A filosofia difere desta abordagem, na medida em que considera uma base de dados
como um conjunto das tabelas de informações, com os respectivos modos de
apresentação.
Actualmente, existem vários bancos de dados gerenciando nossas vidas. Nossos dados
pessoais, por exemplo, certamente estão armazenados em um Banco de Dados. Sabe-se
também que quando saca-se dinheiro no caixa eletrônico de um banco, nosso saldo e as
movimentações existentes em nossa conta bancária já estão à nossa disposição.
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Banco de Dados
Abreu, Carvalho e Azevedo (2011) dizem que “um banco de dados é uma colecção de
dados que, interligados, formam um sentido. Por exemplo, a lista telefônica possui
diversos registros interligados, portanto, pode ser considerado um exemplo de banco de
dados.” (p. 31)
No banco de dados, os dados são inseridos em tabelas específicas, por exemplo, tabela
carros, tabela marca, tabela ano e tabela preço, que, ao serem relacionadas, se tornam
um banco de dados de uma concessionária de carros, por exemplo.
Utilidade
Acrescentam ainda os autores acima que uma base de dados serve para gerir vastos
conjuntos de informação de modo a facilitar a organização, manutenção e pesquisa de
dados.
Vantagens
Abreu, Carvalho e Azevedo (2011), apresentam como vantagens de uma base de dados
as seguintes:
Facilidades básicas
Adicionar novos ficheiros;
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Remover ficheiros;
Inserir novos dados num ficheiro;
Remover dados de um ficheiro;
Actualizar dados de um ficheiro;
Obter informação específica a partir dos ficheiros da base de dados.
Conceitos básicos
Relações / Tabelas - possuem uma organização em colunas e linhas;
Campos / Atributos - correspondem às diferentes colunas de uma relação;
Registos / Tuplos - correspondem às várias linhas de uma relação;
Domínio - conjunto de valores permitidos para um dado atributo;
Base de dados relacional - em lugar de manter toda a informação numa única
tabela, esta é separada por diferentes tabelas que se relacionam entre si por
idênticos conjuntos de atributos.
Nova tabela
Vista de folha de dados – criar uma nova tabela na vista de folha de dados;
Vista de estrutura – criar uma nova tabela na vista de estrutura;
Assistente de tabelas – criar uma nova tabela com a ajuda de assistente de
tabelas;
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Importação de tabelas – importa para a base de dados actual tabelas de um
ficheiro externo;
Ligação de tabelas - cria na base de dados actual tabelas que ficam ligadas a
tabelas existentes num ficheiro externo;
Campo simples - pode ser designado como chave primária quando o campo
possui valores exclusivos, como números de código ou de referência
Múltiplos campos - em situações em que não se pode garantir a exclusividade
de nenhum campo simples, deve designar -se dois ou mais campos como
chave primária. A situação mais comum em que isto acontece é nas tabelas
utilizadas para relacionar duas ou mais outras tabelas.
Características do SGBD
Segundo Elmasri e Navathe (1989), o SGBD possui as seguintes características:
Controle De Redundâncias
Controle De Acesso
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alguns dados e atualizar outros e outros ainda poderão somente acessar um conjunto
restrito de dados para escrita e leitura.
Interfaceamento
Esquematização
Controle De Integridade
Um Banco de Dados deverá impedir que aplicações ou acessos pelas interfaces possam
comprometer a integridade dos dados.
Cópias De Segurança
Usuários
Para um grande banco de dados, existe um grande número de pessoas envolvidas, desde
o projecto, uso até manutenção.
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Projectista De Banco De Dados
O Projectista de Banco de Dados é responsável pela identificação dos dados que devem
ser armazenados no banco de dados, escolhendo a estrutura correcta para representar e
armazenar dados. Muitas vezes, os projectistas de banco de dados actuam como “staff”
do DBA, assumindo outras responsabilidades após a construção do banco de dados. É
função do projectista também avaliar as necessidades de cada grupo de usuários.
Usuários Finais
Existem basicamente três categorias de usuários finais que são os usuários finais do
banco de dados, fazendo consultas, actualizações e gerando documentos:
SQL
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Apesar de nem todos os gerenciadores utilizarem a SQL a maior parte deles aceitam
suas declarações.
Outrossim, SQL pode ser utilizada para todas as actividades relativas a um banco de
dados, podendo ser utilizada pelo administrador de sistemas, pelo DBA, por
programadores, sistemas de suporte à tomada de decisões e outros usuários finais.
É através dela que você irá criar tabelas, inserir dados, e utilizar o seu banco de dados.
O MySQL
Origem
Para Elmasri e Navathe (1989), “MySQL foi criado na Suécia, por David Axmark,
Allan Larsson e o finlandês Michael Widenius. Eles começaram o projeto em 1980.
MySQL é um SGBD um Sistema de gerenciamento de banco de dados, que usa a
linguagem SQL como interface.” (p. 53)
Este banco de dados é conhecido por sua facilidade de uso, sendo ele usado pela NASA,
HP, Bradesco, Sony, e muitas outras empresas. Sua interface simples, e também sua
capacidade de rodar em vários sistemas operacionais, são alguns dos motivos para este
programa ser tão usado actualmente, e seu uso estar crescendo cada vez mais.
O MySQL é protegido por uma licença de software livre, desenvolvida pela GNU. É
também um dos programas que vem geralmente instalado com o GNU/Linux. Este
banco de dados é muito utilizado para sites e programas de cadastro de lojas.
Conceito
Na óptica de Oliveira (1993), “o MySQL é um sistema de gerenciamento de banco de
dados (SGBD), que utiliza a linguagem SQL (Structured Query Language ou
Linguagem de Consulta Estruturada) como interface.” (p. 133)
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Características do MySQL
O autor anteriormente citado, descreve as principais características do MySQL as
seguintes:
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O MySQL possuí suporte a múltiplos processadores;
O Programa de Banco de Dados MySQL é um sistema cliente/ servidor que
consiste de um servidor SQL multi-tarefa que suporta acessos diferentes,
diversos programas clientes e bibliotecas, ferramentas administrativas e diversas
interfaces de programação (APIʼs);
Suporta controle transacional;
Suporta Triggers;
Suporta Cursors (Non-Scrollable e Non-Updatable);
Suporta Stored Procedures e Functions;
Replicação facilmente configurável;
Pouco exigente quanto aos recursos de Hardware.
Oracle;
FoxPro;
Informix;
Access;
PostgreSQL;
SQLServer; e
Firebird.
Entre estes, o único banco de dados de grande porte totalmente livre e com código fonte
aberto é o MySQL.
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Contudo, as definições de coluna e tabela são guardadas em um arquivo (frm), criado
pelo Mysql. Os índices e dados das tabelas também são armazenados em arquivos
separados, dependendo do tipo de tabela.
Estas são algumas das funções de tabela do Mysql. Muito mais simples que a maioria
dos bancos de dados, porém é mais incompleta em alguns pontos.
Como podemos ver, a sintaxe é bem intuitiva e com um leve conhecimento da língua
inglesa fica mais fácil ainda de entender.
Após criar o banco de dados, precisamos avisar ao MySQL que vamos usá-lo, para isso
basta escrevermos.
Feito isso o banco de dados está criado, faltando apenas criar a nossa tabela. Para isso
vamos usar o comando CREATE TABLE.
Criando tabelas
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Explicação do comando:
PRIMARY KEY: esse é o campo utilizado para que não exista na tabela dois registos
iguais. Ele mantém a integridade do banco de dados. Caso o usuário tente inserir num
banco de dados um registro com uma PRIMARY KEY já existente ele emitirá uma
mensagem de erro e impedirá que o registro seja inserido. Ou seja, define a chave
primária da tabela, isto é, o campo que serve como chave da tabela e que não pode ser
repetido.
Agora já existe um banco de dados e uma tabela criada, com isso é possível manipular
os dados do banco de dados.
INSERT
Agora pode-se inserir alguma informação na nossa tabela, para isso usa-se o comando
INSERT, é bem simples também.
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SELECTAgora que a tabela está com alguns registros inseridos nela, pode-se usar o
comando SELECT pra poder selecionar e buscar esses registros. Continua-se no mesmo
terminal e digita-se o seguinte código:
Percebe-se que, todos os registos da tabela foram retornados. Isso se deu porque o uso
do SELECT * faz com que a consulta retorne todos os valores da tabela.
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Nesse caso ele irá exibir somente o que está no campo e-mail do registro.
ORDER BY
ORDER BY: Critério para ordenação dos registros selecionados. Utilizando ASC a
ordem será crescente, utilizando DESC a ordem será decrescente.
A cláusula “where” restringe a seleção de dados, de acordo com seu argumento. Contém
a condição que as linhas devem obedecer a fim de serem listadas.
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UPDATE
Para alterar um registro, usamos o comando UPDATE, com ele é possível editar os
campos de sua tabela e colocar outro valor neles.
Após esse comando, o nome “Ricardo” será alterado para “Ricardo Arrigoni”, deve-se
novamente dar um SELECT na tabela para poder ver o registro alterado
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Como viu-se no exemplo anterior, está a ser usado uma cláusula chama de WHERE no
SQL, essa cláusula é responsável por definir qual registro específico da tabela vai ser
afetado pelo comando SQL.
DELETE
Uma vez executado, esse comando não é reversível, portanto deve-se ter bastante
cuidado ao “deletar” algum registo de seu banco de dados.
Depois de executar esse comando o nosso registro de código = 3 foi excluído do banco
de dados e ele não poderá ser recuperado, fica-se então com apenas 2 registros em nossa
tabela.
Como pode-se ver, o MySQL é um banco de dados bem simples e fácil de se usar, além
de ser bastante leve e o melhor de tudo, gratuito. Por essas e outras que ele cresce cada
vez mais tanto no mundo acadêmico quanto no mundo coorporativo.
Operadores lógicos
Operador Significado
= Igual a
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>= Maior que ou igual a
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Conclusão
Chegado a esta etapa, conclui-se que os bancos de dados viraram peça vital de grande
parte das empresas, independente do porte. Também estão presentes em praticamente
toda a Internet, como em cadastros, formulários, sites de compras, e-mail, redes sociais,
etc.
Portanto, antes de criar um banco de dados é necessário realizar um estudo sobre o tipo
de dados que se precisa armazenar para obter as informações adequadas, ou seja, que
serão úteis. O planeamento é primordial para que se garanta que dados não faltarão ou
serão repetidos, que as tabelas e campos que armazenarão os dados sejam definidos
corretamente, entre outros.
E, a linguagem SQL é um tipo de linguagem padrão, que a maior parte dos SGBD
aceitam utilizar com objectivo de administrar, e trabalhar com um banco de dados.
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Referências Bibliográficas
Abreu, A.; Carvalho, V. & Azevedo, A. (2011). Microsoft Access 2010. (1ª ed.).
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