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Grecia Antiga

o legado da cidadania
[ Localizacao ] território fragmentado e montanhoso de terras pouco férteis
Península Balcânica sudeste na Europa, região marcada por um relevo montanhoso
pela presença de centenas de ilhas espalhadas em um litoral recortado. O clima mediterrâ-
neo e a facilidade de comunicação por mar possibilitaram o povoamento da península e o
contato entre diversos povos.

A dispersão territorial dos povos humanos, por conta de geografia acidentada, marca
uma identidade particular de cada uma das comunidades.

A identificação dos gregos, ou helênicos, entre si é, fundameltalmente, o idioma e os as-


pectos culturais convergentes - os gregos conheciam o território como Hélade
[ Formacao ]
Civilização Minoica por volta de 2200 a.C surgiu, na ilha de Creta, próxima à
Península Balcânica, a civilização cretense (ou minoica) - conjuto de Estados teocráticos que
exerciam soberania sobre um vasto território, intermediando até mesmo o comércio entre o
Egito e o Mediterrâneo Oriental. Sua soberania durou até meados do séc. XVI a.C., quando
se deu o seu processo de dominação pelos aqueus (micênicos) - falantes do dialeto que ori-
ginaria o idioma grego. Esse povo expandiu-se por toda a Grécia, Mar Egeu e Ásia Menor.

Civilização Micênica formou-se uma cultura hegemônica creto-micênica (síntese


cultural). Essa civilização organizava-se politicamente em torno de um poder centralizado,
que administrava, dentro de palácios, a malha urbana que formou-se em sua volta e a área
rural, também submetida a sua administração. A civilização micênica entrou em crise por
volta de 1200 a.C., com a chegada e as disputas com os “povos do mar”: jônios, eólios e, poste-
riormente, os dórios (nômades, guerreiros e saqueadores - superiores militarmente).
[ Formacao ]
As invasões dórias os intensos conflitos por disputa de supremacia tiveram
um impacto decisivo na cultura helênica que estava em processo de constituição. A intensi-
dade dos conflitos fez com que boa parte das influências orientais (palácios e construções
luxuosas) se perdesse, ao passo que a cultura material grega foi simplificando-se, tomando
forma como é conhecida. As invasões também ocasionam uma dispersão de povos gregos -
formando povoamentos e colônias em áreas mais extensas.

Nova Organização grupos dispersaram-se e se estabeleceram em territórios,


nos quais a produção era, em geral, prejudicada pelas condições naturais da região. Os
grupos (os genos) eram patrilineares, agrárias e identificavam-se por parentesco, foram
unindo-se, formando confederações e constituindo sua organização política, até formarem
cidades-Estado (a pólis).
[ Organizacao ]
As póleis buscavam ser autossuficientes economicamente, com estruturas política e mili-
tar próprias. Nelas, habitavam os cidadãos, que a constituíam em si. Havia uma estratificação
social marcada pela presença de nobres, que escolhiam seus representantes - magistrados.
O centro da vida política, então, era um Conselho, conformando um governo aristocrático.

Por volta do séc. VIII a.C. houve um intenso aumento populacional, o que ocasionou, num
primeiro momento, a expansão das áreas de cultivo, e, posteriormente, o empobrecimento
da população, com terras cada vez menores. Essa crise foi marcada pela soberania de uma
aristocracia que oferecia empréstimos, enriquecendo e fazendo surgir a escravidão por dívi-
das.

Entre os séc. VIII e VI a.C. houve a segunda diáspora (dispersão) grega, na qual a parte
“excedente” das populações das póleis era enviada para novos territórios, com o objetivo de
sanar a crise de empobrecimento e obter novas áreas independentes de produção, trocas
comerciais e organização política.
[ Novas Ideias ]
Propriedade Privada

Propriedade Pública

Cidades-Estado

Cidadania

Direito Escrito
[ Atenas ]
A relação entre as antigas pólies e as novas colônias era fundamentalmente comercial.
As primeiras, compravam artigos agrícolas produzidos nas novas terras, já as segundas, im-
portavam produtos mais sofisticados, como azeite e vinho. Isso causou um fortalecimento
da aristocracia e dos latifundiários das antigas cidades-Estado.

Modificação Política os aristocratas escolhiam líderes para constituir um


Conselho que exercia o poder na pólis. Inicialmente eram 9, cada um deles exercendo sua
função por 10 anos (período modificado posteriormente para apenas 1 ano)

Reivindicações políticas cada vez mais intesas da população da pólis ocasionam mudan-
ças graduais em aspectos como o direito, que reduzem de forma acentuada os privilégios
das classes dominantes e atendem a interesses mais gerais da população.
Sólon e as mudanças Sólon era um comerciante aristocrata que, ao chegar no
poder, foi um dos legisladoras mais importantes em Atenas.

Fim da escravidão por dívidas (de atenienses)

Organização política censitária (com a exclusão de mulheres, escravos e estrangeiros)

Tribunais de justiça (tribunal popular que resolvia diversas questões)

Eclésias (assembléias populares de debates entre cidadãos)

Bulé (corpo legislativo de 400 indivíduos)


Tirania de Pisístrato a tirania, na Grécia Antiga, é fundamentalmente a
governança centralizada estar acima das leis em momentos de crise político-social. Em 546
a.C. o general Pisístrato, ao lado de uma tropa de mercenários, tomou o poder, com o fito de
resolver uma série de tensões sociais.

Governo de Clístenes em 509 a.C. o aristocrata Clístenes assumiu o poder e,


em seu governo, atentou contra os interesses de sua própria classe, implementando uma
série de medidas que favoreceram o exercício generalizado da cidadania.

Expansão do corpo legislativo, baseado em um critério regional - não por renda/terras

Os membros da Eclésia, divididos em 10 tribos, elegiam 10 líderes executivos

Instituição da democracia: participação direta dos cidadãos ateniences

Possibilidade de ostracismo - destituir representantes e caçar seu direito de ser eleito


[ Esparta ]
Esparta está localizada na planície da Lacônia, uma das terras mais férteis e prósperas
da Grécia Antiga, o que configurou uma sociedade fundamentalmente agrícola e também
militar. Os inimigos derrotados nas guerras de conquista do teritório foram transformados
em servos - pertencentes e distribuídos pelo Estado.

Organização Política o sistema político era organizado sob o modelo de uma


Oligarquia, regida por uma Constituição e representada por um Conselho de anciãos que
elegia 5 membros do poder executivo (Éforos) - servidores da pólis - e por dois reis (diar-
quia) - com funções militares e regiliosas. Os cidadãos (espartanos) com mais de 18 anos
podiam ser ouvidos nas Assembléias.

a sociedade espartana era tinha uma estratificação extremamente marcada; os esparta-


nos (cidadãos com direitos políticos, nascidos em Esparta) tinham uma criação especial, di-
ferente dos Periecos, que eram homens livres, e dos Hilotas (servos).
[ Esparta ]
a educação dos crianças espartanas era padronizada e fornecida pelo Estado. Os meninos,
a partir dos 7 anos, eram educados sob três pilares: militarismo, xenofobia e laconismo. O
ritual de “formação” do espartano era completo com o assassinato de um servo. Eles casa-
vam aos 30 anos e continuavam exercendo funções militares até os 60. Já as meninas rece-
biam uma educação diferenciada, com enfoque na criação de filhos e gestão familiar. Apesar
da cultural misoginia helênica, em Esparta, as mulheres eram mais valorizadas.
[ Periodo Classico e Guerras Gregas ]
Guerras Médicas os persas avançaram sobre as cidades gregas a partir da
Ásia Menor, conquistando Mileto, depois a Trácia e avançaram até a Macedônia.

ocorre a batalha de Maratona, na qual um exército substancialmente ateniense resiste


contra os avanços persas sobre a Grécia. Os gregos saem vitoriosos, apesar da desvantagem
numérica, por conta de eficientes estratégias de guerra.

após 10 anos de trégua, ocorre a batalha de Termópilas, contra os 300 de esparta. A ba-
talha acabou sendo vencida pelos persas, mas e resistência espartana foi fundamental para
a estruturação da defesa das pólies gregas.

Atenas organizou uma frota de barcos para barrar os avanços persas por mar. Apesar
da desvantagem numérica, os navios gregos eram superiores estruturalmente e os gregos
eram navegadores melhores, o que os levou a vitória definitiva contra os persas.
Liga de Delos após a batalha de Maratona, Atenas organizou uma confederação
para financiar a estruturação de defesas contra possíveis novas invasões persas. As cidades
gregas dessa liga deveriam contribuir com tributos, que, com o tempo, passaram a ser obri-
gatórios. Tais tributos, apesar de contribuirem com a resistência militar grega, também enri-
queceram Atenas, que utilizou os tributos em seu próprio desenvolvimento cultural e social.

Péricles, líder ateniense, consegue fazer com que a democracia ateniense atinja o seu
ápice durante esse período próspero. Ele institui o pagamento para quem exercesse ativida-
des políticas.

Liga do Peloponeso a expansão do domínio comercial e político ateniense


começou a ser interpretado como uma ameaça por outras cidades gregas. Assim, foi forma-
da, sob a liderança de Esparta, a Liga do Peloponeso. Tensões foram sendo acirradas, até que
a intervenção política de Atenas em regiões sob a influência espartana fez com que eclodis-
se a Guerra do Peloponeso.
Guerra do Peloponeso a Guerra do Peloponeso começa a partir de 431 a.C. e
iria perdurar por 27 anos. Esse conflito, apesar de ser fundamentalmente tributário e de so-
berania, também foi ideológico, ou seja, chocavam-se a cultura e democracia ateniense com
a cultura e oligarquia espartana. A guerra termina com uma relativa supremacia espartana
e um intenso enfraquecimento de todas as cidades gregas envolvidas, sobretudo Atenas.

A cidade de Tebas aproveita um momento de enfraquecimento para avançar e conquis-


tar a soberania da Grécia, que perdura por menos de uma década. Esparta e Atenas unem-
-se, na batalha de Mantinéia (362 a.C.), para acabar com a supremacia tebana.

Supremacia da Macedônia a Macedônia, cidade periférica na região helênica,


estrutura um poderio militar enquanto perduravam as guerras fatricidas (entre os pólis
gregas) e inicia um esforço de conquista das diferentes cidades-Estado. A Macedônia então
avança sobre a Grécia. Em 338 a.C. o rei macedônio Filipe II conquista a hegemonia sobre
a Grécia, na batalha de Queroneia.

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