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RESUMO
demonstrar a relevância do tema para o entendimento de uma série de variáveis individuais, como
processual e interacional, em caráter acessório. Em seguida, confere-se especial relevo aos efeitos
entre justiça e organização, esta entendida como um sistema misto em que coexistem eqüidade e
ABSTRACT
The objective of this paper is to discuss organizational justice in the workplace in order to
variables, such as employee attitudes and behaviors and several organizational variables, such as
culture and espoused values. In the first place, the justice social psychology basic tenets and the
research development concerning the multiple justice classes are examined: distributive justice
emphasis is given on the effects of equity or inequity perceptions on the work satisfaction and
motivation, and on the relationships between justice and organization, this one considered as a
mixed system in which equity and equality coexist. Thirdly, an organizational values typology
based in distributive justice is presented, and its implications to the identification of different
types of organizations are discussed. Finally, the contributions from the study of organizational
INTRODUÇÃO
demonstrar o papel crucial que os valores, crenças e sentimentos sobre o que é justo ou injusto
têm sobre as ações humanas. Os estudos sociopsicológicos vêm revelando que os julgamentos
sobre o que é justo e merecido, sobre direitos e deveres e sobre o certo e o errado estão na base
dos sentimentos, atitudes e comportamentos das pessoas em suas interações com os outros. O
De acordo com esses mesmos autores, os julgamentos de justiça são de interesse especial
para os psicólogos sociais porque os padrões de justiça são uma realidade socialmente criada e
mantida por grupos, organizações e sociedades. A justiça é importante para as pessoas dentro dos
grupos sociais, não só porque seus pensamentos, sentimentos e atos são bastante afetados pelos
julgamentos que fazem acerca da justiça ou injustiça de suas próprias experiências, como também
porque eles constituem uma fonte importante de suas reações aos outros. Nesse sentido, são esses
julgamentos que permitem aos grupos interagirem, ou não, produtivamente, sem conflito ou
desintegração social.
embora date oficialmente de 1961, com a publicação da obra “Social behavior: Its elementary
forms”, de George Homans, remonta tradicionalmente à década de 40. Nesse percurso até os dias
de hoje, quatro grandes fases podem ser demarcadas: a primeira fase, relacionada ao conceito de
privação relativa, que busca explicar o grau de satisfação ou de insatisfação com uma distribuição
de bens ou serviços pela comparação entre o que a pessoa (ou grupo) obtém e o que ela julga
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merecer, relativamente a outra pessoa (ou grupo). Sob essa perspectiva, os estudiosos tentavam
bens, serviços, promoções, salários etc. É a chamada Justiça Distributiva, em que pontificam duas
conhecida também como teoria da eqüidade (Homans, 1961; Adams, 1965; Walster, Berscheid &
Walster, 1973; Walster & Walster, 1975) postula a crença universal na proporcionalidade. Em
outras palavras, as pessoas julgam uma situação ou uma dada distribuição de resultados como
justa se a razão entre seus inputs (contribuições e/ou investimentos) e outcomes (resultados,
recompensas ou punições) é comparável à razão entre inputs e outcomes de outros, com quem se
compara. O princípio formal de justiça é, então, não dar a cada um o que deseja, mas dar a cada
um na razão do que vale ou do que fez por merecer, comparativamente ao outro. Em suma, o
justo é o proporcional. A abordagem multidimensional (Deutsch, 1985, 1991; Mikula, 1980; Utne
& Kidd, 1980) concebe a existência de múltiplas normas de justiça distributiva – eqüidade,
igualdade e necessidade seriam as principais –, cada uma das quais podendo ser igualmente justa,
para o estabelecimento de uma dada distribuição. Nesse caso, focaliza-se a justiça dos meios de
resolução dos conflitos ou dos processos de tomada de decisão quanto à repartição de recursos
(em geral, valiosos e/ou escassos) entre os membros envolvidos. A crença subjacente é a de que
uma situação é justa se os procedimentos de decisão são justos, independentemente dos seus
resultados. Tais procedimentos têm uma importância positiva e decisiva nas relações entre partes
A área de pesquisa mais recente, e por isso mesmo ainda pouco desenvolvida, envolve a
chamada Justiça Retributiva, cuja preocupação central é estudar como as pessoas reagem à
salvaguardas.
sistematização desse conhecimento (Mikula, 1980; Deutsch, 1985, Vermunt & Steensma, 1991;
Tyler et al., 1997), costumam reunir as seguintes indagações como impulsionadoras da teoria e
(b) que critérios as pessoas usam para avaliar uma situação como justa ou injusta?
(c) como as pessoas reagem, comportamentalmente, a uma situação percebida como injusta:
individualmente, ou coletivamente?
(f) quando as pessoas se preocupam com a justiça ou injustiça: a justiça é uma motivação
áreas mais férteis de aplicação dos conhecimentos acumulados pela Psicologia Social da Justiça.
Os estudos sobre concepções, percepções e reações a questões de justiça e de injustiça por parte
dos empregados em relação às organizações em que trabalham foram reunidos, a partir de 1987,
comprovadamente em, pelo menos, dois grandes eixos, que podem ser estudados de forma
justiça dos fins ou resultados alcançados, e a justiça processual ou procedimental, que diz
respeito à justiça dos meios usados para determinar as distribuições. A justiça interacional, que
está associada à qualidade do tratamento interpessoal, pode ser considerada um terceiro eixo, em
que pesem as controvérsias existentes sobre sua autonomia em relação à justiça procedimental.
Uma outra dimensão é também proposta, embora estudada há menos tempo e em menor
intensidade, qual seja, a justiça sistêmica, que se vincula à justiça da organização como um
sistema social.
tratamento das questões de justiça sob um duplo enfoque. Por um lado, a justiça
mais utilizadas para análise da motivação e satisfação no trabalho. Por outro lado, o nível
sistêmico, que remete a discussão para um foco mais amplo, levando-se em conta o conjunto de
crenças e valores culturais predominantes em uma organização, e endossados por seus membros,
articulação entre essas duas classes de justiça e os conceitos de clima e cultura. Sob essa
individuais por parte dos empregados de que seu trabalho e seu ambiente de trabalho propiciam
um tratamento justo; o clima seria um produto de valores pessoais de justiça, crenças descritivas
em função das quais os indivíduos avaliariam a ‘justiça das coisas por aqui’. Já a justiça,
entendida como crença compartilhada pelo grupo, representaria um valor do sistema, uma
propriedade estrutural das organizações; a cultura refletiria uma orientação organizacional sobre
os valores esposados que engendrariam os padrões de avaliação dos atributos ambientais. Valores
de justiça propiciariam uma base para os indivíduos selecionarem um curso de ação e escolherem
um referencial para dar sentido às coisas e explicar a realidade no nível de análise do sistema. A
cultura englobaria, então, crenças normativas de ‘como devem ser feitas as coisas por aqui’.
trabalho ou modificando os resultados que dele aufere. No primeiro caso, se se sentir sub-
menos do que acha que merece, pode reivindicar aumento salarial, engajar-se em greves ou
comportamental real, restam-lhe, segundo a teoria, estratégias psicológicas para lidar com o
sentimento de injustiça, que não mudarão sua situação real, mas alterarão sua percepção dela. A
são maiores do que inicialmente pensara, ou pode passar a acreditar que seus próprios resultados
(salários mais benefícios, por exemplo) são, de fato, mais valiosos. Dois modos adicionais de
esta, aliás, bastante improvável, em determinadas situações, pelos altos custos envolvidos) e
mudança do objeto de comparação social por outro que lhe seja mais similar.
Evidências empíricas reunidas por estudos de campo, em situações reais dentro das
organizações, têm demonstrado que altos níveis de motivação no trabalho dependem da crença de
se estar sendo justamente tratado pelo chefe, pela organização, etc.. Quando o indivíduo conclui
Cumpre observar que, à luz da teoria, não se supõe que o objeto de comparação social
desse percebedor, no caso um colega de trabalho ou alguém de mesma função e atividade dentro
da empresa, deva receber os mesmos salários, regalias ou vantagens ou ter os mesmos atributos
próprios investimentos e resultados (tudo com que contribui para seu trabalho e para a
organização e tudo que dela recebe) é igual à razão entre os investimentos e resultados do outro.
a defender a posição de que outros fatores poderiam afetar os julgamentos das experiências
pessoais. Para Folger (1986), o fator mais importante são as crenças quanto à justiça dos
procedimentos que levaram a uma dada distribuição de recursos, e não propriamente seus
resultados. Tais crenças são por ele chamadas de cognições referentes, e traduzem a idéia de que
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concluir que o processo de tomada de decisão em relação às recompensas disponíveis poderia ter
sido feito através de outros procedimentos, e, nesse caso, eles teriam recebido melhores
recompensas. Este é o foco da chamada Justiça Processual, que, em sua essência, enfatiza que os
outra área da vida pessoal, não se restringem à avaliação das recompensas. As pessoas estão
preocupadas, não simplesmente com o que obtêm, mas sim com o modo como obtêm, isto é, com
a justiça e legitimidade dos procedimentos de decisão. É nesse sentido que a participação dos
empregados nos processos decisórios que dizem respeito às suas atividades dentro da organização
humanos, Greenberg e Baron (1997) propõem que os gerentes devem levar em conta os seguintes
aspectos básicos:
Embora se possa pensar, em termos da teoria da eqüidade, que uma remuneração a maior possa
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funcionar como uma técnica motivacional útil para garantir um aumento de produtividade, a
experiência vem demonstrando que o aumento na performance, se for o caso, é temporário, pois
em pouco tempo o empregado passa a acreditar que ele, de fato, merece o que ganha, reduzindo
sua produtividade ao nível normal. Em segundo lugar, pagar uns trabalhadores a mais significa
empenhar em tratar seus empregados de forma eqüitativa, tarefa difícil dado o caráter subjetivo
forma cuidadosa e empática. Trata-se da justiça processual, ou seja, a relevância do “como” são
de valor que orientam as relações cooperativas variam de acordo com a natureza dos objetivos
que os grupos procuram atingir e com a forma e o grau de interdependência entre seus membros.
Nesse sentido, para Deutsch (1985), as relações cooperativas voltadas para a produtividade
bem-estar e desenvolvimento pessoal (família, por exemplo) seriam reguladas pelo princípio da
necessidade.
Pode-se afirmar, então, que sob a perspectiva da justiça distributiva, tanto pela abordagem
usado pelas pessoas dentro das organizações. Para Deutsch (1985), as orientações cognitivas,
motivacionais e morais das pessoas envolvidas em relações de base econômica, orientadas pela
eqüidade, são congruentes com a ênfase na diferenciação dos membros entre si em termos de seu
potencial para contribuir e de sua contribuição real. Em sendo assim, as pessoas são, em última
análise, substituíveis, porque as relações são vistas de forma impessoal e instrumental, ao invés
de uma combinação social singular e única. A integração no trabalho é atingida pelo foco comum
sentimentos interpessoais positivos. Durante algum tempo, análises desse tipo pareceram
eqüidade.
relações sociais solidárias significa que aos membros nelas envolvidos é atribuído o mesmo valor
como pessoas, o que acaba por gerar respeito mútuo e condições propiciadoras e mantenedoras da
auto-estima. As relações são vistas como um fim em si mesmo, ressaltando-se seu caráter
relacional e não-instrumental, na medida em que as ações estão baseadas no próprio sentido que o
coerentes com as implicações da adoção da regra da igualdade. Deutsch postula que esses tipos
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de orientação são típicos de relações de base igualitária, e, de um modo geral, bastante atípicos
resumem-se na questão dos dois subsistemas inerentes à vida organizacional, tal como proposta
por Katz e Kahn (1978). O sistema técnico ou de produção enfatiza o desempenho da tarefa ou a
manutenção cabe sustentar e preservar a distribuição de papéis e as inter-relações entre eles, e sua
membros da organização.
orientados pela eqüidade, e que envolvem o uso de regras que se opõem, eqüidade e igualdade,
Argumenta ainda esse mesmo autor que, na distribuição dos recursos e recompensas
organizacionais, outros fatores são mais importantes do que os inputs e outcomes dos seus
membros, entre os quais, a natureza dos sistemas sociais da organização. Nessa mesma linha de
injustiça são relevantes para os julgamentos dos membros e dos grupos em uma vasta gama de
status e prestígio, atitudes dos grupos em relação às gerências e aos sindicatos, avaliações
ou menor grau, mas com certeza de forma inevitável, por questões de justiça.
Greenberg (1993) e James (1993), ampliando-se o foco de análise do indivíduo para o sistema
mais amplo. A justiça passa a ser vista como uma propriedade do sistema organizacional,
devendo, portanto, ser estudada sob uma perspectiva mais abrangente. Para Greenberg (1990), a
justiça é o requisito básico para o funcionamento efetivo das organizações e para a satisfação
NA JUSTIÇA DISTRIBUTIVA
para resultados socialmente desejáveis de coesão e integração internas – Kabanoff (1991) propõe
um modelo teórico, que descreve esse dilema e explora suas implicações para os valores
organizacionais.
(Kabanoff, 1991);
duplo objetivo cria um problema de justiça porque envolve a decisão quanto aos tipos de
estrutura, processos e valores que elas devem ter. Se o foco é a coesão, a tendência seria
pelos quais as organizações tentam encontrar um equilíbrio sustentável entre esses valores
esses mesmos autores postulam a noção de estrutura de valor como “um padrão global de
entre eles” (p.1077). É essa dupla qualidade que se torna importante para a compreensão de como
valores organizacionais.
que a noção de poder representa nas questões de justiça. Segundo ele, o controle inicial sobre
recursos escassos confere poder a quem os detém, mas, com o tempo, esse poder acaba por
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institucionalizar-se. Embora a extensão do poder não seja diretamente equivalente à extensão dos
recursos escassos, o poder exerce uma importante influência sobre o modo como as partes fortes
e fracas vêem suas respectivas contribuições e sobre a natureza de suas orientações distributivas.
A propósito, cabe assinalar que Homans, o introdutor da justiça distributiva na psicologia social,
já destacara “o poder como o fenômeno mais primitivo subjacente à justiça distributiva” (1976, p.
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direção à igualdade quando o poder é descentralizado (poder igual). Por outro lado, as
Alguns exemplos trazidos por Kabanoff (1991) servem como ilustração da natureza
com poder altamente diferenciado e orientada pela eqüidade, que utiliza procedimentos de
modo, quando uma organização tem o poder igualmente distribuído e se orienta por igualdade,
diferenciação entre os membros para efeito de recompensas, eles passam a ter uma função
Das diferentes combinações possíveis entre essas duas variáveis, Kabanoff (1991)
apresenta quatro tipos ideais de organizações - que representam os modos pelos quais elas lidam
com o conflito de eqüidade e igualdade. A destacar que os tipos por eles descritos são tipos puros
e, como tais, não encontram uma correspondência direta com tipos empíricos, reais, de
organizações. A tipologia completa, proposta por Kabanoff et al. (1995), pode ser melhor
estrutura básica e processos – podem ser assim definidos os tipos ideais de organizações:
Em cada tipo de estrutura de valor, são enfatizados determinados tipos de valores, intensa
ressaltar que valores fracos ou pouco freqüentemente esposados não devem ser considerados sem
Pode-se verificar, a título de ilustração, que o tipo elite enfatiza valores relacionados à
normativo). Por contraste, o tipo colegial enfatiza valores de integração interna (afiliação, time,
compromisso) e de poder igual (participação e normativo) e desestimula os valores que são fortes
Kabanoff et al. (1995) relatam o teste inicial de validade de seu modelo teórico. De acordo
com os autores, se a tipologia é válida, ela deveria ser capaz de informar, de forma significativa,
organizações diferem em suas estruturas de valor, elas deveriam diferir também nos processos
que são consistentes com esses valores quando seus membros discutem problemas de mudança
oficiais das empresas com o objetivo de identificar os tipos de valores (identificados na tipologia)
esposados por essas organizações. Em função das estruturas de valor, essas organizações foram
agrupadas nos diferentes perfis previstos, os quais foram, então, relacionados com as descrições
resultados indicaram, em linhas gerais, que as organizações classificadas como tendo diferentes
estruturas de valor diferiam entre si, de forma teoricamente consistente, no modo pelo qual seus
organizacionais, Kabanoff e Holt (1996) avaliam as mudanças nos valores esposados por 85
diferentes tipos de estruturas de valor, tendo sido também considerada a influência das estruturas
iniciais de valores (primeira fase) na natureza das mudanças nos valores esposados.
Ainda que se possa admitir que novas evidências empíricas precisem ser reunidas para
atestar a validade desse modelo teórico e de sua relação com complexos fenômenos
organizacionais – por exemplo, com a gestão, processos e políticas de recursos humanos, bem
como com a performance e a produtividade – deve ser destacada sua fecundidade para a
compreensão de uma série de problemas da vida organizacional. Nesse sentido, é possível afirmar
a utilidade desse quadro de referência teórico para avaliar como as estruturas de valor podem
conferir às organizações coerência, força, estabilidade e feição particular, além de propiciar uma
Por outro lado, a tipologia aqui descrita constitui um vigoroso instrumento de análise das
organizações a fim de que se possa avaliar até que ponto a tipologia de Kabanoff (1991), testada
apenas em empresas australianas, pode ser usada de forma válida e fidedigna para caracterizar
suas respectivas culturas organizacionais e de como os valores por elas esposados podem
CONCLUSÔES
constituindo em uma das áreas mais férteis da pesquisa organizacional, realçando-se, nesse
causas dos procedimentos adotados para a determinação de suas recompensas (Greenberg &
distributiva tomando como foco de análise a organização como um todo. O nível sistêmico diz
respeito aos valores de justiça esposados pela organização, às orientações distributivas que se
refletem em sua estrutura básica e nos processos, políticas e estratégias organizacionais adotados
simultaneamente, um sistema social (Kabanoff, 1991; Kabanoff et al., 1995; Kabanoff & Holt,
1996).
organizacionais. O alcance dessas contribuições foi discutido neste trabalho em uma série de
conciliação entre eficiência econômica e integração interna; a ênfase nas manifestações das
mudanças culturais.
REFERÊNCIAS
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