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DIREITO TRIBUTÁRIO APLICADO

ISS
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER
NATUREZA

PROFESSORA: LETICIA VOGT


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PROFESSORA LETICIA
VOGT

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ISS – SUJEITO ATIVO - COMPETÊNCIA

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: ICMS

(...) III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155,


II, definidos em lei complementar.

(...) § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste


artigo, cabe à lei complementar:

I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;

II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios


fiscais serão concedidos e revogados. 5
ISS – SUJEITO ATIVO – COMPETÊNCIA

O DF tem competência cumulativa (art. 147, CF)

Art. 147. CF - Competem à União, em Território


Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os
impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os
impostos municipais.
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ISS – LEI COMPLEMENTAR

Decreto-lei 406/68

LC 116/03 (lista anexa)

LC 157/16 (29.12.16)
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ISS – CRITÉRIO MATERIAL

ART. 1º LC 116/03
Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza,
de competência dos Municípios e do Distrito Federal,

tem como fato gerador a prestação de serviços


constantes da lista anexa, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante do prestador.

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ISS – CRITÉRIO MATERIAL
PRESTAR
SERVIÇO

1º) 2º) NÃO PODE 3º)SERVIÇO


OBRIGAÇÃO ESTAR NA NA LISTA
INCIDÊNCIA ANEXA LC
FAZER
DO ICMS 116/03
(TAXATIVA)

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ISS - SERVIÇO – OBRIGAÇÃO FAZER
1º) OBRIGAÇÃO
FAZER

Esforço humano Ex.: Lista anexa


dirigido à lc 116/03
produção de um Se não for
bem imaterial a 6.01 –
Barbearia, obrigação de
terceiro; fazer, não incide
cabeleireiros,
manicuros, ISS
- Oneroso pedicuros e
(contraprestação) congêneres.
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STF - SERVIÇO – RETRIBUIÇÃO
FINANCEIRA
RE 116.121-5/SP - serviço deve ser entendido, para
efeito de incidência do ISS, em sua acepção jurídica,
como “negócio jurídico de prestação de serviço,
mediante o qual alguém se obriga a fazer algo em
troca de uma determinada retribuição”.

Julgamento - Inconstitucionalidade da cobrança do ISS sobre a


“locação de bens móveis”, que se encontrava disposta no antigo
Decreto Lei 406/68.
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OBRIGAÇÃO
DAR ISS

NÃO INCIDE
INCIDE

LOCAÇÃO DE LOCAÇÃO CARRO


MÁQUINAS, DE COM MOTORISTA
CARROS E OU MÁQUINA
IMÓVEIS COM OPERADOR
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SÚMULA VINCULANTE 31 STF
"É inconstitucional a incidência do
imposto sobre serviços de qualquer
natureza – ISS sobre operações de
locação de bens móveis."

LC 116/03 - LISTA ANEXA


Item 3.01 da Lista de serviços
VETADO

"3.01 – Locação de bens móveis."


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2º) ISS – NÃO INCIDÊNCIA ICMS

ISS ICMS

ICMS ICMS

CIRCULAÇÃO CIRCULAÇÃO
SOBRE BEM SOBRE BEM
IMATERIAL MATERIAL

ICMS
ICMS
OBRIGAÇÃO DE
SERVIÇO =
DAR = ALGO JÁ
OBRIGAÇÃO FAZER
FEITO
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2º) ISS – NÃO INCIDÊNCIA ICMS

ISS ICMS

FG

BITRIBUTAÇÃO

VEDADO
ART. 164, III CTN
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2º) ISS – NÃO INCIDÊNCIA ICMS
ICMS
ART. 155, INC. II CF

SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL

SERVIÇO DE TRANSPORTE MUNICIAL

ICMS
SERVIÇO DE RÁDIO OU TV – ONEROSO (PAGO)
Ex.: NET - CELULAR
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3º) ISS – LISTA ANEXA LC 116/03

SERVIÇO

TEM QUE ESTAR DESCRITO NA LISTA


ANEXA LC 113/06

LISTA É TAXATIVA

ICMS
SÚMULA 163 STJ – NÃO ESTÁ NA LISTA – INCIDE
ICMS 17
SÚMULA 163 STJ – INCIDE ICMS

"O fornecimento de mercadorias com


simultânea prestação de serviços em
bares, restaurantes e estabelecimentos
similares constitui fato gerador do ICMS
a incidir sobre o valor total da operação."

SERVIÇOS DE BARES E RESTAURANTES


NÃO ESTÃO NA LISTA ANEXA – LC
113/03 – INCIDE ICMS
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LISTA TAXATIVA
LC 116/03 – ALTERAÇÃO LC 157/06 – INCLUSÃO NOVOS
ITENS:

6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e congêneres.

1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio,


vídeo, imagem e texto por meio da internet, respeitada a imunidade
de livros, jornais e periódicos (exceto a distribuição de conteúdos pelas
prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei
no 12.485, de 12 de setembro de 2011, sujeita ao ICMS).

EXEMPLO.: NETFLIX
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STJ – TEMA 132 – SÚMULA 424 STJ

QUESTÃO: referente à possibilidade de utilização de


interpretação extensiva dos serviços bancários constantes
da Lista Anexa à Lei Complementar 116/2003 e, para os
fatos jurídicos que lhe são pretéritos, da Lista Anexa ao
Decreto-lei 406/68.

SÚMULA 424 STJ - É legítima a incidência de ISS sobre os


serviços bancários congêneres da lista anexa ao DL n.
406/1968 e à LC n. 56/1987. 20
STJ – RECURSO REPETITIVO – LISTA
- TAXATIVA
RECURSO REPETITIVO - RESP 1111234 / PR, Relator Ministra
ELIANA CALMON, Órgão Julgador, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, data do
Julgamento 23/09/2009

Ementa - TRIBUTÁRIO. SERVIÇOS BANCÁRIOS. ISS. LISTA DE


SERVIÇOS. TAXATIVIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA.

1. A jurisprudência desta Corte firmou entendimento de que é


taxativa a Lista de Serviços anexa ao Decreto-lei 406/68, para
efeito de incidência de ISS, admitindo-se, aos já existentes
apresentados com outra nomenclatura, o emprego da
interpretação extensiva para serviços congêneres.

2. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime do art.


543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08.
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STF – TEMA 296 – RE 784439

tema 296/STF - Caráter taxativo da lista


de serviços sujeitos ao ISS a que se
refere o art. 156, III, da Constituição
Federal.

RE 784439 - AGUARDANDO
JULGAMENTO – CONCLUSO AO RELATOR
DESDE 04/10/2019
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CONGÊNERES

1. que ou o que é do mesmo gênero, espécie,


tipo, classe, modelo, função etc. (que outro);

2. que ou o que tem natureza, finalidade ou


caráter semelhante (aos de outro); similar,
semelhante;

3. que ou o que tem a mesma origem (que


outro);
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CONGÊNERES – EXEMPLO LISTA
ANEXA
1 – Serviços de informática e congêneres.
1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos,
páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e
congêneres.
1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos,
independentemente da arquitetura construtiva da máquina em que o programa será
executado, incluindo tablets, smartphones e congêneres.

3 – Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres.


3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands,
quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de
diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer
natureza.
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LEI MUNICIPAL QUE NÃO
ESPECIFICA CONGÊNERES
“Nem a Constituição, nem a lei complementar cria imposto, que é tarefa exclusiva do
legislador ordinário da entidade política que recebeu a outorga de competência
impositiva. À lei tributária material de cada município cabe definir o fato gerador do
ISS, o que imporá na elaboração completa da lista de serviços tributáveis, com a
explicitação dos diversos serviços que entenda ser abrangidos pela expressão
‘congêneres’ que continua figurando na atual lista nacional de serviços, anexa à Lei
Complementar de n. 116/03.
É comum ver nas legislações municipais a transposição pura e simples da lista anexa à lei
de regência nacional do ISS, inclusive reproduzindo a expressão ‘congêneres’, sem definir
quais seriam esses serviços congêneres. Ora, esse fato configura patente
inconstitucionalidade, por violação do princípio da legalidade tributária (art. 150, I, da
CF). Não já nem pode haver analogia no campo do direito material (Kiyoshi Harada. Iss:
doutrina e prática. São Paulo: Atlas, 2008, p. 23-24) 25
SERVIÇOS MISTOS – DESCRITOS LISTA
ANEXA LC 116/03
❑SERVIÇO MISTO (SERVIÇO + MERCADORIA) –
SOMENTE SERÁ COBRADO ISS DO SERVIÇO QUE
ESTIVER NA LISTA ANEXA.

PRESTAÇÃO SERVIÇO + ENTREGA DE MERCADORIA

EXEMPLO:
▪ Serviço de blindagem de veiculo automotor (ITEM 14.01)- R$ 10.000,00;
▪ Material - R$ 4.000,00; (ISS)
▪ Serviço – R$ 6.000,00 (ICMS)
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SERVIÇOS MISTOS – DESCRITOS LISTA
ANEXA LC 116/03

❑ SE O SERVIÇO NÃO CONSTAR NA LISTA ANEXA, PAGARÁ


APENAS ICMS SOBRE TOTAL DA NOTA FISCAL.

EXEMPLO:
▪ SÚMULA 163 STJ - O fornecimento de mercadorias com
simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e
estabelecimentos – PAGARÁ ICMS.

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SERVIÇOS MISTOS – LISTA ANEXA
7.02 – EXECUÇÃO, POR ADMINISTRAÇÃO, EMPREITADA OU SUBEMPREITADA, DE
OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL, HIDRÁULICA OU ELÉTRICA E DE OUTRAS OBRAS
SEMELHANTES, INCLUSIVE SONDAGEM, PERFURAÇÃO DE POÇOS, ESCAVAÇÃO,
DRENAGEM E IRRIGAÇÃO, TERRAPLANAGEM, PAVIMENTAÇÃO, CONCRETAGEM E A
INSTALAÇÃO E MONTAGEM DE PRODUTOS, PEÇAS E EQUIPAMENTOS (EXCETO O
FORNECIMENTO DE MERCADORIAS PRODUZIDAS PELO PRESTADOR DE SERVIÇOS
FORA DO LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, QUE FICA SUJEITO AO ICMS).

14.01 – LUBRIFICAÇÃO, LIMPEZA, LUSTRAÇÃO, REVISÃO, CARGA E RECARGA,


CONSERTO, RESTAURAÇÃO, BLINDAGEM, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE
MÁQUINAS, VEÍCULOS, APARELHOS, EQUIPAMENTOS, MOTORES, ELEVADORES OU DE
QUALQUER OBJETO (EXCETO PEÇAS E PARTES EMPREGADAS, QUE FICAM SUJEITAS AO
ICMS).

14.03 – RECONDICIONAMENTO DE MOTORES (EXCETO PEÇAS E PARTES EMPREGADAS,


QUE FICAM SUJEITAS AO ICMS).

17.11 – ORGANIZAÇÃO DE FESTAS E RECEPÇÕES; BUFÊ (EXCETO O FORNECIMENTO DE


ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS, QUE FICA SUJEITO AO ICMS). 28
STJ – OPERAÇÕES “MISTAS”
ICMS X ISS?

ELABORAÇÃO DE ÓCULOS POR ENCOMENDA

NÃO ESTÁ NA LISTA ISS – PORTANTO – INCIDE ICMS

RESP 1102838/RS, RELATOR(A) MINISTRO LUIZ FUX, ÓRGÃO


JULGADOR T1 - PRIMEIRA TURMA, DATA DO JULGAMENTO 14/12/2010,
PUB. DJE 17/12/2010

EMENTA - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. DELIMITAÇÃO


DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ENTRE ESTADOS E
MUNICÍPIOS. ICMS E ISS. OPERAÇÕES "MISTAS".
CRITÉRIOS. SERVIÇOS DE ELABORAÇÃO DE ÓCULOS POR
ENCOMENDA. ART. 155, § 2º, IX, B, CF. LC 116/03. 29
STJ – OPERAÇÕES “MISTAS”
4. A PRIMEIRA SEÇÃO DESTA E. CORTE FIRMOU ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE:
(A) SOBRE OPERAÇÕES "PURAS" DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA E SOBRE OS
SERVIÇOS PREVISTOS NO INCISO II, DO ART. 155 DA CF (TRANSPORTE INTERESTADUAL
E INTERNACIONAL E DE COMUNICAÇÕES) INCIDE ICMS; (B) SOBRE AS OPERAÇÕES
"PURAS" DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PREVISTOS NA LISTA DE QUE TRATA A LC 116/03
INCIDE ISS; (C) E SOBRE OPERAÇÕES MISTAS, INCIDIRÁ O ISS SEMPRE QUE
O SERVIÇO AGREGADO ESTIVER COMPREENDIDO NA LISTA DE QUE
TRATA A LC 116/03 E INCIDIRÁ ICMS SEMPRE QUE O SERVIÇO
AGREGADO NÃO ESTIVER PREVISTO NA REFERIDA LISTA. PRECEDENTE: RESP
1092206/SP, REL. MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, DJE 23/03/2009; AGRG
NO AGRG NO RESP 1168488/SP, REL. MINISTRO HUMBERTO MARTINS, DJE 29/04/2010).

5. IN CASU, CONFORME RECONHECIDO PELA PRÓPRIA RECORRENTE, A ATIVIDADE DA


AUTORA, CONSISTENTE NA ELABORAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE
ÓCULOS DE GRAU PERSONALIZADOS, SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA, NÃO
ESTÁ PREVISTA NA LISTA DE SERVIÇOS DA LEI COMPLEMENTAR Nº
116/03, O QUE IMPLICA RECONHECER A INCIDÊNCIA DO ICMS, NOS
TERMOS DAS FUNDAMENTAÇÕES ACIMA DELINEADAS.
6. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 30
ISS - CRITÉRIO ESPACIAL
ART. 3º LC 116/03

ART. 3º LC 116/03 - O O SERVIÇO CONSIDERA-SE


PRESTADO, E O IMPOSTO, DEVIDO, NO LOCAL DO
ESTABELECIMENTO PRESTADOR OU, NA FALTA DO
ESTABELECIMENTO, NO LOCAL DO DOMICÍLIO DO
PRESTADOR, EXCETO NAS HIPÓTESES PREVISTAS NOS
INCISOS I A XXV, QUANDO O IMPOSTO SERÁ DEVIDO NO
LOCAL: (REDAÇÃO DADA LEI COMPLEMENTAR Nº 157, DE
2016) 31
ISS - CRITÉRIO ESPACIAL

REGRA SEDE DO
GERAL PRESTADOR
ART. 3º SERVIÇO
LC
116/03
SEDE DA
EXCEÇÃO PRESTAÇÃO
SERVIÇO

CONSULTE A LISTA
ANEXA – LC 116/03
incisos I a XXV
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ISS - CRITÉRIO ESPACIAL ???
CONCESSÃO CAUTELAR
ADI 5835 SUSPENDEU ART. 1º DA LC
157/06

23/03/2018 - Liminar deferida


MIN. ALEXANDRE DE MORAES Em 23.3.2018: "...CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR
pleiteada, ad referendum do Plenário desta SUPREMA CORTE, para suspender a eficácia
do artigo 1º da Lei Complementar 157/2016, na parte que modificou o art. 3º, XXIII, XXIV
e XXV, e os parágrafos 3º e 4º do art. 6º da Lei Complementar 116/2003; bem como, por
arrastamento, para suspender a eficácia de toda legislação local editadas para sua direta
complementação. [...] Comunique-se o Congresso Nacional e o Presidente da República
para ciência e cumprimento desta decisão. Nos termos do art. 21, X, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, peço dia para julgamento, pelo Plenário, do
referendo da medida ora concedida. À Secretaria, para as anotações pertinentes.
33
Publique-se. Intimem-se."
ISS - CRITÉRIO TEMPORAL

QUANDO O
FINALIZAÇÃO
SERVIÇO
SERVIÇO
É PRESTADO

Para José Eduardo Soares de Melo, "em se tratando de ISS, impõe-se a


irrestrita obediência ao seu aspecto material - prestação de serviços - nada

interessando os aspectos meramente negociais ou documentais. Somente

com a efetiva realização (conclusão, ou medição por etapas) dos


serviços é que ocorre o respectivo fato gerador tributário com a
verificação do seu aspecto temporal" (In "Aspectos teóricos e práticos
do ISS", São Paulo: Dialética, 2000, p. 104.)
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ISS – CRITÉRIO PESSOAL – SUJEITO ATIVO

PAGAMENTO AO
SUJEITO ATIVO REGRA MUNICÍPIO ONDE
GERAL PRESTADOR TEM SEDE

EXCEÇÃO
ATENÇÃO – VIDE

ADI 5835 – LIMINAR


PAGAMENTO MUNICÍPIO SUSPENSÃO LC 157/06
SERVIÇO
(TOMADOR)

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ART. 3º LC 116/03 - ANTES LC 157/06
PONTOS QUESTIONADOS - ART. 3º DETERMINA QUE O ISS SERÁ

DEVIDO NO MUNICÍPIO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS,


EXCETO PARA OS SERVIÇOS PREVISTOS NAS HIPÓTESES DE I A XXII,
QUANDO SERÁ DEVIDO NO LOCAL (TOMADOR):

ART. 3º - O SERVIÇO CONSIDERA-SE PRESTADO E O IMPOSTO DEVIDO NO


LOCAL DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR OU, NA FALTA DO
ESTABELECIMENTO, NO LOCAL DO DOMICÍLIO DO PRESTADOR, EXCETO
NAS HIPÓTESES PREVISTAS NOS INCISOS I A XXII, QUANDO O IMPOSTO
SERÁ DEVIDO NO LOCAL: (VIDE LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006).

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ART. 3º LC 116/03 - APÓS LC 157/06

O ART. 3º DETERMINA QUE O ISS SERÁ DEVIDO NO MUNICÍPIO

DO PRESTADOR DE SERVIÇOS, EXCETO PARA OS SERVIÇOS


PREVISTOS NAS HIPÓTESES DE I A XXV, QUANDO SERÁ DEVIDO NO
LOCAL (TOMADOR):

❑ ART. 3O O SERVIÇO CONSIDERA-SE PRESTADO, E O IMPOSTO, DEVIDO, NO


LOCAL DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR OU, NA FALTA DO
ESTABELECIMENTO, NO LOCAL DO DOMICÍLIO DO PRESTADOR, EXCETO NAS
HIPÓTESES PREVISTAS NOS INCISOS I A XXV, QUANDO O IMPOSTO SERÁ
DEVIDO NO LOCAL: (REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 157, DE
2016) 37
PORTANTO

O MODELO ANTERIOR ESTIPULAVA NESSES CASOS


A INCIDÊNCIA DO ISS NO LOCAL DO
ESTABELECIMENTO PRESTADOR DO SERVIÇO, MAS
A NOVA SISTEMÁTICA LEGISLATIVA ALTEROU A
INCIDÊNCIA DO TRIBUTO PARA O DOMICÍLIO DO
TOMADOR DE SERVIÇOS.

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ADI 5835 – SUSPENSÃO LC 157/06

PONTOS QUESTIONADOS - DETERMINAM QUE O ISS


SERÁ DEVIDO NO MUNICÍPIO DO TOMADOR DE
SERVIÇOS, NO CASO:

❑ DOS PLANOS DE MEDICINA EM GRUPO OU INDIVIDUAL,

❑ DE ADMINISTRAÇÃO DE FUNDOS E CARTEIRA DE CLIENTES,

❑ DE ADMINISTRAÇÃO DE CONSÓRCIOS,

❑ DE ADMINISTRAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO OU DÉBITO,

❑ E DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING).


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DOMICÍLIO DO TOMADOR - DÚVIDAS

A. LOCAL DE DOMICÍLIO DO USUÁRIO DO PLANO OU DO


USUÁRIO DO CARTÃO, COMO PESSOA FÍSICA ?

B. LOCAL DE ASSINATURA DO CONTRATO DE PLANO DE


SAÚDE, SEJA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA,
INDEPENDENTEMENTE DO LOCAL DE RESIDÊNCIA DO
USUÁRIO;

C. LOCAL DA UNIDADE QUE PRESTA O SERVIÇO DE


ADMINISTRAÇÃO DO PLANO DE SAÚDE OU DO CARTÃO;

A. LOCAL NO QUAL O USUÁRIO UTILIZA-SE DOS


BENEFÍCIOS DO PLANO. 40
MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES

AFIRMOU – “ESSA ALTERAÇÃO EXIGIRIA QUE A NOVA DISCIPLINA NORMATIVA


APONTASSE COM CLAREZA O CONCEITO DE ‘TOMADOR DE SERVIÇOS’, SOB PENA
DE GRAVE INSEGURANÇA JURÍDICA E EVENTUAL POSSIBILIDADE DE DUPLA
TRIBUTAÇÃO OU MESMO AUSÊNCIA DE CORRETA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA”.

PARA O MINISTRO, ESTÃO PRESENTES OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA


LIMINAR DIANTE DA DIFICULDADE NA APLICAÇÃO DA NOVA LEGISLAÇÃO, COM
AMPLIAÇÃO DOS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA ENTRE MUNICÍPIOS E AFRONTA
AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA SEGURANÇA JURÍDICA.

A DECISÃO SUSPENDE TAMBÉM, POR ARRASTAMENTO, A


EFICÁCIA DE TODA LEGISLAÇÃO LOCAL EDITADA PARA
COMPLEMENTAR A LEI NACIONAL. 41
ADI 5835 – LIMINAR SUSPENSÃO LC 157/06

DECISÃO – “DIFERENTEMENTE DO MODELO ANTERIOR, QUE ESTIPULAVA, PARA


OS SERVIÇOS EM ANÁLISE, A INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA NO LOCAL DO
ESTABELECIMENTO PRESTADOR DO SERVIÇO, A NOVA SISTEMÁTICA LEGISLATIVA
PREVÊ A INCIDÊNCIA DO TRIBUTO NO DOMICÍLIO DO TOMADOR DE SERVIÇOS.
ESSA ALTERAÇÃO EXIGIRIA QUE A NOVA DISCIPLINA NORMATIVA APONTASSE
COM CLAREZA O CONCEITO DE “TOMADOR DE SERVIÇOS”, SOB PENA DE GRAVE
INSEGURANÇA JURÍDICA E EVENTUAL POSSIBILIDADE DE DUPLA TRIBUTAÇÃO, OU
MESMO INOCORRÊNCIA DE CORRETA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA. A AUSÊNCIA DESSA
DEFINIÇÃO E A EXISTÊNCIA DE DIVERSAS LEIS, DECRETOS E ATOS NORMATIVOS
MUNICIPAIS ANTAGÔNICOS JÁ VIGENTES OU PRESTES A ENTRAR EM VIGÊNCIA
ACABARÃO POR GERAR DIFICULDADE NA APLICAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR
FEDERAL, AMPLIANDO OS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA E ENTRE UNIDADES
(SEGUE) 42
ADI 5835 – LIMINAR SUSPENSÃO LC 157/06
(CONTINUAÇÃO)

FEDERADAS E GERANDO FORTE ABALO NO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA


SEGURANÇA JURÍDICA, COMPROMETENDO, INCLUSIVE, A REGULARIDADE DA
ATIVIDADE ECONÔMICA, COM CONSEQUENTE DESRESPEITO À PRÓPRIA RAZÃO
DE EXISTÊNCIA DO ARTIGO 146 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. (...)

CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR PLEITEADA, AD REFERENDUM DO PLENÁRIO


DESTA SUPREMA CORTE, PARA SUSPENDER A EFICÁCIA DO ARTIGO 1º DA LEI
COMPLEMENTAR 157/2016, NA PARTE QUE MODIFICOU O ART. 3º, XXIII,
XXIV E XXV, E OS PARÁGRAFOS 3º E 4º DO ART. 6º DA LEI COMPLEMENTAR
116/2003; BEM COMO, POR ARRASTAMENTO, PARA SUSPENDER A EFICÁCIA
43
DE TODA LEGISLAÇÃO LOCAL EDITADA PARA SUA DIRETA COMPLEMENTAÇÃO.”
ISS - CRITÉRIO PESSOAL
SUJEITO PASSIVO

SUJEITO ART. 5º CONTRIBUINTE É O


PASSIVO PRESTADOR DO SERVIÇO.

PRESTRAÇÃO DE SERVIÇO –
DESTAQUE ISS NA NOTA FISCAL

44
ISS – RESPONSABILIDADE

Art. 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão


atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário
a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos
legais.
§ 1o Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao
recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais,
independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.
45
ISS – RESPONSABILIDADE

§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1o deste artigo, são


responsáveis: (Vide Lei Complementar nº 123, de 2006).
I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País
ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País;
II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou
intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05,
7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista
anexa. III - a pessoa jurídica tomadora ou intermediária de serviços, ainda
que imune ou isenta, na hipótese prevista no § 4o do art. 3o desta Lei
Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
46
ISS – RESPONSABILIDADE

Parágrafos suspensos com eficácia suspensa pela ADI 5835

§ 3o No caso dos serviços descritos nos subitens 10.04 e 15.09, o valor do


imposto é devido ao Município declarado como domicílio tributário da pessoa
jurídica ou física tomadora do serviço, conforme informação prestada por este.
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)

§ 4o No caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito e


débito, descritos no subitem 15.01, os terminais eletrônicos ou as máquinas das
operações efetivadas deverão ser registrados no local do domicílio do tomador do
serviço. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
47
ISS – PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POR
TERCEIRO

TRIBUTÁRIO. INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA. IMÓVEIS CONSTRUÍDOS SOBRE TERRENO


PRÓPRIO E POR CONTA PRÓPRIA DO INCORPORADOR. ISS. INEXISTÊNCIA DE FATO
GERADOR. 1. O incorporador imobiliário, tal como definido no art. 29 da Lei 4.591/65, não
pode, logicamente, figurar como contribuinte do ISSQN relativamente aos serviços de
construção da obra incorporada. Com efeito, se a construção é realizada por terceiro, o
incorporador não presta serviço algum, já que figura como tomador. Contribuinte, nesse
caso, é o construtor. E se a construção é realizada pelo próprio incorporador, não há
prestação de serviços a terceiros, mas a si próprio, o que descaracteriza o fato gerador. É
que os adquirentes das unidades imobiliárias incorporadas não celebram, com o
incorporador, um contrato de prestação de serviços de construção, mas sim um contrato
de compra e venda do imóvel, a ser entregue construído. Precedentes. (...) (STJ. REsp
922956 / RN. Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI - PRIMEIRA TURMA. DJe 01/07/2010)
48
ISS – CRITÉRIO QUANTITATIVO
BASE CÁLCULO – ART. 7º LC 116/03

Art. 7o A base de cálculo


BASE CÁLCULO
do imposto é o preço do
serviço.

PREÇO SERVIÇO
BC PREÇO COM
DESCONTO
DESCONTO

49
STJ – ISS – SERVIÇO GRATUITO –
NAO INCIDÊNCIA
RECURSO ESPECIAL N° 256.200 - MG (2000/0039508-0)
RELATOR : O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS
RECTE(S) : GUIAUTO LTDA
ADVOGADO(S) : ANDRÉA SILVEIRA GUIMARÃES E OUTROS
RECDO(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGA

EMENTA - "TRIBUTÁRIO. ISS. INCIDÊNCIA. ARBITRAMENTO. SERVIÇO GRATUITO.


1- O ISS só não incide nos serviços prestados gratuitamente pelas empresas sem qualquer
vinculação com a formação de um contrato bilateral.
2 - Serviços de intermediação de propaganda, objetivo principal da empresa, devem ser tributados
pelo ISS.
3 - Alegação de gratuidade não reconhecida.
4 - Arbitramento adotado pelo Fisco. Regularidade.
5 - Recurso improvido." (REsp. 234.498/DELGADO)
50
ISS – ALÍQUOTA MÍNIMA/MÁXIMA

Art. 156 CF. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:


(...)
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155,

II, definidos em lei complementar.


(...)
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste
artigo, cabe à lei complementar:

I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;


51
ISS – ALÍQUOTA MÍNIMA/MÁXIMA
❑ ALÍQUOTA MÍNIMA – 2%

❑ ALÍQUOTA MÁXIMA – 5%

❑ UNIÃO – LEI COMPLEMENTAR (FEDERAL)


DEFINE AS ALÍQUOTAS – ART. 156, III, § 3º,
INC. I

❑ CADA MUNICÍPIO DEFINIRÁ SUAS


ALÍQUOTAS – DE 2% A 5%
52
ISS – CRITÉRIO QUANTITATIVO
ALÍQUOTA
Art. 8o As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza são as seguintes:

I – (VETADO)

II – demais serviços, 5% (cinco por cento).

Art. 8o-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de


Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). (Incluído pela Lei
Complementar nº 157, de 2016)
53
ISS – CRITÉRIO QUANTITATIVO
ALÍQUOTA

§ 1o O imposto não será objeto de concessão de isenções,


incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de
redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado,
ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente,
em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da
alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a
que se referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta
Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
2016)
54
ISS – CRITÉRIO QUANTITATIVO
ALÍQUOTA

§ 2o É nula a lei ou o ato do Município ou do Distrito Federal que não respeite as


disposições relativas à alíquota mínima previstas neste artigo no caso de serviço
prestado a tomador ou intermediário localizado em Município diverso daquele
onde está localizado o prestador do serviço. (Incluído pela Lei Complementar nº
157, de 2016)

§ 3o A nulidade a que se refere o § 2o deste artigo gera, para o prestador do


serviço, perante o Município ou o Distrito Federal que não respeitar as
disposições deste artigo, o direito à restituição do valor efetivamente pago do
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza calculado sob a égide da lei nula.
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
55
NOTA FISCAL

56
NOTA FISCAL

57
ISS – FIXO - O TRABALHO PESSOAL
E A SOCIEDADE PROFISSIONAL
VALOR FIXO
POR ANO,
ISS FIXO
INDEPENDENTE,
DO VALOR DE SERVIÇO
PRESTADO

DECRETO-LEI Súmula 663, STF - Os §§ 1º


406/68 – ARTIGO 9, e 3º do art. 9º do Dl.
§ 1º E 3º 406/68 foram recebidos
pela Constituição.
58
DECRETO 406/68
Art 9º A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.

§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do


próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou
variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes
não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho.
(...)
§ 3° Quando os serviços a que se referem os itens 1, 4, 8, 25, 52, 88, 89, 90, 91 e 92 da
lista anexa forem prestados por sociedades, estas ficarão sujeitas ao imposto na
forma do § 1°, calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado
ou não, que preste serviços em nome da sociedade, embora assumindo
responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 56, de 1987) 59
TRABALHO PESSOAL
E A SOCIEDADE PROFISSIONAL

ISS VALOR FIXO = SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL

NÃO TER CUNHO DE LUCRO

TRABALHO INTELECTUAL (PAGAMENTO PELA


COMPLEXIDADE ENVOLVIDA)
60
O TRABALHO PESSOAL
E A SOCIEDADE PROFISSIONAL
1. Médicos, inclusive análises clínicas, eletricidade médica, radioterapia, ultra-
sonografia, radiologia, tomografia e congêneres;
4. Enfermeiros, obstetras, ortópticos, fonoaudiólogos, protéticos (prótese
dentária);
8. Médicos veterinários;
25. Contabilidade, auditoria, guarda-livros, técnicos em contabilidade e
congêneres;
52. Agentes da propriedade industrial;
88. Advogados;
89. Engenheiros, arquitetos, urbanistas, agrônomos;
90. Dentistas;
91. Economistas;
92. Psicólogos; 61
SOCIEDADES PROFISSIONAIS
Sendo exigência legal, constante do Decreto-lei n. 406/68, que se trate
de sociedades profissionais, sem prejuízo de contarem com
empregados e outros colaboradores, importante é que a atividade
tenha caráter intelectual e que seja prestada sob a responsabilidade
técnica pessoal dos respectivos profissionais. Outras exigências feitas
por alguns Municípios, com as de forma, que vedam o tipo de
sociedade limitada, que afastam as sociedades pluriprofissionais e
também aquelas que contam com diversos colaboradores, não se
sustentam, embora reiteradamente chanceladas pela jurisprudência
(Leandro Paulsen, Constituição e Código Tributário Comentados à luz
da Doutrina e Jurisprudência. 18ª Ed. Saraiva, p. 436) 62
JURISPRUDÊNCIA – STJ – INAPLICABILIDADE
BENEFÍCIO UNIPROFISSIONAL

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. ISS.


SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL. RESPONSABILIDADE LIMITADA. CARÁTER
EMPRESARIAL. ART. 9º, §§ 1º e 3º, DO DL 406/1968. INAPLICABILIDADE. SÚMULA
7/STJ. 1. Hipótese em que o Tribunal de origem afastou o benefício da tributação fixa
do ISS instituído nos §§ 1º e 3º do art. 9º do Decreto-Lei 406/1968, pois concluiu,
com base na prova dos autos, que a contribuinte tem estrutura empresarial. 2. A
tributação fixa do ISS, prevista no art. 9º, § 3º, do DL 406/1968, somente se aplica
quando houver responsabilidade pessoal dos sócios e inexistir caráter empresarial
na atividade realizada. 3. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é
restrita ao valor de suas quotas (art. 1.052 do CC), o que afasta o benefício da
tributação fixa. Precedentes do STJ. (...) (AgRg no AREsp 352877 / ES. Rel. Min.
HERMAN BENJAMIN. SEGUNDA TURMA. DJe 25/09/2013)
63
JURISPRUDÊNCIA – STJ – INAPLICABILIDADE
BENEFÍCIO UNIPROFISSIONAL
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CLÍNICA
MÉDICA. CARÁTER EMPRESARIAL. AUSÊNCIA DE DIREITO AO RECOLHIMENTO DO ISS SOB ALÍQUOTA
FIXA. CONCLUSÃO DO TRIBUNAL BASEADA EM FATOS E PROVAS DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE DE
ANÁLISE. ÓBICES DAS SÚMULAS 5 E 7/STJ. 1. Pretende a parte recorrente, clínica médica, que lhe seja
garantido o direito à base de cálculo diferenciada do ISS, nos termos do art. 9º, § 3º do Decreto-lei
406/68. 2. Contudo, a Corte de origem, ao analisar os fatos e as provas dos autos, em especial o
contrato social da Clínica Médica agravante, concluiu que a parte recorrente apresenta natureza de
organização empresarial, o que impede a concessão do benefício pretendido. 3. A alteração destas
conclusões demandaria, necessariamente, novo exame do acervo fático-probatório constante dos
autos, providência vedada em recurso especial, conforme os óbices previstos nas Súmulas 5 e 7/STJ.
Precedentes: AgRg no REsp 1132677/MG, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em
07/02/2013, DJe 15/02/2013, AgRg nos EDcl no AREsp 233.352/SC, Rel. Ministro HUMBERTO
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/11/2012, DJe 28/11/2012, AgRg no Resp 1266396/BA,
Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/10/2012, DJe 09/10/2012.
(...) (AgRg no AREsp 309166 / SP. Rel. Min. SÉRGIO KUKINA - PRIMEIRA TURMA - DJe 06/09/2013)64
JURISPRUDÊNCIA – STJ –POSSIBILIDADE
BENEFÍCIO UNIPROFISSIONAL
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ISS. ART. 9º, § 3º, DO DECRETO LEI 406/68. SOCIEDADE
DE ADVOGADOS. CARÁTER EMPRESARIAL. INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE DE
RECOLHIMENTO DO ISS SOBRE ALÍQUOTA FIXA. CONCLUSÃO DO TRIBUNAL BASEADA EM
FATOS E PROVAS DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE. ÓBICES DAS SÚMULAS 5 E
7/STJ. 1. "Admitida a manutenção do regime de tributação privilegiada após a entrada em
vigor da Lei Complementar 116/03, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior, que
sedimentou compreensão de que o art. 9º, §§ 1º e 3º, do Decreto-Lei 406/68, o qual trata
da incidência do ISSQN sobre sociedades uniprofissionais por alíquota fixa, não foi
revogado pela Lei Complementar 116/03, quer de forma expressa, quer tácita, não
existindo nenhuma incompatibilidade. Precedentes. (AgRg no AgRg no AgRg no REsp
1013002/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe 18/03/2009)

(VIDE CONTINUAÇÃO)
65
JURISPRUDÊNCIA – STJ –POSSIBILIDADE
BENEFÍCIO UNIPROFISSIONAL
(CONTINUAÇÃO)

2. Para que exista o direito à base de cálculo diferenciada do ISS, nos


termos do art. 9º, § 3º do Decreto-lei 406/68, necessário que a prestação
dos serviços seja em caráter personalíssimo e que não haja estrutura
empresarial. Precedente: EREsp 866.286/ES, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO,
PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 20/10/2010. 3. Tribunal de origem que, ao analisar os fatos e as
provas dos autos, em especial o contrato social da requerida, constatou a ausência de
caráter empresarial. A alteração destas conclusões demandaria, necessariamente, novo
exame do acervo fático-probatório constante dos autos, providência vedada em recurso
especial, conforme os óbices previstos nas Súmulas 5 e 7/STJ. 4. Agravo regimental a que
se nega provimento. (AgRg no REsp 1242490 / PB – Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA -
PRIMEIRA TURMA - DJe 17/09/2013) 66
ISS – ISENÇÕES
❑ ISENÇÕES DEVEM RESPEITAR AS REGRAS DEFINIDAS EM
LEI COMPLEMENTAR – ART. 156, § 3º, III CF;

❑ ISENÇÃO – NÃO PODE SER ABAIXO DE 2% ISS – SOB


PENA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – PARA EVITAR
GUERRA FISCAL;

❑ EXEMPLO: MUNICÍPIO REDUZINDO ALIQUOTA – GUERRA


FISCAL – NÃO PODE CONCEDER ALÍQUOTA ZERO.

67
JURISPRUDÊNCIA – ADPF
(ARQUIÇÃO DESC. PRECEITO
FUNDAMENTAL) 190
MUNICÍPIO POA/SP

Por maioria, o plenário do STF decidiu que é inconstitucional lei


municipal que concede redução de base de cálculo de ISSQN,
fora hipóteses previstas em lei complementar nacional.

Análise de ADPF proposta pelo governo do DF contra a lei 2.614/97


do município de Poá/SP, que exclui da base de cálculo do ISSQN o
Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, a Contribuição Social Sobre o
Lucro Líquido, o PIS/Pasep, a Cofins e também o valor do bem
envolvido em contratos de arrendamento mercantil.

68
JURISPRUDÊNCIA – ADPF
(ARQUIÇÃO DESC. PRECEITO
FUNDAMENTAL) 190
MUNICÍPIO POA/SP
Provimento integral a fim de declarar a inconstitucionalidade dos arts. 190, §2º, II; e
191, §6º, II, e §7º, da lei 2.614/97, do município de Poá, que ao editar a norma, o
município usurpou a competência da União para legislar sobre matéria tributária e
ofendeu a alíquota mínima de 2% prevista no art. 88 do ADCT.

DECISÃO - É inconstitucional lei municipal que veicule exclusão de valores da


base de cálculo do ISSQN fora das hipóteses previstas em lei complementar
nacional. Sendo também incompatível com o texto constitucional, medida fiscal
que resulte indiretamente na redução de alíquota mínima estabelecida pelo
artigo 88 do ADCT a partir da redução da carga tributária incidente sobre a
prestação de serviço na territorialidade do ente tributante."
69
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
INOCORRÊNCIA FATO GERADOR
VALOR FIXO
QUANDO ESTÁ POR ANO,
FORA CAMPO DE
INCIDÊNCIA INDEPENDENTE,
DO VALOR DE SERVIÇO
PRESTADO

DECRETO-LEI Súmula 663, STF - Os §§ 1º


406/68 – ARTIGO 9, e 3º do art. 9º do Dl.
§ 1º E 3º 406/68 foram recebidos
pela Constituição.
70
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –

NÃO NÃO HÁ
COOPERATIVA
INCIDÊNCIA PRESTAÇÃO
ISS SERVIÇO
(ASSOCIAÇÃO)

Assim, o ISS à luz da Constituição Federal de 1988, não pode incidir


sobre fatos que estão alocados fora do conceito jurídico de
prestação de serviço.

71
JURISPRUDÊNCIA STJ – ISS –
NÃO INCIDÊNCIA - ASSOCIAÇÃO
Recurso Especial n. 61.926-RJ , entendeu que não ocorre o fato gerador do ISS
nos serviços prestados por associação sem fins lucrativos aos seus próprios
associados.

Também, no Recurso Especial 623.367-RJ, a Segunda Turma do STJ concluiu que:

“constitui-se numa associação civil, que não explora de fato qualquer atividade
econômica, visto que desprovida de intento lucrativo, não se subsume, a toda
evidencia, no conceito de empresa, razão por que não é contribuinte do imposto
sobre serviço de qualquer natureza tipificado no art. 8 do Decreto- Lei n. 408, de
31.12.68”.
72
JURISPRUDÊNCIA STJ – ISS –
NÃO INCIDÊNCIA - COOPERATIVA
“TRIBUTÁRIO. ISS. SOCIEDADE COOPERATIVA. ISENÇÃO. ATO COOPERATIVO CARACTERIZADO.
AUSÊNCIA DE RELAÇÃO COM TERCEIROS. ARTIGO 79 DA LEI Nº 5.764/71.
1. A Corte de origem considerou que os serviços médicos são prestados diretamente pelos médicos e
não pela cooperativa, que apenas repassa aos associados os recursos pagos pelos
planos/seguros/convênios de saúde. Nesse contexto, deve-se admitir tão somente a incidência do ISS
sobre os serviços prestados pelos associados (valor fixo), consoante disposto no art. 9º, parágrafo
único, do DL 406/68.
2. Não é possível a tributação pelo ISS sobre a atividade prestada pela cooperativa - recebimento
dos valores pagos pela prestação dos serviços, posteriormente repassados aos cooperados com as
deduções das despesas operacionais - quer pela absoluta ausência de tipicidade (aspecto material),
já que não há, nem nunca houve, previsão de incidência do imposto sobre essa atividade em
quaisquer das listas anexas até hoje elaboradas (DL 406/68, LC 56/87 ou LC 116/03); quer pela
gratuidade do serviço (aspecto dimensível), que obsta a quantificação do imposto por ausência do
elemento "preço".
3. Recurso especial não provido” (Resp nº 1213479/AL; Rel. Min. Castro Meira; DJe 23-11-2010).
73
ISS – INCIDÊNCIA - COOPERATIVA

INCIDE ISS – ITEM 10.01

10.01: “Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros,


de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência
privada”.

Quando a cooperativa promove a venda dos planos de saúde, hipótese em


que passa a ter enquadramento no item 10.01 da lista anexa à Lei
Complementar nº 116/03, pois aí caracteriza-se o agenciamento que escapa
do conceito de ato cooperativo.
74
JURISPRUDÊNCIA STJ – ISS –
INCIDÊNCIA - COOPERATIVA
“TRIBUTÁRIO. ISS. COOPERATIVAS MÉDICAS. INCIDÊNCIA.

As cooperativas organizadas para fins de prestação de serviços médicos, praticam, com


características diferentes, dois tipos de atos: a) atos cooperados consistentes no exercício
de suas atividades em benefício dos seus associados que prestam serviços médicos a
terceiros; b) atos não cooperados de serviços de administração a terceiros que adquirem
planos de saúde.

2. Os primeiros atos, por serem típicos atos cooperados, na expressão do art. 79, da Lei nº
5.764, de 16 de dezembro de 1971, estão isentos de tributação. Os segundos, por não
serem atos cooperados, mas simplesmente serviços remunerados prestados a terceiros,
sujeitam-se ao pagamento de tributos conforme determinação do art. 87 da Lei
5.764/71.

As cooperativas de prestação de serviços médicos praticam, na essência, no


relacionamento com terceiros, atividades empresariais de prestação de serviços
remunerados. A incidência do ISS sobre valores recebidos pelas cooperativas médicas de
terceiros, não associados, que optam por adesão aos seus planos de saúde. Atos não
cooperados.

Recurso provido” (Resp nº 254.549-CE, Rel. Min. José Delgado, 1ª T., RSTJ-139/86). 75
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
EXPORTAÇÃO SERVIÇO
Art. 2o O imposto não incide sobre:

I – as exportações de serviços para o exterior do País;


(....)
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I
os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se
verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente
no exterior.

76
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
EXPORTAÇÃO SERVIÇO
STJ – ENTENDIMENTO - são tributáveis aqueles serviços
desenvolvidos dentro do território nacional cujo resultado aqui se
verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no
exterior.

Assim, para que haja efetiva exportação do serviço desenvolvido no


Brasil, ele não poderá aqui ter consequências ou produzir efeitos.

PORTANTO, há exportação de serviço quando, apesar de sua


realização ocorrer no Brasil, seus efeitos surtem no exterior
77
JURISPRUDÊNCIA STJ
ISS INCIDÊNCIA -
EXPORTAÇÃO SERVIÇO

REsp 831124 / RJ
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISSQN. MANDADO DE SEGURANÇA
PREVENTIVO. SERVIÇO DE RETÍFICA, REPARO E REVISÃO DE MOTORES E
DE TURBINAS DE AERONAVES CONTRATADO POR EMPRESA DO
EXTERIOR. EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS. NÃO-CARACTERIZAÇÃO. SERVIÇO
EXECUTADO DENTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL. APLICAÇÃO DO ART.
2º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº LC 116/03. OFENSA AO ART. 535 DO
CPC REPELIDA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DE DISPOSITIVOS
LEGAIS. SÚMULAS 282/STF E 211/STJ.
1. Tratam os autos de mandado de segurança preventivo impetrado por GE
CELMA LTDA. com a finalidade de obstar eventual ato do Secretário Municipal de
Fazenda de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, que importe na cobrança de
ISSQN sobre prestação de serviços consubstanciada em operações de retificação,
reparo e revisão de motores e turbinas de aeronaves, contratadas por empresas
aéreas do exterior. Sentença denegou a segurança.
78
CONTINUAÇÃO

4. Nos termos do art. 2º, inciso I, parágrafo único, da LC 116/03, o ISSQN não incide sobre
as exportações de serviços, sendo tributáveis aqueles desenvolvidos dentro do território
nacional cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente
no exterior. In casu, a recorrente é contratada por empresas do exterior e recebe motores
e turbinas para reparos, retífica e revisão. Inicia, desenvolve e conclui a prestação do
serviço dentro do território nacional, exatamente em Petrópolis, Estado do Rio de
Janeiro, e somente depois de testados, envia-os de volta aos clientes, que procedem à
sua instalação nas aeronaves.

5. A Lei Complementar 116/03 estabelece como condição para que haja exportação de
serviços desenvolvidos no Brasil que o resultado da atividade contratada não se verifique
dentro do nosso País, sendo de suma importância, por conseguinte, a compreensão do
termo "resultado" como disposto no parágrafo único do art. 2º.
79
CONTINUAÇÃO
6. Na acepção semântica, "resultado" é conseqüência, efeito, seguimento. Assim, para que

haja efetiva exportação do serviço desenvolvido no Brasil, ele não poderá aqui ter
conseqüências ou produzir efeitos. A contrário senso, os efeitos decorrentes dos serviços
exportados devem-se produzir em qualquer outro País. É necessário, pois, ter-se em mente
que os verdadeiros resultados do serviço prestado, os objetivos da contratação e da
prestação.

7. O trabalho desenvolvido pela recorrente não configura exportação de serviço, pois o


objetivo da contratação, o resultado, que é o efetivo conserto do equipamento, é
totalmente concluído no nosso território. É inquestionável a incidência do ISS no presente
caso, tendo incidência o disposto no parágrafo único, do art. 2º, da LC 116/03: "Não se
enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui
se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior."
8. Recurso especial parcialmente conhecido e não-provido.
80
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
ART. 2º LC 116/03
Art. 2o O imposto não incide sobre:

(...)

II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos,


dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de
sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-
delegados;

III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor


dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a
operações de crédito realizadas por instituições financeiras.
81
RESTITUIÇÃO ISS
NÃO INCIDÊNCIA - LOCAÇÃO DE
BENS E SERVIÇOS
Ex. Empresa de Locação de Veículos
Fazer a locação do Veículo, não é serviço; é obrigação de
dar o veículo.
Nestes casos, não devem pagar o ISS.
Caso ofereça também o serviço de motorista:
Separa as NF e paga ISS somente sobre a os serviços do
motorista.

Restitui os últimos 5 anos.


Jurisprudência...

Súmula Vinculante 31 do STF

É inconstitucional a incidência do
imposto sobre serviços de
qualquer natureza – ISS sobre
operações de locação de bens
móveis.”
PRECEDENTES DA SÚMULA 31 STF
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS). LOCAÇÃO DE VEÍCULO AUTOMOTOR.
INADMISSIBILIDADE, EM TAL HIPÓTESE, DA INCIDÊNCIA DESSE TRIBUTO
MUNICIPAL. DISTINÇÃO NECESSÁRIA ENTRE LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS
(OBRIGAÇÃO DE DAR OU DE ENTREGAR) E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
(OBRIGAÇÃO DE FAZER). IMPOSSIBILIDADE DE A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
MUNICIPAL ALTERAR A DEFINIÇÃO E O ALCANCE DE CONCEITOS DE DIREITO
PRIVADO (CTN/1966, ART. 110). INCONSTITUCIONALIDADE DO ITEM 79 DA
ANTIGA LISTA DE SERVIÇOS ANEXA AO DL 406/1968. PRECEDENTES DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO IMPROVIDO. Não se revela tributável,
mediante ISS, a locação de veículos automotores (que consubstancia obrigação
de dar ou de entregar), eis que esse tributo municipal somente pode incidir
sobre obrigações de fazer, a cuja matriz conceitual não se ajusta a figura
contratual da locação de bens móveis.
[RE 446.003 AgR, rel. min. Celso de Mello, 2ª T, j. 30-5-2006, DJ de 4-8-2006.]
TRIBUTO. FIGURINO CONSTITUCIONAL. A supremacia da Carta
Federal é conducente a glosar-se a cobrança de tributo
discrepante daqueles nela previstos. Imposto Sobre Serviços.
Contrato de locação. A terminologia constitucional do Imposto
Sobre Serviços revela o objeto da tributação. Conflita com a Lei
Maior dispositivo que imponha o tributo considerado contrato
de locação de bem móvel. Em Direito, os institutos, as
expressões e os vocábulos têm sentido próprio, descabendo
confundir a locação de serviços com a de móveis, práticas
diversas regidas pelo Código Civil/1916, cujas definições são de
observância inafastável — art. 110 do CTN/1966.
[RE 116.121, rel. min. Octavio Gallotti, red. p/ o ac. min. Marco
Aurélio, P, j. 11-10-2000, DJ de 25-5-2001.]
EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO
PIS-COFINS
TEMA 118 – STF – REPERCUSSÃO GERAL
O QUE ISSO QUER DIZER?

NF Serviços no valor de 100.000,00, em SP o ISS é de 5%


Vr. do Serviço = R$ 95.000,00
ISS..................= R$ 5.000,00
----------------------------------------------
Total.............= R$ 100.000,00
PIS/COFINS Alíquota de 9,25%
PIS/COFINS Sobre o Faturamento Total = R$ 9.250,00
PIS/COFINS Sobre o Faturamento SEM ISS Total = R$ 8.787,50
Recuperação de R$ 462,50 mês
Projeção para 5 anos anteriores = R$ 27.750,00
ISS fora da Base de Cálculo do PIS e COFINS
Diante do exposto, DEFIRO A LIMINAR requerida, para
suspender a exigibilidade tributária das contribuições ao
PIS e COFINS, tendo por base de cálculo os recolhimentos
efetuados pela impetrante a título de ISS.
Ressalvo à autoridade fazendária todos os
procedimentos cabíveis para constituição de seus
créditos.
Intime-se e notifique-se a autoridade impetrada, para
cumprimento imediato desta decisão, bem como
para prestar suas informações no prazo legal.
LIMINAR EXCLUSÃO ISS
• liminar exclusão iss - jfsp.pdf

92
EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO
PIS-COFINS
TESE

• EXCLUSAO DO ICMS – BASE DE CÁLCULO,


POIS ICMS NÃO É FATURAMENTO

• EMPRESAS LUCRO REAL/PRESUMIDO

• ENTENDIMENTO ESTENDE-SE PARA DEMAIS


TRIBUTOS QUE SÃO BASE (ISS, IPI, ETC)

94
DEVER DE TODOS FINACIAR À SEGURIDADE
SOCIAL (PREVIDENCIA, ASSISTÊNCIA E
SAÚDE)

95
PESSOA JURÍDICA

FATO
GERADOR
FATURAMENTO PJ PAGA
PIS/COFINS PIS/COFINS

FINANCIAR A
BASE DE
CÁLCULO SEGURIDADE
SOCIAL

195, I, b, CF
96
O QUE É FATURAMENTO?

CONCEITO CONTÁBIL

FATURAMENTO = RECEITA BRUTA


GANHO RECEI
GANHO PRESTA TA
VENDA ÇÃO
BENS
SERVIÇO BRUT
S A

97
FATURAMENTO = RECEITA
BRUTA = TODAS AS
RECEITAS

98
EXEMPLO

• Quando realizar a compra de uma TV de 50’ custando R$ 4.000,00


(custo + peças + tributos).

• Nesta hipótese, o tributo é faturamento do Estado, a empresa


apenas embute no preço do produto para posteriormente repassar
ao contribuinte.

• ICMS – 18% - R$ 720,00 valor correspondente ao ICMS sobre a TV.

• De fato, a empresa receberá R$3.280,00.


99
FATURAMENTO = RECEITA BRUTA
= TODAS AS RECEITAS
DECLARADO
INSCONSTITUCIONAL
STF

100
STF – INCONST. §1º ART. 3º LEI
9718/98

101
STF – INCONST. §1º ART. 3º LEI
9718/98

• O ALARGAMENTO DO CONCEITO
DE FATURAMENTO É
INCONSTITUCIONAL.

• FATURAMENTO = EFETIVO
RECEBIMENTO EMPRESA E NAO
TRIBUTO QUE DEVERÁ REPASSAR
102
STF – CONCEITO FATURAMENTO
1º) produto do exercício das atividades
correspondentes aos objetivos sociais da empresa;
(RE 240.785/MG, Relator Ministro Marco Aurélio, DJe-246 DIVULG 15-
12-2014)

2º) cuja nota distintiva é o ingresso financeiro


definitivo no patrimônio do contribuinte;

ARE 643.823, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 20/3/2013; ARE 645.618,
Rel. Min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe 5/10/2012; RE 371.258-AgR, Rel.
Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJ 27/10/2006; AI 716.675-AgR-AgR, Rel. Min.
Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 16/3/2011; e RE 390.840, Rel. Min. Marco
103
Aurélio, Plenário, DJ 15/8/2006.
NOVA LEI 12.973/14

RECEITA BRUTA É
TUDO, INCLUSIVE OS
TRIBUTOS

104
EXEMPLO

❑ FATURAMENTO = 100.000,00

LEI 12.973/14

❑ ICMS = 30.000,00 PIS/COFINS SOBRE


TOTAL
FATURAMENTO

❑ FATURAMENTO REAL = 70.000,00

105
STF – 574.706 –
TEMA 69
REPERCUSSÃO GERAL
STF entendeu que:

“a base de cálculo da COFINS somente poderia


incidir sobre a soma dos valores obtidos nas
operações de venda ou de prestação de
serviços. Dessa forma, assentou que o valor
retido a título de ICMS não refletiria a riqueza
obtida com a realização da operação, pois
constituiria ônus fiscal e não faturamento” 106
STF – RE 574.706 –
TEMA 69
REPERCUSSÃO GERAL

107
STF – 574.706 –
TEMA 69
REPERCUSSÃO GERAL

108
STF – RE 574.706 –
TEMA 69
REPERCUSSÃO GERAL

O ICMS NÃO SE INTEGRA AO


PATRIMÔNIO DO CONTRIBUINTE,
REPRESENTANDO MERO REPASSE
DE IMPOSTO PARA OS ESTADOS.

109
STF – 574.706 –
TEMA 69
REPERCUSSÃO GERAL

110
STF – 574.706 – VOTO MIN. CARMEM LÚCIA –
PARCELA ICMS

Desse quadro é possível extrair que, conquanto nem todo o montante


do ICMS seja imediatamente recolhido pelo contribuinte posicionado
no meio da cadeia (distribuidor e comerciante), ou seja, parte do
valor do ICMS destacado na ‘fatura’ é aproveitado pelo contribuinte
para compensar com o montante do ICMS gerado na operação
anterior, em algum momento, ainda que não exatamente no mesmo,
ele será recolhido e não constitui receita do contribuinte, logo, ainda
que, contabilmente, seja escriturado, não guarda relação com a
definição constitucional de faturamento para fins de apuração da base
de cálculo das contribuições. […]. Toda essa digressão sobre a forma
de apuração do ICMS devido pelo contribuinte demonstra que o
regime da não cumulatividade impõe concluir, embora se tenha a
escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS, todo ele, não
se inclui na definição de faturamento aproveitado por este Supremo
Tribunal Federal, pelo que não pode ele compor a base de cálculo
para fins de incidência do PIS e da Cofins. […]. Destacamos.
111
CÁLCULO ECONOMIA
R$ 62.050,00

❑ FATURAMENTO = R$ 10.000.000,00 (DEZ MILHÕES)

❑ ALÍQUOTA PIS/COFINS (CUMULATIVO) – 3,65%


(0,65% +3%)

❑ VALOR MENSAL A PAGAR – R$ 365.000,00

❑ ALÍQUOTA ICMS MÉDIA 17% = 1.700.000,00

❑ BASE DE CÁLCULO NOVA = R$ 8.300.000,00

❑ VALOR A PAGAR PIS/COFINS = R$ 302.950,00


112
STF – 574.706 –
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

❑(a) que a decisão alcance apenas os fatos geradores


ocorridos após o advento da a Lei nº 12.973/2014;

❑(b) a modulação dos efeitos da decisão, buscando sua


eficácia prospectiva;

❑(c) que a decisão se aplique apenas em relação ao


ICMS efetivamente recolhido e não em relação ao
destacado no documento fiscal.

113
STF – 574.706 –
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

❑ MODULAÇÃO EFEITOS DA DECISÃO PARA FRENTE

❑ IMPEDIR RESTITUIÇÃO 5 ANOS, PARA QUEM NÃO AJUIZOU


AÇÃO

❑ OBSCURIDADE: O VALOR DO ICMS QUE DEVERIA SER


EXCLUÍDO DA BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES:
O IMPOSTO TOTAL INCIDENTE NA OPERAÇÃO,
DESTACADO NA NOTA FISCAL, OU O VALOR
EFETIVAMENTE RECOLHIDO EM MOEDA AOS COFRES
ESTADUAIS? 114
QUESTÃO – RESPONDA E
ENTREGUE PARA A QUERIDA
PROFESSORA
EXERCÍCIO
Baixar o e-book da Prof – “Como ser um advogado de sucesso”, ler o
capítulo 10, sobre tributação na advocacia.

Trabalho individual – ler e analisar os pontos indicados sobre a


tributação do ISS para advogados e entregar dia 02/12/2019;

Responda como ocorre a tributação de ISS para advogados


autônomos, associados e para as sociedade de advogados
(unipessoal ou simples) sob o regime de tributação do simples
nacional.
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