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ES,TU.D·OS PEDAGÓGICOS
WH!TEBOOKS
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1ndice
INTRODUÇÃO .. .. .... ... . ... .. ....... .. ..... .. . . ..... ....... ...... . .... 7
CAPÍTULO I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
A liNGUAGEM AUDIOVISUAL- TERRENO
PROPÍCIO À ATIVIDADE EDUCATIVA ......... ........... ........ . 11
l O vídeo didát ico- pedagógico e o educativo . ... .. ..... . . . . . . 13
2. O vídeo como objeto e recurso pedagógico-
possibilidades de utilização d idát!ca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3. Funções do v ídeo na aprendizagem . ..... .......... . ...... .... 19
4. O processo de produção de vídeos didático-
pedagogtcos............. ........... ......... .............. .. ...... 21
4.1. A produção de vídeos "caseiros .. online.. . . ..... .. .......... 25
CAPÍTULO II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
RECURSOS DE APRENDIZAGEM
AUDIOVISUAIS NA SALA DE AULA.... .. ........................... 29
1. Principais etapas para uma adequada utilização
pedagogtca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2. A desconstrução pedagógica de um recurso de
aprendizagem audiovisual. . ........ .. ... .. .. . . . .. ........ . . ... .. 32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
INTRODUÇÃO
7
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..
converter -se numa experiência viva e interessante. que
ajuda os estudantes a alargarem conceitos. a pe~sarem e
a confrontarem- se criticamente com outras real1dades. a
I
l
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t
interiorizarem valores que se dispersariam numa incerta pes- I
quisa e a agarrar ideias que não cabem dentro de definições. l
INTRODUÇÃO 9
..
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CAPÍTULO I
A UNGUAGEM AUDIOVISUAL- TERRENO
PROPÍCIO À ATIVIDADE EDUCATIVA
11
·-
d
Para que o uso do vídeo não se esgote apenas em questões
motivacionais, o professor. enquanto orientador e gestor da
sala de aula, deve realizar uma reflexão prévia que o leve a
encontrar as razões justificativas para a utilização de determi-
nadas imagens fílmicas e. simultaneamente. deve apropriar-se
da linguagem audiovisual que o vídeo comporta no sentido de
uma análise crítica capaz de lhe garantir que essas imagens
possuem os níveis qualitativos necessários para atingir os
objetivos pedagógicos previamente formulados.
16
ovtDeocoM
DE UTILIZAÇÃO DIDÁ O DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES
TICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXtVEIS
que. não est ando propriamente explícito no vídeo.
pode vir a ser adquirido. O papel do professor pauta-
se pelo provocar de r espostas ativas por parte dos
estudantes. t endo o vídeo como um recurso que serve
de estimulo ao debate. à pesquisa. à criatividade e à
execução propriament e dita. Este tipo de documento,
do ponto de vista morfológico. é um produto acabado
que f orma uma unidade expressiva, normalmente com
qualidad es técnicas de t ipo profissional, constituída
pela combinação de imagens. sons. narrações, com
uma duração e um r itmo previamente estabelecidos.
c. El uídeo-apoyo. Nesta modalidade de uso didático o
vídeo t em como função ilustrar o discurso (verbal ou
escrito) do professor. Trata-se de uma forma mais cria-
tiva de uso do vídeo. uma vez que o caráter dinâmico da
aula se mantém através da interação, tendo o professor
que usar também da sua criatividade e do seu critério
pedagógico para a seleção dos fragmentos fílmicos e
para a forma como os vai integrar no seu discurso de
modo a que nem as imagens fílmícas nem o professor
se anulem. Este trabalho de seleção de fragmentos.
não sendo tarefa fácil, aumenta o nível qualitativo da
profic iência do professor e pode mesmo assumir um
patamar ainda mais elevado de qualidade de ensino
quando os estudantes são também eles convidados
a colaborar nesta tarefa. entrando-se, assim, numa
aprendizagem colaborativa bem mais compatível com
os referencíaís teóricos da escola sócío-construtivista.
Com esta metodología, pode criar-se na sala de aula
um ambíente maís d ínâmíco e maís atrativo propicíador
de construções de aprendízagens maís significativas.
tendo em conta a flexibilídade que permite uma ade-
quação ao ritmo de aprendizagem dos estudantes.
d, EL uídeo-proceso. O video-processo é uma das moda-
Udades mais criativas no uso dídátíco dos documentos
f ilmicos. Nesta modalidade o vídeo passa para as mãos
do estudante, dando- lhe protagonísmo, possibilitando
17
a aprendizagem por via do lúdico. mas também
~:envolvendo-lhe responsabilidades e tornando-o
interventor no seu próprio processo_ educativo. Ao tor-
narem-se sujeitos ativos na produçao de documentos
fílmicos. os estudantes assumem papéis de participa-
ção e compromisso q~e os .condu~em a situa?ões de
aprendizagem mais rea1s. ma1s emot1vas e tambem mais
criativas. Aqui. podem apontar-se como exemplos de
vídeo-processo todas as situações de aula que são fil-
madas para posterior análise. como captação de entre-
vistas. debates e mesas redondas para serem também
apresentadas como partes de trabalhos académicos
ou para servirem de ponto de partida para análises e
discussões de grupo; ou trabalhos de criação artística
em que os meios são utilizados com intencionalidade
estética como instrumentos tecnológicos de apoio à
criatividade.
e. El uídeo-concepto. Ferres (1996) define o vídeo-con-
ceito como um "filme tijolo" que o professor coloca
onde deseja para conseguir um ponto de referên-
cia. ou para completar um vazio ou um ensinamento.
Esta abordagem caracteriza -se pela brevidade e pela
especificidade. uma vez que se tratam de filmes com
uma duração de poucos minutos e que apresentam
apenas um conceito. uma ideia. um pequeno facto.
um fragmento de um tema. através de uma Linguagem
predominantemente visual. Estes vídeos destinam-se
quase sempre a suscitar determinada atividade, embora
também possam apresentar. por vezes. uma validade
intrínseca de conteúdo.
f El uídeo-interactiuo. Ao falar desta modalidade chega-
mos. inevitavelmente. ao cruzamento entre o vídeo e
0
computador. entre o analógico e o digital. Este tipo
de abordagem permite uma relação muito dinâmica
entre o vídeo e 0 est ud ante e/ou professor, na med1·d a
eml que estes têm agora o poder de escolher e mani-
pu ar o fluxo seq uenc1a
· l das imagens. possibilitan d o
18
DE UTIU~Í~EO COMO DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES
Ç O DIDÁTICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
uma grande adequabilidade aos níveis e r itmos de
aprendizagem de cada um e tornando-os. enquanto
recetores. tão ativos como o emissor. O vídeo interativo
traz a possibilidade de ao visionar um determinado
documento fílmico. o estudante ou o professor poder
interagir acedendo a uma entrevista. a um detalhe
técnico. a um pormenor visual ou qualquer outro tipo
de informação complementar. que funcionam como
âncoras e podem incrementar o valor didático do
próprio vídeo.
20 ovtDEocoMo
DE UTILIZAÇÃO DIDÁT DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES
ICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
performances cénicas ao nível da expressão corporal.
musical ou teatral.
22 OV1DE0COMO
DE UTlUZAÇÁO DIDÁ DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES
TICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
O último momento desta fase é. normalmente. designado
toryboard. referindo-se à representação das cenas do
ui- ern forma de desenhos sequenciais. semelhante a uma
hist · ria de banda desenhada. tendo como objetivo tornar
mais fácil a visualização das cenas antes de serem gravadas.
A produção é a etapa em que são realizadas as filmagens
das cenas que compõem o vídeo pedagógico. As filmagens
são realizadas em intervalos de tempo entre o início e o
término de cada gravação. Uma cena. portanto. é composta
por um conjunto de tomadas. e um filme é composto por
um conjunto de cenas. Depois de terminadas as filmagens
começa a pós- produção.
Durante o processo de gravação. tudo é importante. desde
os diferentes planos que o professor pode experimentar
lanos gerais. médios. americanos. close-up. detalhes). à
iluminação. à representação até à aparência dos atores/
entrevistados. No entanto. é essencial destacar a importância
da qualidade do som quando a gravação é feita em campo.
O áudio de um programa em vídeo é tão impor:tante quanto
a imagem. portanto um simples erro pode comprometer a
qualidade do produto final.
Nesta etapa a M personagem" de professor- realizador
assume-se como o elemento central do processo de pro-
dução. porque vai ser o responsável por transformar em
reaüdade o que foi pensado pelo seu "alter ego" -o professor
guionista- e pela apresentação das soluções criativas para
incongruências. inadequações de sequências das cenas que
possam. eventualmente. existir no guião. O professor- realiza-
dor deve possuir uma visão clara das várias sequências para
as unir de forma harmónica e estar apto a tomar decisões
<liante de acontecimentos inesperados. Como sabemos. nem
sempre as imagens de um vídeo são gravadas na ordem em
que seraa editadas. É possível por exemplo. gravar o encerra-
mento antes da primeira sequência. por isso é imprescindível
uma boa pré-produção.
Ouanto mais Longo o vídeo. maior e mais detalhado será o
trabalho de pré-produção e mais complexo será o trabalho. O
23
. d e· 0 responsável por tudo que é gravado
r-real1za or
prof esso . ,.. ·a pela qualidade das imagens apresen-
' ltima 1nstanc1 .
e. em u . - J.á pensado e repensado. o professor
tadas Com o gula0 . d f
· · · s planos da mesma 1magerrl. e orma a
deve gravar vano . . .
rial na hora de ed1tar. O tdeal e ter alunos-
ter bastante mate _
. acompanhar as gravaçoes no rnomento em
mon1tores para . . .
que est ao se
- ndo feitas
·
E aconselhavel sempre
.
repet1r a
gravação dos planos. no caso de um~ ~u ou:ra .1magem estar
fora de foco ou apresentar imperfe1çoes tecn1cas.
Após-produção é a última etapa e compreende. basica-
mente. a edição e a finalização do vídeo. Nesta fase o profes-
sor edita e organiza as tomadas gravadas para composição
das cenas e do vídeo como um todo. De todo o material
gravado. somente os materiais mais significativos para a
construção da narrativa e para a construção do conheci-
mento científico devem ser mantidos.
Hoje. a tecnologia que é usada nos equipamentos de
edição oferece uma grande variedade de efeitos. chamados
efeitos especiais. sendo possível utilizá-los para ilustrar.
animar. expandir e/ou comprimir imagens. No entanto. o
seu uso indiscriminado. pode ser prejudicial quando altera
a situação original. dando um sentido diferente do que foi
testemunhado nas gravações.
Para apoiar o desenvolvimento destas diferentes eta-
pas da produção de vídeos existem diversas ferramentas
computacionais no mercado que podem revelar-se boas
solu?ões. como por exemplo: o Final Draft (2012) e o Mouie
MagJc Screen Writer (2012). para a produção de roteiros: o
Storyboard Ouick (2012) e o SpringBoard (2012) para a pro-
duç~o de story~oards e o Adobe Premiere Pro CS6 (2012)].
0
WJndows MouJe fvtaker (2012). o íMouie (2011) ou o Final Cut
Pro (2012). para a edição de vídeos.
Como vimos a real· - d
, . . · tzaçao e um programa audiovisual
pedagog1co e sem d · 'd
feitam t · , UVI a. uma tarefa comple~xa. mas per-
en e exequ,vel quand0 d .
d .fI erentes fases do r se om1nam e conhecem estas
P ocesso e os equipamentos. E quanto
24
ovtDeoco
DE UTILIZAÇÃO OIO:o DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIOAOES
TICA EM AMBIENTES OE APRENDIZAGEM FLEX1VEIS
- """'"'- e realiza. mais experiência se ganha e mais
r roduz:ir um vídeo pedagógico.
25
. rtilhar vídeos da sua autoria. ou de outros
publ1car. ver e pa . ~,
.. E · tem inúmeros cana1s no You,ube com con-
ut1l1zadores. XIS .
.d d t·vos como é o caso. por exemplo, do D1scouery
teu os e uca 1 . 5
, . . . . _
Channel4 ou 0 History Channel . Vanas 1nstltu1çoes de ensino
· ·a· d·1sponibilizam no YouTube as suas aulas, como
supenorJ 7 8
The Open Uniuersityó. Yale • Stanford . _o Mifl entre outras.
Recentemente. 0 YouTube tem dispon1b1l1zado serv1ços para
as escolas e professores que reúnem conteúdos educativos.
como 0 YouTube for Schools10 . que permite que as escolas
escolham os vídeos que desejam exibir aos seus alunos num
ambiente seguro. sem que vídeos similares sejam sugeridos:
e o YouTube Teachers 11 que procura auxiliar os professores a
utilizarem pedagogicamente alguns dos seus vídeos.
Para além do YouTube. existem outros serviços para aceder
e partilhar vídeos na web. como o iTunesU12 que tem uma
área específica para o ensino básico e secundário: o Teacher-
Tubel-3. uma plataforma para partilha de vídeos de instrução: o
SchoolTube14 onde se disponibilizam vídeos de professores e
estudantes de diferentes escolas: o Academic Earth 15, página
que disponibiliza cursos e vídeos online de universidades
reconhecidas mundialmente; o Vídeo-Lectures 16. repositório
aberto e gratuito de vídeo aulas: Edutopia17, que faculta vídeos
para professores do ensino não superior: o MIT TechTVlB.
4
https:l/www.youtube.com/user/DiscoveryNetworks
5 https://www.youtube.com/user/historychannel
6 https:l/ www.youtube.com/user/TheOpenUniversity
7 https:l/www.youtube.com/user/YaleUniversity
: https:l/www.youtube.com/user/StanfordUniversity
https://www.youtube.com/ user/MIT
10 https://www.youtube.com/schools
: https://www.youtube.com/user/teachers
13 https:l/www.apple.com/ apps/itunes-u/
http://www.teachertube.com/
14 h
ttp:l/www.schooltube.com/
15
http://academicearth.org/
16
http://videolectures.net/
17 h
1a
ttp://www.edutopia·org/VI·d eos
http://techtv.mit.edu/
26 o vtoEo coMo 0
DE UnUZAÇÃO DIDÁTIC ISPOsmvo PEDAGÓGICO E POSSIBIUDADES
A EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
serviço do Massachusetts Institute ofTechnology (MIT) que
faculta vídeos educativos; e o Vimeo19• uma plataforma de
visualização de vídeos.
Para além dos já citados softwares. Mouie Maker e iMouie,
existem ferramentas online para edição e partilha de vídeo
também interessantes. como o Zentation 20 que permite
a combinação de vídeos e diapositivos para a criação de
apresentações online: o dotSUB que oferece um serviço
de legendagem em diferentes línguas21: e o Ustream 22 que
permite a criação de um canal de televisão e transmissão
ao VIVO.
19
http://vimeo.com
20
http://www.zentation.com/
21
http://dotsub.com/
22
http://www.ustream.tv/
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