De 26 de abril a 2 de maio
Andresa Molina
Atividades preparatórias
A responsabilidade da vida
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É preciso desbravar os caminhos da própria cura, integrar luz e sombra e expandir a
consciência para manifestar luz, ou seja, LUCIDEZ.
Todos nós temos essa missão!
Às vezes, estamos desperdiçando uma vida toda porque estamos iludidos em uma
vida que não é nossa, que não é para nós.
Então, ouça o seu coração e conheça a sua verdadeira essência para que você
nunca queira outra coisa na vida a não ser manifestá-la.
A essência do respeito
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Quando me abandono, tenho saudades de mim
Eu escrevi este texto em primeira pessoa para que, ao ler, você sinta em que
momento você pode ter sentido saudades de você mesmo.
Saudade de nós mesmos é uma dor de alma que traz uma tristeza profunda porque
estamos fechados para aquilo que somos de verdade, onde está a nossa vitalidade, a
vida.
Então, temos saudade e vamos vivendo tão no automático, cumprindo papéis e
padrões, que vamos perdendo a nossa real identidade.
A única verdade sobre a nossa existência é que somos seres espirituais vivendo
uma experiência humana e não o contrário. Muitas vezes, estamos tão dispersos que
nos esquecemos disso.
Você tem sentido saudades de você?
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Quando me traio
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Quando não tenho amor próprio
Todos nós precisamos de amor para viver e, se não desenvolvemos o amor próprio,
caímos no vazio e seremos sempre dependentes do amor do outro.
É preciso aprender a nos libertar dos apegos que preenchem as lacunas desse
vazio, pois o vazio só é preenchido verdadeiramente e de forma sadia com amor
próprio.
O apego gera todas as doenças: codependência, depressão, síndrome do pânico,
crise de ansiedade, fibromialgia e todas as doenças físicas.
Vou dar o exemplo do diabetes. Vamos olhar além, o que esta doença revela…
Geralmente, as pessoas que desenvolvem diabetes são pessoas doces e amorosas
com os outros, mas não são doces consigo mesmas, pois têm dores internas que lhes
causam ausência de amor.
Compreende que isso acontece por falta amor ou valor próprio? Por isso, de forma
inconsciente, se humilham ou se sentem humilhadas, manipulam ou são manipuladas,
e tudo isso para conseguirem o amor que é primordial na vida.
Afinal, o amor é primordial na vida de todos nós!
Mas veja: não é algo que temos que ficar esperando do outro. Se aprendermos a
ter amor próprio, não dependeremos do amor do outro para nos preencher.
E é aí que o pulso da vida se dá e não mais o pulso da morte.
Entenda: se somos amor em essência, tudo aquilo que não é amor em
nós, teremos a tendência em tirar e aniquilar. É aí que começa o processo de
autodestruição.
Sempre iremos destruir tudo o que não é amor. Se dentro de nós existir algo que
não é amor, como dor, culpa, julgamento etc., iremos começar uma investida natural e
inconsciente para destruir o que dói.
Porém, se o que está causando a dor é algo em mim mesmo, eu passarei a tentar
me destruir para acabar com o “mal” e, assim, as doenças se desenvolvem e se
instalam.
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Exemplo: se eu sou egoísta e a minha alma sente que ser egoísta é ausência do
amor, passarei a destruir-me para destruir esse mal, porém, se esse mal está em mim,
começarei a autodestruir-me. Entende o processo?
A cura está em se auto amar e valorizar: o tão falado AMOR PRÓPRIO!
Ele só pode ser conquistado com consciência energética e espiritual, pois somos
compostos de todas as partes: físico, mental, emocional, energético e espiritual.
Se tentarmos deixar alguma dessas partes excluída, não estaremos nos amando
integralmente e incondicionalmente. Entende?
Somente o amor próprio e o autovalor podem curar todas as doenças.
Quando aprendemos a nos amar, incondicionalmente, conseguimos amar o outro
incondicionalmente também e respeitar seus processos e desejos.
O outro também só pode se curar se tiver amor próprio, é uma jornada individual
com efeitos coletivos, pois somos um só.
Se cada um se amar e se valorizar, não tentaremos mais manipular ninguém
para preencher o nosso vazio. Assim, a manipulação acabará e assumiremos a
responsabilidade por nossa cura e nossa existência.
É somente assim que acontece a evolução consciencial e espiritual, nos tornando
mestres de nós mesmos.
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Quando não nos acolhemos
Mas isso é uma ilusão, porque, na verdade, o que estamos fazendo é sufocando a
nossa essência e os nossos instintos para parecermos bonitos para o outro.
Entende que tudo aquilo que mudamos em nós para agradar o outro, vai sendo
suprimido e sufocado e recebemos de nós mesmos aquilo que mais temíamos
receber do outro: a rejeição, o julgamento, falta de aceitação e falta de amor?
Nos abandonamos e acabamos nos tornando aquilo que mais temíamos.
Na manifestação da existência não há certo e nem errado: é o que precisa ser para
si e para o todo.
A nossa única missão é expressar a essência, sem medo e sem julgamentos.
A sua forma de ser e de sentir é única! Não se compare e não queira ser como o
outro para ser algo que não é, do contrário, brigaremos com aquilo que somos e
iremos idealizar ser o que não somos.
E a essência fica ali perdida, abandonada e carente de expressão – e o mundo
também!
O mundo não precisa de pessoas iguais, mas sim de pessoas que sejam elas
mesmas para compor o todo, o holos.
Só assim poderemos evoluir a nossa humanidade: assumindo a nossa real
identidade.
A aceitação, o amor próprio e a expressão da essência são pilares fundamentais
para quem quer viver a espiritualidade e evoluir.
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Quando estou em dor
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Quando eu perdoo
Temos a ideia de que perdoar é esquecer e deixar pra lá, mas não é só isso.
Precisamos trabalhar o perdão para ele deixar de ser magnetizado.
Quando alguém faz algo que nos contraria, fazendo a gente sentir raiva, dor, medo
ou algum outro sentimento negativo, temos dificuldade em perdoar, pois acreditamos
que, se não perdoarmos, a pessoa irá sofrer.
Fazemos isso não para que a pessoa aprenda com seus erros, o motivo verdadeiro
é que não a perdoamos porque, intimamente, queremos que ela sofra, então, o
nosso desejo de camada profunda é a vingança.
Pagamos o mal com o mal.
Percebe que isso fica em nós e não no outro? Esse desejo de vingança nos corrói a
alma, pois o sofrimento vinga, brota, cresce, corrói e adoece, magnetizando todas as
doenças físicas e da alma.
É preciso trabalhar o perdão para podermos reconhecer esse sentimento em
nós. É a única maneira de desmagnetizar essa doença que fica orbitando no campo
astral, gerando todas as dores e atraindo todas as situações iguais para nós para
que sejamos lembrados, a todo momento, da importância de curarmos em nós para
libertar o nosso espírito dessa corrente que nos amarramos.
Para isso, a primeira atitude é aceitar a vida como é. Devemos aceitar o que o
outro é e o que ele fez, da mesma forma que ele deverá aceitar o que somos e o que
fizemos. O perdão deverá ser mútuo, porque ninguém é santo e perfeito.
A não aceitação nos leva a uma vingança disfarçada pela falta de perdão em nosso
coração. Perdoar é como um antídoto, sendo uma chance de abrir o fluxo de cura em
nossa vida.
Geramos e sentimos dores e, muitas vezes, acreditamos que somos santos e que
nunca fizemos mal a ninguém com nossas palavras e atitudes. Isso é um baita orgulho
mal usado, pois todos fizemos sofrer e não perdoar é a tentativa de estar em um altar
de santidade do qual não pertencemos.
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Quando não perdoamos, na verdade, estamos nos vingando de nós mesmos, pois
não estamos tentando destruir o mal que o outro nos causou, mas o mal que nós
causamos aos outros em algum momento.
Olhe pra si, reconheça cada ponto de dor que causou e perceba que de santo não
tem nada. Coloque-se no lugar do outro e se arrependa verdadeiramente, pois aí
estará o perdão genuíno.
Com esse ato, você perceberá que os outros fizeram com você aquilo que em
algum momento você fez para o outro e, muitas vezes, nem se deu conta da dor que
causou.
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Quando estou angustiado
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De onde vem a timidez
A timidez vem de um orgulho mal usado pelo medo do que o outro vai pensar ou
dizer.
Assim, a pessoa tem aquele pavor de se expressar e ser realmente o que é,
porque, no íntimo, não quer revelar a própria verdade, mas sim algo que não existe:
parecer incrível, perfeito e maravilhoso.
É assim que a timidez, consciente ou inconscientemente, se manifesta na pessoa
que está tímida.
O medo do julgamento é maior do que a liberdade de expressar aquilo que
realmente se é.
Quer se esconder e tem pavor de ser o centro das atenções, com medo de falhar,
de não ser bom o suficiente ou de não agir perfeitamente perante os outros.
Além do orgulho, a timidez anda de mãos dadas com a insegurança, mas ambas
vêm de uma mesma raiz egoica: a busca pela aprovação, aceitação e perfeição. A
pessoa está focada no externo, no outro.
A reflexão que precisa ser feita é: como ninguém consegue agradar todo mundo e
a perfeição não existe, por que é tão importante essa aprovação externa?
O que existe dentro de si que é tão rejeitado ou mal resolvido que tem medo que
seja rejeitado pelo outro também?
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Que ilusão é essa de parecer maravilhoso e especial, quando, na verdade,
as pessoas se conectam com aqueles que são espontâneos, naturais e, claro,
imperfeitos?
A imperfeição é a nossa única condição para existir neste plano. Estamos aqui para
aprender, logo, estamos em processo de evolução. Então, na realidade, a imperfeição
é a nossa real perfeição, entende?
Percebe que a timidez é algo muito mais profundo? É uma distorção da realidade.
É fruto de um ego desestruturado e inseguro em busca de parecer perfeito e
especial.
É claro que cada caso é um caso. Pode ser que houve algum trauma na infância
ou uma ruptura com o que realmente se é por conta de um desespero de se sentir
pertencente e amado.
A timidez e a insegurança também permeiam nesta esfera de sofrimento: a de se
esconder para representar um tipo e ser melhor aceito.
Independentemente da origem da timidez, ela precisa ser olhada, acolhida e
ressignificada. Nada é em vão.
Ser terapeuta da própria vida é também investigar os próprios comportamentos e
identificar os porquês das dores e dar consciência a elas.
O autoconhecimento nada mais é do que ter lucidez sobre si mesmo e sobre a
realidade.
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suporte@espacohumanidade.com.br
espacohumanidade.com.br
Diagramação:
HELOÍSA FREITAS (Mauzi Estudio)
Ilustrações:
MAURO FREITAS (Mauzi Estudio)