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MÓDULO V – Gestão de Sala de Aula\ Projetos

AULA 1 – 1.1 Gestão de Sala de Aula

OBJETIVO ESPECÍFICO
Identificar aspectos essenciais para o bom desenvolvimento da gestão de sala de aula
e criar projetos que incentivem e transformem os alunos em protagonistas na
construção do conhecimento e da sociedade em que vivem.
CONTEÚDOS
• Gestão em Sala de aula;
• Princípios da Aprendizagem;
• Relação desenvolvimento-aprendizagem;
• Escola como espaço de equidade.
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Nesse Módulo, abordar-se-á o trabalho docente que compreende o


planejamento, a atuação em sala de aula, a avaliação e a análise dos aspectos
da gestão de sala de aula.
Contudo, falar de escola e de trabalho docente envolve muito mais do
que o espaço da sala de aula, uma vez que precisa considerar as questões
sociais e uma demanda de qualidade democrática e cidadã. Segundo Libâneo
(2007, p.93), de forma geral, falar de escola e de educação envolve três
questões, a saber:
1- Preparação para o processo produtivo e para a vida em uma
sociedade técnico-informacional – formação sociocultural,
compreensão do uso das tecnologias e conhecimento científico.
2- Formação para a cidadania crítica e participativa – formação
de um aluno capaz de exercer a cidadania, compreender e aplicar
os direitos de cada indivíduo, ser crítico e participar dos
processos de transformação da sociedade, opinando, interferindo
positivamente

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Focus do Saber Educacional.

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3- Formação ética – compreender os valores morais, a ideia de
limites, certo e errado.

Diante disso, fica claro que a educação é um processo de apropriação da


cultura e, por meio dela, podem ser reproduzidas semelhanças e diferenças entre
os indivíduos. Para tanto, faz-se necessária a gestão de toda a complexidade do
processo que envolve situações de diagnóstico, planejamento e avaliação e,
desse modo, evitar a perpetuação da desigualdade ou a atuação de práticas
alienadas a realidade na qual a população está inserida.
Nesse sentido, a escola passa a ser uma instituição fundamental para
promover a equidade, permitindo o aprendizado com qualidade e para todos,
além de proporcionar o desenvolvimento dos saberes básicos, contribuindo para
a inclusão social e econômica do cidadão, independentemente da sua origem
social.
Diminuir as desigualdades é elevar a equidade, ou seja, as vivências de
igualdade, imparcialidade e justiça no reconhecimento de todos como detentores
de direitos e deveres universais, independente das diferenças sociais,
econômicas, locais e culturais.
Araújo e Luzio, (2005, p. 60 e 61.), destacam que os fatores que
influenciam a escola e a oportunidade de exercer o papel com o aumento da
eficácia do ensinar são:
• 1º Direcionamento das políticas para a área, preservando a autonomia da
escola, em que o aprendizado efetivamente acontece.
• 2º Professores respaldados que acreditam em seus alunos. A boa
expectativa de todo um trabalho conjunto, permitindo que o clima de aula
ou mesmo da escola funcione para o relacionamento coletivo, produtivo e
prazeroso onde a aprendizagem aconteça.
• 3º Escola operar por meio de um projeto pedagógico construído
coletivamente e conduzido cotidianamente de forma a dar sentido
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objetivo às evoluções alcançadas pela escola, diante de seu contexto e
realidade.

Isso posto, fazer a gestão da escola é estar conectado com a sociedade


contemporânea como a principal instância de realização do fenômeno educativo
formal ligado ao ensino, permeado por uma complexidade de fatores:
• Legislação;
• Políticas educacionais;
• Teorias das áreas de conhecimento;
• Postura, autonomia e da atuação do grupo gestor;
• Concepções sobre educação e desenho curricular;
• Formação, concepções e atuação do professor.

A gestão demanda a competência de manter a sinergia entre o grupo,


dentro da estrutura e utilizando os recursos existentes e, na dialética,
proporcionar a reflexão sobre as demandas de mudança e não perpetuação das
dificuldades.
Todos na escola trabalham no foco no desenvolvimento dos objetivos,
valorizando o conhecimento e as habilidades pessoais, mas em um trabalho de
grupo e valorizado pela diversidade.
Para Libâneo (2007), a gestão da escola é uma tarefa administrativa e,
pensar na gestão desse espaço, remete aos desafios de organização que atende
as demandas de articulação das dimensões supracitadas. Articulação que
envolve os poderes públicos, o pensar pedagógico e o fazer diário de todos os
integrantes da comunidade escolar.
Se existe a gestão educacional e escolar, também existe a gestão do
universo da sala de aula que está na responsabilidade do professor. O trabalho
docente, concebido a partir do foco no ensino, engloba ações como
planejamento, regência em sala de aula, avalição dos resultados,
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replanejamento, análise, dentre outros aspectos que implicam na rotina de sala.
Ações de gestão realizadas pelo professor dentro do campo da gestão de
sala de aula:
 Manter um ambiente acolhedor e organizado;
 Promover o espaço para combinados e regras da turma.
 Direcionar o grupo no aprofundamento científico;
 Promover engajamento e aprendizagem significativa;
 Estimular a valorização da heterogeneidade.
 Estimulação do crescimento cognitivo, emocional, comportamental e
social da turma.
 Valorizar a independência com as atividades individuais, mas também, a
dialética e os trabalhos em grupo.

Nesse espaço da sala de aula, cabe ao professor suas responsabilidades e


lugar de fala no espaço social que ocupa, estimular o cumprimento dos deveres
e direito de todos os envolvidos, juntamente com o comportamento ligado a
ética na atividade de ensinar.

AULA 1 – 1.2 Ensinar e Aprender, o que sabemos hoje?

OBJETIVO ESPECÍFICO
Identificar como a relação entre desenvolvimento e aprendizagem é vista pelas
diferentes correntes psicológicas, bem como propiciar a motivação como fator
principal no ensino de qualidade.

CONTEÚDOS
• A aprendizagem nos dias atuais;
• Correntes psicológicas diante das concepções de ensino aprendizagem;
• O aluno da nova geração;
• A construção de vínculos em sala de aula;
• Motivação.
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Por conta da transformação tecnológica e todo o caminhar histórico,
cultural e econômico da sociedade, os jovens que estão na escola, nesse
momento, possuem características muito específicas, isso porque já nasceram
com a presença constante de tecnologias como o computador e a expansão da
internet. Muito diferentes da juventude do século passado, esses jovens
possuem um perfil singular, sendo hiper conectados e com ilimitadas
informações em tempo real.
Frente às modificações a realidade escolar também sofreram alteração da
estruturação de suas demandas contemporâneas, indo muito além do repassar
conceitos, mas oportunizar a construção de uma nova realidade, crítica
contentada às demandas que incluem a valorização dos vínculos sociais, da
presença da relação interpessoal e da valorização das habilidades sociais.
Nesse sentido, o fazer pedagógico se configura como contínuo caminhar
entre o fazer epistemológico do pensar, do teórico com o fazer metodológico.
Professores podem, e devem, sem dúvida, ser pesquisadores, mas para
isso devem apropriar-se de teorias da aprendizagem, de metodologias
de pesquisa em educação e de referentes epistemológicos. O termo
professor-pesquisador é muito frequente na literatura educacional,
mas o significado parece ser o de professor-reflexivo. É claro que
todo professor deve refletir sobre sua prática, mudá-la, aprimorá-la,
mas para que isso possa gerar conhecimento é preciso embasamento
teórico, metodológico e epistemológico (Moreira, 2016).

Segundo Moretto, “Se ensinar é mediar a relação para a aprendizagem,


aprender é construir o significado.” A função do professor é organizar o
contexto da apresentação do conhecimento socialmente construído de modo a
facilitar ao aluno a aprendizagem significativa dos conteúdos relevantes. Desta
forma, o “Professor precisa planejar suas estratégias pedagógicas respeitando as
características psicossociais e cognitivas dos estudantes de sua sala de aula”
(Moretto, 2012, p.50-52).
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O homem é um ser de natureza social. Assim, na presença de condições
adequadas de vida e de educação, as crianças podem desenvolver as diferentes
atividades práticas, intelectuais. Desta forma, conseguirão fazer a
sistematização de uma área do conhecimento, de analisar e interpretar os
processos, explicar e prever observações e resolução de problemas. Bem como,
ampliar as percepções de aprendizagem para além dos aspectos cognitivos,
incluindo também as aprendizagens socioemocionais e psicomotoras.
A escola é o espaço em que se efetivam o ensino e a aprendizagem
articulada com a legislação e com as políticas educacionais, das teorias das
áreas de conhecimento, da postura e da atuação do professor de acordo com a
sua formação, das concepções sobre a educação, do desenho curricular e as
próprias relações dos atores com foco no protagonismo juvenil.
Contudo, se de um lado existe o ensinar, do outro o aprender possui
muitas tentativas de interpretação sistêmicas na busca de previsões sobre
conhecimentos relativos ao fenômeno aprender que envolve sempre os
domínios cognitivo, afetivo e psicomotor.
Segue abaixo um Mapa Conceitual Adaptado, do professor Moreira,
estudioso da área da aprendizagem:

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Segue abaixo o link sobre o detalhamento de cada Teorias da Aprendizagens:
Aprendizage
http://moreira.if.ufrgs.br/Subsidios5.pdf

Indicação de livro: Teorias da Aprendizagem – Marco Antônio Moreira Editora.


Editora

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - SUGESTÕES DE LEITURA


ARAÚJO, C. H. e LUZIO, N. Avaliação da Educação Básica: em busca da
qualidade e equidade no Brasil.
Brasil Brasil INEP

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divulgaçã com
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FERRAZ, A. P. C. e BELHOT, R. V. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e
apresentação das adequações do instrumento para definição de objetivos
instrucionais. Gest. Prod., São Carlos, v. 17, n. 2, p. 421-431, 2010. Disponível
em: https://www.scielo.br/pdf/gp/v17n2/a15v17n2 Acessado em: 30 de março
de 2020.

LIBÂNEO, José Carlos. Ainda as perguntas: o que pedagogia, quem é o


pedagogo o que deve ser o curso de Pedagogia. IN: Pimenta, Selma G. (org.)
Pedagogia e Pedagogos: caminhos e perspectivas: São Paulo, 2011, p.92-99.

LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem na Escola: reelaborando


conceitos e criando práticas. Salvador: Malabares, 2005.

MORETTO, V.P. Planejamento: planejando a educação para o


desenvolvimento de competências. Petrópolis: Editora Vozes, 2012.

MOREIRA, M. A. Teorias da Aprendizagem – cognitivismo, humanismo e


comportamentalismo. Rio de Janeiro: Editora GEN\EPU, 2016.

FREIRE, Paulo – Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra. Pp.57-76.


1996.

RUSSELL, M. K e AIRASIAN, P. W. Avaliação em Sala de Aula: conceitos


e aplicação. São Paulo: AMGH Editora, 2014.

VASCONCELLOS, C. S. Desafio da Qualidade da Educação: Gestão da


Sala de Aula. Disponível em:
https://midiasstoragesec.blob.core.windows.net/001/2017/02/celsovasconcellos-
seesp_qualed_gesto_sa_1_1.pdf Assado em: 10\11\20.

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