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Ccleçào

ES,TU.D·OS PEDAGÓGICOS

WH!TEBOOKS

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1ndice

INTRODUÇÃO .. .. .... ... . ... .. ....... .. ..... .. . . ..... ....... ...... . .... 7

CAPÍTULO I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
A liNGUAGEM AUDIOVISUAL- TERRENO
PROPÍCIO À ATIVIDADE EDUCATIVA ......... ........... ........ . 11
l O vídeo didát ico- pedagógico e o educativo . ... .. ..... . . . . . . 13
2. O vídeo como objeto e recurso pedagógico-
possibilidades de utilização d idát!ca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3. Funções do v ídeo na aprendizagem . ..... .......... . ...... .... 19
4. O processo de produção de vídeos didático-
pedagogtcos............. ........... ......... .............. .. ...... 21
4.1. A produção de vídeos "caseiros .. online.. . . ..... .. .......... 25

CAPÍTULO II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
RECURSOS DE APRENDIZAGEM
AUDIOVISUAIS NA SALA DE AULA.... .. ........................... 29
1. Principais etapas para uma adequada utilização
pedagogtca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
2. A desconstrução pedagógica de um recurso de
aprendizagem audiovisual. . ........ .. ... .. .. . . . .. ........ . . ... .. 32

CONSIDERAÇÕES FINAIS....... ............... .... . .. ...... ...... .. 35

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

ANEXOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
INTRODUÇÃO

O início deste novo século colocou as escolas. e o ensino


em geral. perante um panorama tecnológico repleto de
informação digitalizada e no meio de uma grande explosão .... -;
~e.comunicaçã? audiovisual. Perante este cenário de ver- / ,// iJ
t1g1nosa evoluçao das Tecnologias de Informaç.ão e Comu-
nicação (TIC) deparamo-nos com a necessidade de (re) //
, -_.. ,
pensar e apostar na renovação dos processos e dispositivos .d~
pedagógicos. numa escola cada vez mais plural e onde,a ·
exigência de uma pedagogia versátil. personalizada e flexível
é inquestionável. 1

Conscientes desta necessidade de questionamento e


de renovação cremos. pois, que é essencial. por um lado,
desenvolver recursos de aprendizagem audiovisuais que
possam criar dinâmicas comunicativas e interativas pró-
prias. e por outro. promover a utilização de modelos que
incorporem processos de desconstrução e ref1lexão sobre -~
esses recursos. ,
Estes recursos de aprendizagem audiovisuais são, de
facto, um elemento central e muito importante nesta equa-
ção, porque a sua utilização em diferentes contextos de
aprendizagem (formais ou não formais), quer errl ambientes
presenciais ou virtuais. permitem congregar todas as ver-:
tentes da literacia. podendo. pois, revelar-se uma opção ~:~
bastante válida e eficaz. ~ $;......
:r..•'""
Com efeito, observado de uma determinada. perspetíva p+
e com objetivos e tarefas bem definidas estes recursos
de aprendizagem audiovisuais podem tornar-se em algo . "~· '\.; ..
mais do que um momento de emoção e diversão, podendo ~

7
'~·
..
converter -se numa experiência viva e interessante. que
ajuda os estudantes a alargarem conceitos. a pe~sarem e
a confrontarem- se criticamente com outras real1dades. a
I
l
l
t
interiorizarem valores que se dispersariam numa incerta pes- I
quisa e a agarrar ideias que não cabem dentro de definições. l

nem se compreendem totalmente através da Leitura de um


texto. Jacquinot-Delaunay (2006) a este respeito observa
II
j
que. independentemente das diferenças que separam o
ambiente escolar do ambiente cinematográfico. durante
a exibição de um filme. o que determina o maior ou menor
interesse dos estudantes perante o seu visionamento é o
contexto pedagógico em que se insere a estratégia.
No cerne dessa atitude está. pois. a forma como o pro-
fessor encara essa ferramenta pedagógica e tecnológica.
a capacidade que tem em integrá-Lo de forma oportuna
num conjunto de outras estratégias e recursos didáticos
ou no aproveitamento que dele retira como método de
abordagem ao próprio tema. Quando mais oportuno e útil
for o vídeo. quanto mais os estudantes sentirem que têm
nele uma oportunidade de compreender melhor as questões
em estudo. de completar um "puzzle" que sem o vídeo ficaria
inacabado. melhor será a sua adesão à metodologia.
Como referem vários autores (Bartolomé. 1999: Ferres.
1996: Moran. 2002) apresentam um enorme potencial como
dispositivo pedagógico e como tecnologia de instrução.
Amaral refere inclusive que o vídeo digital vai ser "el media
de comunicación más potente de este sigla. porque él abre
las puertas. de un modo muy especial. para la alfabetización
audiovisual permanente. posibilita y fomenta en los espec-
tadores la capacidad de producir. analizar y modificar sus
propios mensajes .. (Amaral. 2004. p.ll).
A nossa prática profissional. em instituições que pro-
move~ ~ uso destes ambientes de aprendizagem abertos
e flex1ve1s. tem contribuído para uma reflexão constante
acerca da~ possibilidades de didatização destes recursos
de aprend1zagem audiovisuais. Assim. com o intuito. de
estudar fundamentadamente estas questões. mas também

8 DE UTILic;;t~EO COMO DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBIUDADES


Ç O DIDÁTICA E.M AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
de procurar ajudar os professores a utilizar pedagogica-
mente estes recursos. neste texto são sugeridas algumas
estratégias pedagógicas com a apresentação de grelhas de
observação e análise destes recursos para diferentes áreas
disciplinares e níveis de ensino e uma proposta metodológica
para exploração de vídeos. no sentido de promover o seu
uso eficiente em ambientes de aprendizagem flexíveis.

INTRODUÇÃO 9
..
·'

CAPÍTULO I
A UNGUAGEM AUDIOVISUAL- TERRENO
PROPÍCIO À ATIVIDADE EDUCATIVA

A linguagem audiouisual. do mundo contemporâneo. é uma _./ J •


ling_uagem sintética e integral. Sintética. porque funde o áudio e _/,.,.,. ·-~'~"'~
o UISUal paro resultar numa noua comunicação. E integral porque ,.// . / ; ';;/"'
permite ao cérebro integrar simultaneamente as informações que //··· , l>.'fr
percebe e aquelas que as memórias visual e acústica conservarão,
as quais lhe atribuem todo o seu sentido. /v f r' '
~·.
r.t:
/
Pereira. 2006. p.13
, ;.

Num tempo em que vivemos numa profunda dependência


da imagem e em que se torna cada vez mais necessário
desenvolver uma literacia à volta da leitura do que se "vê". o
audiovisual sendo um terreno propício e. inerente à atividade
educativa. precisa de ser abordado de forma crítica no sentido ..-;.t#'~­
de serem clarificadas as suas potencialidades e virtudes. bem _..,..?~'·
como as suas limitações e defeitos (Carvalho. 1998). . ,..~< ,-"jlt
Estamos num período de rutura em que a compreensão
ou tomada de conhecimento já não se realiza tanto pela
abstração. mas mais pela sensação que privilegia a perceção
global (Ferrés. 1996). É neste cruzamento epistemológico
que a escola se encontra. debaixo de uma tensão que a ..:
,. ;>

coloca entre a sua tradicional hierarquização racionalista dos -~ ~


conceitos. em que se "impõem condições prévias às aprendi:" , ~ ·::::.o···
zagens": e uma nova realidade. liderada pelos mass-media e~-".:..~;.<·
·-"•
pelas linguagens audiovisuais. que apontam para formas de ... -~ ~
pensamento e de expressão de cariz mais estético assentes : \ ·-.
no poder da emoção e que recorrem à imagef0;·c omo.:·pano\ ·

11
·-

de fundo- para as suas narrativas. Neste contexto. 0 vídeo


e sua expressão filmica assumem-se. atualmente. como os
grandes representantes dos recursos audiovisuais. já que
respondem à sensibilidade dos jovens e à grande maioria
da população. solicitando constantemente a imaginação
(Moran. 1995).
Perante esta realidade. e usando os recursos audiovi-
suais. nomeadamente as imagens fílmicas uma linguagem
tão próxima daquela que é utilizada no quotidiano. pensamos
que faz todo o sentido apropriarmo-nos do seu potencial
comunicativo. trazendo-os para as salas de aula para. de um
modo consciente. torná-los em ferramentas de mediação
pedagógica capazes de contribuírem para a grande odisseia
da escola moderna que se vai ancorando em perspetivas
sócio-construtivistas e que coloca o estudante no centro
do processo pedagógico.
Na realidade. a necessidade de integração na escola
destes recursos audiovisuais digitais parece-nos ser um
dado inquestionável. uma vez que. não sendo substitutos do
professor. mas estando intrinsecamente ligados ao quoti-
d iano das famíüas. assumem-se como um precioso elemento
auxiliar do professor. visto que. e como Carvalho salienta:
""a experiência audiovisual exerce uma função informativa
alternativa. tomando a reaüdade mais próxima à medida que
permite exemplificar conceitos abstratos. ampliar conceções
e pontos de vista. simplificar a compreensão da realidade e
estimular a reflexão sobre factos/acontecimentos a partir
do contacto com imagens"(l998. p.3).
Precisamente. porque a experiência audiovisual permite
uma aproximação eficaz à realídade, tomando próximo e
familiar o que parecia distante e incompreensível, estabele-
cendo pontes com o mundo exterior. encerra em si própria
importantes capacidades motivacionaís; tanto mais que os
estudantes são sensíveis à comunicação pela imagem. No
€ntanto. a abordagem à utilização deste recurso não deve
€$gotar-se nos ganhos motivacionaís, embora. círcunstancíal-
mente este possa ser o objetivo pedagógico que se pretende.

12 O VfOfO C0H0 OUSPOStnVO PfO,ADÔOJCO f POSSJBJUOAOES


Of UTIUZAÇ4o OlOÁnCA IE;.f AH8JlHflS Of APR(pfOIZAOfM FUXtVEIS

d
Para que o uso do vídeo não se esgote apenas em questões
motivacionais, o professor. enquanto orientador e gestor da
sala de aula, deve realizar uma reflexão prévia que o leve a
encontrar as razões justificativas para a utilização de determi-
nadas imagens fílmicas e. simultaneamente. deve apropriar-se
da linguagem audiovisual que o vídeo comporta no sentido de
uma análise crítica capaz de lhe garantir que essas imagens
possuem os níveis qualitativos necessários para atingir os
objetivos pedagógicos previamente formulados.

1. O vídeo didâtico-pedagógico e o educativo


Existem duas tipologias de vídeos que podem ser utiliza-
dos em ambiente escolar. A primeira refere-se aos vídeos
didáticos. também apelidados de pedagógicos (Jaquinot-
Delaunay. 2006), que fazem parte do conjunto dos vídeos
não narrativos. agrupando os vídeos científicos, técnicos.
documentários .... e que se anunciam como documentos
de ensino. com uma clara intenção de instruir. Estes assu-
mem um fim marcadamente educativo. versando conteúdos
didáticos claramente definidos e encerrando em si aspetos
estruturais de comunicação e informação que obedecem
a pressupostos teóricos. critérios e objetivos e níveis de
adequação a determinados alvos educativos que são os seus
principais traços distintivos.
O documentário é um dos vídeos não narrativos com mais
potencialidades dentro desta tipologia. e por isso. é muito
utilizado como recurso educativo. Este é um recurso que
prima pela autenticidade e pelo efeito da verdade caracte-
rizando-se pelo registo daquilo que é real.
Na segunda tipologia temos os vídeos educativos que
se caracterizam pelas suas potencialidades pedagógicas e
que. apesar de na sua conceção não ter existido uma inten-
ção propriamente educativa. acaba por servir os fins que o
professor entende como apropriados para a abordagem de
determinado conteúdo. Ao utilizar um vídeo desta natureza
tem de se considerar a sua linguagem própria e analisá-la
enquanto tal. devendo essa análise contribuir para o seu

CAPÍTULO I - A UNGUAGEM AUDIOVISUAL 13


valor pedagógico. Enquadram-se nesta tipologia, por exem-
plo. os vídeos narrativos ficcionais. próprios da linguagem
cinematográfica.
Desde a sua invenção. a linguagem cinematográfica. mais
do que um objeto estético com especificidades próprias. tem-
se constituído como uma linguagem formativa e educativa. No
entanto. frequentemente, tem sido lida de forma superficial
e subjetiva, descaracterizando o seu potencial como uma
linguagem de conhecimento. Tal como ler um livro. apreciar
e ler um filme requer um mínimo de informações acerca de
aspetos diferenciados sobre a sua linguagem e sobre os meios
utilizados para a sua análise. Realizar uma leitura fílmica da
linguagem do cinema implica, não só, a desconstrução do
vídeo e a sua reorganização posterior, atribuindo-lhe significa-
dos antes não percebidos. mas também. a aproximação a um
conjunto de conhecimento complexos e abrangentes sobre
diferentes abordagens analíticas e conhecimentos prévios
sobre a sua linguagem. Com efeito, o vídeo cinematográfico
tem sido, cada vez mais, utilizado como recurso didático
em contexto educativo. porque. efetivamente. possui uma
Linguagem inventiva e uma narrativa composta por temas
e conteúdos quase ilimitados. Educar para a leitura fílmica.
neste contexto. significa sensibilizar-se. saber sensibilizar.
formar o estudante por meio de experimentação e envolvê-lo
em todo o processo de ensino-aprendizagem.
Segundo Jacquinot-Delaunay (2006). podemos considerar
três referentes para os vídeos educativos. O primeiro refe-
rente, de acordo com a autora. é o mundo de toda a gente.
sendo a imagem fílmica percecionada como uma imagem
do mundo, havendo assim uma relação entre o referente
e o significante. Este é o referente do vídeo narrativo que
cria uma realidade paralela à que representa e que é uma
ilusão de realidade. É fundamental que o professor tenha
co~s~iên~ia deste referente. quer para aprofundar a sua
propna le1tura, quer para transmitir aos estudantes a cons-
c,iên~ia da dissociação entre o mundo e a sua (re)construção
fllmlca. O segundo, de acordo com a mesma autora, é o

14 O VÍDEO COMO DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES


DE UTIUZAÇAO DIDÁTICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
mundo do especialista. que se refere a uma amostragem
selecionada com um objetivo específico e "que se refere a
dados abstratos. construídos por uma análise anterior ao
presente fílmico" (p. 54). E o terceiro. o mundo da aula é o do
espetador (professor e estudante) que funciona de acordo
com os códigos Ligados ao universo pedagógico e didático.

2. O vídeo como objeto e recurso pedagógico- possibili-


dades de utilização didática
Pela diversidade de situações de aprendizagem que pos-
sibilita o vídeo deve ser entendido na sua dupla vertente de
objeto de estudo e de recurso pedagógico. Enquanto objeto
apresenta uma linguagem própria que deverá ser entendida e
explorada por estudantes e professores; e enquanto recurso
pedagógico deverá: corresponder sempre a objetivos educa-
tivos; estar relacionado com os currículos; e integrado numa
planificação que estabeleça as relações com atividades a
desenvolver antes, durante e depois do visionamento.
A respeito da sua utilização enquanto recurso pedagó-
gico Ferrés (1988: 1996) aponta algumas possibilidades de
utilização didática que apresentamos a seguir. Recuperamos
estas possibilidades de utilização, porque consideramos que,
na sua maioria. são perfeitamente adequadas a diferentes
ambientes de aprendizagem, presenciais ou virtuais. caso da
vídeo-lição ou do programa motivador.
a. La uídeo-leccion. A vídeo-lição pode ser considerada
como o equivalente a uma aula magistral, com a dife-
rença de que o professor é substituído pelo programa
de vídeo. Sendo o método expositivo aquele que. cer-
tamente. ainda prevalece no seio das práticas letivas
mais comuns, é natural que a primeira forma que a
escola encontrou para integrar a tecnologia do vídeo
nas suas metodologias tenha sido, justamente, replicar
em linguagem vídeo aquilo a que mais esteve acostu-
mada desde sempre. Ou seja, a primeira tendência terá
sido simplesmente transpor para o ecrã exatamente
a mesma cena que habitualmente se desenvolve "ao

CAPÍTULO I - A UNGUAGEM AUDIOVISUAL 15


vivo·· e "em direto" na sala de aula. Isto não significa
ue esta modalidade não seja válida. pois ao serem
~xpostos visualmente determinados conteúdos através
do uso de imagem em movimento e som. acaba, muitas
vezes. por ganhar. um caráter mais dinâmico do que 0
da aula convencional e ser mais estimulante para quem
assiste. Estas vídeo-lições são didaticamente eficazes
utilizadas: com funções informativas, para transmitir
informações que precisam de ser ouvidas e/ou visuali-
zadas: como reforço da explicação prévia do professor
em sala de aula física: ou com funções de avaliação
e pesquisa. dando. por exemplo. um questionário ou
uma grelha de observação aos estudantes antes do
visionamento, com o intuito de extraírem do filme
as informações mais pertinentes (Peters. 2001). Em
ambientes personalizados de aprendizagem (personal
learníng enuíronments). esta metodologia também
se mostra interessante. na medida em que permite
uma maior versatilidade podendo o documento vídeo
ser visionado várias vezes, a diferentes ritmos e em
diferentes espaços. É uma metodologia muito interes-
sante para utilizar em ambientes online, porque. por
exemplo, no ensino experimental, permite que sejam
apresentadas determinadas técnicas laboratoriais onde
há a possibilidade de as rever quase de forma infinita.
b. El programa motíuador. É um programa destinado.
f~ndamentalmente. a suscitar um trabalho poste-
nor ao visionamento. Mais do que expor conteúdos.
~ programa motivador tem como objetivos provocar.
1
~terpelar e despertar o interesse do leitor. Enquanto a
Vldeo-lição se base1a· na pedagogia do durante. o pro-
~.rama motivador trabalha com a pedagogia do depois.
Ja q~e. a aprendizagem realiza-se. sobretudo. depois
do VISionamento 0 _
destes document · este modo, com a apresentaçao
atrav , d os, pretende-se que o estudante.
0
cínio:s que vê, faça inferências deduções racio-
e parta para descobertas de conheci.mento

16
ovtDeocoM
DE UTILIZAÇÃO DIDÁ O DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES
TICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXtVEIS
que. não est ando propriamente explícito no vídeo.
pode vir a ser adquirido. O papel do professor pauta-
se pelo provocar de r espostas ativas por parte dos
estudantes. t endo o vídeo como um recurso que serve
de estimulo ao debate. à pesquisa. à criatividade e à
execução propriament e dita. Este tipo de documento,
do ponto de vista morfológico. é um produto acabado
que f orma uma unidade expressiva, normalmente com
qualidad es técnicas de t ipo profissional, constituída
pela combinação de imagens. sons. narrações, com
uma duração e um r itmo previamente estabelecidos.
c. El uídeo-apoyo. Nesta modalidade de uso didático o
vídeo t em como função ilustrar o discurso (verbal ou
escrito) do professor. Trata-se de uma forma mais cria-
tiva de uso do vídeo. uma vez que o caráter dinâmico da
aula se mantém através da interação, tendo o professor
que usar também da sua criatividade e do seu critério
pedagógico para a seleção dos fragmentos fílmicos e
para a forma como os vai integrar no seu discurso de
modo a que nem as imagens fílmícas nem o professor
se anulem. Este trabalho de seleção de fragmentos.
não sendo tarefa fácil, aumenta o nível qualitativo da
profic iência do professor e pode mesmo assumir um
patamar ainda mais elevado de qualidade de ensino
quando os estudantes são também eles convidados
a colaborar nesta tarefa. entrando-se, assim, numa
aprendizagem colaborativa bem mais compatível com
os referencíaís teóricos da escola sócío-construtivista.
Com esta metodología, pode criar-se na sala de aula
um ambíente maís d ínâmíco e maís atrativo propicíador
de construções de aprendízagens maís significativas.
tendo em conta a flexibilídade que permite uma ade-
quação ao ritmo de aprendizagem dos estudantes.
d, EL uídeo-proceso. O video-processo é uma das moda-
Udades mais criativas no uso dídátíco dos documentos
f ilmicos. Nesta modalidade o vídeo passa para as mãos
do estudante, dando- lhe protagonísmo, possibilitando

17
a aprendizagem por via do lúdico. mas também
~:envolvendo-lhe responsabilidades e tornando-o
interventor no seu próprio processo_ educativo. Ao tor-
narem-se sujeitos ativos na produçao de documentos
fílmicos. os estudantes assumem papéis de participa-
ção e compromisso q~e os .condu~em a situa?ões de
aprendizagem mais rea1s. ma1s emot1vas e tambem mais
criativas. Aqui. podem apontar-se como exemplos de
vídeo-processo todas as situações de aula que são fil-
madas para posterior análise. como captação de entre-
vistas. debates e mesas redondas para serem também
apresentadas como partes de trabalhos académicos
ou para servirem de ponto de partida para análises e
discussões de grupo; ou trabalhos de criação artística
em que os meios são utilizados com intencionalidade
estética como instrumentos tecnológicos de apoio à
criatividade.
e. El uídeo-concepto. Ferres (1996) define o vídeo-con-
ceito como um "filme tijolo" que o professor coloca
onde deseja para conseguir um ponto de referên-
cia. ou para completar um vazio ou um ensinamento.
Esta abordagem caracteriza -se pela brevidade e pela
especificidade. uma vez que se tratam de filmes com
uma duração de poucos minutos e que apresentam
apenas um conceito. uma ideia. um pequeno facto.
um fragmento de um tema. através de uma Linguagem
predominantemente visual. Estes vídeos destinam-se
quase sempre a suscitar determinada atividade, embora
também possam apresentar. por vezes. uma validade
intrínseca de conteúdo.
f El uídeo-interactiuo. Ao falar desta modalidade chega-
mos. inevitavelmente. ao cruzamento entre o vídeo e
0
computador. entre o analógico e o digital. Este tipo
de abordagem permite uma relação muito dinâmica
entre o vídeo e 0 est ud ante e/ou professor, na med1·d a
eml que estes têm agora o poder de escolher e mani-
pu ar o fluxo seq uenc1a
· l das imagens. possibilitan d o

18
DE UTIU~Í~EO COMO DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES
Ç O DIDÁTICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
uma grande adequabilidade aos níveis e r itmos de
aprendizagem de cada um e tornando-os. enquanto
recetores. tão ativos como o emissor. O vídeo interativo
traz a possibilidade de ao visionar um determinado
documento fílmico. o estudante ou o professor poder
interagir acedendo a uma entrevista. a um detalhe
técnico. a um pormenor visual ou qualquer outro tipo
de informação complementar. que funcionam como
âncoras e podem incrementar o valor didático do
próprio vídeo.

3. Funções do vídeo na aprendizagem


Como vimos no ponto anterior o vídeo pode ser utilizado
de diferentes formas do ponto de vista d idático. devido.
sobretudo ao seu caráter multidimensional e à sua flexibi-
lidade. Alguns autores (Almenara. 2007: Cebrian Herreros.
1987: Ferrés.1988: Martinez.199l: Moran, 1995: Salinas.1992)
têm procurado sistematizar as principais funções básicas
que este tipo de recurso pode desempenhar neste contexto.
Pela sua importância apresentamos quatro das funções.
mais destacadas por estes investigadores. que o vídeo pode
desempenhar no campo educativo enquanto transmissor de
informação. como instrumento de motivação e de avaliação
e como forma de expressão.
a. Transmissor de informação - uma das funções mais
tradicionais que o vídeo desempenha na escola é a
função de transmitir os conteúdos que os estudan-
tes devem aprender presentes no currículo (Gimeno.
1988). Com efeito, sabendo-se que a imagem não é
simplesmente uma replicação exata da realidade. a
tecnologia do vídeo pode servir os objetivos pedagógi-
cos de uma forma eficaz. tendo em conta que se trata
de um processo versátil e mais próximo das realidades
que se pretendem demonstrar. e que permite uma
seleção mais criteriosa da informação. atendendo às
necessidades específicas dos estudantes.

CAPÍTULO I -A LINGUAGEM AUDIOVISUAL. 19


. ador _ a motivação tem sido sempre
t
b· I nstrumento
.
mo IV
m fator de extrema importância para
P ercebida como u · ·f · · ·
. m se produza de forma s1gn1 1cat1va. E
que a aprend tzage .
. t ste poder motivador que mu1tos autores
prectsamen e e . · · d
cumento videograftco. Este t1po e
recon hecem aO do .
documento pode lançar questões sobre determinado
tema de impacto sobre os estudantes. apresentar
testemunhos. fomentar reflexões e debates sobre
notícias ou histórias ficcionais. entrevistas ou repor-
tagens. E o importante é que o documento. e~quanto
elemento de motivação catalise a sua atençao para
determinado conteúdo e promova a reflexão que. por
sua vez. conduza a aprendizagens partilhadas.
c. Instrumento de avaliação - no campo educativo pode
utilizar-se também o vídeo com a função de analisar e
avaliar comportamentos. expressões. atitudes. valores
e todo um conjunto de realizações verbais e não ver-
bais. A gravação de vídeos. pode. com efeito. ser um
bom método de avaliação de professores. estudantes
e do processo de ensino-aprendizagem. porque torna
visíveis esses comportamentos e atitudes. Professores
e estudantes podem realizar interessantes experiências
de autoscopia. filmando-se a si próprios no desenvol-
vimento das suas atividades letivas. tomando assim
consciência da perceção que os outros podem ter de
si próprios (Almenara. 2007: Moran. 1995).
d. Forma de expressão - o vídeo como forma de expres-
~ão (~rtíst~ca) ~ também um elemento importante a
tnclUir em ambtto pedagógico. e são muitas as razões
que justificam a sua inclusão, quer seja para saber como
provo~a as n,o.ssas emoções. quer seja para aumentar
o senttdo cnttco ou a criatividade (Bartolomé. 1999).
Nesta
. .função podem 1 ·n c l utr-se
· to das aquelas expenen-
. ,.
ct~~ vtdeog~áficas em que estudantes e professores
uttltzam a camara e . .
os metos tecnicos de montagem
para produzir docum t
en os como dramatizações ou

20 ovtDEocoMo
DE UTILIZAÇÃO DIDÁT DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES
ICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
performances cénicas ao nível da expressão corporal.
musical ou teatral.

4. O processo de produção de vídeos


didático-pedagógicos
A realização de uma peça audiovisual com objetivos
educacionais. seja um pequeno documentário ou um vídeo
didático. requer alguns cuidados desde o início da produção.
Não se trata de uma simples justaposição de elementos
pedagógicos a recursos audiovisuais. É. sem dúvida. um
processo complexo. mas não tão difícil de concretizar como
aparentemente pode parecer. porque com uma adequada
(e relativamente curta) formação na área das tecnologias
da comunicação audiovisual o professor pode reinventar-
se e tornar-se num professor/argumentista/guionista/e
produtor recursos audiovisuais com competências na área
da realização.
De acordo com Kindem e Musburger (1997) o processo
de elaboração de um documento videográfico. normalmente.
passa por três etapas principais: a pré-produção; a produção
e a pós-produção.
A pré-produção é a etapa da conceção das ide ias. plani-
f icação e preparação do vídeo a ser produzido. Nesta fase o
professor deve eleger os conteúdos que irão ser abordados
elaborando para o efeito uma sinopse ou storyline: analisar
as estratégias que poderá utilizar para transformar esses
conteúdos numa obra audiovisual; e escolher o formato do
vídeo pedagógico que pretende produzir. podendo assumir
a forma de documentário. novela, telejornal ou reportagem.
Um segundo momento da pré-produção relaciona-se
com a elaboração do argumento. cujo objetivo é descrever.
de forma abreviada como se desenvolverá a ação. De acordo
com Garcia Biasutto e Ramos Bravo (1988), (o professor)
argumentista deve elaborar um texto escrito sobre os con-
teúdos a desenvolver. delimitando desta forma o universo
do vídeo pedagógico.

CAPÍTULO I- A LINGUAGEM AUDIOVISUAL 21


·s primeiros momentos- storyline e
· destes d OI
DepoiS . . . então 0 processo mais subtil e. sem
menta- IniCia-se. . - d .
argu · . ·mportantes na produçao e um vtdeo,
d · ·d um dos ma1s 1
u~t ~· f e as ideias e o conhecimento científico
P-ots e nesta ase qu - d ·-
·d m audiovisual: a conceçao o gu1ao. Este
sao convertt os e . . . f' ..
·r-se como uma forma Ltterana e em era. Ja
acaba por assum1 .
· t"nc·1a resume-se ao penado de tempo que Leva
que a sua ex1s e ·-
.
t do num produto audiovisual [26]. O gutao
para ser convert . . . .
possui uma Linguagem própria e dtvtde o documento ftln:tco
em cenas com 0 objetivo de informar. textualmente. o lettor
a respeito daquilo que o espectador verá/o.u virá (Fie.l~. 1995).
Existem várias técnicas para construir um gutao, mas
existem duas que se destacam pela sua frequente utiliza-
ção. A primeira. que é mais comum ao cinema, descreve
sequências numeradas de imagens e diálogos ao longo da
página. explicando a ação e que imagens serão usadas para
ilustrar o que é dito. A segunda, a técnica de tratamento
(Sanada e Sanada. 2004) que é mais usada para vídeo. divide
a página em duas colunas. sendo a coluna da direita usada
para descrever tudo o que diz respeito ao som ou áudio e
a da esquerda utilizada para descrever o tratamento visual.
imagens e outros recursos visuais que o irão compor.
Ainda acerca do guião é importante referir que antes da
sua aprovação é imprescindível fazer uma revisão cuidada
da sua linguagem. por um ou mais professores da área. no
sentido de o validar. É recomendável retirar informações
não confirmadas. termos regionais. elitistas ou que possam
adquirir duplo sentido. É também recomendável estar atento
a referências que não sejam rapidamente entendidas por
quem assiste ao documento fílmico, independentemente
do gru~o social étnico ou religioso. O ideal é que possa ser
entendtdo P?r todos. sem restrições. Na conceção do guião
devem segu1r-se algumas regras básicas, como a utilização
de frases curtas e na ord d' . . .
. . . em treta. evttar adJettvos e frases
tntrodutonas longas e s c ·
em e,etto. Ouanto mais objetivo, direto
e claro for o texto. melhor será a compreensão.

22 OV1DE0COMO
DE UTlUZAÇÁO DIDÁ DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIDADES
TICA EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
O último momento desta fase é. normalmente. designado
toryboard. referindo-se à representação das cenas do
ui- ern forma de desenhos sequenciais. semelhante a uma
hist · ria de banda desenhada. tendo como objetivo tornar
mais fácil a visualização das cenas antes de serem gravadas.
A produção é a etapa em que são realizadas as filmagens
das cenas que compõem o vídeo pedagógico. As filmagens
são realizadas em intervalos de tempo entre o início e o
término de cada gravação. Uma cena. portanto. é composta
por um conjunto de tomadas. e um filme é composto por
um conjunto de cenas. Depois de terminadas as filmagens
começa a pós- produção.
Durante o processo de gravação. tudo é importante. desde
os diferentes planos que o professor pode experimentar
lanos gerais. médios. americanos. close-up. detalhes). à
iluminação. à representação até à aparência dos atores/
entrevistados. No entanto. é essencial destacar a importância
da qualidade do som quando a gravação é feita em campo.
O áudio de um programa em vídeo é tão impor:tante quanto
a imagem. portanto um simples erro pode comprometer a
qualidade do produto final.
Nesta etapa a M personagem" de professor- realizador
assume-se como o elemento central do processo de pro-
dução. porque vai ser o responsável por transformar em
reaüdade o que foi pensado pelo seu "alter ego" -o professor
guionista- e pela apresentação das soluções criativas para
incongruências. inadequações de sequências das cenas que
possam. eventualmente. existir no guião. O professor- realiza-
dor deve possuir uma visão clara das várias sequências para
as unir de forma harmónica e estar apto a tomar decisões
<liante de acontecimentos inesperados. Como sabemos. nem
sempre as imagens de um vídeo são gravadas na ordem em
que seraa editadas. É possível por exemplo. gravar o encerra-
mento antes da primeira sequência. por isso é imprescindível
uma boa pré-produção.
Ouanto mais Longo o vídeo. maior e mais detalhado será o
trabalho de pré-produção e mais complexo será o trabalho. O

23
. d e· 0 responsável por tudo que é gravado
r-real1za or
prof esso . ,.. ·a pela qualidade das imagens apresen-
' ltima 1nstanc1 .
e. em u . - J.á pensado e repensado. o professor
tadas Com o gula0 . d f
· · · s planos da mesma 1magerrl. e orma a
deve gravar vano . . .
rial na hora de ed1tar. O tdeal e ter alunos-
ter bastante mate _
. acompanhar as gravaçoes no rnomento em
mon1tores para . . .
que est ao se
- ndo feitas
·
E aconselhavel sempre
.
repet1r a
gravação dos planos. no caso de um~ ~u ou:ra .1magem estar
fora de foco ou apresentar imperfe1çoes tecn1cas.
Após-produção é a última etapa e compreende. basica-
mente. a edição e a finalização do vídeo. Nesta fase o profes-
sor edita e organiza as tomadas gravadas para composição
das cenas e do vídeo como um todo. De todo o material
gravado. somente os materiais mais significativos para a
construção da narrativa e para a construção do conheci-
mento científico devem ser mantidos.
Hoje. a tecnologia que é usada nos equipamentos de
edição oferece uma grande variedade de efeitos. chamados
efeitos especiais. sendo possível utilizá-los para ilustrar.
animar. expandir e/ou comprimir imagens. No entanto. o
seu uso indiscriminado. pode ser prejudicial quando altera
a situação original. dando um sentido diferente do que foi
testemunhado nas gravações.
Para apoiar o desenvolvimento destas diferentes eta-
pas da produção de vídeos existem diversas ferramentas
computacionais no mercado que podem revelar-se boas
solu?ões. como por exemplo: o Final Draft (2012) e o Mouie
MagJc Screen Writer (2012). para a produção de roteiros: o
Storyboard Ouick (2012) e o SpringBoard (2012) para a pro-
duç~o de story~oards e o Adobe Premiere Pro CS6 (2012)].
0
WJndows MouJe fvtaker (2012). o íMouie (2011) ou o Final Cut
Pro (2012). para a edição de vídeos.
Como vimos a real· - d
, . . · tzaçao e um programa audiovisual
pedagog1co e sem d · 'd
feitam t · , UVI a. uma tarefa comple~xa. mas per-
en e exequ,vel quand0 d .
d .fI erentes fases do r se om1nam e conhecem estas
P ocesso e os equipamentos. E quanto

24
ovtDeoco
DE UTILIZAÇÃO OIO:o DISPOSITIVO PEDAGÓGICO E POSSIBILIOAOES
TICA EM AMBIENTES OE APRENDIZAGEM FLEX1VEIS
- """'"'- e realiza. mais experiência se ganha e mais
r roduz:ir um vídeo pedagógico.

4.1. A produção de vídeos "caseiros" online


oportunidade de descrever a produção de
m ualidade técnica e pedagógica é uma tarefa
l s muitas vezes morosa e um pouco complexa.
n . com o crescimento do fenómeno dos vídeos
eb. tomou-se bastante acessível capturar.
rtilhar pequenos vídeos. utilizando equipamentos
p co i pendiosos e softwares gratuitos e livres. Muitas
lns - i ~ s e ensino e professores já começam a dispo-
nibilizar estes ideos online em cursos quer presenciais.
q er li· e. devido à facilidade de integração em ambientes
a- de aprendizagem. Nunca antes foi tão fácil produzir e
distri i · eos o nline existindo. hoje. uma grande variedade
de ferramentas na web 2.0 disponíveis para assistir. partilhar
e ed' ar videos. Um exemplo é o Technology. Entertainment.
Design (TED) que inclui muitos recursos. entre os quais o TED
Talks · eos inspiradores cada vez mais utilizados no campo
educacional1.
Para além do exemplo anterior existe também a Khan Aca-
demif. organização sem fins lucrativos. criada em setembro
de 2006 por Salman Khan. que disponibiliza. atualmente. mais
de 3000 aulas em vídeo acompanhadas de exercícios para
disciplinas do Ensino Básico e Secundário. Através do canal da
Fundação Portugal Telecom3 já existem conteúdos traduzidos
em português. reforçando assim a aposta no desenvolvimento
do ensino da Matemática junto das comunidades de Língua
Portuguesa. A biblioteca de vídeos que a Portugal Telecom
djsponíbíliza abrange múltiplas explicações de Matemática
sobre conteúdos do 1.º ao 12.º anos de escolaridade.
O 'lar"' dos vídeos onlíne mais conhecido em todo o mundo
é. sem dúvida o Youtube. Este serviço permite ao utilizador
1
http-..//www.tedcom/ promos/TEDTalksEducation
2
https-.//wwwJ4lanacademy.org/
3
http-J/ fundacao.tetecom.pt/Home/KhanAcademy.aspx

25
. rtilhar vídeos da sua autoria. ou de outros
publ1car. ver e pa . ~,
.. E · tem inúmeros cana1s no You,ube com con-
ut1l1zadores. XIS .
.d d t·vos como é o caso. por exemplo, do D1scouery
teu os e uca 1 . 5
, . . . . _
Channel4 ou 0 History Channel . Vanas 1nstltu1çoes de ensino
· ·a· d·1sponibilizam no YouTube as suas aulas, como
supenorJ 7 8
The Open Uniuersityó. Yale • Stanford . _o Mifl entre outras.
Recentemente. 0 YouTube tem dispon1b1l1zado serv1ços para
as escolas e professores que reúnem conteúdos educativos.
como 0 YouTube for Schools10 . que permite que as escolas
escolham os vídeos que desejam exibir aos seus alunos num
ambiente seguro. sem que vídeos similares sejam sugeridos:
e o YouTube Teachers 11 que procura auxiliar os professores a
utilizarem pedagogicamente alguns dos seus vídeos.
Para além do YouTube. existem outros serviços para aceder
e partilhar vídeos na web. como o iTunesU12 que tem uma
área específica para o ensino básico e secundário: o Teacher-
Tubel-3. uma plataforma para partilha de vídeos de instrução: o
SchoolTube14 onde se disponibilizam vídeos de professores e
estudantes de diferentes escolas: o Academic Earth 15, página
que disponibiliza cursos e vídeos online de universidades
reconhecidas mundialmente; o Vídeo-Lectures 16. repositório
aberto e gratuito de vídeo aulas: Edutopia17, que faculta vídeos
para professores do ensino não superior: o MIT TechTVlB.

4
https:l/www.youtube.com/user/DiscoveryNetworks
5 https://www.youtube.com/user/historychannel
6 https:l/ www.youtube.com/user/TheOpenUniversity
7 https:l/www.youtube.com/user/YaleUniversity
: https:l/www.youtube.com/user/StanfordUniversity
https://www.youtube.com/ user/MIT
10 https://www.youtube.com/schools

: https://www.youtube.com/user/teachers
13 https:l/www.apple.com/ apps/itunes-u/
http://www.teachertube.com/
14 h
ttp:l/www.schooltube.com/
15
http://academicearth.org/
16
http://videolectures.net/
17 h
1a
ttp://www.edutopia·org/VI·d eos
http://techtv.mit.edu/

26 o vtoEo coMo 0
DE UnUZAÇÃO DIDÁTIC ISPOsmvo PEDAGÓGICO E POSSIBIUDADES
A EM AMBIENTES DE APRENDIZAGEM FLEXÍVEIS
serviço do Massachusetts Institute ofTechnology (MIT) que
faculta vídeos educativos; e o Vimeo19• uma plataforma de
visualização de vídeos.
Para além dos já citados softwares. Mouie Maker e iMouie,
existem ferramentas online para edição e partilha de vídeo
também interessantes. como o Zentation 20 que permite
a combinação de vídeos e diapositivos para a criação de
apresentações online: o dotSUB que oferece um serviço
de legendagem em diferentes línguas21: e o Ustream 22 que
permite a criação de um canal de televisão e transmissão
ao VIVO.

19
http://vimeo.com
20
http://www.zentation.com/
21
http://dotsub.com/
22
http://www.ustream.tv/

CAPlTULO I - A LINGUAGEM AUDIOVISUAL 27


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