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COLORAÇÕES:

Coloração de Gram:

1.preparar o esfregaço;
2.fixar rapidamente no Bico de Bunsen;
3.cobrir com cristal violeta (1min.);
4.colocar lugol (1 min.);
5.descorar com álcool-cetona;
6.cobrir com safranina ou fucsina (30 seg.);
7. lavar;
8. secar;
9. examinar ao microscópio em objetiva de imersão;
10. resultado:
bactérias Gram +: roxo escuro
bactérias Gram -: avermelhadas (rosadas).

Wirtz-Conklin Coloração de Esporos

Algumas bactérias são capazes de formar células de repouso muito resistentes,


denominadas esporos ou endosporos. A formação de esporos é pouco comum entre
bactérias patogênicas, ocorrendo principalmente nas espécies saprófitas do Gênero
Bacillus, o qual apresenta uma espécie patogênica, o B. inthracis. O gênero Clostridium,
bacilos Gram-positivos anaeróbios, também formam esporos. Os esporos consistem em
um cerne central denso, um córtex fibrilar e uma capa externa. Numa cultura em que há
bacilos esporulados e outros ainda nãio portadores de esporos, dá-se a estes últimos o
nome de formas vegetativas, ao passo que os esporos correspondem às formas de
repouso ou resistência. Quando os esporos são colocados em meio nutritivo
conveniente, germinam retornando à forma vegetativa.
O mecanismo de formação do esporo pode ser resumido em:
a. condensação do cromossomo bacteriano no lugar correspondente ao pré-esporo;
b. formação de um septo transversal que isola o pré-esporo do corpo bacteriano;
c. crescimento da parede transversal em torno do pré-esporo e formação de uma
membrana própria;
d. maturação do pré-esporo com a elaboração de uma capa lipoprotéica (exósporo);
e. liberação do esporo.
Os esporos são muito letais aos efeitos do calor, dessecamento, congelamento,
substâncias químicas tóxicas (anti-sépticos e desinfetantes) e radiações, do que as
formas vegetativas.
Material necessário:
- duas lâminas para microscopia;
- suporte para lâminas;
- corante verde-malaquita;
- corante safranina;
- cultura de bactérias esporuladas( B. subtilis);
- Bactéria para coloração de Gram;
- lápis para vidro;
- microscópio, óleo de imersão, papel absorvente.
Procedimentos:
a. fazer um esfregaço da cultura bacteriana, fixar e corar pelo Gram.
b. fazer um esfregaço da cultura bacteriana, fixar e corar pelo Wirtz-Conklin, conforme
segue:
- corar por 5 min. com solução de verde malaquita a quente;
- deixar esfriar e lavar em água;
- corar com 1 min. com safranina a frio;
- lavar em água, deixar secar e observar em imersão.
Resultado:
esporos coram-se em verde, formas vegetativas em vermelho.

Coloração de Bactérias Álcool-Ácido- Resistentes: Ziehl-Neelsen

Mecanismo de coloração para ácido-resistentes:


As micobactérias dificilmente adquirem colorações convencionais (Gram), necessitanto,
portanto, de colorações especiais. A parede celular destas bactérias permite coloração
pela fucsina apenas quando a temperatura é elevada (coloração a quente). O
mecanismo da coloração de Ziehl-Neelsen parece estar relacionado com a estrutura e
composição da parede celular das micobactérias, ricas em lipídeos (ácido micólico). Nas
micobactérias coradas pelo método de Ziehl-Neelsen, o corante (fucsina) fica numa fase
imiscível na água, ocorrendo precipitação da fucsina, para a qual a parede celular é
relativamente impermeável à temperatura ambiente, tornando as células coradas
resistentes a descoloração pelo álcool-ácido.
Material necessário:
- esfregaço preparado de material de escarro de paciente tuberculoso já fixado, dentro
da placa de Petri;
- bateria para coloração de Ziehl
fucsina de Ziehl
álcool-ácido
azul de metileno
- suporte para lâminas;
- grampo para lâminas;
- microscópio, óleo de imersão, papel absorvente.
Técnica:
a. corar com fusina de Ziehl concentrada, aquecendo a lâmina até a emissão de
vapores, durante 5 min. Não deixar ferver nem secar.
b. escorrer o corante e diferenciar com álcool-ácido (álcool a 95% e ácido clorídrico a
1%). Tempo delicado, aproximadamente 15 seg.;
c. lavar em água corrente;
d. corar o fundo durante 30n seg. com solução aquosa diluída em azul de metileno;
e. lavar e secar;
f. observar em imersão. Correr exaustivamente o campo até encontrar bacilos corados
em vermelho, contrastando com outros microorganismos e núcleos celulares em azul.

MÉTODO DE GRAM : composição química e integridade da parede celular

1 - corar por 1 a 2 min. com solução violeta genciana ;


2 - escorrer o corante e cobrir por 1 min. com solução de lugol ;
3 - lavar em água corrente ;
4 - diferenciar com álcool ( tempo delicado - 15 segundos ) ;
5 - lavar em água corrente ;
6 - corar o fundo rapidamente com fucsina diluída ( fucsina de Gram ) ;
7 - lavar e secar .
Bactérias Gram + : roxo ; bactérias Gram - e núcleos : vermelho .

MÉTODO DE WIRTZ - CONKLIN : evidenciação de esporos

1 - esfregaço fixado pelo calor ;


2 - corar a quente , durante 3 a 6 minutos , com solução aquosa de verde de malaquita a
0,5 % ;
3 - lavar ;
4 - contracorar 1 a 2 min. com solução aquosa safranina a 0,5 % ;
5 - lavar e secar .
Esporos : verde ; corpos bacterianos e detritos : vermelho .

MÉTODO DE ALBERT - LAYBORN : evidenciação de grânulos de polifosfato -


metacromáticos

1 - esfregaço ;
2 - fixar na chama três vezes ;
3 - corar por 3 a 5 minutos com corante de Layborn ( azul de toluidina + verde
malaquita ) ;
4 - escorrer e , sem lavar , cobrir com lugol forte por 1 minuto ;
5 - lavar rapidamente com água corrente , enxugar com papel - filtro e secar sem passar
na chama .
Corpos bacterianos : verde claro ; granulações : violáceas .

MÉTODO DE ZIEHL - NIELSEN : coloração de bacilos ácido - resistentes

1 - corar com fucsina de Ziehl concentrada , aquecendo a lâmina até emissão de


vapores , por 5 min. ;
2 - escorrer e diferenciar com álcool clorídrico a 1 % ( tempo delicado ) ;
3 - lavar em água corrente ;
4 - corar o fundo rapidamente com solução diluída de azul de metileno ;
5 - lavar e secar .
Bacilos ácido - resistentes : vermelho ; outras bactérias e núcleos : azul .

MÉTODO DE FONTANA - TRIBONDEAU : evidenciação de flagelos

1 - esfregaço fino , seco ao ar ;


2 - cobrir o esfregaço com líquido de Ruge , renovar o fixador ( para lavar a hemoglobina
dissolvida ) e deixar por 1 minuto;
3 - lavar cuidadosamente em água corrente ;
4 - mordençar com solução B , aquecendo até emissão de vapores ;
5 - lavar com água corrente e depois com água destilada ;
6 - cobrir com solução de prata e aquecer até emissão de vapores durante meio minuto ;
7 - lavar e secar ao ar .
Célula : marrom claro , flagelos : marrom escuro .

COL. DE GRAM

Corantes utilizados para pesquisa de bactérias gram positivas e gram negativas


(coloração de gram) - composto de álcool acetona, lugol fraco, violeta de genciana e
fucsina fenicada.

SOLUÇÃO DESCORANTE P/GRAM

corante utilizado para pesquisa de bactérias gram positivas e gram negativas - coloração
de gram.
FUCSINA FENICADA (GRAM)

Corante utilizado para pesquisa de bactérias gram positivas e gram negativas (coloração
de gram).

LUGOL FRACO

Corante utilizado para pesquisa de bactérias gram positivas e gram negativas (coloração
de gram).

CRISTAL VIOLETA (GRAM)

Corante utilizado para pesquisa de bactérias gram positivas e gram negativas (coloração
de gram).

SAFRANINA

Corante destinado a coloração de gram.

VIOLETA GENCIANA P/GRAM

Corante utilizado para pesquisa de bactérias gram positivas e gram negativas (coloração
de gram).

AZUL DE METILENO(1%Sol.Aq)

Corante destinado a histologia.

AZUL DE TOLUIDINA 1%

Corante destinado a histologia.

CONJUNTO DE COLORAÇÃO DE PAPANICOLAU

Conjunto de corantes utilizados para histologia (coloração de papanicolau), composto


dos seguintes corantes: hematoxilina de harris, ea 36 e orange g-6.

E A 36

Corante utilizado para histologia (coloração de papanicolaou, onde cora os citoplasmas


acidófilos e basófilos).

HEMATOXILINA DE HARRIS

corante utilizado para histologia (coloração de papanicolaou, onde cora o núcleo da


célula e destaca a cromatina).

ORANGE G-6

Corante utilizado para histologia (coloração de papanicolaou, onde cora os citoplasmas


na presença de queratina).
CORANTE DE MAY GRUNWALD

Corante destinado a hematologia.

CORANTE DE WRIGHT

Corante destinado a hematologia.

CORANTE DE LAYBOURN

Corante destinado a pesquisa de bacilo diftérico na coloração de Albert Laybourn.

LUGOL FORTE

Corante destinado a parasitologia.

CONJ.COL.ZIEHL-NELSEEN

Corantes destinados a pesquisa de b.a.r.r. (bacilo álcool-ácido resistente)- coloração de


ziehl neelsen - composto de álcool ácido, fucsina fenicada e axul de metileno loefler.

AZUL DE METILENO LOEFFLER

Corante destinado a pesquisa de barr (bacilo álcool-ácido resistente - coloração de ziehl


neelsen).

FUCSINA FENICADA (GRAM)

Corante utilizado para pesquisa de bactérias gram positivas e gram negativas (coloração
de gram).

PONCEAU S

Para coloracão na técnica de eletroforese.

AZUL DE CRESIL BRILHANTE

Corante destinado a contagem de reticulócitos.

AZUL DE EVANS 0.1%P/IMUN.

Para uso no preparo das diluiçoes nas técnicas de imunofluorescência indireta.

CONJ.COL.FONTANA TRIBOND.

Corantes para coloração de espiroquetas pela impregnação com a prata.

Hanseníase virchowiana da pele, na coloração de Ziehl-Nielsen. Este corte de pele, de


um caso semelhante ao da lâmina A. 3, foi corado pela fucsina ácida a quente e
diferenciado com álcool acidulado (técnica de Ziehl-Nielsen). Os bacilos, que se coraram
com a fucsina, não são descorados pelo álcool acidulado e aparecem claramente em
vermelho (daí o termo bacilos álcool-ácido resistentes ou BAAR). O restante do tecido
fica corado em azul pálido por azul de metileno. Os bacilos de Hansen são vistos
isoladamente ou em aglomerados chamados globias no citoplasma dos macrófagos
(células de Virchow). Nas globias, os bacilos estão unidos entre si por uma substância
chamada gléia. A formação de globias é exclusiva da hanseníase virchowiana, não
sendo observada, por exemplo, na tuberculose ou em micobacterioses atípicas.

Azul de Cresil Brilhante


Corante utilizado na coloração de Reticulócitos.

GIEMSA

Corante utilizado em hematologia posterior ao May Grunwald para contagem diferencial


da série branca. Observação da morfologia dos eritrócitos.

Líquido de Hayem

Líquido utilizado para diluição e contagem de eritrócitos.

Líquido de Tuerck

Líquido utilizado para diluição e contagem de leucócitos.

May Grunwald

Corante utilizado em Hematologia anterior ao Giemsa para contagem diferencial da série


branca e observação da morfologia dos eritrócitos.

Orange G

Corante utilizado na coloração de Papanicolau.

Papanicolau - Conjunto de Coloração

Composto pelos corantes EA36, Hematoxilina de Harris e Orange G,usado em


coloração citológica humana.

Rees e Ecker

Líquido utilizado para diluição e contagem de plaquetas.

Álcool Acetona

Utilizado como descorante para a coloração de Gram.

Álcool Ácido (descorante para BAAR)

Descorante para a coloração de Ziehl-Neelsen.


Azul de Gabbet

Corante destinado à coloração de Mycobacterium lepral na pesquisa de Hanseníase.

Azul de Metileno Concentrado

Corante utilizado na coloração de Ziehl-Neelsen.

Azul de Metileno de Loeffler

Corante utilizado na coloração de Albert Laybourn, destinado à pesquisa de bactérias


com granulações metacromáticas. Diagnóstico presuntivo de Corynebacterium
diphteriae.

Cristal Violeta

Corante destinado na coloração de Gram para corar os microrganismos Gram positivos.

Fucsina Fenicada (Gram)

Corante destinado na coloração de Gram para corar os microorganismos Gram


negativos, células e leucócitos.

Fucsina de Ziehl-Gabbet

Corante utilizado juntamente com o azul de Gabbet, para coloração de Ziehl-Gabbet


destinado à pesquisa de Mycobacterium leprae.

Lugol Fraco

Lugol utilizado na coloração de Gram com função de mordente, destinado a reforçar a


ação do corante.

Violeta de Genciana para Gram

Corante utilizado na coloração de Gram. Similar ao Cristal Violeta.

Ziehl-Neelsen

Conjunto de coloração destinado à pesquisa de bacilos álcool-ácido-resistente (BAAR).


Estes coram-se de vermelho e os demais elementos celulares e bactérias em azul.

Ziehl-Gabbet

Conjunto de coloração à frio, destinado à pesquisa de Mycobacterium leprae.

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