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XIII. Como reduzir fofocas, inveja e boatos no ambiente de trabalho?

Por: Silvio Broxado (2011)

Organizações familiares, S/As, micros, media, públicas etc, sempre


conviverão com a fenomenologia desses conflitos, em maior ou
menor grau.  Desde a nossa concepção, somos seres de puro conflito
com nós mesmos. Imagine então, quando nos juntamos a  outros
seres, com visões de mundo  diferentes, de passados cultural e
educacional distintos, às vezes opostos aos nossos, para trabalhar,
disputar a preferência dos chefes, disputar ascensões etc, e somado a
tudo isso ainda vem:

1-) Tirania e decisões burras dos chefes; 2-) Indolência dos colegas
e colaboradores;  3-) Falsidade de outros por vários motivos;  4-)
Olho grande e inveja no que é dos outros; 5-) Falta de educação  e
grosseria;  6-) Gente protegida e apadrinhada, gente que se escora
nos outros, gente que fofoca nos corredores,... e por aí vai.

O que acontece por esse mundão organizacional aí fora, é que a


maioria das pessoas que fazem ou agem com esses sentimentos
negativos, não enxergam a si mesmo, ou fogem do conflito. Conflito
é tão comum na vida dos seres humanos, mas quase ninguém sabe
tratá-lo de frente, de peito aberto, com alegria, pois conflitos, antes
de tudo, obrigam todos a refletir posturas, nos ajudam a pensar
global e agir local, nos tiram do sacerdócio ou do pedestal para 
remeter-nos ao crescimento, à evolução, e ainda faz uma espécie de
"limpeza, a faxina mental – racional e afetiva" das relações
humanas.  Ajuda-nos, também,  a conhecer o que os outros pensam.
Isso não só acontece no trabalho, e sim muito fortemente também
nas nossas casas.   

 Aí pergunto: se conflito é tão natural, por que não o tratamos de


forma natural? Temos sempre de inventar uma "historinha" de forma
consciente ou inconsciente para não encarar, e assim auto-sabotar-
nos?

Para minimizar todos esses fenômenos do aqui e agora, os


líderes e chefes devem   gerar  as   seguintes ações :

1 - Treinar e preparar mais e melhor as lideranças no que tange a


relacionamento humano. A maioria das chefias é fraca em conversar,
perguntar, pedir opiniões, planejar em conjunto e esclarecer, num
papo além da conversa técnica do trabalho. Conversar, enfim, sobre
crescimento profissional e pessoal dos seus colaboradores, falando de
sonhos, dúvidas, angústias, e alegrias da vida desses seres que
convivem em um dos trechos da história  das nossas vidas.

2 - Preparar todos na empresa para serem avaliados. As chefias


devem aprender a valorizar, e avaliar corretamente, não só para
distribuir participação de resultados, mas para também, ajudar na
caminhada profissional das pessoas. Quando se avalia mal (tanto
para cima ou para baixo) estamos interferindo erroneamente no
presente e no futuro da vida daquele profissional;

3 - Treinar todos os funcionários, numa linha de cursos


comportamentais, elaborados por instrutores de dentro e de fora da
empresa, nos campos da motivação, postura ética, e competências
interpessoais.

4- Criar mais canais de comunicação oficiais para reduzir "o tamanho


do IBOPE da Rádio Peão", via blog interno dos colaboradores, grupos
sociais intra-organizacional, uma newsletter eletrônica ou em
papel, para favorecer  uma cultura de comunicabilidade mais intensa,
efetiva e esclarecedora de tudo que se passa na organização, 
reconhecendo pessoas, suas entregas, projetos realizados, metas
alcançadas,  em todos os níveis hierárquicos da organização.

Homem do século XXI, tão "sabido" , já está lotado de motivos


"naturais" negativos para suas escassas oito horas dentro das
organizações.Esses problemas são muitas vezes:  escola cara dos
filhos, cheque especial estourado, empréstimo a 12% mês nas
financeiras; vida sexual e afetiva mais ou menos, problemas de
relacionamento, saúde etc, etc e tal. Apesar disso tudo, o seu show
deve continuar.

Portanto não desanime. Siga em frente, pois   nisso somos todos


sócios.  Perseverança, esperança e sucesso!!!

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