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Já o Código de Conduta é o dever de agir esperado pela organização em relação aos seus
colaboradores e stakeholders (públicos de interesse da empresa - de fornecedores a relação
com o ente público).
O Código de Conduta tem por finalidade estabelecer regras que orientam os negócios de
modo geral com condutas éticas de concorrência, de inovação, financeira, marketing, com os
colaboradores, fornecedores etc.
É um documento que tem por objetivo gerar valor internamente dentro da empresa e não
elaborado simplesmente para satisfazer clientes ou relações públicas.
Quando se falar em Código de conduta no Brasil há uma grande resistência da sua aplicação
e até mesmo confecção, isso se deve especialmente ao lastro histórico do Brasil com as
questões relacionadas ao -jeitinho brasileiro-. Mário Ernesto HUMBERG relaciona a
dificuldade de difundir uma política de código de conduta no Brasil, por ser um país que tem
leis que prejudicam:
- Lei do mais forte: quem pode manda e quem tem juízo obedece
- Lei do Gerson: é preciso levar vantagem em tudo
- Lei do Robertão ou dos políticos: é dando que se recebe
- Lei dos espertos: se os outros não podem e fazem, por que nós não?
- Lei dos marxistas e outros grupos: os fins justificam os meios
Por isso, alguns doutrinadores mencionam que ouvir todos os colaboradores é um grande e
importante passo para elaboração do Código de Conduta.
O Código deve ser claro e objetivo ao trazer os comportamentos que são esperados em
relação aos seus empregados e terceiros.
A elaboração do código de conduta deve ser iniciada com a palavra do Presidente ou
dirigente maior da organização, pois o exemplo vem de cima. Assim, se a direção não está
empenhada em cumprir e em fazer cumprir os preceitos definidos no Código, ele não será
nada mais do que um mero papel com um texto, sem efeito.
O primeiro passo é estipular dentro da empresa o comitê de ética, que irá responder
diretamente ao Presidente da empresa. Formado o comitê, o próximo passo será ouvir a
maior quantidade de trabalhadores possível, dos dirigentes ao chão de fábrica. Caso a
empresa conte com um número expressivo de terceirizados esses podem ser ouvidos
também.
O quarto passo é ouvir diferentes setores da organização sobre o código inicial elaborado,
para que seja possível prever pontos de correção e até mesmo condutas e comportamentos
que demandem alteração.
Assim, a redação final deve ser revista pelo Comitê e aprovada pelo diretor da organização.
O código deve ser difundido da forma mais abrangente dentro da empresa, todos os
colaboradores precisam não somente ter conhecimento, mas consciência sobre as condutas
que são esperadas pela organização. Por isso, é essencial a realização de treinamentos
periódicos e comunicação constante para que o código seja efetivamente observado por
todos dentro da organização.
O código de conduta deve ser observado a todo momento, por isso é necessário o
monitoramento em caso de necessidade de ajustes nas condutas previstas.