Lista 7 de Métodos Matemáticos da Fı́sica I: Polinômios de Legendre, funções

associadas de Legendre e Harmônicos Esféricos.

Prof. Gabriel Flores Hidalgo
(Dated: 27/06/2018)

.
1- Uma das soluções da equação de Legendre (1 − x2 )y 00 − 2xy 0 + n(n+)y = 0, com n inteiro é dado pelo polinômio de
Legendre Pn (x). Usado a solução da equação de Legendre, com n = 0, P0 (x) = 1, determinar que a segunda solução
linearmente independente é Q0 (x) = 21 ln 1−x
1+x
. Note que essa segunda solução não é analı́tica em x = ±1.

2- Derivando a função geradora g(x, t) em relação de x, demonstrar a relação

0 0
Pn+1 (x) + Pn−1 (x) = 2xPn0 (x) + Pn (x).

3- Usando as relações de recorrência e de ortogonalidade dos polinômios de Legendre, (a) determinar as seguintes
integrais:
Z 1 Z 1
xPn (x)Pn+2 (x)dx, x2 Pn (x)Pn+1 (x)dx.
−1 −1

(b) Determinar os valores das integrais acima, nos casos n = 5 e n = 10.

P∞
4- Uma função f (x), é expandida em séries de Legendre f (x) = n=0 an Pn (x). Demonstrar que
1 ∞
|an |2
Z X
|f (x)|2 dx = 2 .
−1 n=0
2n + 1

5- Expressar a função

1 se 0 < x ≤ 1;
f (x) =
−1 se −1 ≤ x < 0.

em séries de polinômios de Legendre Pn (x).

6-Expressar a função cos(3θ) em séries de polinômios de legendre Pn (cos θ). Dica: Em lugar de usar a for-
mula para os coeficientes, expressar cos(3θ) em termos de cos(θ) e posteriormente substituir cos θ = x.

7-Expressar a função sen2 (θ) em séries de polinômios de legendre Pn (cos θ).

8- Provar que
Z 1
xn Pl (x)dx = 0, para l > n.
−1

Sugestão: Note que em uma expanssão de xn em séries de polinômios de Legendre, não devem aparecer polinômios
de grau maior que n. Outra forma é usar a formula de Rodrigues para Pn (x) e integrar por partes.

9- Provar que
Z 1
dPn (x) dPm (x)
x(1 − x2 ) dx = 0, a menos que m = n + 1 .
−1 dx dx

Sugestão: Integre por partes, use a Eq. diferencial para Pn (x) e as relações de recorrência e ortogonalidade.

10- Provar que

(n − m)! m
Pn−m (x) = (−1)m P (x) ,
(n + m)! n
 2

(−1)n n+m
d
onde Pnm (x) = 2n n! (1 − x2 )m/2 dx 2 n
n+m (1 − x ) .

11- Demonstrar que

Pnn (cos θ) = (2n − 1)!!senn θ , n = 0, 1, 2, ...

12- Avaliar
Z π
sen2 θPn1 (cos θ)dθ .
0

Sugestão: substituir x = cos θ e escrever sen2 θ em termos de funções associadas de Legendre.

13- Escrever explicitamente todos os harmônicos esféricos para n = 0, n = 1 e n = 2, onde n é o ı́ndice in-
ferior do harmônico esferérico Ynm (θ, φ). Sugestão, para m negativo use a propriedade Ynm∗ (θ, φ) = (−1)m Yn−m (θ, φ).

14- Avaliar as seguintes integrais:

Z 2π Z π Z 2π Z π
(a) dφ dθYnm∗ (θ, φ)sen2 θ cos(φ), (b) dφ dθYnm∗ (θ, φ)sen3 θsen(2φ).
0 0 0 0

Sugestão: A menos de um fator senθ escrever os integrandos em termos de harmônicos esféricos e usar as relações de
ortogonalidade.

15- Usando a Lei de Coulomb, encontrar o potêncial eletrostático num ponto arbitrário, devido a três partı́culas
carregadas e distribuidas como segue. A partı́cula localizada no ponto (0, 0, a) possui carga q, a partı́cula localizada
em (0, 0, 0) possui carga −2q e a localizada em (0, 0, −a) possui carga q. Esta distruibuição de carga é um quadrupolo
linear. Usando a definição dos polinômios de Legendre em termos da função geradora, escrever o potencial da
distribuição de quadrupolo em termos de polinômios de Legendre.

16- O potêncial elestrostático na superfı́cie de uma esfera de raio R é dado por uma função f (θ). (a) Deter-
minar o potêncial eletrostático no interior da esfera. (b) Determinar o potencial eletrostático no exterior da esfera.

17- Considerando f (θ) = ϕ0 cos(3θ), onde ϕ0 é constante, determinar (a) e (b) do problema anterior. Dica:
Use o resultado do exercı́cio (6).

18- Considerando f (θ) = ϕ0 sen2 θ, determinar (a) e (b) do problema (11). Dica: Use o resultado do ex-
ercı́cio (7).

19- Considere uma casca esférica condutora de raio R a qual é dividida por um isolante ao longo do equador
da esfera. Se o meridiano superior está a potencial ϕ0 constante, e o meridiano inferior está a potencial −ϕ0 ,
determinar (a) O potêncial eletrostático no interior da esfera condutora. (b) O potencial eletrostático no exterior da
esfera condutora. Considere que ϕ(r → ∞) = 0.

20- (a) Demonstrar que a solução geral da equação de Laplace ∇2 ϕ = 0, válida no interior de uma esfera de
raio R, pode ser expressa na forma
∞ X
X n
ϕ(r, θ, φ) = amn Ynm (θ, φ)rn .
n=0 m=−n

(b) Se na esfera de raio R, ϕ(a, θ, φ) = f (θ, φ) é dada, encontrar os coeficientes amn em termos de f (θ, φ).
(c) Encontrar a solução para pontos exteriores à esfera de raio R, sob a condição extra ϕ(r → ∞, θ, φ) = 0.

21- Se no exercı́cio anterior f (θ, φ) = cos3 θ senφ, determinar ϕ(r, θ, φ) em pontos exteriores e interiore à es-
fera de raio R.

22- Obter a fórmula para as funções esféricas de Bessel e de Neumann,

 n 
n n 1 d senx 
jn (x) = (−1) x ,
x dx x
 3
 n 
1 d cos x 
yn (x) = −(−1)n xn .
x dx x

Sugestão: Ver Butkov, pag. 384.

23- A onda plana eik.r pode ser escrita em termos de funções esféricas de Bessel e de polinômios de Legen-
dre como
∞
X
ik.r
e = an jn (kr)Pn (cos θ)
n=0

onde |k| = k, |r| = r e θ é o ângulo entre os vetores r e k. Demontrar que an = in (2n + 1).