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Desenvolvimento pulmonar:
Fase SACULAR: Início da produção de surfactante
que se completa na fase Alveolar (36ª semana).
Surfactante: Importante na manutenção da
fisiologia pulmonar. Função principal de
estabilizar os alvéolos e os bronquíolos
respiratórios durante a fase expiratória, evitando
o colapso das vias aéreas distais e a perda do
volume pulmonar. Durante a inspiração, o
surfactante promove um recrutamento alveolar
uniforme, reduzindo o gradiente pressórico entre
o interstício e o alvéolo, diminuindo assim a
formação de edema alveolar.
Prematuros: (abaixo de 36 semanas) Possuem
risco maior de desenvolver problemas associados
à deficiência de surfactante.
Pediatria 2 Vanessa Sant’Ana
Distúrbios Respiratórios
Causas pulmonares:
Problemas centrais:
Apnéia da Prematuridade
Drogas: Meperidina, Morfina, Sulfato Mg
Asfixia Perinatal
Convulsões
Hemorragia Intracraniana
Sindrome Ondine
CCHS - Congenital Central Hypoventilation Syndrome
Outros:
Cardiopatias Congênitas
Insuficiência Cardíaca Congestiva
Síndrome Hipertensão Pulmonar Persistente
Sedação
Choque
Sepse
Hipoglicemia
Anormalidades Eletrolíticas
Acidemia Metabólica
Pediatria 2 Vanessa Sant’Ana
O desconforto respiratório é apenas um conjunto de sinais clínicos, jamais uma hipótese diagnóstica.
Anamnese:
Exame físico:
Sinais e sintomas:
• BATIMENTO DE ASAS NASAIS – representa a abertura e fechamento cíclico das narinas durante a
respiração espontânea. O RN apresenta respiração exclusivamente nasal. Ex: Se o RN apresentar
atresia de coanas, vai apresentar cianose.
• GEMIDO EXPIRATÓRIO – resulta do fechamento parcial da glote durante a expiração para manter a
CRF e prevenir o colapso alveolar nas situações de perda de volume pulmonar.
• HEAD BOBBING – é um sinal de aumento do trabalho respiratório e se apresenta com movimentos
para cima e para baixo da cabeça, a cada respiração, pela contração da musculatura acessória do
pescoço.
• RETRAÇÕES TORÁCICAS - decorrem do deslocamento da musculatura adjacente da caixa torácica a
cada respiração em virtude da pressão negativa criada no espaço pleural e devido alta complacência
pulmonar.
• CIANOSE – pode ser localizada ou periférica ou ainda generalizada ou central. Geralmente benigna,
porém a forma central reflete gravidade e deve ser investigada.
Boletim de Silverman-Anderson:
Balanço tóraco-
Tiragem
abdominal
Só abdome se eleva
Respiração paradoxal
Exames complementares:
Gasometria arterial
Glicemia
Hemograma
Raio X de tórax
Ecocardiograma
Exames complementares:
Hemograma: Apresenta exames laboratoriais normais
Raio X
Principal: Infiltrado difuso, geralmente do hilo para a periferia (estrias peri-hilares
proeminentes) ou congestão para-hilar simétrica (coração cabeludo/felpudo).
Podem estar presentes: Espessamento das cisuras interlobares (“cisurites”) e hiperinsuflação
pulmonar.
Ocasionalmente: Discreta cardiomegalia ou derrame pleural.
“CORAÇÃO FELPUDO”
Tratamento:
Hood/capacete.
Se predominar o gemido CPAP nasal.
Na dúvida entre Hood ou CPAP, fique com o CPAP.
Hidratação Venosa ou alimentação por SNG.
Manter a temperatura ao redor de 36,5ºC.
Obs: Não é recomendado alimentação oral para um RN com FR de 100 irpm – Risco de aspiração pulmonar.
Evolução:
Resolução entre 6-12h. (SLIDE)
Formas graves: Pode durar 36-48h. (SLIDE)
Grande parcela melhora ainda na sala de parto. (SLIDE)
Pode evoluir para HPPN se não existirem cuidados mínimos. (SLIDE)
Raramente requer VPM. (SLIDE)
Resolução clínica em 3 a 5 dias. (LIVRO)
Etiologia:
Imaturidade pulmonar
Deficiência e inatividade do surfactante
Fatores predisponentes:
Prematuridade (< 34 semanas)
Diabetes materno (insulina faz com que o corpo todo cresça menos o pulmão, faz surfactante de
péssima qualidade)
Profilaxia de corticoide (para gestantes com risco de parto prematuro)
RNPT/AIG tem maior risco que RNPT/PIG. Isso ocorre pois o sofrimento fetal crônico leva a uma
tendência de amadurecimento pulmonar.
Asfixia perinatal
Parto cesariano
Hemorragia pré-parto
2º gemelar
Hipotermia neonatal
Fisiopatologia:
1. Queda no surfactante 6. Acidose metabólica e respiratória
2. Aumento na tensão superficial 7. Vasoconstrição pulmonar
3. Microatelectasias 8. Lesão epitelial e endoteliais
4. Shunt intrapulmonar 9. Exsudato proteico
5. Hipoxemia e hipercapnia
Quadro clínico:
Dispneia, gemido expiratório, batimento de asas do nariz, retração da caixa torácica, cianose, etc.
Prematuros de muito baixo peso: Apneia e cianose.
Ausculta torácica: MV diminuído (baixa entrada de ar).
Os sinais e sintomas aparecem logo após o nascimento (até 2 horas) e o RN dá a impressão de estar
grave.
Piora progressiva nas próximas 36 a 48 horas de vida que agrava com a falta de tratamento. (SLIDE)
Melhora após 72 horas. (SLIDE)
Piora progressiva nas primeiras 72 horas. (LIVRO)
Exames complementares:
Hemograma: Normal.
Gasometria arterial: Hipoxemia, acidose mista (iniciando com acidose respiratória e em seguida
metabólica).
Raio X:
Principal: Infiltrado reticulogranular difuso, uniforme e bilateral (aspecto de “vidro moído
ou vidro fosco”)
Broncogramas aéreos
Apagamento da silhueta cardíaca
Condensação difusa
Pediatria 2 Vanessa Sant’Ana
Obs: Os prematuros de extremo baixo peso tem pouca alteração radiológica por sua imaturidade pulmonar.
Tratamento:
Suporte geral:
Reanimação adequada
Internação em UTI
Suporte hidroeletrolítico e nutricional (dieta zero com SOG
aberta)
Hidratação venosa para 24 horas.
Manter a temperatura corporal ao redor de 36,5º C e jamais
abaixo de 36ºC. (A hipotermia pode ser um fator predisponente
para hemorragia pulmonar) – IMPORTANTE!
Suporte respiratório:
CPAP nasal PRECOCE. FiO2 40%, pressão de 5 cm H2O (PEEP).
CPAP nasal usado para diminuir lesões pulmonares, melhora
complacência pulmonar, reduz a resistência das vias aéreas,
aumenta seu diâmetro, melhora contratilidade e conserva o
surfactante exógeno.
Se precisar a FiO2 então indicar VPM.
Pacientes com IR grave, hipóxia e acidose respiratória grave PCO2 > 60 Ventilação mecânica.
Surfactante exógeno:
Administrar nas primeiras 2 horas de vida; o intervalo entre as doses é de 6 hrs.
Evolução:
Se o RN não melhora em 72 horas, ele deve ter persistência do canal arterial. (Não fez fechamento do
canal arterial na hora do parto)
ATENÇÃO:
A tendência é piorar sem surfactante e/ou CPAP/PEEP
Em nada adianta cuidar apenas dos pulmões
Quase sempre requer cuidados intensivos com recursos plenos.
Pediatria 2 Vanessa Sant’Ana
Etiologia:
A SAM é sempre decorrente de hipóxia intra-uterina e acidose que estimulam a eliminação de
mecônio (relaxamento do esfíncter) no líquido amniótico com aspiração fetal.
Quadro clínico:
Impregnação de mecônio.
Presença de mecônio na traqueia.
Quadro variável, desde assintomático até desconforto respiratório grave.
Depressão respiratória e neurológica (insulto hipóxico-isquêmico)
Tórax: Aumento do diâmetro antero-posterior – Hiperinsuflação pulmonar
A hipoxemia resistente é um indicador de extrema gravidade.
Quando não há complicações, evolui com melhora em 5-7 dias.
Exames complementares:
RX de Tórax:
Infiltrado difuso granulado alternando com áreas de
hiperexpansão
Pneumomediastino e pneumotórax podem ocorrer
Tratamento:
Aspiração do líquido amniótico antes do desprendimento dos ombros.
Todo RN que não estiver vigoroso: aspirar após entubar.
Poucos sintomas: (FiO2 de até 0,5%) Capacete.
Necessidade de O2 de 0,6% ou quadro respiratório com esforço moderado: CPAP nasal.
Obs: CPAP nasal pode agravar a retenção de ar, principalmente quando a hiperinsuflação é evidente
no RX.
Insuficiência respiratório grave: (hipóxia, com acidose respiratória Pc02>60) Ventilação mecânica.
Antibioticoterapia: SAM que evoluem com distúrbio respiratório e RX muito alterado + hemocultura
e exames laboratoriais.
PNEUMONIAS
Incidência:
Natimortos: 15-38%
Neomortos: 20-32%
Mecanismo:
Vertical – congênita/ transplacentária (hematogênica)
o Treponema pallidum
o Listeria monocytogenes
o Outras bactérias (bacteremia materna)
o Toxoplasma gondii
o Vírus da rubéola, varicela, citomegalovírus e herpes
Ascendente – da vagina para a bolsa amniótica
o Bactérias do trato genital materno: E. coli, Estreptococos do grupo B (Mais importante;
adquirido durante o trabalho de parto)
Pediatria 2 Vanessa Sant’Ana
Fatores de risco:
Ruptura prolongada de membranas
Corioamnionite – liquido contaminado
Colonização materna por germes patogênicos
Prematuridade
Manifestações clinicas:
Pode ser assintomático nas 72h (tempo de incubação)
Desconforto respiratório
Manifestações sistêmicas inespecíficas
Exames complementares:
Hemograma, PCR, hemocultura. - Alterados
Raio X: Infiltrado reticulonodular difuso com broncogramas aéreos (=SDR RN); áreas de opacificação
uni ou bilateral.
Tratamento:
Diagnóstico:
Padrão ouro Ecocardiografia bidimensional
Estudo do fluxo pelo Doppler
Tratamento: (METAS)
reverter hipóxia e restaurar oxigenação
corrigir acidose
melhorar a função miocárdica
reduzir resistência vascular pulmonar
otimizar a pressão arterial sistêmica
FETO:
RVP aumentada, fazendo com que a circulação pulmonar receba apenas de 5 a 10% do débito
cardíaco, e, assim, a maioria do sangue oxigenado do ventrículo direito vai para a aorta através do
canal arterial.
Com o progredir da gestação, a pressão da artéria pulmonar e o fluxo sanguíneo aumentam
progressivamente.
Aumento do tônus vascular pulmonar: Ocorre ao final da gestação e parece ser modulado por baixa
tensão de oxigênio, baixa produção de vasodilatadores, aumento da produção de vasoconstritores.
APÓS O NASCIMENTO:
Alguns minutos após o nascimento, a pressão da artéria pulmonar diminui drasticamente devido ao
aumento da produção de vasodilatadores, o que ocorre em resposta aos estímulos como distensão
rítmica dos pulmões, causada pela respiração, aumento da tensão de O2 e stress de estiramento.
Quando alguns desses fatores não se acoplam de maneira adequada, a transição da vida fetal para a
pós-natal não ocorre de maneira harmônica, resultando na síndrome clínica de HPPN.
Com o início da respiração, ocorre reabsorção do liquido pulmonar, que com a liberação do
surfactante, provoca aumento da complacência pulmonar.
Após a ligadura do cordão, a resistência vascular sistêmica aumenta.
Fechamento do forame oval.
Aumento da PaO2 arterial Vasodilatação pulmonar e aumento do fluxo sanguíneo nos pulmões (de
8 para 31% do DC) – Facilita a troca gasosa.
PaO2 + Prostaglandinas = Fechamento do canal arterial.
Primeira semana de vida: Fluxo da artéria pulmonar para aorta pelo canal arterial.
Pressão na artéria pulmonar
Má adaptação por injúria aguda: Vasoconstrição pulmonar - O RN tem dificuldade de relaxar a
musculatura vascular. Obs: Desenvolvimento estrutural e anatômico normais.
APNEIA:
PNEUMOTÓRAX: