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AUMENTE SUA FORÇA, MAS NÃO PERCA SUAS

CARACTERISTICAS!

TREINAMENTO ESPECÍFICO OU MUSCULAÇÃO?

“DIVIDIR PARA CONQUISTAR, DEFENDENDO SEMPRE SUAS


FRONTEIRAS”.

Essa frase com certeza expressa e resume o que pode ser uma boa preparaçã o
física, com objetivo de trabalhar para amenizar algum desequilíbrio muscular do
atleta, visando melhorar seu desempenho final no gesto esportivo e
principalmente  na luta.

Dividir o treinamento visa melhorar esses pontos fracos do atleta, pois eles  podem
inclusive,  o deixar mais sujeito a lesõ es.

O treinamento deve manter o que o atleta já conquistou e tem de melhor, pois um


dos maiores erros dos treinadores é perceber que seu aluno tem muita facilidade
para determinada atividade( exemplo: potência de membros inferiores) e nã o
treinar mais esse tipo de atividade, insistindo exaustivamente, em outra, a qual o
mesmo nã o possui a menor característica individual.

Nã o está isento treinar essas atividades, porém a ênfase deve ser dada no que o
atleta tem de melhor para oferecer, tornando o movimento ou movimentaçã o o
mais pró ximo possível da perfeiçã o.

Ninguém gosta de enfrentar um Expert em determinada atividade, porém  vemos


hoje,  muitos atletas de MMA com a  “síndrome do pato”, não é bom na terra e
não é bom na água!

Um bom exemplo disso, podemos observar  em alguns  atletas consagrados no jiu-
jítsu, que só porque aprenderam alguns socos,  acabam achando que podem trocar
com um exímio lutador kick boxing, que treinou isso toda sua vida…

Sou a favor sim de um Cross training, porém mantendo a característica individual


de cada lutador.

O treinamento específico sem dú vida é o mais importante, mais nã o pode andar


sozinho sem uma boa preparaçã o de treinamento de força, potência e resistência.

 Sou adepto ainda  ao lema:  QUANTO A FORÇA, NÃO HÁ RESISTÊNCIA!

O treinamento de força cada vez mais vem se tornado uma peça fundamental para
essa tã o disputada modalidade de combate que é o MMA.

Vemos super atletas, o esporte evoluiu muito na preparaçã o física, é como


comparar o SURF com o TOW IN ( arte de desafiar ondas gigantes).
Qual a relação que o treinamento de força tem com as modalidades de
combate?

Vá rios aspectos podem ser relacionados à necessidade do treinamento de força,


alguns deles podem ser observados mais adiante:

Resistência de força:

Manutençã o da pegada

Força rápida (potência):

Entrada de uma técnica com oposiçã o do oponente

O que é importante o treinador levar em consideração?

1- Escolha dos exercícios.

2- Ordem dos exercícios.

3- Resistência ou intensidade a ser utilizada.

4- Nú mero de séries.

5- Freqü ência semanal.

6- Intervalos entre as séries e os exercícios.

7- Quais grupos musculares precisam ser treinados?

8- Quais exercícios sã o utilizados para treinar esses grupos musculares?

O treinador deve lembrar ainda que:

9- Quais sã o as fontes energéticas bá sicas (aeró bia, anaeró bia lá tica, anaeró bia
alá tica) que precisam ser treinadas?

10- Variaçõ es técnicas, Estilos de luta, Condiçã o física inicial do atleta.

11- Golpes: cada segmento corporal realiza movimentos diferentes, Aplicaçã o de


força por vá rios segmentos com manutençã o do equilíbrio em apenas um pé é
muito importante.

12- Angulaçõ es na flexã o ou extensã o das diversas articulaçõ es envolvidas:

Probabilidade de combinaçõ es é praticamente infinita.

13- Muitos golpes envolvem rotaçã o: capacidade de resistir e aplicar força


rotacional.
Todos os grandes grupos musculares devem ser treinados, uma vez que eles sã o
solicitados durante a luta.

E ainda:

14- Que de 1-5 repetiçõ es a 90-100% de 1RM sã o efetivas em aumentar a força


sem o aumento da á rea de secçã o transversa.

10-12 repetiçõ es a 70 a 85% de 1RM estã o associadas ao aumento da á rea de


secçã o transversa do mú sculo

(Fry, 2004; MacDougall, 2003; Sale, 2003)

Deve ser levado em conta também que o aumento de peso do atleta pode
causar implicações na sua categoria, por isso alguns preceitos não devem ser
esquecidos:

15- Duraçã o da sessã o: 45-60 min.  3-6 x 3-5 RM ou trabalho até a exaustã o com
90-95% de 1RM, Maximizaçã o da ativaçã o dos mecanismos neurais envolvidos no
ganho de força má xima.

(Häkkinen, 2002; Kraemer, 2002; Sale, 2003)

16- Intervalo entre as séries: 5-8 min., embora alguns sugiram 3-5 min. Intervalo
entre as sessõ es para mesmo grupo muscular: 72 h

(Häkkinen, 2002; Kraemer & Koziris, 1994)

17- Auxílio externo para diminuir a dificuldade para ultrapassar o ponto de maior
limitaçã o mecâ nica

(Kraemer, 2002; Pearson et al., 2000)

18- Exercícios para grandes grupos musculares devem ser colocados no início da
sessã o por questã o de segurança.

(Kraemer, 2002; Pearson et al., 2000)

19- Transferência para potência:

Intenção de mover a carga com velocidade, ainda que não consiga

Olsen & Hopkins (2003)

Esses são algumas pequenas observações, porém considero de muita


relevância para o treinamento de força.

E não esqueça:
Divida seu treino, mantenha suas características e conquiste a vitória

PROF.  Eduardo Figueira Rodrigues Cref 029429-g/rj

Pós Graduando em Fisiologia e Medicina Esportiva

Prof de Jiu-jitsu, judô e Preparador Físico da Pitbul Barra Gracie- Magé

WWW.corporesanoacademia.com.br

Referências: Simpósio Nacional de Artes Marciais.

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