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VALORES SEMÂNTICOS DOS CONECTIVOS

O QUE SÃO CONECTIVOS?


Bom, como o próprio nome diz, os conectivos conectam frases, orações ou palavras.

OS VALORES SEMÂNTICOS E OS CONECTIVOS


Os conectivos, muitas vezes, ao ligarem expressões linguísticas, palavras ou orações, exprimem uma relação
semântica (relação de sentido).

a) Os conectivos são palavras que ligam duas palavras ou orações.


Ex.: Gosto de você.  Conectivo = DE
Ex.: Estou contigo porque você é a mãe dos meus filhos.  Conectivo = PORQUE

b) Um conectivo pode exprimir uma relação semântica entre duas palavras ou orações.
Ex.: Estou contigo porque você é a mãe dos meus filhos.  Conectivo = PORQUE
VALOR SEMÂNTICO DO CONECTIVO PORQUE = CAUSA OU EXPLICAÇÃO.

c) Nem sempre um conectivo exprime uma relação semântica entre duas palavras ou orações.
Ex.: Gosto de você.  Conectivo = DE
O CONECTIVO DE NÃO EXPRIME NENHUMA RELAÇÃO SEMÂNTICA; APENAS LIGA DUAS PALAVRAS.

d) Às vezes, mesmo não havendo um conectivo, podemos subentender uma relação de sentido entre duas frases.
Ex.: Amo você. Contigo o mundo faz mais sentido.
RELAÇÃO SEMÂNTICA ENTRE AS FRASES = CAUSA OU EXPLICAÇÃO.

VALORES SEMÂNTICOS DOS CONECTIVOS

Passaremos agora a descrever os principais valores semânticos exprimidos pelos conectivos.

A) COMPARAÇÃO: Há conectores que exprimem um sentido comparativo. Nesse caso, eles ligam enunciados que
possuem elementos relacionados por semelhança ou diferença.
Ex.: Sou mais bonito do que o Brad Pitt.
Ex.: Sou tão bonito quanto o Brad Pitt.

Obs.: Note que, embora as duas frases possuam o valor semântico comparativo, o sentido delas é diferente. Na

primeira, o falante considera sua beleza superior à de Brad Pitt; na segunda, o falante iguala sua beleza à de Brad
Pitt.
Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico comparativo: do que, que, quanto, como.

B) TEMPO: Existem conectores que relacionam duas ações localizando uma em relação à outra no tempo. É o caso
dos exemplos abaixo.
Ex.: Quando ela chegou, fui embora.
Ex.: Assim que ela chegou, fui embora.

Obs.: Note que, embora as duas frases possuam o valor semântico temporal, o sentido delas é diferente. A segunda
frase, em relação à primeira, é mais precisa, pois o uso do assim que demonstra que o falante foi embora no

momento exato em que a pessoa mencionada chegou.

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico temporal: logo, quando, assim que, mal, no momento em que,
enquanto, depois que e outros.
C) CONDIÇÃO: Apesar de a ideia de condição ser facilmente identificada, ela é difícil de ser definida. De modo geral,
pode-se dizer que a relação de condição ocorre da seguinte maneira: se a primeira for verdadeira, a segunda
também será. Sendo assim, pode-se dizer que há uma dependência entre uma ação e outra.
Ex.: Não saio sem arrumar a casa. (Condição para sair: arrumar a casa).
Ex.: Só ficarei com a Ernestina se ela for fiel a mim.

Obs.: Note que, no último exemplos, o falante estabelece uma condição para que se relacione amorosamente com
Ernestina. Para que o encontro amoroso se dê, ela precisa ser fiel a ele.

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico condicional: se, desde que, contanto que, sem entre outros.

D) CAUSA E CONSEQUÊNCIA: Uma causa sempre vem junto de uma consequência. De maneira geral, a causa pode
ser definida como um fato que gera outro. Por seu turno, esse outro fato, gerado pela causa, é a consequência. Para
saber se um conectivo tem valor semântico de causa ou consequência, basta saber se ele encabeça uma oração ou
palavra que é causa ou consequência da anterior. Veja os exemplos abaixo:
Ex.: Morreu de infarto.

CAUSA INFARTO
VALOR SEMÂNTICO DO DE: CAUSA
CONSEQUÊNCIA MORTE

Ex.: Com a perda dos pênaltis, o Brasil foi eliminado.

CAUSA PERDA DE PÊNALTIS


VALOR SEMÂNTICO DO COM: CAUSA
CONSEQUÊNCIA ELIMINAÇÃO

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico causal: porque, por, com, como, de, uma vez que, visto que,
por conta de, pois, entre outros.

A ideia de consequência está ligada àquilo que é provocado por um determinado fato. As orações consecutivas
exprimem o efeito, a consequência daquilo que se declara na oração principal. Essa circunstância é normalmente
introduzida pela conjunção "que", quase sempre precedida, na oração principal, de termos intensivos, como "tão,
tal, tanto, tamanho".

Ex: A chuva foi tão forte que em poucos minutos as ruas ficaram alagadas. 
Tal era sua indignação que imediatamente se uniu aos manifestantes.  

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico de consequência: para, que (antecedido de partícula
intensificadora: tão, tanto ou tamanho.

E) EXPLICAÇÃO: A ideia de explicação e causa é muito parecida e de difícil estabelecimento de modo que essa
distinção quase não é cobrada em vestibulares. No entanto, vale a pena dedicar algumas linhas para falar sobre a
explicação. A explicação não é um fato que gera outro, como a causa, mas uma justificativa de algo dito
anteriormente.
Ex.: Não passe pelo centro, pois os bombeiros estão protestando.

AFIRMATIVA  JUSTIFICATIVA DA AFIRMATIVA

Ex.: Os bombeiros devem ter protestado por aqui, tanto que as pessoas estão vestidas de vermelho.
AFIRMATIVA  JUSTIFICATIVA DA AFIRMATIVA

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico de explicação: pois, que, porque, tanto que, entre outros.

E) FINALIDADE: A finalidade ou o fim é a consequência desejada ou preconcebida.


Ex.: Os bombeiros protestaram para obter aumento de salário.
Ex.: Os bombeiros protestaram a fim de que seus salários aumentassem.

Qual a finalidade do protesto dos bombeiros? Com que intenção eles protestaram? Resposta: FINALIDADE.

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico de finalidade: para, para que, a fim de que.

F) CONCLUSÃO: Uma conclusão é uma espécie de fechamento de um raciocínio surgida, geralmente, de duas
premissas anteriores, sendo que uma dessas premissas costuma ficar implícita.
Ex.: Sou seu pai, logo você deve me obedecer.
Ex.: Sou seu pai, portanto você deve me obedecer.

PREMISSA 1(implícita): os filhos devem obedecer aos pais.


PREMISSA 2(explícita): sou seu pai.

CONCLUSÃO: você (o filho) deve me obedecer.

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico de conclusão: logo, portanto, por conseguinte, por isso, de
modo que etc.

G) OPOSIÇÃO: Se um conectivo encabeça um enunciado que se opõe a outro, então esse conectivo possui o valor
semântico de oposição.
Ex.: Foi para a noitada, mas não pegou ninguém.
Ex.: Apesar de ter ido para noitada, não pegou ninguém.

H) ADIÇÃO: O valor semântico de adição é expresso por um conectivo quando ele liga duas expressões ou orações
que se somam.
Ex.: Loco Abreu driblou e fez o gol.
Ex.: Loco Abreu não apenas driblou, mas também fez o gol.

ATENÇÃO: CUIDADO COM O E!


O e nem sempre é um conectivo aditivo. Se ele estiver ligando duas orações que se opõem, terá valor de oposição;
se estiver ligando duas orações, sendo que uma é conclusão de outra, será conclusivo. Por esse motivo, convêm
analisar a relação de sentido entre as orações para descobrir o valor semântico do conectivo. Observe:
Ex.: Loco Abreu driblou e não fez o gol. (OPOSIÇÃO; equivale a um mas)
Ex.: Pelé foi um grande jogador e deve ser homenageado. (CONCLUSÃO; equivale a um portanto)

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico de adição: e, nem. Estruturas deste tipo possuem valor
semântico de adição: (não só..., mas também), (não somente..., mas também), (não apenas..., mas também), (tanto...
quanto).

I) ALTERNÂNCIA: Como nos exemplos abaixo, um conectivo pode exprimir o valor semântico de alternância. A
alternância é de difícil definição, mas de fácil entendimento para o falante. Observe:
Ex.: Ora o Botafogo vence, ora o Botafogo perde. (um fato se alterna com outro)
Ex.: Você gostava mais do futebol do Garrincha ou do Pelé? (nesse caso, são oferecidas duas alternativas: o ouvinte
deverá escolher entre A ou B)

Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico de alternância: ou, ou... ou, ora... ora.

J) CONFORMIDADE: A conformidade é uma espécie de comparação entre duas proposições em que uma confirma o
teor de outra. Em geral, a conformidade pode ser resumida por esta fórmula: A está de acordo com B.

Ex.: Agiu como manda o figurino.


A B
Ex.: Segundo a ciência, o cigarro faz mal à saúde.
B A
Conectivos que geralmente exprimem o valor semântico de conformidade: conforme, segundo, como.

OUTROS VALORES: Os conectivos podem exprimir, ainda, outros valores, dentre os quais se destacam os seguintes:
origem, destino, posse, matéria, assunto, companhia, presença, ausência, instrumento, agente, lugar, meio e
beneficiário. Vejamos os exemplos que tratamos em sala de aula:

Vim de São Paulo. VALOR SEMÂNTICO: ORIGEM


Fui para São Paulo. VALOR SEMÂNTICO: DESTINO
Gravata de João. VALOR SEMÂNTICO: POSSE
Mesa de madeira. VALOR SEMÂNTICO: MATÉRIA
Falou de futebol. VALOR SEMÂNTICO: ASSUNTO
Saiu com a namorada. VALOR SEMÂNTICO: COMPANHIA
Um copo com água. VALOR SEMÂNTICO: PRESENÇA
Um copo sem água. VALOR SEMÂNTICO: AUSÊNCIA
Abriu a porta com a chave. VALOR SEMÂNTICO: INSTRUMENTO
A flor foi aceita por ela. VALOR SEMÂNTICO: AGENTE (Quem aceitou: ela = agente da ação)
Vou por esse caminho. VALOR SEMÂNTICO: LUGAR
Soube disso por telefone. VALOR SEMÂNTICO: MEIO
Dei a grana para o Zé. VALOR SEMÂNTICO: BENEFICIÁRIO
(Quem recebeu a grana: Zé = beneficiário)

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EXERCÍCIOS
A- Leia as frases abaixo e marque o valor semântico do conectivo destacado.

QUESTÃO 1
Acho que a Seleção está vencendo porque ouvi gritos QUESTÃO 6
de comemoração na rua. Ou vai ou racha.
( ) Causa ( ) Explicação ( ) Adição ( ) Comparação
( ) Consequência ( ) Conclusão ( ) Alternância ( ) Tempo

QUESTÃO 2 QUESTÃO 7
Como a Seleção venceu, fizemos a festa. Você terá muito tempo para fazer a prova, portanto
( ) Causa ( ) Oposição fique calmo.
( ) Consequência ( ) Conclusão ( ) Causa ( ) Explicação
( ) Consequência ( ) Conclusão
QUESTÃO 3
Secamos tanto o jogador que ele perdeu o pênalti. QUESTÃO 8
( ) Causa ( ) Explicação Caso queira ser aprovado, estude.
( ) Consequência ( ) Conclusão ( ) Causa ( ) Condição
( ) Consequência ( ) Conclusão
QUESTÃO 4
Como ele me disse, as inscrições foram abertas hoje. QUESTÃO 9
( ) Comparação ( ) Causa Obedeça-me, pois sou seu pai.
( ) Conformidade ( ) Tempo ( ) Causa ( ) Explicação
( ) Consequência ( ) Conclusão
QUESTÃO 5
Enquanto eu fazia a prova, minha mãe rezava. QUESTÃO 10
( ) Oposição ( ) Comparação Saia correndo, porque o prédio está em chamas.
( ) Alternância ( ) Tempo ( ) Causa ( ) Explicação
( ) Consequência ( ) Conclusão Bateu a falta com tanta força que a bola subiu.
( ) Causa ( ) Explicação
QUESTÃO 11 ( ) Consequência ( ) Conclusão
Quando eu morrer, quero ser cremado.
( ) Lugar ( ) Tempo QUESTÃO 16
( ) Explicação ( ) Conformidade Estava adoentado, não obstante, saiu para a noitada.
( ) Adição ( ) Comparação
QUESTÃO 12 ( ) Explicação ( ) Oposição
Por ser um cavalheiro, aceitou o pedido.
( ) Causa ( ) Finalidade QUESTÃO 17
( ) Agente ( ) Lugar Sem otimismo, estamos mais perto da realidade.
( ) Conclusão ( ) Ausência
QUESTÃO 13 ( ) Explicação ( ) Causa
Como dizia Cartola, “o mundo é um moinho”.
( ) Comparação ( ) Alternância QUESTÃO 18
( ) Conformidade ( ) Tempo Aquele rapaz não foi bem recebido por ninguém.
( ) Causa ( ) Finalidade
QUESTÃO 14 ( ) Agente ( ) Lugar
Lavaram a roupa suja e saíram ainda mais brigados.
( ) Adição ( ) Conclusão QUESTÃO 19
( ) Comparação ( ) Oposição Não vá por ali!
( ) Lugar ( ) Explicação
QUESTÃO 15 ( ) Tempo ( ) Conclusão

QUESTÃO UERJ 1

"rendendo a verdadeira substância da coisa em si, seja ela aço polido ou carne palpitante". (l. 12-13)
O emprego do conectivo grifado, no contexto, explica-se porque:
(A) revela ideias excludentes entre si
(B) expressa fatos em sequência cronológica
(C) representa acontecimentos em simultaneidade
(D) enfatiza a existência de mais de uma alternativa

 
QUESTÃO UERJ 2
Deve-se reconhecer que a proporção entre essas duas categorias muda com o tempo, tem épocas em que a proporção de
jovens ativos se amplia e em outras épocas diminui. (l. 29-32)
A relação de sentido entre o fragmento grifado e o anterior, neste exemplo, poderia ser indicada pelo emprego do seguinte
conectivo:
(A) porque (D) não obstante
(B) conforme
(C) no entanto  

QUESTÃO UERJ 3

Observe os seguintes empregos da preposição “de”: “Dos

animais” (v. 12) e “de flores” (v. 19).

Em cada caso, ela indica uma relação de sentido diferente. 

Cite os valores semânticos dessa preposição nos exemplos

citados. Reescreva, ainda, cada construção, substituindo o

“de” por outra preposição de sentido equivalente.


QUESTÃO UERJ 4

Vocabulário: 6
  curuatá - flor de palmeira
1
  Piaimã - personagem do romance 7
  Tupã - entidade da mitologia tupi-guarani
2
  sagüi-açu, sagüim - macacos pequenos 8 
 Mãe-d'água - espécie de sereia das águas amazônicas
3
  cláxon - buzina externa nos automóveis antigos 9
  bulha - confusão de sons
4
  boitatá - cobra-de-fogo, na mitologia tupi-guarani 10 
 sarapantar - espantar
5
  inajá - palmeira de tamanho médio 11
  cunhã - mulher jovem, em tupi
 
Além de ligar palavras ou partes da frase, os conectivos podem apresentar sentido específico.
O conectivo grifado que contém traço de sentido negativo está exemplificado em:
(A) "De-manhãzinha ensinaram que todos aqueles piados" (l. 5-6)
(B) "e que com a máquina ninguém não brinca porque ela mata." (l. 27-28)
(C) "eram donos sem mistério e sem força da máquina" (l. 39-40)
(D) "Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles" (l. 45-46)

 
QUESTÃO 5

Difícil de mandar recado pra ela.


Não havia e-mail.
O pai era uma onça. (v. 2-4)
O primeiro verso estabelece mesma relação de sentido com
cada um dos dois outros versos.
Um conectivo que expressa essa relação é:
(A) porém
(B) porque
(C) embora
(D) portanto
 
QUESTÃO 6

Vendo-nos a todos naquele estado de aflição, (l. 16)


O fragmento acima poderia ser reescrito, com o emprego de um conectivo.
A reescritura que preserva o sentido original do fragmento é:
(A) caso nos visse a todos naquele estado de aflição (C) quando nos viu a todos naquele estado de aflição
(B) porém nos viu a todos naquele estado de aflição (D) não obstante nos ver a todos naquele estado de aflição
 
QUESTÃO UERJ 7

UITLIZAR O TEXTO JUVENTUDE E PARTICIPAÇÃO


Deve-se reconhecer que a proporção entre essas duas categorias muda com o tempo, tem épocas em que a proporção de
jovens ativos se amplia e em outras épocas diminui. (l. 29-32) A relação de sentido entre o fragmento grifado e o anterior, neste
exemplo, poderia ser indicada pelo emprego do seguinte conectivo:
(A) porque (C) no entanto
(B) conforme (D) não obstante

QUESTÃO UERJ 8
A terceira margem do rio (adaptado)
Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas
sensatas pessoas, quando indaguei a informação. (…) Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa. (…)
Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou o chapéu e decidiu um adeus para a gente. Nem falou outras palavras, não pegou
matula e trouxa, não fez a alguma recomendação. (…) Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se
indo – a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa. Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só
executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar,
nunca mais. A estranheza dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. (…) E nunca
falou mais palavra, com pessoa alguma. Nós, também, não falávamos mais nele. Só se pensava. (…) Sou homem de tristes
palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio – pondo
perpétuo. (…)  E ele? Por quê? Devia de padecer demais. (ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira,1985.)
“De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o rio-rio-rio, o rio – pondo perpétuo.”
“Se o meu pai, sempre fazendo ausência” apresenta o seguinte valor argumentativo em relação ao fragmento anterior:
a) Causa c) Consequência
b) Comparação d) Exemplificação

QUESTÃO UERJ 9
Na velhice, perde-se a nitidez da visão e se aguça a do espírito.
As duas ideias presentes nesse fragmento estabelecem relação semântica de:
a) alternância b) implicação
c) explicação d) oposição

QUESTAO UERJ 10

Os trechos transcritos abaixo exemplificam o emprego do mesmo conectivo "e" para exprimir diferentes relações temporais entre
dois fatos.
E o barulho da máquina se aproximando. (...) E o trem parado nos meus pés. (l. 4-6)
E o tempo a se sumir. E a tarde caindo. (l. 34-35)
Aponte o significado desse conectivo. Em seguida, explicite a relação temporal dos fatos em cada um dos trechos.
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QUESTÃO UERJ 11

“Caso tenha uma aranha na sua perna, é melhor não se mexer.” No quadrinho seguinte, o próprio personagem analisa essa fala
como hipotética. A construção de hipótese está marcada na frase do personagem pelo seguinte traço linguístico:
(A) tom de conselho da fala (B) ordem inversa do período
(C) emprego do conectivo inicial (D) presença de forma negativa
 

QUESTÃO UERJ 12

Ninguém imaginou que o poder e o dinheiro se tornariam tão  concentrados em megahipercorporações norte-americanas como o
Google, que  iriam destruir para sempre tantas indústrias e atividades (l. 16-18)
O vocábulo tão, associado ao conectivo que, estabelece uma relação coesiva de:
(A) concessão (C) consequência
(B) explicação (D) simultaneidade

QUESTÃO UERJ 13

Como desertava, meu bisavô Antônio foi levado em um bote até o navio que já se afastava do porto de Gênova. (l. 6-7)
O trecho sublinhado estabelece com o restante da frase sentido de:
A)causa C)concessão
B)conclusão D)conformidade

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