálicos. A temperatura de vaporização dos metais é em geral superior à máxima temperatura
suportável pelo material do tubo de descarga. Já o metal na forma de um haleto vaporiza a uma
temperatura significativamente inferior. Geralmente utilizam-se iodetos, pois são quimicamente
menos reativos. A adição de metais introduz raias no espectro que melhoram as características de
reprodução de cores da lâmpada. Um ciclo regenerativo similar ao das lâmpadas incandescentes
halógenas ocorre nas lâmpadas HPMH.
Fig.2.18: Lâmpada de vapor metálico

As lâmpadas de vapor metálico apresentam uma eficácia luminosa de 65 a 100 lm/W e um índice
de reprodução de cores superior a 80 A sua vida útil é em geral inferior a 8000 horas. São
c omercialmente disponíveis lâmpadas de 70 W a 2000 W, sendo utilizadas em aplicações onde a
reprodução de cores é determinante, como por exemplo, em estúdios cinematográficos, iluminação
de vitrines e na iluminação de eventos com transmissão pela televisão.

2.6.5 Lâmpadas de luz negra


São lâmpadas a vapor de mercúrio, diferindo destas somente no vidro utilizado na confecção
da ampola externa. Nesse caso utiliza-se o bulbo externo de vidro com óxido de níquel (vidro de
Wood), que sendo transparente ao ultra-violeta próximo absorve em grande parte o fluxo luminoso
produzido. São usadas em exames de gemas e minerais, apuração de fabricações, setores de
correio, levantamento de impressões digitais, na indústria alimentícia para verificar adulterações,
etc.

2.7 Projeto de Iluminação


O projeto de iluminação tem por objetivo estabelecer o melhor sistema de iluminação para uma
dada aplicação, notando que muitas vezes a definição de “melhor” é complexa e leva em conta
fatores subjetivo. Na elaboração de um projeto de iluminação são considerados, por um lado,
os diferentes tipos de lâmpadas e luminárias disponíveis comercialmente e, por outro lado, os
requisitos da aplicação, os quais incluem o tipo e o grau de precisão da atividade a ser
desenvolvida no local, as pessoas que desenvolverão essa atividade, etc. De uma forma geral, o
sistema de iluminação deve garantir níveis de iluminamento médio adequados em função das
características do local e da atividade a ser desenvolvida. Para tanto, as normas técnicas
possuem valores de referência habitualmente utilizados em projetos de iluminação. Uma vez
escolhida a luminária a ser utilizada, a etapa final do projeto consiste em determinar o número de
luminárias necessárias para alcançar o valor de iluminamento médio especificado e ainda proceder a
ajustes de unformização levando em conta a simetria do local. Define-se iluminamento médio (EM)
em uma dada superfície como:

EM = φ /S

Em que:
φ - é o fluxo luminoso total que atravessa a superfície (lm);
2
S - é a área da superfície considerada (m ).

A unidade do iluminamento é lm/m2, mais conhecida por lux. É através do iluminamento médio
que são fixados os requerimentos de iluminação em função da atividade a ser desenvolvida em um
determinado local. Outro conceito fundamental em luminotécnica é o de curva de distribuição
luminosa (ver figura 4.1), descrita no item 2.1 desta apostila. Os valores de intensidade luminosa são
fornecidos considerando luminária equipada com fonte luminosa padrão com fluxo luminoso total
de 1000 lm. Caso a lâmpada produza um fluxo diferente, os valores de intensidade luminosa deverão
ser corrigidos proporcionalmente. Tem-se ainda o objetivo de eliminar o ofuscamento provocado pela
iluminação. O ofuscamento gera uma redução na capacidade de visualização dos objetos e
desconforto visual. Pode ser direto, isto é, ocorrendo pela visualização direta da fonte de luz, que
pode ser uma lâmpada ou luminária, podendo ser neutralizado pela utilização de aletas ou
difusores nas luminárias. Pode também ser indireto, ocorrendo quando a reflexão da luz sobre o
plano de trabalho atinge o campo visual, podendo ser causado pelo excesso de luz no ambiente
ou pelo mal posicionamento das luminárias.

Fig.2.19: Exemplo de curva de distribuição luminosa

Nos próximos itens serão abordados os principais métodos para projeto de iluminação, como o
Método dos Lumens e o Método Ponto. O primeiro se destina principalmente a projetar a
iluminação de recintos fechados, onde a luz refletida por paredes e teto contribui significativamente
no iluminamento médio do plano de trabalho (o plano onde serão desenvolvidas as atividades; por
exemplo, o plano das mesas em um escritório). O Método Ponto a Ponto se destina principalmente
ao projeto de iluminação de áreas externas, onde a contribuição da luz refletida pode ser
desprezada sem incorrer em erros significativos. Além disso, o Método Ponto a Ponto pode ser
utilizado como cálculo verificador de um projeto elaborado pelo Método dos Lumens.

2.8 Métodos de Cálculo


2.8.1Método dos Lumens ou do Fluxo Luminoso.
O Método dos Lumens tem por finalidade principal determinar o número de luminárias necessárias
para garantir um valor de iluminamento médio especificado a priori. Ele pode ser resumido nos passos
a seguir.

Passo 1:
Estabelecer o iluminamento médio do local, em função das dimensões do mesmo e da atividade a
ser desenvolvida. Conforme mencionado anteriormente, as normas técnicas possuem valores de
referência para o iluminamento médio. De acordo com a NBR 5413, para a determinação da
iluminância conveniente é recomendável considerar as seguintes classes de tarefas visuais.
Tabela 2.4 – Iluminância por classe de tarefas visuais
Classe Iluminância (lux) Tipo de atividade
A 20 – 30 – 50 Áreas públicas com arredores
escuros
Iluminação geral para áreas 50 – 75 – 100 Orientação simples para
usadas interruptamente ou com permanência curta
tarefas visuais simples 100 – 150 – 200 Recintos não usados para
trabalho contínuo; depósitos
200 – 300 – 500 Tarefas com requisitos visuais
limitados, trabalho bruto de
maquinaria, auditórios
B 500 – 750 – 1000 Tarefas com requisitos visuais
normais, trabalho médio de
Iluminação geral para área de maquinaria, escritórios
trabalho 1000 – 1500 – 2000 Tarefas com requisitos
especiais, gravação manual,
inspeção, indústria de roupas
C 2000 – 3000 – 5000 Tarefas visuais exatas e
prolongadas, eletrônica de
Iluminação adicional para tamanho pequeno
tarefas visuais difíceis 5000 – 7500 – 10000 Tarefas visuais muito exatas,
montagem de microeletrônica
10000 – 15000 – 20000 Tarefas visuais muito especiais,
cirurgia
Nota: As classes, bem como os tipos de atividade não são rígidos quanto às iluminâncias limites recomendadas, ficando a
critério do projetista avançar ou não nos valores das classes/tipos de atividade adjacentes,dependendo das características do
local/tarefa.

Seleção de iluminância
Para determinação da iluminância conveniente é recomendável considerar os seguintes
procedimentos:
- Da Tabela 2.4 constam os valores de iluminâncias por classe de tarefas visuais. O uso
adequado de iluminância específica é determinado por três fatores, de acordo com a Tabela 2.5.

Tabela 2.5 – Fatores determinantes da iluminância adequada


aracterísticas da tarefa e do Peso
observador -1 0 +1
Idade Inferior a 40 anos 40 a 55 anos Superior a 55 anos
Velocidade e precisão Sem importância Importante Crítica
Refletância do fundo da Superior a 70% 30 a 70 % Inferior a 30%
tarefa

O procedimento é o seguinte:
1. Analisar cada característica para determinar o seu peso (-1, 0 ou +1);
2. Somar os três valores encontrados, algebricamente, considerando o sinal;
3. Usar a iluminância inferior do grupo, quando o valor total for igual a –2 ou –3; a iluminância
superior, quando a soma for +2 ou +3; e a iluminância média nos outros casos.
A maioria das tarefas visuais apresenta pelo menos média precisão.
No anexo I, onde estão os valores para iluminância previstos no item 5.3 da NBR 5413 –
Iluminações de interiores, para cada tipo de local ou atividade existem três iluminâncias indicadas,
sendo a seleção do valor recomendado feito da seguinte maneira:
1. Das três iluminâncias, considerar o valor do meio, devendo este ser utilizado em todos os casos;
2. O valor mais alto, das três iluminâncias deve ser utilizado quando:
a) A tarefa se apresenta com refletâncias e contrastes bastante baixo;
b) Erros são de difícil correção;
c) O trabalho visual é critico;
d) Alta produtividade ou precisão são de grande importância;
e) A capacidade visual do observador está abaixo da media.
3. O valor mais baixo, das três iluminâncias, pode ser utilizado quando:
a) Refletâncias ou contrastes são bastante altos;
b) A velocidade e/ou não são importantes;
c) A tarefa é executada ocasionalmente.

Passo 2:
Estabelecer o tipo de lâmpada e de luminária a serem utilizadas no local. A experiência do
projetista é muito importante neste passo, pois um determinado conjunto lâmpada/luminária
disponível comercialmente pode-se adaptar melhor a algumas aplicações e não a outras. Por
exemplo, iluminação fluorescente convencional é bastante indicada para iluminação de escritórios, e
iluminação incandescente é a opção preferencial para galerias de arte, devido a sua excelente
reprodução de cores.
Passo 3:
Para a luminária escolhida no passo anterior determina-se o Fator de Utilização (Fu). Este coeficiente,
menor ou igual a 1, representa uma ponderação que leva em conta as dimensões do local e a
quantidade de luz refletida por paredes e teto. A contribuição das dimensões do local é feita através do
chamado Índice do Local (K) definido de acordo com:

Onde:
C - comprimento do local, considerando formato retangular (m);
L - largura do local (m);
Hu – altura útil, altura da luminária até o plano de trabalho, em (m).
O índice do local permite diferenciar locais com mesma superfície total, mas com formato diferente
(quadrado, retangular, retangular alongado, etc.), e também incorpora a influência da distância
entre o plano das luminárias e o plano de trabalho. De posse do índice do local, o coeficiente de
utilização é facilmente obtido através de tabelas cujas outras variáveis de entrada são a fração de luz
refletida por paredes e teto.

Passo 4:
Para o local de instalação determina-se o Fator de Depreciação (Fd). Este coeficiente, menor ou
igual a 1, representa uma ponderação que leva em conta a perda de eficiência luminosa das
luminárias devido à contaminação do ambiente. Existem tabelas que fornecem valores deste
coeficiente em função do grau de contaminação do local e da freqüência de manutenção (limpeza)
das luminárias.

Passo 5:
Determina-se o fluxo luminoso total φ (em lúmen) que as luminárias deverão produzir, de acordo com a
seguinte expressão:

Onde:
E - iluminamento médio (em lux) estabelecido no Passo 1;
S = C x L - área do local (m2).

Passo 6:
Determina-se o número necessário de luminárias NL:

O nde:

ϕ - fluxo luminoso total calculado no passo 5;


ϕ L - fluxo luminoso (em lúmens) de uma luminária (este valor é conhecido uma vez escolhidas a
luminária e a lâmpada - Passo 2).

Passo 7:
Ajusta-se o número de luminárias de forma a produzir um arranjo uniformemente
distribuído (por exemplo, certo número de linhas cada uma com o mesmo número de colunas de tal
forma que o número de luminárias resulte o mais próximo possível do valor determinado no Passo
6).

Passo 8:
Uma vez ajustado o número efetivo de iluminarias por linha e coluna, efetuar o cálculo da
iluminancia efetiva no plano de trabalho.
2.8.2 Método Ponto a Ponto
Para descrever o Método Ponto a Ponto é imprescindível apresentar antes duas leis básicas da
Luminotécnica, a Lei do Inverso do Quadrado e a Lei dos Cosenos. A Lei do Inverso do
Quadrado estabelece que o iluminamento médio cai com o quadrado da distância à fonte
luminosa. De fato, conforme ilustra a Figura 4.2, o mesmo fluxo luminoso ∆φ atravessa as
superfícies S1 e S2, situadas a distâncias d1 e d2 da fonte luminosa, respectivamente.

Fig.2.20: Lei do Inverso do Quadrado

Como o ângulo sólido correspondente às duas superfícies é o mesmo, conclui-se que é válida a
seguinte relação:

Por outro lado, da definição de intensidade luminosa resulta:

Em que E(d) indica o iluminamento médio a uma distância genérica d da fonte luminosa.

A equação é a expressão matemática da Lei do Inverso do Quadrado.

A Lei dos Cosenos estabelece que se a superfície (plana) considerada não for normal à direção
definida pela intensidade luminosa, o iluminamento médio na superfície será menor que no caso da
superfície ser normal e, ainda, a relação entre ambos os valores é dado pelo coseno do ângulo
formado entre as normais das duas superfícies.
Entre as superfícies S1 e S2 é válida a relação:

Nestas condições, a relação entre os iluminamentos médios em S1 e S2 é:

Que é a própria expressão matemática da Lei dos Cosenos.

O Método Ponto a Ponto permite calcular, em qualquer ponto do plano de trabalho, o


iluminamento médio causado por uma fonte luminosa localizada em qualquer ponto do local.
Inicialmente considere-se a situação da Figura 13.25. O problema é determinar o iluminamento
médio no plano horizontal no ponto P, causado pela fonte luminosa.

Fig.2.22: Método Ponto a Ponto

Destaca-se que a intensidade luminosa I(θ) é dada pela curva fotométrica da luminária, considerada
conhecida. O iluminamento no ponto P, no plano perpendicular à intensidade luminosa, é calculado
através da Lei do Inverso do Quadrado:
No ponto P, o iluminamento no plano horizontal é determinado através a Lei dos Cossenos:

Finalmente, considerando todas as luminárias existentes no local, o iluminamento total no plano


horizontal em P é determinado através de:

Em que n indica o número total de luminárias e EPH i é o iluminamento horizontal em P causado pela
luminária i. Para obter o iluminamento médio do local, aplica-se esta equação a um conjunto
adequado de pontos de verificação e calcula-se finalmente a média aritmética de todos os valores de
iluminamento obtidos. Na prática o iluminamento total em um determinado ponto tem contribuição
significativa apenas das luminárias mais próximas ao ponto, sendo que a contribuição das luminárias
distantes é muito pequena por causa da Lei do Inverso do Quadrado. De todo modo, o cálculo do
iluminamento através do Método Ponto a Ponto é feito normalmente através de programa
computacional, pois o cálculo manual só é viável em casos simples com poucas luminárias e poucos
pontos de cálculo.

2.2.3 Exemplos de Cálculo de Iluminação


a) Método dos Lumens
Projetar o sistema de iluminação de um escritório com 18m de comprimento, 8m de largura e 3m de
altura (pé direito), com mesas de 0,8 metros de altura. As luminárias serão Philips TCS 029, com
duas lâmpadas fluorescentes de 32 W, Branca Comfort. O teto está pintado de verde claro, as
paredes estão de azul claro e o chão está revestido com piso na cor marrom. O ambiente é
considerado normal com período de manutenção de 5.000 horas.
(I) aparelho de iluminação:

• Luminária TCS 029

• Duas lâmpadas TLDRS 32/64 – 2.500 lm ⇒2 x 2.500 = 5.000 lm

(II) da tabela de iluminâncias recomendadas (item 4.2 ou anexo I), adota-se E = 500lx

(III) tem-se:

• l = 18m

• b = 9m

• h = 2,2m (luminária no teto e mesas a 0,8m).

da expressão

(IV) consultando a tabela (catálogo da luminária) de fator de utilização “Fu” para esta luminária, com K
= 2,5 e considerando para o local uma refletância 511 (50% teto, 10% parede, 10% piso), obtém-se Fu
= 0,53;

(V) da tabela de fator de depreciação “Fd” (item 2.3), considerando ambiente normal e manutenção a
cada 5.000h, obtém-se Fd = 0,85;
(VI) da expressão

(VII) da expressão

(VIII) distribuição de luminárias:

Fig.2.23: Distribuição das Luminárias

b) Método Ponto a Ponto


Exemplo orientativo para leitura das curvas de distribuição luminosa (CDL), cálculo da intensidade
luminosa nos diferentes pontos e a respectiva iluminância. (Figura 2.24).

Fig.2.24: Curva CDL da Lâmpada LUMILUX

Consultando-se a luminária, cuja CDL está representada na figura 2.24 e supondo-se que esta
luminária esteja equipada com 2 lâmpadas fluorescentes LUMILUX® 36W/21, qual será a Iluminância
incidida num ponto a 30º de inclinação do eixo longitudinal da luminária, que se encontra a uma
altura de 2,00 m do plano do ponto?
Fig.2.25: Esquema do Ponto de Cálculo da Iluminância

LUMILUX® 36W/21

ϕ = 3350 lm

Luminária para 2x LUMILUX® 36W/2

n=2

Na CDL, lê-se que:

I30° = 340 cd

Como este valor refere-se a 1000 lm, tem-se que:

Seguindo-se a fórmula:
2.2.4 Exercícios de Fixação
1) Determinar o número de lâmpadas e de luminárias para iluminar uma fábrica de móveis de
25X50X4m, cujo nível de iluminamento necessário é de 500 lux. O teto e as paredes são claros.
O período previsto para manutenção do sistema de iluminação é de 5000 horas. O afastamento
máximo entre luminárias é 0,9Xpé direito. Mostre a disposição das luminárias no prédio.

2) Um prédio industrial precisa ser iluminado, nele se fabricam equipamentos muito volumosos. A
indústria está instalada num prédio com as seguintes características:
- pé direito: 8m;
- bancada de trabalho: 65 cm,
- largura do prédio: 21m;
- comprimento do prédio: 84m;
- paredes de tijolo a vista
- teto de concreto

No processo produtivo a indústria necessita de um nível de iluminamento de 600 lux, e não pode
ter reprodução de cores parcial. Determine o número de lâmpadas e de luminárias a serem
instaladas neste prédio e represente a disposição das luminárias na planta baixa. O afastamento
máximo entre luminárias é igual a 0,95 X pé direito, e a altura de montagem não pode ser inferior a
6,5 m.

3) Se você fosse indagado sobre o tipo de iluminação mais adequado para iluminar os
ambientes relacionados abaixo, qual (ais) o(s) tipo(s) de lâmpadas que você indicaria. Justifique
sua resposta.
a) escritório
b) residência
c) indústria de borracha com pé direito de 7m
d) loteamento residencial (iluminação pública)
e) quadra de esportes

4) Um galpão industrial é iluminado através de lâmpadas a vapor de mercúrio de 400W, com fluxo
luminoso inicial de 20.500 lumens. Calcular o iluminamento num ponto P na horizontal iluminado
por 4 refletores A, B, C e D, conforme figura abaixo.
Nota: O pé útil é de 3 m.
Anexos:

I - NBR 5413:1992 - Iluminâncias


de interiores

II – Tipos de luminárias e curvas

CDL (LUMINE)

III – Eficiência aproximada de

luminárias

IV – Tipo de luminária x Fator de


depreciação
Anexo I - NBR 5413:1992 - Iluminâncias de interiores

1 - Acondicionamento
- salas de controle (quadro distribuidor) e salas grandes de
- engradamento, encaixotamento e empacotamento
controle centralizado................ 300 -500 - 750
..................... 100 - 150 - 200
- salas pequenas de controle simples......... 200 - 300 – 500
- parte posterior dos quadros de distribuição
2 - Auditórios e anfiteatros
(vertical)................ 100 - 150 - 200
- salas de centros telefônicos automáticos...100 - 150 - 200
- tribuna...................................... 300 - 500 - 750
- platéia....................................... 100 - 150 - 200
7 – Cervejarias
- sala de espera........................... 100 - 150 - 200
- bilheterias.................................. 300 - 150 - 750 - câmara de fermentação............ 100 - 150 - 200
- fervura e lavagem de barris...... 150 - 200 - 300
3 - Bancos
- enchimento (garrafas, latas, barris)........ 150 - 200 - 300

- atendimento ao público............. 300 - 500 - 750


8 - Cinemas e teatros
- máquinas de contabilidade........ 300 - 500 - 750
- estatística e contabilidade......... 300 - 500 - 750
- sala de espetáculos:
- salas de datilógrafas.................. 300 - 500 - 750
- durante o espetáculo (luz de
- salas de gerentes...................... 300 - 500 - 750
guia)....... 1
- salas de recepção..................... 100 - 150 - 200
. durante o intervalo ................. 30 - 50 - 75
- salas de conferências................ 150 - 200 - 300 - sala de espera, “foyer”............. 100 - 100 - 200
- guichês..................................... 300 - 500 - 750 - bilheterias................................ 300 - 500 - 750
- arquivos (incluindo acomodações para trabalhos de menor
importância).............................. 200 - 300 9 - Consultórios médicos (ver 28)
- 500
- arquivos.................................... 200 - 300 - 500
- saguão...................................... 100 - 150 - 200
- cantinas.................................... 100 - 150 - 200 10 - Corredores e escadas

4 Barbearias - geral ........................................ 75 - 100 - 150

- geral......................................... 150 - 200 - 300 11 - Correios e telégrafos (ver 3)

5 - Bibliotecas 12 - Encadernação de livros

- sala de leitura............................ 300 - 500 - 750 - dobragem, montagem, colagem,


- recinto das estantes.................. 200 - 300 - 500 etc.................................. 200 - 300 - 500
- fichário...................................... 200 - 300 - 500 - corte, perfuração e costura...... 200 - 300 - 500
- gravação e inspeção................ 750 - 1000 - 1500
6 - Centrais elétricas
13 – Escolas
- equipamento de ar condicionado, instalação de ventilação,
- salas de aulas.......................... 200 - 300 - 500
condensadores de cinza, instalação ventiladora para fuligem e
- quadros negros........................ 300 - 500 - 750
cinza.................. 100 -150 - 200
- salas de trabalhos manuais...... 200 - 300 - 500
- ferramentas acessórias, como baterias acumuladoras, - laboratórios
tubulações alimentadoras de caldeiras, compressores e jogos . geral....................................... 150 - 200 - 300
de instrumentos afins................ 100 - 150 - 200 . local....................................... 300 - 500 - 750
- plataformas de caldeiras........... 100 - 150 - 200 - anfiteatros e auditórios:
- alimentação de combustível...... 100 - 150 - 200 . platéia.................................... 150 - 200 - 300
- transportadores de carvão, trituradores e instalação para pó . tribuna.................................... 300 - 500 - 750
de carvão.............. 100 -150 -200 - sala de desenho...................... 300 - 500 - 750
- embasamento da turbina........... 100 - 150 - 200 - sala de reuniões...................... 150 - 200 - 300
- sala da turbina.......................... 100 - 150 - 200 - salas de educação física.......... 100 - 150 - 200
- instalações de hidrogênio e CO .. 100 - 150 - 200 - costuras e atividades semelhantes.... 300 - 500 - 750
- salas para amolecimento de água........100 - 150 - 200 - artes culinárias........................ 150 - 200 - 300
- laboratório químico................... 300 - 500 - 750

14 – Escritórios - esgrima................................... 300 - 500 - 750


- frontão..................................... 300 - 500 - 750
- escritórios de:
- ginástica.................................. 150 - 200 - 300
. registros, cartografia, etc. ...... 750 - 1000 - 1500
- hóquei:
. desenho, engenharia mecânica e
. locais grandes.......................... 300 - 500 - 750
arquitetura.................... 750 - 1000 -1500
. locais recreativos e de
. desenho decorativo e esboço.... 300 - 500 – 750
treinamento.................................... 150 - 200 - 300
- futebol de salão:
15 - Esportes (salão para)
. quadra................................... 150 - 200 - 300
- bilhares: . locais recreativos e de treinamento....... 100 - 150 - 200
. geral...................................... 100 - 150 - 200 - tamborete:
. mesas.................................... 300 - 500 - 750 . quadra.................................... 150 - 200 - 300
- bocha...................................... 150 - 200 - 300 . locais recreativos e de treinamento..... 100 - 150 - 200
- boliche: - piscina (iluminação geral) .......... 100 - 150 - 200
. local de arremesso e pista...... 150 - 200 - 300 - patinação:
. local dos pinos....................... 300 - 500 - 750 . corridas .................................. 150 - 200 - 300
- bola ao cesto e voleibol: . recreação ............................... 100 - 150 - 200
. local de jogos......................... 150 - 200 - 300 - pugilismo e luta livre:
. locais recreativos e de treinamento...... 100 - 150 - 200 . ringue..................................... 750 - 1000 - 1500
. locais recreativos e de treinamento........ 150 - 200 - 300 - fabricação de moldes e machos (trabalho grosseiro)
- tênis: .......... 150 - 150 - 300
. quadra de jogos...................... 300 - 500 - 750 - moldagem grosseira ................. 150 - 200 - 300
. locais recreativos e de treinamento........ 150 - 200 – 300 - fundição e classificação de peças
fundidas............................ 200 - 300 - 500
16 - Estações ferroviárias e rodoviárias
- limpeza e acabamento ............. 150 - 200 - 300
- inspeção (material de precisão)............. 750 - 1000 - 1500
- sala de espera .......................... 100 - 150 - 200
- escritórios e guichês................. 300 - 500 - 750 - inspeção (material grosseiro) .... 300 - 500 - 750
- sala de refeições...................... 100 - 150 - 200
- depósitos de bagagens............ 150 - 200 - 300 22 – Funilaria
- plataformas.............................. 100 - 150 - 200
- bancada, prensa, tesoura, estampagem, máquinas para
- lavatórios................................. 100 - 150 - 200 formar cilindros a frio, máquinas perfuradoras 200 - 300 -
500
17 - Estações de tratamento de águas e esgotos - inspeção de chapas de metal estanhado e galvanizado,
riscagem de desenhos em chapas de metal ... 750 - 1000 - 1500
- operações químicas (laboratórios):
. geral....................................... 150 - 200 - 300 23 - Gabinetes dentários (ver 28)
. mesa de trabalho.................... 300 - 500 – 750
24 - Galerias de artes (ver 58 e 61)
18 – Estaleiros
25 - Galvanoplastia e operações similares
- salão de montagem................. 150 - 200 - 300
- modelagem.............................. 300 - 300 - 750 - banho ...................................... 100 - 150 - 200
- oficina de solda........................ 150 - 200 - 300 - polimento ................................. 150 - 200 - 300
- rampa de lançamento:
. guindastes.............................. 100 - 150 - 200 26 – Garagens
. zonas de trabalho................... 150 - 200 - 300
. zonas de transporte................ 100 - 150 – 200 - oficinas .................................... 150 - 150 - 300
- bancadas ................................. 300 - 300 - 750
19 - Fabricação manual de tapetes ou similares - áreas de lubrificação ................ 100 - 100 - 200
- poços de lubrificação ............... 150 - 200 - 300
- geral........................................ 300 - 500 - 750 - lavagem ................................... 150 - 200 - 300
- estacionamento interno ............ 100 - 150 - 200
20 - Farmácias e drogarias (ver 28) - loja .......................................... 300 - 500 - 750

21 – Fundições 27 - Hangares (ver 34)

- área de carregamento e enchimento.......... 100 - 150 - 200 - consertos e manutenção .......... 300 - 500 - 750
- fabricação de moldes e machos (trabalho - revisão de motores ................... 300 - 500 - 750
fino).................. 300 - 500 - 750
- biblioteca................................. 300 - 500 - 750
- pronto-socorro:
28 – Hospitais
- sala dos médicos ou enfermeiras: . geral ...................................... 300 - 500 - 750
. geral ....................................... 100 - 150 - 200 - corredores e escadas .............. 75 - 100 - 150
. mesa de trabalho .................... 300 - 500 - 750 - escritórios (ver 14)
- quarto de preparação ............... 150 - 200 - 300 - cozinhas .................................. 150 - 150 - 300
- arquivo .................................... 100 - 150 - 200 - laboratórios de análises:
- farmácia: . sala de pesquisa .................... 150 - 200 - 300
. geral ....................................... 150 - 150 - 300 . mesa de trabalho ................... 300 - 500 - 750
. mesa de trabalho .................... 300 - 500 - 750 - salas de diagnósticos e terapêuticas:
- trabalho com radioisótopos: . geral ...................................... 150 - 200 - 300
. laboratório radioquímico ......... 300 - 300 - 750 . mesa de diagnóstico .............. 300 - 500 - 750
. salão de medidas ................... 150 - 200 - 300 - departamento cirúrgico:
. mesa de trabalho .................... 300 - 500 - 750 . sala de operação (iluminação geral).... 300 - 500 - 750
- otorrinolaringologia: . sala de esterilização ............... 300 - 500 - 750
. sala de exame ........................ 300 - 300 - 750 - departamento dentário:
- autópsias: . sala de dentista (iluminação geral)
. geral ....................................... 300 - 500 - 750 ..................................... 150 - 200 - 300
. depósitos de cadáveres .......... 100 - 150 - 200 - lavatórios ................................. 100 - 150 - 200
- terapia: - departamento de maternidade:
. física ...................................... 150 - 200 - 300 . sala de partos (iluminação geral)......... 150 - 200 - 300
. aplicada ................................. 150 - 200 - 300 . berçário ................................. 75 - 100 - 150
- lavabos .................................... 100 - 150 - 200 . sala de atendimento ao berçário................ 150 - 200 -
- raio-X: 300
. radiografias, fluoroscopia e câmara
- lavanderia (ver 55)
................................... 100 - 150 - 200 - quartos particulares para pacientes:
. radioterapia profunda e superficial . geral ....................................... 100 - 150 - 200
............................... 100 - 150 - 200 . cama ...................................... 150 - 150 – 300
. exames de provas .................. 150 - 200 - 300
. arquivos de filmes revelados ... 150 - 200 - 300
29 - Hotéis e restaurantes
. estocagem de filmes sem revelações...100 - 150 - 200 - banheiros ................................. 100 - 150 - 200
- dispensário: - espelhos (iluminação suplementar)... 200 - 300 - 500
. geral ...................................... 100 - 150 - 200 - corredores e escadas ............... 75 - 100 - 150
. mesa...................................... 300 - 500 - 750 - lavanderia: (ver 55)
. depósito de remédios ............. 100 - 150 - 300 - sala de leitura:
- banheiros: . geral ....................................... 100 - 150 - 200
. geral ...................................... 100 - 150 - 200 . mesa ...................................... 200 - 300 - 500
. espelhos (iluminação suplementar)... 200 - 200 - 500 - cozinha:
. geral ....................................... 150 - 200 - 300 - púlpito, com ofício.................... 200 - 300 - 500
. local ....................................... 300 - 500 - 750
- quartos: 31 - Indústrias alimentícias
- seleção de refugos ................... 150 - 200 - 300
. geral ....................................... 100 - 150 - 200
- limpeza e lavagem.................... 150 - 200 - 300
. cama (iluminação
- classificação pela cor (sala de cortes)....750 - 1000 - 1500
suplementar)............................... 150 - 200 - 300
- cortes e remoção de caroços e
. escrivaninha............................ 200 - 300 - 500
sementes.............................. 150 - 200 - 300
. penteadeiras ........................... 200 - 300 - 500
- enlatamento:
- salão de reuniões:
. mecânico (correia
. salão de conferências ............. 100 - 150 - 200
transportadora) ...................... 150 - 200 - 300
. tablados ................................. 300 - 150 - 750
. manual ................................... 200 - 300 - 500
- exposições e demonstrações ... 200 - 300 - 500
. inspeção de latas cheias
- sala de reuniões de hóspedes ... 100 - 150 - 200
(amostras para ensaios) ......... 750 - 1000 - 1500
- restaurantes ............................. 100 - 150 - 200
- trabalho com latas:
- lanchonetes .............................. 150 - 200 - 300
. inspeção ................................ 750 - 1000 - 1500
- auto-serviço ............................. 150 - 200 - 300
. selagem das latas ................... 150 - 200 - 300
- portaria e recepção .................. 150 - 200 - 300
. arranjo de latas e acondicionamento em caixas de
- centro telefônico....................... 150 - 200 - 300
papelão....................................100 - 150 - 200
30 - Igrejas e templos
- nave, entrada, auditórios, sem 32 - Indústria de artigos de ourivesaria e joalheria
ofício....................................... 30 - 50 - 75 - geral ........................................ 750 - 1000 - 1500
- nave, entrada, auditórios, com - local ........................................1500 - 2000 - 3000
ofício....................................... 100 - 150 - 200

33 - Indústria de automóveis 1000 - 1500


- borracha:
- construção de carrocerias e chassis, montagem das partes
. lavagem, tratamento de composto de borracha, confecção de
componentes ................. 200 - 300 - 500
- linha de montagem dos lençóis de borracha....................................... 100 - 150 - 200
chassis.................................... 300 - 500 - 750 . envernizamento, vulcanização, calandragem, corte da
- montagem de carrocerias ......... 200 - 300 - 500 parte superior e solas.......................................... 150 - 200 -
- acabamento e inspeção ........... 750 - 1000 - 1500 300
. rolamentos de solas, colagem do revestimento interno,
34 - Indústrias de aviões montagem e acabamento................................... 300 - 500 - 750

- fabricação: 37 - Indústrias de cerâmicas


. perfuração, rebitagem e pivotagem.............................
200 - 200 - 500 - trituração, filtragem e prensa,
. cabines de pulverização ......... 300 - 500 - 750 secagem................................. 100 - 150 - 200
. riscagem de chapas de alumínio, fabricação de gabaritos ou - moldagem, acabamentos e
modelos de braçadeiras, parte da fuselagem, peças das asas, limpeza................................... 100 - 150 - 200
etc...........................300 - 500 - 750 - coloração e vitrificação
- solda: (grosseira)............................... 300 - 500 - 750
. iluminação geral ..................... 150 - 200 - 300 - coloração e vitrificação
. iluminação suplementar sobre o (delicada)............................... 750 - 1000 - 1500
trabalho.................. 1500 - 2000 - 3000 - decoração manual .................. 750 - 1000 - 1500
- montagem:
. trem de aterrissagem, montagens, peças das asas, casco 38 - Indústrias de chapéus
de fuselagem e outras peças grandes.................................
300 - 500 - 750 - tingimento, impermeabilização, limpeza e refinação
- montagem final: ................. 300 - 500 - 750
. colocação dos motores, peças das asas, trem de - formação, dimensionamento, perfuração,
aterrissagem, etc ................... 300 - 500 - 750 confecção de aba, acabamento e passagem a
. inspeção da fuselagem completa e ferro........................... 750 - 1000 - 1500
equipamentos...... 300 - 500 - 750 - costuras e guarnecimento .... 1500 - 2000 - 3000
. consertos das máquinas-
ferramenta................ 300 - 500 - 750 39 - Indústrias de cimentos

35 - Indústrias de borrachas - moagem, fornos ...................... 100 - 150 - 200


- ensacamento ........................... 100 - 150 - 200
- processamento de matérias-primas: - escalas, painéis e instrumentos .. 300 - 500 - 750
. trituração, vulcanização .......... 100 - 150 - 200
. calandragem .......................... 150 - 200 - 300 40 - Indústrias de confeitos
- outras operações:
- seção de chocolates:
. máquinas para pneumáticos de veículos,
. quebra, seleção, extração de gordura, alisamento e purificação,
mangueiras de borracha, moldagem por compressão,
trans...................... 150 - 200 - 300
moldagem por extrusão,
- fabricação de balas ................. 300 - 500 - 750
refinação................ 150 - 200 - 300
- recheios:
- inspeção final ......................... 750 - 1000 - 1500
. mistura, fervura, amassamento . 150 - 200 - 300
. decoração manual .................. 300 - 500 - 750
36 - Indústrias de calçados
- confeitos consistentes:
- couros: . mistura, fervura, amassamento.................................. 150 - 200 -
. riscagem de modelos, cortes, costuras, formação de pares e 300
classificação............ 750 - 1000 - 1500 . corte, classificação e acondicionamento......................... 300 -
. pregação com tachas, colocação de solas, pregueação, 500 - 750
colocação nas fôrmas, colocação de vira, enrijecimento,
limpeza, tingimento e polimento.................................. 750 - 41 - Indústrias de conservas de carnes
- abate de gado ......................... 100 - 150 - 200 tingimento................................ 100 - 150 - 200
- limpeza e corte ........................ 300 - 500 - 750 - divisão, descarnamento e preparação..............................
- cozimento, moagem, enlatamento e 150 - 200 - 300
acondicionamento ...... 150 - 200 - 300 - acabamento e inspeção............ 300 - 500 - 750

42 - Indústrias de couros 43 - Indústrias de fumos

- tanques .................................... 100 - 150 - 200


- secagem, rasgamento, corte e
- limpeza, curtimento, estriagem,
mistura.................................... 150 - 200 - 300
- preparação de melados, essências e evaporação, filtragem, alvejamento...................................... 150 -
goma.................... 150 - 200 - 300 200 - 300
- inspeção e classificação ........ 750 - 1000 - 1500 - caldeiras de engrossamento,
- máquinas para cigarros, charutos e extração, filtragem e equipamento de filtração,
filtros...................... 300 - 500 - 750 eletrólise .... 150 - 200 - 300
- encarteiramento e empacotamento.......................... 300 - - indústria e reparação de relógios, cronômetros e equipamento
500 - 750 de precisão:
. geral ................................... 1500 - 2000 - 3000
44 - Indústrias de gelo
50.1 - Indústrias de sabão
- geral ......................................... 150 - 200 - 300
- fervura, cortes, fabricação de pó e
45 - Indústrias de gravação de desenhos e dizeres flocos............................... 150 - 200 - 300
- prensagem, acondicionamento e embalagem,
- geral ......................................1500 - 2000 - 3000 enchimento das caixas de papelão com sabão em pó e
acondicionamento das caixas............................... 150 - 200 -
46 - Indústrias de luvas 300

- cortes, prensagem, perfuração...750 - 1000 - 1500 51 - Indústrias têxteis


- confecção de malhas,
classificação............................ 300 - 500 - 750 - algodão:
- costuras, guarnecimento, inspeção.......................... . abertura de fardos, batedores, misturas,
1500 - 2000 - 3000 classificação ........... 150 - 200 - 300
. cardação, estiragem, engomagem, enrolamento
47 - Indústrias de materiais elétricos e de bobinas e carretéis, fiação .................. 200 - 300
telecomunicações - 500
. espulagem, classificação, urdimento..............................
- impregnação ............................ 150 - 200 - 300
300 - 500 - 750
- isolação ................................... 300 - 500 - 750
. preparação dos rolos de urdume
- enrolamento, bobinagem .......... 300 - 500 - 750
................................................. 300 - 500 - 750
- ensaios, inspeção ..................... 300 - 500 - 750
. tecelagem .............................. 300 - 500 - 750
- trabalhos mecânicos e de montagem (ver 33)
. inspeção (peças estacionárias).................................... 300 -
500 - 750
48 - Indústrias metalúrgicas
. inspeção (peças em movimento
- usinagem grosseira e trabalhos de rápido)........................ 750 - 1000 -1500
. engrupagem automática ......... 750 - 1000 - 1500
ajustador............................. 150 - 200 - 300
. engrupagem manual ............... 300 - 500 - 750
- usinagem média e trabalhos de ajustador, trabalhos
- sedas e fibras sintéticas:
grosseiros de plainas, tornos e polimento.... 300 - 500 -
. desengomagem, tingimento,
750
secagem................................ 150 - 200 - 300
- usinagem de precisão de trabalhos de ajustador, máquinas de
. enrolamento de bobinas e carretéis, retorção
precisão automática, plainamento, tornos de precisão e
.................. 150 - 200 - 300
polimento de alta qualidade...... 750 - 1000 - 1500
. urdimento, fiação .................... 300 - 500 - 750
- usinagem de alta precisão e trabalhos de
. tecelagem .............................. 300 - 500 - 750
ajustador ......... 1500 - 2000 - 3000
- lã:
. abertura de fardos, batedores, misturas,
49 - Indústrias de papéis
classificação ........... 150 - 200 - 300
. lavagem, massaroqueiras ....... 150 - 200 - 300
- abertura e trituração, calandragem.................................... 150 -
. mistura ................................... 150 - 200 - 300
200 - 300
. inspeção ................................ 300 - 500 - 750
- máquinas de papel, cortes, usinagem e
. cardação, estiragem, engomagem, retorção, enrolamento de
refinação............... 150 - 200 - 300
espulas ............. 150 - 200 - 300
- máquinas de papel – lado úmido......................................
. fiação (branca) ........................ 150 - 200 - 300
150 - 200 - 300
. fiação (colorida) ...................... 300 - 500 - 750
- máquinas de papel – lado seco, inspeção, laboratório
. tecelagem (branca) ................. 300 - 500 - 750
...... 300 - 500 - 750
. tecelagem (colorida) ............... 750 - 1000 - 1500
. urdimento ............................... 300 - 500 - 750
50 - Indústrias químicas
. engrupagem ........................... 150 - 200 - 300
- fornos de operação manual, secadores
estacionários, caldeiras 52 - Indústrias de tintas
e tanques de
cristalização.......................................... 150 - 200 - - geral ........................................ 150 - 200 - 300
- igualação de cores de acordo com os padrões
300
(localmente na fábrica) .............. 750 - 1000 - 1500
- fornos mecânicos e tanques de cristalização, vasos de
Anexo II –Tipos de Luminárias e curvas CDL (LUMINE)

Tipo Esquema CDL Descrição Tipo de


iluminação
A1 Luminária de embutir para Direta
lâmpada refletora elíptica
– teto

A1.1 Luminária de embutir para Direta


lâmpada refletora
– teto

A1.2 Luminária refletora de embutir Direta


para lâmpada de descarga de
alta pressão
– teto

A2 Luminária refletora suspensa Direta


para lâmpada fluorescente
– teto

A2.1 Refletor suspenso Direta


- teto

A3 Luminária de embutir para Direta


lâmpadas fluorescente compacta
e incandescente
– teto

B2 Luminária de sobrepor para Direta


lâmpadas fluorescentes e
incandescente
– teto
Tipo Esquema CDL Descrição Tipo de
iluminação
B4 Luminária de sobrepor para Direta
lâmpada fluorescente tubular
– teto

C2 Luminária de sobrepor com Direta


plafonier para lâmpada
fluorescente tubular
– teto

C4 Luminária de sobrepor e de tipo Direta


Spots para lâmpadas
fluorescentes e incandescente
nuas
– teto

D2 Luminária de sobrepor para Semi-indireta


iluminação semi-indireta
– teto

E2 Luminária de sobrepor para Indireta


iluminação indireta
– parede

E3 Refletor de sobrepor para Indireta


iluminação indireta
- baixa
Anexo III – Eficiência Aproximada de Luminárias

Anexo IV – Tipo de luminária x Fator de depreciação

Tipo de Aparelho Fd
Aparelhos para embutir lâmpadas incandescentes 0,85
Aparelhos para embutir lâmpadas refletoras
Calha aberta e chanfrada 0,8
Refletor industrial para lâmpadas incandescentes
Luminária comercial 0,75
Luminária ampla utilizada em linhas contínuas
Refletor parabólico para duas lâmpadas incandescentes
Refletor industrial para lâmpada VM
Aparelho para lâmpada incandescente para iluminação indireta 0,7
Luminária industrial tipo Miller
Luminária com difusor de acrílico
Globo de vidro fechado para lâmpada incandescente
Refletor com difusor plástico
Luminária comercial para lâmpada high output colméia 0,6
Luminária para lâmpada fluorescente para iluminação indireta
Referências Bibliográficas

1. PHILIPS. Iluminação – Noções Básicas de Iluminação. Informação de produto


– Informação de Aplicação.
2. OSRAM. Manual Luminotécnico Prático. 2000.
3. LUMICENTER - Engenharia de Iluminação. Informações Técnicas. Disponível
em: <http://www.lumicenter.com/catalogo.php>. Acesso em: 10 mar. 2009.
4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-5413 - Iluminância
de Interiores. Rio de Janeiro, 1992.
5. FONSECA, Rômulo Soares. Iluminação Elétrica. McGraw-Hill do Brasil.
6. MOREIRA, Vinicius de Araújo. Iluminação e Fotometria – Teoria e Aplicação.
3. ed. rev. e amp. Edgard Blucher.
7. SILVA, Mauri Luiz da. Luz Lâmpadas & Iluminação. 3. ed. Ciência Moderna.
8. RODRIGUES, Pierre. Manual de Iluminação Suficiente. PROCEL – Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica, 2002.
9. COTRIM, Ademaro A. M. B. Instalações Elétricas. Revisão e adaptação
técnica em conformidade com a NBR 5410 de Geraldo Kindermann. 4. ed. São
Paulo: Prentice Hall, 2006. 678 p.
10. Freitas, Paula Campos Fadul de. Apostila de Luminotécnica e Lâmpadas
Elétricas. Universidade Federal de Uberlândia – Faculdade de Engenharia
Elétrica. 69 p.

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