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As palmeiras são plantas pertencentes à família Arecaceae (Palmae), da ordem das Arecales,
representadas por mais de 240 gêneros e cerca de 3.000 espécies. São elementos importantes
na composição do paisagismo nacional, pois, juntamente com as árvores, arbustos, gramados
e plantas rasteiras, são satisfatoriamente utilizados pelos paisagistas na formação de parques e
jardins. São as plantas mais características da flora tropical, podendo transmitir ao meio onde
são cultivadas algo do aspecto luxuriante e do fascínio das regiões tropicais. Além de
ornamentais, algumas palmeiras são utilizadas como fonte de alimentos e ainda produção de
óleos e ceras. O mercado das palmeiras ornamentais cresceu consideravelmente nos últimos
anos, sendo cultivadas as mais diferentes espécies por viveiristas e produtores.
Dentre as doenças fúngicas que acometem as palmeiras, podemos encontrar tanto aquelas
causadas por fungos da parte aérea, presentes nas folhas e estipes (caules), como as
provocadas pelos fungos de solo, que acometem as raízes. As sementes também possibilitam a
disseminação e transmissão de fungos e, portanto, devem ser previamente analisadas.
Lesões nas folhas por Pestalotiopsis sp.– Esse fungo desenvolve-se sobre as folhas das
palmeiras e causa pequenas manchas quase não perceptíveis. Com a coalescência das
pequenas manchas, formam-se manchas maiores que progridem, podendo provocar a seca
das folhas e comprometer toda a planta, especialmente as mais jovens. Os esporos, quando
em grande quantidade sobre as folhas, mostram uma espécie de fuligem preta,
correspondente às frutificações fúngicas.
Mancha foliar por Cylindrocladium sp.– Esse fungo, considerado um fungo de solo, pode
também provocar manchas nas folhas das palmeiras. As manchas são circulares a elipsoidais
ou irregulares, coloração parda com bordas escuras e terminadas por um halo clorótico. A
coalescência das lesões compromete todo o limbo foliar. A contaminação das folhas pode
ocorrer devido à formação da fase sexuada do fungo (Calonectria sp.) que libera seus esporos
para o meio ambiente disseminando-os a longas distâncias. Em diversas palmeiras
ornamentais foi identificado C. pteridis causando manchas em folhas de palmeiras, bem como
C. pteridis e C. floridanum causando podridão peduncular de coco.
Mancha foliar por Bipolaris incurvata – O fungo causa lesões foliares redondas ou ovais,
inicialmente de coloração marrom-escura e, posteriormente, apresentando um centro mais
claro e bordos escuros bem definidos. Com a coalescência das manchas, as folhas secam
causando a morte de plântulas.
Fusariose ou Murcha – Fusarium sp. (Figura 4) - O fungo penetra na planta hospedeira, através
das raízes, causando o apodrecimento destas e do estipe. Os primeiros sintomas em plantas
jovens manifestam-se por uma murcha das folhas seguido de amarelecimento e seca. Em
viveiros, causa tombamento de plântulas. Nas plantas mais velhas, o corte radial do estipe
mostra um escurecimento da região condutora de seiva e essa sintomatologia também pode
ser notada ao cortarmos longitudinalmente o estipe e talos das folhas.
Para controle dos fungos da parte aérea, recomenda-se a poda das folhas afetadas e sua
retirada do local de plantio, eliminando-se a fonte de inóculo. Em viveiros, mudas atacadas
pelo patógeno devem ser retiradas do local para que não haja contaminação de plantas sadias
e, ainda, maior espaçamento entre as mudas pode favorecer a aeração e impedir a
proliferação do fungo. A irrigação das plantas por aspersão não é recomendada, pois os
conídios (esporos do fungo) serão disseminados para plantas sadias. A melhor forma de
aspersão é a localizada.
As inspeções de campo possibilitam a detecção de focos inicias de doenças que devem ser
controlados. A sanidade das mudas em viveiro e a seleção das plantas a serem levadas para o
campo devem ser observadas. Muda com sintoma de doença ou fora do padrão, não deve ser
plantada no campo e o solo do recipiente não deve ser reaproveitado.