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Grupo Tema Data

Denise, Gabriel, João Guilherme e 9 – Papel da vigilância sanitária no controle de


Marcos roedores e escorpiões na área urbana
Giulia, Julia, Breno e Kethlyn 3 – SUS (Sistema Único de Saúde): saúde e
direitos 27/06
Nadine, Maristela, Eric e Heloisa 5 – Zika e Chikungunya: características e
desafios para a rápida detecção
Amanda Bianca, Leticia e Carolayne 8 – Resíduos sólidos e saúde
Rafael, Alexandre e Giovana 4 – Poluição das águas por eutrofização:
características e impactos na saúde
04/07
Mateus, Wesley, Ana Elisa e Ismael 6 – Tratamento de água
Stefanie, Ana Paula e Fernanda 7 – Tratamento de esgoto (ou águas residuárias)
Dandara, Tainara e Matheus A. 1 – Acesso à água de qualidade
Daniela, Milena e Ingrid 10 – Impactos de desastres ambientais na saúde
11/07
pública
Ana Clara, Isabela e Vitória 2 – Poluição atmosférica e saúde
EPIDEMIOLOGIA

Profa. Renata T. A. Minhoni


AULA PASSADA:

 Tomamos conhecimento do conceito de epidemiologia, de um


breve histórico e de exemplos de aplicações;

 Definimos os componentes da epidemiologia;

 Abordarmos conceitos relacionados à epidemiologia.


OBJETIVO DA AULA:

 Tomar conhecimento de alguns conceitos utilizados na


epidemiologia;

 Tomar ciência dos principais tipos de estudos epidemiológicos;

 Apresentar um exemplo estudo de caso;

 Apresentar um ex. de estudo de epidemiologia ambiental no Brasil.


ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

Descritivos

Observacionais
Tipos de
estudos Analíticos
epidemiológicos
Experimentais
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA:

DESCRITIVA

Define a frequência e a distribuição de doenças e outros


eventos relacionados à saúde. Limita-se a descrever a
ocorrência de uma doença em uma população, sendo,
frequentemente, o primeiro passo de uma investigação
epidemiológica.
EPIDEMIOLOGIA ANALÍTICA:

ANALÍTICA

Analisa os determinantes dos problemas de saúde. Aborda,


com mais profundidade, as relações entre o estado de saúde
e as outras variáveis.
EPIDEMIOLOGIA DESCRITIVA E ANALÍTICA:

DESCRITIVA ANALÍTICA

QUANDO a população foi afetada? COMO a população foi afetada?

ONDE a população foi afetada? POR QUE a população foi afetada?

QUEM foi afetado?


QUANTOS foram afetados?
ESTUDO DE CASO:

Em 1982, o número de mortes


associadas ao trator foi descrito em
termos de tempo, lugar e pessoa por
meio da utilização de registros
(1971-81) de um sistema de
vigilância existente (Georgia – EUA).
ESTUDO DE CASO:

 Devido à diversidade de máquinas e outras características do meio,


os agricultores estão sujeitos a um risco crescente de uma variedade
de lesões associadas à sua ocupação.

 Em 1981, a taxa de mortalidade por lesões relacionadas ao trabalho


entre agricultores ficou em segundo lugar, perdendo apenas para os
trabalhadores do ramo da construção civil.
ESTUDO DE CASO:

OBJETIVO DO TRABALHO:

Utilizar a epidemiologia descritiva para estudar mortes associadas


com tratores agrícolas na Geórgia entre 1971 e 1981.

METODOLOGIA:

Para caracterizar mortes associadas a tratores os autores


obtiveram todos os certificados de óbito (trator como causa de
ferimento ou de morte) para o período.
ESTUDO DE CASO:

RESULTADOS:

 Durante o período de 11 anos: 202 indivíduos morreram devido a


lesões associadas ao trator: 198 H e 4 M; 166 brancos e 36 negros;

 O número de mortes por ano variou de um máximo de 28 em


1975 para apenas 10 em 1981;
ESTUDO DE CASO:

 Lesões fatais ocorreram em


todos os meses, mas
predominantemente em
março, abril, julho e agosto
(Figura 1), e eles ocorreram
igualmente ao longo da
semana, exceto por um
menor número no domingo;
ESTUDO DE CASO:

 Ocorreram lesões
entre 7h e 24h, com
uma queda acentuada 25
às 12h e um pico 17

entre às 16h e 17h. 5


(Figura 2).
ESTUDO DE CASO:

 As mortes ocorreram
predominantemente nos
municípios localizados ao
norte da Georgia (relevo
montanhoso) (Figura 3).
ESTUDO DE CASO:

 145 óbitos relacionados


a indivíduos com mais
de 40 anos (Figura 4).
ESTUDO DE CASO:

 A morte resultou de uma variedade de lesões por acidentes de trator:

Tipo de acidente N° de mortes


Tombamento do trator 153 (75,7%)
Atropelamento pelo trator 28 (13,9%)
Queda do trator em riacho ou lago 6 (3,0%)
Outros tipos de eventos 15 (7,4%)
ESTUDO DE CASO:

PRINCIPAIS CONCLUSÕES:

 O estudo mostrou que os certificados de óbitos são fontes


potenciais de informação epidemiológica;

 A epidemiologia descritiva sobre pessoas com lesões fatais e a


caracterização associada aos eventos são etapas importantes no
início, no planejamento, e na implementação de estratégias
preventivas.
ESTUDO DE CASO:
EPIDEMIOLOGIA EXPERIMENTAL:

EXPERIMENTAL
Estudos experimentais ou de intervenção envolvem a
tentativa de mudar os determinantes de uma doença, tais como
uma exposição ou comportamento, ou cessar o progresso de
uma doença por meio de tratamento. São similares a
experimentos realizados em outras ciências.
EPIDEMIOLOGIA EXPERIMENTAL:

 O investigador (sanitarista/epidemiologista/gestor) promove


uma situação artificial para investigar uma temática:

Exemplos: eficácia de vacinas e medicamentos.

 Considerações éticas são de extrema importância nesse tipo


de estudo.
TESTES DE CONHECIMENTO:

TESTES DE CONHECIMENTO – ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS


EX. DE ESTUDO DE EPIDEMIOLOGIA AMBIENTAL NO BRASIL

2012:

Objetivo: estudar a ocorrência de malária em 4 regiões do estado do


Pará, buscando suas possíveis relações com as taxas de desmatamento.

Dados: casos de malária (Secretaria de Saúde do Estado do Pará) e taxas


de desmatamento (INPE).
EX. DE ESTUDO DE EPIDEMIOLOGIA AMBIENTAL NO BRASIL

Índice Parasitário Anual (IPA):

Este índice foi categorizado em: muito baixo, baixo, médio, alto e
muito alto.
EX. DE ESTUDO DE EPIDEMIOLOGIA AMBIENTAL NO BRASIL

A partir de 1995, evidenciaram-se anos consecutivos com altos índices de


ocorrência da doença logo após os períodos de altas taxas de
desmatamento, como registrado nos anos de 1995, 2000 e 2004.
EX. DE ESTUDO DE EPIDEMIOLOGIA AMBIENTAL NO BRASIL
Após a época de intenso desmatamento, os casos de malária variaram
entre alto e muito alto no seu padrão de incidência, apontando que
o desmatamento pode ser um fator de incremento na frequência e
aumento no número de pessoas infectadas no estado do Pará.
REFERÊNCIAS

BONITA, R., BEAGLEHOLE, R., KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia básica. 2ª ed. São Paulo,
Santos, 2010.

FOX, M. Desmatamento causa avanço da malária no Brasil. Reuters, 2010. Disponível


em: <https://br.reuters.com/article/domesticNews/idBRSPE65F0RS20100616> Acesso em: 09
de mar. de 2018.

GOODMAN, R. A. SMITH, J. D., SIKES, K., ROGERS, D. L., MICKEY, J. L. Fatalities Associated
with Farm Tractor Injuries: an Epidemiologic Study. Public Health Reports, 1985.
Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1424762/pdf/pubhealthrep000990079.pd>
Acesso em: 09 de mar. de 2018.

PARENTE, A. T., SOUZA, E. B., RIBEIRO, J. B. M. A ocorrência de malária em quatro municípios


do estado do Pará, de 1988 a 2005, e sua relação com o desmatamento. Acta Amazonica,
2012.

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