DIREITO

ADMINISTRATIVO
Assunto: PROCESSO ADMINISTRATIVO – LEI 9.784/99

OLÁ MEUS ALUNOS, O TEMA QUE VAI SER ESTUDADO ADIANTE –

PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL – É MUITO IMPORTANTE, POIS
ATÉ MESMO QUANDO ELE NÃO VEM EXPRESSO NO SEU EDITAL, AINDA ASSIM
PODE SER COBRADO EM PROVA. JÁ QUE, SUAS NORMAS PODEM SER COBRADAS
NO ASSUNTO DE ATOS ADMINISTRATIVOS, CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO E
AINDA EM PODERES ADMINISTRATIVOS.

IREMOS EXPLICAR TODOS OS ARTIGOS DA LEI 9.784/99 DE UMA

FORMA BASTANTE DIDÁTICA, COM QUADROS RESUMOS, MAPAS MENTAIS E
QUESTÕES PARA FIXAÇÃO AO LONGO DA TEORIA. ALÉM DISSO, TROUXEMOS
UMA APOSTILA DE QUESTÕES COMENTADAS COM DIVERSAS BANCAS
EXAMINADORAS.

A TEORIA EXPLICADA DE FORMA SIMPLES, COMPLETA E DIDÁTICA

ALIADA COM A RESOLUÇÃO DE QUESTÃO, SERVIRÁ DE SUPORTE PARA
VOCÊ ACERTAR AS QUESTÕES DESSE TEMA NA SUA PROVA!

QUALQUER DÚVIDA PODEM ENTRAR EM CONTATO!

2
CURSO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL
LEI 9.784/99
PARA FACILITAR A MEMORIZAÇÃO E AUMENTAR A PRODUTIVIDADE DOS SEUS ESTUDOS, EM
ALGUNS MOMENTOS, A SEQUÊNCIA DOS ARTIGOS DA LEI FOI ALTERADA, PARA COM ISSO EXPLICAR
ASSUNTOS SEMELHANTES NO MESMO MOMENTO. ALÉM DISSO, FIZ A DIVISÃO DA LEI EM FORMA DE
CURSO, DIVIDIDA POR PARTES, PARA FACILITAR TAMBÉM O ACOMPANHAMENTO DO SEU ESTUDO. O
CURSO FUNCIONA DA SEGUINTE FORMA:

PARTE I: CONCEITOS INTRODUTÓRIOS; PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO;

CONTAGEM DOS PRAZOS; PRINCÍPIOS E DIREITOS E DEVERES DOS ADMINISTRADOS.

PARTE II: INÍCIO DO PROCESSO; INTERESSADOS; DESISTÊNCIA E

IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO

PARTE III: COMPETÊNCIA; FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS E COMUNICAÇÃO

DOS ATOS

PARTE IV: INSTRUÇÃO

PARTE V: ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO; MOTIVAÇÃO; RECURSO E
REVISÃO E DISPOSIÇÕES FINAIS.

3
SUMÁRIO
PARTE I - CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DISPOSIÇÕES GERAIS ..........................................................5
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DO PROCESSO .............................................................................8
CONTAGEM DOS PRAZOS .........................................................................................................9
PRINCÍPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO ..............................................................................12
DIREITOS DOS ADMINISTRADOS .................................................................................................16
DEVERES DOS ADMINISTRADOS .................................................................................................17
PARTE II - INÍCIO DO PROCESSO ..................................................................................................20
INTERESSADOS ........................................................................................................................24
DESISTÊNCIA DO PROCESSO ......................................................................................................27
IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO....................................................................................................29
PARTE III - COMPETÊNCIA ...........................................................................................................37
FORMA, TEMPO E LUGAR DOS PROCESSOS ..................................................................................47
COMUNICAÇÃO DOS ATOS .........................................................................................................51
PARTE IV - INSTRUÇÃO ................................................................................................................57
DEVER DE DECIDIR ................................................................................................................65
PARTE V – ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO ...................................................................68
MOTIVAÇÃO.............................................................................................................................. 75
RECURSO, REVISÃO E DISPOSIÇÕES FINAIS.................................................................................76
SANÇÕES E DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................... 85
ENSINAMENTOS EXTRAS ............................................................................................................87
TABELA RESUMO DOS PRAZOS ............................................................................................... 87
APROFUNDAMENTO ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO ................................................87
DIFERENÇA ENTRE RECURSO COM EFEITO SUSPENSIVO E EFEITO DEVOLUTIVO ............................98

4
 Parte I -
1. CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
DISPOSIÇÕES GERAIS
DE ACORDO COM A DOUTRINADORA DI PIETRO, PROCESSO, EM SENTIDO AMPLO,
APRESENTA-SE COMO UMA SÉRIE DE ATOS COORDENADOS PARA REALIZAÇÃO DOS FINS
ESTATAIS E CONSISTE EM INSTRUMENTOS DE QUE SE UTILIZAM OS TRÊS PODERES DO ESTADO
– JUDICIÁRIO, LEGISLATIVO E EXECUTIVO – PARA A REALIZAÇÃO DE SEUS OBJETIVOS, SENDO
O PROCESSO LEGISLATIVO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DAS LEIS E OS PROCESSOS
JUDICIAL E ADMINISTRATIVO INSTRUMENTOS DE APLICAÇÃO DA LEI.

NO PROCESSO JUDICIAL, VOCÊ VERIFICA A FIGURA DO JUIZ E DE DUAS PARTES (DEFESA

E ACUSAÇÃO) E AS DECISÕES SÃO PROFERIDAS COM FORÇA DE COISA JULGADA. JÁ NO
PROCESSO ADMINISTRATIVO, NÃO TEMOS A FIGURA DO JUIZ. A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO,
PÚBLICA ATUANDO EM SEU INTERESSE OU DE ALGUM ADMINISTRADO, ATUARÁ ORA COMO
ACUSAÇÃO ORA COMO DEFESA, A DEPENDER DA MATÉRIA A SER ANALISADA, ASSIM COMO
TAMBÉM FICARÁ RESPONSÁVEL PELO JULGAMENTO DESSE PROCESSO, QUE NÃO TERÁ FORÇA
DE COISA JULGADA. NESSE CASO, VOCÊ JÁ VERIFICA A PRIMEIRA DIFERENÇA ENTRE ESSES DOIS
PROCESSOS, EM TODA NOSSA APOSTILA, SEMPRE QUE PERTINENTE, IREMOS FAZER ESSA
DIFERENCIAÇÃO PARA VOCÊ NÃO CONFUNDIR ESSES DOIS INSTITUTOS.

A LEI 9.784/99 REGULA O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO FEDERAL. POR

CONTA DISSO, ELA NÃO É CONSIDERADA UMA LEI NACIONAL, MAS DE APLICAÇÃO NO
ÂMBITO DA UNIÃO. NESSE MOMENTO, VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO? “EU JÁ FIZ UM
CONCURSO ESTADUAL OU MUNICIPAL E NO EDITAL FOI COBRADO ESSA LEI”. SIM, ISSO É
POSSÍVEL, POR CONTA QUE OS TRIBUNAIS SUPERIORES ENTENDEM QUE NA FALTA DE LEI
ESTADUAL OU MUNICIPAL REGULANDO O PROCESSO ADMINISTRATIVA DEVE SER UTILIZADO A
LEI 9.784/99.

APROVEITANDO ESSE COMENTÁRIO, IREI EXPLICAR OUTRO PONTO IMPORTANTE

DESSA LEI E BASTANTE COBRADO EM PROVAS:

5
 OS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS ESPECÍFICOS CONTINUARÃO A REGER-SE POR
LEI PRÓPRIA, APLICANDO-SE-LHES APENAS SUBSIDIARIAMENTE OS
PRECEITOS DESTA LEI.

APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA SIGNIFICA QUE APENAS IREMOS APLICAR A LEI DO PROCESSO

ADMINISTRATIVO FEDERAL QUANDO NÃO EXISTIR LEI ESPECÍFICA OU QUANDO EXISTA LEI
ESPECÍFICA, MAS ELA FOR OMISSA EM DETERMINADO PONTO DA MATÉRIA. PARA FICAR MAIS
CLARO: A LEI 8.112/90 REGULA O PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – PAD – DOS
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS FEDERAIS. DESSA FORMA, APENAS APLICAMOS A LEI 9.784/99
NAS LACUNAS DA LEI DO “PAD”. JÁ QUANDO NÃO EXISTE LEI ESPECÍFICA APLICA-SE A LEI DO
PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL POR COMPLETO. VAMOS EXEMPLIFICAR PARA MELHOR
COMPREENSÃO:

1. OS SERVIDORES DO RAMO “A” NÃO POSSUEM LEI ESPECÍFICA SOBRE PROCESSO

ADMINISTRATIVO. NESSE CASO, IREMOS APLICAR A LEI 9.784/99 EM SUA
TOTALIDADE.
2. JÁ OS SERVIDORES DO RAMO “F” POSSUEM LEI ESPECÍFICA, ENTRETANTO, A LEI
DESSES SERVIDORES NÃO REGULOU COMO SERIA O RECURSO E A REVISÃO DO
PROCESSO ADMINISTRATIVO DELES.
DESSE MODO, APLICAREMOS
SUBSIDIARIAMENTE AS NORMAS DA LEI 9.784/99 SOBRE RECURSO E REVISÃO
PARA ESSES SERVIDORES.

CORROBORANDO, COM NOSSOS ENSINAMENTOS, SEGUE OS DIZERES DE MARCELO

ALEXANDRINO E VICENTE PAULO:
“É IMPORTANTE ATENTAR PARA O ÂMBITO DE APLICAÇÃO DA LEI
9.784/1999. TRATA-SE ELA DE UMA LEI ADMINISTRATIVA FEDERAL, ISTO É,
SUAS NORMAS SÃO APLICÁVEIS À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL, DIRETA E
INDIRETA, INCLUSIVE AOS ÓRGÃOS DOS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO DA
UNIÃO, QUANDO ESTES ESTIVEREM DESEMPENHANDO FUNÇÕES
ADMINISTRATIVAS.

QUANTO À APLICAÇÃO DA LEI 9.784/1999 AOS PROCESSOS

ADMINISTRATIVOS FEDERAIS, ASPECTO RELEVANTE A OBSERVAR É O SEU
CARÁTER SUPLETIVO OU SUBSIDIÁRIO. SIGNIFICA DIZER, CASO INEXISTA LEI
ESPECÍFICA REGULANDO UM DETERMINADO PROCESSO ADMINISTRATIVO,
ENVOLVA OU NÃO LITÍGIO, SERÁ ELE INTEIRAMENTE DISCIPLINADO PELA LEI
9.784/1999.

6
ABRANGÊNCIA
A LEI 9.784/99 POSSUI ABRANGÊNCIA FEDERAL (UNIÃO) E PODE SER APLICADA
NO ÂMBITO DO PODER EXECUTIVO NA FUNÇÃO TÍPICA - TANTO NA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA QUANTO NA INDIRETA E TAMBÉM NOS PODERES JUDICIÁRIO
E LEGISLATIVO NAS SUAS FUNÇÕES ATÍPICAS DE ADMINISTRAR. AS PROVAS
COSTUMAM AFIRMAR QUE O PROCESSO ADMINISTRATIVO APENAS SE APLICA AO PODER
EXECUTIVO. CUIDADO COM ESSA PEGADINHA DE PROVA! VAMOS ANALISAR O ARTIGO 1º
DESSA LEI QUE NOS INFORMA:

ART. 1º ESTA LEI ESTABELECE NORMAS BÁSICAS SOBRE O PROCESSO

ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL DIRETA E INDIRETA,
VISANDO, EM ESPECIAL, À PROTEÇÃO DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS E AO
MELHOR CUMPRIMENTO DOS FINS DA ADMINISTRAÇÃO.

§ 1º OS PRECEITOS DESTA LEI TAMBÉM SE APLICAM AOS ÓRGÃOS DOS PODERES

LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO DA UNIÃO, QUANDO NO DESEMPENHO DE FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA.

CUIDADO!!
PODER LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO – FUNÇÃO TÍPICA – NÃO SE APLICA LEI 9.784/99
PODER LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO – FUNÇÃO ATÍPICA – É APLICADA A LEI 9.784/99

NO PARÁGRAFO ABAIXO DA LEI SÃO TRAZIDOS VÁRIOS CONCEITOS, SENDO

EXTREMAMENTE IMPORTANTE VOCÊ MEMORIZÁ-LOS, TENDO EM VISTA SEREM
COBRADOS EM PROVAS:

§ 2º PARA OS FINS DESTA LEI, CONSIDERAM-SE:

I - ÓRGÃO - A UNIDADE DE ATUAÇÃO INTEGRANTE DA ESTRUTURA DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA E DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA;

II - ENTIDADE - A UNIDADE DE ATUAÇÃO DOTADA DE PERSONALIDADE JURÍDICA;

III - AUTORIDADE - O SERVIDOR OU AGENTE PÚBLICO DOTADO DE PODER DE

DECISÃO.

7
1.1 PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DO PROCESSO

TERÃO PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO, EM QUALQUER ÓRGÃO OU INSTÂNCIA, OS

PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS EM QUE FIGURE COMO PARTE OU INTERESSADO:

I - PESSOA COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 60 (SESSENTA) ANOS;

II - PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA, FÍSICA OU MENTAL

III- PESSOA PORTADORA DE TUBERCULOSE ATIVA, ESCLEROSE MÚLTIPLA, NEOPLASIA MALIGNA,

HANSENÍASE, PARALISIA IRREVERSÍVEL E INCAPACITANTE, CARDIOPATIA GRAVE, DOENÇA DE
PARKINSON, ESPONDILOARTROSE ANQUILOSANTE, NEFROPATIA GRAVE, HEPATOPATIA GRAVE,
ESTADOS AVANÇADOS DA DOENÇA DE PAGET (OSTEÍTE DEFORMANTE), CONTAMINAÇÃO POR
RADIAÇÃO, SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA, OU OUTRA DOENÇA GRAVE, COM BASE EM
CONCLUSÃO DA MEDICINA ESPECIALIZADA.

O NOME DAS DOENÇAS NÃO TEM MUITA IMPORTÂNCIA, MAS VOCÊ DEVE
CONHECER, POIS PODE SER COBRADO EM PROVAS. PARA FACILITAR MEMORIZE QUE TERÁ
PRIORIDADE NO PROCESSO ADMINISTRATIVO A PARTE OU INTERESSADA PORTADORA DE
DOENÇA GRAVE.

IMPORTANTE!

MESMO QUE A DOENÇA TENHA SIDO CONTRAÍDA APÓS O INÍCIO DO

PROCESSO, O ADMINISTRADO POSSUIRÁ O DIREITO A PRIORIDADE NA
TRAMITAÇÃO!

A PESSOA INTERESSADA NA OBTENÇÃO DO BENEFÍCIO, JUNTANDO PROVA DE SUA

CONDIÇÃO, DEVERÁ REQUERÊ-LO À AUTORIDADE ADMINISTRATIVA COMPETENTE, QUE
DETERMINARÁ AS PROVIDÊNCIAS A SEREM CUMPRIDAS.

DEFERIDA A PRIORIDADE, OS AUTOS RECEBERÃO IDENTIFICAÇÃO PRÓPRIA QUE

EVIDENCIE O REGIME DE TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA.EM OUTRAS PALAVRAS, O PROCESSO
RECEBERÁ UMA IDENTIFICAÇÃO, POR EXEMPLO, PROCESSO PRIORITÁRIO, PROCESSO
URGENTE, DENTRE OUTROS, PARA QUE ASSIM POSSA SER IDENTIFICADO QUE AQUELE
PROCESSO POSSUI PRIORIDADE SOBRE OS OUTROS.

8
1.1.2 CONTAGEM DOS PRAZOS

A MAIORIA DOS ESTUDANTES QUANDO LEMBRAM DA LEI 9.784/99 JÁ ASSOCIAM

AOS PRAZOS, POIS, A REFERIDA LEI, ESTABELECE VÁRIOS PRAZOS AO LONGO DO SEU TEXTO.
IREMOS EXPLICAR TODOS ELES E NO FINAL DA APOSTILA CRIAMOS UM QUADRO RESUMO PARA
FACILITAR A SUA MEMORIZAÇÃO. NESSA PARTE DA AULA, NÃO ESTUDAREMOS AINDA TODOS
OS PRAZOS, SERÁ ESTUDADO APENAS COMO OCORRE A SUA CONTAGEM.

OS PRAZOS COMEÇAM A CORRER A PARTIR DA CIENTIFICAÇÃO OFICIAL, OU

SEJA, O PRAZO APENAS SERÁ CONTADO QUANDO O ADMINISTRADO FOR CIENTIFICADO. EM
OUTRAS PALAVRAS, A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PRECISA INFORMAR AO ADMINISTRADO DO
PRAZO QUE ELE POSSUI PARA COMPARECER NA REPARTIÇÃO. VAMOS SUPOR, QUE O
PROCESSO ENCERROU E O ADMINISTRADO POSSUI O PRAZO DE 10 DIAS PARA APRESENTAR
RECURSO, ESSE PRAZO APENAS TERÁ INÍCIO QUANDO O ADMINISTRADO FOR DEVIDAMENTE
INFORMADO E COM ISSO, OCORRENDO, NESSE CASO, A CIENTIFICAÇÃO OFICIAL.

NA CONTAGEM DOS PRAZOS, DEVE-SE EXCLUIR O DIA DA PRÁTICA DO

ATO, OU SEJA, DIA DO COMEÇO, MAS DEVE-SE INCLUIR O DIA FINAL. IREI
EXEMPLIFICAR PARA VOCÊ COMPREENDER:

1. SEU RAIMUNDO FOI CIENTIFICADO HOJE (SEGUNDA-FEIRA) QUE POSSUI O PRAZO DE

10 DIAS PARA APRESENTAR RECURSO DA DECISÃO DE SEU PROCESSO.

9
 NESSE EXEMPLO, O ADMINISTRADO POSSUI ATÉ QUINTA-FEIRA DA OUTRA SEMANA PARA
INTERPOR O RECURSO. PRESTE BASTANTE ATENÇÃO, NESSA QUESTÃO DO DIA DO COMEÇO E
FIM DO PRAZO, POIS O DIA DA CIENTIFICAÇÃO DEVE SER EXCLUÍDO.

PARA MEMORIZAR:
OS PRAZOS COMEÇAM A CORRER A PARTIR DA DATA DA
CIENTIFICAÇÃO OFICIAL, EXCLUINDO-SE DA CONTAGEM O DIA DO
COMEÇO E INCLUINDO-SE O DO VENCIMENTO.

IMPORTANTE!
NA HIPÓTESE DE O VENCIMENTO DO PRAZO CAIR EM DIA QUE NÃO HOUVER
EXPEDIENTE OU ESTE FOR ENCERRADO ANTES DA HORA NORMAL, ESSE
PRAZO SERÁ PRORROGADO ATÉ O PRIMEIRO DIA ÚTIL SEGUINTE.
NA SITUAÇÃO DO PRAZO TERMINAR EM UM SÁBADO, PRORROGA-SE O
VENCIMENTO DO PRAZO PARA O PRIMEIRO DIA ÚTIL SEGUINTE, QUE NO CASO É A
SEGUNDA-FEIRA, POIS SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS NÃO SÃO DIAS ÚTEIS. OUTRA
HIPÓTESE É QUANDO, POR EXEMPLO, A REPARTIÇÃO FUNCIONE APENAS ATÉ O MEIO-DIA,
OU SEJA, O ATENDIMENTO SERÁ ENCERRADO ANTES DA HORA NORMAL. VERIFICAMOS
MUITO ISSO NA QUARTA-FEIRA DE CINZAS, APÓS O CARNAVAL. NESSA SITUAÇÃO, TAMBÉM
O PRAZO SERÁ PRORROGADO AO PRIMEIRO DIA ÚTIL SEGUINTE.

VAMOS FAZER UMA IMPORTANTE DIFERENCIAÇÃO ENTRE DIAS ÚTEIS E DIAS

CORRIDOS. NO MOMENTO, QUE A LEI FALAR APENAS DIAS ELA ESTARÁ SE REFERINDO A DIAS
CORRIDOS, PARA TRATAR DE DIAS ÚTEIS A LEI FARÁ ISSO EXPRESSAMENTE.

DIAS ÚTEIS: SEGUNDA-FEIRA À SEXTA-FEIRA, HORÁRIO DE

FUNCIONAMENTO DA REPARTIÇÃO, EXCETO FERIADOS.

DIAS CORRIDOS: DOMINGO À DOMINGO, INCLUINDO FINAL DE

SEMANA E FERIADOS.
NESSE CASO, SE VOCÊ POSSUI UM PRAZO DE 03 DIAS E OUTRO DE 03 DIAS ÚTEIS,
ESSES PRAZOS PODERÃO TERMINAR EM DIAS DIFERENTES. IMAGINE QUE ESSES PRAZOS SE
INICIARAM NA SEXTA-FEIRA, SENDO ASSIM OS 03 DIAS CORRIDOS TERMINARAM NA
SEGUNDA-FEIRA, JÁ OS 03 DIAS ÚTEIS APENAS NA QUARTA-FEIRA.

10
 SALVO MOTIVO DE FORÇA MAIOR DEVIDAMENTE COMPROVADO, OS PRAZOS
PROCESSUAIS NÃO SE SUSPENDEM.

OUTRO PONTO IMPORTANTE, RELACIONADO AOS PRAZOS, É EM RELAÇÃO AOS

CONTADOS EM DIAS, MESES E ANOS. POR EXEMPLO,30 DIAS, 01 MÊS, 01 ANO E ASSIM
POR DIANTE. COMO SERÁ FEITA ESSA CONTAGEM? O ARTIGO 66 DA LEI 9.784/99 NOS
INFORMA:

OS PRAZOS EXPRESSOS EM DIAS CONTAM-SE DE MODO CONTÍNUO.

OS PRAZOS FIXADOS EM MESES OU ANOS CONTAM-SE DE DATA A
DATA. SE NO MÊS DO VENCIMENTO NÃO HOUVER O DIA EQUIVALENTE
ÀQUELE DO INÍCIO DO PRAZO, TEM-SE COMO TERMO O ÚLTIMO DIA
DO MÊS.

VAMOS EXPLICAR COMO FUNCIONA ESSA CONTAGEM:

1. NOS PRAZOS QUE SÃO CONTADOS EM DIAS (03 DIAS, 30 DIAS, ETC.) DEVE SER
CONTADO “DIA A DIA, UM POR UM”, EXCLUINDO O DIA DO COMEÇO E INCLUINDO O
DIA DO VENCIMENTO.
2. JÁ NOS PRAZOS EM MESES E ANOS, A CONTAGEM É DIFERENTE. VAMOS SUPOR, QUE
NO DIA 22/11/2016 FOI ESTABELECIDO UM PRAZO DE 01 MÊS. NESSE CASO, O
PRAZO SERÁ ATÉ O DIA 22/12/2016, CONTA-SE DATA A DATA. NA HIPÓTESE, DE
UM PRAZO DE DOIS MESES, POR EXEMPLO, COM INÍCIO EM 31/12/2016 QUAL A
DATA FINAL DESSE PRAZO? PELA REGRA SERIA O DIA 31/02/2017, MAS SABEMOS
QUE O MÊS DE FEVEREIRO NÃO POSSUI ESSE DIA, COMO DEVEMOS PROCEDER?
DIANTE DESSA SITUAÇÃO, O PRAZO SERÁ O ÚLTIMO DIA DO MÊS, PORTANTO,
28/02/2017.

EXEMPLIFICANDO: VAMOS SUPOR QUE NO DIA 01/05/17 FOI ESTABELECIDO DOIS

PRAZOS; O PRIMEIRO FIXADO EM 30 DIAS E O SEGUNDO 1 MÊS. NA PRIMEIRA SITUAÇÃO, O
PRAZO FOI EXPRESSO EM DIAS, DESSE MODO DEVE-SE CONTAR “DIA A DIA” DE FORMA
CONTÍNUA E O PRAZO SE ENCERRA NO DIA 31/05/17. JÁ NA SEGUNDA SITUAÇÃO O PRAZO
É CONTADO “DATA A DATA” E SERÁ ENCERRADO DIA 01/06/17.

11
 1.2 PRINCÍPIOS DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO

VOCÊS JÁ DEVEM TER ESTUDADO OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

(LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, DENTRE OUTROS). NO PROCESSO
ADMINISTRATIVO SERÁ APLICADO OS PRINCÍPIOS QUE VOCÊ ESTUDOU E OUTROS ESPECÍFICOS
AO PROCESSO. UMA CURIOSIDADE, LEMBRAM QUE OS PRINCÍPIOS DA PROPORCIONALIDADE
E RAZOABILIDADE SÃO IMPLÍCITOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL? JÁ NA LEI 9.784/99 ELES
VIERAM EXPRESSOS NO TEXTO LEGAL. POR CONTA DISSO, ESSES PRINCÍPIOS NÃO ESTÃO
COMPLETAMENTE IMPLÍCITOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO. VAMOS ANALISAR E
DEPOIS EXPLICAR O ARTIGO 2º DA REFERIDA LEI:

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OBEDECERÁ, DENTRE OUTROS, AOS PRINCÍPIOS DA

LEGALIDADE, FINALIDADE, MOTIVAÇÃO, RAZOABILIDADE, PROPORCIONALIDADE,
MORALIDADE, AMPLA DEFESA, CONTRADITÓRIO, SEGURANÇA JURÍDICA,
INTERESSE PÚBLICO E EFICIÊNCIA.

NOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS SERÃO OBSERVADOS, ENTRE OUTROS, OS

CRITÉRIOS DE:

I- ATUAÇÃO CONFORME A LEI E O DIREITO – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, A ATUAÇÃO

ADMINISTRATIVA DEVE RESTRINGIR-SE AOS MANDAMENTOS LEGAIS, ATUANDO CONFORME
A LEI (“SECUNDUM LEGEM”), NÃO PODENDO PRATICAR CONDUTAS NÃO ESTABELECIDAS NA
LEI COMO PRÓPRIAS AO ÓRGÃO, CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO PÚBLICA.

12
II - ATENDIMENTO A FINS DE INTERESSE GERAL, VEDADA A RENÚNCIA TOTAL OU PARCIAL DE
PODERES OU COMPETÊNCIAS, SALVO AUTORIZAÇÃO EM LEI – PRINCÍPIO DA FINALIDADE, A
ADMINISTRAÇÃO DEVE ATENDER AO INTERESSE COLETIVO, OU SEJA, INTERESSE PÚBLICO.
ESSA PARTE DE RENÚNCIA DE COMPETÊNCIAS IREMOS ESTUDAR EM OUTRO TÓPICO.

III - OBJETIVIDADE NO ATENDIMENTO DO INTERESSE PÚBLICO, VEDADA A PROMOÇÃO

PESSOAL DE AGENTES OU AUTORIDADES – PRINCÍPIO DA FINALIDADE E IMPESSOALIDADE,
ESTABELECE QUE OS AGENTES PÚBLICOS DEVEM ATENDER TODOS DE MANEIRA OBJETIVA,
SEM MERECIMENTOS NEM DESMERECIMENTOS. POR EXEMPLO, NÃO PODE DAR
PREFERÊNCIA AO ATENDIMENTO DE UM PARENTE OU AMIGO E DIFICULTAR O ATENDIMENTO
DE UM INIMIGO. É VEDADO TAMBÉM A PROMOÇÃO PESSOAL DE AGENTES E
AUTORIDADES, SIGNIFICA O AGENTE PÚBLICO UTILIZAR OS RECURSOS PÚBLICOS PARA SE
AUTOPROMOVER, A CONDUTA DESSA AGENTE DEVE SER IMPESSOAL E IMPUTADA AO ÓRGÃO
OU ENTIDADE A QUE ELE PERTENCE.

IV - ATUAÇÃO SEGUNDO PADRÕES ÉTICOS DE PROBIDADE, DECORO E BOA-FÉ – PRINCÍPIO

DA MORALIDADE.

V - DIVULGAÇÃO OFICIAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS, RESSALVADAS AS HIPÓTESES DE

SIGILO PREVISTAS NA CONSTITUIÇÃO – PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE, OS ATOS
ADMINISTRATIVOS DEVEM SER PUBLICADOS PARA CONHECIMENTO E FISCALIZAÇÃO DE
TODAS. MUITO EMBORA, A REGRA DEVE SER A PUBLICAÇÃO, NEM TODO ATO
ADMINISTRATIVO DEVE SER PUBLICADO, CUIDADO COM ISSO! OS ATOS QUE PODEM AFETAR
A SEGURANÇA DA SOCIEDADE, SEGURANÇA DO ESTADO E A INTIMIDADE NÃO DEVERÃO SER
PUBLICADAS, SENDO RESERVADOS EM SIGILO.

VI - ADEQUAÇÃO ENTRE MEIOS E FINS, VEDADA A IMPOSIÇÃO DE OBRIGAÇÕES, RESTRIÇÕES

E SANÇÕES EM MEDIDA SUPERIOR ÀQUELAS ESTRITAMENTE NECESSÁRIAS AO ATENDIMENTO
DO INTERESSE PÚBLICO – PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE, O AGENTE
PÚBLICO DEVE PONDERAR AS SUAS ATUAÇÕES. ESTABELECER O QUE É RAZOÁVEL E
PROPORCIONAL DIANTE DO CASO CONCRETO. DEVERÁ FAZER O SEGUINTE JUÍZO DE VALOR:
“SERÁ QUE É RAZOÁVEL E PROPORCIONAL APLICAR DETERMINADA SANÇÃO A ESSA PESSOA,
OU DEVO APLICAR UMA MENOR.”

VII - INDICAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS DE FATO E DE DIREITO QUE DETERMINAREM A DECISÃO

– PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO, O AGENTE PÚBLICO DEVE INDICAR “O PORQUÊ” DE ESTAR
PRATICANDO DETERMINADA CONDUTA, EXPLICAR O MOTIVO DE APLICAR AQUELA SANÇÃO
OU OBRIGAÇÃO. IMAGINEM A AUTORIDADE MOTIVANDO DA SEGUINTE FORMA: “ESTOU
13
TOMANDO ESSA DECISÃO, POR CONTAS DOS FATOS X, QUE ENSEJARAM A CONDUTA Y DO
ADMINISTRADO E COM ISSO ELE VEIO A COMETER A INFRAÇÃO Z E IREI APLICAR A
PENALIDADE A.

VIII – OBSERVÂNCIA DAS FORMALIDADES ESSENCIAIS À GARANTIA DOS DIREITOS DOS

ADMINISTRADOS – PRINCÍPIO DO INFORMALISMO OU FORMALISMO MODERADO, EM
REGRA, OS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS NÃO NECESSITAM DE FORMALISMO RÍGIDO. A
FORMALIDADE APENAS É NECESSÁRIA PARA GARANTIR A SEGURANÇA DOS DIREITOS DOS
ADMINISTRADOS. DESSA FORMA, A LEI APENAS EXIGE A AUTENTICAÇÃO DE DOCUMENTOS
QUANDO OCORRER DÚVIDA DE AUTENTICIDADE. E PARA OS DOCUMENTOS EXIGIDOS, EM
CÓPIA, ESSA AUTENTICAÇÃO PODE SER FEITA PELO PRÓPRIO ÓRGÃO ADMINISTRATIVO, SEM
A NECESSIDADE DO ADMINISTRADO SE DESLOCAR ATÉ UM CARTÓRIO DE REGISTROS
PÚBLICOS.

IX - ADOÇÃO DE FORMAS SIMPLES, SUFICIENTES PARA PROPICIAR ADEQUADO GRAU DE

CERTEZA, SEGURANÇA E RESPEITO AOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS - PRINCÍPIO DO
INFORMALISMO OU FORMALISMO MODERADO.

X - GARANTIA DOS DIREITOS À COMUNICAÇÃO, À APRESENTAÇÃO DE ALEGAÇÕES FINAIS, À

PRODUÇÃO DE PROVAS E À INTERPOSIÇÃO DE RECURSOS, NOS PROCESSOS DE QUE POSSAM
RESULTAR SANÇÕES E NAS SITUAÇÕES DE LITÍGIO - PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA
DEFESA.

XI - PROIBIÇÃO DE COBRANÇA DE DESPESAS PROCESSUAIS, RESSALVADAS AS PREVISTAS EM

LEI - PRINCÍPIO DA GRATUIDADE, DE ACORDO COM A SÚMULA VINCULANTE 21: É
INCONSTITUCIONAL A EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO OU ARROLAMENTO PRÉVIOS DE DINHEIRO
OU BENS PARA ADMISSIBILIDADE DE RECURSO ADMINISTRATIVO. CUIDADO QUE FOI FEITO
RESSALVAS, PODE SER COBRADO DE FORMA EXCEPCIONAL DESPESAS PROCESSUAIS
ESTABELECIDAS EM LEI.

XII - IMPULSÃO, DE OFÍCIO, DO PROCESSO ADMINISTRATIVO, SEM PREJUÍZO DA ATUAÇÃO

DOS INTERESSADOS – PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE, O PROCESSO ADMINISTRATIVO PODE
SER INICIADO DE OFÍCIO OU A PEDIDO DO INTERESSADO. DIFERENTEMENTE,
OCORRE NOS PROCESSOS JUDICIAS, POIS INICIAM-SE A PEDIDO DOS INTERESSADOS,
MEDIANTE PROVOCAÇÃO DESTES. POR ESSE PRINCÍPIO, MESMO QUE O INTERESSADO
DESISTA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO, A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SE JULGAR
CONVENIENTE PARA O INTERESSE PÚBLICO PODERÁ DE OFÍCIO DAR SEGUIMENTO AO
PROCESSO.
14
XIII - INTERPRETAÇÃO DA NORMA ADMINISTRATIVA DA FORMA QUE MELHOR GARANTA O
ATENDIMENTO DO FIM PÚBLICO A QUE SE DIRIGE, VEDADA APLICAÇÃO RETROATIVA DE
NOVA INTERPRETAÇÃO – PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA, A NORMA ADMINISTRATIVA
DEVE SER INTERPRETADA DA FORMA MAIS BENÉFICA AO ATENDIMENTO DO FIM PÚBLICO.
CUIDADO COM AS PEGADINHAS DE PROVAS, QUE PODEM INFORMAR QUE A NORMA DEVE
GARANTIR O MELHOR FIM PARA O INTERESSADO OU ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. OUTRA
ACEPÇÃO DESSE PRINCÍPIO É A VEDAÇÃO RETROATIVA DE NOVA INTERPRETAÇÃO. SE O
INTERESSADO CONSEGUIU UM DIREITO ATRAVÉS DE UM PROCESSO ADMINISTRATIVO, UMA
NOVA INTERPRETAÇÃO POSTERIOR A DECISÃO DO PROCESSO, NÃO IRÁ AFETAR ESSE
INTERESSADO. “COMO ASSIM PROFESSOR?”

15
 1.3 - DIREITOS DOS ADMINISTRADOS

O ADMINISTRADO TEM OS SEGUINTES DIREITOS PERANTE A ADMINISTRAÇÃO,

SEM PREJUÍZO DE OUTROS QUE LHE SEJAM ASSEGURADOS:

I- SER TRATADO COM RESPEITO PELAS AUTORIDADES E SERVIDORES, QUE DEVERÃO

FACILITAR O EXERCÍCIO DE SEUS DIREITOS E O CUMPRIMENTO DE SUAS OBRIGAÇÕES;

II - TER CIÊNCIA DA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS EM QUE TENHA A

CONDIÇÃO DE INTERESSADO, TER VISTA DOS AUTOS, OBTER CÓPIAS DE DOCUMENTOS NELES
CONTIDOS E CONHECER AS DECISÕES PROFERIDAS.

NESSE PARTE DA MATÉRIA, VAMOS ALERTAR PARA AS PEGADINHAS QUE PODEM

OCORRER NAS PROVAS DE CONCURSOS. A QUESTÃO PODE AFIRMAR QUE O ADMINISTRADO
TEM O DIREITO DE TER CIÊNCIA DA TRAMITAÇÃO DE TODOS OS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS,
CUIDADO! ELE SOMENTE TERÁ DIREITO DE TER CIÊNCIA DA TRAMITAÇÃO, NOS PROCESSOS,
EM QUE TENHA A CONDIÇÃO DE INTERESSADO, PODENDO TAMBÉM TER VISTAS DOS AUTOS,
OBTER CÓPIAS DE DOCUMENTOS NELES CONTIDOS E CONHECER AS DECISÕES PROFERIDAS.
MAIS ADIANTE IREMOS EXPLICAR QUEM SÃO ESSES INTERESSADOS.

III - FORMULAR ALEGAÇÕES E APRESENTAR DOCUMENTOS ANTES DA DECISÃO, OS

QUAIS SERÃO OBJETO DE CONSIDERAÇÃO PELO ÓRGÃO COMPETENTE.

A PEGADINHA QUE VOCÊ DEVE TOMAR CUIDADO É NO MOMENTO CORRETO PARA

FORMULAR ALEGAÇÕES E APRESENTAR DOCUMENTOS QUE É ANTES DA DECISÃO.
CUIDADO, POIS A BANCA PODE TRAZER DEPOIS DA DECISÃO OU A QUALQUER MOMENTO.

O PROCESSO ADMINISTRATIVO É PAUTADO NA BUSCA PELA VERDADE

MATERIAL OU REAL, DE ACORDO COM MARCELO ALEXANDRINO E VICENTE PAULO,
PELA VERDADE MATERIAL É PERMITIDO QUE SE TRAGA AOS AUTOS DO PROCESSO PROVAS
RELEVANTES PRODUZIDAS ATÉ MESMO DEPOIS DA FASE DESTINADA À APRESENTAÇÃO DE
PROVAS, EM OUTRAS PALAVRAS, ELE BUSCA ESCLARECER O QUE REALMENTE OCORREU, POR
ISSO ELE ACEITA A FORMULAÇÃO DE ALEGAÇÕES E APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS EM
QUALQUER MOMENTO, DESDE QUE ANTES DA DECISÃO. JÁ OS PROCESSOS JUDICIAIS SÃO

16
PAUTADOS NA VERDADE FORMAL, EM QUE É DESTINADA UM PERÍODO PARA A PRODUÇÃO
DE PROVAS, APÓS ESSE PERÍODO NÃO É MAIS ADMITIDO.

IV - FAZER-SE ASSISTIR, FACULTATIVAMENTE, POR ADVOGADO, SALVO QUANDO

OBRIGATÓRIA A REPRESENTAÇÃO, POR FORÇA DE LEI.

ESSE DISPOSITIVO DA LEI É CAMPEÃO DE PEGADINHAS. PERCEBA QUE A LEI

ESTABELECEU QUE A DEFESA POR MEIO DE ADVOGADO É FACULTATIVA, EXIGIDA APENAS
POR DETERMINAÇÃO LEGAL. NESSE CASO, A REGRA É O ADVOGADO SER
FACULTATIVO, O ADMINISTRADO PODE ELE MESMO FAZER A SUA DEFESA, O ADVOGADO
SOMENTE SERÁ OBRIGADO QUANDO A LEI ASSIM EXIGIR. OBSERVE O QUE DETERMINA A
SÚMULA VINCULANTE 5: A FALTA DE DEFESA TÉCNICA POR ADVOGADO NO
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NÃO OFENDE A CONSTITUIÇÃO.

1.4 -DEVERES DOS ADMINISTRADOS

SÃO DEVERES DO ADMINISTRADO PERANTE A ADMINISTRAÇÃO, SEM

PREJUÍZO DE OUTROS PREVISTOS EM ATO NORMATIVO:

I - EXPOR OS FATOS CONFORME A VERDADE;

II - PROCEDER COM LEALDADE, URBANIDADE E BOA-FÉ;

III - NÃO AGIR DE MODO TEMERÁRIO;

IV - PRESTAR AS INFORMAÇÕES QUE LHE FOREM SOLICITADAS E COLABORAR

PARA O ESCLARECIMENTO DOS FATOS.

1. FCC 2007 - NOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO

PÚBLICA FEDERAL, OS ADMINISTRADOS TÊM O SEGUINTE DIREITO, DENTRE OUTROS,
PERANTE A ADMINISTRAÇÃO, SEM PREJUÍZO DE OUTROS QUE LHE SEJAM ASSEGURADOS:
A) APRESENTAR DOCUMENTOS, ANTES OU APÓS A DECISÃO, MAS FACULTATIVA A
CONSIDERAÇÃO DELES PELO ÓRGÃO PÚBLICO
B) FAZER-SE ASSISTIR, OBRIGATORIAMENTE, E EM QUALQUER HIPÓTESE, POR ADVOGADO

17
C) TER CIÊNCIA DA TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS EM QUE TENHA A
CONDIÇÃO DE INTERESSADO E TER VISTA DOS AUTOS
D) OBTER CÓPIAS DE QUAISQUER DOCUMENTOS E CONHECER AS DECISÕES, DESDE QUE
ASSISTIDO POR ADVOGADO
E) FORMULAR ALEGAÇÕES EM QUALQUER FASE PROCESSUAL, MESMO SEM A CONDIÇÃO DE
TITULAR DO DIREITO OU INTERESSADO.
2. CESPE 2010 - A RESPEITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI N.º 9.784/1999),
JULGUE O ITEM ABAIXO.
DE ACORDO COM A LEI N.º 9.784/1999, ENTIDADE É A UNIDADE DE ATUAÇÃO DOTADA
DE PERSONALIDADE JURÍDICA, ENQUANTO AUTORIDADE É O SERVIDOR OU AGENTE PÚBLICO
DOTADO DE PODER DE DECISÃO.
CERTO
ERRADO
3. CESPE 2010 - TENDO EM VISTA AS DISPOSIÇÕES GERAIS DA LEI QUE REGULA O
PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL (LEI N.º
9.784/1999), JULGUE O ITEM A SEGUIR.
A REFERIDA LEI ESTABELECE NORMAS BÁSICAS SOBRE O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO
ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA, E SEUS PRECEITOS TAMBÉM SE
APLICAM AOS ÓRGÃOS DOS PODERES LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO, QUANDO NO
DESEMPENHO DE FUNÇÃO ADMINISTRATIVA.
CERTO
ERRADO
4. ESAF 2014 - ASSINALE A OPÇÃO INCORRETA EM RELAÇÃO ÀS REGRAS SOBRE A
CONTAGEM DE PRAZOS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO FEDERAL.
A. OS PRAZOS COMEÇAM A CORRER A PARTIR DA DATA DA CIENTIFICAÇÃO OFICIAL,
EXCLUINDO-SE DA CONTAGEM O DIA DO COMEÇO E INCLUINDO-SE O DO VENCIMENTO.
B. CASO O VENCIMENTO VENHA A CAIR EM DIA EM QUE NÃO HOUVER EXPEDIENTE OU ESTE
FOR ENCERRADO ANTES DA HORA NORMAL, CONSIDERA-SE PRORROGADO O PRAZO ATÉ
O PRIMEIRO DIA ÚTIL SEGUINTE.
C. OS PRAZOS EXPRESSOS EM DIAS CONTAM-SE DE MODO CONTÍNUO.
D. OS PRAZOS FIXADOS EM MESES OU ANOS CONTAM-SE DE DATA A DATA. SE, NO MÊS DO
VENCIMENTO, NÃO HOUVER O DIA EQUIVALENTE ÀQUELE DO INÍCIO DO PRAZO, TEM-SE
COMO TERMO O ÚLTIMO DIA DO MÊS.
E. SALVO MOTIVO DE FORÇA MAIOR DEVIDAMENTE COMPROVADO, OS PRAZOS
PROCESSUAIS SE SUSPENDEM.
5. FUNDATEC 2012 - EM RELAÇÃO AOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS, TERÃO
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO, EM QUALQUER ÓRGÃO OU INSTÂNCIA, OS PROCEDIMENTOS
ADMINISTRATIVOS EM QUE FIGURE COMO PARTE OU INTERESSADO:

I. PESSOA COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 60 (SESSENTA) ANOS.

18
II. PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA, FÍSICA OU MENTAL.

III. MENOR INCAPAZ.

IV. PESSOA PORTADORA DE TUBERCULOSE ATIVA, ESCLEROSE MÚLTIPLA, NEOPLASIA

MALIGNA, HANSENÍASE, PARALISIA IRREVERSÍVEL E INCAPACITANTE, CARDIOPATIA GRAVE,
DOENÇA DE PARKINSON, ESPONDILOARTROSE ANQUILOSANTE, NEFROPATIA GRAVE,
HEPATOPATIA GRAVE, ESTADOS AVANÇADOS DA DOENÇA DE PAGET (OSTEÍTE
DEFORMANTE), CONTAMINAÇÃO POR RADIAÇÃO, SÍNDROME DE IMUNODEFICIÊNCIA
ADQUIRIDA.
QUAIS ESTÃO CORRETAS?
A. APENAS I E II
B. APENAS I E III
C. APENAS II E IV
D. APENAS I, II E IV
E. I, II, III E IV

19
 Parte II -
2. INÍCIO DO PROCESSO

PELO PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE, O PROCESSO ADMINISTRATIVO PODE INICIAR-

SE DE OFÍCIO, POR INICIATIVA PRÓPRIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU A
PEDIDO DE INTERESSADO. “COMO É ISSO PROFESSOR?”. SIMPLES DE COMPREENDER,
MEUS ALUNOS! A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CASO VERIFIQUE ALGUMA
IRREGULARIDADE DE ADMINISTRADO OU DELA PRÓPRIA, PODE INICIAR UM PROCESSO
ADMINISTRATIVO PARA QUE SEJA APURADO ESSA IRREGULARIDADE. COMO TAMBÉM UM
ADMINISTRADO PODE SOLICITAR EM ALGUM ÓRGÃO ADMINISTRATIVO QUE SEJA INICIADO
UM PROCESSO ADMINISTRADO.

IMAGINE QUE O CHEFE DE UMA AUTARQUIA FEDERAL VERIFICOU QUE UM SERVIDOR

COMETEU UMA IRREGULARIDADE, O PRÓPRIO CHEFE DEVE PROCEDER PARA ABERTURA DO
PROCESSO ADMINISTRATIVO, ESSE EXEMPLO É O INÍCIO DO PROCESSO DE OFÍCIO. AGORA
PENSEM NA SITUAÇÃO DE UM APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO INICIANDO UM PROCESSO
ADMINISTRATIVO PARA APURAR A ORDEM DE CONVOCAÇÃO DO CONCURSO. NESSA
HIPÓTESE, O PROCESSO TEVE INÍCIO A PEDIDO DO INTERESSADO.

20
 DIFERENTE OCORRE COM O PROCESSO JUDICIAL, QUE TEM INÍCIO A PEDIDO DO
INTERESSADO, EM OUTRAS PALAVRAS, O PODER JUDICIÁRIO ATUA QUANDO É PROVOCADO.

AS QUESTÕES COSTUMAM ACRESCENTAR O MINISTÉRIO PÚBLICO COMO PESSOA

LEGITIMADA PARA INICIAR O PROCESSO ADMINISTRATIVO. CUIDADO!!! POIS A LEI
APENAS AFIRMOU QUE O INTERESSADO E A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA, DE OFÍCIO, PODEM INICIAR O PROCESSO ADMINISTRATIVO!

O REQUERIMENTO INICIAL DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DEVE

SER FEITO, EM REGRA, POR ESCRITO. EM ALGUMAS SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS É
ACEITA A SOLICITAÇÃO ORAL. ESSE REQUERIMENTO DEVE CONTER OS SEGUINTES DADOS:

I - ÓRGÃO OU AUTORIDADE ADMINISTRATIVA A QUE SE DIRIGE;

II - IDENTIFICAÇÃO DO INTERESSADO OU DE QUEM O REPRESENTE;

III - DOMICÍLIO DO REQUERENTE OU LOCAL PARA RECEBIMENTO DE COMUNICAÇÕES;

IV - FORMULAÇÃO DO PEDIDO, COM EXPOSIÇÃO DOS FATOS E DE SEUS FUNDAMENTOS;

V - DATA E ASSINATURA DO REQUERENTE OU DE SEU REPRESENTANTE.

IMPORTANTE!
É VEDADA À ADMINISTRAÇÃO A RECUSA IMOTIVADA DE RECEBIMENTO DE
DOCUMENTOS, DEVENDO O SERVIDOR ORIENTAR O INTERESSADO QUANTO AO
SUPRIMENTO DE EVENTUAIS FALHAS.

SOMENTE É PERMITIDO RECUSAR O RECEBIMENTO DE DOCUMENTOS SE INFORMAR OS

MOTIVOS DA RECUSA, OU SEJA, EXPLICAR O PORQUÊ DE NÃO RECEBER AQUELES
DOCUMENTOS. JÁ QUE A LEI 9.784/99 VEDOU A RECUSA IMOTIVADA DE
RECEBIMENTO DE DOCUMENTOS.

ALÉM DISSO, NA HIPÓTESE DE ALGUM DOCUMENTO DO ADMINISTRADO ESTIVER

ERRADO, O SERVIDOR RESPONSÁVEL DEVE ORIENTAR O INTERESSADO PARA O SUPRIMENTO DE
EVENTUAIS FALHAS. VAMOS SUPOR, QUE PARA INICIAR O PROCESSO O INTERESSADO DEVE
APRESENTAR ALGUM DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO COM FOTO E O CPF E O INTERESSADO
LEVOU O TÍTULO DE ELEITOR E O CPF. NESSE CASO, O SERVIDOR DEVE ORIENTAR O

21
INTERESSADO, INFORMANDO QUAIS DOCUMENTOS SÃO ACEITOS, BEM COMO CARTEIRA DE
IDENTIDADE, PASSAPORTE, CARTEIRA DE TRABALHO, CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO,
DENTRE OUTROS.

COM INTUITO DE FACILITAR A ABERTURA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO, PELO

INTERESSADO, OS ÓRGÃOS E ENTIDADES ADMINISTRATIVAS DIANTE DE ASSUNTOS QUE
IMPORTEM PRETENSÕES EQUIVALENTES DEVERÃO ELABORAR MODELOS OU
FORMULÁRIOS PADRONIZADOS. VAMOS SUPOR, QUE EM DETERMINADO ÓRGÃO
SÃO RECEBIDOS, CONSTANTEMENTE, PROCESSOS ADMINISTRATIVOS REFERENTES AO
PAGAMENTO DO TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS DOS SERVIDORES. ESSE ÓRGÃO,
DIANTE DE MUITAS PRETENSÕES EQUIVALENTES, DEVE ELABORAR UM FORMULÁRIO
PADRONIZADO, TODOS OS INTERESSADOS PREENCHEM AQUELE FORMULÁRIO E SOLICITA O
INÍCIO DO PROCESSO.

AINDA SOBRE INÍCIO DO PROCESSO, É IMPORTANTE RESSALTAR QUE:

QUANDO OS PEDIDOS DE UMA PLURALIDADE DE INTERESSADOS TIVEREM
CONTEÚDO E FUNDAMENTOS IDÊNTICOS, PODERÃO SER FORMULADOS EM UM
ÚNICO REQUERIMENTO, SALVO PRECEITO LEGAL EM CONTRÁRIO.

OBSERVE ESSE FORMULÁRIO PADRONIZADO PARA PRETENSÕES EQUIVALENTES

REFERENTE A ABERTURA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA AVALIAÇÃO DE PERÍCIA
MÉDICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA.

22
 NO EXEMPLO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO PARA AVALIAÇÃO MÉDICA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. VAMOS SUPOR QUE 20 SERVIDORES DA
UNIVERSIDADE SOLICITEM ESSA AVALIAÇÃO EM DECORRÊNCIA DE UM MESMO ACIDENTE DO
TRABALHO. PODERÁ, NESSE CASO, SER FORMULADO UM ÚNICO REQUERIMENTO QUE
TODOS OS INTERESSADOS,
CONTARÁ COM OS PEDIDOS DE DESDE QUE TENHAM
CONTEÚDO E FUNDAMENTOS IDÊNTICOS.

23
 2.1 INTERESSADOS
DESDE O INÍCIO DESSA AULA, QUE É FALADO EM INTERESSADOS, VOCÊS JÁ DEVEM TER
SE PERGUNTADO, “O QUE É E QUEM SÃO ESSES INTERESSADOS?”.

INTERESSADO, EM REGRA, É AQUELA PESSOA QUE INICIA O PROCESSO

ADMINISTRATIVO. VAMOS SUPOR, QUE SEU RAIMUNDO BUSCANDO O RECONHECIMENTO
DE UM DIREITO INICIA UM PROCESSO NA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. DESSE MODO, SEU
RAIMUNDO É CONSIDERADO UM INTERESSADO NO PROCESSO ADMINISTRATIVO. MUITO
CUIDADO, POIS NÃO É SOMENTE QUEM INICIA O PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE É
CONSIDERADO INTERESSADO: SÃO TAMBÉM LEGITIMADOS COMO INTERESSADOS
NO PROCESSO ADMINISTRATIVO:

I - PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS QUE O INICIEM COMO TITULARES DE DIREITOS OU

INTERESSES INDIVIDUAIS OU NO EXERCÍCIO DO DIREITO DE REPRESENTAÇÃO.

DOIS PONTOS MERECEM SER DESTACADOS NESSE INCISO. PRIMEIRO: TANTO PESSOAS
FÍSICAS COMO PESSOAS JURÍDICAS PODEM INICIAR COMO TITULARES DE
DIREITOS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO. E O SEGUNDO É REFERENTE AO
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO, SERÁ TAMBÉM CONSIDERADO COMO INTERESSADO AQUELES
QUE ESTIVEREM REPRESENTANDO UM ADMINISTRADO, COMO ADVOGADOS E
PROCURADORES.

II - AQUELES QUE, SEM TEREM INICIADO O PROCESSO, TÊM DIREITOS OU INTERESSES

QUE POSSAM SER AFETADOS PELA DECISÃO A SER ADOTADA.

ESSE CASO É BEM INTERESSANTE, MESMO AQUELES QUE NÃO INICIARAM O PROCESSO,
MAS PODEM SER AFETADOS PELA DECISÃO, A SER TOMADA, SÃO CONSIDERADOS
INTERESSADOS. NO EXEMPLO, QUE CITAMOS ACIMA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DO
SEU RAIMUNDO NA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. VAMOS SUPOR QUE CASO SEU
RAIMUNDO GANHE ESSE PROCESSO, O SERVIDOR ARMANDO SERÁ AFETADO POR ESSA
DECISÃO. NESSA OCASIÃO, ARMANDO, MESMO NÃO TENDO INICIADO O PROCESSO
PASSARÁ A SER UM INTERESSADO. PODENDO TER VISTAS DOS AUTOS, CÓPIAS, DENTRE
OUTROS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS AOS INTERESSADOS.

24
III - AS ORGANIZAÇÕES E ASSOCIAÇÕES REPRESENTATIVAS, NO TOCANTE A DIREITOS
E INTERESSES COLETIVOS.

IV - AS PESSOAS OU AS ASSOCIAÇÕES LEGALMENTE CONSTITUÍDAS QUANTO A

DIREITOS OU INTERESSES DIFUSOS.

OS INCISOS III E IV ESTÃO ESTABELECENDO BASICAMENTE A MESMA REGRA, ESTÁ

TRATANDO DOS SINDICATOS, ASSOCIAÇÕES, DENTRE OUTROS. PERCEBA QUE A LEI
ESTABELECEU:

ORGANIZAÇÕES E ASSOCIAÇÕES REPRESENTATIVAS

DIREITOS E INTERESSES COLETIVOS.
PESSOAS OU ASSOCIAÇÕES LEGALMENTE CONSTITUÍDAS
DIREITOS OU INTERESSES DIFUSOS.

DE ACORDO COM A LEI 9.784/99: SÃO CAPAZES, PARA FINS DE

PROCESSO ADMINISTRATIVO, OS MAIORES DE DEZOITO ANOS, RESSALVADA
PREVISÃO ESPECIAL EM ATO NORMATIVO PRÓPRIO.

25
26
 2.2 DESISTÊNCIA DO PROCESSO

O INTERESSADO PODERÁ, MEDIANTE MANIFESTAÇÃO ESCRITA, DESISTIR TOTAL OU

PARCIALMENTE DO PEDIDO FORMULADO OU, AINDA, RENUNCIAR A DIREITOS DISPONÍVEIS.

MUITO CUIDADO!

PELA LÓGICA, VOCÊ PODE PENSAR QUE NÃO É PERMITIDA A DESISTÊNCIA OU

RENÚNCIA DE DIREITOS, NO ENTANTO A LEI PERMITE ESSAS POSSIBILIDADE, FIQUEM
ATENTOS!!! ESSE TÓPICO É MUITO COBRADO EM PROVAS, FOI APRESENTADO QUE É
PERMITIDO AO INTERESSADO DESISTIR TOTAL OU PARCIALMENTE DO
PEDIDO FORMULADO, CUIDADO, DEVE SER FEITA MEDIANTE MANIFESTAÇÃO
ESCRITA. NESSE CASO, PODE, POR EXEMPLO, UMA PESSOA JURÍDICA QUE INICIOU O
PROCESSO ADMINISTRATIVO, EM ALGUMA FASE DO PROCESSO DESISTIR DELE OU ENTÃO
DESISTIR DE ALGUMA PARTE DELE, VAMOS SUPOR QUE O PROCESSO APRESENTAVA 03
SOLICITAÇÕES E O INTERESSADO DESISTE DE 02. ALÉM DISSO, AINDA É POSSÍVEL A
RENÚNCIA DE DIREITOS DISPONÍVEIS.

OUTRO PONTO IMPORTANTE: HAVENDO VÁRIOS INTERESSADOS, A

DESISTÊNCIA OU RENÚNCIA ATINGE SOMENTE A QUEM A TENHA
FORMULADO. ESSE EXEMPLO, VOCÊ DEVE IMAGINAR UM PROCESSO COM UMA
PLURALIDADE DE INTERESSADOS, CASO ALGUM DELES DESISTA DO PROCESSO, ESSA
DESISTÊNCIA ATINGIRÁ SOMENTE ELE.

“PROFESSOR, CASO O INTERESSADO DESISTA TOTALMENTE DO PROCESSO, ELE SERÁ

DECLARADO EXTINTO?”

A RESPOSTA EU APRESENTO COM O §2º DO ARTIGO 51 DA LEI 9.784/99:

A DESISTÊNCIA OU RENÚNCIA DO INTERESSADO, CONFORME O CASO, NÃO
PREJUDICA O PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO, SE A ADMINISTRAÇÃO
CONSIDERAR QUE O INTERESSE PÚBLICO ASSIM O EXIGE.

VAMOS VER SE VOCÊS ESTÃO ESTUDANDO E MEMORIZANDO A MATÉRIA: LEMBRAM

DO PRINCÍPIO DA OFICIALIDADE? POIS, TEMOS UMA APLICAÇÃO DELE NESSE DISPOSITIVO
DA LEI, JÁ QUE MESMO QUE O INTERESSADO DESISTA TOTALMENTE DO PROCESSO OU
RENUNCIE DIREITOS A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE DAR PROSSEGUIMENTO A
ESSE PROCESSO SE O INTERESSE PÚBLICO ASSIM O EXIGIR.

27
 EXEMPLIFICANDO: NANTILDE INICIOU UM PROCESSO ADMINISTRATIVO,
ENTRETANTO DECIDIU DESISTIR DESSE PROCESSO POR CONTA DE PRESSÕES DO SEU CHEFE
HIERÁRQUICO. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ANALISANDO O PROCESSO VERIFICOU QUE A
DECISÃO DO PROCESSO É RELEVANTE PARA O INTERESSE PÚBLICO E POR ISSO DARÁ
SEGUIMENTO A ELE MESMO COM A DESISTÊNCIA DA INTERESSADA. SERÁ NOMEADO UM
SERVIDOR DO ÓRGÃO OU ENTIDADE PARA ATUAR NO LUGAR DE NANTILDE ATÉ O FINAL DO
PROCESSO.

COMO VIMOS, MESMO QUE TODOS OS INTERESSADOS DESISTAM DO PROCESSO, A

ADMINISTRAÇÃO, CASO JULGUE CONVENIENTE PARA O INTERESSE PÚBLICO, PODERÁ DAR
PROSSEGUIMENTO A ESSE PROCESSO.

ENTRETANTO, EXISTEM SITUAÇÕES QUE A ADMINISTRAÇÃO PODERÁ DECLARAR

EXTINTO O PROCESSO, SÃO ELAS:

1. QUANDO EXAURIDA SUA FINALIDADE;

2. QUANDO O OBJETO DA DECISÃO SE TORNAR IMPOSSÍVEL, INÚTIL
OU PREJUDICADO POR FATO SUPERVENIENTE.

NA SUA PROVA SERÃO UTILIZADOS ESSES TERMOS, MAS VAMOS EXPLICAR O QUE
SIGNIFICA CADA UM DELES. A PALAVRA “EXAURIDA” VOCÊ PODE ENTENDER COMO
ESGOTADO. ASSIM SENDO, NA PRIMEIRA SITUAÇÃO, O PROCESSO ADMINISTRATIVO SERÁ
EXTINTO QUANDO CONCLUÍDA A SUA FINALIDADE. VAMOS SUPOR, QUE UM SERVIDOR
INICIOU UM PROCESSO ADMINISTRATIVO PLEITEANDO 02 PERÍODOS DE FÉRIAS QUE UMA
EMPRESA PÚBLICA NÃO CONCEDEU, ANTES DE FINALIZAR O PROCESSO ESSA EMPRESA
CONCEDE AS FÉRIAS, NESSE CASO A FINALIDADE FOI EXAURIDA E O PROCESSO SERÁ EXTINTO.
DA MESMA FORMA, QUANDO UM SERVIDOR QUE INGRESSOU EM 2017 NA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA FEDERAL INICIA UM PROCESSO ADMINISTRATIVO PORQUE DESEJA RECEBER LICENÇA-
PRÊMIO. ESSA LICENÇA FOI EXTINTA DESDE A DÉCADA DE 90, DESSA FORMA O PROCESSO SERÁ
EXTINTO, JÁ QUE O OBJETO DA DECISÃO É IMPOSSÍVEL.

28
 2.3 IMPEDIMENTOS E SUSPEIÇÃO

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO SÃO HIPÓTESES EM QUE A AUTORIDADE RESPONSÁVEL

POR DECIDIR O PROCESSO ADMINISTRATIVO OU SERVIDOR PÚBLICO NÃO PODERÃO ATUAR,
COM BASE NO PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE, DEVENDO SE DECLARAR IMPEDIDO OU
SUSPEITO E DEIXAR O PROCESSO. É MUITO IMPORTANTE VOCÊ DIFERENCIAR
IMPEDIMENTO DE SUSPEIÇÃO. VAMOS AGORA CONHECER ESSES DOIS CONCEITOS E
DIFERENCIÁ-LOS, PARA VOCÊ ACERTAR TODAS AS QUESTÕES.

COMEÇANDO PELO IMPEDIMENTO:

É IMPEDIDO DE ATUAR EM PROCESSO ADMINISTRATIVO O SERVIDOR OU AUTORIDADE QUE:

I - TENHA INTERESSE DIRETO OU INDIRETO NA MATÉRIA;

II - TENHA PARTICIPADO OU VENHA A PARTICIPAR COMO PERITO, TESTEMUNHA OU REPRESENTANTE,

OU SE TAIS SITUAÇÕES OCORREM QUANTO AO CÔNJUGE, COMPANHEIRO OU PARENTE E AFINS ATÉ O
TERCEIRO GRAU;

III - ESTEJA LITIGANDO JUDICIAL OU ADMINISTRATIVAMENTE COM O INTERESSADO OU RESPECTIVO

CÔNJUGE OU COMPANHEIRO.

ANTES DE EXPLICAR PRECISO FAZER UMA DIFERENCIAÇÃO QUE PODE SER OBJETO DE
PEGADINHAS, EM QUESTÕES QUE COBRAM A LITERALIDADE DA LEI. PERCEBAM QUE QUANDO
A LEI FALOU EM PARTICIPAR OU VENHA PARTICIPAR COMO PERITO, TESTEMUNHA OU
REPRESENTANTE, ESSA SITUAÇÃO TAMBÉM É VÁLIDA PARA O CÔNJUGE,
COMPANHEIRO OU PARENTE ATÉ O 3º GRAU. JÁ NA HIPÓTESE DO SERVIDOR OU
AUTORIDADE ESTIVER LITIGANDO JUDICIAL OU ADMINISTRATIVAMENTE COM O
INTERESSADO É EXTENSÍVEL APENAS AO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO, NÃO SE FALOU
EM PARENTES ATÉ 3º GRAU.

VOU EXPLICAR COMO FUNCIONA ESSE IMPEDIMENTO EXEMPLIFICANDO PARA VOCÊS:

1. EVA AUTORIDADE RESPONSÁVEL POR UM PROCESSO ADMINISTRATIVO VERIFICA QUE

A DECISÃO DAQUELE PROCESSO PODE PREJUDICAR O SEU NETO. NESSE CASO, EVA SE
DECLARA IMPEDIDA E DEIXA O PROCESSO, POR CONTA DE POSSUIR INTERESSE
DIREITO OU INDIRETO NA MATÉRIA.

29
 2. SEU RAIMUNDO SERVIDOR PÚBLICO PARTICIPANTE DE PROCESSO ADMINISTRATIVO
PERCEBE QUE SUA ESPOSA NANTILDE PARTICIPOU DAQUELE PROCESSO REALIZANDO
PERÍCIAS. NESSE CASO, RAIMUNDO DECLARA SEU IMPEDIMENTO, NESSE PROCESSO.
POR CONTA QUE SEU CÔNJUGE PARTICIPOU DELE COMO PERITO. ESSA REGRA
TAMBÉM É VÁLIDA PARA PARTICIPAÇÃO COMO TESTEMUNHA OU ADVOGADO
(REPRESENTAÇÃO).
3. FLÁVIO AUTORIDADE RESPONSÁVEL POR PROCESSO ADMINISTRATIVO DECLARA-SE
IMPEDIDO POR AQUELE PROCESSO, POIS SUA ESPOSA ROSILEIDE ESTÁ LITIGANDO
JUDICIALMENTE COM O INTERESSADO. EXISTE UM PROCESSO JUDICIAL DA ESPOSA DO
SERVIDOR PÚBLICO CONTRA O INTERESSADO NO PROCESSO. NESSE CASO, O
IMPEDIMENTO SE DEU POR CONTA DO CÔNJUGE OU COMPANHEIRO ESTÁ
LITIGANDO JUDICIAL OU ADMINISTRATIVAMENTE COM O INTERESSADO.

IMPORTANTE!
A AUTORIDADE OU SERVIDOR QUE INCORRER EM IMPEDIMENTO DEVE
COMUNICAR O FATO À AUTORIDADE COMPETENTE, ABSTENDO-SE DE ATUAR, OU SEJA,
O SERVIDOR É OBRIGADO A DECLARAR SEU IMPEDIMENTO NO PROCESSO
ADMINISTRATIVO. A OMISSÃO DO DEVER DE COMUNICAR O IMPEDIMENTO CONSTITUI
FALTA GRAVE, PARA EFEITOS DISCIPLINARES.

A DOUTRINA COSTUMA CLASSIFICAR AS HIPÓTESES DE IMPEDIMENTOS COMO SITUAÇÕES

OBJETIVAS, POIS A LEI ESTABELECEU EM QUAIS OCASIÕES O SERVIDOR OU AUTORIDADE DEVE
DECLARAR SEU IMPEDIMENTO. POR EXEMPLO, O FILHO DO SERVIDOR PARTICIPOU DO PROCESSO
COMO TESTEMUNHA, O SERVIDOR NÃO TEM A OPÇÃO DE ESCOLHER SE DECLARA SEU IMPEDIMENTO
OU NÃO, ELE DEVE OBRIGATORIAMENTE ABSTER-SE DE ATUAR.

30
31
 ENTENDIDA AS HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO, VAMOS AGORA EXPLICAR A
SUSPEIÇÃO:
PODE SER ARGUIDA A SUSPEIÇÃO DE AUTORIDADE OU SERVIDOR QUE TENHA AMIZADE
ÍNTIMA OU INIMIZADE NOTÓRIA COM ALGUM DOS INTERESSADOS OU COM OS RESPECTIVOS
CÔNJUGES, COMPANHEIROS, PARENTES E AFINS ATÉ O TERCEIRO GRAU.

NA SUSPEIÇÃO, O SERVIDOR OU AUTORIDADE TAMBÉM DEVE ABSTER-SE DE ATUAR

NO PROCESSO ADMINISTRATIVO, ENTRETANTO, EXISTEM VÁRIAS DIFERENÇAS DO
IMPEDIMENTO, QUE SÃO MUITO COBRADAS EM PROVAS.

PEGADINHAS DE PROVA!

1º - NO IMPEDIMENTO VOCÊ ENCONTRA 03 POSSIBILIDADES, NA SUSPEIÇÃO É APENAS

UMA: CASO O SERVIDOR OU AUTORIDADE TENHA AMIZADE ÍNTIMA OU
INIMIZADE NOTÓRIA COM ALGUM DOS INTERESSADOS OU COM OS
RESPECTIVOS CÔNJUGES, COMPANHEIROS, PARENTES E AFINS ATÉ O
TERCEIRO GRAU. AS BANCAS COSTUMAS INVERTER ESSAS HIPÓTESES, CUIDADO PARA
NÃO CONFUNDIR!

EXEMPLIFICANDO:

JOSÉ ARTEIRO SERVIDOR PÚBLICO PARTICIPA DE UM PROCESSO ADMINISTRATIVO E

VERIFICA QUE SEU AMIGO DE INFÂNCIA ARIANO É INTERESSADO NO PROCESSO. OU ENTÃO,
VERIFICA QUE TASSO, INIMIGO DE LONGA DATAS, É FILHO DE UM DOS INTERESSADOS DO
PROCESSO.

PROFESSOR ENTÃO NESSE DOIS CASOS, DE AMIZADE ÍNTIMA OU INIMIZADE NOTÓRIA,

JOSÉ DEVE, OBRIGATORIAMENTE, DECLARAR-SE SUSPEITO? CUIDADO, ISSO É A SEGUNDA
PEGADINHA DE PROVA.

2º - NO IMPEDIMENTO O SERVIDOR É OBRIGADO A DECLARAR-SE IMPEDIDO, JÁ NA

SUSPEIÇÃO ELE NÃO É OBRIGADO! O SERVIDOR DEVE FAZER UM JUÍZO DE VALOR E CASO
ENTENDA QUE TENHA AMIZADE OU INIMIZADE COM ALGUM DOS INTERESSADOS OU COM OS

32
RESPECTIVOS CÔNJUGES, COMPANHEIROS, PARENTES E AFINS ATÉ O TERCEIRO GRAU QUE
POSSA INTERFERIR NO PROCESSO ADMINISTRATIVO ELE SE DECLARA SUSPEITO.

A LEI, NO ENTANTO, SE PREOCUPOU NA SITUAÇÃO DE OMISSÃO PELO SERVIDOR DA

DECLARAÇÃO DE SUSPEIÇÃO. VAMOS SUPOR, QUE O SERVIDOR NÃO SE ABSTÉM DE ATUAR
PARA FAVORECER UM PARENTE OU ENTÃO PARA PREJUDICAR UM INIMIGO. NESSE CASO, O
PRÓPRIO INTERESSADO PODE ENTRAR COM RECURSO! ESSE RECURSO NÃO TERÁ
EFEITO SUSPENSIVO. ASSIM ESTABELECE A LEI 9.784/99:

O INDEFERIMENTO DE ALEGAÇÃO DE SUSPEIÇÃO PODERÁ SER OBJETO DE

RECURSO, SEM EFEITO SUSPENSIVO.

EXEMPLIFICANDO PARA FICAR BEM COMPREENDIDO:

1. HUGO AUTORIDADE RESPONSÁVEL POR UM PROCESSO ADMINISTRATIVO VERIFICA

QUE SEU INIMIGO ARI É INTERESSADO NESSE PROCESSO.
HUGO PENSANDO EM
VINGANÇA NÃO DECLARA SUA SUSPEIÇÃO. NESSA OCASIÃO, ARI PODERÁ IMPETRAR
RECURSO, ALEGANDO QUE A PERMANÊNCIA DE HUGO NO PROCESSO IRÁ
PREJUDICAR A DECISÃO, JÁ QUE OS DOIS SÃO INIMIGOS.
2. OUTRA PEGADINHA FREQUENTE É QUANTO O RECURSO DA SUSPEIÇÃO, QUE
NÃO POSSUI EFEITO SUSPENSIVO. CUIDADO! AS BANCAS COSTUMAM
AFIRMAR QUE ESSE RECURSO TERÁ EFEITO SUSPENSIVO. NO CAPÍTULO DE ENSINAMENTOS
EXTRAS, VOCÊ ENCONTRA UMA EXPLICAÇÃO SOBRE ESSE EFEITO DO RECURSO, QUE PODE POSSUIR O
EFEITO SUSPENSIVO OU DEVOLUTIVO.

NO IMPEDIMENTO A LEI ESTABELECEU SITUAÇÕES OBJETIVAS E O

SERVIDOR OU A AUTORIDADE, DIANTE DESSAS SITUAÇÕES, DEVE, OBRIGATORIAMENTE, DECLARAR-
SE IMPEDIDO E ABSTER-SE DE ATUAR NO PROCESSO. JÁ NA SUSPEIÇÃO, A LEI ESTABELECEU UM
CARÁTER SUBJETIVO, POIS O SERVIDOR DEVE FAZER UM JUÍZO DE VALOR PARA IDENTIFICAR SE POSSUI
AMIZADE ÍNTIMA OU INIMIZADE NOTÓRIA COM ALGUM INTERESSADO, CÔNJUGE, COMPANHEIRO OU
PARENTE ATÉ O 3º GRAU.

OUTROS CONCEITOS QUE PODEM SER OBJETO DE COBRANÇA NA SUA PROVA É

ENQUANTO A PRESUNÇÃO DE INCAPACIDADE. A DOUTRINA AFIRMA QUE O
IMPEDIMENTO É UMA PRESUNÇÃO ABSOLUTA DE INCAPACIDADE E A SUSPEIÇÃO
33
UMA PRESUNÇÃO RELATIVA DE INCAPACIDADE. TENDO EM VISTA, O IMPEDIMENTO
POSSUIR CARÁTER OBJETIVO E A SUSPEIÇÃO PERMITIR A POSSIBILIDADE DE VALORAR O NÍVEL
DE AMIZADE OU INIMIZADE. ALÉM DISSO, O INTERESSADO POSSUI UM PRAZO PARA REALIZAR
A ARGUIÇÃO DE SUSPEIÇÃO DO SERVIDOR OU AUTORIDADE, CASO ELE NÃO FAÇA, NO
MOMENTO OPORTUNO, O VÍCIO SERÁ CONSIDERADO SANADO E NÃO PODERÁ MAIS SER
OBJETO DE ARGUIÇÃO NO CURSO DO PROCESSO, ACONTECE O QUE DENOMINA OS
DOUTRINADORES DE PRECLUSÃO ADMINISTRATIVA.

MEMORIZE ESSE MAPA MENTAL PARA FACILITAR A COMPREENSÃO E

DIFERENCIAÇÃO ENTRE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO, TENDO EM VISTA O TEMA
SER VASTAMENTE COBRADO EM PROVAS.

34
6. FCC 2007 - DENTRE OUTROS NÃO SÃO CONSIDERADOS LEGITIMADOS COMO
INTERESSADOS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO, NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
FEDERAL:
A) AS PESSOAS OU ASSOCIAÇÕES LEGALMENTE CONSTITUÍDAS QUANTO A DIREITOS OU
INTERESSES DIFUSOS.
B) PESSOAS FÍSICAS QUE O INICIEM COMO TITULARES DE DIREITOS OU INTERESSES
INDIVIDUAIS.
C) PESSOAS JURÍDICAS QUE O INICIEM COMO TITULARES DE DIREITOS OU NO EXERCÍCIO DO
DIREITO DE REPRESENTAÇÃO.
D) AQUELES QUE, SEM TEREM INICIADO O PROCESSO, TÊM DIREITOS OU INTERESSES QUE
POSSAM SER AFETADOS PELA DECISÃO A SER ADOTADA.
E) AS ORGANIZAÇÕES E ASSOCIAÇÕES REPRESENTATIVAS, NO TOCANTE A DIREITOS E
INTERESSES INDIVIDUAIS.
7. FCC 2012 - NOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA FEDERAL, O INTERESSADO PODERÁ DESISTIR DO PEDIDO FORMULADO:
A) PARCIALMENTE APENAS OU, AINDA, RENUNCIAR A QUAISQUER DIREITOS, MEDIANTE
MANIFESTAÇÃO ESCRITA OU VERBAL.
B) TOTAL OU PARCIALMENTE, MEDIANTE MANIFESTAÇÃO ESCRITA, VEDADA A RENÚNCIA A
DIREITOS DISPONÍVEIS.
C) TOTALMENTE APENAS OU, AINDA, RENUNCIAR A DIREITOS INDISPONÍVEIS, MEDIANTE
MANIFESTAÇÃO ESCRITA.
D) TOTAL OU PARCIALMENTE OU, AINDA, RENUNCIAR A DIREITOS DISPONÍVEIS, MEDIANTE
MANIFESTAÇÃO ESCRITA.
E) TOTALMENTE OU, AINDA, RENUNCIAR A DIREITOS INDISPONÍVEIS, MEDIANTE
MANIFESTAÇÃO ESCRITA OU VERBAL.
8. FCC 2011 - NO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINADO PELA LEI NO 9.784/99
PODE SER ARGUIDA A SUSPEIÇÃO DE AUTORIDADE OU SERVIDOR QUE:

35
A) TENHA INTERESSE DIRETO NA MATÉRIA.
B) TENHA PARTICIPADO OU VENHA A PARTICIPAR COMO PERITO, TESTEMUNHA OU
REPRESENTANTE.
C) ESTEJA LITIGANDO JUDICIAL OU ADMINISTRATIVAMENTE COM O INTERESSADO.
D) ESTEJA LITIGANDO JUDICIAL OU ADMINISTRATIVAMENTE COM CÔNJUGE OU
COMPANHEIRO DO INTERESSADO.
E) TENHA AMIZADE ÍNTIMA COM PARENTE DE TERCEIRO GRAU DE ALGUM DOS
INTERESSADOS.

36
 Parte III -
3. COMPETÊNCIA
ANTES DE EXPLICAR OS MANDAMENTOS LEGAIS, PRECISO ATENTAR PARA O
CONCEITO DE COMPETÊNCIA:

É O PODER CONFERIDO PELA LEI AO AGENTE ADMINISTRATIVO PARA

O DESEMPENHO REGULAR DE SUAS ATRIBUIÇÕES.

NO DIA A DIA, COSTUMAMOS FALAR QUE UMA PESSOA É COMPETENTE QUANDO ELA
É INTELIGENTE, POSSUI MUITOS TÍTULOS ACADÊMICOS, DENTRE OUTROS. NO DIREITO
ADMINISTRATIVO O SIGNIFICADO É DIFERENTE: SERÁ COMPETENTE AQUELE QUE
POSSUIR ATRIBUIÇÕES CONFERIDAS PELA LEI, A COMPETÊNCIA NO DIREITO
ADMINISTRATIVO DECORRE DO CARGO, POR EXEMPLO, O TÉCNICO DO INSS TEM
COMPETÊNCIA PARA CONCEDER BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS, QUALQUER PESSOA QUE FOR
APROVADA EM UM CONCURSO PÚBLICO DO INSS E PREENCHER OS REQUISITOS PARA O
CARGO, TERÁ A COMPETÊNCIA PARA CONCEDER ESSES BENEFÍCIOS, SAINDO DO CARGO POR
QUALQUER MOTIVO (EXONERAÇÃO, DEMISSÃO, APOSENTADORIA, DENTRO OUTROS )
PERDERÁ AUTOMATICAMENTE ESSA COMPETÊNCIA.

A MESMA REGRA DA COMPETÊNCIA, SERVE PARA DENOMINAR UM SERVIDOR

INCOMPETENTE PARA CERTA ATIVIDADE, POR EXEMPLO, O PROFESSOR QUE FOI APROVADO
NO CONCURSO PARA MINISTRAR AULAS DE DIREITO ADMINISTRATIVO É INCOMPETENTE PARA
MINISTRAR AULAS DE DIREITO CONSTITUCIONAL. ISSO NÃO QUER DIZER QUE ELE NÃO SAIBA
DIREITO CONSTITUCIONAL, APENAS NÃO PREENCHEU OS REQUISITOS PARA ATUAR COMO
PROFESSOR DE DIREITO CONSTITUCIONAL. DA MESMA FORMA O TÉCNICO DO INSS, ELE NÃO
TEM COMPETÊNCIA PARA ARRECADAR TRIBUTOS, POIS ESSA COMPETÊNCIA É DO SERVIDOR DA
RECEITA FEDERAL DO BRASIL. VAMOS ANALISAR O REGIMENTO INTERNO DO TRE-PI E
VERIFICAR COMO FUNCIONA ESSAS COMPETÊNCIAS NO DIREITO ADMINISTRATIVO.

SÃO ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL:

I– PRESIDIR AS SESSÕES, PROPOR E ENCAMINHAR AS QUESTÕES, APURAR OS VOTOS E

PROCLAMAR O RESULTADO DO JULGAMENTO;

37
II – PROFERIR VOTOS DE DESEMPATE E VOTAR EM DECLARAÇÕES DE
INCONSTITUCIONALIDADE;

SÃO ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE:

I – SUBSTITUIR O PRESIDENTE NAS SUAS FALTAS E IMPEDIMENTOS, E NAS AUSÊNCIAS E

IMPEDIMENTOS DE AMBOS RESPONDERÃO PELA PRESIDÊNCIA O JUIZ FEDERAL COM
ASSENTO NA CORTE;

II – PRESIDIR A COMISSÃO APURADORA QUANDO SE TRATAR DE ELEIÇÕES GERAIS, FEDERAIS

E ESTADUAIS, CUJOS RESULTADOS PARCIAIS TIVEREM QUE SER TOTALIZADOS, BEM ASSIM
NAS ELEIÇÕES FEDERAIS E ESTADUAIS;

PERCEBA QUE O REGIMENTO INTERNO ESTABELECEU QUAIS SERIAM AS

COMPETÊNCIAS DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL E DO VICE-PRESIDENTE. COM ISSO, O
PRESIDENTE POSSUI COMPETÊNCIA PARA PROFERIR VOTOS DE DESEMPATE E VOTAR EM
DECLARAÇÕES DE INCONSTITUCIONALIDADE, MAS O VICE-PRESIDENTE É INCOMPETENTE PARA
TANTO.

VAMOS AGORA EXPLICAR OS MANDAMENTOS DA LEI 9.784/99 SOBRE

COMPETÊNCIA:

A COMPETÊNCIA É IRRENUNCIÁVEL E SE EXERCE PELOS ÓRGÃOS

ADMINISTRATIVOS A QUE FOI ATRIBUÍDA COMO PRÓPRIA, SALVO OS CASOS DE
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO LEGALMENTE ADMITIDOS.

A LEI ESTABELECE AS COMPETÊNCIAS, E A REGRA É QUE ELAS SERÃO

IRRENUNCIÁVEIS, NÃO PODENDO O AGENTE PÚBLICO OU ÓRGÃO ADMINISTRATIVO
DEIXAR DE EXERCÊ-LAS POR VONTADE PRÓPRIA. AS COMPETÊNCIAS CONSTITUEM UM PODER-
DEVER, O AGENTE PÚBLICO DETENTOR DA COMPETÊNCIA POSSUI O PODER DE EXERCER E O
DEVER DE PRATICÁ-LAS. UM AGENTE DE TRÂNSITO, POR EXEMPLO, NÃO PODE DEIXAR DE
APLICAR UMA MULTA QUANDO VISUALIZA UM CARRO ESTACIONADO EM LOCAL PROIBIDO.
MUITO EMBORA, A REGRA SEJA A IRRENUNCIABILIDADE DE COMPETÊNCIAS, A PRÓPRIA LEI
ESTABELECEU EXCEÇÕES EM QUE O AGENTE PÚBLICO OU ÓRGÃO ADMINISTRATIVO PODERÁ
TRANSFERIR A SUA EXECUÇÃO PARA OUTRO ÓRGÃO OU AGENTE PÚBLICO, SÃO OS CASOS DE
DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO.

DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO SÃO INSTRUMENTOS DE TRANSFERÊNCIA DA EXECUÇÃO

DE COMPETÊNCIAS. O SERVIDOR QUE POSSUI A COMPETÊNCIA PARA PRATICAR O ATO

38
TRANSFERE A EXECUÇÃO DESSE ATO PARA OUTRO SERVIDOR. TOMANDO COMO BASE, O
REGIMENTO INTERNO DO TRE-PI, A COMPETÊNCIA PARA PRESIDIR A COMISSÃO APURADA DE
ELEIÇÕES GERAIS É DO VICE-PRESIDENTE, PORÉM, POR ALGUM MOTIVO E DESDE QUE,
PERMITIDO POR LEI, O VICE-PRESIDENTE DELEGA (TRANSFERE) ESSA COMPETÊNCIA PARA
O CORREGEDOR DO TRIBUNAL POR 03 MESES. NESSE CASO, O CORREGEDOR FICARÁ
RESPONSÁVEL POR PRESIDIR ESSAS COMISSÕES APURADORES PELO PRAZO ESTABELECIDO.
COMPREENDIDO ESSA PARTE INTRODUTÓRIA, VAMOS EXPLICAR OS DISPOSITIVOS
PERTINENTES DA LEI 9.784/99 SOBRE O ASSUNTO:

UM ÓRGÃO ADMINISTRATIVO E SEU TITULAR PODERÃO, SE NÃO HOUVER

IMPEDIMENTO LEGAL, DELEGAR PARTE DA SUA COMPETÊNCIA A OUTROS ÓRGÃOS
OU TITULARES, AINDA QUE ESTES NÃO LHE SEJAM HIERARQUICAMENTE
SUBORDINADOS, QUANDO FOR CONVENIENTE, EM RAZÃO DE CIRCUNSTÂNCIAS
DE ÍNDOLE TÉCNICA, SOCIAL, ECONÔMICA, JURÍDICA OU TERRITORIAL.

É NECESSÁRIO CONHECER DOIS CONCEITOS, A FIM DE QUE VOCÊ COMPREENDA

MELHOR A MATÉRIA:

AGENTE DELEGANTE: AQUELE QUE DELEGA (TRANSFERE) A EXECUÇÃO DA

COMPETÊNCIA.
AGENTE DELEGADO: O QUE RECEBE A EXECUÇÃO DA COMPETÊNCIA.
UMA DICA PARA MEMORIZAR AS CIRCUNSTÂNCIAS EM QUE É POSSÍVEL DELEGAÇÃO:

A DELEGAÇÃO PODE OCORRER DE UM SUPERIOR HIERÁRQUICO PARA SEUS

SUBORDINADOS OU ENTRE PESSOAS DE MESMA HIERARQUIA E AINDA PODE OCORRER
DELEGAÇÃO ENTRE ÓRGÃOS PÚBLICOS. VAMOS TRAZER 03 EXEMPLOS DESSAS
POSSIBILIDADES DE DELEGAÇÃO.

1. SUPERIOR HIERÁRQUICO PARA SEUS SUBORDINADOS: O CHEFE DE UMA AGÊNCIA DO

INSS, ENCONTRA-SE BASTANTE ATAREFADO E NECESSITA FAZER UM LEVANTAMENTO DE

39
TODOS OS BENEFÍCIOS CONCEDIDOS NA AGÊNCIA. DIANTE DISSO, PARA POSSUIR MAIOR
TEMPO DISPONÍVEL, DECIDE DELEGAR A COMPETÊNCIA PARA CONCEDER FÉRIAS AOS
SERVIDORES PARA UM ANALISTA DO SEGURO SOCIAL.

2. ENTRE PESSOAS DE MESMA HIERARQUIA: OCORRE QUANDO O CHEFE DO SETOR DE

FINANÇAS DA ANATEL, DURANTE O PERÍODO DE FINAL DE ANO, PRECISANDO FAZER O
BALANÇO ANUAL DA AUTARQUIA, DELEGA A ATRIBUIÇÃO DE CONCEDER DIÁRIAS AOS
SERVIDORES PARA O CHEFE DO SETOR DE RECURSOS HUMANOS. NESTE CASO, NÃO EXISTIU
HIERARQUIA ENTRE ELES.

3. ENTRE ÓRGÃOS PÚBLICOS. TEMOS UM EXEMPLO DESSE TIPO DE DELEGAÇÃO, QUANDO O

MINISTÉRIO CHEFE DA CASA CIVIL DELEGA ALGUMAS DE SUAS ATRIBUIÇÕES PARA O
MINISTÉRIO DA FAZENDA.

QUANDO UM SUPERIOR HIERÁRQUICO DELEGA PARTE DE SUA COMPETÊNCIA, PARA

ALGUM DE SEUS SUBORDINADOS, TEMOS AQUI UM EXEMPLO DE DELEGAÇÃO VERTICAL,
JÁ QUE FOI ESTABELECIDA UMA HIERARQUIA ENTRE OS DOIS AGENTES. MUITO OBSTANTE,
QUANDO TEMOS DELEGAÇÃO ENTRE AGENTES DE MESMA HIERARQUIA OU ENTRE ÓRGÃOS
PÚBLICOS DENOMINAMOS DE DELEGAÇÃO HORIZONTAL, POIS NÃO HOUVE
HIERARQUIA ENTRE AS PARTES.

OUTRAS CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DA DELEGAÇÃO CONSISTE QUE ESTA

DEVE SER PARCIAL, TEMPORÁRIA, ESPECÍFICA E PUBLICADA EM MEIO
OFICIAL.

AGENTE PÚBLICO OU ÓRGÃO PÚBLICO NÃO PODE

SIGNIFICA QUE O
DELEGAR TODAS AS SUAS COMPETÊNCIAS, SENDO POSSÍVEL DELEGAR APENAS UMA PARCELA
DELAS. VAMOS SUPOR, QUE O PRESIDENTE DE UM TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
POSSUI 15 COMPETÊNCIAS ESTABELECIDAS NO REGIMENTO INTERNO DESSE TRIBUNAL. ESSE
PRESIDENTE NÃO PODE DELEGAR, DE UMA SÓ VEZ, TODAS AS 15 COMPETÊNCIAS, MAS
APENAS UMA PARTE DELAS.

CONSISTE QUE O ATO DE DELEGAÇÃO DEVE TER O PRAZO

DETERMINADO, CONTENDO O TEMPO DE SUA DURAÇÃO. NÃO PODE OCORRER UMA
DELEGAÇÃO POR PRAZO INDETERMINADO. COM ISSO, CASO O CHEFE DO IBGE FOR DELEGAR
PARTE DESUA COMPETÊNCIA PARA UM SUBORDINADO, DEVERÁ ESTABELECER
QUE AQUELA DELEGAÇÃO DEVERÁ OCORRER POR 04 MESES, POR EXEMPLO.

40
 ACRESCENTAMOS QUE O ATO DE DELEGAÇÃO É REVOGÁVEL A
QUALQUER TEMPO. ASSIM, NO EXEMPLO DO CHEFE DA AGÊNCIA DO IBGE QUE
DELEGOU POR 04 MESES UMA COMPETÊNCIA, CASO ELE DESEJASSE REVOGAR, APÓS 01 MÊS
DA DELEGAÇÃO, SERIA POSSÍVEL, POIS COMO VIMOS NO CONCEITO DOUTRINÁRIO, A
DELEGAÇÃO É UM ATO DISCRICIONÁRIO. IMPORTANTE DESTACAR, QUE APENAS O AGENTE
DELEGANTE PODE REVOGAR O ATO DE DELEGAÇÃO.

RESIDE NO FATO QUE O ATO DE DELEGAÇÃO DEVERÁ ESPECIFICAR AS

MATÉRIAS, PODERES TRANSFERIDOS, LIMITES DA ATUAÇÃO, DENTRE OUTROS FATORES. NÃO
PODE EXISTIR UMA DELEGAÇÃO GENÉRICA. O ATO QUE TRANSFERE A COMPETÊNCIA, PARA
OUTRO AGENTE PÚBLICO OU ÓRGÃO PÚBLICO, DEVE CONTER TODAS AS INFORMAÇÕES
PERTINENTES A ESSA DELEGAÇÃO. ALÉM DISSO, AS DECISÕES ADOTADAS POR DELEGAÇÃO
DEVEM MENCIONAR, EXPLICITAMENTE ESTA QUALIDADE.

E A RESPONSABILIDADE PELO ATO PRATICADO CABE A QUEM? SE UM ATO FOR

PRATICADO, MEDIANTE DELEGAÇÃO, E ENSEJAR PREJUÍZO A UM PARTICULAR, QUEM DEVERÁ
SER RESPONSABILIZADO? O AGENTE DELEGANTE (QUEM DELEGOU) OU O AGENTE
DELEGADO (QUEM RECEBEU A COMPETÊNCIA)? PARA RESPONDER ESSES
QUESTIONAMENTOS, IREMOS ANALISAR O TEXTO LEGAL E A SÚMULA VINCULA 510 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:

§ 3O AS DECISÕES ADOTADAS POR DELEGAÇÃO DEVEM MENCIONAR EXPLICITAMENTE ESTA

QUALIDADE E CONSIDERAR-SE-ÃO EDITADAS PELO DELEGADO.

NESSE SENTIDO, A SÚMULA 510 DO STF, EM CONSONÂNCIA COM O DISPOSTO NO

ARTIGO 14, §3 DA LEI 9.784/99, ESTABELECE QUE A AUTORIDADE RESPONSÁVEL É O
AGENTE QUE PRATICOU O ATO, AINDA QUE O TENHA FEITO POR DELEGAÇÃO.

SÚMULA 510 – PRATICADO O ATO POR AUTORIDADE, NO EXERCÍCIO DE COMPETÊNCIA

DELEGADA, CONTRA ELA CABE O MANDADO DE SEGURANÇA OU A MEDIDA JUDICIAL.

DESSA FORMA, A RESPONSABILIDADE DO ATO É ATRIBUÍDA ÀQUELE

QUE O PRATICOU (AGENTE DELEGADO). VEJAMOS A SEGUINTE SITUAÇÃO
HIPOTÉTICA: TASSO DELEGOU COMPETÊNCIA PARA UM SUBORDINADO SEU, CONHECIDO
COMO ARMANDO PARA A PRÁTICA DE UM ATO X. ARMANDO, PRATICOU ESSE ATO E
PREJUDICOU O SEU RAIMUNDO. DIANTE DO EXPOSTO, A RESPONSABILIDADE DA PRÁTICA

41
DESSE ATO SERÁ DE ARMANDO.COM ISSO, SEU RAIMUNDO DEVERÁ IMPETRAR MANDATO DE
SEGURANÇA CONTRA ELE, CASO SEJA PREJUDICADO.

ASSIM SEGUE OS ENSINAMENTOS DA LEI 9.784/99:

O ATO DE DELEGAÇÃO E SUA REVOGAÇÃO DEVERÃO SER PUBLICADOS NO MEIO
OFICIAL.

O ATO DE DELEGAÇÃO ESPECIFICARÁ AS MATÉRIAS E PODERES TRANSFERIDOS,

OS LIMITES DA ATUAÇÃO DO DELEGADO, A DURAÇÃO E OS OBJETIVOS DA
DELEGAÇÃO E O RECURSO CABÍVEL, PODENDO CONTER RESSALVA DE EXERCÍCIO
DA ATRIBUIÇÃO DELEGADA.

O ATO DE DELEGAÇÃO É REVOGÁVEL A QUALQUER TEMPO PELA AUTORIDADE

DELEGANTE.

42
IMPORTANTE!
A LEI AINDA ESTABELECE 03 HIPÓTESES EM QUE NÃO É PERMITIDO A
DELEGAÇÃO. CUIDADO, POIS É COBRADO, EM PROVAS. É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA
QUE VOCÊ MEMORIZE ESSAS HIPÓTESES:

NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO:

I - A EDIÇÃO DE ATOS DE CARÁTER NORMATIVO;

II - A DECISÃO DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS;
III - AS MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO ÓRGÃO OU AUTORIDADE.
PARA FACILITAR A MEMORIZAÇÃO, UTILIZE ESSA DICA:

43
AVOCAÇÃO
AVOCAR É O “CONTRÁRIO” DE DELEGAR. SE NA DELEGAÇÃO O CHEFE PODE
TRANSFERIR PARTE DE SUA COMPETÊNCIA A UM SUBORDINADO, NA AVOCAÇÃO O CHEFE
PODE “PUXAR PARA SI” UMA ATRIBUIÇÃO DO SEU SUBORDINADO. ESSA MEDIDA APENAS
PODE OCORRER EM CARÁTER EXCEPCIONAL E DEVIDAMENTE JUSTIFICADO. ALÉM
DISSO, POR CONTA DE SER UMA ATRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA ENTRE SUPERIOR
HIERÁRQUICO E SUBORDINADO, A AVOCAÇÃO APENAS PODE EXISTIR DE FORMA VERTICAL,
OU SEJA, PRESSUPONDO NECESSARIAMENTE A EXISTÊNCIA DE HIERARQUIA E
SUBORDINAÇÃO.

VAMOS EXEMPLIFICAR: O DIRETOR EXECUTIVO DO

BANCO CENTRAL PRECISA ENTREGAR UM RELATÓRIO
PARA O MINISTRO DO PLANEJAMENTO, O PRAZO
PARA ENTREGA ESTÁ SE ENCERRANDO E O
DOCUMENTO AINDA NÃO ESTÁ PRONTO.
PREOCUPADO COM A DEMORA, O DIRETOR
AVOCAR A COMPETÊNCIA DE
EXECUTIVO RESOLVE
UM ANALISTA DO BACEN, PARA ELE POSSUIR MAIS
TEMPO E TERMINAR O RELATÓRIO. PERCEBA, QUE FOI
EM CARÁTER EXCEPCIONAL, POR MOTIVO RELEVANTE, DEVIDAMENTE JUSTIFICADO, E DEVE
EXISTIR HIERARQUIA ENTRE O ANALISTA E O DIRETOR EXECUTIVO. DESSA FORMA, A
AVOCAÇÃO É PERMITIDA. MUITO EMBORA, CASO NÃO EXISTISSE O PRAZO PARA ENTREGA DO
RELATÓRIO E OS ANALISTAS ESTIVESSEM TRABALHANDO DE FORMA CÉLERE, NÃO TERIA
PORQUE EXISTIR A AVOCAÇÃO.

É PACÍFICO NA DOUTRINA O ENSINAMENTO QUE NÃO É PERMITIDO

AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO SUBORDINADO. EXPLICANDO
MELHOR: UM SUPERIOR HIERÁRQUICO NÃO PODE AVOCAR UMA COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
DO SEU SUBORDINADO. SE DETERMINADA COMPETÊNCIA X É EXCLUSIVA DE ANTÔNIO, NÃO
PODERÁ SEU CHEFE FRANCISCO AVOCAR ESSA COMPETÊNCIA X.

O ATO DA AVOCAÇÃO DEVERÁ SER TEMPORÁRIO, POR PRAZO DETERMINADO, ASSIM

COMO NA DELEGAÇÃO. CORROBORANDO, COM NOSSA EXPLICAÇÃO, TRAZEMOS O EXPOSTO
NA LEI 9.784/99:

44
ART. 15. SERÁ PERMITIDA, EM CARÁTER EXCEPCIONAL E POR MOTIVOS RELEVANTES
DEVIDAMENTE JUSTIFICADOS, A AVOCAÇÃO TEMPORÁRIA DE COMPETÊNCIA ATRIBUÍDA A
ÓRGÃO HIERARQUICAMENTE INFERIOR.

O PROFESSOR ALEXANDRE MAZZA AINDA ENSINA:

“DIANTE DE MOTIVOS RELEVANTES DEVIDAMENTE JUSTIFICADOS,

O ART. 15 DA LEI 9.784/99 PERMITE QUE A AUTORIDADE
HIERARQUICAMENTE SUPERIOR CHAMA PARA SI A COMPETÊNCIA
DE UM ÓRGÃO OU AGENTE SUBORDINADO. ESSE MOVIMENTO
CENTRÍPETO É A CHAMADA AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA, MEDIDA
EXCEPCIONAL E TEMPORÁRIA PELA QUAL DETERMINADA
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA É CONVOCADA PELA AUTORIDADE
SUPERIOR. AO CONTRÁRIO DA DELEGAÇÃO, A AVOCAÇÃO SÓ PODE
SER REALIZADA DENTRO DE UMA MESMA LINHA HIERÁRQUICA,
DENOMINANDO-SE AVOCAÇÃO VERTICAL. NÃO EXISTE, NO DIREITO
BRASILEIRO, AVOCAÇÃO HORIZONTAL, QUE É AQUELA REALIZADA
ENTRE ÓRGÃOS OU AGENTES DISPOSTOS SEM SUBORDINAÇÃO
HIERÁRQUICA”.

45
 AINDA SOBRE O CAPÍTULO DA COMPETÊNCIA EXISTEM DOIS ARTIGOS QUE DEVEM
SER MEMORIZADOS PARA A PROVA, POR CONTA DA COBRANÇA DELES SER DE FORMA
LITERAL:

OS ÓRGÃOS E ENTIDADES ADMINISTRATIVAS DIVULGARÃO PUBLICAMENTE OS

LOCAIS DAS RESPECTIVAS SEDES E, QUANDO CONVENIENTE, A UNIDADE
FUNDACIONAL COMPETENTE EM MATÉRIA DE INTERESSE ESPECIAL.

INEXISTINDO COMPETÊNCIA LEGAL ESPECÍFICA, O PROCESSO

ADMINISTRATIVO DEVERÁ SER INICIADO PERANTE A AUTORIDADE DE
MENOR GRAU HIERÁRQUICO PARA DECIDIR.

46
 3.1 FORMA, TEMPO E LUGAR DOS
PROCESSOS

PELO PRINCÍPIO DO INFORMALISMO OU FORMALISMO MODERADO: OS ATOS DO

PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO DEPENDEM DE FORMA DETERMINADA SENÃO
QUANDO A LEI EXPRESSAMENTE A EXIGIR. SENDO ASSIM, A LEI 9.784/99 EXIGE QUE OS
ATOS DO PROCESSO DEVEM SER PRODUZIDOS POR ESCRITO, EM VERNÁCULO (LÍNGUA
PORTUGUESA), COM A DATA E O LOCAL DE SUA REALIZAÇÃO E A ASSINATURA DA
AUTORIDADE RESPONSÁVEL. OUTRAS FORMALIDADES QUE NÃO ESTIVEREM EXPRESSAMENTE
EXIGIDAS EM LEI SERÃO DISPENSÁVEIS.

CUIDADO!
O PROCESSO ADMINISTRATIVO DEVE SER O MENOS ONEROSO E SIMPLES POSSÍVEL
PARA OS INTERESSADOS, DESSA FORMA A EXIGÊNCIA DE RECONHECIMENTO DE
FIRMA SOMENTE SERÁ OBRIGATÓRIA QUANDO EXISTIREM DÚVIDAS DE AUTENTICIDADE DOS
DOCUMENTOS. SALVO POR IMPOSIÇÃO LEGAL, NÃO PODE O ÓRGÃO OBRIGAR VOCÊ A
RECONHECER FIRMA EM SEUS DOCUMENTOS. MUITO EMBORA, CASO ESSES DOCUMENTOS
ESTIVEREM BEM ANTIGOS E EXISTIR DÚVIDA QUANTO A AUTENTICIDADE DELES, PODERÁ O
ÓRGÃO EXIGIR O RECONHECIMENTO DE FIRMA. ASSIM SEGUE A DETERMINAÇÃO LEGAL:

SALVO IMPOSIÇÃO LEGAL, O RECONHECIMENTO DE FIRMA SOMENTE SERÁ

EXIGIDO QUANDO HOUVER DÚVIDA DE AUTENTICIDADE.

A AUTENTICAÇÃO DE DOCUMENTOS EXIGIDOS EM CÓPIA PODERÁ SER FEITA PELO

ÓRGÃO ADMINISTRATIVO. ESSA DETERMINAÇÃO SIGNIFICA QUANDO A LEI EXIGIR PARA O
INÍCIO DO PROCESSO DE CÓPIA DE VÁRIOS DOCUMENTOS, NESSE CASO A AUTENTICAÇÃO
PODERÁ SER FEITO PELO PRÓPRIO ÓRGÃO ADMINISTRATIVO.

O PROCESSO DEVERÁ TER SUAS PÁGINAS NUMERADAS SEQUENCIALMENTE E

RUBRICADAS. AS PÁGINAS DEVEM SER NUMERADAS PARA EVITAR FRAUDES, OU

SEJA, ALGUÉM ACRESCENTAR ALGUMA PÁGINA ILEGALMENTE A ELE.

IMPORTANTE!

47
 OS ATOS DO PROCESSO DEVEM REALIZAR-SE EM DIAS ÚTEIS, NO HORÁRIO NORMAL DE
FUNCIONAMENTO DA REPARTIÇÃO NA QUAL TRAMITAR O PROCESSO.

SERÃO CONCLUÍDOS DEPOIS DO HORÁRIO NORMAL OS ATOS JÁ INICIADOS, CUJO ADIAMENTO

PREJUDIQUE O CURSO REGULAR DO PROCEDIMENTO OU CAUSE DANO AO INTERESSADO OU À
ADMINISTRAÇÃO.

COMO VIMOS, A REGRA É OS ATOS DOS PROCESSOS REALIZAREM-SE NO HORÁRIO

NORMAL DA REPARTIÇÃO, DAS 08:00 ÀS 17:00, POR EXEMPLO. EXISTEM DUAS
EXCEÇÕES, EM QUE O PROCESSO PODERÁ SER CONCLUÍDO DEPOIS DO HORÁRIO NORMAL DE
FUNCIONAMENTO, AS QUAIS IREMOS EXEMPLIFICAR:

1. ATOS JÁ INICIADOS, CUJO ADIAMENTO PREJUDIQUE O CURSO REGULAR DO

PROCEDIMENTO – IMAGINE QUE O PROCESSO NECESSITE DE UMA TESTEMUNHA E ELA
APENAS PODE COMPARECER NAQUELE DIA, SE O PROCESSO FOR ADIADO PARA O DIA
SEGUINTE, ESSA TESTEMUNHA NÃO PODERÁ COMPARECER. DESSA FORMA, O
PROCESSO PODERÁ SER CONCLUÍDO DEPOIS DO HORÁRIO NORMAL DE
FUNCIONAMENTO DO ÓRGÃO.
2. ATOS JÁ INICIADOS CUJO ADIAMENTO CAUSE DANO AO INTERESSADO OU À
ADMINISTRAÇÃO – O PROCESSO PODERÁ SER CONCLUÍDO DEPOIS DO HORÁRIO
NORMAL DE FUNCIONAMENTO DO ÓRGÃO ADMINISTRATIVO QUANDO SEU
ADIAMENTO CAUSAR ÔNUS PARA O INTERESSADO, POR EXEMPLO, ELE TENHA QUE SE
DESLOCAR DE UMA CIDADE PARA OUTRA. ESSA REGRA VALE TAMBÉM PARA DANOS À
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

OS ATOS DO PROCESSO DEVEM REALIZAR-SE PREFERENCIALMENTE NA SEDE DO

ÓRGÃO, CIENTIFICANDO-SE O INTERESSADO SE OUTRO FOR O LOCAL DE REALIZAÇÃO.

CUIDADO!
A LEI ESTABELECEU QUE OS ATOS DEVEM REALIZAR-SE PREFERENCIALMENTE NA
SEDE DO ÓRGÃO, CUIDADO COM AS PEGADINHAS DE PROVAS, QUE PODEM FALAR QUE DEVE
SER OBRIGATORIAMENTE. CASO OS ATOS SEJAM REALIZADO EM OUTRO LOCAL É
NECESSÁRIO PROCEDER COM A CIENTIFICAÇÃO DO INTERESSADO, PARA QUE ELE FIQUE
CIENTE DA MUDANÇA.

48
 INEXISTINDO DISPOSIÇÃO ESPECÍFICA, OS ATOS DO ÓRGÃO OU AUTORIDADE
RESPONSÁVEL PELO PROCESSO E DOS ADMINISTRADOS QUE DELE PARTICIPEM
DEVEM SER PRATICADOS NO PRAZO DE CINCO DIAS, SALVO MOTIVO DE FORÇA MAIOR.

ESSE PRAZO PREVISTO PODE SER DILATADO ATÉ O DOBRO, MEDIANTE

COMPROVADA JUSTIFICAÇÃO.

49
 A LEI 9.784/99 CAUSA MUITO MEDO, AOS ESTUDANTES, POR CONTA DA
QUANTIDADE DE PRAZOS QUE ELA ESTABELECE. NO FINAL DA APOSTILA, VAMOS FAZER UM
RESUMO DE TODOS ESSES PRAZOS PARA VOCÊ MEMORIZAR E NÃO ERRAR.

O PRIMEIRO PRAZO, QUE VAMOS ESTUDAR, REFERE-SE AO PRAZO PARA A PRÁTICA

DOSATOS DO ÓRGÃO OU AUTORIDADE RESPONSÁVEL PELO
PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE DEVE SER DE 05 DIAS. PODENDO, NO
ENTANTO, SER PRORROGADO ATÉ O DOBRO, NESSE CASO 05 + 05, FICANDO O PRAZO
MÁXIMO DE 10 DIAS.

50
 3.2 COMUNICAÇÃO DOS ATOS
O ÓRGÃO COMPETENTE PERANTE O QUAL TRAMITA O PROCESSO ADMINISTRATIVO
DETERMINARÁ A INTIMAÇÃO DO INTERESSADO PARA CIÊNCIA DE DECISÃO OU A EFETIVAÇÃO DE
DILIGÊNCIAS.

A INTIMAÇÃO DEVERÁ CONTER:

I - IDENTIFICAÇÃO DO INTIMADO E NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE ADMINISTRATIVA;

II - FINALIDADE DA INTIMAÇÃO;

III - DATA, HORA E LOCAL EM QUE DEVE COMPARECER;

VI - INDICAÇÃO DOS FATOS E FUNDAMENTOS LEGAIS PERTINENTES.

IV - SE O INTIMADO DEVE COMPARECER PESSOALMENTE, OU FAZER-SE REPRESENTAR;

CUIDADO COM ESSE INCISO, A
INTIMAÇÃO IRÁ INFORMAR SE O INTERESSADO DEVE
COMPARECER PESSOALMENTE OU FAZER-SE REPRESENTAR POR UM ADVOGADO, POR
EXEMPLO. AS QUESTÕES AFIRMAM QUE ELE SEMPRE DEVE COMPARECER PESSOALMENTE,
CUIDADO COM ESSA PEGADINHA!

V - INFORMAÇÃO DA CONTINUIDADE DO PROCESSO INDEPENDENTEMENTE DO

SEU COMPARECIMENTO;

NO PROCESSO ADMINISTRATIVO, MESMO QUE O INTERESSADO NÃO COMPAREÇA

QUANDO DEVIDAMENTE INTIMADO O PROCESSO TERÁ SEGUIMENTO. NO PROCESSO
JUDICIAL CASO O INTERESSADO NÃO COMPAREÇA A AUDIÊNCIA ACONTECE À REVELIA E O
RECONHECIMENTO DOS FATOS ALEGADOS. JÁ NO PROCESSO ADMINISTRATIVO O
NÃO COMPARECIMENTO DO INTERESSADO NÃO INTERROMPE O SEU PROSSEGUIMENTO,
POIS NÃO OCORRE O RECONHECIMENTO DOS FATOS E NEM A RENÚNCIA DE DIREITOS.

A LEI AINDA NOS INFORMA QUE: O DESATENDIMENTO DA INTIMAÇÃO NÃO

IMPORTA O RECONHECIMENTO DA VERDADE DOS FATOS, NEM A RENÚNCIA A DIREITO PELO
ADMINISTRADO. NO PROSSEGUIMENTO DO PROCESSO, SERÁ GARANTIDO DIREITO DE
AMPLA DEFESA AO INTERESSADO. ESSA REGRA É IMPORTANTE, POIS AS BANCAS

51
ERRONEAMENTE AFIRMAM QUE O NÃO COMPARECIMENTO DO INTERESSADO NO PRAZO
ESTABELECIDO, IMPEDE O SEU DIREITO DE AMPLA DEFESA NO CURSO DO PROCESSO.

IMPORTANTE!
A INTIMAÇÃO OBSERVARÁ A ANTECEDÊNCIA MÍNIMA DE TRÊS DIAS ÚTEIS QUANTO À DATA DE
COMPARECIMENTO. NESSE CASO, NA HIPÓTESE DE OCORRER UMA INTIMAÇÃO EM QUE O
INTERESSADO DEVA COMPARECER A UM PROCESSO NA QUINTA-FEIRA, A INTIMAÇÃO DEVERÁ
OCORRER ATÉ SEGUNDA-FEIRA, POIS DEVE-SE RESPEITAR A ANTECEDÊNCIA MÍNIMAS DE 03
DIAS ÚTEIS. CUIDADO COM ESSE PRAZO, POIS É EXPRESSO EM DIAS ÚTEIS, NÃO
SERÃO CONTADOS FINAIS DE SEMANA E FERIADOS.

A INTIMAÇÃO PODE SER EFETUADA POR CIÊNCIA NO PROCESSO, POR VIA POSTAL
COM AVISO DE RECEBIMENTO, POR TELEGRAMA OU OUTRO MEIO QUE ASSEGURE A CERTEZA
DA CIÊNCIA DO INTERESSADO.

IMPORTANTE!

NO CASO DE INTERESSADOS INDETERMINADOS, DESCONHECIDOS OU COM

DOMICÍLIO INDEFINIDO, A INTIMAÇÃO DEVE SER EFETUADA POR MEIO DE
PUBLICAÇÃO OFICIAL.

52
 A LEI 9.784/99 ESTABELECEU QUE A INTIMAÇÃO PODERÁ SER FEITA POR
QUALQUER OUTRO MEIO QUE ASSEGURE A CERTEZA DE CIENTIFICAÇÃO DO
INTERESSADO. POR ESSE MOTIVO, ESTÁ SENDO ADMITIDA A INTIMAÇÃO VIA
APLICATIVO DE CELULAR CONHECIDO COMO “WHATSAPP”.

DEVEM SER OBJETO DE INTIMAÇÃO OS ATOS DO PROCESSO QUE RESULTEM PARA O

INTERESSADO EM IMPOSIÇÃO DE DEVERES, ÔNUS, SANÇÕES OU RESTRIÇÃO AO EXERCÍCIO DE
DIREITOS E ATIVIDADES E OS ATOS DE OUTRA NATUREZA, DE SEU INTERESSE.

53
IMPORTANTE!
AS INTIMAÇÕES SERÃO NULAS QUANDO FEITAS SEM OBSERVÂNCIA DAS PRESCRIÇÕES
LEGAIS, MAS O COMPARECIMENTO DO ADMINISTRADO SUPRE SUA FALTA OU IRREGULARIDADE.

ESSE TÓPICO É BASTANTE IMPORTANTE E É NECESSÁRIO ATENÇÃO! CASO A

INTIMAÇÃO NÃO SIGA AS PRESCRIÇÕES ESTABELECIDAS ACIMA, COMO O PRAZO E A
IDENTIFICAÇÃO DO INTIMADO, ELA SERÁ NULA. NO ENTANTO, CASO O INTERESSADO
COMPAREÇA O PROCESSO, A SUA PRESENÇA SUPRE ESSA IRREGULARIDADE.

VAMOS SUPOR QUE GUADALUPE INTERESSADA EM UM PROCESSO ADMINISTRATIVO

FOI INTIMADA PARA COMPARECER COM 02 DIAS DE ANTECEDÊNCIA. NESSE CASO, OCORREU
UMA IRREGULARIDADE, POIS O PRAZO SERIA 03 DIAS ÚTEIS DE ANTECEDÊNCIA. MAS,
MESMO SENDO INTIMADA DE FORMA IRREGULAR, GUADALUPE COMPARECEU AO LOCAL DO
PROCESSO. DESSA FORMA, O SEU COMPARECIMENTO SUPRE A IRREGULARIDADE. É COMO
SE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FALASSE ASSIM: “EU ERREI, MAS VOCÊ COMPARECEU,
ENTÃO PRONTO, SUPRIU MEU ERRO”. ACOMPANHE ESSE MAPA MENTAL PARA
COMPREENDER:

54
9. ESAF 2008 - EM CONFORMIDADE COM AS DISPOSIÇÕES CONSTANTES DA LEI N. 9.784,
DE 29 DE JANEIRO DE 1999, QUE REGULA O PROCESSO ADMINISTRATIVO GERAL NO ÂMBITO
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL, NO QUE TANGE À COMUNICAÇÃO DOS ATOS, É
INCORRETO AFIRMAR QUE:
A) NO CASO DE INTERESSADOS INDETERMINADOS, DESCONHECIDOS OU COM DOMICÍLIO
INDEFINIDO, A INTIMAÇÃO DEVE SER EFETUADA POR MEIO DE PUBLICAÇÃO OFICIAL.
B) A INTIMAÇÃO PODE SER EFETUADA POR CIÊNCIA NO PROCESSO, POR VIA POSTAL COM
AVISO DE RECEBIMENTO, POR TELEGRAMA OU OUTRO MEIO QUE ASSEGURE A CERTEZA DA
CIÊNCIA DO INTERESSADO.
C) O DESATENDIMENTO DA INTIMAÇÃO LICITAMENTE REALIZADA IMPORTA O
RECONHECIMENTO DA VERDADE DOS FATOS E A RENÚNCIA AO DIREITO EM DISCUSSÃO
D) SÃO NULAS AS INTIMAÇÕES PROCEDIDAS SEM OBSERVÂNCIA DAS PRESCRIÇÕES LEGAIS,
TODAVIA O COMPARECIMENTO DO ADMINISTRADO SUPRE A FALTA OU IRREGULARIDADE.
E) NO CASO DE OITIVA DE TESTEMUNHAS, A INTIMAÇÃO DEVE OBSERVAR A ANTECEDÊNCIA
MÍNIMA DE TRÊS DIAS ÚTEIS QUANTO À DATA DE COMPARECIMENTO.

55
10. FCC 2011 - INEXISTINDO DISPOSIÇÃO ESPECÍFICA, EM REGRA, OS ATOS DO ÓRGÃO OU
AUTORIDADE RESPONSÁVEL PELO PROCESSO E DOS ADMINISTRADOS QUE DELE PARTICIPEM
DEVEM SER PRATICADOS NO PRAZO DE:
A. CINCO DIAS, IMPRORROGÁVEIS
B. DEZ DIAS PRORROGADO POR MAIS DEZ, MEDIANTE COMPROVADA JUSTIFICAÇÃO
C. VINTE DIAS, IMPRORROGÁVEIS
D. CINCO DIAS PRORROGADO PELO DOBRO, MEDIANTE COMPROVADA JUSTIFICAÇÃO
E. QUARENTA E OITO HORAS, IMPRORROGÁVEIS
11. FCC 2008 - NO TOCANTE À COMUNICAÇÃO DOS ATOS, DE ACORDO COM A LEI Nº
9.784/99 A INTIMAÇÃO, NO CASO DE INTERESSADOS INDETERMINADOS, DESCONHECIDOS
OU COM DOMICÍLIO INDEFINIDO, DEVE SER EFETUADA POR MEIO DE:
A. VIA POSTAL COM AVISO DE RECEBIMENTO
B. PUBLICAÇÃO OFICIAL
C. TELEGRAMA
D. VIA POSTAL SIMPLES
E. MANDATO
12. CESPE 2016 - CONFORME A LEI N.º 9.784 /1999, QUE TRATA DOS ATOS
ADMINISTRATIVOS, SÃO INDELEGÁVEIS:
A. A EDIÇÃO DE ATOS NORMATIVOS E AS MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO
ÓRGÃO.
B. A ELABORAÇÃO DE OFÍCIOS E A AVALIAÇÃO DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS.
C. A DECISÃO DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS E AS MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA
PRIVATIVA DE AUTORIDADE.
D. A REVISÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS E A EDIÇÃO DE ATOS NORMATIVOS.
E. AS MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA E A PUBLICAÇÃO DE EDITAL.

56
 Parte IV -
4. INSTRUÇÃO
ESSE TÓPICO DA LEI É UM DOS MAIS IMPORTANTES E MAIS COMPLICADOS, POIS SÃO
ESTABELECIDAS DIVERSAS REGRAS. VOU EXPLICAR DE UMA FORMA DIDÁTICA, ALTERANDO
A ORDEM DE ALGUNS ARTIGOS PARA FACILITAR O SEU ENTENDIMENTO.

AS ATIVIDADES DE INSTRUÇÃO DESTINADAS A AVERIGUAR E COMPROVAR OS DADOS

NECESSÁRIOS À TOMADA DE DECISÃO REALIZAM-SE DE OFÍCIO OU MEDIANTE IMPULSÃO DO ÓRGÃO
RESPONSÁVEL PELO PROCESSO, SEM PREJUÍZO DO DIREITO DOS INTERESSADOS DE PROPOR
ATUAÇÕES PROBATÓRIAS. O INTERESSADO PODERÁ, NA FASE INSTRUTÓRIA E ANTES DA TOMADA DA
DECISÃO, JUNTAR DOCUMENTOS E PARECERES, REQUERER DILIGÊNCIAS E PERÍCIAS, BEM COMO
ADUZIR ALEGAÇÕES REFERENTES À MATÉRIA OBJETO DO PROCESSO.

É NA FASE DE INSTRUÇÃO QUE SERÁ FEITO A ANÁLISE DOS FATOS E PROVAS PARA A
TOMADA DE DECISÃO, AS ATIVIDADES DE INSTRUÇÃO DEVE SER REALIZADAS DE OFÍCIO OU
MEDIANTE IMPULSÃO DO ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELO PROCESSO. OS INTERESSADOS TAMBÉM
PODERÃO JUNTAR DOCUMENTOS E PARECERES, REQUERER DILIGÊNCIAS ANTES DA
TOMADA DA DECISÃO.

SÃO INADMISSÍVEIS NO PROCESSO ADMINISTRATIVO AS PROVAS OBTIDAS POR

MEIOS ILÍCITOS. VAMOS SUPOR, QUE UM INTERESSADO ROUBE UM DOCUMENTO DE UMA
EMPRESA PARA SERVIR COMO PROVA EM PROCESSO ADMINISTRATIVO. ESSE DOCUMENTO
NÃO SERÁ ADMITIDO COMO PROVA, POIS FOI OBTIDO ATRAVÉS DE MEIOS ILÍCITOS.

O PROCESSO ADMINISTRATIVO É PAUTADO PELA BUSCA DA VERDADE

MATERIAL OU REAL, POR ISSO OS INTERESSADOS PODEM JUNTAR DOCUMENTOS,
PARECERES, DENTRE OUTROS, A QUALQUER MOMENTO NO PROCESSO ANTES DA
TOMADA DA DECISÃO. JÁ O PROCESSO JUDICIAL PAUTA-SE PELA VERDADE FORMAL,
EM QUE É ESTABELECIDO UM PERÍODO PARA ATUAÇÕES PROBATÓRIAS DOS INTERESSADOS,
PASSADO ESSE PRAZO NÃO SERÁ MAIS PERMITIDO.

OS ATOS DE INSTRUÇÃO QUE EXIJAM A ATUAÇÃO DOS INTERESSADOS DEVEM

REALIZAR-SE DO MODO MENOS ONEROSO PARA ESTES. MENOS ONEROSO SIGNIFICA COM

57
BAIXO CUSTO, MAIS BARATO. DESSA FORMA, OS ATOS DE INSTRUÇÃO DEVEM REALIZAR-SE
DO MODO MENOS ONEROSO PARA OS INTERESSADOS. CUIDADO, POIS NÃO É PARA A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E SIM PARA OS INTERESSADOS!

CONSULTA PÚBLICA
QUANDO A MATÉRIA DO PROCESSO ENVOLVER ASSUNTO DE INTERESSE GERAL, O
ÓRGÃO COMPETENTE PODERÁ, MEDIANTE DESPACHO MOTIVADO, ABRIR PERÍODO DE
CONSULTA PÚBLICA PARA MANIFESTAÇÃO DE TERCEIROS, ANTES DA DECISÃO DO PEDIDO, SE
NÃO HOUVER PREJUÍZO PARA A PARTE INTERESSADA.

A ABERTURA DA CONSULTA PÚBLICA SERÁ OBJETO DE DIVULGAÇÃO PELOS MEIOS

OFICIAIS, A FIM DE QUE PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS POSSAM EXAMINAR OS AUTOS,
FIXANDO-SE PRAZO PARA OFERECIMENTO DE ALEGAÇÕES ESCRITAS.

58
 A CONSULTA PÚBLICA OCORRE QUANDO O OBJETO EM DISCUSSÃO, NO PROCESSO
ADMINISTRATIVO, ENVOLVER UM ASSUNTO DE INTERESSE GERAL. NESSE CASO, SERÁ
ESTABELECIDO UM PRAZO PARA A POPULAÇÃO ANALISAR E TOMAR CONHECIMENTO DESSE
PROCESSO. MUITO CUIDADO, POIS MESMO QUE ENVOLVA ASSUNTO DE INTERESSE GERAL, SE
HOUVER PREJUÍZO PARA A PARTE INTERESSADO, NÃO PODERÁ SER FEITA A ABERTURA DE
CONSULTA PÚBLICA. COMO, POR EXEMPLO, A ABERTURA DA CONSULTA PÚBLICO CAUSARÁ
UM ATRASO PREJUDICIAL AO PROCESSO.

VOCÊ JÁ CONHECE QUEM SÃO OS INTERESSADOS EM PROCESSO ADMINISTRATIVO,

DESSA FORMA O SIMPLES COMPARECIMENTO À CONSULTA PÚBLICA NÃO CONFERE A
CONDIÇÃO DE INTERESSADO NO PROCESSO. IMAGINEM ESSA SITUAÇÃO: EXISTE UM
PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE É DE INTERESSE GERAL PARA OS FERROVIÁRIOS. VICENTE,
MOTORISTA DE CAMINHÃO, RESOLVEU COMPARECER A CONSULTA PÚBLICA. O SIMPLES FATO
DE VICENTE COMPARAR A CONSULTA NÃO GARANTE A ELE A CONDIÇÃO DE INTERESSADO.

MUITO EMBORA, CASO ELE TENHA UMA DÚVIDA EM ALGUM ASSUNTO DO PROCESSO,
PODERÁ SOLICITAR INFORMAÇÕES PARA ADMINISTRAÇÃO E ELA É OBRIGADA A FORNECER
UMA RESPOSTA FUNDAMENTADA. NA HIPÓTESE DE VÁRIAS PESSOAS SOLICITAREM A MESMA
INFORMAÇÃO, PODERÁ SER FEITA UMA RESPOSTA COMUM A TODAS AS ALEGAÇÕES.

AUDIÊNCIA PÚBLICA
ANTES DA TOMADA DE DECISÃO, A JUÍZO DA AUTORIDADE, DIANTE DA RELEVÂNCIA DA
QUESTÃO, PODERÁ SER REALIZADA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DEBATES SOBRE A MATÉRIA DO
PROCESSO.

A CONSULTA PÚBLICA É APENAS PARA A POPULAÇÃO TER CONHECIMENTO DE UM

ASSUNTO DE INTERESSE GERAL, JÁ NA AUDIÊNCIA PÚBLICA, A POPULAÇÃO PODE
PARTICIPAR DIRETAMENTE, POIS A AUDIÊNCIA É FEITA COM A PRESENÇA DA POPULAÇÃO,
POR CONTA DA RELEVÂNCIA DA QUESTÃO DISCUTIDA.

59
 OS ÓRGÃOS E ENTIDADES ADMINISTRATIVAS, EM MATÉRIA RELEVANTE, PODERÃO
ESTABELECER OUTROS MEIOS DE PARTICIPAÇÃO DE ADMINISTRADOS, DIRETAMENTE OU POR
MEIO DE ORGANIZAÇÕES E ASSOCIAÇÕES LEGALMENTE RECONHECIDAS. A AUDIÊNCIA
PÚBLICA É A REGRA, MAS PODERÃO SER ESTABELECIDOS OUTROS MEIOS DE PARTICIPAÇÃO DE
ADMINISTRADOS, SEJA DIRETAMENTE OU POR MEIO DE SINDICATOS OU ASSOCIAÇÕES, POR
ESSE MOTIVO AS HIPÓTESES DE REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA ESTÃO PREVISTAS DE
MODO EXEMPLIFICATIVO NA LEGISLAÇÃO.

OS RESULTADOS DA CONSULTA E AUDIÊNCIA PÚBLICA E DE OUTROS MEIOS DE PARTICIPAÇÃO

DE ADMINISTRADOS DEVERÃO SER APRESENTADOS COM A INDICAÇÃO DO PROCEDIMENTO ADOTADO.

TANTO A CONSULTA PÚBLICA QUANTO A AUDIÊNCIA PÚBLICA POSSUEM O CARÁTER

DISCRICIONÁRIO. A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODERÁ REALIZAR UM JUÍZO DE CONVENIÊNCIA
OU OPORTUNIDADE E DETERMINAR A ABERTURA OU NÃO DESSES DOIS INSTRUMENTOS DE
PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO. CORROBORANDO COM OS ENSINAMENTOS ACIMA SEGUE A
DOUTRINA DA RENOMADA AUTORA MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO:

A CONSULTA PÚBLICA NÃO É PREVISTA COMO OBRIGATÓRIA PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, MAS
COMO FACULDADE A SER EXERCIDA, MEDIANTE DESPACHO MOTIVADO, QUANDO A MATÉRIA DO
PROCESSO ENVOLVER ASSUNTO DE INTERESSE GERAL E DESDE QUE NÃO CAUSE PREJUÍZO A PARTE
INTERESSADA. A CONSULTA É DIVULGADA POR MEIOS OFICIAIS, A FIM DE QUE PESSOAS FÍSICAS OU
JURÍDICAS POSSAM EXAMINAR OS AUTOS, FIXANDO-SE PRAZO PARA OFERECIMENTO DE ALEGAÇÕES
ESCRITAS, O COMPARECIMENTO À CONSULTA PÚBLICA NÃO CONFERE, POR SI, A CONDIÇÃO DE
INTERESSADO DO PROCESSO, MAS CONFERE O DIREITO DE OBTER DA ADMINISTRAÇÃO RESPOSTA
FUNDAMENTADA, QUE PODERÁ SER COMUM A TODAS AS ALEGAÇÕES SUBSTANCIALMENTE IGUAIS.

A AUDIÊNCIA PÚBLICA TAMBÉM NÃO ESTÁ PREVISTA EM CARÁTER OBRIGATÓRIO, FICANDO A SUA
REALIZAÇÃO A CRITÉRIO DA AUTORIDADE QUANDO SE TRATAR DE MATÉRIA RELEVANTE, O OBJETIVO É O
DE PERMITIR DEBATES SOBRE A MATÉRIA. OUTROS MEIOS DE PARTICIPAÇÃO PODERÃO SER
INSTITUÍDOS PELOS ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS, QUANDO SE TRATAR DE MATÉRIA RELEVANTE.

60
PROVA DOS FATOS
CABE AO INTERESSADO A PROVA DOS FATOS QUE TENHA ALEGADO, SEM PREJUÍZO DO
DEVER ATRIBUÍDO AO ÓRGÃO COMPETENTE PARA A INSTRUÇÃO.

QUANDO O INTERESSADO DECLARAR QUE FATOS E DADOS ESTÃO REGISTRADOS EM

DOCUMENTOS EXISTENTES NA PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO RESPONSÁVEL PELO PROCESSO OU EM
OUTRO ÓRGÃO ADMINISTRATIVO, O ÓRGÃO COMPETENTE PARA A INSTRUÇÃO PROVERÁ, DE OFÍCIO, À
OBTENÇÃO DOS DOCUMENTOS OU DAS RESPECTIVAS CÓPIAS.

COMO REGRA, O INTERESSADO É QUEM DEVE PROMOVER A PROVA DOS FATOS QUE
TENHA ALEGADO, ENTRETANTO, SE ELE AFIRMAR, POR EXEMPLO, QUE UMA DAS PROVAS É UM
DOCUMENTO REGISTRADO EM UMA AUTARQUIA FEDERAL, A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO
DEVERÁ PROMOVER A OBTENÇÃO DESSE DOCUMENTO.

OS INTERESSADOS TÊM DIREITO À VISTA DO PROCESSO E A OBTER CERTIDÕES OU CÓPIAS

REPROGRÁFICAS DOS DADOS E DOCUMENTOS QUE O INTEGRAM, RESSALVADOS OS DADOS E
DOCUMENTOS DE TERCEIROS PROTEGIDOS POR SIGILO OU PELO DIREITO À PRIVACIDADE, À HONRA E
À IMAGEM.

SOMENTE PODERÃO SER RECUSADAS, MEDIANTE DECISÃO FUNDAMENTADA, AS PROVAS

PROPOSTAS PELOS INTERESSADOS QUANDO SEJAM ILÍCITAS, IMPERTINENTES, DESNECESSÁRIAS OU
PROTELATÓRIAS.

61
 QUANDO FOR NECESSÁRIA A PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES OU A APRESENTAÇÃO DE PROVAS
PELOS INTERESSADOS OU TERCEIROS, SERÃO EXPEDIDAS INTIMAÇÕES PARA ESSE FIM,
MENCIONANDO-SE DATA, PRAZO, FORMA E CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO. OS INTERESSADOS SERÃO
INTIMADOS DE PROVA OU DILIGÊNCIA ORDENADA, COM ANTECEDÊNCIA MÍNIMA DE TRÊS DIAS ÚTEIS,
MENCIONANDO-SE DATA, HORA E LOCAL DE REALIZAÇÃO.

QUANDO DADOS, ATUAÇÕES OU DOCUMENTOS SOLICITADOS AO INTERESSADO FOREM

NECESSÁRIOS À APRECIAÇÃO DE PEDIDO FORMULADO, O NÃO ATENDIMENTO NO PRAZO FIXADO PELA
ADMINISTRAÇÃO PARA A RESPECTIVA APRESENTAÇÃO IMPLICARÁ ARQUIVAMENTO DO PROCESSO.
UM EXEMPLO PRÁTICO DA UTILIZAÇÃO DESSE DISPOSITIVO É QUANDO A AUTORIDADE
RESPONSÁVEL POR DECIDIR O PROCESSO NECESSITA DE UM DOCUMENTO PARA QUE SEJA
TOMADA A DECISÃO E O INTERESSADO NÃO APRESENTOU ESSE DOCUMENTO. DESSA
FORMA, O PROCESSO SERÁ ARQUIVADO!

APESAR DESSA HIPÓTESE DE ARQUIVAMENTO DO PROCESSO, CASO A

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ASSIM ENTENDER E QUANDO NÃO SENDO ATENDIDA A INTIMAÇÃO,
PODERÁ O ÓRGÃO COMPETENTE, SE ENTENDER RELEVANTE A MATÉRIA, SUPRIR DE OFÍCIO A OMISSÃO,
NÃO SE EXIMINDO DE PROFERIR A DECISÃO.

EM CASO DE RISCO IMINENTE, A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODERÁ MOTIVADAMENTE

ADOTAR PROVIDÊNCIAS ACAUTELADORAS SEM A PRÉVIA MANIFESTAÇÃO DO INTERESSADO.
“PROFESSOR SOARES, DECIFRE ESSES TERMOS!”
O QUE ESSE DISPOSITIVO LEGAL
DETERMINA É QUE DIANTE DE UM RISCO IMINENTE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
PODERÁ, DESDE QUE MOTIVADAMENTE, ADOTAR MEDIDAS PARA RESGUARDAR
(PROTEGER) O PROCESSO ADMINISTRATIVO, SEM A NECESSIDADE DE PRÉVIA
MANIFESTAÇÃO DO INTERESSADO.

IMPORTANTE – PARECER
QUANDO DEVA SER OBRIGATORIAMENTE OUVIDO UM ÓRGÃO CONSULTIVO, O PARECER
DEVERÁ SER EMITIDO NO PRAZO MÁXIMO DE QUINZE DIAS, SALVO NORMA ESPECIAL OU COMPROVADA
NECESSIDADE DE MAIOR PRAZO.

ESSA REGRA SE VERIFICA QUANDO PARA A TOMADA DA DECISÃO NO PROCESSO

ADMINISTRATIVO É FEITA UMA CONSULTA A UM ÓRGÃO TÉCNICO E SOLICITADO UM
PARECER DESSE ÓRGÃO SOBRE DETERMINADO ASSUNTO, POR EXEMPLO, SOLICITAR UM
PARECER DA ANATEL, DA ANVISA, DENTRE OUTROS.

62
DICA IMPORTANTE!
O PRAZO DO PARECER É DE 15 DIAS!

O PARECER SEMPRE QUE NECESSÁRIO SERÁ OBRIGATÓRIO. ENTRETANTO, PODERÁ

SER VINCULANTE OU NÃO VINCULANTE.

PARECER VINCULANTE: SE UM PARECER OBRIGATÓRIO E VINCULANTE DEIXAR

DE SER EMITIDO NO PRAZO FIXADO, O PROCESSO NÃO TERÁ SEGUIMENTO ATÉ A RESPECTIVA
APRESENTAÇÃO, RESPONSABILIZANDO-SE QUEM DER CAUSA AO ATRASO. NESSE CASO, O
PROCESSO APENAS TERÁ PROSSEGUIMENTO COM O PARECER.

PARECER NÃO VINCULANTE: SE UM PARECER OBRIGATÓRIO E NÃO

VINCULANTE DEIXAR DE SER EMITIDO NO PRAZO FIXADO, O PROCESSO PODERÁ TER
PROSSEGUIMENTO E SER DECIDIDO COM SUA DISPENSA, SEM PREJUÍZO DA
RESPONSABILIDADE DE QUEM SE OMITIU NO ATENDIMENTO. JÁ NESSA SITUAÇÃO, O
PROCESSO PODERÁ TER SEGUIMENTO E O SERVIDOR QUE SE OMITIU EM APRESENTAR O
PARECER SERÁ RESPONSABILIZADO.

QUANDO POR DISPOSIÇÃO DE ATO NORMATIVO DEVAM SER PREVIAMENTE OBTIDOS LAUDOS
TÉCNICOS DE ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS E ESTES NÃO CUMPRIREM O ENCARGO NO PRAZO
ASSINALADO, O ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA INSTRUÇÃO DEVERÁ SOLICITAR LAUDO TÉCNICO DE
OUTRO ÓRGÃO DOTADO DE QUALIFICAÇÃO E CAPACIDADE TÉCNICA EQUIVALENTES. VAMOS SUPOR,
QUE SEJA SOLICITADO UM LAUDO TÉCNICO DO BANCO DO NORDESTE E ELE NÃO ENTREGA
NO PRAZO ESTIPULADO, NESSE CASO, PODERÁ SER SOLICITADO LAUDO DA CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL, POR EXEMPLO.

63
64
 4.1 DEVER DE DECIDIR
A ADMINISTRAÇÃO TEM O DEVER DE EXPLICITAMENTE EMITIR DECISÃO NOS PROCESSOS
ADMINISTRATIVOS E SOBRE SOLICITAÇÕES OU RECLAMAÇÕES, EM MATÉRIA DE SUA COMPETÊNCIA.

GUARDE ESSA REGRA: A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEVE, OBRIGATORIAMENTE,

EMITIR DECISÃO NOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS!

NA HIPÓTESE DE UM ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA INSTRUÇÃO NÃO POSSUIR

COMPETÊNCIA PARA EMITIR A DECISÃO FINAL, ELE DEVE ELABORAR RELATÓRIO INDICANDO
PROPOSTA DE DECISÃO, JUSTIFICADA E ENCAMINHAR À AUTORIDADE COMPETENTE, PARA
DECIDIR, ASSIM SEGUE OS MANDAMENTOS LEGAIS:

O ÓRGÃO DE INSTRUÇÃO QUE NÃO FOR COMPETENTE PARA EMITIR A DECISÃO

FINAL ELABORARÁ RELATÓRIO INDICANDO O PEDIDO INICIAL, O CONTEÚDO DAS
FASES DO PROCEDIMENTO E FORMULARÁ PROPOSTA DE DECISÃO,
OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA, ENCAMINHANDO O PROCESSO À AUTORIDADE
COMPETENTE.

PELA REGRA ACIMA INFERIMOS QUE NO PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO SE APLICA

O PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ, PELO QUAL O ÓRGÃO QUE PROMOVEU A
INSTRUÇÃO DEVERÁ SER O MESMO A DECIDIR. POIS, A LEI 9.784/99 ESTABELECEU A
POSSIBILIDADE DO ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA INSTRUÇÃO NÃO POSSUIR COMPETÊNCIA
PARA DECIDIR. NESSE CASO, DEVERÁ SER FEITO UM RELATÓRIO E ENCAMINHADO A
AUTORIDADE COMPETENTE.

CONCLUÍDA A INSTRUÇÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO, A ADMINISTRAÇÃO

TEM O PRAZO DE ATÉ TRINTA DIAS PARA DECIDIR, SALVO PRORROGAÇÃO POR IGUAL
PERÍODO EXPRESSAMENTE MOTIVADA.

65
 APÓS CONCLUÍDA A INSTRUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO POSSUI O
PRAZO DE ATÉ 30 DIAS PARA DECIDIR. PODENDO ESSE PRAZO SER
PRORROGADO POR IGUAL PERÍODO. FICANDO NO CASO 30 + 30 = 60 DIAS.

13. FCC 2013 - SEGUNDO A LEI NO 9.784/99, QUE TRATA DO PROCESSO

ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL, QUANDO A
MATÉRIA DO PROCESSO ENVOLVER ASSUNTO DE INTERESSE GERAL, O ÓRGÃO COMPETENTE
PODERÁ, MEDIANTE DESPACHO MOTIVADO, ABRIR PERÍODO DE CONSULTA PÚBLICA PARA
MANIFESTAÇÃO DE TERCEIROS. O COMPARECIMENTO À CONSULTA PÚBLICA
A) CONFERE, POR SI, A CONDIÇÃO DE INTERESSADO DO PROCESSO E, PORTANTO, GARANTE
O DIREITO DE OBTER DA ADMINISTRAÇÃO RESPOSTA FUNDAMENTADA, QUE DEVERÁ SER
INDIVIDUALIZADA A CADA UMA DAS ALEGAÇÕES.
B) NÃO CONFERE, POR SI, A CONDIÇÃO DE INTERESSADO DO PROCESSO, MAS CONFERE O
DIREITO DE OBTER DA ADMINISTRAÇÃO RESPOSTA FUNDAMENTADA, QUE PODERÁ SER
COMUM A TODAS AS ALEGAÇÕES SUBSTANCIALMENTE IGUAIS.
C) NÃO CONFERE, POR SI, A CONDIÇÃO DE INTERESSADO DO PROCESSO, MAS CONFERE O
DIREITO DE OBTER DA ADMINISTRAÇÃO RESPOSTA FUNDAMENTADA, QUE NÃO PODERÁ SER
COMUM A TODAS AS ALEGAÇÕES, AINDA QUE SUBSTANCIALMENTE IGUAIS.
D) CONFERE, POR SI, A CONDIÇÃO DE INTERESSADO DO PROCESSO E, PORTANTO, GARANTE
O DIREITO DE OBTER DA ADMINISTRAÇÃO RESPOSTA FUNDAMENTADA, QUE PODERÁ SER
COMUM A TODAS AS ALEGAÇÕES SUBSTANCIALMENTE IGUAIS.
E) NÃO CONFERE, POR SI, A CONDIÇÃO DE INTERESSADO DO PROCESSO, NEM CONFERE O
DIREITO DE OBTER DA ADMINISTRAÇÃO RESPOSTA FUNDAMENTADA, UMA VEZ QUE SÃO
APENAS TERCEIROS AO PROCESSO.
14. FCC 2008 - NO TOCANTE À INSTRUÇÃO DO PROCESSO, DE ACORDO COM A LEI NO
9.784/99, QUANDO DEVA SER OBRIGATORIAMENTE OUVIDO UM ÓRGÃO CONSULTIVO, O

66
PARECER DEVERÁ SER EMITIDO, SALVO NORMA ESPECIAL OU COMPROVADA NECESSIDADE
DE MAIOR PRAZO, NO PRAZO MÁXIMO DE
A) TRÊS DIAS.
B) CINCO DIAS.
C) SETE DIAS.
D) DEZ DIAS.
E) QUINZE DIAS.
15. CESPE 2013 - A RESPEITO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO, JULGUE O ITEM SEGUINTE.

ENCERRADA A INSTRUÇÃO, O PROCESSO DEVERÁ SER IMEDIATAMENTE REMETIDO À

AUTORIDADE COMPETENTE PARA JULGÁ-LO, PARA DECISÃO.
CERTO
ERRADO

67
 Parte V –
5. ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO SÃO ESPÉCIES DE EXTINÇÃO DO ATO

ADMINISTRATIVO. A ADMINISTRAÇÃO EXERCENDO UM CONTROLE INTERNO PODE
REVER SEUS ATOS E COM ISSO, ANULAR OU REVOGAR ALGUM ATO DO PROCESSO
ADMINISTRATIVO. CASO ESSE ATO SEJA CONSIDERADO ILEGAL DEVERÁ SER ANULADO,
CASO SEJA LEGAL, MAS INCONVENIENTE OU INOPORTUNO PODERÁ SER REVOGADO.
VAMOS EXPLICAR MELHOR COMO FUNCIONA ESSES DUAS ESPÉCIES DE EXTINÇÃO DO ATO
ADMINISTRATIVO E LOGO APÓS CONVALIDAÇÃO. NO CAPÍTULO ENSINAMENTOS EXTRAS FOI
EXPLICADOS VÁRIOS APROFUNDAMENTOS SOBRE ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO!

VAMOS COMEÇAR A EXPLICAÇÃO PELO MAIS COBRADO EM PROVAS, IREMOS

EXTRAIR O CONCEITO DE ANULAÇÃO DA LEI 9.784/99 DE ACORDO COM O ARTIGO 53 DA

REFERIDA LEI: “À ADMINISTRAÇÃO DEVE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS

QUANDO EIVADOS DE VÍCIO DE LEGALIDADE. ”
DESSA FORMA, ANULAÇÃO É COMO SE VOCÊ FOSSE “CANCELAR” ALGUMA ATITUDE
SUA, POR CONTA DESSA ATITUDE SER CONSIDERADA ILEGAL. COM ISSO, CASO A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA VERIFIQUE QUE UM ATO PRATICADO POR ELA CONTÉM VÍCIOS
DE LEGALIDADE, OU SEJA, É CONSIDERADO ILEGAL, ELA DEVE ANULAR ESSE ATO.
PERCEBA QUE O VERBO UTILIZADO IMPÕE IMPERATIVIDADE, OU SEJA, OBRIGATORIEDADE,
POR CONTA DISSO QUE A ANULAÇÃO É UMA DECISÃO VINCULADA. O PODER
PÚBLICO, EM REGRA, NÃO POSSUI A MARGEM DE ESCOLHA SE ANULA OU NÃO UM ATO
CONSIDERADO ILEGAL, SALVO EXCEÇÕES QUE EXPLICAREMOS MAIS ADIANTE NA APOSTILA.

“PROFESSOR SOARES, O QUE É ESSE ATO ILEGAL?” ATO ILEGAL É AQUELE QUE CONTRARIA
ALGUM ATO NORMATIVO, EM ESPECIAL AS LEIS E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL. TOMANDO
COMO EXEMPLO, A CONSTITUIÇÃO ESTABELECE QUE A REMUNERAÇÃO DO SERVIÇO
EXTRAORDINÁRIO DEVE SER, NO MÍNIMO, 50% MAIOR QUE A DO NORMAL. CASO UM ATO
ADMINISTRATIVO ESTABELEÇA QUE DEVE SER DE, NO MÍNIMO 40%, ESSE ATO SERÁ
CONSIDERADO ILEGAL E DEVERÁ SER ANULADO.

68
 NESSA PARTE, DA AULA, IREMOS FOCAR NO TEXTO DA LEI 9.784/99, NO TÓPICO
DE APROFUNDAMENTO IREMOS EXPLICAR VÁRIOS OUTROS CONCEITOS QUE SERVIRÃO
COMO BASE TAMBÉM PARA A MATÉRIA DE ATOS ADMINISTRATIVOS.

DE ACORDO COM A REFERIDA LEI: O DIREITO DA ADMINISTRAÇÃO DE ANULAR

OS ATOS ADMINISTRATIVOS DE QUE DECORRAM EFEITOS FAVORÁVEIS PARA OS DESTINATÁRIOS
DECAI EM CINCO ANOS, CONTADOS DA DATA EM QUE FORAM PRATICADOS, SALVO COMPROVADA
MÁ-FÉ. NO CASO DE EFEITOS PATRIMONIAIS CONTÍNUOS, O PRAZO DE DECADÊNCIA CONTAR-SE-Á DA
PERCEPÇÃO DO PRIMEIRO PAGAMENTO.

“PROFESSOR SOARES, ME EXPLIQUE O QUE SÃO ESSES EFEITOS PATRIMONIAIS

CONTÍNUOS.” SÃO EFEITOS GERADOS MÊS A MÊS, O RECEBIMENTO DE PROVENTO DE
APOSENTADORIA, POR EXEMPLO. VOU EXEMPLIFICAR PARA MELHOR ENTENDIMENTO:
UM SERVIDOR PÚBLICO CHAMADO ARMANDO AGINDO DE BOA-FÉ PASSA A
RECEBER UMA GRATIFICAÇÃO DA QUAL NÃO TERIA DIREITO, O INÍCIO DO PAGAMENTO FOI
20/01/2000, E ELE VINHA RECEBENDO ACHANDO QUE ERA NORMAL, CHEGOU ATÉ A
QUESTIONAR COM SEU CHEFE SOBRE ESSA GRATIFICAÇÃO, MAS O CHEFE DISSE QUE ESTAVA
CORRETA. E ELE PASSOU A RECEBER MÊS A MÊS ESSA GRATIFICAÇÃO, QUANDO NO DIA
20/01/2003, A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PERCEBEU QUE A GRATIFICAÇÃO ESTAVA
SENDO PAGA AO SERVIDOR DE FORMA EQUIVOCADA. E AGORA?

QUAL INÍCIO DO PRAZO DE DECADÊNCIA?

RESPONDENDO A INDAGAÇÃO, DE ACORDO COM A LEI 9.784/99 O PRAZO

COMEÇA A SER CONTADO DA PERCEPÇÃO DO PRIMEIRO PAGAMENTO, ENTÃO
20/01/2000.
E SE NUMA SITUAÇÃO HIPOTÉTICA A ADMINISTRAÇÃO SÓ DESCOBRIR O ERRO
NO DIA 11/04/2007. NESSE CASO, MEUS ALUNOS, ELA NÃO PODE FAZER MAIS NADA
JÁ SE PASSARAM 07 ANOS DA PERCEPÇÃO DO PRIMEIRO PAGAMENTO, A GRATIFICAÇÃO
IRÁ INTEGRAR A REMUNERAÇÃO DO SERVIDOR, POIS PASSOU O PRAZO DE 05 ANOS E
ELA NÃO ANULOU. SITUAÇÃO OPOSTA OCORRE QUANDO O AGENTE ATUA DE MÁ-FÉ,
AGINDO, NESTA QUALIDADE, O PRAZO DECADENCIAL DE 05 ANOS NÃO É CONTADO.
VAMOS PEGAR O EXEMPLO DO SERVIDOR RAIMUNDO QUE RECEBEU A GRATIFICAÇÃO
INDEVIDA, SE O SERVIDOR SABENDO QUE A GRATIFICAÇÃO É INDEVIDA, MAS NÃO AVISA
A ADMINISTRAÇÃO, ELE ESTARÁ AGINDO DE MÁ-FÉ, E A QUALQUER TEMPO (02 ANOS,
05 ANOS, 07 ANOS, 12 ANOS E ASSIM POR DIANTE) A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR
ESSA GRATIFICAÇÃO.

69
 A LEI AINDA INFORMA QUE: CONSIDERA-SE EXERCÍCIO DO DIREITO DE ANULAR
QUALQUER MEDIDA DE AUTORIDADE ADMINISTRATIVA QUE IMPORTE IMPUGNAÇÃO À
VALIDADE DO ATO.

2. REVOGAÇÃO
ESSA ESPÉCIE DE EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO É BASTANTE DIFERENTE DA
ANULAÇÃO, VAMOS AO CONCEITO:

LEI 9.784/99: “A ADMINISTRAÇÃO PODE REVOGAR SEUS PRÓPRIOS ATOS

POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS
ADQUIRIDOS”

É IMPORTANTE NOTAR QUE NA REVOGAÇÃO O ATO É LEGAL, OU SEJA, NÃO

APRESENTA NENHUM VÍCIO (ERRO), POIS SE ESSE ATO APRESENTAR ILEGALIDADE
DEVERÁ SER ANULADO E NÃO REVOGADO. DEVE-SE DESTACAR TAMBÉM NO TOCANTE A
DECISÃO, JÁ QUE A ADMINISTRAÇÃO PODE REVOGAR, NESSE CASO A
REVOGAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS TRATA-SE DE UMA DECISÃO
DISCRICIONÁRIA DA PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
OUTRO PONTO QUE MERECE DESTAQUE, REFERE-SE AOS DIREITOS
ADQUIRIDOS, QUE DEVEM SER RESPEITADOS NA REVOGAÇÃO. NESSA SITUAÇÃO,
CASO ALGUM ATO CONCEDESSE DIREITO ADQUIRIDO PARA UM ADMINISTRADO, A
REVOGAÇÃO NÃO IRÁ ATINGIR ESSE DIREITO.

▪ SE O ATO É LEGAL, ENTÃO PORQUE REVOGÁ-LO?

A RESPOSTA ESTÁ NA PRÓPRIA LEI, POR MOTIVOS DE CONVENIÊNCIA OU
OPORTUNIDADE. O ATO DE ALGUMA FORMA NÃO É MAIS OPORTUNO E NEM
CONVENIENTE PARA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. EXEMPLIFICANDO: VAMOS SUPOR
QUE O PREFEITO EDITE UM ATO ESTABELECENDO O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DA
PREFEITURA DAS 08:00 ÀS 17:00. NOTANDO QUE ESSA MUDANÇA NÃO FOI MUITO
ACEITA PELOS SERVIDORES, ELE REVOGOU ESSE ATO (CONVENIÊNCIA OU
OPORTUNIDADE) E EDITOU OUTRO ESTABELECENDO O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO
DAS 09:00 ÀS 18:00. PERCEBA QUE O ATO É LEGAL, NÃO TEM NENHUM VÍCIO, FOI

70
EDITADA SEGUINDO TODAS AS FORMALIDADES LEGAIS, E ESTABELECE 8 HORAS DIÁRIAS,
ASSIM COMO INFORMA A CONSTITUIÇÃO. ENTRETANTO, POR DECISÃO DISCRICIONÁRIA
DO PREFEITO ELE RESOLVEU REVOGAR.

APROFUNDANDO A MATÉRIA
E CASO O PREFEITO EDITASSE O ATO COM HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DE 10
HORAS DIÁRIAS? NESSE CASO, MEUS ALUNOS, ELE NÃO PODERÁ REVOGAR, MUITO
EMBORA DEVERÁ ANULÁ-LO.

“MAS POR QUÊ?” PORQUE O ATO É ILEGAL, A CF/88 7º

EM SEU ARTIGO
ESTABELECE QUE O A JORNADA DE TRABALHO NÃO PODE EXCEDER A 8 HORAS DIÁRIAS.
CUIDADO COM ESSA DIFERENÇA:

3. CONVALIDAÇÃO
CONVALIDAÇÃO NÃO É UMA ESPÉCIE DE EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS,
FUNCIONA COMO SE FOSSE “UM CONSERTO” NO ATO ADMINISTRATIVO QUE POSSUA VÍCIO
NOS ELEMENTOS COMPETÊNCIA E FORMA.

VAMOS AGORA FALAR SOBRE A CONVALIDAÇÃO, BUSCANDO AJUDA NO

CONCEITO TRAZIDO PELE LEI 9.784/99.

“EM DECISÃO NA QUAL SE EVIDENCIE NÃO ACARRETAR LESÃO AO INTERESSE

PÚBLICO NEM PREJUÍZO A TERCEIROS, OS ATOS QUE APRESENTAREM DEFEITOS SANÁVEIS
PODERÃO SER CONVALIDADOS PELA PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO”.

O CONCEITO JÁ NOS TRAZ VÁRIAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES

✓ ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODE CONVALIDAR SEUS ATOS

ADMINISTRATIVOS, PODER JUDICIÁRIO NÃO PODE CONVALIDAR ATOS
ADMINISTRATIVOS EDITADOS PELO PODER EXECUTIVO.
✓ A CONVALIDAÇÃO É DISCRICIONÁRIA (FACULDADE DA ADMINISTRAÇÃO)

71
 ✓ SÓ SE CONVALIDA ATOS COM DEFEITOS SANÁVEIS
✓ NÃO PODE ACARRETAR LESÃO AO INTERESSE PÚBLICO NEM PREJUÍZO A
TERCEIROS.

NA ANULAÇÃO FOI VISTO QUE A ADMINISTRAÇÃO E PODER JUDICIÁRIO TINHAM

COMPETÊNCIA PARA ANULAR OS ATOS ADMINISTRATIVOS, NA CONVALIDAÇÃO
SOMENTE A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PODE CONVALIDAR SEUS ATOS.

O ATO ADMINISTRATIVO PARA SER CONSIDERADO VÁLIDO É NECESSÁRIO QUE

ESTEJA PRESENTE 05 REQUISITOS:

1. COMPETÊNCIA
2. FINALIDADE
3. FORMA
4.MOTIVO
5.OBJETO
QUANDO FALAMOS QUE APENAS ATOS COM DEFEITOS SANÁVEIS PODEM SER
CONVALIDADOS, ISSO IMPLICA DIZER QUE APENAS ATOS COM VÍCIO NA
COMPETÊNCIA E NA FORMA PODEM SER CONVALIDADOS.

CRIEI UMA FORMA DE APRENDER ESSA REGRA, POIS ELA É BASTANTE COBRADA
EM PROVA.

▪ E O QUE É VÍCIO NA COMPETÊNCIA?

POR EXEMPLO, CASO SEJA DO SUPERINTENDENTE DO INSS A COMPETÊNCIA,
NÃO EXCLUSIVA, PARA EDITAR UM DETERMINADO ATO E ALGUM CHEFE DE AGÊNCIA,

72
QUE NÃO POSSUI TAL COMPETÊNCIA, PRATICA ESSE ATO, TEMOS AÍ UM VÍCIO NA
COMPETÊNCIA

O SUPERINTENDENTE POSSUI DUAS OPÇÕES:

1. CONVALIDAR O ATO. DESCOBERTO O ERRO, O SUPERINTENDENTE PODE
CONVALIDÁ-LO PARA ELE MESMO PRATICAR O ATO. ASSIM O ATO SERIA VÁLIDO,
POIS FOI EDITADO PELA PESSOA QUE TEM COMPETÊNCIA PARA TAL.
2. ANULAR O ATO. PRESTEM BASTANTE ATENÇÃO AQUI.
COMO FOI DITO NO INÍCIO DA AULA, A CONVALIDAÇÃO É UMA FACULDADE DA
ADMINISTRAÇÃO, ELA NÃO É OBRIGADA A FAZER, ENTÃO PARA CONVALIDAR É
NECESSÁRIO OBSERVAR SE ESSE ATO NÃO VAI ACARRETAR LESÃO AO INTERESSE PÚBLICO
NEM PREJUÍZO A TERCEIROS.

VAMOS SUPOR QUE A CONVALIDAÇÃO DO ATO PELO SUPERINTENDENTE

CAUSASSE GRANDE PREJUÍZO A TERCEIROS, DESSA FORMA ELE NÃO PODIA CONVALIDAR,
DEVERIA ANULAR O ATO.

NA COMPETÊNCIA AINDA TEMOS UMA PROIBIÇÃO, QUANDO SE TRATA DE

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO AGENTE. AQUELA COMPETÊNCIA QUE
É EXCLUSIVA DELE, SE FOR PRATICADA POR OUTRO AGENTE PÚBLICO NÃO
PODERÁ ESSE ATO SER CONVALIDADO.

▪ E O QUE É VÍCIO NA FORMA?

MUITOS PENSAM QUE MOTIVAÇÃO É A MESMA COISA DE MOTIVO, CUIDADO,
POIS SÃO CONCEITOS DIFERENTES.

MOTIVAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO ESCRITA DOS MOTIVOS QUE DETERMINAM A

PRÁTICA DO ATO, A EXTERIORIZAÇÃO DOS MOTIVOS QUE LEVARAM A ADMINISTRAÇÃO A
PRATICAR O ATO.

MOTIVO: É A SITUAÇÃO DE FATO QUE SERVE DE FUNDAMENTO A PRÁTICA DO

ATO.

EXEMPLO: NA CONCESSÃO DE LICENÇA PATERNIDADE, O MOTIVO SERÁ O

NASCIMENTO DO FILHO DO SERVIDOR, JÁ A MOTIVAÇÃO SERIA A ADMINISTRAÇÃO

73
EXPLICANDO QUE CONCEDEU A LICENÇA PATERNIDADE, AMPARADA NA LEI 8.112/90,
POR CONTA DO NASCIMENTO DO FILHO DO SERVIDOR NO DIA TAL.

A FALTA DE MOTIVAÇÃO É VÍCIO NO

ELEMENTO FORMA DO ATO ADMINISTRATIVO.
DESSA MANEIRA, UM ATO QUE NECESSITE DE MOTIVAÇÃO E É PRATICADO SEM
ESTA, POSSUI UM VÍCIO NO ELEMENTO FORMA QUE PODE A CRITÉRIO DA
ADMINISTRAÇÃO SER CONVALIDADO.

EXISTE EXCEÇÃO?

TEM SIM, A EXCEÇÃO É QUANDO A LEI CONSIDERA, A FORMA, COMO

ELEMENTO ESSENCIAL À VALIDADE DO ATO.

TRAZEMOS O EXEMPLO DOS DOUTRINADORES MARCELO ALEXANDRINO E

VICENTE PAULO: EM QUALQUER ATO DE APLICAÇÃO DE SANÇÃO DISCIPLINAR A ALGUM
SERVIDOR PÚBLICO, A MOTIVAÇÃO É OBRIGATÓRIA. ASSIM, UM ATO DE APLICAÇÃO DE
SUSPENSÃO DISCIPLINAR A UM SERVIDOR, EM QUE NÃO TENHA SIDO ESCRITA
EXPRESSAMENTE A MOTIVAÇÃO, SERÁ UM ATO NULO, NÃO PASSÍVEL DE CONVALIDAÇÃO.

OUTRO EXEMPLO É A MULTA DE TRÂNSITO, A FORMA DELA DEVE SER POR

ESCRITO, NÃO EXISTE MULTA VERBAL. CASO O AGENTE DE TRÂNSITO APLIQUE UMA
MULTA VERBALMENTE ESSE ATO SERÁ NULO E NÃO PODERÁ SER CONVALIDADO.

74
 5.1 MOTIVAÇÃO
MOTIVAÇÃO É A EXPLICAÇÃO DOS MOTIVOS QUE ENSEJARAM A PRÁTICA DE
DETERMINADOS ATOS. POR EXEMPLO, SE EU PERGUNTASSE PARA VOCÊS O PORQUÊ DE
ESTUDAREM PARA CONCURSO, TERIA COMO RESPOSTAS: DIFICULDADE FINANCEIRA,
VOCAÇÃO, PRESSÃO FAMILIAR, DENTRE OUTRO. ISSO SÃO OS MOTIVOS, AGORA SE EU
PEDISSE PARA FAZER UMA REDAÇÃO EXPLICANDO OS MOTIVOS QUE LEVARAM VOCÊ
ESTUDAR PARA CONCURSO, ISSO SERIA A MOTIVAÇÃO.

OS ATOS ADMINISTRATIVOS DEVERÃO SER MOTIVADOS, COM INDICAÇÃO DOS

FATOS E DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS, QUANDO:

I - NEGUEM, LIMITEM OU AFETEM DIREITOS OU INTERESSES;

II - IMPONHAM OU AGRAVEM DEVERES, ENCARGOS OU SANÇÕES;

III - DECIDAM PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DE CONCURSO OU SELEÇÃO PÚBLICA;

IV - DISPENSEM OU DECLAREM A INEXIGIBILIDADE DE PROCESSO LICITATÓRIO;

V - DECIDAM RECURSOS ADMINISTRATIVOS;

VI - DECORRAM DE REEXAME DE OFÍCIO;

VII - DEIXEM DE APLICAR JURISPRUDÊNCIA FIRMADA SOBRE A QUESTÃO OU

DISCREPEM DE PARECERES, LAUDOS, PROPOSTAS E RELATÓRIOS OFICIAIS - A
MOTIVAÇÃO DEVE EXISTIR QUANDO NÃO FOR APLICADA JURISPRUDÊNCIA FIRMADA
SOBRE A QUESTÃO. NA HIPÓTESE DE APLICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA FIRMADA, NÃO É OBRIGATÓRIA
A MOTIVAÇÃO. PEGADINHA MUITO FREQUENTE EM PROVAS. NUMA SITUAÇÃO EM QUE A QUESTÃO
AFIRMA QUE O ADMINISTRADOR APLICOU JURISPRUDÊNCIA FIRMADA OU CONSOLIDADA SOBRE A
QUESTÃO A MOTIVAÇÃO NÃO SERÁ OBRIGATÓRIA. POR OUTRO LADO, EM SITUAÇÃO OPOSTO QUANDO
FOR DEIXADO DE APLICAR A JURISPRUDÊNCIA FIRMADA SOBRE A QUESTÃO A MOTIVAÇÃO DEVERÁ SER
OBRIGATÓRIA!

VIII - IMPORTEM ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO, SUSPENSÃO OU CONVALIDAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO.

75
É MUITO IMPORTANTE VOCÊ MEMORIZAR ESSAS SITUAÇÕES EM QUE A
MOTIVAÇÃO É OBRIGATÓRIA, POIS SÃO MUITO COBRADO EM
PROVAS!!!
A MOTIVAÇÃO DEVE SER EXPLÍCITA, CLARA E CONGRUENTE, PODENDO CONSISTIR EM
DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA COM FUNDAMENTOS DE ANTERIORES PARECERES, INFORMAÇÕES,
DECISÕES OU PROPOSTAS, QUE, NESTE CASO, SERÃO PARTE INTEGRANTE DO ATO.

NA SOLUÇÃO DE VÁRIOS ASSUNTOS DA MESMA NATUREZA, PODE SER UTILIZADO MEIO

MECÂNICO QUE REPRODUZA OS FUNDAMENTOS DAS DECISÕES, DESDE QUE NÃO PREJUDIQUE
DIREITO OU GARANTIA DOS INTERESSADOS. ESSE MEIO MECÂNICO É UM CARIMBO, POR EXEMPLO,
OU ENTÃO UMA RESPOSTA JÁ PRONTA PARA DETERMINADOS ASSUNTOS DE MESMA NATUREZA, ISSO
APENAS É POSSÍVEL SE NÃO PREJUDICAR DIREITO OU GARANTIA DOS INTERESSADOS.

A MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES DE ÓRGÃOS COLEGIADOS E COMISSÕES OU DE DECISÕES ORAIS

CONSTARÁ DA RESPECTIVA ATA OU DE TERMO ESCRITO.

5.2 RECURSO, REVISÃO E

DISPOSIÇÕES FINAIS
JÁ ESTUDAMOS O INÍCIO DO PROCESSO, A FASE DE INSTRUÇÃO E A DECISÃO DO
PROCESSO. APÓS ESSA DECISÃO CASO O ADMINISTRADO NÃO TENHA FICADO SATISFEITO
COM A DECISÃO OU ESSA DECISÃO SEJA CONSIDERADA ILEGAL CABERÁ RECURSO. A
ADMINISTRAÇÃO PODERÁ, COM ISSO, MODIFICAR A SUA DECISÃO. FEITO ESSE CONTEXTO
DA MATÉRIA, VAMOS AGORA EXPLICAR OS DISPOSITIVOS DA LEI 9.784/99:

DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS CABE RECURSO, EM FACE DE RAZÕES DE

LEGALIDADE E DE MÉRITO.

O RECURSO PODE SER POR RAZÕES DE LEGALIDADE E MÉRITO. CUIDADO!!! AS

BANCAS COSTUMAM FALAR QUE PODEM SER APENAS DE LEGALIDADE.

76
 PELO PRINCÍPIO DA GRATUITADE, SALVO EXIGÊNCIA LEGAL, A INTERPOSIÇÃO
DE RECURSO ADMINISTRATIVO INDEPENDE DE CAUÇÃO. EM ALGUNS
RECURSOS, NO PROCESSO JUDICIAL, PARA QUE ELE SEJA ADMITIDO O INTERESSADO DEVE
PAGAR UMA QUANTIA EM DINHEIRO. NO PROCESSO ADMINISTRATIVO A REGRA É A
GRATUIDADE, POR ISSO O RECURSO INDEPENDE DESSE CAUÇÃO! COM EXCEÇÃO SE A LEI
EXPRESSAMENTE EXIGIR.

PARA QUE O RECURSO SEJA INTERPOSTO O RECORRENTE DEVERÁ FAZER UM

REQUERIMENTO NO QUAL DEVERÁ EXPOR OS FUNDAMENTOS DO PEDIDO DE REEXAME,
PODENDO JUNTAR OS DOCUMENTOS QUE JULGAR CONVENIENTES.

SALVO DISPOSIÇÃO LEGAL EM CONTRÁRIO, O RECURSO NÃO TEM EFEITO

SUSPENSIVO. CUIDADO! HAVENDO JUSTO RECEIO DE PREJUÍZO DE DIFÍCIL OU
INCERTA REPARAÇÃO DECORRENTE DA EXECUÇÃO, A AUTORIDADE RECORRIDA OU A
IMEDIATAMENTE SUPERIOR PODERÁ, DE OFÍCIO OU A PEDIDO, DAR EFEITO SUSPENSIVO AO
RECURSO.

INTERPOSTO O RECURSO, O ÓRGÃO COMPETENTE PARA DELE CONHECER DEVERÁ

INTIMAR OS DEMAIS INTERESSADOS PARA QUE, NO PRAZO DE CINCO DIAS ÚTEIS,
APRESENTEM ALEGAÇÕES.

MUITO CUIDADO!!!
OS PRAZOS DA LEI 9.784/99 SÃO O QUE CAUSAM BASTANTE ERROS DOS ESTUDANTES NAS
PROVAS. NOSSA MISSÃO É FAZER COM QUE VOCÊ NÃO CAIA MAIS NESSAS PEGADINHAS E ACERTE AS
QUESTÕES DA PROVA!

VOCÊ APRENDEU QUE O PRAZO PARA INTIMAR O INTERESSADO PARA TER CIÊNCIA DO
PROCESSO OU EFETIVAÇÃO DE DILIGÊNCIA É 03 DIAS ÚTEIS.
JÁ O PRAZO DE INTIMAÇÃO NO RECURSO PARA O INTERESSADO APRESENTAR É 05
DIAS ÚTEIS.

VOCÊ PRECISA MEMORIZAR: O PRAZO DE INTIMAÇÃO DO RECURSO É 05 DIAS

ÚTEIS!!!

O RECURSO NÃO SERÁ CONHECIDO QUANDO INTERPOSTO:

I - FORA DO PRAZO: O PRAZO PARA O INTERESSADO MANIFESTAR-SE APÓS A DECISÃO É DE 10

DIAS, ASSIM COMO O PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: SALVO DISPOSIÇÃO

77
LEGAL ESPECÍFICA, É DE DEZ DIAS O PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO,
CONTADO A PARTIR DA CIÊNCIA OU DIVULGAÇÃO OFICIAL DA DECISÃO RECORRIDA.

II - PERANTE ÓRGÃO INCOMPETENTE: UM EXEMPLO DESSA HIPÓTESE É QUANDO VOCÊ

PRECISA INTERPOR UM RECURSO NA DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL E FAZ NA
DELEGACIA DA POLÍCIA FEDERAL.

IMPORTANTE!
APESAR DESSE RECURSO NÃO SER CONHECIDO, A DELEGACIA DA POLÍCIA FEDERAL, NO
NOSSO EXEMPLO, DEVERÁ INDICAR QUAL A AUTORIDADE COMPETENTE PARA RECEBER AQUELE
RECURSO. E O PRAZO PARA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO SERÁ REESTABELECIDO. VOU
EXEMPLIFICAR PARA FICAR MAIS CLARO.

1. NATÉRCYA TEVE CIÊNCIA DA DECISÃO DE UM PROCESSO ADMINISTRATIVO EM QUE TINHA A

CONDIÇÃO DE INTERESSADA. NESSE CASO ELA POSSUI 10 DIAS APÓS ESSA CIENTIFICAÇÃO
PARA INTERPOR RECURSO NA SECRETÁRIA DO MINISTÉRIO DA FAZENDA. NO ENTANTO, ELA
INTERPÔS RECURSO NA SECRETÁRIA DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA. NESSE CASO, O
SERVIDOR DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DEVERÁ INFORMAR QUE ELA INTERPÔS
RECURSO NO ÓRGÃO ERRADO E INDICAR O LOCAL CORRETO QUE DEVERÁ SER ENTREGUE O
RECURSO. NESSE CASO, O PRAZO DE 10 DIAS SERÁ DEVOLVIDO PARA A INTERESSADA.

III - POR QUEM NÃO SEJA LEGITIMADO: TÊM LEGITIMIDADE PARA INTERPOR
RECURSO ADMINISTRATIVO:

I - OS TITULARES DE DIREITOS E INTERESSES QUE FOREM PARTE NO PROCESSO;

II - AQUELES CUJOS DIREITOS OU INTERESSES FOREM INDIRETAMENTE AFETADOS PELA DECISÃO

RECORRIDA;

III - AS ORGANIZAÇÕES E ASSOCIAÇÕES REPRESENTATIVAS, NO TOCANTE A DIREITOS E INTERESSES

COLETIVOS;

IV - OS CIDADÃOS OU ASSOCIAÇÕES, QUANTO A DIREITOS OU INTERESSES DIFUSOS.

78
IV - APÓS EXAURIDA A ESFERA ADMINISTRATIVA: O RECURSO ADMINISTRATIVO
TRAMITARÁ NO MÁXIMO POR:
TRÊS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS, SALVO
DISPOSIÇÃO LEGAL DIVERSA. APÓS O PROCESSO
PASSAR PELAS 03 INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS NÃO
SERÁ MAIS ADMITIDO RECURSO!

O NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO NÃO IMPEDE A ADMINISTRAÇÃO DE REVER DE OFÍCIO O

ATO ILEGAL, DESDE QUE NÃO OCORRIDA PRECLUSÃO ADMINISTRATIVA.

QUERO VER QUEM ESTÁ ATENTO NA MATÉRIA!!! ESSE DISPOSITIVO TRATA DA ANULAÇÃO
E DO PRAZO DE 05 ANOS, PASSADO ESSE PRAZO OCORRE A PRECLUSÃO ADMINISTRATIVA.

TRADUZINDO O PARÁGRAFO §2º DO ARTIGO 63, ELE NOS INFORMA QUE MESMO QUE O
ADMINISTRATIVO NÃO INTERPONHA RECURSO A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODERÁ DE OFÍCIO
REVER SEUS ATOS E CASO ENCONTRE ALGUM ILEGAL DEVERÁ ANULÁ-LOS!!! COM A RESSALVA

79
DE NÃO OCORRER A PRECLUSÃO ADMINISTRATIVA, POIS COMO VIMOS O PRAZO PARA ANULAR
É 05 ANOS. CASO TENHA PASSADO ESSE PRAZO A ADMINISTRAÇÃO NÃO PODERÁ MAIS ANULAR DE
OFÍCIO, SALVO SE COMPROVADA MÁ-FÉ.

80
PROCEDIMENTO E PRAZOS DO RECURSO
O RECURSO INTERPÕE-SE POR MEIO DE REQUERIMENTO, NO QUAL O RECORRENTE
DEVERÁ EXPOR OS FUNDAMENTOS DO PEDIDO DE REEXAME, PODENDO JUNTAR OS
DOCUMENTOS QUE JULGAR CONVENIENTES.

O ÓRGÃO COMPETENTE PARA DECIDIR O RECURSO PODERÁ CONFIRMAR,

MODIFICAR, ANULAR OU REVOGAR, TOTAL OU PARCIALMENTE, A DECISÃO
RECORRIDA, SE A MATÉRIA FOR DE SUA COMPETÊNCIA.

O RECURSO DEVE SER DIRIGIDO À AUTORIDADE QUE PROFERIU A DECISÃO!!!

MUITO CUIDADO COM ESSA INFORMAÇÃO!

AS BANCAS COSTUMAM CONFUNDIR O CANDIDATO INFORMANDO QUE O

RECURSO DEVE SER DIRIGIDO A AUTORIDADE SUPERIOR. NA LEI
9.784/99 O
RECURSO DEVE SER DIRIGIDO À AUTORIDADE QUE PROFERIU A
DECISÃO.

ESSA AUTORIDADE QUE PROFERIU A DECISÃO E RECEBEU O RECURSO, PODERÁ

RECONSIDERAR A DECISÃO, OU SEJA, MUDAR A DECISÃO E ACEITAR O PEDIDO DO
INTERESSADO. OU ENTÃO DEVERÁ REMETER ESSE RECURSO PARA AUTORIDADE
SUPERIOR NO PRAZO DE 05 DIAS. ACOMPANHE O MAPA MENTAL PARA VOCÊ
COMPREENDER:

81
 PRAZO PARA DECIDIR RECURSO ADMINISTRATIVO

QUANDO A LEI NÃO FIXAR PRAZO DIFERENTE, O RECURSO

ADMINISTRATIVO DEVERÁ SER DECIDIDO NO PRAZO MÁXIMO DE
TRINTA DIAS, A PARTIR DO RECEBIMENTO DOS AUTOS PELO ÓRGÃO
COMPETENTE, ESSE PRAZO PODERÁ SER PRORROGADO POR IGUAL
PERÍODO, ANTE JUSTIFICATIVA EXPLÍCITA.

O ÓRGÃO ADMINISTRATIVO COMPETENTE PARA DECIDIR RECURSO ADMINISTRATIVO

POSSUI O PRAZO DE 30 DIAS, PODE SER PRORROGADO POR IGUAL PERÍODO (30 + 30).
RESUMINDO A SISTEMÁTICA DOS PRAZOS PARA RECURSO ADMINISTRATIVO, ANALISE ESSE
MAPA MENTAL:

82
 DO RECURSO ADMINISTRATIVO PODERÁ SURGIR A “REFORMATIO IN PEJUS”
(“REFORMAR PARA PIOR”). ISSO SIGNIFICA QUE A DECISÃO DO RECURSO PODERÁ AGRAVAR
A SANÇÃO APLICADA. VAMOS SUPOR QUE FOI DECIDIDO UMA MULTA DE R$ 100,00 (CEM
REAIS). O INTERESSADO ENTROU COM RECURSO E NA ANÁLISE O ÓRGÃO REFORMOU A
DECISÃO, ENTRETANTO ESTABELECEU A MULTA NO VALOR DE R$ 500,00 (QUINHENTOS
REAIS). OU SEJA, PIOROU A DECISÃO PARA O INTERESSADO. QUANDO O RECURSO PUDER
DECORRER GRAVAME À SITUAÇÃO DO RECORRENTE, ESTE DEVERÁ SER CIENTIFICADO PARA
QUE FORMULE SUAS ALEGAÇÕES ANTES DA DECISÃO.

SE O RECORRENTE ALEGAR QUE A DECISÃO ADMINISTRATIVA CONTRARIA

ENUNCIADO DA SÚMULA VINCULANTE, CABERÁ À AUTORIDADE PROLATORA DA DECISÃO
IMPUGNADA, SE NÃO A RECONSIDERAR, EXPLICITAR, ANTES DE ENCAMINHAR O RECURSO À
AUTORIDADE SUPERIOR, AS RAZÕES DA APLICABILIDADE OU INAPLICABILIDADE DA SÚMULA,
CONFORME O CASO.

ACOLHIDA PELOSUPREMO TRIBUNAL FEDERAL A RECLAMAÇÃO FUNDADA EM

VIOLAÇÃO DE ENUNCIADO DA SÚMULA VINCULANTE, DAR-SE-Á CIÊNCIA À AUTORIDADE
PROLATORA E AO ÓRGÃO COMPETENTE PARA O JULGAMENTO DO RECURSO, QUE DEVERÃO

83
ADEQUAR AS FUTURAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS EM CASOS SEMELHANTES, SOB PENA DE
RESPONSABILIZAÇÃO PESSOAL NAS ESFERAS CÍVEL, ADMINISTRATIVA E PENAL.

REVISÃO DO PROCESSO
O INTERESSADO EM PROCESSO ADMINISTRATIVO PODERÁ SOLICITAR TAMBÉM A
REVISÃO DO PROCESSO, NO ENTANTO, APENAS SERÁ ADMITIDA QUANDO SURGIREM
FATOS NOVOS, OU SEJA, FOI DESCOBERTA UMA PROVA NOVA, APARECEU UM NOVO
DOCUMENTO IMPORTANTE.
CASO NÃO TENHA ALGO NOVO, NÃO PODERÁ SER SOLICITADA A REVISÃO DO
PROCESSO. DA REVISÃO NÃO PODERÁ RESULTAR EM “REFORMATIO IN PEJUS”.
A REVISÃO DO PROCESSO NÃO PODERÁ RESULTAR AGRAVAMENTO DA
SANÇÃO.
ASSIM SEGUE OS ENSINAMENTOS DA LEI 9.784/99:
OS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS DE QUE RESULTEM SANÇÕES PODERÃO SER REVISTOS, A
QUALQUER TEMPO, A PEDIDO OU DE OFÍCIO, QUANDO SURGIREM FATOS NOVOS OU
CIRCUNSTÂNCIAS RELEVANTES SUSCETÍVEIS DE JUSTIFICAR A INADEQUAÇÃO DA SANÇÃO
APLICADA.

DICA PARA MEMORIZAR QUANDO VAI OCORRER O AGRAVAMENTO DA SANÇÃO

(REFORMATIO IN PEJUS):

84
 5.3 SANÇÕES E DISPOSIÇÕES FINAIS

AS SANÇÕES, A SEREM APLICADAS POR AUTORIDADE COMPETENTE, TERÃO NATUREZA

PECUNIÁRIA OU CONSISTIRÃO EM OBRIGAÇÃO DE FAZER OU DE NÃO FAZER, ASSEGURADO SEMPRE O
DIREITO DE DEFESA.
PECUNIÁRIA REFERE-SE A VALORES FINANCEIROS, UM EXEMPLO DESSA
SANÇÃO É A MULTA.

16. ESAF 2006 - CONFORME A LEGISLAÇÃO FEDERAL SOBRE O PROCESSO

ADMINISTRATIVO (LEI N. 9.784/99), AS SANÇÕES A SEREM APLICADAS PELA AUTORIDADE
COMPETENTE:
A) TERÃO SEMPRE NATUREZA PECUNIÁRIA.
B) PODEM CONSISTIR EM OBRIGAÇÃO DE FAZER OU DE NÃO FAZER.
C) SERÃO PRECEDIDAS, SE FOR O CASO, PELO DIREITO DE DEFESA.
D) SERÃO, SEMPRE, OBRIGAÇÕES DE FAZER.
E) PODEM TER, EXCEPCIONALMENTE, NATUREZA DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE.
17. ESAF 2004 - OS ATOS ADMINISTRATIVOS, COMO EXIGE A LEI Nº 9.784/99, QUE
REGULA O PROCESSO NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL, DEVEM SER
MOTIVADOS, COM A INDICAÇÃO DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS, EXCETO QUANDO:
A. AGRAVEM ENCARGOS OU SANÇÕES
B. DECIDAM PROCESSO DE CONCURSO
C. DECLAREM INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
D. DECORRAM DE REEXAME DE OFÍCIO
E. APLIQUEM JURISPRUDÊNCIA PERTINENTE
18. ESAF 2010 - ACERCA DO RECURSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINADO NA LEI N.
9.784/99, É CORRETO AFIRMAR QUE:
A) NÃO É CABÍVEL RECURSO EM FACE DE RAZÕES DE MÉRITO DAS DECISÕES
ADMINISTRATIVAS.
B) O RECURSO ADMINISTRATIVO TRAMITARÁ NO MÁXIMO POR DUAS INSTÂNCIAS
ADMINISTRATIVAS.
C) AS ORGANIZAÇÕES E ASSOCIAÇÕES REPRESENTATIVAS, NO TOCANTE A DIREITOS E
INTERESSES COLETIVOS, TÊM LEGITIMIDADE PARA INTERPOR RECURSO ADMINISTRATIVO.
D) NÃO É POSSÍVEL A CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO ADMINISTRATIVO.
E) O RECURSO INTERPOSTO FORA DO PRAZO IMPEDE A ADMINISTRAÇÃO DE REVER DE OFÍCIO
O ATO ILEGAL, AINDA QUE NÃO OCORRIDA PRECLUSÃO ADMINISTRATIVA.
19. CESPE 2008 - ACERCA DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PREVISTO NA LEI N.º
9.784/1999, JULGUE O ITEM A SEGUIR.

85
A REVOGAÇÃO É A EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO POR MOTIVOS DE CONVENIÊNCIA
OU OPORTUNIDADE.
CERTO
ERRADO
20. FCC 2009 - DE ACORDO COM A LEI NO 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999, O DEVER
DA ADMINISTRAÇÃO DE ANULAR OS ATOS ADMINISTRATIVOS DE QUE DECORRAM EFEITOS
FAVORÁVEIS PARA OS DESTINATÁRIOS
A) PODE SER EXERCIDO A QUALQUER TEMPO, NÃO SE OPERANDO A DECADÊNCIA.
B) DECAI EM CINCO ANOS, CONTADOS DA INTIMAÇÃO DO INTERESSADO, SALVO
COMPROVADA MÁ-FÉ.
C) DECAI EM CINCO ANOS, CONTADOS DA DATA EM QUE FORAM PRATICADOS, SALVO
COMPROVADA MÁ-FÉ.
D) DECAI EM 10 ANOS, CONTADOS DA PRÁTICA DO ATO, OU EM CINCO ANOS CONTADOS DA
INTIMAÇÃO DO INTERESSADO, O QUE OCORRER PRIMEIRO, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ.
E) PODE SER EXERCIDO A QUALQUER TEMPO, DESDE QUE RESPEITADOS OS DIREITOS
PATRIMONIAIS JÁ ADQUIRIDOS PELOS DESTINATÁRIOS.

86
 6. ENSINAMENTOS EXTRAS

6.1 TABELA RESUMO DOS PRAZOS

87
 6.2 APROFUNDAMENTO ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO

NESSE TÓPICO DA MATÉRIA, IREMOS APROFUNDAR O ESTUDO SOBRE

ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO. PARA A PROVA QUE COBRE APENAS A LEI
9.784/99 OS ENSINAMENTOS DA APOSTILA EM CAPÍTULO PRÓPRIO SERÃO
SUFICIENTES, MAS SE NA PROVA TAMBÉM ESTIVER PRESENTE O ASSUNTO, ATOS
ADMINISTRATIVOS, NESSE CASO SERÁ NECESSÁRIO VOCÊ ESTUDAR ESSE
APROFUNDAMENTO DA MATÉRIA, VAMOS COMEÇAR POR ANULAÇÃO DE ATOS
ADMINISTRATIVOS.

ANULAÇÃO

COMPETÊNCIA PARA ANULAR - QUEM PODE ANULAR?
A PRÓPRIA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, EXERCENDO O PODER DE
AUTOTUTELA, PODE, DE OFÍCIO, VERIFICAR A ILEGALIDADE E ANULAR O
ATO COMO TAMBÉM O PODER JUDICIÁRIO, EXERCENDO O
CONTROLE DE LEGALIDADE. IMPORTANTE RESSALTAR QUE O PODER
JUDICIÁRIO NÃO ATUA DE OFÍCIO NA ANULAÇÃO DE ATOS
ADMINISTRATIVOS, É NECESSÁRIO QUE ALGUÉM DENUNCIE, OU SEJA,
PROVOQUE O PODER JUDICIÁRIO, PARA QUE ASSIM O JUIZ POSSA ANALISAR
E DETERMINAR A ANULAÇÃO DO ATO, CASO ESTEJA EIVADO DE VÍCIO.

PRAZO PARA ANULAR:

DE ACORDO COM A LEI 9.784/99: “O DIREITO DA ADMINISTRAÇÃO
DE ANULAR OS ATOS DE QUE DECORRAM EFEITOS FAVORÁVEIS PARA OS
DESTINATÁRIOS DECAI EM 05 (CINCO) ANOS, CONTADOS DA DATA EM
QUE FORAM PRATICADOS, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ. NO CASO DE
EFEITOS PATRIMONIAIS CONTÍNUOS, O PRAZO DE DECADÊNCIA
CONTAR-SE-Á DA PERCEPÇÃO DO PRIMEIRO PAGAMENTO.

PRATICOU O ATO 01/05/2010, A ADMINISTRAÇÃO PODE

NO DIA
ANULAR ESSE ATO ATÉ O DIA 01/05/2015, PASSADO ESSE PRAZO ELA NÃO
PODE MAIS ANULAR. SALVO, SE FOR COMPROVADA MÁ-FÉ DE QUEM
PRATICOU O ATO.

88
 PROFESSOR, COMO ASSIM MÁ-FÉ? SIMPLES, MEUS ALUNOS, CASO AQUELE
QUE PRATICOU O ATO AGIU COM INTENÇÃO, OU SEJA, ELE TINHA CIÊNCIA QUE O ATO
ERA ILEGAL, MAS NADA FEZ PARA PROVIDENCIAR A ANULAÇÃO DESSE, ELE ATUOU DE
MÁ-FÉ. ASSIM COMO, TAMBÉM AQUELES QUE ESTÃO SE BENEFICIANDO DESSE ATO
INTENCIONALMENTE, MESMO SABENDO QUE É ILEGAL. VOU EXEMPLIFICAR PARA
MELHOR ENTENDIMENTO.

1. SERVIDOR PÚBLICO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PERNAMBUCO VERIFICOU QUE

FOI CREDITADO EM SUA REMUNERAÇÃO UMA GRATIFICAÇÃO QUE ELE NÃO TERIA
DIREITO. PORÉM, ELE NADA FEZ PARA INFORMAR A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
DESSE ERRO. NESSE CASO, ELE AGIU DE MÁ-FÉ.
2. SERVIDOR PÚBLICO DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO PERCEBEU QUE FOI
CREDITADO UMA GRATIFICAÇÃO QUE ELE NÃO TERIA DIREITO EM SUA
REMUNERAÇÃO, ELE PROCUROU O SETOR RESPONSÁVEL INFORMANDO QUE
ESTAVA INCORRETO AQUELE PAGAMENTO, MAS FOI INFORMADO QUE O
PAGAMENTO ESTAVA DEVIDAMENTE CORRETO. NESSE CASO, O AGENTE
PÚBLICO ATUOU DE BOA-FÉ.
ENTÃO, COMO FUNCIONA OS PRAZOS PARA ANULAR NESSES
DOIS CASOS? NO PRIMEIRO CASO, COMO O AGENTE PÚBLICO ATUOU COM MÁ-FÉ,
POR CONTA DISSO NÃO EXISTE PRAZO PARA ANULAR, PODE PASSAR 1, 2, 5, 10,
30 ANOS QUE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODERÁ ANULAR ESSA
GRATIFICAÇÃO. JÁ NO SEGUNDO CASO, O AGENTE PÚBLICO AGIU COM BOA-FÉ,
SENDO ASSIM O PRAZO PARA ANULAÇÃO É DE 05 ANOS, PASSADO ESSE PRAZO A
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU O PODER JUDICIÁRIO NÃO PODERÃO ANULAR ESSA
GRATIFICAÇÃO ILEGAL.

UMA DICA IMPORTANTE SOBRE OPRAZO!!! O PRAZO PARA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ANULAR SEUS ATOS É DECADENCIAL. MUITAS BANCAS
QUERENDO CONFUNDIR O CANDIDATO COLOCAM QUE O PRAZO É PRESCRICIONAL.
CUIDADO COM ESSA PEGADINHA! A LEI 9.784/99 TRAZ EXPRESSAMENTE NO SEU ART.
54 §2. “NO CASO DE EFEITOS PATRIMONIAIS CONTÍNUOS, O PRAZO DE DECADÊNCIA
CONTAR-SE-Á DA PERCEPÇÃO DO PRIMEIRO PAGAMENTO”.

ACRESCENTAMOS MAIS DUAS EXCEÇÕES AO PRAZO PARA ANULAR ATO ILEGAL, A

REGRA GERAL É O PRAZO DE 05 ANOS, MUITO, QUANDO A ANULAÇÃO ENVOLVER ATOS
QUE CONTRARIEM FLAGRANTEMENTE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CASO
SEJA VERIFICADO QUE UM ATO É NOTORIAMENTE INCONSTITUCIONAL A ANULAÇÃO, NESSE

89
CASO, PODE OCORRER A QUALQUER MOMENTO. A OUTRA EXCEÇÃO É REFERENTE
A ANULAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS PELA PREVIDÊNCIA SOCIAL, NESSE CASO, O
DIREITO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL DE ANULAR OS ATOS ADMINISTRATIVOS DE QUE
DECORRAM EFEITOS FAVORÁVEIS PARA OS SEUS BENEFICIÁRIOS DECAI EM DEZ ANOS.

EFEITOS DA ANULAÇÃO
EM REGRA, OS EFEITOS DA ANULAÇÃO SÃO EX-TUNC, OU SEJA,
RETROAGEM. UMA DICA PARA VOCÊ DIFERENCIAR EXTUNC DE EX-NUNC, É
LEMBRAR DA REGRA:

TRÁS = TUNC.

O DOUTRINADOR CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO ENSINA EM SUA OBRA

QUE NA HIPÓTESE DA ANULAÇÃO AFETAR ATOS AMPLIATIVOS DE DIREITOS,
PASSARÁ OS EFEITOS DELA SEREM EX – NUNC. “PROFESSOR SOARES, O SENHOR AGORA
APROFUNDOU FOI FUNDO A MATÉRIA”.
VAMOS DIFERENCIAR ATOS RESTRITIVOS DE ATOS AMPLIATIVOS:
ATOS AMPLIATIVOS: SÃO AQUELES QUE TRAZEM PRIVILÉGIOS AOS DESTINATÁRIOS, OU
SEJA, CONCEDEM DIREITOS. EXEMPLO: NOMEAÇÃO DE UM FUNCIONÁRIO
ATOS RESTRITIVOS: SÃO AQUELES QUE RESTRINGEM A ESFERA JURÍDICA DO DESTINATÁRIO,
DESSA FORMA, RETIRAM DIREITOS SEUS. EXEMPLO: DEMISSÃO.
DESSA FORMA, NA HIPÓTESE DE O SERVIDOR PÚBLICO INGRESSAR NOS QUADROS
DA ADMINISTRAÇÃO ATRAVÉS DE FRAUDE EM CONCURSO PÚBLICO. NESSE CASO, QUANDO
FOR DESCOBERTA A ILEGALIDADE DA NOMEAÇÃO, A ANULAÇÃO PASSARÁ A TER EFEITOS EX-
NUNC, POR CONTA DE ESTARMOS DIANTE DE UM ATO AMPLIATIVO DE DIREITOS, NESSE
SENTINDO, O SERVIDOR PÚBLICO NÃO SERÁ OBRIGADO A DEVOLVER OS VALORES DE
REMUNERAÇÃO QUE RECEBEU. MUITO CUIDADO COM ESSA INFORMAÇÃO, TENDO EM VISTA
A MÍDIA NOTICIAR SERVIDORES SENDO DEMITIDOS POR CONTA DE FRAUDES EM CONCURSOS
PÚBLICO.
PARA REFORÇAR, TRANSCREVEMOS OS ENSINAMENTOS DO RENOMADO
DOUTRINADOR CITADO ACIMA:
“NA CONFORMIDADE DESTA PERSPECTIVA, PARECE-NOS QUE EFETIVAMENTE NOS
ATOS UNILATERAIS RESTRITIVOS DA ESFERA JURÍDICA DOS ADMINISTRADOS, SE ERAM
INVÁLIDOS, TODAS AS RAZÕES CONCORREM PARA QUE SUA FULMINAÇÃO PRODUZA EFEITOS

90
EX TUNC, EXONERANDO POR INTEIRO QUEM FORA INDEVIDAMENTE AGRAVADO PELO
PODER PÚBLICO DAS CONSEQUÊNCIAS ONEROSAS. PELO CONTRÁRIO, NOS ATOS
UNILATERAIS AMPLIATIVOS DA ESFERA JURÍDICA DO ADMINISTRADO, SE ESTE NÃO
CONCORREU PARA O VÍCIO DO ATO ESTANDO DE BOA-FÉ, SUA FULMINAÇÃO SÓ DEVE
PRODUZIR EFEITOS EX NUNC, OU SEJA, DEPOIS DE PRONUNCIADA. ASSIM, SE ALGUÉM É
NOMEADO EM CONSEQUÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO INVÁLIDO, E POR ISSO VEM A SER
ANULADA A NOMEAÇÃO DELE DECORRENTE, O NOMEADO NÃO DEVERÁ RESTITUIR O QUE
PERCEBEU PELO TEMPO QUE TRABALHOU. NEM SE DIGA QUE ASSIM HÁ DE SER TÃO-SÓ POR
FORÇA DA VEDAÇÃO DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA, QUE IMPEDIRIA AO PODER PÚBLICO
SER BENEFICIÁRIO DE UM TRABALHO GRATUITO.”

QUAIS ATOS PODEM SER ANULADOS?

TANTO ATOS DISCRICIONÁRIOS COMO ATOS VINCULADOS.

OUTRO PONTO QUE DEVE SER LEMBRADO NA HORA DA PROVA:

A ANULAÇÃO DEVE SER SEMPRE MOTIVADA.

A LEI SÓ NOS TRAZ APENAS UMA HIPÓTESE EM QUE NÃO É POSSÍVEL ANULAR
(ULTRAPASSADO O PRAZO DE 05 ANOS), MAS O PROFESSOR ALEXANDRE MAZZA
APRESENTA, EM SEU LIVRO, OUTRAS SITUAÇÕES.

NÃO PODE ANULAR O ATO ADMINISTRATIVO QUANDO:

ULTRAPASSADO O PRAZO LEGAL DE 05 ANOS;
FOR MAIS CONVENIENTE PARA O INTERESSE PÚBLICO;
E A MANUTENÇÃO DO ATO NULO NO ORDENAMENTO JURÍDICO CAUSAR
MENOS PREJUÍZO DO QUE SUA ANULAÇÃO.

A PRIMEIRA SITUAÇÃO JÁ FOI EXPLICADA, AS OUTRAS DUAS SÃO BEM PARECIDAS,

É O SEGUINTE: ANULAR O ATO CAUSA MAIS PREJUÍZOS DO QUE DEIXAR ELE MESMO
ILEGAL NO ORDENAMENTO JURÍDICO. COMO A FUNÇÃO AQUI É FACILITAR O
ENTENDIMENTO VOU TRAZER UM EXEMPLO PARA MELHOR EXPLICAR. É SEMELHANTE
QUANDO UM PARENTE SEU FAZ UMA COISA ERRADA, E A TENTATIVA DE CONSERTAR ESSE
ERRO É PIOR, VAI CAUSAR MAIS CONFUSÃO, ENTÃO DEIXA A COISA ERRADA MESMO.
FAZENDO ESSA ANALOGIA, PENSE DESSA FORMA: EXISTE UM ATO ILEGAL NA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, A REGRA É QUE ELE DEVE SER ANULADO, ENTRETANTO, A SUA
ANULAÇÃO VAI CAUSAR MAIS PREJUÍZOS DO QUE A SUA PERMANÊNCIA NO
ORDENAMENTO JURÍDICO, DESSA FORMA, NÃO CONVENIENTE ANULÁ-LO.
91
REVOGAÇÃO
QUAIS ATOS PODEM SER REVOGADOS?
SOMENTE ATOS DISCRICIONÁRIOS. A REVOGAÇÃO ENVOLVE UM

CONTROLE DE MÉRITO, OU SEJA, DEVERÁ SER ANALISADO A CONVENIÊNCIA E

OPORTUNIDADE DE UM ATO ADMINISTRATIVO PARA REVOGÁ-LO OU NÃO. NESSE CASO,

APENAS OS ATOS DISCRICIONÁRIOS PERMITE QUE SEJA FEITO ESSE JUÍZO DE VALOR.

QUEM PODE REVOGAR ATOS ADMINISTRATIVOS?

SOMENTE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

O PODER JUDICIÁRIO NÃO PODE REVOGAR ATOS

ADMINISTRATIVOS PRATICADOS PELO PODER EXECUTIVO.

OUTRO PONTO QUE MERECE DESTAQUE: VOCÊS LEMBRAM QUE O PODER JUDICIÁRIO
EXERCE FUNÇÃO ADMINISTRATIVA?
92
 - “A FUNÇÃO DO JUIZ É O QUE MEU CARO ALUNO?” - “ORA PROFESSOR,
JULGAR!” ENTÃO QUANDO O JUIZ CONCEDE FÉRIAS A UM SERVIDOR PÚBLICO ELE ESTÁ
JULGANDO? CLARO QUE NÃO, ELE ESTÁ EXERCENDO DE FORMA ATÍPICA A FUNÇÃO
ADMINISTRATIVA. E NO EXERCÍCIO DESSA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA ELE PODE
REVOGAR SEUS ATOS .

CUIDADO!!!
O JUIZ ESTÁ REVOGANDO SEUS PRÓPRIOS ATOS.
NESSA LINHA DE RACIOCÍNIO SEGUE OS DIZERES DE MARCELO ALEXANDRINO E
VICENTE PAULO:
“O PODER JUDICIÁRIO JAMAIS REVOGARÁ UM ATO ADMINISTRATIVO
EDITADO PELO PODER EXECUTIVO OU PELO PODER JUDICIÁRIO. DE
FORMA MAIS AMPLA, É ACERTADO ASSEVERAR QUE O PODER
JUDICIÁRIO, NO EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO TÍPICA JURISDICIONAL,
NUNCA REVOGARÁ UM ATO ADMINISTRATIVO. POR OUTRO LADO, OS
ATOS ADMINISTRATIVOS EDITADOS PELO PRÓPRIO PODER JUDICIÁRIO,
NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS, SOMENTE PODERÃO
SER REVOGADOS POR ELE MESMO (JUDICIÁRIO)

QUAIS OS EFEITOS?
EX-NUNC , NÃO RETROAGEM.

DICA PARA MEMORIZAR: NÃO RETROAGE = NUNC

DETALHE IMPORTANTE É NO TOCANTE A DECISÃO DE REVOGAR QUE É UMA
DECISÃO DISCRICIONÁRIA, A ADMINISTRAÇÃO PODE REVOGAR, ANALISANDO A
CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE, MUITO EMBORA A DOUTRINA MENCIONA VÁRIOS

TIPOS DE ATOS ADMINISTRATIVOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS, TAIS

COMO:

1. ATOS QUE GEREM DIREITOS ADQUIRIDOS

93
 A REVOGAÇÃO RESPEITA O DIREITO ADQUIRIDO, SE O PODER PÚBLICO EDITAR
UM ATO E ESTE TROUXER A POSSIBILIDADE DE AQUISIÇÃO DE ALGUM DIREITO SUBJETIVO

PARA O PARTICULAR, ELE NÃO PODERÁ SER MAIS REVOGADO.

2. ATOS JÁ EXAURIDOS (CONSUMADOS)

SÃO ATOS QUE JÁ PRODUZIRAM SEUS EFEITOS. O ATO FOI EDITADO PARA
DETERMINADA SITUAÇÃO E ESTA JÁ PRODUZIU SEUS EFEITOS, ENTÃO NÃO TEM PORQUE
REVOGAR O ATO.

3. ATOS VINCULADOS
4. ATOS COMPLEXOS, COMO EXPLICA A PROFESSORA LICÍNIA
ROSSI: NÃO É POSSÍVEL UMA ÚNICA VONTADE MODIFICAR O QUE FOI REALIZADO POR
VÁRIAS MANIFESTAÇÕES.

5.ATOS QUE INTEGRAM UM PROCEDIMENTO, HIPÓTESE

SUSTENTADA POR MARCELO ALEXANDRINO E VICENTE PAULO: PORQUE,
SENDO O PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO UMA SUCESSÃO ORDENADA DE ATOS, A
CADA ATO PRATICADO PASSA-SE A UMA NOVA ETAPA DO PROCEDIMENTO, OCORRENDO
A PRECLUSÃO ADMINISTRATIVA RELATIVAMENTE À ETAPA ANTERIOR, OU SEJA, TORNA-
SE INCABÍVEL UMA NOVA APRECIAÇÃO DO ATO ANTERIOR QUANTO AO SEU MÉRITO.

6. ATOS ENUNCIATIVOS
SÃO ATOS QUE APENAS DECLARAM FATOS OU SITUAÇÕES, COMO CERTIDÕES,
PARECERES E ATESTADO. IMPORTANTE, ATOS ENUNCIATIVOS NÃO PODEM SER
REVOGADOS, ENTRETANTO ELES PODEM SER ANULADOS. VAMOS EXPLICAR, IMAGINE
QUE UM SERVIDOR PÚBLICO EMITA UMA CERTIDÃO FALSA PARA BENEFICIAR UM
PARENTE DELE, A ADMINISTRAÇÃO SE DESCOBRIR ESSA FALSIFICAÇÃO PODE ANULAR
ESSA CERTIDÃO.

NÃO OCORRE REPRISTINAÇÃO TÁCITA NA REVOGAÇÃO DE ATOS

ADMINISTRATIVOS. REPRISTINAÇÃO SIGNIFICA O REESTABELECIMENTO DE UMA
CONDIÇÃO ANTERIOR. NESSE CASO, IMAGINE QUE UM ATO “N” REVOGUE O ATO “S”
E O ATO “O” REVOGUE O ATO “N”. DIANTE DESSA SITUAÇÃO, EM QUE “S” FOI
REVOGADO POR “N” E LOGO DEPOIS “O” REVOGOU “N”, O ATO “S” VOLTARIA,
AUTOMATICAMENTE, A PRODUZIR EFEITOS?

94
 A REPOSTA É NÃO, O ATO “S” NÃO RETORNA AO ORDENAMENTO JURÍDICO
AUTOMATICAMENTE, APENAS PODE OCORRER CASO A ADMINISTRAÇÃO
EXPRESSAMENTE DECLARAR NO ATO DE REVOGAÇÃO.

95
96
CONVALIDAÇÃO:
EFEITOS?
OS EFEITOS SÃO EX-TUNC (RETROAGEM)

QUAIS ATOS PODEM SER CONVALIDADOS?

ATOS DISCRICIONÁRIOS E ATOS VINCULADOS

QUEM PODE CONVALIDAR?

SOMENTE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

QUAL A NATUREZA JURÍDICA DE DECISÃO?

DECISÃO DISCRICIONÁRIA

SEGUNDO A DOUTRINADORA DI PIETRO, O ADMINISTRADO TAMBÉM PODE

CONVALIDAR O ATO ADMINISTRATIVO, NA HIPÓTESE DE SER NECESSÁRIO A APRESENTAÇÃO
DE DOCUMENTOS EM ALGUMA FASE DO PROCESSO E O ADMINISTRADO NÃO ENTREGA.
NESSA SITUAÇÃO, EM OUTRAS FASES DO PROCESSO PODERÁ SER CONVALIDADO ESSE ATO
ATRAVÉS DA ENTREGA, PELO ADMINISTRADO, DOS DOCUMENTOS.

97
 6.3 DIFERENÇA ENTRE RECURSO COM
EFEITO SUSPENSIVO E EFEITO
DEVOLUTIVO

COMO REGRA GERAL, OS RECURSOS NO PROCESSO

ADMINISTRATIVO NÃO TERÃO EFEITOS SUSPENSIVOS. NO ENTANTO, DE
MODO EXCEPCIONAL, A AUTORIDADE RESPONSÁVEL PELO RECURSO OU
SEU SUPERIOR PODERÁ DAR EFEITO SUSPENSIVO.

- “PROFESSOR, MAS O QUE É ESSE EFEITO SUSPENSIVO?”

OS RECURSOS, MEUS ALUNOS, PODEM TER EFEITOS SUSPENSIVOS OU

DEVOLUTIVOS. O PRIMEIRO SUSPENDE A EFICÁCIA DA DECISÃO ATÉ QUE SEJA DECIDIDO O
RECURSO, POR EXEMPLO, NA DECISÃO FICOU DECIDIDO QUE O SERVIDOR SERIA DEMITIDO E
ELE INTERPÔS UM RECURSO COM EFEITO SUSPENSIVO, NESSE CASO, A DECISÃO DA DEMISSÃO
FICARÁ SUSPENSA E SOMENTE PRODUZIRÁ EFEITOS APÓS A DECISÃO DO RECURSO. POIS,

98
COM A INTERPOSIÇÃO DO RECURSO ESSA DECISÃO PODE SER MODIFICADA. JÁ O RECURSO
COM EFEITO DEVOLUTIVO APENAS DEVOLVE A MATÉRIA PARA SER ANALISADA NOVAMENTE,
MAS NÃO SUSPENDE A SUA EFICÁCIA. NO EXEMPLO ACIMA, CASO O RECURSO SEJA
DEVOLUTIVO, O SERVIDOR SERÁ DEMITIDO, POIS O RECURSO NÃO SUSPENDE A EFICÁCIA DA
DECISÃO. NO FINAL DO RECURSO ELE PODERÁ TER INVALIDADA A SUA DEMISSÃO OU
PERMANECER A PUNIÇÃO.

99
7. GABARITO E COMENTÁRIOS

O INTUITO DAS QUESTÕES DE FIXAÇÃO É MOSTRAR COMO O ASSUNTO É COBRADO

EM PROVAS E REFORÇAR A MEMORIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS. POR CONTA DISSO,
RESOLVEMOS COMENTAR DE UMA FORMA DIFERENTE. NÃO IREMOS TRAZER O
COMENTÁRIO JÁ PRONTO, VAMOS IDENTIFICAR O DISPOSITIVO DA LEI QUE SE REFERE CADA
ITEM DA QUESTÃO, PARA VOCÊ FAZER A LEITURA DO TEXTO LEGAL.

1. ITEM C.
A – ART. 3º, INCISO III
B – ART. 3º, INCISO IV
C – ART. 3º, INCISO II
D – ART. 3º, INCISO II
E – ART. 3º, INCISO III
2. CERTO. ART. 1º, §2º
3. CERTO. ART. 1º, §1º
4. ITEM E. ART. 66 E ART. 67
5. ITEM D – ART. 69 - A
6. ITEM E.
A – ART. 9º, INCISO IV
B – ART. 9º, INCISO I
C – ART. 9º, INCISO I
D – ART. 9º, INCISO II
E – ART. 9º, INCISO III
7. ITEM D – ART. 51
8. ITEM E. ART. 18 E ART. 20
9. ITEM C
A – ART. 26, §4º
B – ART. 26, §3º
C – ART. 27
D – ART. 26, §5º
E – ART. 26, §2º
10. ITEM D – ART. 21, PARÁGRAFO ÚNICO.
11. ITEM B – ART. 26, §4º
12. ITEM A – ART. 13
13. ITEM B – ART. 31, §1º E §2º
14. ITEM E – ART. 42
15. ERRADO – ART. 49
16. ITEM B – ART. 68

100
17. ITEM E – ART. 50
18. ITEM C
A – ART. 56
B - ART. 57
C - ART. 58
D – ART. 61, PARÁGRAFO ÚNICO
E – ART. 63, §2º
19. CERTO - ART. 53
20. ITEM C – ART. 54

101
BIBLIOGRAFIA

FAGUNDES, M. Seabra. O controle dos atos administrativos pelo Poder Judiciário. São
Paulo: Saraiva, 1984

REALE, Miguel. Revogação e Anulamento do ato administrativo. Rio de Janeiro. Forense.

1980

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo.30ª Edição Rio de Janeiro. Forense. 2017

MELLO, Celso Antônio Bandeira. Curso de Direito Administrativo. São Paulo. Malheiros. 2009

ROSSI, Licínia. Manual de Direito Administrativo.3ª edição São Paulo. Saraiva. 2017

PAULO, Vicente & ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Administrativo Descomplicado, 24ª edição,
Rio de Janeiro, Forense, 2016

MAZZA, Alexandre. Manual Direito Administrativo. 4ª edição, São Paulo, Saraiva, 2014

MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo. 6ª edição, Niterói, Impetus, 2014

CARVALHO FILHO. José dos Santos. Manual Direito Administrativo. 24ª edição, Rio de Janeiro,
Lumen Juris, 2011

MEIRELLES. Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32ª edição, São Paulo, Malheiros,
2006.

BORGES, Cyonil & SÁ Adriael. Direito Administrativo Facilitado. São Paulo, Forense, 2015

102