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universitários de história
J . 7 DE NOVEMBRO, 1965
ANAIS.
FRANCA
1966
IH SIMPóSIO DOS PROFESSõRES UNIVERSITARIOS
DE HISTóRIA
I. - INTRODUÇÃO.
•
• •
lU. - OS SIMPóSIOS ANTERIORES.
•
• •
IV. - RELAÇÁO DAS COMUNICAÇÕES APRESENTADAS
NAS SESSõES DE ESTUDO.
*
* *
V. - O DESENROLAR DA SESSõES DE ESTUDO.
la. sessão. 10 horas. Quinta-feira. Dia 4 de novembro.
Presidência: Prof. Dr. Amaro Xisto de Queiroz (Minas Ge-
rais) .
la.). - Paula (Eurípedes Simões de) (USP). - As origens
das corporações de ofício. As corporações em Roma.
2a.). - Iglésias (Francisco) (UFMG). - Artesanato, manufa-
tura e indústria. Nota conceitual e tentativa de apli-
cação no Brasil.
3a.). -.Meneses (Ulpiano Toledo Bezerra de) (USP). - O
artesanato, a manufatura e a indústria em Delos hele-
nística (com projeções) .
*
2a. sessão. 14.30 horas. Quinta-feira. Dia 4 de novembro.
PreSidência: Prof. Dr. Hélio Dantas (Rio Grande do Norte).
4a.). - Mendonça (Alvamar Furtado de), Galvão (Cláudio Au-
gusto Pinto) e Dantas (Hélio). - Aspectos históricos
do artesanato no Rio Grande do Norte.
5a.). - Rodrigues (Leda Maria Pereira) (Madre Maria Ange-
la) (PUCSP). - As Minas de Ferro em Biraçoiaba
(São Paulo, séculos XVI-XVII-XVIII).
6a.). - Werner (Helena Pignatari) (PUCSP). - O artesana-
to no município de Osasco em fins do século XIX. A
família "Viviani".
-12 -
•
3a. sessão (questões pedagógicas). 9 horas. Sexta-feira.
Dia 5 de novembro.
Presidêndia: Prof. Dr. Alvamar Furtado de Mendonça (Rio
Grande do Norte).
França (Eduardo d'Oliveira) (USP). - Considerações sôbre
os seminários de História.
Paula (Eurípedes Simões de) (USP). - Algumas considera-
ções em tôrno do XII Congresso Internacional de Ciên-
cias Históricas (Viena, 28 de agôsto a 5 de setembro
de 1965) (com projeções) (2) .
•
4a. sessão. 14 horas. Sexta-feira. Dia 5 de novembro.
Presidência: Prof. Walter F. Piazza (Santa Catarina).
7a.). - Ribeiro (Maria da Conceição Martins) (FFCL. Rio
Claro. SP). - Os arquivos auto-biográfico e falado
(gravado) do Museu de Rio Claro.
8a.). - Castro (Jeanne Berrance de) (FFCL. Rio Claro. SP).
- Inventários da documentação administrativa muni-
cipal de Rio Claro (1837-1930).
9a.). - Chaia (Josefina) (FFCL. Marília. SP). - Inventário
sôbre o artesanato, a manufatura e a indústria no Bra-
sil de 1808 a 1889.
10a.). - Fenelon (Déa Ribeiro) e Monteiro (Norma de Góes)
(UFMG). - Levantamento das fontes primárias de
Congonhas do Campo.
lla.). - Paula (Maria Regina da Cunha Rodrigues Simões de)
(USP). - As fontes primárias existentes no Arquivo
da Cúria Metropolitana de São Paulo (São Paulo -
Capital) .
12a.). - Merschmann (Antônio Carlos Ribeiro) (FFCL Muni-
cipal de Taubaté. SP). - Fontes primárias de Tau-
baté.
(2). - Palestras reaUzadas nesta 3a. selllo de estudos a convite da Com1Isio
BltecuUva do UI Simp6l1o, sendo a primeira prevista por uma moçlo apro-
vada no 11 Simpósio e a segunda por ter sido o Prol. Slmõe. de Paula um
parUcipante brasileiro ao maior dos COllÇeuo de HlIt6rla realizado, que
reuniu mais de 8.000 ln8crlçõe•.
-13 -
*
5a. sessão. 8 horas. Sábado. Dia 6 de novembro.
Presidência: Prof. Dr. Eurípedes Simões de Paula (SP).
14a.). - Luz (Nícia Villela) (USP). - A política de Dom João
VI e a primeira tentativa de industrialização do Brasil.
15a.). - Siqueira (Sônia Aparecida) (USP). - O artesanato
e o privilégio. Os artesãos no Santo Ofício no século
XVIII no Brasil.
16a.). - Wright (Antônia Fernanda de Almeida) (USP). -
Alguns documentos referentes à América do Sul e Ca-
ribe existentes no "Scottish Record Office of Edin-
burgh" (documentos dos séculos XVII, XVIII e XIX).
17a.). - Machado (Pe. Sebastião Romano) (FFCL. Franca.
SP). - O artesanato como fator de humanização.
18a.). - Costa (Alfredo Henrique) (FFCL. Franca. SP). -
Influência da tecnologia sôbre a produção industrial.
*
* *
VI. - EXPOSIÇÃO DE TÉCNICAS POPULARES.
*
* *
VII. - A CASA DE PORTINARI. MOÇõES APROVADAS.
*
* *
VIII. - SESSÃO PLENA RIA DE 7 DE NOVEMBRO.
RESOL UÇõES.
• •
•
IX. - ELEIÇAO DA NOVA DIRETORIA PARA
O BI~NIO 1965-1967.
Diretor:
Prof. Dr. Alfredo PaI ermo .
Diretor do Departamento de História:
Pro f . Dr. José Ferreira Carrato.
Biênio 1965-1967.
Presidente: Prof. Dr. Eurípedes Simões de Paula (São Paulo,
S. P.).
Vice-Presidente Prof. Dr. Francisco Iglésias (Belo Horizonte,
M. G.).
Secretário-Geral: Prof. Dr. Sérgio Buarque de Holanda (São
Paulo, S. P.).
1.° Secretário: Profa. Dra. Alice Piffer Canabrava (São Paulo,
S. P.).
-20-
•
• •
COMISSÃO EXECUTIVA DO UI SIMPóSIO DE PROFESSÕRES
UNIVERSITARIOS DE HISTóRIA.
TíTULO I.
Das Inscrições.
Art. 1.0 - E' a ficha de inscrição, devidamente referendada pela
Comissão Organizadora do III Simpósio (Secretaria-Geral), o título
hábil de participação efetiva nas sessões e assembléias do mesmo
certame.
§ primeiro - Cada sócio participante, no ato da apresentação de
suas credenciais à Secretaria local do III Simpósio Nacional de Pro-
fessôres Universitários de História, depositará a importância de Cr$
1.000 (hum mil cruzeiros), taxa essa destinada às despesas da Secre-
taria-Geral da A.P. U.H., em São Paulo.
§ segundo - Além do sócio participante, haverá o especialista con-
vidado excepcionalmente pela Comissão Executiva do Simpósio, de no-
tório saber histórico, o qual poderá votar, dar pareceres, proferir pa-
lestras e ler comunicações.
§ terceiro - Os interessados em assistir às sessões e assembléias
do certame, embora não inscritos - por não preencherem os requisi-
tos estatutários exigidos pela A. P. U. H. - serão considerados ob-
servadores.
Art. 2.° - A Secretaria local do III Simpósio expedirá aos parti-
cipantes e observadores um certificado de comparecimento às ses-
sões do certame, para os efeitos que ocorrerem.
TiTULO D.
Das Comunicações.
Art. 3.° - A apresentação de comunicações ao III Simpósio é
reservada exclusivamente aos sócios da A.P. U.H.
§ único - A Comissão Organizadora do In Simpósio (Secretaria-
Geral), a quem cabem os convites e as inscrições ao Simpósio, enca-
minhará, em tempo hábil, à Comissão Executiva local, a relação dos
sócios inscritos e a dos que apresentarão comunicações, com os res-
pectivos temas.
Art. 4.° - Os autores de comunicações às sessões de estudo de-
verão apresentá-las sob forma de exposição oral, de maneira sinté-
tica, na sessão que lhes fôr programada.
- 22-
TITULO 111.
Das Reuniões.
TtTULO IV.
Das Moções.
Art. 8.° - As moções e propostas relativas ao âmbito próprio da
A. P. U. H. deverão ser apresentadas, discutidas e votadas durante
as Assembléias-Gerais .da Associação, porventura programadas no IH
Simpósio.
§ único - As moções e propostas serão postas em votação pelo
presidente da Mesa, e as deliberações serão tomadas pela maioria dos
presentes, com direito a voto.
TtTULO V.
Das Publicações.
TtTULO VI.
BAHIA.
José Calasans.
Jorge Calmon.
ESPíRITO SANTO.
Manuel Ceciliano Sales de Almeida.
Nelson Abel de Almeida.
Nilo Martins de Cunha.
GOlAS.
Ana Lúcia da Silva.
Gilka Ferreira.
Maria Augusta de Santana Morais.
Neusa Martins Rodrigues.
Wanda Cozetti Marinho.
GUANABARA.
Emília Teresa Alvares Ribeiro.
Eulália Maria Lahmeyer Lôbo.
Guy de Holanda.
Héijo Vianna.
Hugo Weiss.
Pedro Freire Ribeiro.
Sebastião da Silva Furtado, Tte-Cel.
MARANHÃO.
Wilson Pires Ferro.
MINAS GERAIS.
Amaro Xisto de Queiroz.
Daniel Valle Ribeiro.
Déa Ribeiro Fenelon.
Francisco Iglésias.
- 26-
Hamilton Leite.
José da Paz Lopes.
José Ernesto Ballstaedt.
José Olegário Ribeiro de Castro.
Manuel Casasanta.
Maria Efigênia Lage de Rezende.
Norma de Góes Monteiro.
Oneyr Ferreira Baranda.
Roberto Carvalho Mattos.
Amália Introcaso Bandeira de Mello.
PARANÁ.
PERNAMBUCO.
Amaro Quintas.
RIO DE JANEIRO.
SANTA CATARINA.
Walter Piazza.
- 27-
SÃO PAULO.
Assis.
Baurú.
José Gori.
Maria Antônia Prestes de Carvalho.
Maria da Glória Alves Portal.
Campinas.
Érsio Lensi.
José Narciso Ehrenberg.
Maria Cecília Mauro Freire.
Maria Lúcia de Souza Rangel.
JundiaÍ.
Maria Helena Degani Rocha.
Lorena.
José Luiz Pasin.
Teresinha Carvalho.
Lins.
Luiz Gonzaga Basetto.
Marília.
Carl Valeer Frans Laga (padre).
Edson Lacerda de Rezende .
•José Roberto do Amaral Lapa.
Josefina Chaia.
Maria Conceição Vicente de Carvalho.
Maria Luiza de Barros.
Nivaldo Romão.
alga Pantaleão.
Paulo Barros Camargo.
Daisy Ribeiro Carvalho.
Ribeirão Prêto.
Waldemar Roberto.
- 28-
Rio Claro.
Maria da Conceição Martins Ribeiro.
J eanne Berrance de Castro.
Santos.
José Afonso de Morais Bueno Passos (Pe.).
Taubaté.
Antônio Carlos Ribeiro Merschmann.
Franca.
Alfredo Henrique Costa.
José Ferreira Carrato.
Frei Lauro de Carvalho Borges.
Luis Antônio Hungria Cecci.
Maria Cintra Nunes Rocha.
Martha Abrahão Tavares da Silva.
Michel Haber. .
Sebastião Romano Machado (Pe.).
IH. - COMUNICAÇõES.
AS ORIGENS DAS CORPORAÇÕES DE OFíCIO.
AS CORPORAÇÕES EM ROMA (*).
Eurípedes Simões de Paula (**).
INTRODUÇÃO.
Durante muito tempo supusemos que as corporações de
ofício fôssem instituições tipicamente medievais e que tives-
sem surgido no século XI, período do renascimento urbano e
do comércio.
Mas ao estudarmos a História da Antigüidade verifica-
mos que em muitos povos da bacia do Mediterrâneo, ou a ela
ligados por estreitos laços de comércio, - qui-;á mesmo no
Extremo Oriente - sempre existiram agrupamentos huma-
nos, grêmios de mercadores, que se reuniam para a comum
defesa ou por interêsse comum. Somos assim forçados a admi-
tir a priori que essas associações de artesões ou de outras es-
pécies sempre existiram. Podemos ver isso muito bem no
antigo Egito e mais precisamente ainda na Mesopotâmia. O
código de Hamurabi (1) mostra uma série de preceitos jurí-
dicos concernentes ao comércio e aos mercadores. Podemos
verificar que o Templo tinha um papel muito importante e
funcionava como um verdadeiro banco, pois emprestava cer-
tas somas, mediante juros e fianças. Assim os traficantes po-
diam adquirir um carregamento para mercadejar, principal-
mente entre as tribos nômades que viviam no limiar do De-
serto Arábico. desempenhando o mesmo papel que entre nós
coube ao mascate que ia de fazenda em fazenda oferecendo
as suas mercadorias.
Não vamos estender êste nosso trabalho a todo o Oriente
Próximo, mas nos limitaremos ao mundo greco-romano que,
como todos sabem, continha o germem da instituição que
foi chamada na Idade Média de guildas, ou corporações de
ofícios.
..
(**). - Professor catedrático de História da Civilização Antiga e Medieval da
Faculdade de FUosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.
(*). - Trabalho publicado na Revista de IDst6ria n.O 65, janeiro·março de 1966
págs. 3-68.
(1). - Paula (Euripedes Simões de), Hamurabi e o seu CÓdigo, in "Revista
de História" n. o 56. São Paulo, 1963, págs. 257·270.
-34 -
(2). - Ferguson (W. S.), The Leadlng Ideas of the New Perlod, In ''The Cam·
bridge Anclent History" . Cambrldge. At tbe Unlverslty Press, 1928,
VII,
-35 -
*
II. - AS CORPORAÇõES NO INíCIO DA REPÚBLICA
ROMANA.
(8). - Marq., 111, pig. 138. Vide também o artigo de Kornemann, CoUeelum
in Pauly Wissova Real EDCyC. e Waltzing, CorporatioDs professioDeUes
chez les RomalDs, tomo I, pig. 75. Apud Fowler, op. clt., pig.
-37 -
Fig. 2. - Trabalhado·
res do campo em tOrno Qe
uma charrua com rodas e
relha (pedra gravada.) Apud
Duruy. op. elt., VI, pág. 582.
(11). - Cowell (F. R.), Clcero and the Roman RepubUc. Londres. Slr Isaac Pito
man and Sons,
-39 -
*
111. - AS CORPORAÇõES NO FIM DA REPúBLICA.
(38). - Vide a existência da prova na Lex Varia de 90, N'icolinl (G.), I fastl dej
Tribuni della plebe. Milão, 19lU. Apud Taylor, op. clt., págs. 36-37.
(39). - Salústlo, Catu., 23. Apud Taylor, op. clt., pág. 37.
(40). - Cf. Quinto Cícero, COmtn. Pet., 33. Apud Taylor, op. cit., pág. 37.
(41). - Comm. Pct., 34·38. Apud Taylor, op. cit., pág. 43.
(42). - R. P. 2. 5. 4·5: It1 paulatim populus qui domlnus erat <BC> cunctls gen·
tlbus imperitabat, dilapsus est et pro communi imperio pril'atim sibl quis-
que servltutem peperit. Apud Taylor, op. clt., pág. 44.
-45 -
(43). - Aseon., p. 7; Dião Cássio, 38, 13. Apud Lange (L.), Histolre intérieure
de Rome Jusqu'à la bataille d'Actium. Paris. Ernest Leroux. 1888. 11
volume, pág. 253; Cary (M.), in CAR, IX, pág. 524; Cowell, op. cit., pág.
189; Rolmes, op. clt., pág. 240.
(44). - Ascon., pág. 7. Apud Bouehé-Leclereq, op. cit., pág. 474.
(45). - Cie., Pro Sest., 25; In PisOD., 4, 8-9; Ad. Att., III, 4; Dião Cássio, XXXVIII,
13; Aseon. (ed. Clark), p. 7, 11, 14-15; pág. 8, 11-22-23 (ed. stangl), págs.
15-16. Apud B'Iuehé-Leelercq, op. cit., pág. 474; Rolmes, op. cit., pág. 330.
(458). - Cary (M.), in CAR, IX, pág. 524_
(46). - Cie. Pro Planr.., 15; Dião Cássio, XXXIX, 37. Apud Cary, in CAR, IX,
pág. 524.
(47). - Cary, in CAR, IX, pág. 524.
-46 -
(48). - Cowell, op. clt., pág. 189. Duruy, op. clt., V, pág. 408.
(49). - SObre êsse periodo recomendamos a leitura da tese de Uvre-docência
apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Belo Hori·
zonte pelo Prof. Daniel Valle Ribeiro, Cícero e a soluçlo polftlca da
Guerra Civil. Belo Horizonte. 1962. 173 págs. (mlmeografada).
(50). - Cícero, PhH., 1, 9, 23. Apud Adcock (F. E.), in CAH, IX, pág. 697.
(51). - Mommsen (Th.), BOm. Straf., 1899, pág. 874. Apud Holmes, op. cit., volu·
me li, pág. 146.
(52). - Suetônlo, Caes., 42: Josefo, Ant. Jud., XIV, 10. Apud Cowell, op. cit.,
pág. 260; Piganiol, op. clt., pág. 414; Adcock, in CAH, IX, pág. 697. Vide
sôbre êsse assunto a excelente obra do nosso mestre, Professor Jean Gagé,
Les classes sodales daDs l'Empire RomaiD. Paris. Payot. "BibUothêque
Historique".
- 47
111
(56). - Hensen n.o 6086. Apud Duruy, op. clt., tomo V, pig. 414. Vide também
Gagé, op. clt., págs. 308-312.
(57). - Digesto, XLVII, 22, 1. Apud Duruy, op. clt., tomo V, pág. 414.
(58). - Digesto, XLVII, 22, 1, § 1. Apud Duruy, op. clt., tomo V, pig. 414.
(59). - Digesto, XLVII, 22, 1, § 2. Apud Duruy, op. clt., tomo V, pág. 414.
(60). - Digesto, XLVI, lI, 2. Apud Duruy, op. cit., tomo V, pá,.
-49 -
(61). - Cf. Renier (L.), msc. d'Alg. 57, 60, 65, 70. Apud Duruy, op. clt., tomo
V, pág. 415. Vide também lnpiano, Diresto, 47, 11, 2; 49, 18, 2, 1. Roussel,
Syr1a, 15 (1934), págs. 50-58; Lesquier, L'Armée romalne d'Br:vpw, pAgs.
333·3411. Apud Starr Júnior (Chester G.), The Roman Imperial Na17 (31
B. C.-A. D. 324). Cornell University Press, 1941, pAgo 94.
(62). - Mommsen, Seine gründe und nicht überzeusend, pAgo ao. Apud Duruy,
op. clt., tomo V, pág. 414. Os cristãos é que se aproveitaram dessa per-
missão, pois ficara sub-entendido que êles podiam se reunir mais vêzes
por motivo reUgioso (Sed reUglonls causa cotre Don problbeDtur (Diresto,
XLVII, 22, 1, § 1). Apud Bouché-Leclercq, op. cit., pág. 475. AssIm nasce-
ram as catacumbas que tanta importância tiveram no Cristianismo pr!-
m1t1vo. Vide Gagé, op. clt., págs. 307-308.
(63). - Walter, Gesch. des BOm. Rechts, n.0 339. Apud Duruy, op. clt., tomo V,
pág. 415; Bouché-Leclercq, op. clt., pág. 474_
-50 -
(69). - PUnlo, Btst. Nat., XVllI, 3. Apud Duruy, op. elt., tomo V, PÚ. 418.
(70). - Munera (DIg., L, 6, 5, § \2. Apud Duruy, op. elt., tomo V, pAgo 418.
(71). - Bolssler, Inse. de Lyon, pAgo 398. Apud Duruy, op. clt., tomo V, pAgo 417.
(72). - CLI., tomo IV, 826. Bo1u1er, BeL rom., tomo ll, pAgo 332. Apud Duruy,
op. clt., tomo V, pAgo 417.
-52 -
(78). - Cf. Remer (Léon), Inscr. rom. de l'Algérle, n.os 80 e 70. O associado em
viagem recebia os gastos dêsse deslocamento; o veterano, antes de li·
cenciar-se, recebia 500 dinheiros. O mundo grego estava há muito cheio
de instituições dêsse tipo. As thiases formavam sociedades piedosas, de
socõrro-mútuo, de crédito, de segurança contra incêndio, etc. e seu dig-
natários, os derotes, talvez tenham dado o seu nome ao clero cristio.
Apud Duruy, op. cit., tomo V, pAgo 421.
(79). - Couch (Herbert Newell) e Geer (Russel M.), Classical CivWzation. Rome.
Nova Iorque, 1946. Prentice-Hall, Inc. pAgs.
-54-
(84). - Essa corporação de escribas devia ser a referida por Marcial (VIU, 38).
Apud Duruy, op. clt., V, pág. 409.
(85). - Corro PUn.·TraJ. (Epístola XXXIV (carta de Trajano). Apud Homo (Léon).
Le Haut Emplre. Paris. Presses Unlversltalres de France. 1933. Tomo In
da "HIstolre Romalne" da Coleção Glotz, págs. 427-428. Vide também
Duruy, op. clt., tomo V, pág. 409.
(86). - PlInlo, Epistola X, 31. Apud Bouché·Leclercq, op. clt., pág. 474.
(87). - Walbank, op. clt., págs. 47-48.
-56-
•
V. - AS CORPORAÇõES NO INíCIO DO BAIXO-IMPÉRIO.
A CRISE DO III SÉCULO.
(94). - Dlgesto, XLVII, 22, 1. Apud Miller (s. N.), CAB, XII, pig. 25.
(95). - Miller, CAB., XII, pág. 32; Besnler (Maurice), L'Emplre romaill, de l'av6-
nement des Sévêres au ConcUe de Nlcée. Paris. Presses Univers1talres
de France. Coleção Glotz, tomo IV. la. parte da Blstolre Romallle, piC.
-58-
(96). - Dlgesto, XLVII, 22, 1. Apud Besnler, op. clt., pág. 39.
(97). - Besnler, Mél. de I-'cole de Rome, 1899, págs. 199-258; Cagnat (R.), L'armée
romalne d'Atrlque. Paris. 1912, pága. 386-408. Apud Bern1er, op. clt., pág. 39.
(98). - Walbank, op. clt., pág. 48.
(99). - Ensslln (W.), CAB, XII, pág. 65.
(100). - Bouché·Leclercq, op. clt., pága. 473-4H
-59-
Aureliano (270-275).
•
VI. - O IV SÉCULO E A DECAD:B:NCIA DO IMPÉRIO.
(142). - Deuau, ILS, 6987. Apud Parker, op. clt., 125; Rostovtzeff. op. clt., pAgs.
376-378.
(143). - Dlgesto, L, 5, 3; 6 (5), 9. Apud Parker, op. clt., pAgo 125.
(144). - Altamlra y Crevea, op. clt., pAgo
-70-
(147). - C. Th., XIII, 5, 4; XIII, 8 ,1. Apud Parker, op. clt., pAgo 287.
(148). - Idem, XV, 14, 4; Euséblo, H. E., VIII, 15, 1. Apud Parker op. clt.,
pAgo 287.
(149). - Idem, XIII, 5, 1-3. Apud Parker, op. clt., pAgo 287.
(150) ....... Idem, 5, 5-7. Apud Parker, op. clt., pAgo 287.
(151). - Idem, XIV, 3, 1 (plstores); XIV, 4, 1 (suarll). O número dos centouarll
e 'abri foi também aumentado pela adição dos dendrophorl no seu co-
légio (XIV, 8, 1). Apud Parker, op. clt., pAgo 288.
(152). - Ignorância (Cod. Just., X, 32, 6); infâmia (X, 32, 2); idade ou incapa-
cidade física (X, 32, 13); consentimento do pai (X, 32, 5). Apud Par-
ker, op. clt., pAgo
-72-
(1.). -
••
C. '!'h., XIV, li, 7 (SM). Apud PlcanIo1. op. elL, pie. • •
(lU). - Námero indicado pela NoUtla ub.. 8 0 _ • o CarIo.... Apud .....
Dlol, op. elL, pAg. 288.
(170). - Soc., V, 18; C. '!'h., IX, 40, li (317); IX, 40, 5 (SM); XIV, 17, • (370) • .\paIS
ptgaDlol, op. cito, pi,. _ .
(l71). - C. Th., XIV, 17, W; Prudênclo, a4 Symm., m, 1147. ApUd PIIaDlol. op.
clt., pie. 2B8.
(1ft). - C. Th., XIV, 17, li. Apud PIIaDlol, op. clL, pie• • •
-77-
----..._---- .
-./,.
,
- - - .. OI-
-~-
FIg. 11. - Escravo operando um moinho de trigo, segundo um múmore do
VaUeano. Cons1sUa em duas pedras ou mós superpostas. A base 6 formada por
ama pedra cWndrtca de li pés de dlAmetro e de 1 pé de espessura. A m6 superior
(ea&Was) se ajustava 1 superffcle c6n1ca da m6 inferior (meu). Um eixo manUDha
o eaWaa e regulava o atrito. O escravo despejava o tr1co no funil ou parte _
perlor, de onde êle dese1a para um cone s61ldo da parte inferior, e a fr1elo das
duas par1es do moinho o reduzia a farlnha, que um condutor na base recebia 1
medida que ele f6_ eama,ado. Apud Duruy, op. cU., V, pil. 3117.
-78 -
ramos, por ora, a freqüência com que êsse donativo era dis-
tribuído (fig. 13).
A qualidade era geralmente má. Valentiniano recomenda-
va que se misturasse, ao sair do armazém, o trigo avariado ao
trigo bom (173). Além do panis gradilis, que era um "pão po-
(173). - C. Th., XI, 14, 1 (365). Apud Plganiol, op. clt., pAgo 287.
(174). - C. Th., XIV, 19, 1 (398). Apud Plganlol, op. clt., pAgo 287. Vide Gagé, op.
clt., pAgo
-80-
Fig. 16. - Ferreiro (segundo o Virgílio do Vaticano). Apud Duruy, op. clt.,
V, pág. 391.
Fig. 17. - Um ferreiro (Museu de Salnt Germain). Apud Duruy, op. cit.,
V, pág. 638.
FIg. 18. - Um ferreiro (Museu de Salnt Gennaln). Apud Duruy, op. clt.,
V,
-83-
(184). - Pelo menos é o que afirma Davles (O.). Roman Mines In Europe. Ol[·
ford. 1935. Apud Plganlol, op. clt.,
-84-
. Seleuci~
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._ A.D. ISO
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........ .......
FIg. 21. - As bases da frota Imperial romana. Apud Starr Jr•• op. clt.
-90 -
Fig. 22. - Pedreiro (segundo a Coluna Trajana). Apud Duruy, op. cit.,
V, pág. 392.
Fig. 23. - Um arquiteto (Museu de Salnt Germaln). Apud Duruy, op. clt.,
V, pig. 637.
FIg. 24. - PIntores de parede (Museu de Salnt Germaln). Apud Duruy. op.
clt., V. pág. 639.
•
• •
CONCLUSõES.
Ferguson (W. S.). - The Leading Ideas of the New Period, in "The
Cambridge Ancient History". Cambridge. At The Univer-
sity Press. 1928. Volume VII. XXXI + 988 págs.
Fowler (W. Warde). - Social Life at Rome in the Age of Clcero.
Londres. McMillan and Co., Limited. 1908. XIII + 362
págs. 4 figuras e 1 mapa.
Gagé (Jean). - Les classes sociales dans I'Empire Romain. Paris.
Payot. "Bibliotheque Historique". 1964. 485 págs.
Geer (Russol M.) e Couch (Herbert Newell ). - Classical Clvillza-
tion. Rome. Nova Iorque. Prentice-Hall Inc. 1946'. XXIII
+ 414 págs. 32 figs.
Hc.lmes (T. Rice). - The Roman Republic and the Founder of the
Empire. I. From the origlns to 58 B. C.; n. 58-50 B. C.; m.
50-44 B. C. Oxford. At The ClaTf~ndon Press. 1923. 3 vo-
lumes. XVI + 486, XVI + 337, XIX + 620 págs. 28 mapas.
Homo (L.éon). - Le Haut Empire. Paris. Presses Universitaires
de France. Volume III da "HÍlitoire Romaine" da Coleção
Glotz. 1933. 668 págs. 12 mapas.
Koch (Julius). - História de Roma. Tradução do alemão por José
Camón Aznar. Barcelona. Editorial Labor. 1930. 348 págs.
XXXI planchas. 137 figs.
Lange (L). - Histoire lntérieure de Rome jusqu'à la Bataille d' Ac-
tium. Extraído do livro "Roemische AlterthÜDler" por A.
Berthelot e Didier. Paris. Emest Leroux, Éditeur. 1885-1888.
2 volume. VI + 626 e 770 págs.
Last (Hugh). - The Social Policy of Augustos, in "The Cambridge
Ancient History". Cambridge. At The University Press.
1934. Volume X, XXXII + 1058 págs.
Miller (S. N.). - 'l'he Army and the Imperial House, in "The Cam-
bridge Ancient History". Cambridge. At The University
Press. 1939. Volume XII. XXVII + 849 págs.
Myres (J. N. L.) e Collingwood (R. G.). - Roman Britain and thc
English Settlements. Oxford. At The Clarendon Press. 1949
(2a. edição). Coleção "The Oxford History of England", edi-
tada sob a dir.eção de G. N. Clark. XXVI + 515 págs. 10
mapas.
Parker (H. M. D.). - A History of the Roman World from A. D. 138
to 337. Nova Iorque. The Macmillan Company. 1939. Vo-
lume VII da "Macmillan's History of the Greek and Roman
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Paula (Eurípedes Simões de). - Hamurabi e o seu código, in "'Re-
vista de História". São Paulo. 1963, n.O 56, págs. 257-270.
Paula (Eurípedes Simões de). - Marrocos e suas relações com a
Ibéria na Antigüidade. São Paulo.
-98 -
*
* *
INTERVENÇÕES.
*
Do Prof. UlpianoT. Bezerra/de Meneses (F.F.C.L. da U.S.P.).
A minha observação não invalida o que diz o Prof. Eurí-
pedes Simões de Paula sôbre as corporações entre os gregos
("o estabelecimento dêsses clubes não pode ser considerado
como uma conseqüência da vida econômica, a não ser remota-
mente ... "
- 99-
*
Do Prol. Carl Laga (F. F . C . L. de Marília, S. P.).
Indaga:
1.0). - Sôbre o papel dos collegia funeraria (págs. 63-64)
para a sobrevivência do Cristianismo.
Acha o Prof. Carl Laga que a afirmação "Cristianismo,
religião secreta", deveria ser mitigada, pois vários autores pa-
gãos (anteriores a Constantino) citam a Seita cristã e há in-
clusive apolegetas do Cristianismo que escrevem para um pú-
blico não unicamente cristão, até se endereçam mesmo ao Im-
perador. Continuando nessa mesma linha de pensamento, acha
que nas catacumbas, o Cristianismo não poderia "viver sub-
terrâneamente", por faltarem condições materiais para tanto
e por se ter espalhado o Cristianismo em muitos lugares onde
faltavam catacumbas.
2.°). - O tempo em que os collegia tornaram-se compul-
sórios.
Aponta o interpelador uma hesitação, no trabalho apre-
sentado, em definir êsse tempo. São citados, como imperadores
que urgiram a compulsoriedade, sucessivamente, Aureliano
(pág. 30), Diocleciano (pág. 36), Constantino (pág. 41). Com-
pare-se, além disso, pág. 56 (sôbre collegium naviculariorum)
e pág. 65. ("Os imperadores quase chegaram a tornar obriga-
tórias as corporações ... ") .
Pergunta se essa hesitação decorre das fontes diversas uti-
lizadas ou não.
3.°). - Finalmente, o Prof. Laga pergunta, a respeito da
continuidade dos collegia na Idade Média, se esta é testemu-
nhada, especificamente, nas cidades da Itália e no Império
Bizantino, e em caso afirmativo, por que tipo de fontes.
*
-100 -
•
Do Prof. Raul de Andrada e Silva (F.F.L.C. da U.S.P.).
Dado que a regulamentação das corporações medievais
constituem fator da consolidação e eficaz funcionamento das
mesmas, indaga ao especilialista que é o Prof. Simões de Paula,
se os colégios artesanais da Antigüidade chegaram a ter regu-
lamentação semelhante e com efeitos idênticos. Se não o ti-
veram, por que?
•
Da Profa. Heloisa Liberalli Bellotto (F.F .L.C. de Assis, S. P.).
- 101-
•
Do Prof. José da paz Lopes (F.F. da U.F .M.G.).
Pergunta se no Egito Antigo, onde a vida econômica era
centralizada, se havia interferência e qual era o procedimento
do poder real diante das várias associações de artesanato, tendo
em vista o que o Prof. Simões de Paula disse à pág. 4 do seu
trabalho.
•• •
RESPOSTAS DO PROF. EURfPEDES SIMõES DE PAULA.
•
Ao Prof. Carl Laga.
Quanto aos collegia funerários, diz que os cristãos se apro-
veitaram de um dispositivo legal que permitia a criação dêsse
tipo de corporação, para se reunirem nos cemitérios. Aí utili-
zando-se de alguns monumentos funerários, escavaram grandes
túneis e galerias no sub-solo, onde se reuniam. Foi a maneira
que encontraram para sobreviver num meio hostil, que consi-
derava o Cristianismo como uma religião perigosa para o Es-
tado, pois ela admitia escravos e senhores, romanos e peregri-
nos no mesmo pé de igualdade, sem falar do pacifismo, cousa
que não convinha a uma potência imperialista como era Roma.
Os cristãos não viviam dentro das catacumbas, utilizavam-se
delas para praticarem o seu culto e como refúgio contra as
perseguições. No Oriente, entretanto, não existiam catacum-
bas e os cristãos viviam principalmente nas "judiarias" exis-
tentes em muitos centros urbanos. Dessa maneira, puderam
êles agir mais livremente, apesar de serem também aí perse-
guido. Beneficiaram-se muito do fato do Judaismo ser de mui-
to conhecido em tôda a bacia do Mediterrâneo.
Quanto aos collegia compulsórios, lembrou que ao longo da
legislação romana, a partir do IH século da nossa éra, podemos
verificar a existência de dispositivos nesse sentido. Foram êles
reiterados diversas vêzes, até que no IV século, naturalmente,
as corporações tornaram-se compulsórias e hereritárias .
•
Ao Prof. José Roberto do Amaral Lapa.
Reafirmou o seu ponto de vista de que, na medida em que
surge o artesanato, existe a preocupação dos artífices em se
reunirem para a mútua defesa dos seus interêsses. Concorda,
entretanto, que essa forma associativa tornou-se mais comum
no período do desenvolvimento da manufatura. A sua afirma-
ção foi geral.
•
- 103-
*
À Profa. Heloisa Liberalli e Bellotto.
*
Ao Prof. José da paz Lopes.
No Egito Antigo a interferência maior era a do sacerdócio,
que geralmente era mais rico que o monarca. O
ARTESANATO, MANUFATURA E INDÚSTRIA.
(Nota conceitual e tentativa de aplicação ao Brasil).
Francisco IgIésias (*).
•
Obras citadas.
Antonil (André João). - Cultura e opulência do Brasil por suas
drogas e minas. São Paulo, Companhia Melhoramentos, 1923.
Brito (João Rodrigues). - Cartas econômicas e políticas. In "A eco-
nomia brasileira no alvorecer do século XIX". Salvador. Li-
vraria Progresso.
Clark (Colin). - Les conditlons du progres économlque. Paris. Pres-
ses Universitaires de France. 1960.
Fourastié (Jean). - Machlnlsme et blen-être. Paris. Les Éditions
de Minuit. 1952.
- - La productlvlté. Paris. Presses Universitaires de France.
1957.
Holanda (Sérgio Buarque de). - Caminhos e fronteiras. Rio de Ja-
neiro. Livraria José Olímpio. 1957.
Lima (Heitor Ferreira). - Formação Industrial do Brasil (Período
colonial). Rio de Janeiro. Editôra FUndo de Cultura. 1961.
Lisboa (José da Silva). Princípios de Economia Política. Rio de Ja-
neiro. Pongetti. 1956.
Luz (Nícia Vilela). - A luta pela Industrialização do Brasil. São
Paulo. Difusão Européia do Livro. 1961.
Marx (Carlos). - EI Capital, I (Libro primero, Sección cuarta -
XII e XIII - Dlvlslón dei trabaJo y manufactura, Maquinaria
y gran Industrla - P. 272/424). México. Fondo de Cultura
Econômica. 1959.
Paim (Gilberto). - Industrialização e economia natural. - Rio de
Janeiro. Instituto Superior de Estudos Brasileiros. 1957.
Sombart (Werner). - La Industrla. Barcelona. Editorial Labor. 1931.
•
• •
- 125-
INTERVENÇõES.
*
Do Prof. Dióres Santos Abreu (F.F .C.L. de Presidente Pru-
dente, S. P.).
Indaga:
1.0). - Qual a colaboração que o capital estrangeiro, par-
ticularmente o inglês, trouxe para a industrialização do Bra-
sil no século XIX?
2.°). - Qual a importância da fabricação do xarque e
da carne de sol no período colonial?
*
Da Profa. Nícia Villela Luz (F.F.C.L. da U.S.P.).
Deseja salientar a importância da comunicação do Prof.
Iglésias e pedir esclarecimentos em relação a uma dúvida que
lhe assaltou já ao preparar a sua própria comunicação a êste
Simpósio. Trata-se da referência feita por Luccock a uma "fá-
brica" de tecidos de algodão e lã, que não se limitava ao abas-
tecimento do mercado local e que teria existido e prosperado
anteriormente ao alvará de D. Maria I, na região de Barba-
cena. Teria então havido, antes da transferência da Família
Real para o Brasil uma tentativa manufatureira em Mines
Gerais?
*
Do Prof. Ady Ciocci (Faculdade Ciências Econômicas "São
Luís", S. P.).
- 127-
*
Do Prof. István Jancsó (F.F.C.L. da U.S.P.).
O critério utilizado, parece-lhe, foi o de tentar estabele-
cer a distribuição em tese de artesanato, manufatura e indús-
tria mediante o do grau de complexidade mais ou menos equi-
valente que permite, por solicitar. a constante adeqüação dês-
se nível tecnológico.
Pergunta, pois qual a precisão conceitual apresentada e em
que têrmos o Prof. Iglésias supera a imprecisão: "a conjun-
tura determina as transformações"?
*
Do Prol. Élzio Dolabela (F.F.C.L. da P. U. de Campinas,
S. P.).
1.°). - Já que se falou em periodização, poderíamos In-
cluir uma fase, a atual, em que o artesanto, em virtude de não
poder concorrer com a máquina em bases econômicas, seria a
sua sobrevivência devido à terapêutica ocupacional?
2°). - Poderíamos incluir como característica do artesana-
to a utilização da capacidade de trabalho, durante a entre-::;afra,
os períodos de frio, etc., difíceis de trabalhar fora de casa?
*
Da Profa. Alice Pifer Canabrava (F.C.E.A. da U.S.P.).
Reconhecendo os grandes méritos do trabalho do Prof. Iglé-
sias e as grandes dificuldades da tentativa de periodização do
esenvolvimento das atividades de transformação da matéria
prima e produção de bens de consumo e produção no Brasil,
pergunta se é defensável a periodização proposta em seis fases,
pois do próprio texto da comunicação constam, ao que parece,
várias contradições: a) sôbre o segundo momento (período de
D. João VI) como o Autor esclarece, não se concretizaram as
medidas da política de desenvolvimento tentadas por D. João
VI, tendo apresentado antes uma possibilidade do qUe
- 128-
•
Da Profa. Maria Cecília Mauro Freire (F.F.C.L. da P.U. de
Campinas, S. P.).
Deseja apenas um esclarecimento a propósito da periodiza-
ção do processo industrial do Brasil.
Pergunta se podemos dizer que somente com a Revolução
Industrial, a partir do século XVIII, é que encontramos uma
consciência européia industrial, até que ponto podemos consi-
derar como atividade industrial os engenhos brasileiros do sé-
culo XVII, em que já encontramos o uso precário da máquina
e a divisão de trabalho?
•
Do PrOl. Raul de Andrada e Sllva (F.F.L.C. da U.S.P.).
Indaga do ~rof. Iglésias o seguinte:
Se aceitamos, como nos parece inquestionável, que, entre
outros componentes, a "técnica de produção" é um dos elemen-
tos essenciais na diferenciação entre artesanato, manufatura e
maquinofatura, não seria desejável que à periodização da evo-
lução industrial brasileira, se associasse o estudo da evolução
tecnicológica para fins de uma "conceituação" mais precisa des-
sas atividades econômicas?
*
- 129-
•
• •
RESPOSTAS DO PROF. FRANCISCO IGLÉSIAS.
•
- 130-
•
A Profa. Nícia Villela Luz.
Sabe-se de tentativas manufatureiras em Minas anterior-
mente à vinda da Côrte portuguêsa para o Brasil. Foram es-
sas tentativas, principalmente em. Minas, que provocaram o
alvará de 1785 de D. Maria I. Sôbre a fábrica de tecidos de
Barbacena, a que se teria referido Luccock, o autor da comu-
nicação não tem elementos para informação pormenorizada .
•
Ao Prof. Ady Ciocci.
A obra de Adam Smith A Riqueza das Nações é importante
não só para a História Econômica e para a Economia, mas pa-
ra tôda a ciência social e para a psicologia, por ser a análise
lúcida do estado econômico no fim da época manufatureira na
Inglaterra e na alvorada do industrialismo. Publicada em 1776,
tornou-se o ponto de referência de uma situação que se apa-
gava e de outra que surgia. O
- 131-
•
Ao Prof. István J ancsó.
Na comunicação é reconhecido que a conceituação dos têr-
mos tem que levar em conta a complexidade do nível tecnoló-
gico inserido numa realidade social ampla. Quando se diz que
a conjuntura determina as transformações é que se tem em
conta que ela é que condicionou o processo social, exigindo a
todo momento mudanças no nível da produção para que a so-
ciedade esteja equipada a dar a resposta que se exije dela.
Não vê o autor imprecisão no que escreveu, apenas reconhe-
cendo que podia ser mais completo, não fôsse o caráter de sín-
tese dos trabalhos do gênero que apresentou.
•
Ao Prof. Élzio Dolabela.
Não parece ao autor que se deva ligar a sobrevivência do
artesanato à necessidade de terapêutica ocupacional. E' claro
que o artesanato pode ter essa função, mas não é ela a princi-
pal; a sobrevivência de tal forma produtiva obedece a fatô-
res imperativos, de natureza econômica. Também não reco-
nhece nessa sobrevivência a necessidade de ocupar mão-de-obra
no período de entre-safras ou de frio. E' claro que então essas
atividades podem ter mais cultivo, mas não é possível partir
daí para a conceituação, que deve ater-se ao geral, não ao
episódico.
•
À Profa. Alice Piffer Canabrava.
o autor reconhece que é discutível a periodização propos-
ta, tanto que insistiu em que ela nada tem de dogmático. Não
vê motivos, porém, para que se fale em contradições. Se é
certo que só o movimento industrial incentivado pela Segunda
Guerra Mundial é que deve ser visto como a verdadeira arran-
cada para a instauração da indústria no Brasil - é o que
consta de sua comunicação também -. parece-lhe legítimo
buscar os antecedentes dessa arancada. ~sses
- 132-
•
A Profa. Maria Cecília Mauro Freire.
O fato de haver uma consciência industrial mais definida
em época muito recente não significa que não houvesse indús-
trias antes: elas já existiam não só antes da chamada Revolu-
ção Industrial, mas até em épocas mais recuadas. Assim, pa-
rece perfeitamente correto falar no engenho açucareiro do sé-
culo XVII como indústria.
•
Ao Prof. Raul de Andrada e Silva.
E' exato o que se diz na observação : a periodização do
processo industrial brasileiro, para ser bem feita, implica em
estudo da tecnologia da produção, uma vez que ela é que auto-
riza a caracterizar um período como artesanal, manufatureiro
ou industrial. O estudo sugerido, para ser bem feito, exige uma
extensão que os limites de uma comunicação não comportam.
•
- 133-
(6). - Para o periodo que vai de 166 ls catA8trofes de 88 e 69 a.C., que marcam
o fim de sua Importância como pOrto (28. dominação ateniense), é
fundamental P. Roussel., Délos, colonle athénlenne. Paris. 1916.
(7). - 111, 23, 3; VIII, 33, 2.
(8). - A população subiu logo para 25.000 almas, segundo c61culos de J. Tréheux,
Bulletln de correlpondance henénlqtl~, 76, 1952, p. 582, o que representa
cifra elevada na Ant1gü1dade, ainda mais em Delos, dada sua ex1gül.dade.
li km de comprimento e largura mâxlma de 1,3 km.
(9). - Importante repositório de informaçOes e referências sObre a atividade
industrial e artesanal em Delos é o cap. V de W. Déonna, La vie privbe
dei déUens, Paris, 1M3, que serve de introdução (embora publlcado pos-
teriormente) ao seu "Le mobWer déUen", em Exploration archéoloc1que
de Délos, fasclculo XVIII. Paris. 1938. Fique claro, desde Já, que, a rigor,
dever-se-ia falar apenas de artesanato, em Delos. Manufatura e princi-
- 138-
quer como sala de banho (12). Certos engenhos, por suas di-
mensões, exigiam tração animal e se destinavam a moer o tri-
go para padarias (13); outras vêzes, contudo, o tamanho não
caracteriza a natureza exata do trabalho.
Alguns edifícios de uso público tiveram também salas apro-
veitadas para instalação de oficinas. Na Agora dos Italianos
há pelo menos duas oficinas de marmorista e uma de coroplata.