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CESARIO VERDE, CANTICOS DO REALISMO Cesario Verde, Cénticos do | + Realismo [0 Livro de . Cesério Verde) Si «0 Sentimento dum Ocidental» | * Ueitura obrigatérial = © poema longo; Escolher mais 3 poemas, de entre os seguintes: «Num Bairro Moderno» «Cristalizaces» «De Tarde» «De Version «A D8bil» PROGRAMA ~ estrofe, metro e rima; Arepresentacao da cidade e dos tipos sociais Deambulacao e imaginacao: 0 observador acidental. Percecao sensorial e transfiguracao do real. Oimagindrio épico [em «0 Sentimento dum Ocidental») ~ a estruturacao do poema; ~ subversdo da meméria épica: 0 Poeta, a viagem e as personagens. * Linguagem, estilo e estrutura: ~ recursos expressivos: a comparacao, a enumeracao, a hi tafora, a sinestesia, 0 uso expressivo do adjetivo e do advérbio. rbole, a me- Wass Siete ¥ Acidade é 0 lugar onde se acumula a multiddo, quer em casas apalacadas e burguesas, quer em bairros insalubres e becos miserdveis. ¥ A cidade & povoada de tipos sociais das diversas clas- ses: aristocracia, burguesia, artifices, operdrios, vendedo- res. ¥ Acidade «desperta um desejo absurdo de sofrer» no su- jeito poético que a vé como um lugar de atracao e de repul- sa, de futilidade, da moda, de corrupcao e de doenca, de aprisionamento da «dor humana». Por isso, ¥ Os males da cidade interpelam o sujeito postico e esti- mulam 0 seu olhar comovido e solidério com os trabatha- dores PAVE TaN) ase ee ee ¥ 0 posta deambula pelas ruas da cidade, sem roteiro de- finido e, nessa deambulacdo, observa a realidade: lugares e pessoas com as quais, acidentalmente, se cruza 7 0 real captado estimula as sensacdes, as emocoes, as reflexes e a imaginacao do sujeito poético. ase Mela ore ter 0 ¥ Captao impressionista da realidade: o real apreendido através de impresses [a cor, a luz, o movimento, os seres e as coisas fugazes) que estimulam o sujeito postico. U real percecionado através das sensacoes, muitas ve- es misturadas em sinestesias. NU ¥ Busca da perfeico formal: a regularidade estréfica e métrica {uso preferencial do verso decassilabico e do ale- xandrino}; uso da rima ¥ Valorizacio poética do vocabulério quotidiano e colo- quial [prosaismo); uso de estrangeirismos de época ¥ Utilizagao do adjetivo e do advérbio em combinagdes de palavras semanticamente desajustadas. ¥ Uso original de comparacdes e metéforas transfigura- doras; hipdlages, sinestesias, enumeracies. ONC aeday Roe enitartee Miser Cuie rey 0 poema foi publicado no 3.° centendrio da morte de Camoes (1880) O poema longo ‘Aextensao do poema contribui para a atmosfe- ra épica. Retiree (0 poema esté organizado em 4 partes perfeita- mente simétricas: = 11 quadras com o primeiro verso decassité- bico e os trés restantes alexandrinos (12 sila- bash; = cada uma das partes corresponde a etapa de uma deambulacéo espacio-temporal e emo- ional levada a cabo pelo sujeito postico: = Ave-Marias: ~ Noite fechada; = Ao gas: - Horas mortas. Bt ecueien PRE cuickeet ceeue roar Aestétua de Camies, que o sujeito encon- tra na deambulacao pela cidade, é 0 simbolo dessa meméria passada, apenas estétua num ‘«recinto publico e vulgar». 7 A deambulacao do Poeta é uma epopeia as avessas, uma viagem pela miséria nacional. 0 ‘«épico doutrora» é apenas um simbolo e os herdeiros dos marinheiros portugueses mo- ram em bairros infectos, s8o os filhos que as varinas embalam nas canastras e irao naufra- gar nas torments. 7 O mar, que no passado foi descoberta, nistro», no presente. ¥ 0 futuro € um sonho impossivel para os «emparedados» do Ocidente. «si- A HETERONIMIA PESSOANA FERNANDO PESSOA * Aquestao da heteronimia Carer aL ty ARO DE CAMPOS FERNANDO PESSOA iN tot omodermo OE Tt oclassico PTY ete N51 4-9 Oe Cuu uy

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