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RESUMO
O objetivo deste trabalho visa abordar, discutir e relatar os passos realizados, dados da
pesquisa feita com alunos de duas Escolas pública no município de Alegrete, com o
intuito de sensibilizar e refletir sobre a diversidade, respeitando e garantindo todos os
direitos legais dos cidadãos, principalmente à uma educação de qualidade, e a
importância de práticas de interação com a Língua Brasileira de Sinais como segunda
língua desenvolvida por meio de um projeto denominado Clube de Libras: um espaço
extraclasse, voluntário, para alunos do Ensino Médio regular. Tal pesquisa se justifica
pela a importância e necessidade de disseminação de outra língua, cultura, e no uso da
Libras – motivada pelo o interesse dos próprios alunos expressado em uma pesquisa
quantitativa realizada na Escola Estadual de Ensino Médio Waldemar Borges, situada
na periferia do município de Alegrete - RS. Na exposição dessas práticas será
considerada a sua especificidade visual e gestual, pois a finalidade do trabalho será o
de facilitar a interação e comunicação dos alunos ouvintes com seus familiares e
amigos surdos, despertando o interesse de disseminar a importância de todos, da
comunidade aprender Libras, possibilitando cada vez mais interação dos ouvintes e
surdos da comunidade onde as escolas em questão estão inseridas.
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa tem como um foco principal analisar o que os alunos pensam
sobre a inclusão de Libras alunos para ouvintes nas escolas Waldemar Borges, através
de um projeto denominado “Clube de Libras”, a mesma também tem como objetivo a
reflexão da ideia sobre respeito e garantia dos direitos de todos os cidadãos a
educação, saúde, alimento, moradia, enfim de condições dignas para sobrevivência.
O nosso país, a nossa cultura é formada por uma diversidade de habitantes que aqui
vivem e convivem, mas aí você pergunta o que significa diversidade? Segundo Gusmão
(2003, p. 83-105), diversidade consiste na diferença entre os sujeitos, seja física,
cultural, social, étnica, linguística religiosa, e de gênero, mas que juntos produzem,
constroem e contribuem para essa diversidade.
A proposta de ensinar Libras como segunda língua será para alunos ouvintes
conhecerem um pouco mais sobre o que é a língua de sinais e a cultura surda,
especificamente da comunidade surda brasileira, e que esses educandos ouvintes,
compreendam a importância de respeitar e interagir com a diversidade que
encontrarão na sociedade, na verdade a ideia de realizar um projeto de ensino da
Libras para alunos ouvintes dessas escolas surgiu enquanto a autora abordava os
alunos do ensino médio sobre a diversidade e inclusão, quando os mesmos relataram
por meio de uma conversa informal nas salas de aula o desejo aprender Libras, e que
os mesmos disseram achar importante para interagirem com amigos e familiares
surdos, até mesmo para o seu futuro profissional e social.
Quando aceito a língua de outra pessoa, eu aceitei a pessoa [...] A língua é parte
de nós mesmos [...] Quando aceito a língua de sinais, eu aceito o surdo, e é
importante ter sempre em mente que o surdo tem direito de ser surdo. Nós não
devemos mudá-los; devemos ensiná-los, ajudá-los, mas temos que permitir-lhes
ser surdos [...] (BASILIER, 1993 apud BRITO, 1993, p. 75).
OBJETIVOS
1.1 GERAL
1.2 ESPECÍFICOS
JUSTIFICATIVA
Para elaborar o projeto foi preciso promover uma pesquisa, debates, questionar os
alunos em que o tema era a inclusão e direitos humanos, e com pesquisa saber do
interesse desses jovens em aprender e conhecer a língua e a cultura dos surdos e
procurar proporcionar a oportunidade para os jovens desta escola de conhecer um
pouco sobre a Libras e a cultura da comunidade surda, as suas lutas e uma noção da
língua para uma comunicação básica e interação com sujeito surdo.
Cada vez mais se verifica o interesse pela Libras , não só pelos profissionais da
Educação, pois essa área tende a crescer, garantindo ao sujeito surdo o direito na
qualidade de vida e o respeito de sua identidade . . Este trabalho experimental dentro
dessa comunidade onde está inserida a escola de ensino médio, pode ser relevante,
para todos envolvidos na pesquisa e no projeto.
Acredita-se que poderá ser uma experiência positiva a todos os envolvidos nessa
pesquisa, assim como o projeto Clube de Libras, pois poderão ter uma noção básica da
luta da comunidade surda até o momento para terem os direitos de reconhecimento
da sua língua, cultura e identidade ser reconhecidas perante a lei , assim como os
discentes poderão ter o primeiro contato com a Libras, mediante a apresentação do
alfabeto manual, números e alguns sinais de saudações.
REFERENCIAL TEÓRICO
Atualmente o currículo Escolar precisa contemplar temas de relevância para a vida dos
estudantes, bem como desenvolver a conscientização dos alunos em relação às
diversidades na sociedade, assim como melhorar o desempenho desses alunos em
habilidades mencionadas na BNCC, alguns exemplos de habilidades que poderão ser
trabalhadas: Sensibilizar sobre a importância da Libras como segunda língua para
alunos ouvintes; Conhecer e identificar os sinais das letras do alfabeto manual e aplicar
os conhecimentos da Libras para falar de si e de outras pessoas, explicitando
informações pessoais e características relacionadas a gostos, preferências e rotinas.
“De forma particular, um planejamento com foco na equidade também exige um claro
compromisso de reverter a situação de exclusão histórica que marginaliza grupos –
como os povos indígenas originários e as populações das comunidades remanescentes
de quilombos e demais afrodescendentes – e as pessoas que não puderam estudar ou
completar sua escolaridade na idade própria. Igualmente, requer o compromisso com
os alunos com deficiência, reconhecendo a necessidade de práticas pedagógicas
inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência” Lei nº 13.146/2015 (BRASIL, 2017, p. 16).
De acordo a citação feita por ALMEIDA ((2000, p.3), "Surdos e ouvintes têm línguas
diferentes, mas podem viver em uma única comunidade, desde que haja um esforço
mútuo de aproximação pelo conhecimento das duas línguas, tanto por ouvintes como
por surdos". Faz-se necessário que os ouvintes também procurem aprender Libras e as
políticas públicas também proporcione a todos ambientes educacionais a possibilidade
que os estudantes ouvintes tenham acesso da Libras como L2, assim como a Português
será para os surdos . É importante o estudo e difusão da LIBRAS para ouvintes para
realização de uma maior interação entre ouvintes surdos para formação de uma
sociedade com conscientização inclusiva.
Cada vez mais se necessita de planejamentos coletivos para preparar, além dos
professores, os estudantes para receber o sujeito surdo em todos os setores da
sociedade brasileira, garantindo os direitos como qualquer cidadão, principalmente,
nas instituições escolares, pois a escola tem papel fundamental na comunidade em
que está inserida, para efetivar essa premissa.
“A escola tem uma contribuição indispensável e insubstituível,
embora limitada a dar para a afirmação histórica das classes
populares, na medida em que pode favorecer a ampliação da
compreensão do mundo, de si mesmo, dos outros e das
relações sociais, essencial para a construção da sua presença
histórica, responsável e consciente, no exercício concreto da
cidadania” (HORA, 1998, p. 49).
Então, segundo a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que reconhece Libras como a
segunda língua oficial no Brasil, a Libras não foi inserida como componente curricular
nas escolas de educação de educação básica para alunos ouvintes, somente foi citado
no projeto de lei sancionado pelo o presidente Jair Bolsonaro a oferta da língua de
libras como primeira língua aos alunos surdos não como um componente curricular
para alunos ouvintes também.
METODOLOGIA
A abordagem da pesquisa ocorreu em quatro partes: 1º- Uma abordagem oral com os
alunos da escola Waldemar Borges, explicando-lhes a proposta do projeto; 2º -
Apresentação de um questionário escrito; 3º- A exposição aos docentes, as equipes
diretivas e ao conselho escolar das escolas a pesquisa e o projeto, ouvindo suas
opiniões, pesquisando sobre o assunto coletivamente, usando livros e sites na internet,
para embasamento teórico e levantamento de possíveis dinâmicas metodológicas,
para adaptação do projeto à realidade de nossa escola. 4º - Fazer uma pesquisa em
outras instituições de cursos de Libras sobre a sua disposição em participar do projeto.
Começou a princípio com uma abordagem aos alunos, fazendo uma abordagem oral,
um levantamento do número de alunos que desejariam realmente participar da
pesquisa e do clube de Libras, questionando o motivo e o que esperam do Clube de
Libras, começando com um grupo experimental de no máximo dezoito componentes e
dois encontros presenciais semanais de quarenta e cinco minutos e um encontro de
sessenta minutos online. Assim será relevante entender o que eles esperam do curso e
o que eles conhecem da cultura surda e da história da Língua Brasileira de Sinais-
Libras.
Antes foi feita uma pesquisa participante onde foi feita uma entrevista, quando a
pesquisadora mencionou aos mesmos que a Língua de Sinais apresenta algumas
características adequadas para sua modalidade visual e espacial e que precisarão ser
levadas em conta no processo de ensino e aprendizagem. Inicialmente, é importante
que compreendam que essa modalidade pedirá de seus aprendizes uma concentração
em um mundo de percepções visuais, cuja recepção da linguagem ocorre de forma
visual e sua expressão se desenvolve a partir de produções manuais, performances
corporais e desenvolvimento de habilidades de coordenação visual motora, as quais
não são enfatizadas nas línguas orais, também foi feita uma demonstração da
datilologia do alfabeto, números e algumas saudações em Libras.
Inicialmente foi realizada uma pesquisa sobre o assunto fazendo uso de livros e sites
na internet, para embasamento teórico e levantamento de possíveis dinâmicas de
grupo, para adaptação à realidade de nossa escola.
ANÁLISE DE DADOS
Através de um questionário escrito e oral foi possível perceber que os alunos não só
sabem o que significa Libras, como compreendem a importância de aprender a língua
e a cultura surda, e que possuem vontade de conhecer mais, fazer algum curso de
Libras para poderem interagir com os seus amigos e conhecidos surdos, mas não
possuem recursos, porém demonstraram muito interesse em participar do Clube de
Libras.
Observando os dados do gráfico acima, podemos fazer uma análise positiva do sucesso
da realização do Clube de Libras, e que terá provavelmente aceitação e aprendizagem
e de continuidade em futuros módulos, ou turmas . Os alunos demostraram
participativos e interessados em todas as propostas sugeridas pela a pesquisadora e
autora do projeto Clube e Libras e interativos durante a demonstração de aula de
Libras. Durante a execução do trabalho serão observados diversos aspectos como:
assiduidade, o interesse, o entusiasmo, a socialização o que evidenciará o
desenvolvimento de competências (identificar o seu lugar e o lugar do outro,
comunicar-se, interagir, conhecer e valorizar as outras culturas) e habilidades como
aplicar os conhecimentos de Libras para falar de si e de outras pessoas, explicitando
informações pessoais e características relacionadas a gostos, preferências e rotina.
Verificando se os alunos estão aprendendo não só Libras, mas realmente
compreendendo a importância de inclusão.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término desta pesquisa, que teve como objetivo abordar, discutir e conhecer a
concepção dos jovens e adultos que estudam nessa escola, em relação ao projeto
Clube de Libras, verificando que há uma coerência quanto às respostas dos
entrevistados, pois todos se posicionam numa postura interacionista, preocupados
com uma sociedade mais justa onde os direitos de todos sejam respeitados e
garantidos.
REFERÊNCIAS