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O ser humano, ao longo de sua vida, passa por transformações, iniciando ainda
na infância ou até mesmo antes dela, mais especificamente, na vida uterina. Evoluir,
desenvolver faz parte da vida do ser humano com o passar dos anos, as experiência
vividas, a maturação do organismo fará com que venhamos agir diferentemente, do que
agimos hoje nos levando muitas vezes a até si questionar de algumas atitudes que
tivemos.
É a partir da observação dessas nuances na vida humana que a Psicologia irá
mergulhar nesse campo do desenvolvimento humano, buscando entender a relação entre
o tempo e a existência humana. Para tanto, essa ciência descreverá o que ocorre na
maneira de pensar, agir, sentir do ser humano ao longo da vida; e que fatores favorecem
essas transformações contínuas.
O ser humano muda na medida em que aprende, sendo assim, o ensino torna-se
um meio facilitador ou não desse processo de desenvolvimento do homem.
Quando nascemos, dependemos totalmente de nossos pais, com o passar dos
anos, começamos a cortar os laços de dependência, já nos alimentamos, nos vestimos
sozinhos, temos escolhas. A infância é um momento de descoberta, aprendizagem e
desenvolvimento.
Chegamos, então, à adolescência, fase das transformações hormonais, do
namoro, da crise de identidade. Deixamos de ser crianças, mas ao mesmo tempo não
somos adultos, não podemos assumir, ainda, responsabilidades maiores.
Legalmente, assumimos a fase adulta a partir dos 21 anos, idade em que somos
responsáveis, literalmente, por nossos atos, desejamos ter a nossa família, nossos filhos.
Observando essa sequência, podemos dizer que são as circunstâncias sociais,
culturais psicológica e fisiológicas que orientam as mudanças de uma fase para outras
de nossas vidas.
O estudo do desenvolvimento humano inicia-se com a investigação sobre a
infância, cujos teóricos dessa área, estimulados pela teoria da Evolução de Darwin,
encontram na criança subsídios riquíssimos para a compreensão da natureza humana.
Mas é claro que como todo processo de evolução as teorias eram outras, durante
muito tempo, pensava se que a criança era apenas um adulto em miniatura, e por isso
era exigido dela, além de sua própria capacidade. Quando assistimos novelas de época é
possível ver essa realidade, crianças vestidas igual os adultos já trabalhando, as
brincadeiras era raro de acontecer.
Conforme Cória-Sabine (2008), nas classes menos privilegiadas, as crianças
trabalhavam no campo e vendiam os produtos nos mercados. “Não lhes era dispensado
nenhum tratamento especial. Ao contrário, era alvo de todo tipo de atrocidade por parte
dos adultos” (CÓRIASABINE,2008, p. 23).
Essa forma de entender a infância começa a mudar a partir do século XVII,
quando a criança era afastada dos assuntos referentes ao sexo, porque naquela época as
crianças podiam entrar em festas coletivas e participar de orgias, o apesar dessa
mudança, tal concepção pertencia apenas à aristocracia.
Para a classe baixa, o tratamento das crianças como adultos perdurou até o
século XIX. Estas continuavam a trabalhar nos ofícios e nas lavouras aos sete ou oito
anos de idade, sendo submetidas às mesmas exigências dos adultos, inclusive em
relação ao casamento, quando os adultos lhes impunham o casamento no início da
adolescência.
Essa maneira de perceber a infância só começou a mudar quando muitas
crianças não sobreviviam nesse período. A influência da burguesia que estava em
crescimento e o avanço da ciência proporcionaram estudos mais sistemáticos sobre a
infância.
Os estudo e coletas de dados da Psicologia do Desenvolvimento iniciam-se em
meados do século XX, aproximadamente, nas décadas de vinte e trinta. Nesse período,
os primeiros estudos restringiam-se à observação de bebês durante os seus primeiros
anos de vida.
O estudo tinha como objetivo descrever a regularidade das mudanças do
comportamento humano de acordo com a idade. Por exemplo, se existe uma constante
em pegar a mamadeira com oito meses, a hipótese é a de que com essa idade, a criança
pega a mamadeira sozinha.
Nesses estudos, foram criadas as tabelas normativas, que têm contribuído, até os
dias de hoje, com pediatras, pais e educadores.
Durante esse período, existiu a contribuição de vários estudos, como de Watson
(1878-1958), que aplicou os conhecimentos do Behaviorismo, que o comportamento da
criança e do adulto eram determinado pelos estímulos externos, resultando num
aprendizado.
O mesmo e afirmava que todas as capacidades humanas, a personalidade, são
aprendidas, portanto, a aprendizagem era responsável pelas transformações vivenciadas
pelos homens ao longo de suas vidas.
Outra contribuição muito importante foi a de Freud, ao afirmar que os cinco
primeiros anos de vida de uma criança são fundamentais para o equilíbrio emocional,
psicológico do adulto.
Estudar o desenvolvimento humano é descobrir que ele é determinado pela
interação de vários fatores, ou seja, o nosso desenvolvimento esta ligado a um ambiente
interdisciplinar e alguns dos fatores que estão ligados no nosso desenvolvimento são:
Hereditariedade: consiste em genes repassados pelos pais, que determinam o
desenvolvimento de cada um. Dependendo das experiências e do ambiente, eles podem,
ou não, se manifestar.
Crescimento orgânico: a maturidade física dá ao adolescente/adulto possibilidades que
ele não tinha quando criança; Pense nas possibilidades de descobertas de uma criança,
quando começa a engatinhar e depois a andar, em relação a quando esta criança estava no berço
1 - Diante do histórico exposto no texto, faça uma análise e escreva sobre criança
de ontem e de hoje, enfatizando as mudanças ocorridas durante esse período. E
diga quais as mudanças que você percebe na sua casa, família no processo de
criação, exemplo: Quando eu tinha idade do irmão, era, mas cobrado pelos meus
pais. Algo que remeta a sua vida pessoal.
Referências
CUNHA, Marcus Vinicius da. Psicologia da Educação. 3ª. Rio de Janeiro: DPA, 2003. (Coleção – o que
você precisa saber sobre).
Fortes, Vanessa Gadelha G. de Freitas PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO. Natal : IFRN Editora, 2012.
MOTA, Márcia Elia. Psicologia do Desenvolvimento: uma perspectiva histórica. Revista Temas em
Psicologia. Vol. 13. nº 2. p.105-111. Disponível
em:http://www.sbponline.org.br/revista2/vol13n2/PDF/v13n02a04.pdf.Acessado em: 15/04/2021