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Pessoal, vamos adotar as nomenclaturas abaixo para o trabalho?

afinando o
que falamos ontem quinta (22/07)

Enjambement ou cavalgamento:

 um verso apresenta ligação sintática com o verso seguinte.

 transbordamento de um verso em outro: a pausa final do verso atenua-


se, a voz sustem-se e a última palavra da linha conecta-se com a
primeira da seguinte establecendo a ruptura da cadência ou ritmo

 pode acontecer entre versos de uma mesma estrofe

 entre versos de estrofes diferentes.

 passagem de um verso para outro sem que haja qualquer tipo de


pausa ou sinal gráfico: ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois pontos.
(Vamos adotar esta indicação, Bruno e Fabiana)

o PORTANTO, REVENDO O QUE FALAMOS ONTEM: HAVERÁ


2 ENJAMBEMENTS N'O VISIONÁRIO

Anáfora

 Figura que consiste na repetição de palavras na mesma posição no


verso: pode ser repetição no começo ou meio ou fim. (vamos seguir
este uso, Fabíola)

 Nomear repetição simplesmente quando a palavra repetida não


assume mesma posição nas frases, ou versos
Versos polimétricos

 versos regulares de tamanhos diferentes, muitas vezes com as sílabas


fortes localizadas nas posições da métrica tradicional

Elisão ou hiato

A escolha entre a ELISÃO (de uma vogal ao final da palavra com a vogal da
palavra seguinte; ou de uma vogal com outra dentro da mesma palavra) e o
HIATO (ou não elisão entre as vogais internas ou de duas palavras
contíguas) depende da natureza do verso ou do gosto do poeta.

Murilo Mendes explica sua poesia:

em minha poesia procurei cirar regras e leis próprias, um ritmo


pessoal, operando desvios de ângulos, mas sem perder de vista a tradição.
Restringi voluntariamente o meu vocabulário, procurando atingir o núcleo da
ideia essencial, a imagem mais direta possivel, abolindo as passagens
intermediárias...
Persegui sempre mais a musicalidade que a sonoridade; evitei o mais
possível a ordem inversa; procurei muitas vezes obeter o ritmo sincopado, a
quebra violenta do metro, porque isso se acha de acordo com a nossa atual
predisposição auditiva; certos versos meus são os de alguém que ouviu
muito Schönbert, Stravinki, Alban Berg e o jazz.

(entrevista ao Suplemento domiical do Jornal do Brasil, 25 de junho 1959)

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