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Apresentação.
Este trabalho destina-se aos profissionais da Tecnologia de Informação e de Facilities e a todos
que tem como objetivo estabelecer formas de implantação e operação de Infra-estrutura
destinada ao suporte de operações de missão critica, em especial centros de dados.
Apresentamos elementos que devem ser considerados no planejamento de data Centres, desde
as boas praticas na área da Tecnologia da Informação, planejamento de espaços e meios de
refrigeração, com os impactos provocados na demanda e consumo de energia.
São consideradas exigências para data centres verdes “Green IT” e que devam seguir Códigos
de Conduta como, por exemplo, o definido pela União Européia.
Hoje houve uma significativa mudança nas preocupações dos responsáveis pelas áreas de TI em
infra-estrutura onde a eficiência energética passou a fazer parte dos fatores preponderantes no
planejamento e implantação de estruturas físicas:
- Deve ser confiável com disponibilidade adequada ao tipo de operação (24x7 ou 8x5).
- Deve possuir capacidade (elétrica e climatização) de forma escalável, permitindo
crescimento gradual, sem ociosidade que acarrete em prejuízo financeiro e baixa eficiência
energética.
- Todas as demais escolhas e especificações devem ser determinadas com foco na
eficiência energética.
Agindo em cascata, estas ações podem resultar em praticamente 50% de redução de consumo de
energia na área de produção, quando comparado a um Data Center padrão.
Com estes ajustes podemos reduzir o CAPEX e OPEX em pelo menos 30%.
Vejam este gráfico com o resultado obtido pelo Google em seus Data Centres.
O uso de servidores
adequados permite
reduzir o consumo de
energia nos
equipamentos de TI
(cor laranja). Soluções
gerais de projeto
reduzem o consumo
total de energia do
Data Center, sobre um
data Center padrão.
Estimam em mais de
30% por ano por
servidor o ganho com
estas medidas.
Portanto quando as condições permitem paradas para manutenção e custo ponderável no caso de
paradas intempestivas um projeto nível 2, pode ser adequado.
O índice PUE é a relação entre a Energia Consumida Total (Refrigeração, Serviços Prediais e
Equipamentos de TI) / Energia Útil (equipamentos de TI) e portanto, relaciona a energia
efetivamente consumida nos processos de TI com a energia total consumida.
Chegamos a 22% de redução de custo total de propriedade (Opex + Capex) por servidor
em dez anos de operação, apenas com ações de projeto de construção e instalações.
Tecnologias de TI evoluem rapidamente, mas o prédio para o Data Center deve ser projetado
para pelo menos 20 anos de vida útil com capacidade de crescimento modular, seja em área
construída e equipada quanto na filosofia dos sistemas, pois as exigências mudam.
Considerar implantação passo a passo, como por exemplo, data centres segmentados permitindo
economia inicial e operacional.
Para demandas limitadas na pratica até 1.000 kW, a solução com dois sistemas independentes e
fontes duplas é a solução padrão. Esta solução exige a duplicação de todos os elementos que
compõe o sistema elétrico exigindo investimento e custeio das perdas por baixa eficiência e
meia carga.
Para projetos acima desta demanda este modelo tem dois agravantes:
A solução pratica para reduzir este impacto esta no modelo 1,5 N, três barramentos com
redundância distribuída, obtendo-se:.
- Menor investimento sendo instalada 1,5 vezes a demanda requerida contra 2 vezes no
modelo convencional.
- Melhor rendimento, com equipamentos trabalhando entre 60 a 65% da capacidade
nominal.
- Mesmo índice de disponibilidade, obtido no modelo redundante centralizado.
Os estáticos de dupla conversão apresentam bom custo inicial e são mais comuns, porém tem
menor rendimento. Os de regulação paralela apresentam elevada eficiência e autonomia nas
mesmas condições dos estáticos de dupla conversão.
Os dinâmicos (com fly-wheel) com custo inicial mais elevado exigem projeto especifico em
função do reduzido tempo de operação sem rede (15 a 20 segundos), porém são muito eficientes
e confiáveis intrinsecamente, por não dependerem de baterias.
Seguindo padrão Norte Americano, muitos Data Centres tem sido projetados em 480 V, com a
necessidade de transformadores acoplando os UPS a carga, normalmente servidores ligados de
120 a 208 V.
Estes transformadores são aptos a operar com significativo conteúdo harmônico na carga, tem,
no entanto, três inconvenientes:
Com a melhor qualidade das fontes de alimentação, com menor conteúdo harmônico e sendo os
UPS aptos a manipular esta condição, o conjunto das boas praticas de eficiência energética
aponta para adoção de sistemas em 380~400 V, e servidores ligados diretamente em 220~240
V.
Para diferentes densidades de carga, existem diferentes soluções de climatização, que exigem
diferentes demandas de espaços físicos. Os modelos tradicionais atendem densidades de até 2
~3 kW/m² (condicionadores tipo down-flow, insuflamento pelo piso e retorno ambiente).
Podemos ainda ajustar os projeto de climatização as reais condições locais, usando recursos de
free-cooling, energia geothermal, cursos d’água existentes.
Grande parte do desperdício de energia com climatização vem da operação em contraponto dos
condicionadores, onde algumas unidades umidificam e outras desumidificam e reaquecem ao
mesmo tempo. Um adequado sistema de controle descarta este problema.
Definir ambientes independentes para atender as cargas de alta densidade. Estes ambientes
podem ser substituídos por soluções específicas desenvolvidas por alguns fabricantes reunindo
num mesmo conjunto os racks, o sistema de condicionamento e o sistema de força, viabilizando
a instalação de racks de alta densidade em locais não preparados para isto.
Devemos evitar um dos erros mais comuns. O custo do edifício (imóvel e obras civis) é muito
pequeno em relação ao custo total do Data Center, 10% talvez, e um edifício inadequado pode
significar elevado custo de implantação das instalações e respectivo consumo de energia.
- Estacionamentos.
- Áreas para equipamentos técnicos.
- Portaria e dependências de recepção e controle.
- Paisagismo.
A concepção do projeto deve atender aos requisitos das referencias citadas, como a TIA 942,
quanto a segurança do complexo e oferecer todos os meios para que os equipamentos de
produção, controle e telecomunicações e infra-estrutura de energia e climatização sejam
instalados e operados com a máxima eficiência e adaptabilidade.
Um projeto reduzido pode aparentemente ser menos confiável, porém estas medidas podem não
só recuperar como incrementar a confiabilidade, até em função do menor numero de
componentes necessários.