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A partir de qual momento da gestação o ser humano começa

ouvir?
Até agora, pensava-se que tal acontecia no mínimo a partir das 18 semanas, havendo
quem defendesse as 26 semanas como altura mais provável. Mas uma equipe de
cientistas espanhóis concluiu que, o ouvido é formado pelas 16 semanas e o feto
começa a ouvir.
A pesquisa, realizada por investigadores da Universidade de Barcelona e do Instituto
Marquès, também da capital catalã, foi publicada na revista especializada Ultrasound.
Os cientistas transmitiram música a 106 fetos, entre as 14 e as 39 semanas de
gestação, e observaram as suas expressões faciais. As ultrassonografias realizadas
mostraram que 45% dos fetos faziam movimentos corporais antes da música,
enquanto 30% movimentavam a boca e língua, e ainda 10% mantinham a língua para
fora. Após o início da música Concerto em Lá Menor (Sebastian Bach), 87% dos
bebês reagiram com movimentos corporais e 50% deles abriam bastante a boca,
colocando a língua para fora.
Observaram que fetos com apenas 16 semanas reagiam à música, mexendo a boca e
a língua "como se estivessem a cantar", segundo descreve Marisa López, a chefe da
pesquisa.
A música foi transmitida de duas formas: através da barriga da mãe e por via vaginal
por meio de um dispositivo chamado Babypod, com o qual as mães poderiam se
comunicar com os bebês e estimulá-los a aprender mesmo antes de nascer.
Os pesquisadores disseram que estão cientes da importância de falar com os bebês a
partir do momento em que nascem, para promover o estímulo neurológico. Agora
temos a oportunidade de fazer isso muito mais cedo, o que é um grande avanço.

Os benefícios da música na gestação


Ouvir música na gestação traz inúmeros benefícios para o bem-estar da mamãe e do
bebê e, ainda, pode auxiliar no desenvolvimento do feto e dar início ao vínculo entre a
criança e os pais.

Alguns especialistas já observaram um aumento de atividade cerebral do feto quando


uma música é tocada para eles.

Como a criança tem o aparelho auditivo formado ainda no começo da gestação sendo


esse o primeiro sentido desenvolvido por ela pode ser interessante já começar a
estimular o bebê com sons e músicas que os pais julguem como calmos e relaxantes.

Estudos realizados em vários locais do mundo têm apontado para uma relação entre a
estimulação musical na gestação e o melhor desenvolvimento cognitivo, emocional e
de conduta do bebê após o seu nascimento.
Pode melhorar a qualidade de vida da mãe e do bebê e
aproximar a família da criança

A música para o neném pode também fazer muito bem para a mãe. Quando o bebê
assimila o som que está sendo tocado, uma sensação de tranquilidade e conforto é
produzida, deixando-o mais calmo e, consequentemente, a mãe experimenta menos
sintomas de desconforto.

Muitos profissionais acreditam, inclusive, no poder da música para ajudar a eliminar


cólicas e outros sintomas desagradáveis que ocorrem na gestação.

Para tornar a experiência ainda mais prazerosa, o mais indicado é transformar essa
prática em um momento em que os pais escutam músicas, selecionadas por ambos,
ao mesmo tempo em que conversam e trocam carinho com o bebê.

Gestantes que têm o costume de escutar música por pelo menos 30 minutos durante o
dia conseguem melhorar sintomas de ansiedade, depressão, estresse, angústia,
insônia e hipersensibilidade, muito comuns na gravidez.

Isso acontece porque a música tem o poder de influenciar física e mentalmente uma
pessoa. Ela aumenta a secreção de hormônios relacionados ao bem-estar,
promovendo o relaxamento e estimulando uma sensação de alegria. Ela também
eleva a autoestima, fazendo com que a mulher se sinta mais bonita e atraente.

Esse bem-estar promovido pela música auxilia a gestante a passar pelas tensões e
problemas característicos desse período, além de prepará-la melhor para as
novidades que são experimentadas nessa etapa. Como consequência, a gravidez
torna-se mais serena, com grande possibilidade de um parto mais tranquilo.

Para tanto, o ideal é apostar em músicas que as façam bem e deixem as mães mais
tranquilas. Nesse sentido, se ela não gosta do estilo, não adianta colocar música
clássica só porque todos dizem que o ritmo é benéfico. Se assim for feito, a
experiência da gestante não será prazerosa e a música não terá efeito algum.

Não são somente as músicas gravadas em estúdio que são boas alternativas para
estimular o desenvolvimento cerebral do seu filho: as músicas cantadas também
influenciam bastante a criança que está por vir.

E o melhor de tudo é que, além de estimular, cantar para o bebê também é uma
maneira de já ir inserindo o seu tom de voz na rotina da criança, aproximando
significativamente a relação vós. Além disso, a voz da mamãe deixa o bebê mais
tranquilo e seguro, visto que vem dela o primeiro tom reconhecido por ele.

E não é só a gestante que deve experimentar essa atividade: o pai também pode se
aventurar nesse mix de estímulos sonoros e reconhecimento de vozes. Cantar para o
seu neném pode ser uma experiência única, especialmente se ele corresponde com
algum movimento dentro do útero.

O resto da família também pode se unir ao papai e à mamãe na cantoria e, caso


alguém saiba tocar qualquer tipo de instrumento musical, o som será muito bem-vindo
para o bebê.
As músicas escutas na gestação também podem ser utilizadas como uma excelente
ferramenta após o nascimento do bebê. Isso porque alguns especialistas têm indicado
que aquelas músicas ouvidas com maior frequência enquanto o bebê ainda estava
dentro do útero poderão ser reconhecidas pela criança no futuro, visto que elas
carregam uma memória auditiva de até 4 meses retrospectivos.

Dessa forma, após o nascimento, ao escutar e reconhecer a música, o bebê sente-se


mais relaxado, confortado e seguro.  Como consequência, fica mais fácil reduzir as
suas cólicas, fazer com que ele durma melhor e descanse adequadamente.

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