Você está na página 1de 138

j ,r t,

,', :: ,......'- .|: .:


' ..

I
.1 MINERALOGIA,DO DIAMANTE :,DA
:i ì.::i

ti
I
ALTO ARAGUAIA
t1 .t

't'...

I
:l
DARCy PËDRO svtsÊRo
I

MINERALOGIA DO DIAMANTE DA REG¡NO OO


ALTO ARAGUAIA

DEDALUS-Acervo-lGC

r |l]lt iltil ilil iltil ilil ilil ltil ilil ]il iltilltil flil il]
30900005719
.l--*o
ç.r .:.t .\
,. ,, nr'"\
,':'
, -. ¡\
, r'. i '" 1.'[
r l, \' r rt
('r)þi ,'i
,l

i :;
'.'.
'', Ì,
\',.''
,/
*. iri:
. . -'- '.' lEsE DE ooÚront¡¡enro apREsENTADA ao
INSTITUTO oE GEocIÊNcIAs E ASTRoNoMIA
DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

ìtr

r1

SAO PAULO
i
1g't 1

\
fNDt ÇÉ
Pãgi na

I. INTRODUçÃO
1

A- Estuclos prévios 3

B. Irspectos geogräfi cos e geolõqiccs


4
da ãrea

il- MËTOD()LOGI I,
l0
l\ - Ar¡ostragent t0
B - 14odi das cle Põso csPecif ico l3
C - t,îicroscoPia 6Ptìca l4
D - 14i cþoscofri a el etrõn'i ca l6
E - Ðjfração de raios X 20

1. t4Ëtodo de Deb.Yc'Scherner 20

2- do Lauo
1,1õtodo ?1
22
3" M6todo de Processão
F- Í;iguras de Ccrrosão 22
aA
G- Espoctroscopì a no ì nfravermel ho

1I I . PR()PIII ID¿.DES (;ERAIS DO DIAIlANTI DO

ÂLT(] ARAûUAI A 27

A - Propt^iedades norfol6gicas 27

I - Fornras cri stal oç1rãf ì cas c

hãbi t(,s 2.7

2 - Gomi nados c formas ì rrcguì arcs 33

3 * Ëreqtlôncia clos tipos mLrrfolõgìcos 37

4 - Ori gem das fontttts çurvas 38

5 ' [struturas de suPorficìc 45

B - I usões
ncl 57

I - Olìvina 60
I
1,
Z - DiâmantL' 68

3 ; Granada 70
I
4 - Inclusões ncgras c outras 73

\
l

\
Pãgi na
c- Ëspcctrcs i nf ravcrrnel hcs 7B

I - Class'i flceção bas0êda no com


portelnìQnto ãs r.rdi açõos Inf ra
78
vcrmcl has
?- Frtlq[lônqi a dcs ti þos r]spectrc
¡-. 87
{]rallCoS
0- Pr,-'prì edadcs õPti cas 9l
t - Côr 9l
o?
2- Bi rrefrl a anõmal a
ngônci
3- Ftuorescôncia e fosfonescônçl ä 95
97
E" Elernentos traços
oo
F'- Pôso espocTf ì co
103
IV c0NSI0ËRAç0ES S0llRE A CENESE DO DIAl,JANTE
A - Ki mber'l i tos - aspectos gec l6gì cos e
103
r¡lneralögìcos
'I
ti - 0 dl anìante do Al to Araguaì a 09

AGRADECIIIENTOS
ll6
117
VI - BIBLIOGRAFIA

.'!
i

i
TNTII ÇE DAS l LUSTRAçOIS

Pãg ì na
I - fndj çe das f otorni cror¡ral'i as :
1. Triçono ti ro P 47

2. Tríç¡onos obtl dos por corrpsão conl Ki'10? 4B

3, ûçüraus em (1'l 0) 50

4. Cqlìnas errr (ll0) 53

5. l,li cro-di scos om (1ì0) 54

6, tstrutura ern r6de 56

7. Inclusão de olivjna i di omorfa 6l


I, Idem 6?
f.incl usão de ollvina birr"ef rjngcnto 63

10,0ìivina Çnnl faèes vicinajs tJ ¿i

1 1 . Frôtura erm cri s tal rle 0l i v ì na


11 r.

12. ûrupo de olivinns ot¡ientÂdas 6'l


'I3. Inclusão ntaÇro¡c6nica cle dlamântq 69

141 Inclrtiç çrquldìrnonsional do gr¿irìada 71

15, Incl usão neg ra ¡ 1 acoì de 7tt

i6, Aglomçl'nclo tlo inclusõos nugras 75


.l7. Birre f rinç16ncì(r ¿rn6mêìla no rl iarnånt0 9tt

I I - Tncli co das tni crogrofias el etrôni cas

I, lrì uono tl p0 |.
4,7

2, Trígono i n çomp 1e to 49

3. Depressões quaclrãtiÇaq ém (100) 50


11.. Derlraus unif orr'ras em (110) 5l
5. Saliðncias irregularos 52

6, Saliâncias elfPtlcas 53

7. ili cro-rJì scos s6bre c!egraus 55


II I - f ncii ce do's tabcl âs P6gi na

I. Col unð. cstr¿ìt j grãfi ca rcgi onal 7

2. Amostr4¡em clos cristais rje Cianante 1?

3. Frcqtlôncja rlas varirldades morfol6gicas 37


4. Val ôrçs cle c1, cic ì ncl usão c'c ol i vf ne 6B
g, lncli ce cjg ref ração clc i nçl usõe:s clo Sranacla 7?
6. Valônes rjo rl, ,.le ìnclusão cle oranaCn 72

I 7. Mincrais constituintes cloS kimb+:rlitos


siburinnos 77

B. Classiflcação clo cjiamante nos tinos I o Il 78


9. Iclcm nos tiPos Iô c Iil 79

10. Freqtlônçi n dos ti ¡ros csnectrogrãfi cos B7

ll. ili stri Lrui ção <10 Îl e C na 1ì tosfcra 9r


t2. Freqüôncia ca cðr no Âlto Ar.tguaia 93
13. Côr clc f l ur,re s clnci ¡r 91
90
'I
4. Elementos trôços
I5, Çc;rrcl açãcr entl'o o cli amante do Al to
l.raguala e Trlãngul,., ilincìro il2

IV - Tncli ce <las f irjuras

I . Local ì zeção cra baci a hì clroc;rãf i ca Co

Âl t0 Ár¿ìguaì ¿)
5

2. Ìvi¿fra gnurl6gìco Lia ãrela c!r; Alto liraguoia 6

3, Mapa ger-,.Jrãf i co co lil to Ara0uai a f)

4. Relação entro pô$!) espçcTfìco c ínrriÇc


' !e.: rcfr¿t-:Fo t4
'I
5. 0ispositivit para lrnr--rsão ¿r¡5 sspãclmcs 6

6. Pre p,rr,1ção do rõpl ì ca nogeti va 19

7. Isn,-.ctro I,V. c'c: r'iamante IIo 20


B. Unirr a.los (lcl cnerllì I usar.las c itl
esìlQctrosc ¡r'i a clo I,V.
9. llãþi tc ,¡cta6clr'i co 2B
.l0. I tlem 2B

I
IV - fndi cc tias f i gurc-rs Pãgina

I l. Hãbi to rornbociocleca6rìr'i ço 29

12. Idem ?9

13. Ir.1em
14. icle m 30

15. Hãbi to taLrul ¿r 3l


16. Idem 3l
17. Hãþitc fusiforme 32

I B, Hãbi to hçxatetraõclri co 32

I9. to tri octaõrlri co


Hãþi ,t¿

20. to cúbi co-Pì rami clac.lo


Hãbi 32

21. Hãbi to hqxaoctaðclri co 33

22. Gemj naclo lci clc, espin6lio 33

23¡ Di ðgrôr a <Je precessão ce cristal simnl0s 311

24. Iclcm c!c cri stal genri nar'lt' 34


25. DuPlo genriníìCc dê cont¿1to 35

26. Gemi naclc Çc,mPt-'sto 35

27. Rombr,,cloclecac4r.r cUrvo gemi naclo 96


28. Gemì naclo múl ti pl o 36

29. Evolução morfolõçica rJc cl iômante ô

Þc1rti r t.lo octaeclro 42

30. Iclem a Partìr clo cuþo 44

3l . Campo cle estabilir!ade de alç1 unas


i nc'l usõep 76

32, Grãfì co para c!etermi nar concen(ração


cio N
33. Espectr,.., I.V.,le diamante IIe B2

34. Iciem <ie ciiamante Ia B4

35. Idem de di amanti Ib B4

36. Pi ços tle absorção I a e I b B5

37. Espoctrt, I.V1 Ce diamante Ia-lt: B6


I V - Ïndi ce das fi gurâs Pã9i na

38. Irlem de dianrante I-II B6

39, FrerttlênÇiâ dos tipos I o II nä


' IÌr11ca do Suì ()()

40. Vaìôres de pêso especifi co 10?


4l . Campo fle f orrnação do di amante na
't06
nature¿a
't07
42. ConE tì tçi ção cJo man to sunerJ or
43. Jazinento de kimberl itos t 09
44. 7\reas di amantífçra6 perifdricas a-

Bacl a do Paraná il3


RESUIiI O

Este trabalho apròsenta as pt"opriedacles norfolõgicas,


fisicas e qulmicas rjo jamante cla região do Altc Araguaìa, situa
cJ

da na borda norte da Baçia do Paranã, 0s cristâis estuclados pro


v6m dos gûr i mpos cins ri os Garças, AragUa iô, Caiap6 e seus tribu
tãri os menbres,
As dimr:nsões dos cri stai s embora vari ãvei s conben
tram-se no intervalo 2-15 mrn, l,o contrário clo que se observô no
Al to Pay'anaiba,são raros 0s achaCos Ce grande norta, 0s . fragmen
tos de cl i Vaç¡ern são abundantes n indi cando t,ransporte prolongado.
Côrca do metade dos i ndj viduos crisial inos são incojores, sendo
os demri'i s castanhos, errnarelos, verd.^s o cinZas. 0utras côres
c0mo rosa. e violeta ocorrem cxccncionaltnente.
A norfologia dcs cristais ã cor:lnle xa e variada, cê
ractori zondo-se pel cl acentuadc procìomín j o do hãbi t0 rombododeca6
dri co, grônde núnlero do gorn'Í nados cle contat0 e ausÊnci a Ce foI
mas cúbicas¿ As faces exiber.rl ¡rau varlável Ce curvatura e diver
sos padrões cle microestruturas resuìtantcs <ìa cJissolução Þrovo
cada por a5rontes oxi dantes i 0 etiì0uo p¿ìrecê 0corr0r dul^ôìntê ô
col ocação do kimf.¡erl i to, quancro o al ivl o de pressão c'l evô a tem
peràturc1 f avotÀeoe nclo a iol^rosäo. Ás nlicroestruturäs majs fro
qUentes sao dog raus , col j nas e micro-riiscos cm (l l0), Ceprcssões
triangularcs equì lãtcrres en (tll ),c clenressões quaCrãticas em
(100).
Aì guns diamantos contEn i ncl usões cri stai ìnas, sendo
as nais corTìuns olivina (forstc.rita), granada (pìropo) c o prõprìo
rlìantante. Essos ltint.rais ¿presentam-srJ Sonalmr)nt!. iclionlorf os e
ci rcunCados por anomal i as ópti cas (bì rrefrineôncia anômal a ), ovj
clenciando o ca rãte r cpigr.:nõti co desgas i ncl usõcs. Anãt ogamente
ao que ocorre nos kimberl i tos afri canos {,ì sl þeri an0s, essas in
cl usões são mi nerai s caracteristi cos rl r-. al tas prossõcs t" tompe ra
turas , sen do a olivina a variedade mai s
f roqllente r segui da
peìo di amante e granada I tssa 6 uma evi dênci a de que o dia-
mante do Al to Araguaì a provõm cle mrtri zes ul trabãsi cas (kirn-
berl fti cas ). As i ncl usões negras ( carvões ) são cxtremamente
comuns e parecem constituir defeitos r.jo retículo cristalino
(cl,ivagens internas, desìocamentos estruturais), resultandÓ
ta lvez de i mpaçtÒs sofri dos polos cristais durante as diver
sas fases de transporte.
comportamento ao i nfravermcl ho i ndi ca que a
0
maior parto doS cristais (85%) cont6m impurezas de nitrogê-
nio (tipo I), sob forma clo placas submicroscõpicas paralelas
a (i00) (tipo Ia), ou ãtomos clispersos no rcticulo cristali-
no (tipo Ib). 0s espécimes desproviclos cle nltrogônio (tipo
II) são relativamento raros (6%), senclo os demais intermediã
rios (9%) entre I e II. Al6rn do nitrog6nio, os espectros in
fravermel hos revei aratn que a lguns cli amantcs cont6m h i drogê-
nio. . A. presença clôste olemento iuntamente com o carbono e
nitrogônio, sugei"e ulna derivação a partir de sedlm.entos ricos
en matõri a orgânl ca ¡ 0s quais teri am sido i ncorporados ao
maEma kimberllti co por co rroh tes clc conVecção subcrostais.

0utras impurozas menores (elementos traços) são:


Aì, Ca, Si, Ir4g, Fe, Cu, Cr c Co. Êstes elementos são os mes
rnos encontrados nos cli amantes Cos kimberl i tos afri canos.
0bsr-lrvados sob I uz ul travi ol eta o 36% dos cri s
t,ais exi bem côrcs de fl uorescônci a, sendo as nai s comuns o
azul e vercle, e mai s raramente amarci o .o castanho. Entre as
v'ariedades fluoresccntes. ?J% são tambõm fosforcscentes, sen
do a côr mais comum o azul. flão foi observacla nenhuma rela
ção entre o comportamento I uni nescente e as demai s proprì oda
rles es tudaCas.

o pêso específico varia entro 3n500 a 3,530. As


pri nci pai s causas clessa vari ação são as impurezas de nl trogô
ni o, âs i ncl usões mi nerai s e alguns clof o itos cristalinos.
0s rcgul t¿¡.los ciosta pcsît,l isa inriicatn
cl ðranente
oue as pro¡rr,Í ciìcrdos ,,10 (jiôE¿1nt1 c!O L,¡tO Ara¡uoia são soriielhentes
ãs cias cli¿måntrs af ricarlos c sib,lrianoS, oriCinãr'i os lle nAtrizcs
ki àr í t i c s.
m lL 1 cr Llcnhur,¡ claclo foi obLido quo s uglrì s So u¡r¿ì origent
"stli ,,'e ne nis" ¡tra c materi ol c'studari0.
Ênr rc lncão i i cc,-rl i zacão ilas ^osl;ivei s cheni n6s
clisfersor¿s clos cristeisi tiuas allornativôs sc annlscntarrl : 1)
poclcrì {}star rolacicnarias ¿to lÌìagrriê t1s¡;O ljctlcretãcr:o u responsã
¿ìm
vol ron n mlrrosos f octrs vulcânicos iìróximos ,ì äre.r; u 2) Iila- r';

clas cr epjsõlli¡s nais 0ntjilos ocorriCos nc Frõ-Co*5nt*nrr, In


quaì qucr t.,es a ltrrn¿rti vas, poilt:ri am cstÐr rqcobertnc.por seCi -
montos rn,ri s rcc¡nt;¡s cu al toracras s''l¡crf i ci almonta, senc-!o que '
no cds c cle urrr¡ i rJacle pr'6-c¡rr,lbriana, hã ain.Ja a poss jbílidacle
ciestôs rnatri zcs tilren sirlo toLalmente clostl"uitlas.
-t-

I - TNTRoDUçÃo

As primeì ras ocorrênci as de di arnante no Brasi I , fo


ram reg i s tradas no i nÍci o do Sõcu 1o )(VIII¡ na anti ga Vila de
Îej uco, reg i ão pe rte nccn te atual montc ao municfplo de Di amanti
na, ilinas Gcrais. 0s trabal hos rle mineração i ni c iados l ogo a
seguir, ti veram grande i mportânci a em nossa histõria, e contri
b'uì ram para a descoberta de novos dep6sitos em outros Estados.
Sua exploração, iniciada palo trabalho manual e rudimentar nag
ãreas cle garimpo¡ não obstante o grande nümero de Cescobertas
posteriores, e a enorme importãncia tecnol6gìca que ôsse ming
ral adquÍ ri u nos ülülmos anos, conti nua sc Þrocessando nos mol
des primi ti vos Ca ga rì mp agem. Diversas tqntati vas cle mecani za
ção foranr rcal i zadas , por6m os resui tados nem sempre perm'i ti ram
sua manutençäo de sorte que a maior parte dô produçãcl , þrovõm
ai nda das penei ras e cscafanclros.
0utro âspecto característico do diamante no Brasil n

relaclonâ-se ôo tiÞo cle ocorrôncja. Este mineral õ encontnado


sõmente on al uviões, el uv iõos ou ao l ongo clos cursos C'ãgua em
cletqrninadas regiõesi A localização da sUa rocha nìatriz tal
como ocorreu em Kimberley na Ãfni ca cl0 Sul , Yakutia, na Sibéria
e em outros locais, constitui um clos grandes obietivos cla geolo
gia brasile'i ra, Aìguns cìôstes problemas Foram cliscuticJos dtl
rante o Sìin¡rõsio sôbre o manto Ëupcriorb roälizaCo no Rio dc
,Jan'ei ro outubro ¡)e 1967, ocasiäo em quc ficou rlemonstrarla a
em
jncxistôncia de cl.rclos seguros, canazos rle orientar a pcsouisa
e o ros pe cção Co di amante no Brasil.
Atuâlmente, as ãreas diamantTferas mais importantes
estão Iocalizadas nos listaclos de lnas Gerais (1'r1ânguto flinei-
14

ro e Diamantina), Irlato Grosso (Alto Araguaia, Aripuanã e afIuen


tes clo Paraguai ), Bahia (Chaparla de Diamantina) e Paranã (fiUa
gi e Jaguari ai va ). 0corrêncì as mcno res encontram'se ã sudoeste
de 0oiãs (afluentes do Araguaìa), norclesto dc São Paulo, Sul do
-2-

Piauí, I'iaranhão e Parrã, e Terri tóri os do Rio Branco, Rondônia


e Amapã.

Êste trabaì ho consti iui uma ten'tati vâ de carac


te ri zação do di amante da reg i ão drenada peto Al to Araguai a e'
sous afluentes, atrav6s do estudo das propri edades físîcas e
químicas em cri stais conveniehter'Ìente recolhidos no local.'
As propriedades norfol6sicas permitiram expli-
car aspectös relôcionados ao crescimonto cristalino' enouanto
o comportanìento ãs radi ações do i nfravermel ho, rcvel ou defei -
tos cristalinos, cuJa origem estã provãvelmente rolacionada ã
do prõprio cliamantc¡ llo interion dos cristais foram idcntjfi-
cadas i ncl usões cri stal i nas (mi nerai s dc altas p re s sões e tem-
peratura), as quaÍs poclerão funcíonar como guia na nrospecçäo
da rocha matriz. Pequenas variaçõcs Ic1 co posição cluTmica
(e lemc.ntos traços), tcllvez Sejam uma caractorlstica Uos crl s-
tais de cada área, o quc pcrmitiria uma correlação entre as
di versas ocorrônci as conheci das.
Somp no que posslvol, foram efctuadas corre la-

çõcs corn outror; I oca is da Ãf ri'ca , Yakúti n e Ucrãnl a ( Un ião


sovlêtica), Panna (lndie) e Trìãnguto liina'iro (Bra.siì)r Por
ültimo, forôm dìscutidas ,rlgumas hìp6t,eses rel,ltlvas a. origêrn
do di ämante da ärea es tudada, beh Òomo de outlAas ocorränci as
sirnilares.
-3.

A) Estudos rrrËvids

Contrãri amente ao grande nlmero de tlab¡lhos exis


tentes sôbre as reglões diamantíforas do Estado de Îi1i nas Ge
rai s , as referênci ás bi bl i ogrãfi cas do di amante do Al to Arg
guâi a são reduzi dab j Dados sôbro a geo l ogi a da região do AI to
Araguaia podctn ber encontrados em Miìward (1935), Erichsen e
Miranda (1939), Almeida (1954), Petrì e Fúlfaro (1966)' Biga-
relta (,l967)r Hasui e Almeida (.l9i0) e outros.
Frei so ( l93O ) estudou al guns a I uvl ões do Bai xo
Garças, prõximo ã confluôncia com o rio Araguaia, apresentan-
do uma descrição sumãria da morfologia dos cristais de dia-
mante e freqllõncia dos chamados I'miherais satõlitesn. Freise
notou, que os dados fornccl dos pel os sât6l i tes não eram sufi -
cientes para explicar a origem dos diamdntes na ârea. Previu
tanb6n a Þreve duração dos trabalhos de exploração, nos depõ-
sitos então florescentes.
.A1mei da ofetuou um ampl o reconheèiinento
(1954 )
geol6Ei co da ãrea s i tuada entre as ci dades de Al to Araguai a e
Cul abä, na qual Õbserva a prcscnça general i zada de di amantes
hOE terraços e äl Uviões rêcontes (monchäes ) dos t^i os que dlae!
nâm a borda noroes te cla Baci a do Paranä¡
Laohàfdôs (1959) fal rlm f"elat0 dáb <lìversas ocor-
rênci as cle d i aman tc no Brasil, no q ual aborda aspcctos gerals
da região do Alto Araguaia. Chama a atenção para a grðnde dis
tribuição em ãrea dos aluviões, quc em Mato Grosso' ocorrem'
prãticamente, em tôda a superflcie do Estado.
Rei s
(1959) focal i zando os grandes di amantes bra-
sileiros refere-se ao JalmeirJa, um cristal de 109,50 quilates'
recolhido do rio Bancleira, ofluento do Garças' e que atã hoie
continua sendo o Úni co grande exempl ar en con trado em 14a to

Grosso. E i nteres s an te observar, que as grandes gemas sempre


foram encontradas em garimnos do Triângulo itlineiro: Barbosa
-4-

(1938), Leìnz (1939), l-eonardos e Saldanha (t939)o Salclanha


(ì 94.l) o sen do raros os ¿çhados excepci gnai s pm outras ãreas '
onde os cri stai s são semp re de pequeno porte i
Abreu (.l960) faz uma sfntese dos dados existentes
s6bre as regiões diqmantlferas do Pals, classiflcando as oc0r-
16nci as cle þlato Grosso am três zonas Eeogrãfì cas: I ) Zona

Cen tro- No rte (Aì to Paraguai e afl uentes ); 2) Zon a Centro-Sul


(rios Taquqnì , Co¡irn e ,launu); 3) Zõna Centro-Leste (muni clpio$
de Parrs do Garças, Tesou ro, (ìuì rati nga, A1 to Garças e Al to
Araguaia),
Svisera (ì969) t-.'studou os microcstrutura6 presen
tes na supcrflcl e tlos cri stai I , onl exempl ar"es procedentes dos
rios Araguaia e Çarçås, atravês do rnicroscopia eletrônicn' Di
vorsos padrões de eótruturas foran descritas o oþtcnclo''se uma
sêr"ie de dqdos relat'l vós uo nl iÇro'retôvç o proçessos liflados
ao c.resçimento cr'i stal ino.

Bì Asncctos oebflrãfi cos e gr¡olõ0i cos


--_--.-.îlæ

A região {ronada pol os rì os Araguai a, Garças e


Cai apõ, e demai s afl ucntes , Ioçal i za-sq na borda norte cla b'a-
cia sedimentar r!o Parnnä (Figttrar 1), c constitui uma das paI
ües integrðntes do Pl ahnl to Central llrasileiro, 0cunn uma
ã¡ea cujos limites são dados pel0s meridionos 52o 00'a 540 001
(l,{l,Grgen.)e Þelos paråtolos l6a30r a tÛo 0oi lsut).
Do pon$o de vista geogr^ãfico, a ãrea nossuì gra!
de importãncia p0r constituir o divi6or de ãguas rlc trôs gran-
des baçias hidrogräficasr Araguaia-'tocantins, Par,rnã e Para-
guai '
A geoloEia regic¡naì es tã representada na fi gura
?, e foi uxtraîrja dq mapa gecl6gi co da Baci o do Paranã, e ì abo'
rado peìa PetroÞrãç e'm t 965. E¡contram-sÇ presqntes tôdas as
unidades l i tol6gì cas çðF¿ìcùerîsti cos da col una ostr¿tigrãfica
ll¿,O
t 2t

otÃs .l ,--

Tr-'f
t/
lt-
I

g rgo Krñ 3oo

Figura ì Local i zação da baci a hi drogrãfi ca do


Al to Arag ua i a, na borda norte da ba-
cia sedimentar do Paranã.
6-

dagrandebacìa(Tabelal)¡podendo-seobsorvarumaÇentuado
predomini o na cli s tr.i bui ção em ãrea clas rochas do carLonifero
e Devon i ano ' estas út ti mas, especi almente na di roção norto-
-noroeste. i:stas duas formações são anontadas nor vãrios au
torgs, como fontes secundãrl as dos dì ar¡lantos detríti cos dos
al uv i ões I ocaì s

Fi gura 2 I'4apa geolõgicO d.o região do Alto Araauaia


(Petrobr ãs , 1965 ) .
-7-

Unì dado cro Unidade I ì toe s


nogeo l6gi cã tratìgrãfìca - L i to 1 og ì a Ambiente

Cratãbeo
Inferior Ilbtuçatu Aren'itos Conti nenta'l

Si l ti tos,
Estrada Nova Continental
f ol heì hos
Permi ano
Folhelhos,,
Irati
cal cãreos

Permo-Carbo Areni tos,


nlfero Aquidauana Contfnental
si I ti tos

Pon td Grossa Fol hel hos


Devoniano Areni tos e
Furrias l,Ìa ri nho
cong I ome f ado s

Grani tos ,
qnaì sses, xis Geossìnc1i
Prõ-canrbri ano I rtdi v ì so tos, fìtitosl nàl
etc.

Tabel a1- Col una estrati grãfi ca regìonal

0 relêvo regional õ tTpico de reg'i ão de borda de


baci a, acompanhando a vari ação das seqtl6ncias t i tolõgicas.
Prõximo ãs nascentes do rio Araguaiô, situadas nos contrafol
-B-

tes da Serra dos Baús , temos um relôvo de 'rcuestasrr' a seme


ì hança do que ocorre em todc Gþoûáeeo da Bacia do Paranã.

Segu i ndo Ó curso d0 Af ågua'l a, em ambos os Iados


do vale, o relôvo se ¿!þresenta como serras esculpidas em
areni tos do CarbonTf ei"o, sendo exemplos as Serras de São Je
rôninro, êm l4ato Grosso e Caiaþ6 enl Goiãs¡ Em muitos locais,
como p16xirno ã cldacle de Caiapõniai ô erosão modela um relô
vo de testemunhob¡ ru'i ni formes I com aparecimento de formas
bizarras. Pröximo ao final da bacta, ó relêvo se aprèsenta
em escarpas e chapadas $ o gue 6 caracterís ti co do Devoni ano
matogrossense. b l iml te da ärea em estudo encontra as ro
chas p16-Devoni anas, naciços graníti cos e um relõvo de
"boulders".
0 sjåtema de drenagem regiónal ã do tipo dendri
ti co (Figura 3), sen do o rìo Araguai a, o Pri nci paì acl dente
geogrãfico 1oca1. A Vegetação õ constltuída predomlnantemen
te de cerrados, havendo contüdo setores de vegetação campes
tre pobre . A pt uVi os i dade é bern dcfi n i da e vari ãve ì nas duas
estações' nÒ Í È-li:ôllto (setembro a março) chove aproximadamente
quatro vôzes mals quc no verão (abri l a setembr0)r 0 sistema
de chuvas Ë o tator que mais influi na virJa dq um garlnÞ0. As
ativiclades de Þênè1rafiìGnto são quase inlnterruptas¡ por6m os
trabal hos de deÈrtrohtagcm dc l.¡r'n terraço sõ nodem ser efetuados
durante o verã0. De um modo gcral, tôdas as atividades do
gari mpo diÍînuern durante o i nvorno, i ncì u indo as atividades
comorciaìs, pois as vias de acesso geraimentc precãr'ias, são
afetadas pe las chuvas.
Figura 3 - lfapa geogrãfico contendo os prìn
ciPaìs centros de garimPo, locali
zados ao I onSo dos ri os Garças'
Araguaì a e afl uentes '
- l0-

I I - i'IITODOLOGIA

D os mËtodos de i nves ti gação foram emp reg a-


ive rs
dos na obtenção de dados experìmentaì s referentes ãs proprìe
dacles fîs i cas e químl cas do di amante , o i rlenti fi cação das fa
sos consti tu itìtes das assocl ações a l uvi on ares. Cons i derando
que, al guns dõsses mãt,odos são pouco divulgados na I i teratura
mi neral6gì ca (mf croscopi a eì etrõni ca espectroscopi a de i nfra
'
vermelho, m6todo de Gandol fi ), e que, mesmo pa ra os m6todos
tradìcionais diversas variantes cie uso tiveram que st':r intro
duzi daS para eStudo clo cli amante, serão rl.rrlas Cescrl ções sumã
ri as rlos tli vsrsos mðtoclos empregados.

ì
A .*zeAmo s traoem

A amostragem clos cri stai s de cli amante para estu-


do cle 1a¡oratdi^lo foi concluzicla sob r.liversas form¿s. 0s dia
mantes foram clbtl rlos nas ci Cacles e vi I as pr6limas dos garim-
pos ! ou quando þossível clì retamente nos I ocaj s de exploração'
Embora cìeseiäve1 I Ë quase impossîvei c0ntar'apenas com cri s'
tais obtirlos diretamcnte no garimpo, porquo¡ cle um I aclo o ga
ri mpeìro nem sempre Vende imediâtamente o cliamcrnte, e de ou-
tro, a sua proclução indJvl(lual 6 muìto perìuona¡ llcssas con-
dições t ivemos que recorrer aos fornececlores, quc geralmente
possuem materi al em estoque I o que nos permi ti u uma amostra-
gem signìflcatìvô clentro rlos objetivos. de pesquisa.
No mapa geogrãfi co cla figura 3, estão esquematl -
zaclos os rios cliamantîferos integrantes da chamada Bacia do
Al to Araguaì a, entre os quai s se destacam o Ar.rguai a e Garças '
os mai s ri cos em zonas cle garimpos. Estão assinalados no ma
pa, as princìpais clclar.les que çomorÇiam corn Ciamante' senrlo
Barra do Garças, 0 Pri nci pal e ntre po s to regì onaì . De um modo
_t t -

geral embo ra exi stam trabat hos de garinrpagem no I ado de Goiãs


'
nas proximidades das cidades de Caiapónia, Baìiza e I'iineiros
'
a. produção e o com6rcio são mai ores no I ado nìatogrossense '
A pri nciamostragem foi reai i zada ao I ongo do
pai
rio Araguaì a, no trecho Al to Araguai a * Barrê do Garças; com 0
obj eti vo de verl fi car possÍvei s varì ações na di stri bui çäo e
propri edades dos cri stai s. Foràm amostrados al guns pequen0s
garìmpos do rì0, situados 20 km acìma de Alto Araguaìar A fre
q{lênci a de cri stai s aumenta mui to êh dì reção ãs ci dades de To
ri xorãu e Bal i za, onde são i ntensos os tÌ'abal hos de expl oração '
cspecialmente no leito do rio, atl^avõs de escafandros'
As atividadcs de desmontagem e penei ramento dos
cas cal hos são mai s inteirsa$ prdximo ã Barra do Garças,
e se
realizam em maìor ou mehol. escala,e,x todos cursos de ãgua pri
ximo ã cidade. tsta amostragem slstemãtlca inclu'i u a coletà
penei -
cìe aproxi nädamen te 200 kg de cas ca ì hos proveni entes das
ras dos gärimpei ros ¡ com a finalidade de i denti fi car as espe-
cies nincráis lsatätites) constituintes dos aluviões' e suas
pos siveì s re I açõe s com a ori gem do di amante '

A 0mostragem ìevada a efei t0 com materi al de for


neôed0res ìocaisr permitiu uma seleção rfgorosa dos cristaisr
atendendo våÊi abões de côr, hãb'i tos , geml nações e rlìmensões '
Foram adqui.ldob ur total do 250 Cfistaìs'rtlþo ìndustriâlrr'
I

têrmo apl i cadO ä dJ ôhìahtes þortadores do defei tos c0mb f¡atu-


ras, caviclades superficiajs, 'inclusões, etc' ' e distrìbuidos
conforme tabe I a 2.
-'t2-

Procedênci a NQ de exempl ares

Rìo Araguai a
Barra do Garças 94
' To ri xorãu-Bal i za 40
.Ponte Brðnca o

Ê
Aragua inha
Al to Araguai a l5

Rìo das Gal"ças


Al to
Garças 25
Tesouro 10
- Batovi l0

Ri o Caì apõ
Cai apôn la 27
Piranhas B

Bom Jardim de Goiãs 5

Tcrbela 2 - cri stal s dê di amôñte , reall


Amostragerrt dos
zada ha reEiäo dä båcia do Alto Araguaia'

äres àpl"esentem grande vårl a0ãô


Emboþa Ós exerrpì
nas dìmensões, a maior Par^te s ì tua-se no interval o de 0,1 a
.l,5 quilates, ou 20"30Ü nì$. Urn dos brit6rios adotados nô
amostiabem¡ fOl COletäf materì al apenas en rlô$ ¡rel"tenueñÙe$
ä ¡acia hidrogråfìca do rio Araguaia'. com o obietivo de obter
uma caracteri zação da ãrea, pðra efe i to de correl ações futu-
ras com'out,ras. ocorrências similares.
Durante a formação do ì ote desti nado ô estudos
de I aborat6ri o, foi pos sível exami nar una grande quanti dade
de cri stai s pertencentes aos fornecedores. t'lestas condi ções '
as observações relativas aos hãbitos e côr macrosc6picô¡ €s'
tão baseadas num total de 500 exemp I ares.
-t3-

B) ¡4edidas dc pôso esrrecíf ico

A pequena di mensão dos cri stûi s estudados (0'l


a 1,0 quilate), impediu a a¡tlicaçäo dos m6toclos convencionais
de dete¡minação do pôso espec{flco (balanças ¡ þlcrtômctros)'
Esta timitação foi contornada pelo m6todo de Jåhns (1939)' em
pregado no presdnte trabal ho. Anteri ormente, Tr'lrskiy ( 1967 )
i ntroduzi ra algrJmas modi fi cações no mõtodo ao es tuda r mi nerai s
pesados de tliveÈsos I'piacors'r rllamantTferos dà plataforma sibg
riana.
0 mãt'odo de Jahns baseia-se no fato que' a rela
ção entro o pôso específico e o írtdice de rofração de uma subs
tância líqt¡lda õ urna função lìnear (Figura 4)l Nestas conrlì'
ções, o päs0 de uma substância sõlida qualquer, õ determinâdo
i nd i retalnen{e , equi I i branclo-se un fragmento ftà sol ução, cuJ o
ínciice de refração se porle meclìr atravõs de Um refr¡atômetro:
ileste traÙaì ho, onprogou-se um refratômetro dc Abbe, o qual
pel^mi to leituras no intervalo 1,300 a 1,700, com uma preclsão
de + 0,0005. A segulr"¡ pol meÍo rlo grãfico 10, ctctermina-se
o pãso específico da soiução, e conseqüenteÍicnte, do fragmen-
to em eqtlì líbrjo.
melo rle imersä0, êmpregaise gel^almente so'
'' Cono
1ução de Clerlcii, que a 1õm de possul r uma dens i dade ba s tan te
variävêì (3¡50.4,60)¡ a¡lresenta a grattdê Vantageh do ser solú
vel em ãgua enr tôdas proporções ã temperaturas ambientes. Cg
mo conseqtlência, os cliversos eqüìlÍbrìos são obtÍclos fãcilmen
te, pel a i ntroclução de ãgua no sj stema'. Para el imi nar err0s
experimentais, rloi s cuidados são necessãrios: I ) ao se cliluir
a sol ução, efetuar um'pequeno aquecimento rlo coniunto para
homogenè'ização; 2) realizar os clivcrsos eq0ilibrios ã uma tqm
neratura constante (25o C), a fim de evÍtar correções trabalhg
ses.
o
r<
()
ü
l!
t¡J
Ér,otz

Êìguì^a 4 Gräfl co mostrando a rel ação entre o pôso


espebtfico o o indice de refraçdo, de so
luçdes de Cl eri ci i com dlforentes conce[
tnaçöes, (t'lodìficådo Ue Jahns, 1939).

cì Mi cros coPi a óPti ca

croscopi a 6ptì ca cons ti tui u o m6todo Preli-


A mi
minar cle investigaçã0, tendo sì11o empregaCo cle forma genoraìi
zaela durante as observações inìciais cl'e amos tragem ' estudo
moI

fol6gi co e preparação clas amostras para apl i cação r'te outros mã


tocios. Inìciaìmente foram def inlrlas as proprierlacles morfolõgi
cas, lnìciando-so pela rleterminação clas formas cristalogrãfi-
cas, definição clos hãbìtos e tipos 11e geminações' atravõs rlo
-15-

exame individual clos ct'istais ã lupa bìnocular' 0 aspect0


abaulado cla superfTcie clo diamante, inperlìu as medidas 9onìo-
m6tri cas, sal vo quanco al guns cri stai s, on de pì anos
(1ì1) (fa
ces ou pl anos cle clìvagem), e ma is raramente (tl0) e
(100)'
possibiIitaram al gurnas refl exões.
0 microscópi o po1 ari zacìc r ( S tanda rd Uni versal
Zeiss) foi uti l i zado especialmênte para observações no I nte-
rior do di amante, no cstu':1o de rlefei tos estruturai s e i nçl u-
sões presentes. Foì um dos ìnstrumentos uti I i zados na deter'
sua birre
ni nação da natureza das i ncl usões, l evando em conta
fri rigônci a ,forma gcomõtri ca, íncìi co Ce refração e ori cntação
no cristal hosPe(leirc.
Al guns aspectos pecul ì ares do di amante cÖho cer
to grau clc arreclondamento <los inclivícìuos' baixo valor do ängu
lo criti co cle refl exão total ( 240 30i¡ responsävel por efeltos
õpticos secundãrios, clificultaram as obsorvações intnrnas'
0

primeiro problema foi contornaco corfl a abertura de superflcies


planas no cristal i as quais al6m Ce ressaìtar rretalhcs inter-
nos, foram ðþroVei taclas postorì ormente em experì ônci as dc co¡
rosão artificiåì, þ¿ìra obtenção c'le microostruturas rle superfT
cie. 0 problerfla þolativo ôo clevado Tndice de refração do Cia
mante ( = 2 t42) ¡ foi solucionaclo pelo uso de di spos i tivo
i lustrado ^ rla figurâ 5, o qual permitìu cbsorvar o cristal êrì
um mcio lÍquico rrrciuzinCo clessa forma os ofeìtos
r'1e refÌexão

tota l ¡
como os I íqui rlos cle al to inCi co de rcfração apre
sentan os i nconveni ontes clo serem col o'ri Cos e se clecomporem fã
ciìmente, empregou-se nuiol, que enbora tendo um indìce relati
vírrÍcnte baixo, ( n = 1,45), rocluz consìderãvelmonte os cfeitos
6pticos secuntlãrios' com a vantagr?m 11o ser incôlor o de fäcil
aquisição. Â mi croscopi a 6pt i ca pcr luz ref I eti d¿ì mostrou-se
exùremamente aclequacla, no examP rle al gumas mi croes truturas na
turais e artificìais, tenclo siclo usaCa en combinação com a luz
transmiticla.
-16-

ú
M

Fi gura 5 Di spos i ti vo us ado para submengi r os cristais


dc dianantcr durantQ o examc ao microsc6pio'

g+
D) ta,i
ç,ro:coPi a e,l qtlôn,i

fì cì eltrôni cô cÔns t'Í tui tõcni ca podc


mj cros copi a
rosô no estudo morfol6gì co rjas substâncias orgânì cas e i nor,:lâ
nì Ças, en vi rtuc!c dr possì l¡i I i tar uma vi suel ì zação das estrutu
ras no i nterval c de l - I0C rnu . llo pro$entc tr¿bal ho, scu 0l'rì'
prêgo pcrmì ti u uti, ostudo dos detal hes d¿ls ni crocstruturas prc-
sentes nû sup0rfîçie clos çrìstais clo dianênte, ns ouais parc-
cem representar, t)s tes!r:munhos de ur¡a soc¡tlônci a dc Procassos
çi*iç9"quírrliços, responsãveis pela sua rlorîololia cxterna'
_17 -

Para el aboração da parte experimental, foi usado o microscõ-


pio eletrônico Siemens Elmiskopia IA, do Centro de Microsco'
pia Eletrônica da universidade cle são Paulo (svisero, 1969).
0 mi crosc6pio el etrõni co di fere do mi croscõpì o
óptico convencional em trôs aspectos fundamentals: a) no mi
croscõpio elctrônicon a fonte de ituminação Ë formada por
electrons accleradOs a potonciais de 50 a 100 kV, Com um coÍì
primento cle onda variãvel entre l-l0xl0-l0 t* (t00'000 vôzes
menor que o da luz vi sível ), o clue t eva ã possibilidade teóri
-
ca de ultrapassar o poder de resolução do microscõnio õptico'¡
t.) no microscõpio eletrônico, a coluna constituída pelo cg
nhão eletrônico, sistema de lentcs magnEticas, câmara dc espð
cime e cãmdra fotogrãfica, estã rou ptut'eo da or¿em de i0-4
a l0-5 mm de Hg¡ I'to microsc6pio õptico, esp6cìme c lentes fi
cam em contôto di retcì com o ar, d'i spansando qual qucr
proteção:
c) embora a i magem produzi da pel o microscõpio eletrônico seJa
geomõtriçômente semelhante ãqueta produzida pelo microsc6pio
6pti cò, e1a possui qual ì dades dì ferentes e depende cle fenõme
nos cle dìspersão do feixe e'l ctrônico incirlente (Hall, 19.66).
Ctl j dado cspeci al deve ser reservado ã
preparação
das anostras, cui ôs característi cas i nfl uem no poder de ros o-
'I
ução do aparôtho e na qrjalidade das mìcrografias oletrônicas
(Zusnrann,.l9î:7)t Þara elaboraçäo do prosonÙe trabalho, f0Éam
preparadas rõplicas negativas (Bartoshìnskii et a1' ' 1967)'
obtidas com zapon e sombreaclas com platina ã ãngulos variãveis '
dependendo da topografi a superfì ci al '
0 pli mei ro pas so na obtenção de una r6plica ne'
gati va, 6 a mol dagem da superfíci e a ser examÍ nada " da qual de
vefl ser prðviamente removidas, as impurezas presentQs nos in-
lerstícios clo relêvo' em cavidarles ou sotõres de clivagem' As
impurezas geralmente são argilas (caolinita, haloisita)' 6xi-
dos e hi clrõxi rjos amorf os na f orna r.te g'l omõrul os e f.ragmentos
dc quartzo e cal ced6ni a. Para sua remoção , os cristais foram
-l8-
'I
avados em solução rle HCI l:l ¡ e posteriormentL.'' aquecidos
em HF concen trado.
Em segu i cla , com auxíl i o dc una I upa bi nocul är '
feram convenientemeÍìte orientádos, e montarlos em ciìindros de
borracha a fim rle so obter uma fj xação perfe i ta. Ap6s essa
operação, foram lavôdos enl acetona e ãlcool ' ostando finalmen
te, em condì ções de sercm repì i cac.los. Apesar de tôdas essas
precauções nô I impeza dos crjstais djversas rEp 1 i cas ti veram
'
que sÊr refcitas, poìs tiveram suas estruturas mascarôdas pe
ìas impurezas destacaCas pelo pìãstico na primeira moì r'lagem.
lla figura 6, estão esqucmati zadas as clu<rs primei
ras fases cle preparação rle uma 16pl i ca negati va. Sôbre a su-
perfícic â ser rcprocluzitJa, apl ica-se uma ccrta quantídade dc
um plástico (zapon), <iìssolvlrlo em um solvente volãtil, que
ap6s secagern poclo ser dostacarlo mecâni canìentG Co esp6cime (Fi
gura 6a). A remoção dcr pelfcula c!e plãstico Co cristal (mol-
cle), constituiu it fase mals del icaca co trabalho, tenclo se roa
llzarJo sob lupa binocular. Nesta oncraçãou qualqucr deforma-
ção da pe1ícula cc plãsticc, pcrle inutlìi¿ar a 16plica. Apõs
sua remr.:ção" as clolgaclas pelfculas são fixaCas em lâminas Ce
viCro, c conrluzlCas ao cvanoiacor rle ,ll to v6cuo (10-a a l0-þ
mm rJe Hg) r¡ara sómbreåhcnto Nctãìico. Utilìzou-se platina co
mo nìetal soribreclrlol^r cvàþorhhrln.sc l2 mg ,.Je tïetal, a ängul os
cle 30o e 45o para obtenção rja terccira dimensão (Figura 6b).
Foram rcalizaclas ev anor açõo s om uma Ci reção, em duas Cîreções
opostas, e om cluas dircções a ãngulos retos, clepenCendo clo mi
cro-rel ôvo. Sombrcamento em uma úni ca 'cli reção a ãngul os de
30o , fornc ceram rosul taclos mai s sati sfatõrios.

A operação seguinto' consiste em recobri r a su-


perfície metaìizacla com uma pelicula delgacla de carbono' pro
venicnte de clois e1õtroclos de grafita, fazenCo-s0 passôr p0r
ôl es , uma corrente el6tri ca. Apõs a depos ição clessa camacla Ce
-19-

(o) (b)

Fi gura 6 - Esquema de Þl"eparaçäo de tlrna rËp1i ca negati va.


Âpõs a moldagem da suPerfTcie (a)' segue-se o
sonìbreamqnto com um metal (b), para destacar o
relêvo.

çarbpno ¡ Çuo irã sust,entar a película de metal, as rãpl icas são


montadas errl te las ci rcul ares de Çoþre (diâmet,ro de 4 rnm), e colo
cadas ern sol ução de acetato de ami'l a que promovq a di ssol ução
'
do p1ãstico.
Ap6s unra dì ssol ução I enta e i senta de movimontos '
para impedir que as finEs películas de¡'metaì e carb0no sofram do
b rame ntQ s ou rompimente, a9 rõpl i ca9 es tão çm condi ções de serem

çxami nadas. A j nterpretação das mi o,'ognafi as eletrôni cos exige


çerto cui 4ado, poi 5 representam a i rnagem negati va da superff cie
orlgìnali
-20.

r ) $Jrc.s-ãq--qs- rsie-e*-[

A <li f ração de rai os X foi ada no prosente


emprç9
traþalhq com o obietivo cle resolver qs seguintes problenras: a)
determinação das inclusões cristalinôs proscntQs nos diamantes;
b) i dentì fi cação das diversas fases mi ncrai 5 cons tj tui ntts das
assocìações aluvionares; c) rccçnhecinlento de geminados, quando
as fei ções morfol õgi cas eran insuficiantos pôra sua caractoriza
ção; d) orientação dos indivíduos cristðlinos dc hãbitc¡s irrcg!l
Iaroç ç de gqminados com ¡norfol0gja cxtern¡ì complcxô. A's tõcnj
cas uti I i zadas na di f r"rção de rai os X (rnõtodo do nõ, nrõtodo do
Laue e da prece ssãc) iã f oram ampl anrente di vul gados nâ 'i ter¿ìtu
'l

ro c r. ì s t a I o q ì.ã f i Ç o , ra?ão pela r¡ual se f ar'6 q segui r r aponôs um


peq ueno rQ s umo dos seus usos o <ibietÍvos,

I ) 0 m6todo do pó

0 mðtodo do põ cu clc Debye-Schcrrer (Azarc'ff o


Buergcr, 'l 959) foi usodo na dçtcrnjnação das inclusões, e iden
ti fì cação das fqscs nrì neral s das fraçõçs pQsadas reco lhi das di
retamente nÇs gûrimpos. 0s cli agramas dc pd fornm obti dos ðtra'
vös de processo fotogräf1co, em çãmaras do Il4,59 mm de diãne-
.l,5418 ff regi
tro, empregando-se gcralmçntc racJiaçãc Cu Ko = c
mes de 35 kV e 20 mA. Ilos trabalhos cle rctino, em Quo nãã'
havia nc¡cessidado de prccisãc;" tlrnpregcu-co o modõlo modificado
por Camargo e 5visc'ro (196S), de 28,6 mm cle cJì.îmetro, o qual
apresenta çorrìo ventagem a redução consi derãvcì no tempc de tlx
posição em rçlação ã câmara dc maíor cãlibrÊ.
Para os traþalhos de icientificação, ap6s l ei tura
das reflexões, e estimàt,iva vi sual das suas i ntensi ctndes, os
espaçamentos interpl íIhcll'ê9 "d"hkl fr-,ram compararios corn os pa-
,l965).
drõcs A.S,TrM. (X-Rey Powdor File'
i'lqs casos claP f naçõos pesarlas, que ge ralrle nte
Çonstituem associações mon6tonas,com númorc reduzido c constan
-21-

te de espãci es mi nerai s , a i denti fi cação das fases presentes


foi imedi a'ba. tntretanto, o m6todo convencional acima descri -
to, aplicado ao estudo das inciusões do diamante, apresentou
resultados i n s a t i s f a t õ r i o s . Exposi ções prol ongadas e modi fi -
cações sucessivas na posição do cristaì de forma a dirigir o
'
feixe pontual de raios X na região da inc'l usão' não ìograram
produzir reflexões suficientes que perrnitissen sua caracteriza
çã4. Essa limitaçäo oferecida pela cãnara de põ convencional
õ qonseqtlência do seu prìncfpio de funcionamento' pois ô amos'
tra estã sujei ta ã apenas um movimento de rotação perpendi cuìar
nenie ã i nci dônci a dos re ios X, Levando em conta que as ì ncì u'
sões possuem dimensões menores que 0'5 mm' e que o crlstal hos-
pedei ro absorve a mai or parte da radì ação i ncl dente c â FeQu€ha
qUantic.lade de radiação difratada pela Ínciusã0, não 6 suficien-
te para reglstrar reflexões no filme,
Recentemente, 6ândolfi (t96s) dodificou o modêlo
clãssico da cãnai^a de põr introduzindo utn diúpositìvo que con-
fere ã amostrô Lm sdgunclo movlhronto côni col Ilestas ¿ondiçõe9,
o él^istat flca buieltd â tloìs movinlentos comb'l nados, e executa
dos qm tôrno de dois eixos que se cruzaln a 450, 0 resultado é
maior nümero de reflexões que satisfazem a lei de BragE. prodg
zindo no fiìme os Eìrces cûracteristicos clo diagrama de p6,
,l4,59 mm
Ëxi stem modi fi cações para os d iãmetros I
e 57,3 mm, fo.rnecendo diagramas Deþye-Scherrçr de ltlonocrlstais
com c!imensões cle atõ 50 u, Sou empr6gn cornbinado com outros
m6toclqs¡ DQfrnitiu idontif'l câr sôtisfatõriamentq, algumas das
di v¿rsas i ncl usões do di amanto.

2) l'4étodo de Laue

Este mõtodo foi usado na orientação de cristais


durante o reconhecimento das formas c r i s t a I o g r ã f i c a s em exenrpìE
res de hãbitos irregulares, na clsterminaÇão d,r simetria dos cor
tes destinacloE ag oxpeni Sncias de cQnrosão' e no reçonhçcimento
tlos ì'ndi vÍduos gemi nados , onrle nGrn semprç os âspeçtos de super-
-2?-

fície permitiram sua caracterização. 0s lauegramas foram obtf


dos em cãmara de precetsão tipo Buerger' marca Stoe' empregan-
co-se racli ação de Mo pot i crtlmãti ca o ângul o de precessão nulo
(u = oo). 0 cristal rJeve ser oriçntado cìe forrna que o plano
(face natural, superfício artificial ) cuia simetria se procura'
esteja em pos i ção pe'rpondi cu lar ao fei xe incidenter 0perando'
-se com raCiação branca sob condições rle 40kV e 20 m A, aì guns
mi nutos são sufi ci entes para obter um I auegrama.

3) o m6todo da precessao

0 m6toclo da p re ces são (Buerger, ì964)? foi apli-


cado ao estudo das i ncl usões clo di a¡nante, auxi i i ando sua ì den-
ti ft cação e compl ementanCo os clados obti dos através cla câmara
de Gôndolfì. 0s cliagramas de precessão foram obtidos com ângu
i o de precossão l=.l5o, ent condi ções mui to semel hântes aquel as
usadas para 0s lauegramas: racliação pol ìcromãtica de molibrlênio
sob 40kV e l0 m A, e exposições ern tôrno de 30 minutas.
Em qualquef fotografia de precessão, predomi nanl
as r¿f iexðes (ì1ì ) do di amante que aÞare cen segçrñdo manchas
'
intensas e alongadas, contrastando com as reflexões d6beis e
pontuals das inclusões, Esso ¡rocc'dirlorritõ revëlou Inctüsões
em alþuns crist¿i is, não ob$erVddds antêllormonte pelo exame
öptlto. Como vônta9em, ôste m6todo não exlge a destruição da
amasti'a, permitindo o squ uso em esÙrlrlos posteriores.

F) Fi guras de co rrosão

0s primeiros trabalhos de corrosão e'm diamante,


foram re_.il i zados por Luzi no fìm do sãculo passado, aquecendo
alguns cri stai s i u ntamen te com Kimberl i to pul veri zado ã I .7700C,
durante ?0 a 30 mi nqto$. Resul tados sati.sfatõri os ' entrqtânto,
forau obtidos pela prlmeira vez nas clãssiças expQriências 4e
Fersman e Çoldqchmidt (l9ll ), $uþmetonda o diamantq ã tempera"
tura de 9000 C em presença dq nì tnato de rrot6'ssip, DQsde essa
-?3-

6poca, ficou bem estabelecido, que ôs reações de dissolução s6


ocorrem quando o diamante¡ 6 aquecido em ambiente oxidante'
lllilliams (.l932) observou que mantendo um cri stal em ni trato de
potãssio a 9000 C durante duas horas, hã u¡na perda em pêso de
l/3 em re I ação ã massa inicial
. A tentativa de reproduzir em I aboratõri o ' padrões
de ostruturas de superffci es semel hantes ãs natUrai s , condUzi u a
um grande nümero de trabalhos, destacando'se os de 0mar, Pandya
e Tolansky (.l954), Tolansky (t955), Tolansky e Patel (195i) '
Frank, Puttick e l,^lilks (t958 a, b)' Tolânskv (1960)' Seaì (1965)'
Phaal (1965), Simon (1968), Patel e Patet (1969 a). Embora os
métodos utilieados por ôsSes investigadores seiam bãsicamente se
nel hántes - aquecimento da amostra om melo oxi dante, foram i ntro
duzi das cli versas modj fi caçõeS de tócni ca ¡ tvans e Sauter ( 196.| )
substituiram os oxidclntes convenc'i onais por uma mistura de cloror
h.i d rogên ì o e oxi gËni o ati vo$, vari ando a temperatu ra entre 800 a
I .4000 C. Pate l e Agarwal (.|965 ) empregararr um si stema fechado,
adicionanclo oXigËn.i o gasoso para varìar a pressão. RecenÙemente I
Patel e Patet ('l 969 b), obtiverðm excelentqs resultados, talvez
os melhores atÉ agora, aqueçendo isnìadamente q crlsta'l ã t.?000Çn
e ÇoloÇando a seguir sôbno suâ superffcie, algumas gotas de uma
sot ução concentrada de ni trato de 9õdì o.
Neste trabal ho, os exempl ares prãvi amente seleci o
nados, foram submetidos a temperaturas entre 5500 C e 7000 C' dT
rante periodos vari ãvei s <je Z â 6 horas. Empregou-se çomo agen
te oxiclante, nitrato de potãssio, nitrato de sõdio, e uma rnìs-
tura de ambos, não se reg.i stranclo entl^etanto, di ferenças sensi-
'vels nos padrões Cas estruturas obtidas¡ o merli da que essas m0'
dificações eram introCuzidas. Microestruturas caracterlsticas
de pl anos (l t foram obtì rlas em fragmentos de cl i vaEem naturai s
1 )
e artificiais, e em faces octa6dri ças n¡rturais i sentas Ce t rí-
gon os antes de serem corroicles, Estruturas de s upe rfTci e (l l0) '
foram reprocluzi das em faces naturai s rlg cri gtai s ôrredondados t
de hãbito romborlodecaõdri co, e 8m secções nonmais a (ll0) pre-
-24-

pai"adas atra{lãs de poi imento. Como as faces (t00) são raras ' e
quando presentes nos cristais são pouco desenvolvidas a corro-
'
são neste pl ano foi efetuada somente en amostra po1 i da.

Gl EsDectrosconia de raios fnfravermelhos

0 emprêgo da espectroscopìa de raios infraverme-


thos ao estudo dos mlnerais adqulriu carãter sistemãtìco nos ü1-
timos tempos, fornecendo dados sôbre a composição quÍmica e a
estrutura i nterna. 0 comportamento das substânci as é regi strado
nos espéctros i nfravermel hos , os qua i s resul tam da absorção das
f req{lônci as correspondentes aos movimentos que espontâneamente
exi stem nas particu las consti tui ntés da substãnci a. A energi a
das partf crJl as se man ifesta por movimentos de rntação (mot6cul as ) '
ou por vibração (ãtomos e oletrons) (l,lakamoto, 1970).
Du ran te o reg i s tro do esp6ctro, a freq0ênci a va-

ria contìnuamente, e a energia lransmitida'ê automãtlcamente àna


I i sada, obtendo-se um grãfi co que representa a intensi dade da
energi a transmi ti da ou absorvi da.
Como em qrJaìquer outro tipo do espectrosc0pia (ul
travioleta, Raman, ressonãncìa nuclear magn6tÍda), o pt^ocesso
consti tui o resul tado da absorção de certa quanti dade de energi a
(Meloan¡ t963)i Eâta energia absorvlda obèdèce a i"elação E = hf,
onde h ð a constante ¿e þiadci. lo,oz+ x 1d'27 erg seg)' e r a
treqlläncia da luz incidente (cps). i\a descrição do esp6ctro (Fi
gura 7), al6m do comprimento de onda, tambEm se usðt o nünero de
onda (K = l/r ), dado ur .r-l (centimetros reclprocos ou Kaisers).
. Embora as unidades mais f rcqllentes seiam o
,.r (10-4 cm) e o número cle onda (.t-l ), 6 muito comun nos traba-
thos de fisica do estado sõlido, a energia sen expressa em eìetron-
-voìts. Nestas condições, a energia pocle ser convertida em núme-
ro de onda pela rolação oV " i/8,006¡ (Figura g). A região nor-
mal cio ìnfravernrelho se estencìe do 2,5 a 15ìr (4.000 a 667 cm-l),
NúMERo ÞÉ oNDA
roÒo 000 ?od
¿ o00 I EOO
too
loo
,-'-"'ï
s ao óo

s
oôo
z.
\r 30

40
t- \'\
810
I tô
:¿
<20
Ë
',t
F. o
o
; ¿ i s e ro rr rt rl l' It
DE ONoA (,¡rl
COMPRIMENTO

Fi gura 7 rsnectros i nf raverr¡eì hos do pot i stì reno (Po)e '


usä¿o na caì ì tiração rjo esnectrofotometr0l e64
'
ü;;;;n;; iipo r Íå 1Li shtovrl crs c Dcan
' )'

to¿

lnfro.Vorm€lhó
lntl -Ve¿ ldfro -VormolhÒ
ordrlmd Alôrfodo

I i gura L A faixa do infravermelho no esnf.'ctì^O el c'tromagnõ-


ti co, e a nei ação ontre ai prilgiPais uni'Jados
JrjrprJSâCðs na cLs crl çôc dos flraf l cos .
-26-

e ê precedida pcla região 0,8 a 2,5 u(12.500 a 4'000 cm-l), de-


nominada infravermelho prõxìmo, e seguida-peIo chamado infraver
melho remoto, de l5 a 200 u (667 a 50 cnr-ì ¡' 0 comprìmento de
onda (número de onda), geralmente õ dado em função da absorbân-
cia (A), expressa pe'la relação A = log Iol1, sendo Io a lntensi
dôdedaluzincidente,elaintensidadedaluztransmitida.
At 6m da absorbânci a, outras uni dôdes Çomuns de intensidade são
a transmi tânci a (Fi gura 7 ) e o coefj ciente de abs o rção (Ff gura
32) (Dyer, .l969).
Diversas infornações poclem ser obtidas ä partir
do espãctro de um mì neral : i denti fi cação de agrurramentos funi o-
nais (carÞonatos, hidrõxidos, etc.), determinação do arranJo e
da simetria dos agrupamentos atômicos (tetra6dricos, pìramidais'
etc. ) , i denti fi cação de fases pol imorfas, determi nação de ìmpu-
rezas na rêde cristalina e outras.
Com o propõsi to de caracteri zar o comportamento
do cli amante do Al to Araguaì a , foram anal i gaclas 84 amostras no
e spectrofotôme tro Perki n tln¡er 421, do Insti tuto
Adol fo Lutz
'
adaptado para monQcristais. tsse procerlimento que substitui as
paStilhaS confeccionadas de KBr, aì6m cle nreservar as amostras
para estuclos posteriores, permite escolher a posição mais adequa
cla do crl stal em rel ação ao fei xe i nfnavermel ho '
0s espectros foram tomados na f aixa- 2,5 a 20 u
(4.000 a 500 cn-'¡,-t com uma exposição de 30 minutos paì"4 seu re
gistro conpletc. Embora o aparelho permiÙa rnaior redução de tem
pcr esta pode prejudicar o grau cle resolução clas banCas, e en al
guns çasos, eliminar pÍccs mais r!6beis (Zusrnann' 1967)'
t!a figura 7,
aìãm rlo espectro padrão de
Li ghtowl ers e Dean (1964), obtìclo em lâmlna de di amante de f aces
paraletas (2mrn)' aparece tanb6m o espõctro do polistireno, usado
como padrã0. A cal i bração 6 baseada nos p icos mai s i ntensos
dessa substânci a, podendo-se na prãti ct ' usar um entre os segui¡
.l1,04 (900 cm-l)'
tes: 3,5'l u (2.850 cm-l ), 6,24u (1.6Q0 .r-l ¡ ou u
III - PROPRITDADES GERAIS t)O DiAMANTË DO ALTO ARAGUAIA

Aì Pronri edades morfol õgi cas

Algumas descr'i ções sõbre a morf o'l ogia do diaman


te do Al to Aragua i a devenr-sè a Frei se (1930), Que visitou di ver
sos g a ri mpos prõxi mos ã confi uêncì a dos ri os Garças e Araguai a,
na 6poca, os mais florescentes do Brasil. Rcferiu-se ao hexaoc
taedro e hexatetrae,lro como formas preclomi nôntes , segui das pel o
rombododccaedro. 0s cri stal s octaãdri cos de faces pl anas foram
nencionados como formas l^ðras na região'
A ausôncìa de ncvos daclos sôbre as ocorrôncias
dessa ãrea, tai vez seia devi do ao rãpi do dec16scimo sofri do na
proouçã0, fato a1ìãs, prevlsto pelo próprio Freise' 0utra razão'
talvez fôsse a inexistônc1à de crlstais de porte avantajado, a
semel hançe daqüêt es descri tos por Lcì nz (1939), Leonardos e Sa1-
danha (.l939) e Salclanha (1941 ) n0 Tt"iãnguto 14ineiro. Como se p-o
cle observar en Reis (t959), os grancleg dlAhantes brasileirosncom
raríìs eXcoçães, forartr todos encontrA(ìOS no EStado de l'1i nas Gerai S,

I ) Formas òri stal ogrã rì cas e hãbi tos

coÍìtrastando com a sirnplicldarle da estrutura in-


terna ( B ragg e Bragg, t9l3), ô morfo I ogl a exüe rna do diamante
apresenta-Se extremamente complexa. A rna{Oi. þArte dos crist"ls
estudados apresentam grau vari ável cle cuþvatul"å nas faces n tor-
nando quase impraticãveis medidas gonÍom(tricas. Assim sendo, o
reconhecimento clas formas crì stal ogr6fi cas basçi a-se nas caracte
rísticas geom6tr.icas das faces, princìpalmente nas microestrutu-
ras superf i ci ai s.
l\ clescrì ção cìos t i pos nrorf ol6gi cos clo Al to Ara-
guaia estã apoiacla em cluas premissas fundanrentais: a) o grau de
simetria do diamente 6 holo6¿rico¡ b) as formas curvas são resul
tantes de fenômenos naturai s de di ssol ução.
-?8-

0 octâedro di sti ngue-se en tre as demai s formas I


por aprqsqntar faces i nva ri ã ve l men te pl anas, sôbre as quais se
assentatn geralmente, cJepressões triangu'lares eqtlitãteras (tri-
gonos), 0s indivîcluos cle hãbito octadcrico (Figuras 9, l0 e ll )
apresentatÍ*se freqüentenente çomþi naclos, e a a.ssoc iação mai s fre
qtlente estä esqueritatizada na figura l0'

Figura 9 - Combinação {lll} Fi gura I0 - Combi nação de { I I I )


e {1.l0}i . com {l1o} e {too},

Sôbre as clrestâs r.la octcleclì'c Cesonvol vem-se e5-


tri as em intensidacJe varìãvel, orìginando as faces (lto). Ãs
vêzes , apenas oS Vãrti ces eprosentam-si) truncados por dopressões
quaclriìãteras profunclas, devido ä dissoluçãc em (100). 0corrçm
ai nda cornl¡i nações simul tâneas dc {1.l1} com {ll0} e {100} (Fi-
gura l0), ftla figura ll temos um octaeCro sìmples, cujas facçs
apresen tam uma superpos i ção cle diversos p'lanos (1t1) ' resul tan'
do um padrão semel hante ao cbServado e¡r crescilnontos rãpÍ rìos.
Faces pqrfei tamento pl anas, g aì nrla a aus6nci e clo trisonos e
abaul amentos, i ncli cam que Ës tes ti pos estiver0m pouco suiei tos
ã dissoluçõcs.
,?9-

Flgura l1 0ctae dro nesul tan F lgura l2 - Rombododecaedro


te de crescinìento formado pelo cres
paralelo. cimento em (l ll ).

0 f ðto das 'f orÍì45 s'imples octaErlri câs serem ra'


raso näo obstànte constituirem o sõ1i¡lo clc Çnesclmento clo djaman
te, inrlica que o c!e s e n v c l v i e n t o nìoriolõgico resulta c1e modi fi c?
m

çõe s ¡rosteri ores .ì cristalização.


l, exempl Ò do cJuâ ccorre no Trl ângul o Mj nei ro
(Leite, 1969), pre tlorni nBm no hlto Anaguaìa os cristais de hãbito
rombodoCecaddri cc I Entrotâhto, nãc hã um ti po perfei tamente de'r
finiCc. 0 que se cbserva Ë tðOa uma gradação dçsde o octaedro
sirr¡les (raro) atõ o nombodoclecaedro perfeitarnente curvo.
0 reconhecirrento clas f ortras {110} não se reai iza
com a mosmê f aci 1i rlacle que a Co octaer.lro, noi s as f aces dessa fql
ma geralmente são abaul adas consti tui nrlo s upe rfic i es curvas. Re
sul imocli atamente que essas f aces não ìloSsUern símhoi.oS f i xos,
ta
Segunclo Gol dschmi Ct (t 916 ) , at gumas formas rle simbol os segurarlen
te {2.l¡} , t3??I , {33,l} ' {332} e i552} . Êaces
cleterminaclos são
(ll0) porfeitanente i n i v i clu a I i z a a s oÇorrem sõmante em cçmb i na'
cl C

ções raras com il ll ] e {100} (Figura l0) r Porém mesmo nesses ca


sos , exi bcm granCes i rregLr I arl darlÊs r
- 30-

Um terceiro paclrão i'ie face (tl0) resutta cle un¡a

ori gem "sui generi s Ù Co rombodcCe caedro (Fi gura ì2), i nternreta
cla por Varnta (ì 967 ) como responsãr'e1 por tôclas formas rombodode
ca6clri cas. sôbrc as faces (1ì1) occrre um emni ì hamento de
pì a-

nos sucessì vamentq menores , cujcs traços podem ser observados


se gunclo a cli reçãc llll l lle fatc' trate-s(] de um mecanismo pro
vãvol em alguns cristais, por6m não exclusivo nara todos' uma
vez que êstes ti pos são bastante raros.
0s doi s parlrões rombQcloCccaãclri cos mai s f reqllen-
tes estão esquemati zaclos nas fi g uras I3 e 14' '

Fi gura 13 lìomborlorle caed ro com Figura t4 - Rorrboclodecag


estrì as rli tri Sonai s. dro curvo.

I\o pr.i ¡ne'i ro caso, destaca-se um coniunto de es-


tri as di tri gonais (Va n der Veen , 1913), simõtri cas ao eixo ternã
rio. Corrqspondêm a traços Ce pl anos de crescimento, ôo l ongo
clos quais se Þrocessou a cìissolução. 0 s6lido originaì tanto
po

cteter sido um octaer.lro sìmp1es, como um rombodoclecadro semelhan


teaoclafiguraì?.0cristalclafìgura.l4anresentafacescom
pletamente curVas e isentas c1e relôvo. Prcvãvelmente exfrerimen
taram concli ções extremas de C l ssoì ução ' {iue acentuou o abaul amen
to das faces e arestas, tornanclo-os q uase esfõri cos '
-31-

As formas {ll0} e { lll]


podem-se aPresentar des -
proporcì onadas originando dl ver¡sos ti ncs cle hãbi tos. Nas fi gu-
ras l5 e i 6; temos doi s exernPl os dr: hãbi to tabul ar, comum entre
as amostras estudadas.

Y"o

F i gura i5 - 0ctaedro aÇhatado Figura l6 Rombododecaedro


segundo (ìll )' al ongado segundo
lilol

0 achatamento do crì stal da figura l5 provãvel -


mentê ocorreu duràhte o crêscimento,-devldo a um desonvolvimento
mais Acentuado das faces (ìlf) e (tii). Quänto ao lndlvTduo da
f ì gura t 6, o hãbi to tabul ar ê resi.¡1taflte cle tlj ssolÛçäo di feren-
ci al ¡ senclo öaracteristl cÒ um al on0ämënto segrlñdo ll l0 |

Flnalmente nas figuras l7 e IB, estão esquemati-


zadas as duas últimas variações cle hãbito mônifcstada pelas for-
mas {ll0}. Trata-5e dÐs hãbitos fusìforme e hexatetrû6drico
re snec t i v ane n te.
Figura i7 - Hãbito fusiforme. Fìgura lB - I'iäbi to hexatetra6
clri co.

0s tipos fusiformos apresentam superficies isen'


tas cle relôVo, semelhantes ao rombododecaerlro curvo (Figura l4)'
Exibem com ireq{tãncia superfí.is5 rJe clivagem, talvez facìlitadas
pel o a.l origamento na di reção I I r I I Quanto ôÒ hãbi to hexatetraË
drico, foi apontado por Fersmanh e Goldschmidt (l9lI ) ' como utna
das evidäncias do caräter h0mi6drico do diarflante" Pode-se admi-
ti r, entretanto, que êsse hãbi to seja produ2 lclo por modì fi cações
de formas cúbi oas prõ-exi stentes.
0utro hãbito Fr"eqüente ó o trioctaädrico (Figura
ì9), observado ent crìstais intermerliários entro o octaedro e o
romboCodecaerlro. Estes tipos possuern as faces (hhì ) cobertas de
estri as paralelas, e ocorrem s emp re assocj ados a {l1l I

Figura l9 Hãbi to tri octaõdri co. Fi gura 20 Hãbi to cübì co-


-pìramìdado"
'33-

Restô menci ona!^ ainCô, os hãbi tos cúbi co pirami-


r.laCo (Figura 20) e hexaocta6rlri cc (FiiJrrra 2l ), de ocorrência re-
duzicla na ãrea estuclaclô. 0 exelmpi¿r he-xoocta6clrì co 6 semelhante
aos qescni tos por Leite (.l969) o Valareili ('l963), crmbos do Triân
gul o Mi nei ro.

Figura ?l Hãbi tc hexaocta6drl co i Fi gura 2? - Gemi nôclo lei


do e s¡rin6f io.

2) Geminac!os ê formas i rregui ares

0s gemina.los são una cari'ìcterlstica no ftlto Ara-


guala¡ predomìnanCo os tipos .iesenvolvldos sogunclo a lei rJo espi
n6lìo (Fi gura 22) , em que o plano de conrposiçãc 6 (1ìl), Exibem
hãbito tabular e coniôrno triangular, se n,:1o clenominaCos popular-
mente nchapãu cle f racle". Ãs vôzes e.prclontaÌ¡ reentrânci as p16xi
mâs aos v6rtiçes e estrias sjm6tricàs ao niano rle genrinação, os-
pectas que fôcilitam a identifIcaçãc (Bedar.i rra, 1967), lio caso
cìessas qstruturas estô'rem ausentcs clr:viclo 'ä rlissolução, o gemlna
do pode sc-.r confunrliclo conr c oct¿ìeCro da figura 15.
Não havendo evicôncias rnorfol6riicas, ô presença
de gemi nação pocle ser confi rnada ou não " atrav6s da di fração de
raios X, clìrigindo-se o feixo penpon(1i cul armentc a t"ace (ltl ) do
cristai. A s jrnçtria drt clià0rama de raios X ã ternãria no crìstàl
simples (Figura 23) e senãria no genri naclo (Fi nura 24),
Figura 23 Di agrama Ce Þrecossão tl-" t1 i aÍ1an te
sirrrrles.

Fi gura 24 Di agv'or:ta de prtctlssão Lle cristal


¡emÍnado.
-35-

Foram observadas varl ações i nteressantes entre


os i ndi vîduos genrìnados por contato, algumas ('Figuras 75, 26 e
27) náa descritas anleriorrnente (Slawson, I950).Talvez possam
ser uma das características do Atto Araguaiao de vez que estão
ausentes no Tni ângul o i'lineiro (Leìto' 1969).
A pri mei ra dessas assocl ações envolve dois ge-
nrinados de contôt0, combinados segundo (tll), resultando um ti
oo tabutar de contôrrro losangular (Figura 25), Como variante'
se um dos 0enlinacloq sofrer redução no Çrqscirnento cristalino' o
conjunta adrìuire asrlect0 de "papagaior', deElgnaÇdo pela qual são
conhecl do$ I ocal men bÊ.

Figura 25 - Duplo gemì nado Fi gura 26 Gemi nado comp o s to

de contato. de faces pl anas e

curvas.

Ä nrais curíosa das associações observadas (Figu-


ra 26), refere-se a dois indivÍrluos unicios cm (llt), por6m com
fei ções morfcl õgi cas to'bal mente di sti ntas. Enqutìnto um dêt es 6
octa6dri co com faccs e erestas pl anas , o outro 6 rombododeca6dri
co cem superfici es curvas c arestâs i rregul nres. Pode'se admi -
tir que os doi s ind'i vîduos possuam resistônciaS di ferentes ã dis
solução, motivacla talvoz, por um maior nütnerc de defeitos nð pa!
te de faces curvas.
0 gernìnado da figuna ?7 pode ser consi derado
-36-

uma das grandes provas favorãveis ûos processcs de clissoluçã0.


de unt romhoctodecaed ro s impl es,
A prime ira vi sta pa re ce tra tar's e
equidimensionais, não exibindo oualquer estrutura característica
de gemi nação (reentt'ãncias, plano rle compos ição , etc. ). 0ri enta
dos segundr: ltoo I , observa-se' entretanto, que a ernorgência dos
ei xos quaternãri os õ máì s p16xima que no cri stal s imples, 0 di a
grama de precessão obti<lo com o fe'i xe inciCinclo na rli reção lttl l,
mostrou tratar-se de um geminaçìo comFrosto segunCo (l ll ). Neste
caso, pode-se admitir que a dissolução atucu uniformemente sôbre
as duas partes cQmpone ntes rla associaçãc.

Flgura 27 Rombododecaedrc l- jqura 2B - Gemi nado múlti-


curvo gemì nado. nlc.

Al6m Cos gemi naCcs de contato, foi observado uma


ünica var.i ccade múltipta (Fiçura 28), simi lar ao descri to Por
Pal ache em i 932.

Resta menci onar as formas i rregul ares ' que i ncl uem
torJo5 exemplares de hãbito indefiniclo, não enquadrados nas cate-
gorias morfolõgicas rliscutiCas. É, irrcgulariCade pode ser conse
qüência cle desproporcionamento Curante o crescimento cristalino'
bem como dissoluQão rnais acentuac.ia aPenas em determinaclos setôres
do crlstal.
3) Freqllência dos tipos morfol6gicos
A f roqll6ncia rlas variedades morfc¡l6gicas defini
das no Alto Araguaia estão contidas na Tabela 3, juntamente c0m
os va l õres obti dos por Lei te (1969) e Yurk eb al. ('l966).nos alu
viões do Trìãnguto iìineiro e Ucrãnia Y'estr)eçtivamente. Essa cor
relação jUstifica.se dada a naturezô secundãriô do diômante Yies-
tas três ãreas geogrã fi cas.
Local Al to Araguaia Triângulo Ucrãnia
Formas i1i nei ro

Fo rmas sìmples 50% 45% 14-35%


Gerni nados 20% 33%

Fragmentos de 15/" 55-69%


clivagem
Formas combì narjas 13% 10% 5-15%
Formas i rregul ares 4% 12%

Iabeìa 3 - Freqdência das varieclades morfolögicas do Alto


Aragriaia' Triânguto t'linei ro (Leito' 1969) e
Ucrâni a (Yurk et ai . I966 ),
'

Destaca-se a al ta po r¿en tôgem de fragmohtos de


clivagem (55-69%) entre os criStais da UcrãnÍâ¡ o que estã de
acôrdo coln a brlgÞnr dos deþðslùos¡ cdns{derando-se que a clir''¿-
gern õ a única alteração sofrida Pelo di alnante durônte o transp0r
te. No Alto Aragua'ia, ôsse dado foi prejudicado pe10 tipo de
amos tragem desenvoi vi do.

A únì ca f ont'e vi ãve l n ara aquisição das amostras


são os fornecedores locais, os quais' via r.l e regra, dispõem ape'
nes de materì al rle. natureza gemolõgi ca. Do outro lado, a penei -
ra fina do garimpeìro não ret6rn mi cro-di ¿ìmûntes, fração usada
por Yurk, na qual são f reqtlentes os cri stai s quebrados. Sðmeflte
ômostrâgem cie bateia permitirã uma estilnativa razoãvel da porcen
-38-

tagem do5 ti pos cl ivados.


Ëm rel ação ãs ãreas bras i I ei ras , as semel hanças
são enormes. Como caracteristicas comuns .lcstaca-sel
I )
edominio das fonmas romboçìodoca6dri cas cur-
pr
vas;2) ausôncia clas f orm.1s cúbicas¡ 3) alta porcentagem de gemi
naCos.
0s doi s pnimoi ros i tens conccrdam pl enamen te com
os resu'l tados de Prokopchuk et al, ( 1964 ) e Bartoshinski i ( 1966,
l96B) refqrentes a k'imberlitos da reglão norte e nordeste da pia-
taforma siberiana. llestas jazidas prodomìnan dc forma abscluta
os cristais rombodocleca6CriÇos curvos (s2%), sendo os restarìtes
octa6clriÇos (10%), ou intermediãrìos (B%) entro ess¿ìs duas for-
mas cri stal i nas.

4 ) 0ri gr:m das formas curvas

Desrle comôçcr Co s6cul o, cloi s graneles probl emas


o
têm dividiclo as opiniões dos que se rlec!i carn ao estLr.lo rla morfolo
gia do diðtnantet a) determinação da sime tn'i a pontua'l (classe de
simetria)!, b) origem rias formas curvas.
Fersmanne Golclschmicìt (ì9'l 1), apös 6xafijnarem
exaustivamentc as rni croestruturas naturais e ârt'i ficiais (produ
zidas por corrosão) ¡ postuì aram o di amante como hemid,lrjco.
Logo a seguir, Brå0ü e BraCçJ (,l9ì3), por me jo
cla dlfração cle raios X, determinaram a estrutura cristalina desta
substânciar que revelou-se holo6drica, 0s resultados dos Bragg
não invalidavam aquê1es de Fersmann e Gol d$ chmi dt, de vez que tÞ
cla substância não-centrossim6tì icar na r'!i f ração Ce'raios X, com-
porta-se cono se ti ves se centro de simetri a.
Na tentati va de resol ver o impasse o Van der Veen
(.l913) ideaìizor/ clivcrs s experiôncias conl a f inaiicla.Je cle detec
tar possTveis efeitos ÞIezoei6trlcosr Se o diamanta fôsse real.
'39-

mente hemiËclri co Ce acôrc!o com Fersmann-Gol dschmì tlt, doveria ser


tambãm piezoel6tricc. Van |ler Veen não nercebeu nenhum comporta
mento especiol nos cv'istaìs investigaclcs, e propôs que a simetria
do c,liamante deveriA ser fitesmo holo6clrica, ConclUsões semelhan-
tes foram obticlas por El ings e Terpstro (i9?8) e l'looster (19e9)'
Atualmrlnte! poucos euj;ores (Raman, l96B) ccrìocam em dúvicla o ca-
rãtor hol6dni s6 rl: Ci amnnte.
Em rel ação ä origem cias formas curvas, Forsmann e
Goldschmidt (lgll ) forrnul aram ô prìmeìra exfrlicação satisfatõrìa'
que acrescicla de algumas rnoclif icações, subsiste atõ hoie' Segun
<Jo Ës tes autores, o rombododecacdro curve Se orÍginaria pela Cis
solução clo octaqCrtl , forma inicial cle crr¡scimonto. Essa moclif i-
cação ocorreri a durante a formação ':io di amanto,
Al gum temno de¡o is, Van rler Veen (1913) i nterpre-
tou tddas aS fórmas cristalogrãficas, inqiuslv/è ¿1s curvas' c0nsg
qü6nc1a clì rota e excl r,¡si va rJo crescimento cri sta lI no.
Fri e<lel (1924), rol acì onou a curvatura dos cni s'
tai s rombodoclecaEdri Ços ä
um possivel èstãgio dÊ Plasticidade
'
pelo diamânte durante a çristal ização¡
experimênt¡ido
Sutton (.l928), tentou explicar a forlttação do rom4
bôdodèoaeclr0 I a pdrti r de cres ciment0s profÞl'encl ai
g noi VË¡ù ¡ces
e arestas do octa0dl"o lnicial ' Es se ÇrescimentQ seri a gradatf vo
resui tando formas j rttermodiãri as o at6 o de s apa re ci men to comp 1e to
da forma octaEdri ca.
l^liltlams (1932), portìndo clo Ðctaedro {t'l 1}' ima-
gina un processo de fl escimento concom'i tânte nas oito façes do
s6lido, 0 empilhamonto c1e camadas finTssirnas' e p r o g re s ç i v ame n t o
n'ìenores, çonduzlria fìnâlmente ao r0mbododGcaedro curvo'
Rama n e Ramaseshan (ì946), consi dcrnm a curvatura

das faces e ôre9t¡ìs, conseqtlência da solidifìcação dqs cr'l stais'


a parti r de gotas cle carbono ì Tqui do.
Frank e Puttick (1958) roviveram as irlã1as de
:40-

F ers m ann - GoI d s c hm i cl t em re I ação ã dissolução rlo octôedro primitì


vo de faces pl anas, .Admi tem (¡uç tôcla¡ as clemai s secções norfol6
gi cas (formas transi ci onai s, mi croestruturas das faces ) seiam
formadas por proçessos i dônti cos.
Tolansky (i960) cljscorda clas inter-relações ge-
n6ticas entre o octaerlro e o rombodoCçcaedro. As variações de
prebção e temperatura, determi nari am o rlesenvol vimento dos cri s
taì $ segunCo uma clestas rJuas fornaS, independontemente de cres-
cinentos secundárì os ou clìssoluçõos.
ts u (1966), a di versi fi cação
Para Bedari cla c Koma
morfolðgica clo diamaìnte resulta apenôs ile varìações de alguns pa
râmetros térr¡ocli nãmì cos durantr¡ o crescimento, Uma mudança bt^us
ca na vel oci clacle rle cri stal i zação p0deri a provocar o apareÇimen
to de laces vicinais, aclicionando ao ocbaedro injcial, a.s formas
{hkt} , {hhl} e {110}.
Varma (1967) rlef t:nde ponto de vista sernel hante
a bJÍ l i lams (193?). Para Âste autor' o rombododecaedro deriva-
-se do octae clro pelo crescitnento de camacl¡ts finÍssjmas sõbre
{r r r }
Entre os di versos autor()s russ0s , a lguns q0tno
Voi tsekhorski i et al . (1966 ) são favorãvei 5 ô mtlcani smos de di s-
soluçäo. 0utros (0r'l cvr 1966) associam ao crescimento cr.istali-
no, fenômenos dc di sscl uçã0. Litvjn (1969) pr':cura rel aci onar
as formas curvas ã vari ações dc eqtli l ihri o entre d iamante ? 9ra-
fi ta e r:arbono 1íquido. Fl utuações nn concentração d6s te e l emen'
tÒ pocle ri a resultar em redissolução clos crlstais prèvìámente for
rnados, origìnanclo as Formas curvas"
' Ur¡a anãl i se dos concei tos apresentaclos permi te
formu lar as segui ntes concl usõès:
a) com respoito ä ori !iern d¡g l"ormas cristalogrã-
ficas responsãveís pela morfologia exfev'na rlo diamante, as opì-
niões estão divicliclas entre: a) crescirncnto cristaìino; e b) prg
cessos Ce dissot ução;
-41-

b) hã perfei ta i denti dade de opi nião de que o


octaedro de faces planas, ê a forma de crescimento do diamante;
c ) entre aquêt es que def enderr mecañi smos de di s-
sol uçã0, não hã compl eta concordâncl a sôbre a natureza dêsses
a0entes, nem sôbra o local e tempo de sua atuação.
Antes rle apresentarmos nosso ponto de vi sta, t0r
nam-se necessãrias aigumas conSicierações sôbre a corrosão artifi
cial do d i aman te. I' parti r de Fersmann - Go l ds chmi d t (l9ll ) ' de-
senvolveran-se numerosos trabalhos, notadamente os de l¡lilliams
(ì932), Tolansky (t955), Simon (ì96S h,) e muitos outros. Uma das
f ina1.idades ora deter|ni nar os possívei s agentos naturai s de dis-
solução, bom como os mêcânìsmos de sua atr.taçãc;
Alõm cle KN03, a substância oxidante mais emprega
da, tamb6m o C0, e 0, (Evans e Sauter, 1962) , revelaram-se exce-
lentes agentes cle dissotuçã0, Sabo'se, porärr r que o diamante
cristalìza-se em anlbientc fortemente r<¡clutor (Bovenkerk et al ' '
1959). Nestas condlÇõesr qualquer rlissotrJção pr'ovocnrla Por C0t
ou 0^ ¿
naturais, sõ porleria ocorrer apõs a completa formação dos
cri staì s.
Êsses detal hes parecem se ajustar perfei tamente
ãs idéias recentes de KennerJy e l,lordlie (t968)' reìativas ä gêng
se clos depõsì tos cli amantlferos. Êstes ûutores, admi tem que os
corpos kimberìíticoS feram introduzidos na crc,stô terrestre atra
vés c!e processos explosìvos, provocarlos pcv' pressões confinantes
.1e C0r, BaseaCos enl cãlculos fîsico-quÍmicos, dcmonstraram que
ôsse gãs, al6m de influir cìecisivamente na colocação dos kinrber-
ì ì tos, exerce papel impnrtante na gônese do r.ii âmante.

Comb'i nando al¡¡uns pormenores contidos nas suges-


tões de Fersmann o Goldschmidt (1911), Frank e Puttick ('l958)'
Evans e Sauter (1962), ßedarida e Komatsu (.l966¡\ e Kennedy e
Norcllie (t968),6 possîvel formar um quaclro razoãvet, cla seq{lên-
cia mais provãvc'l Ce eventos responsãveis peìa morfologiô exter-
na do di amante.
- 42-

0 C02 apresenta-se cono o mai s provãvei agente


nêturai de dissotuçãõ. Sua atuação rrodel adora sôbre os cri stai s
ocorreri a na fase de col ocaÇão do kimherl'l to. A subi da do corpo
rachoso açarretê um âlivio de pres são , e conseqüentemente, eleva
ção da temperatura' favoreçenclo o pl"ocesso de corrosão'
Peta dissolução rlos cristais octaEdricos geomõ-
tricamente perfeitos, re$ultaPì tôdôs as formaq aþeuladts de hã-
bi tos i ntqrmedi ãri os entrç 0 octa6dri co e romb0dodecaGdri co (Ff
gura 29 ) .

tl Ir) thhr ) {hk]) {il0}


Figura 29 ' Evolução morfolõgi ca do dl arnanto a
parti r do ocLaedro de crescintento'

Nafase iniciat do processo? as arest¿rs são trun


cadas por s uperfic i es i n tens amen te estri adas, nesUl tando as c 0m'
binações {llt } e {li0}, A nredida que a dissolução progrìde, de-
sen.Vol Vem-se sUperfîci eS abaul adaS nas Þ Os i ções Çorrespondentas
ãs facçs (hhl ), Neste estãgio cle trrrnsf ormação, as d imcnsões
das faces (1ll) sc reduzem sensivelmente.
A nrorjif icação soguinte consiste no ûÞarecimento
de ares tas i rregul ares e sì nuosas, ao i ongo das di agonai s mqno-
res das faces (hhl ), a semeihança de unla forma {hkl } ' Na rea
iidade, 6 cl ifÍcjl prccisar os limites entre faces (hh1 ) e (ll0)'
-43-

clado o carãter abaula<lo clessa$ lrlesta fase de evolu


superficies.
ção, os indivTcluos cristalinos poclem ser consiclçrados rombododo-
caedros, conten do nas fa çes arê5 tas sì nuosas segundo as di a9o-
'
nais menores.
Em um grau acontuado de cli ssol ução, os cr'ì s
mai s
tai s transformam-se em rombododecaedrcs perfei tamente curvos '
Desapärecem as mi crQestruturas clas f acr-'s, quc se tornfìm Êxtrenô
mente lisas, danrlc a inrpressão dq toì"cm sic!o policlas artificiaì'
mente.
Alguns parJrões morfol6gi cos tle scrl tos nâ I i tera-
tura, não se encai xam no esqttema cle deni vação proposto. Entre
êsses ti pos , fi g uram al guns Çr'i stôis Ce hibi to cúbi co e hexate-
traõdri co. 0s prinei ros são extrcmðmÊnto raros ' enquôn to os se
gundos foram apontaclos por alguns nrineralogistas (Fersmann e
Gol dschmi dt, i gt l ) , como ev iclônci as do ca!^ãter hem i6dri cc do dì a
mðnte,
A orj gÊnl dêsses ti nos no4e scr qipl i ca(la atrav6s
,Je üm segundo esquenìa de cìerJvaçã0, no qt¡41 o octaedro ê substi'
tuldo pelo cubo. A presonça cle im¡rurezas pode determinar varia
ções de hãbi to. i,lestas condi ções, €ffibpro o cresci
mento ocorra seEuncÌo (lll )? 6 possível o desenvolvimento de for
mas cqboi dcs,
lì partir
clôsse s6'l iclo (Figura 30), a dissolução
se processa de modc¡ settlel hante ao caso clo oct¡rqdro, i ni c'i ando-se
pelas arestas e v6rtices. De início, resu'l tam formas çombinadas
cle {ì00} com {ll0}, semelhantes ãs descritaq por Yurl< et al.
(t966), por6m nunca observaclas no llrasil..
A medider que o processo se acoleran as f accs
(l0O) climi nuefiì progressivansnte, resultanclo uma sunerfTcie abau
laca de sTmbolo {hk0}. Essas facqs geralmelnte são muito lisas'
não exi bi ndo qual quer rel êvo superfi c lal. Çom o progredi r da
clissoluçã0, resultanr finalmente, formas {ll0) d e s p r o p o r c l o n a rl a s '
cuj o hãbi to curi osamente, ì embra urn hexatetraeclro.
ffi w r0l
{lCO} + {hkl]} {t

Figura 30 - Ëvol ução morfoì 69i ca do di anante ' em

cristais de hãbito cihico.

oss esquemas di scutì clos não i ncl uem os gemi na-


clo'i
cjos e formas irregulares, embora ambos contenham tAmb6m evjdôncìas
cle clì ssol uçãc. Sahe,se que a vclociclaclo de corrosão ã variãvel cOrn
a clireção cristalogrãtica (Patet, l96B)' o mais intensa nas regiões
c1e concentração de defel tos cri s tal i nos '

Desde que os tlpos morfol õgi cos anõmal os são os


môis ricos em Cefeitos¡ Ë ttrui to Þrovãvcl quê esså lrregularìdade
resul te clo vari ações na Vel oci dade cle ataque. Ebte fato expl i ca
aincla, a ausêncìa do algumas faccs Co tino (1ll), nas combinaçöes
clc {lll} com {ll0}
fatos cxperimentai s obtidos em I aborat6-
Numerosos
rio ou verificaclos na natureza, ìndicant que o cìì amante pass0u por
fases rje' oxidação ap6s sua formação:
a) a teori a dos vetores P'iJ'C' (peri odi c bond
chain) de Hartman (i955)' 6 a m.ris usacla para explìcar o desenvol
vimento morfol69ico clns substâncias cristalinas a partir da estru-
tura interna e tipo cÌe 'l igaçã0. A apìicação desta teoria física ao
-45-

diamante, rtostra que enì condìções normaÍs de crcscimcnto, o po-


iiedro externo rirai s f reqtlente 6 o octaedro, scguindo-lhe por or'
dem de iritportâncìa, rombododecaedro Q cubo, Entretônto ' ûfora
pequcnas varj ações relativas ã presençð ou não do formas cuþ61-
des, o quç se observa sempre Ë o predomínio acentuado das formas
rombododeca6dri cas curvas¿ ..

b) Cri stai s arti fj cj ai s de di aman to exi bem siste


mãtì camonte hãbi t0 octaõdri co e Seome tr j c. extcrna porfci ta, com
fares e arestas planas (Bevenkerk, 1961)¡ A forme romtr6ide, nun
ca verìficada durante o ct'eS0imentor s6 ocorre quanrlo so operam
modificações das condições fÍsico-quírtr10âs f avorecenrlo a dissolu
ção (Bezrukov et aì ¡, 1966)¡
c) I ncì usõos llquidos c 1;¿1sosðs de C0, ('5u),
foram obsorvaclas por Roeclder (l965) em roöhôs bãsicaS c ultrabãsj
cas dê 72 localidacles çlif erente s. 0corron em olivinas, cljno-
piroxônio, ortoDiroxônio e plagiocìãsios tlo l.¡asaltos, r'!unitos,
peri doti tos n pl roxr¡ni tos 5 ecl og itos o kimberl i tos.
d ) Ëvì cìônci as clc una ação prctõri ta tlo C0, sôbre

o diarnanto¡ forarn registraclas por Chrcnko ct al, (1967). Esses


autores cletermi naram por mei o de esnectrosconi a clq i nfnavcrmel ho,
alguns pi cos c o r r e s p o n cle n t c s a ca rbon a to, uma das substânci âs us¿ì
clas na corrosão artifici al.

5) Estruturas cle suParfici c

0 estuclo tlo micro-reiôvo Co diðmante tcm sido o


ôspccto morfolõgico mais lnvestigatlo nos íltimos anos. GranCe
impulso foi registraCo pela aplicação clas t6cnicas interferom6-
tricas ciesenvolvìclas por Tttlansky (1955), permitinclo mcdic!as atõ
o
tO Ã. Ao rnesmo temÞo que novas microestruturôs oram revolaclas
graças aos. novos n6toclos cin invcstigaçãc, f i rr¡avcr-se a jdõia cle
uma origem comum par(ì as formas crjstalinas e o relôvo nelas con
ticlos. Sorão c!iscuticlas a seguir, alfuns dos pac!rões tnais carac
terísticos no Atto Araf]uàia, tl i s t i n u i n d o - s e para facilidôde de
g.
-46-
.
" o rel õvo das faces anas daquêl e observado
e xpos i çã0 pl nas Supcr
f lci es curvas.
Conforme iã foi mencionaclo no início
clêste capÏ-
tulo, as faces (111) são as úni cas superfici es pl anas, e nolas
ocorre a mai s di scut'i da de tôclas mi Çroestruturas - os trigonos
.l928'
( tri gons ), assim den omì nacìas por Sutton en

0s trígonos são dopnessões tri angul ares eqtli I ãte


ras de profuncli dades variãveì s, podondo ser oþservadas desde a
vista desarmada at6 rlìmensões prõximas de l0 Â (Trrtansky" 1960).
De acôrdo com o aspecto geomõtrico, são classificaclas em doìs 9ru
pos principais, rlenomìnaCos tipos P (pyrami r.lal ) e F (flattened).
No tipo P, a depressão piranridal cont6m urn võrtlce no centro da
base (Fotomicrografia l), enquanto no tipo Ê¡ a Þirâmjde apreson
ta-se truncada (Mi crografi a e letrônì ca 1 ).

Lang baseando-se no grau Ce profundi dade


( 1964 )
cla depressã0, subdividiu os tipos P e F em d (dcep) e s (shallow).
Entretahtor essa i¡ubdivisão tem siCo pouco ernpregaCa'
0 aspecto mais curioso clos trî9onos natrlrais 6 a
orientação contrãr'ia em relação ä face (1ll ), 0s vErtices da ba
se da tlepressão apontam pôra os pontos mãdios das arestas da fa'
ce octa6dri ca s ubi Íì cen te ( o ri en tação negati va ).
A ori gem clessas estruturas, não obstante o g rán de
nümero de trabalhos, constituì aincla um Jiontc cle controvórsias,
Inicialrïente, foram interpretadas ¡ror Ëersmann e Goldschmidt
(l9ll), Van cler Vcen (1913) e l¡lilliams (1932) como uma conseq{lôn
cia Co crescimento cristalìno segunCo (111) '
Um r..io s motìvos dc sucesso injcial rlossa hipõtese,
resicia no fato de quo os trlgonos produzirlos om laboratõrlo por
mei o cle oxi clantes (Fotonri crograf I a 2 ) , apresentavam ori entação
ci'i scordante dos trfgonos naturâi s,
Fotomi crogrôfi a I ' Tri0ono ti Pc P com terraços l aterai s.
50 x.

i,li crograf ià elotr6nica l - Trígono tipo F com bordo abau


ìad0.27.500 x'
- 4B-

Fotonicrograf ia 2 - Trigonos produzÍ dos em pì ano de clf


vagern, pe1.ó aquoclrneñto con Kl'l0. a

6000 C, du¡ante 5 horàs. 100 x.

Tôdas as tentati vas dc reproriuzl r trígonos se


mel hantes aos natur¿i s pareci am i nfruti Feras , at6 que F¡ank e
Putt ic k (195s) obt iveram sucesso ao àq uÊ cer o di amante coír kim
berljto pu i ve rì zado a 1.4500 C. tmpregando ar aqueci do entre
800 e 1.4Q04 C, Ëvans o Sauter (196ì) confirmaram os rêsuìtados
de Frank e Puttick. Entretatlto, â hipõtese relativa ä orìgem
por clìssolução sõmente se firmou a partir de Long (1964)' quc
introduziu t6cni cas de topograf ia de rai os X ao es t udo dos de-
feitos cristalinos clo diamante, Lang mostrou quc os tríç¡onoS
estão sen,pre relacionados a rjesloÇamontos estruturais' que sc
irracliam clo centro do ôristal atã a supcrficio.
A observação de Patr.rl (1965 ) rel ati va a presen
ça de trÍgonos enì planos de clivôgem, cQnstitui uma das rnaiores
evidências cla ori1;em secundãrÍa dessas estrutul"¡ìs. Atualmente,
-49-

.l967 vista rela-


poucos autones (Varmar a, b) defender¡ nontos de
ci onadòs ao crescimento cri stal ì no..
Foram observadas en al gumas faces octaõdri cas ,
curiosas depressões trian4ulares (ilicrografìa eletr6nica Q), em
grau vari ãvel de desenvol vi me n to. 0 paralelismo dos i ados e o
alinhamento das deproEsõqs, sngerotn trôtôr-se de tríç¡onos i nCom
pl etos.

['t i crografì a eletrônica 2 Trígonos i n comp 1e tos


en (lll). 20.000 x.

Embora não te nharn si do notadas .formas cúbi cas t


aì guns "exenp ìares possuqm cle¡ressões quadrãti cas restPi tas a pe
quenos setôres. como se pode observar na mi crogrôfi a e ìetrôni -
ca 3, essas figuras exibern simetria quaternãri¿ q são compostas
de terraços laterais atõ o centro da denrossão. tiepressõos isen
bas clo torraços tamb6m são muì to fneq{lentos " porõrn gera lmente
são assim6triças (Patei et al., 1967).
-50-

'4
Lt "l

,'i
''1
ì).

l,1i crogr afia eletrônica 3 - Deprcssões quôCrãtìcas em


(100). 17.000 x.

Ilas superfici es curvas, as astruturas são mui to


diversifìcadas (Svisero e Pi¡rentel , 1970) e o tipó. mais comum
são dêgraus e'scalonados (Fotomicrogr0fia 3). Ta1 como os trÍ'
gono5, poden ser observados desde a vi st¿r desarmhdâ ôtE aumentos
de rnilhares de vôzes,

Fotonicrografia 3 - Degraus ôbaulados tipicos de (ìl0).


50 x.
-51-

Cada degrau corrosponde a ua pl eno (11ì ) formado


no crescimento cri stal i no, e 'i sso pode sel" coÍtpr0vado observando-
-se o cristal enì urna posicão fixa sesJundo lì11| rt rlissoìuÇão
ðtua nos setôres 11,". senaração clos sucessi vos nl ânos , e produz
iniciaimente um abaulamcnto nos borclas dos deçr raus (11ìcrografia
eletrônicr 4), IstrL]turôs 9imil,rres fora¡: Llbtidas ¡or Toì ansky
(f 955) enr superfícìes cie cl ivage:rit suhrîotidas a- corrosão inte nsa
com KN0r.
As regìõos contend0 mcnor núnroro de defei tos ofc
recem umâ rosì s tônc ia naì or ã di ssol uçã0, cr sc clostacam na supcr
fícic (Microgrrìfia.cle trôniccr 5). Poil¡-s¿ observar r¡ Llo a saliôn
ci a assi na lada nesta mj crolrafia a ind,r não foi tot¿rlmente i sol a-
cla, continuando-se pelo þ1eno subiacento ì saliôncìa r¡aior da cs
querria. Detålhes desta nôtLrreza cofistituetï evidôncias diretas
que, a os cul tura supcrfi ci al dos crìstais <ie di emantÈ 5 produzì-
da por dj ssol ução naturel,
l!cstÈ estãqì o de e vol ução, as sal i Gnci as ai:!resen
tarn cont6rno irregular e r:stão apoiadas s6bre uma sunerficìe es-

irì crografi r r, l,-.troni c¿ 4 Estruturû e¡ir clegraus,


ll riññ v
iÌi croçrafì a el etrôn i ca 5 5a lr encr as r rrequ lares
semi-isoladas. t5.000 x.

calon¿da, onde são visiveis ainda, os traÇos das diversas ca¡ta-


das superposlas r;ìô js cl issal vi cias. ilu n estãr¡io ma is avançç1dó de
rjjssoluçã0, elas tornan-sc eliptìcas, e o sLrnelrfície subjacente
completrnrcnte lisa (li"i crografla ellLrônica 6)"
fJuas or¡ tras estruturâs f req{lentcs em (1ì0) são
äs colìnas (hiìlccks) o os micro-djscos (nrìcro-dìscs)! dcìscrìtos
por" Toìansky orn 'l955. As colinas (F'otnmi crografi a 4.) são clevâ-
ções alongadas, fornrades sob conCi ções s,:voras de tlì ssol ução.
Comprovando observação anteri or dc Prtol Ð ¡,9arr,iel 1 (1966 ) fo-
"
ram notadôs colinô!ì em fragmentos d0 cl i vagen, apõs co rro são prg
longada. A ünica cl'i ferença õ quc r:n (lìC) clas são .rlongadas,
con forme de goL¿ìs, en(luanlo cm (ì ì1), mostram confi guração pj-
ranì dal aprox irradamen be lqtli l ãtera.
S,rl iâncias olÍpti cas sôbre uma

suparfíci e lisa. 35.000 x.

Fotomì crograf i a 4 - Col i nas en srinerfîcies (1'l0).


50 x.
- 54-

0s t,icro-disc0i são rle pr"l-.s sões ni r'JOrosamentsr cjr


cuìaros (irotomicrografìe 5), ¡cuco nrofundas r com ¿ì r"e¡¡.i ão cen
tral eler.,ôdA, conf r:rnlc estudos intcrfcronlõtrì cos ri.," Tnlansk,r
(re61).

Fotcnli crograf i i 5 Grupo de nicro-discos en (ï.l0),l


60 x.

Ccorrcm agrupados ou isclados, e prrssuen diâmctros muito var"ia-


dos. Sãlr f req{ientel " iìì j não .:xclus-i ì/!,s l:nr (ììt)), ¡rrarclcendo
tamb6nr errr (1ìl) (Pate1 ot aìr, 1966)r 0uanclc prcsenües nâs
suporficies curvas¡ apo'¡ ârì1-$rr söbre rlograus (11,i crôdrafla oletrö
nica 7), cr:linas (Foûnmi crograf i a 4) ou estrìas (Fotonricrografìa
5)" sem sofrer quaìoucr rnoclif .i cação na .Forntô.
-55-

i.1 icrografì a elct16ni ca 7 lv!icro-d iscos sõbre de graus em

(lì0). 17.5c0 x.

Ësta õ, tal vez n a [inica microestrutura cdJ a ori-


gcn õ dceitâ unanìnl*r':ntJ nor tr:dns autürcs' como resullantes
dc clìssoluçãc näturaì ' Toiansky (13î0), Patcl et ,r1r (1966)'
Rec0ntem,,.nte li:lì I I eclgc (1970) produziu nìcro-ciscos bomb('lrdeando
o di amante cofrt radi ação alfa e noutrcíls. Trata-sc sem dúv i dal "
t1e um rcsul tado i ntcrcssentê " pot"õr,l 'li f ic íI de stlr 0xtrôpo'r adc
pi\ra as estruturas s jrni I ares naturai s, poi s c di anlanto parecê
não ter osLadc assr.rci¿ìdo a mincrais radioatívos.
Por fin, hã a menci onar as estri as paraiel as
(Fotomì crografì a 5), e o aspecto çônì rAde, bastante cornum nos
cristaìs rombododeca6dri cos (Fot o rr i cr oCr af i a .6)'
Fo tom i croç raf ia 6 Estr$tuna em rôde conum erî (ll0).
60 x.
-57 -

B) Inclusões

Ëntre as substãncias naturdìs" o têrmo '' jnclusão'r


6 apl ì cado a toçlo ma leri a1 (sõlirJon 1íquì,Jo ou giìsoso), contì do
no inter.i or d r..: Lrnl nineral (hosnecleìro). s; inclusões são clas-
lr.

sif jcaclcrs orn s.in..3enõtìcas ou pninãri ôs, iie fo¡"maCas ¿ìo mosmo tèm
po do hospedc i rc, c el igen6ti ces 0u secr.lnCãn'i as ct uando resuI tam
"
de proccssos postcri ores i formação clo ni neral hr.lspedoi ro, A
ocorrônci e de i nci u:.;ões cn rli a¡"rantc¡s natunai s , enhorô descri tas
na l i.tcra LUra d(-.S0..) o pri ncipi o tlo sãcu I o, sõmcni;e ar)quiriu irn
pcrtîncí ê nos i;l i'i rìoo ôhos, rluando sr observot¡ oue sua pres?nÇa
estavù rolacionada ao ani.¡i ontcl do f orrnação rJo diarnante, As sin
grtnõtìcas são t;raJ s rara5, e i;;.rr,rb6rn crS rTrâisì ir'rnortantes n0 quê
rt ì z rr,s:'ui Lo .ìos lroccssos 'jtndti cos r'asf)onsñvc is nol a f ormacão

dôste rnine n¿rl. As inclusõas cpirlcndticas, Çnbcra mais freq en-


les ern nürncro e variedr€¡es, possuor,i intr¡'"îssc rr:duzido, pnìs via
dc rcgra, são nli nlrai s socunclãrios intrccìuzi c!os ao ìonç10 clc p1a
nos dc cliveÍem, cu alrr:,".1ad0s tì$ cav'i dadr".s ';: intersticios do
r,r rCVL Slll\"f 11Clì l.
Sui;1;cn (.Ì9?l ) iíjcntif iccl: r;livina, ,¡ranlda,dio¡t-
sidìo" iln,.:nita" ,;rafita, ¡irite '! o pró¡r'i c Ci¿ìnanbÍ), orn crïs-
taì s pt"r;venientt¡s dos kii;rbl:ri iùos d¿r Ãfrj ce do Sç.l, Logo en
scç¡uìda, 0o1c.n¡i (1923 ), refori ¡r-sr: i lì"csrnç,r di: fn¿cnentos dc
,:ìu¡rtzcì 0ri c¿r,v ir1¿¡ics i,. dì¡nicrntrs rlc llr¡sil,
C l'lìlliams (1932)"
om s(ru cãlebre tratadg, inclui cntr.: ¿s i ncl usões sul-¡fric¿nas
os scguìntr:s riljnora js: olivìna, grane,Ca, :nstâti1;¡r, diopsidio,
3rôl'ite, ilrì0nitô, rrlijnâ'Lita, zircãc r: cl icrtrantâ.
üubclin (ì1ì52), ,rfe:iunncl0 0stuCos 6¡ticos en cris
'lais rlc ncllurcza 3i..i;tr,r ì õri.i c,1 ¡ltloirtor.r :rs sclir'ì ntcs inclusõos: olì-
v'i n¿ì., granacla, c!i ¿mlnùc , crotirccsn ìnñi j û, t:;rs ùn li ta, graf ita ,
<i ilpsir.ìitr, tr;agneti t:r , i1fl'Jrìitâ" h;:nltìti, :'i rcão, t c o r¡ i t e , c ì o -
1
'.r

ri tà, biùtiia o quartzl. Intrc cistas anosti":ls, a nrairlr lôrta


cias quaìs rocc(:rlíÌtr:s ric je.zitlls çJa Ãfric¡ dl Suì, f i:uravair .rl
ì1
- 58_

gurîìas r.!o ßrasil, in t:-'riâ obscrve(10 inclu-


justar,,.cntr: ¡n rl..-. Gub¡i
:;õcs sucunclãrias clr cuartzo, Gìarc1 ini c :'ìitchell (1953)¡ com-
b in¿rn,ir: mi crr:scrpi iì õnt j c¿l e. rji f raq:ãr, de. ra ios X (t.rìõùciio rlÊ
i,lei ssçmÌ>ci'[t ) ìrìentif ic¿rr¡m ÌrolLteiros cristais r1-. c'livin.r Ccsen
v q 1 v i rlc s €'l-.,i tãxj cârno ntc n o cli aìÍian te .

A cll:scob:lrt¡ r:lo j n[m,,:ros kimber]ìtos n¡ r0gião


i'll,rt.r .le plâùâf)rìln ri¿ìna, ¿ìî I ¡rÌr: clo:s exùrìiìsos ,'nlaccrs"
:;ìbe
.l
c:c.rl j z¡r.-1,)s il¡ tJcrini¡ì, dor.t tlnsr: jt ã rlivcrses ccntrìbuìções Cos
iìutcr,--s russos. Futcrgr:nrllcr ll95B)" utilizandc rlifração de
ra'i r;s X (nrõtorio Ce Ltruo), icìcntìf jcol a: sr1¡uìntcs incjusões
sinflon6tices Lr d'i air¿rn br:s ¡la Sii:õria: t:livina, gnanadô, Cicìman
te, cromor:fi pin{-{1io l.: ilic¡nsí¡lio. 0rlov (ig5?) r-'mprer,;eirrlo tãcni
ca srmi:lhrlnte, acr(.lscarl tot.r ¿)os ìni ncr¿:ìi s sin(jênãtic.Js rjr.ts cr.i tos
frcr F U t r rj e n rl ì ,: r 5 cls s0[juintr:s var j.t¡.lad¡:s epigcnãtic.1s: serp0n-
(:r

iì na " grafl tr e lrcthi ta. 0rl cv observou umô perf(ìì ta concor-


ciãncìa rintre as inciLisões dt: diam.rntes nro'enìentes r!e kinrber-
litcs, o aquâìcs colr¡iacios en jazìr:,ls sccunciãrias (placers),
Futerrloncl lcr e Frank-Karnrne tski i (196.l) ccnf irmarâ¡n e enitcìxia
clianante . oiivìnn rie G.i ¡irclìni et ¡.l. (1953), .ìoscrevencli: novos
crcscir,rcntos ori{-.n L¡ìrlos clofinirlos peìa granilrla o c r 0 o íl s n i n 6 t i o .
m

tp¡.,ìcr (1961), flcrt)s,:cnt¿ì ìl inclusõ;:s jã cnunlcradas, o nrineral


l¡rati ta, I apnns(int¿r f otnni Cì"oqì e,f ias cjr ,.ossivc:.i s i ncl usões jí
0ui(lds c !¿rs()s¿1s. Êstc bi ¡r¡, ¡¡3 inclLlsã¡ í louco citErjo na jjte-
retura, c ¡t n o s s i l; i I i rl¡ rll rle sua ,,txìs,bõnci¡ õ visi:¡ com ntu j t¿r
rcsrrve.
Sirrrp (i96ô) chana a ;rti:nçã,r f ârr c_t f r..-.0tl6nci a
r,: l ¿l t i v â tn rl n t a alt¿r rlr-:.srl f c;tr,rs r¡ igeriíti cos ontrc di amantes sul

aFv'icanos, nr:tarlanci:tl; n'i y'rctita, ¡.:ntianr-l jtâ j: cohcnita. Ce-


r;ì¿ìrüo o Le i tr: (19C8)" r rì l-' t" I ij ¡ rì d o r'if'raçãc .,e rcios X (mõtorlc ilcr
irrecr)ssão)" i i.ì o n t ì f i c e r rr m olivìna r:m rìi¡nantls brasilr:iros colq
tacl(;s nos garìnr¡r;s r.1rt iriân,,iuìr: lijn,;1r0, iììnas 0enais. Ilarr.i s
(1968), utjlizando tanbãrr t6cnicas de clif r"açãc dn rajos X (nãto
tio Ce rotcção) cr,lnf irntou. as inclusões
ð¡terjormente nos
c'í i:aolas
dianrantes cia Ãfr'! ca Cc Sul. Inclr.i inrJo aìncla irlt seL' trabalho
_59-

å¡tlosti^as de ou tras ãrt.ìas ciatnantîferas ((ìhûnE e S<¡rra Leoa ) cles


creveu corno inclul;ões einganõtic¡s" olivina, lranada, dìamante,
cromoespi n6l io, enstati tn u rJiopsíd'io, cocsita, ri.rti ìo' i lmenita,
rlagnetÍta e brookit¡. Entro as inciusõ¿s epìgcndticas, Ilarris
i ncl ui gor:thì tô , qu,jrtzo, nuscovi la, -r'¡raf i ta, pì rrotj ta, pentl an
dita o hernÀt j ta.
Á1óm do conhec imonto cia naturcza d¿ i ncl usã0, hã
granrìe i nterôs se ea obter dados c!c cor¡lìos j cão o uímj ca , quo pode
riarn escler,Laccr os pror.tossos genõticos de ,*ua f orrna!:ã0. licsta
linh;l dc. trabrlho" l,leyor (']967 ) uii li zandn da.lDs f ornec'i cìos pela
micrc¡sonda el etrônì cn jdentif icou 3l olivjnas, ì4 grenadas, 4 or
tc¡iroxênios e I mìca (muscovìta). Itnþora Êste rutor tenha colo
cado conlo incerta, a oriqoni da mìca, liarr.i s (1968) e Gubelin
(19ô9 ), considcrtnam'na epi gonõtì ca.
05 re sLr ltcrdos de l.leycr incluem Pela lrjire ira vez,
clete rrir'ì nações dc clcmcnbos traços ci¿rs inclusõcs, os quais podem
ser útoi s na conììrreonsão cios procosscs íteníti cos de f o"maç:ão des
tas associ ações r llai s roccnÈencftc, ð nti crosonda cl ctrônì ca foi
uûäCa por Gubr,:lin (.l969), no ;:studc cle inclusões verCes, f reotlen
tes nos crì sta is da Ãf :'i co do Su i . A sila caracteri zação en cro-
mocliopsídio, bûseou-se nos clern¡ntos qr.tírnicoso Cr" lt1g, Sì, 0 e
¡{l (pequena quântiidac}e), levanrio e¡r1 c0uta ar nropnie clade s 6pti-
cas nrôrr i ame;nte conht-.ci das .
llo IJrasil " c prìnoiro trnbal ho siste¡ilãtico sôbre
" foì desenvolvido por Leìto rj(1969), utì-
'i nclusões em dj anrantel;

iizanrlo amoslras adr¡LI'i ridas nos princìniììs conlros i-ì 0ðrilnpo


cla rrgião do Trì!¡¡ r¡ ¡1ct i'jj ne iro, ilinâs ilerais. Foram identi Fica
d¿rs olivìna (|rrrstcriIa), granada (nil"óno)" cronrnospi nõ1i o, dia
nrante e pentl and itê, nor nr:i o cle ri if ração rlo rai cs )( (m6todo de
processão). Scgunr"lo LoiLr, a ol iviira 5 a iliclusão nlis frcqüen
'lc nostl ãrca (¡r,1,;ento efir 3l ;xr-:nnlarcs), gcralnelnLc formando
crr:scimcnLos orìr.:ntadcs (0!i taxl a ), o n0sìiìo ocorrendo corÍ a gra
narla c cromoespjnãljo. Pare o ostL¡do d¡r s ai¡cstnas do Altc Ar"l-
-()0-

guôia, eflprcgou-se r¡l'i croscopìa 6ntica e djfração cle raios X


(mótodos do p6 e cla nreccssão ) , e os resul tados obtì clos i nCi -
cam quc as inclusõt's dcsta ãrea (o'ì ivina, granadrn di,lmanto
c pcssivelnrQnte, ':spin6ìio çr hi perstônio ), são scrnei hantcs
ãquelas do Triâni;uìo iiineiro, n dos k jmbr':rl jtos cla Ãfrìca e
Uni ão Sov ilti ca.

l) 0ìivina

A oìivina õ o mìncrcrl j ncl usäo môi s conum entre


os Cj omantes rlos al uv iõcs do Al to Aragulì a, ostando prescnte
cnr ccìtorzc excnrplðrcs dc lotc jnvestigado. Êste val0r cntre
tento, não traduz a fraqtlôncì¿r rr:al desta inclusã0, una vez
quc a ri aìor parto clas clmostr¡s quo as ccntõm foram seìcciona
rjas rl:ntre milharcs rlr: crjstajs i:xaminaclos ã ì up.r binocular.
Pc¡c,c-s: cstlmar, contuc.lo, que e sua freqüôncia cstcia entro
1 a 5% aproxlrdadamcntÇ, o qLiß signific¿ sor bastðnte rerð.
As rium¿ri s inclusõcs cùmo veremos postorjormcnte, são mais
"
r.rr¡s li nCa.
Uma rãpida inspcção na ljtcratura, indica quc
a ol i vi na 6 a i ncl usão mai s comum cm rli am.rntes naturai s. Lci -
to ('l969), identil'icou trinbrt o utna rlrstas incìusõcs ontre
clianrantcs co'l r:ta.los cnr jazìcle s aluv'i onarcs Co Tri ãngulo iiinei
ro, I,iìnas Gerais, tcnCo l'larri s (19{; B) o FutorgcnCler (1966),
assinalacio o pror.lomîn io dc,sta inclusão nas jazicas primãrias
da Ãfrì c¿ rio Sul o Yakútj a rr:sp,rcti vamontc.
Äs r,'i imonsõcs sñc tnuito variarJas, c Acrôlmcnte
m¿norcs clo que 0,1 rnm. 0 tamanhc climinuto" aliado ã rarid,¡.-
cle C.cstas ìnclusões, são Fatôros cì uc clificultam a sua i r-jent.j'
ficação nais f rccl tlcnte. Enr conCìçõcs r:xcepcionais, poccm
atin3ìr llimr:nsõcs cc 0,5 mm, fornando-so observãveis ã vista
Cr:sðrmac.e, siriruì anclo "bôl h¡s clo rrt n0 inte ricrr cio cristcri.
11

Geraìmcnto são jnccl(.r ros, sen(Ìo possíve l cm alguns casos ' a


11ìst'i nção de tons arnðrolos c vorclo claro.
-61-

o rless:nvolvinento nlonfol6gìco resulte em


Ëml¡ona
patlrões lastante var"iãvelis (Fr:tomicrografìas ,le 7 ã 12), nota-
-sa Lrm preCornÍnio dos t:ipos itiiomorfos, alnda que desproporcio-
nados ira rnaicr parto clr:s casos " conduzindo a hãhitos sub-idio-
morfos. De um moclo goral , c hãb iLc prì snãtj co, com secçãc pseu
do-hexagonai (Deer e.L ai . , I ?57 ), estã ¡re$ente na quase total i
Caoe das i nci usões de cl i vi na obsi.:rvaclas. Conf orrne ûubeì i n

('ì952) jã notara anteri o!"riìontt, o ctoscimÊnto cristal'i no da oli-


vi¡ra so proccssa cjo t¿l f ornra quc a f acll mais descnvolvìda (010)
6 paralela ã (ll1) do di amanto hosn-.doiro.

Fotonri cro.l rafi a 7 Inclr.rsão pri srlltica cls olivina" cxii:indo sec
ção (0Ì0) p s o u d o - lr rr x o rjl naI , ircuc0 acina, ou
tro indjviduo i:om f ¡cc's Iì.tcirantentc arrcdon
il.r :; , 64 x.

tsta orient¿tção foi confirnlada loijo depoìs por


r,,ii ar"di ni e iIìtchr.'l I (1953)" os quais lograram domonstrar poìo
_r;il-

nãtodo rle ' jci sscÌ,ilrcrl ql'e o eixc b da olivÍna é nornai rlo fl¿no
(l1l ) clo di arìante.

Fotorrti o'oçi r a f ì a iì 0l i v'i r'ra icl'i ¡mori'a de hãbi bo pri smãti c0,
cjrcltnclada nor ,luas outt"ôs inclusões, 1i
go irariente qlr:¡f ocal j zedas, por situarem-
-sc err nivei s distintot. .l00 x.

.Alin clas fcrmas cri slaiotrii'jcas (0ì0) e (ll0)


rcsponsãu:i s ncl o hãbi lo prj smãt,'i c0 , hã cie regì stnar-se .ri nCa
(rill), (0Ol ) o (l0l), l: I'otonri crorlr¿f i¿t 7 r'101ìtv'¿Ì uma jnclusão
dc olivina riuase prT fcì ta " ondc es tão presen b:s (010), (ì10) t:
(02i ). 0utro ,;xrlr:ipio raì"o pe Io '.rratl rle ocrfe ição ã ilustraCo n¿r
fotoni crografi l [ì, ondê e]ãm de (t,'10) aÞ¿rrccanr (l0l) o (0Cl ). Ä
f orrira ¡rìrac;oitlo j õ nujto r¿râ, f, os crjslrìs r¡i,:¡¿lmente são bj-
te'rmin¿idos sef un{!o (l0l) oir (0?l), Esto idìor¡orf isnro ã um indi-
cio, de que estas ìnclusõcs fol"nr¿lrerrt-st t0 ìrçsmo tenlirc do cristel
-63-

quc âs cont6nr. Sc el as f õssern nrã-formadas u o s impl esmente ti -


vessein sido englobadas pelo diamante no seLr crescimcnto, deve-
ri am apresentar al guma evi dônci a r.ia açãc do magmê. kir"¡berl iti co,
nlostrando-se reabsorvi das , cl i rla.das ou ai nda f raturadas, o que
não ocorre. Cristais idior:rorfos (Foton:icrografias 7 e 8), fa-
ccs vicinais (Fotomicrografia l0), indicam que a formação da ol ì
vina õ contcntpcrãneer ã do diamantc (Harris, 1968),

Fotonlicrografia 9 - 2 cristeis de clivina circundados p0r


ili p6rbc'l es ¡nômal as. î'!icoi s cruzados.
B0 x.

Fcram obs;.rv¿Cas outras fcrmas (gl obul ares, alon-


gadas, aci cul ares ) , c em mui tos cðsns ilssa 'i i^rcgul ari dade resul -
ta dc abaul anento dls faccs pi rami dai s (Fctomi crcgrafi a 9 ) , ou
do desenvolvimento do faces vicinais (Fotcmicnografia l0). tieste
último caso, a olivina ¡ssinaiada exibc urir conjunto notãvel de
faces vi ci nai s , conf:ri ndc-l he. fnrma quasa ci I indri ca c híbi to
-64-

bi pì rami cla"4c. Cri st¡i s dâste ti p0 são anontados prlr Gu[:eT ì n


(1953)) corno cxempìos ¡ie inclusões Cc ouôrtzo enr Ci ama;rtes brasi
leìros. Dc fato " alcjumas oiivin¡s ì nccl crcs j dj onorfas " I entbram
cri s ta is de quãÌ"tzo lilterrrninados r.jêf taì vez, û rr¿ão tlo seu en-
n

gano.

r otomi cro'.; raf i a l0 (,r'upo ,1e cr"i si:ai:: dc olìvinir' cOm âcr:ntua
(.10 ð r rc d o n ,.la !Ì I n t o rìe.g fa ccs I ilc cxenlFl af
ûssin¿laCo, f ot"rm obsÐrvacJas faces vici-
nais. 100 x.

característjca rlc tôdas ìtrclusões r-lc olivina


Ulna
cbservacjas" i cli or.rorfas ,;ut nã0" 5 a ausôncio Ce clivagens ou fra-
tur¿s. Cr cxcmp lar lla f otr:mi crografi a ì I ó uma exc,::çã0, podendo-
-su v,lr clarânent0, e su3 1Lt,ì5e scniìrclção oü duâs pðrtos, meclìan
tc ur'ia frôturr (O0l ) na rogìão rnoC janE. Ã nrimeìra vista" o cris
tal lerrbra um geminario" havonr.io inclusivo ccrta sii¡otriil e reìa-
_65-

ção ao pleno tracc jar.lc na f r:tl, 0 corr)fìortanrrntc 6irticc uni forrnc


Co conjunto" rnostrou tratûr-s¿ '"ìo un ínic¡ ind'i víduo. EstaS in-
clusões (sìlìcatos rlc rÌg) f ossi.ron cccfìcicnte í1e, rlilaLação linear
mr;itc r!iferente clc ciiamantß, r:m conserqilôncia ri¡rs diferenças r.!l
comFosição c¡uÍnli ca. Quando c l"tos¡er.lili ro r,:xnr:rinìentô v(¡.riðções de
tertêrùtLma, a ìnclusãc sof rít dìiataç:ãc cliferencial " fraturando-
-sû nas r!ìrcções cìe mînrrr rcsistôncia (rr.:g iõi:s Cc cief ç:i los crista
ìincs). l\ fotoHi crografi ¡ l2 foi tc¡nerla s;lçunr:)o uma rlireCão llll I

rl¡ unr ollerr,p I ar rOmbc¡.ìO¡çç¡firirf co, contenilc cù¿înas clr: ol i vi nÂs,


ccnl hãbitcs c dirrcnsSes vari ãvr¡ is. îìstñcâ-se i f orr¡a pri srnãti ca
quase ilciculclr, c c f .rrâlr,'l j snro entrt êlguns dËstr:s in<1 ivitjuos.
0utr"a f c!cãr: c.'.r.rctcrísti c¡ llas inciusões Co oli-
vina ã ð prosrnÇô (111 uar f ai x.', ;,rscttra ¡ìcc þan¡1ûncJo rl contôrno do
crist.rl, [ì.,r sc forma i.!cvi t!o a granrle :t ìforlnçi \.intre os inCictls
dr refração clr cl ivina (ß - i "67) c co cl iamantr¡ {n = 2,42). Ã
nicojs cruzaclos, ¿ì {-)lìvina 6 bil"rofringenti: (f:i,,toniicrograf ia 9),
c cìopcn.llnrJo <1a r-.spcssuFa, ¡tresenril-sl-' ¡me re lo cl nrô, vermeì ho e
vcrclc. Ëste com2ortêmÊnto f ac j I i ta a llcnl i zação rii-¡ s inC'i vi,:ìuos
nenorrls quc 50 Ì¡ , exetamcnto os ¡rai s f ncqf,lcntr:s ¡
Viû r:c riJgr¿, ôsts mjcroscónico õ prejur.lica
oxam,:
t1o pcìe form,r ilxLcrnii abaulaij¿ rlo diatnnnte, c tnmb6rir te1.ìs inclu-
sõos negras , gcì^almùnt{-. prõxìmas ou al;si:ci aCas ãs incl usões cri s-
tajjnas. A, conf ecçãr-, 4e s'"cçõe s plrnas no crjstal (jaÍìelas) atra
vðs ,:ì l po1ìtncnto, f1vôreccu o os lr.rr:.) nrorf clõgi cl (Fo tom i crografi as
7 o 8), c proscnvou s .lnostras n¿ìriÌ lrrbo'l hns posteriores.
.1

F ¿tril a dttr:rlniniçã,r Cos îndicr¡s rle rcfraçäo, h0u'


v0 nccal.ìsiclaC¡: cll l ibcrar a inclusã0, o qur,: loì real izadc¡ con des
trui ção :lo hospccli-.i ro. Unr¡ vos tlrs tacaCa , a o ì ivi na foj montôd¿t
na extrerrì j cÌacia cle ur't calri lar rle v i crro (Rrsenf,:ld, 1950), e imersa
suceIsìvaDonte en liquirlos rlo 'in,.l'i cos conhlci,:!os, tomand,o-se a
!ìrccaução cie coloÇ¿ìr .J crist¿ìl cfi xilol entro uma c 0utr¿ì imersãr¡.
0s valõres mccl iclos al Fri crcscõnì o c com enrprôgo de
-66-

Fotomicroqrdfia 11 - Cristal onaì de olivina, parcJalnen


u¡6ç--,¡.ci
te separaclo err dois for uma f rôtt!ra mcdl ana,
'I
00 x.

1u2 branca são os se ¡ruitrtes: (] ! ì,655" r'ì : 1,670 e yi l;692.


{lolocando ôstes val6res no grifico que relàciona propriedacles
6pticas e composiçto rìr,rTmibn (Doer, 11o{^r'l e ê ZUsblnðn! ì96/), ob-
tã¡n-sc unra oljvina contencìo aprox'i narlamr.:nte 90% clo l'lg, e f6rmul a
csLequionrõtrjc¡ (M9o,o Fo0,., ) Si 0¿].
Tn,r'ta-sc, portÂn i;0, do tôrno f orstcrì ta rla s6ri e
das olivinas aprls:nianclo I fliZ em Fe. Dados sonelhantas foran
encontrados por Lcìtc (196:)), en 6 oiivinns do Triãnç¡ulo ilineiro,
cujo tr""or dc I,ìe.r variâ r',rntrG B0 a 9B%. Estes dojs resuìtados con
cordam com aqLr6l os obt j dos por i-4eyer (1967 ) , anal isando 3l i ncl u
sõos de ol i vi na da Ãf rl c0 do Sul , com tcoros da i'lq ctltrc 85 ¡ì
95%.
-67 -

Fo bom icrcsref i a l2 Exernpler raro cotîtendo utìl cì{Jlomcrado de


cristais dc olitrìna, con âcen'tuôdo predo
nrinio de hãbitcr ¡r'ismãtico tl paraìelìsmo
e ntr': al Strn:i indi viduos. 10C x.

0s cl i agramas rie põ f oram o[i tl tìos enl câmara l]ebyc-


-Scherrcr modì ficada por 0andolfì, sc¡iLt inclo c procedirncnto des'
crì to na pãgina 20. Di:v ì do a-s ,.jinonsõcs reduzidns do cri stal tie
olivina ( a p r o x ì nl n rl a nl c n t I c,l rrlt) os rliaclrônläs co n t6rr um número
pegueno cle reflexões, pordm suf ìcient¡:s ¡:ana identifican a nûtu-
reza da incl usã0. ilão hã grande 1./an ì:agÊm erl obter lttr núne ro
rnaion de refiexões ã custa cie expos ições nrolongadas (72 horas),
poi s o "background" i ntenso que so f ùrna, cli l'i cr.r'l ta a rl j sti nção
e leitura das raias. 0s "tI." modidos estão contidos na tabela
4 ro l ado dos tôrmos extrr¡mos da sãr'i e i somorf a da:; ol i vi nas "
forsteri ta e fayalit.r, fornccidos ncìo padrão A.S.T.ii. (.l965).
-68-
o o o
hkl CF^(,i) 1/Ia cl
Incl tAl I/Ia clr.,(A) l/lo

tz0 5,ll 30 5,r3 2 5 u26 20


021 3,88 70 3,90 5 3,97 40
I3C 2,77 50 2,7 B 2 2,82 100
t 3t 2,51 70 2,52 c
2,57 B0
112 2 100 2,48 l0 2,50 100
"46
140 2
"25
30 2
"26
2 2,3Q 40
¿LL 1"75 60 1"77 7 l,7B 100

T.rbi-. la 4 - [s¡raçamantos intorplônâres r!a forstonita o faya


1 ì ta, comparados com os mc(.1 j clos e r¡ i ncl usão cle

diam.rnto colûtario no Al to I'r¡ci uai¡.

0 vaior C (.ì30 ) fornoct' e cnmpos j çãc quimica


aprùxìnìûr!ù, a pârt,ir clo r;rãf ìco cle Yocler c Sahama (1957)' que
rcl..rciona êsniìçamentos i ntcrnl rilìllâFCS c ¡orconta0rm de mâqnõsio.
T I como acon iece ccrn os ínc'ices cle ref raçãn, cs esnaçamentos
(r,

rcti cul ercs 'l cì o l i vi na aumÊntem I'i nearmcnte coûl l) i ncremr¡nto clo
tec r enì f errc¡
o^
Uti I ì zancìo c va lcr Cl go = 2,78 |, obtem-so uma
cilivìna c0ntcnelo aproxirnaclamcnte 90% ç)<t li¡r (forsterit¿ì), cclnf ìr
mcrnclo os ri:sultados fornec jt)cs peìos f nll ìc,ls cre rôflaçãor

2 ) bi ariiante

Inclusõcs cle ,:liamante no prõnrio diamante são re


I atì vamente f reqtlente s, a julr.; ar pol as refcrônci as clc Sutton
(1921), r,,lilliarns ('ì 932) c 0ubelin (1952). Â côr c û hãbito tles
tas ìnclusrles são variãveis, por'onc1o concordar ou não c'.'m as Co
hcspecÌei ro. i'i,:-¡ rrr j moi ro casc,, a i clcntì fi cacão torna-sc Ci fici I '
cm v irtr,rCe de ¡mbos, llr;sporlci ro c ì ncl usãc, nossui rcm o mesmo
'
incìicc cle rcfraçãc. llostL côso, sõ a rlÍfraçãc cic rai i.;s X Doclc
r¿vclar a nriisonçe clo sogunclo inrli vic)uc (11<rrrìs" ì969). Il inc-
-69-

xistîncia de tr¡bnlh¡s sisLûnìãtìc0s sr:iì nð,turoaâ, sugcrâ û oos


.r.l
sihiìii.lr.cÌç rjcs bas inciusõcrs s0r'(ì m tru j'b¡ tii,',is f rcqllrn le!i .lil ''lUC
atualÌrlntû se supðlr
Quando o ,.ri ¡manto- inciusõ,: ¡ìnroscntô Çõr r.lif oran
to, ccr-ro no càsc dag trôs ei,'ros Irås cstu{!â,.1¡ìs, 4 sou reconheci -
mcntr r¡)de scr conliuzìrio iroF 4xâFe nrjcrnscõnicc (Ep¡lr:r, 116ì ).
Uma cl¡rs inclusõcs (Fr't:,miç¡"gr":f irì ì3) -i cjnz¡ r; tre.,nslücicja,
Ce s t.l c ¡ n rlri - s c rìo c(tntf {l Co hosi\¡d0jrc incolct" e lransnaronto,

As dirne nsõcs rlo cxen"iar (S"6 cm), c r fato '1a i ncl usão se aprc
s¿ntôr â!,'ùr'rcrs lìùnc j¿ìl[ilnbo onr]loi:¿r(lao ¡.:rntì telì qi.]c ð sua dctcr-

Fotonl c!"{ìqrð.'È j a 13 - .tnc1L,rsão iìrôcrcscöp'i ca rlc ,l'i emante cle


rf,ì¡ li{)b(l.:ìro cl0 t a c r n r,l0 - s c ¡eÏo
'f O
-s

relôr,o supr:nf ì ci ¿l rtrloscr e ì rrogul ar'.


I vista rlls,rrnec!a rrss¡1ta-se tlla cc
ilraçño fr¡ronte (cìnza r:scuro), rrm
cìi
contr¡st{l inr;'r o irospecle iro ì ncol or íl
'bn,rìns ir.". rîntíì. ?0 x.
-7 0-

!1rinação sÈ linûcesse rrac!cìscõÐi cane r-1tq. irlola-se a inda, que a in


cl usãi.. i;ossui forna i nclr:f i n'i d¡ e reIôvo s,.: lerficial irregular e
rugoso, contrastaniìo com ¿:s f ,iccs pì ali,,-,s octil6dri c¿ts rjo hospe-
d e i ro .

Leì to (ì 969 )
não obsc-.t"t¿ou nôs êrìtos tr'¿ls do Tri ãn-
guìo íjine.i ro, inclusõr:s cie di¿rnrantc .Cr côv rji f r¡renta. fim compen
saçã0, clr:scrrvou dues incl usõos i n t o r" e s s â n t r) s , uma ¡arci a1 e
ou bì"¿ì totainlentc reci:i;ortas prrr i nc'l usõl:s nî('r¡.s rlo na iureza rl0s
conhecid¿ì.
0bsor"v¡rlo ð.- j {.rz noliriz¿\dð c rrico js cruz.ldos, o
d i ,r r¡ a n t c - i n c I u s ã r¡ não anrlson ùa ev idânr:i¡',s do ðnisùtroÞismo
.l96ì
(6rruvushov r: l,l ikoler:va" ), iL,.¡sde rìur,. lodos oxr-.nplares exa-
r¡inedos mostrcnì birrefrinSônciâ ainôrniì i,'r ôst{ì corlìlror"tênùn to fa-
"
ci I i.ia o reconhecil;lento de ssas ì ncl usõ.$.

3 ) Granada

Contrãri encnt,,r ã olivina Ê ù0 Sr6prio diamante"


as inclusõas de granada são nuìtc rf,rns (Ha rri s, ì 958). Entrr:
as anìùstras do Al tr Aragual a, foraa idrntìficados apenas doi s
exernplares iìirstà jnclusãi¡r o ¡ r!bos, cofìt'i d¡s no nlosmn di.rrnilntc
([otomicr ûr(ìf ja 14). [J ncsrilo s r,. v,.'r rifica ni]s dìamantes do
Triãnguìo i4in¡ìro r-.nC:,- L3i\:e (.l96Í), 0bsùrvil¡,,r ¡n.nas tres in-
cl usões dôste tì prr Fatc s:mol hantr"r Dûrilce ocorrer na Ãfri ca do
Sul
"tehdô
iicycr ('l967) ctescrìto l4 i ncl usões dc iJranade cbn tra
39 Cr'r olivìn¡.s.
lirbor¡: mLritc rarrr, i1 1;1l'iìnôda poc(,) sol" fãcilmente
iCcnti f i cacla ciir vi rtr.r{.1î dc pr¡ssuir ¡roprìlcìedc.:s b¿t". difarentes
dos .Jern¿iis "nlìncrais inclusões". ûs il¡is cristais cstudadcs são
icl r cnorfos, cxih,in¡,10 hãi:ì to i cosi tt:traãrirì co r.r dinrcnsões prõxi-
mas rie 0,ì nrm. 0bscy'vacia ao mi c¡o:jc6p'i c, ¡ fl n¿lnarla iìprosenta
côr ve riral ira cl ara, cìri(i se 69r¡tif i c¿1 na r¿ l0nâlìrlaclc rosa, atrós
sar dest.ac¿cia Co hosl'i:rloi ro. Is'lô variaçãc taìvr:z sejê prov0ca
cla por i fercnças clc inrl lces dr: riìf r¡ção (Sranad¡r = 1"77 r: ia-
11 11
-71 -

Fotonticrografie l4 - 2 cristeig r:!e granar)a, (ì q u j d i r¡ e n s i o n a i s ,


cn nivcis r.i istintos no hospr':cleì ro. A f o
cal izaçãr¡ f oi e justrìdð ao exemÞ'l er i cosi
tctraãi.1ri co, ine is reçul ar¡ 60 x¡

rir..\nto = 2r42)" rcsponsãvlris t¡r' r¡fc jtos ónticos no cDntðto r.los


clois mi her¡j s. Com lu? ¡c, larizad¿r e nTcol s cruza,:jos, a grana4a
ô cal acte.Istì cðmaì1 r-- r¡onorref ri nlen Le o nc ì ntcrì or a f ora Co
1:

hcspld¿iro, não se rl,servanc!c nualauer indicio tìe birrr:fringôn-


cia anlmaì¿l . Este cor,trortanìon Lr) õi ti cc suû0re urna Sranar.la lnter
rner:i ãrì,r ci')tr0 r,.i rDÞo o ¡llmanclin¡, uma voz qtic os cl,¡nla is ¡neml¡ros
c1c:ssa s6ri t ( c s p s s ,ì r t ì t r , anrlradì La, rr¡955r,r1ãria c rrvarcvì ta),
r,'

gcìralnonte são anis[¡rnnos' {l]eer ot al., 1967),


0 ind ice de rafração foì cletcrmi nado scgui nclo o
¡iìesmo proced j nr.:nto usado para a ol ivina" 0 valcr encontrado
-7 2-

(n=1 ,77 ) ã sìmilar aos forneciclos por Lcìtc (1969) e ile¡re¡


(1967), para inclusões do Triângulo ii j neì ro e Ãfri ca do Sul
rGSpùctivamcntc (TabeIa 5). A t¡ibala contãn ainde, l3 deter-
rninações de R jckwoocl ct al. (19i0), dc granadas constituintes
de e clo3itos di\ Ãfrì ca do Sul.

Alto Araguaia Tri ângu'ì o Ãfrica do Ãfri ca do


(l rrnostra) l'linciro Sul Su1
(2 amostras ) (14 arnostras) (13 amos-
tras )

Ïndice de
rcfração 1,77 1"76 - 1,78 1,7() - 1,78 1,774-1,741

Tabe I a 5 fndi ce do rc.f ração dc i ncl usõcs dc çranadas em

di emantes n¿.ìtur¿ìi s.

"n0., mcrjl dos no di açlrama de ¡6, const.ìm na


0s "cl
tòbo l a 6, cntrc os c0rrûSnoncl;ntcs das csnãci es ni ropo e alman
dìna, retìrados tlo n¿lclrão A.siT¡i'î ¡ ()(-ray Þotldr:r fiì0, ì965)'
o o
hkl d
pl (A) I/I,o dln.l. (A) r/to dnl (A) t/1
'o

400 60 rlô
2,88 2
"87
5
.l00 100
420 2,58 2 10 ?.
"56
"57
4?2 t 1ñ 30 ? ,36 2 ¿ e;r5 ?0
510 2 o26 2 2 20
"26
611 1 oB7 40 1,87 2 1 ,87

642 'l,54 50 1 6,4 5


'I |;/ 50

Tabcl a 6 - Espaçâmentos i ntlrpl anarcs tlo pi rono (Pi) e alman


cl ì na (Â1 ) , comp.rrados com os cia i ncl usão presentc

no di amantc do Al to Aragu,ria.
-7 3'

0 comportamento 6rJti co (moi¡orrefri ngôncì a, indi "


ce cie refração = 1,77), combinado com as reflexões do dìagrama
de rõ, sugerem utra granada i ntermedi ári a entre pi roiro e alnandi_
na. Conforme Deer et al. (1967)" a ocorrância de ti¡os puros õ
extremame n to rana, verjficando-se comumen te mi s turas entre os
têrmos principais. De ac6rdo com ['lrisJht (.l938), granadas cons-
tituidas de piropo e aìmandina com nrcclominio da primeira mold-
cul a, são caracteristi cas de rochas ul tra-bãsi cas (neridoti tos
e ki¡rberìitos).

4) I n cl usões ncgras e otttrôs

Inclusões negras (vul garmente denominadas carvão) o

com formas djvers¿s (placas" lìnhas, asas, nuvens, etc.)oforarit


observadas em B0% dos di âmantcs estudados (Fo tom i crog raf i a s l5
e I6). Apres en tan- s e orientadas segundo pl anos (lll ), e ãs vô*
zes, associadas ã outras inclusõos cristalinas (olivina). j!
determinaçãc da sua natureza c0nstitui ainda um nroblema çrnLYo
vertido.
cialm?ntc, foram ìnterl\rctad.as por Fr.i ed':ì
In'i
(1923 ) como materiais c.rrbonosos, sofrendo combus tão instan Lânea
ã chama do maçani co. I¡fiiliôns (1932), admìtiu que a maior par''
til corrospondesse ã partículas origìnaìs r.la rocha matr"iz, eng i.tl
badas pel o di amante durânte o seu cr0scjmento. Segundo Gubel in
(ì952), estðs i ncl usões se ri am opì gen6tí cas, podondo ser grafi -
ta" henratita cu nagnetjta. Eppìer (196.l) refere-se ã menchas
necJ riìs (carvões) ccnro sìmplcs fraturas intci"nas no diamante¡

Loì te (1969) execu to u anãl i se quimi ca rlâsse ma teri al na micro-


sonda de Castaì ng. Nenhum el emento quîmi co foì encontrado, ex-
ceto carbono, o quc derá-l ãs def e j Los
le vou ês te autor ã consi
do reticul o cri stal ì no.
A irregularidade dos contõrnos" o decr6scirno Ca
côr escura em direção a-s bordas, o o fatc de se desenvolrrerem
-7 4-

Fotorni crografi a I5 - Incl usão nlgra nl acoi clal i sol ada


no hosper!oiro. 64 x.

no rma l mcnte ã l11l | , s ulorc f ratur¿)s (cl i vegens l hternas ) no


cor¡ro clo cristal ¡ Estos 3ctôres cln clivagon constituonl rcaiõas
<jc vãcuo, funcion¡ndo cotno loquenôs lentos :u cunhas r para ¿ì

luz incidente. 0 alto v¡.ìor i:!o inCice c!l rcfraçãc do r)iamante,


f crcilitari a f enômeno¡; c!e reflexão trtôl n¿\ !1ass¡ìgeln da luz' atra
v6s destas regiões, tornanclo-as ent-lcrecida.s.
0 r:s¡ì nõ'l i o e o pi roxôni lr, são i ncl usões provã-
v".is, po16nt nãc conf i rmaci¿ts .lttallïcì1tâ. 0s excmpl ares quQ as
cont6¡r foram nroservaCos ¡ara anãìjses nrstoriores na microscn
<la eletrônjca. São comuns aìnCa, rneteriajs rlc cõr vcr'lc e mar-
ron (argilas sacunr,lãr j as ?) intt"oCuziCcs ao lcngo rie fraturas
e p l anos rle clivagen.
Fotomi crogrclf ia I6 Regìão clo crist¡iì contenCo um àqlÔme
rario c!e i nc'l usõos nsgras. Destacam-
-sÊ ðQuel as ao ccntrc, I i neares e
orientaclas. ¿0 x.

0 conhecitnontc clas i nci u$õrs sl nOentticas do cii a'


manto" ¿ìprcsenta cluplo interãss(''. 0 prìmciro se relaciona ac
manto superior, rìue 6 a rcgìãc mais provãvel de formação dEste
rnineral (Kennedy e i.,lordl io, 1968). A ccmposição mlneral69ìca
desta faixa inecliatanente sçi¡iacentc ã crosta terrestre, E 40.
f in.iija por um eqllilîbrio entre olivjna (forsterita), EranaCa
(pinopo), orto¡i rcxônì c c es¡ìnõtio lRi ngwood ' 1970 )Ç i\estas
concli ções, as i ncl Usõcs cons ti tuom vordadoi ras ônc S trâs do man
tc, e com a vantagerì clôstes ninoraìs chcgarem ã superfície isen
tos de quaìquer aì.tcração enl sua qornposição qufmica,
-7 6-

0s mi nerai s i ncl uÍ/.os constituem excel entes tcr


rnôtnctros gocl6gicos, atravõs rie sous rìiagramas de fase, sobrc-
tuCo quando combì nadr¡s ã v¿,ri açõcs rle fatôres Suol6¡i cos (grau
ge otãrrnico, prcfundidôcÌe, ctc. ), Sunerncndo divcrsos grãficos
disto tipo, 14eye r (l96i), ostabcìccr,ì!.r e ¡¡".giãr,- mais nrovãvel <1e
fornração cio tiianante na naturez¡, (Fir;ura 3ì ).

*f_t__7_

E
Y

ã
td

Reolõè
d€
cllotttoñ "oo $
S Q
2
l
\- t!
o
fr
fL

500 600 ðoo tooo l?oo 1400


TEMPERATURA 'C

Fìgura 3l - Camno de eslabilìcla r-l r.l': al lumas i ncl usões


do diamante.
-77-

A ccrs ('",ari cciltlc ¡rllinrõrfica ria síiica)" iclen


ita
tifjc¡rÌa por il'i ileclgc (196'l), r'1r:fìne os limit.¡:¡ suni:riores r-ìe
rrcssão cnvolviç.!as nri f ormaçãr; rro di¡n¡rntr:. Pocle -se observa'r
.¡uc o ììnlìt: infr:ricr clc cani,c rio r:xictôncia da cocsita, abaixo
:Ìr qual rrcr,rrrc quartzi), sjtua-s1 i=or¡ Crr car,:¡c rlc cìi arnante. Con
s o q tl c n t c m it n t e , 6 impossivel a îxi s tânci a iìe quartzt ccmc inclu-

são ¡;ri rirãrj ¡ m lì ì ¡nran tc .


r..:

llo tlrùsiì, o cnnhQc jtiiott¡ 'Ìas inclusõos ôprescn-


'1;ô si-rnìf ìcado ¡arb icL.r 'l ir, cm vìrtur!c da neturcza sûcundãria de
nossùs ocr;r"rôncial di¡rnantífcras (nìuviões). Quanric correldcio
n a,.ìâ s ã assrci îções r;rii¡,rraiãÍjc¿ìs tipi cas c.le kimberlitos
(Smirnov, l!59), l"ef ìet0m notãveis sirn.ilarideCes coßl os minerais
lrirrãri âs .!cst¿1s ncchas. Smi rnov {rsturlou divotsos kimberl i tos
¡1r Sìi¡õrja (Zarnìtsa" ilir, Az¡adochn¿,yâ c Dalny¿¡rn), o scus re-
sultfldcs incluL:rn '¿arnL'ãm cs lì^ciìut0i.i di: alter¿cão [ìais comuns
ncssiìs jaeìclas (T.rb':ia 7),
,,1t'lerô1\l ìiinerðì s iiinerais
iflr;rAfli)S ;1.-ã;ìri ì1ij'l cos li¡cun¡l¡.rìos

olivina ¡ In;ìna1ì'ì4, r:1ôls1 a1I scl^lenti ncì, c lori tô


pi rcpo hì pcrs i:ôni o, apeti ta qr,ìârtzr, cal cìte
C'ì unrclntc: ci ani t¿t, cs¡i nõì i o r.lll cmi ta, ìeucoxðnio
crorncJsì-.\i nãl ío i¡ii¡tj t¿r, ¡rl a,¡ìccjãsi c j inronita" niri ta
u11Ì)S I1r IL' horntri r-.n¡ia u ruti 1.,. r¡,:;lct j ta, ca I cedôn j â

en$tati lô ti tânj ta, zi rcär¡ hìrrrorn j ca, barìta


fl
ogopi ta nar¡noti ta, tu rma I i n;r i.erovs!(i t¡r, f logopìta
magnati La ca I ci ta, clolonite bjotita, vermì cul i ta
lmcnite
'i qLr ¿ì rt zo es tronc iafli ta
perovskìta

Tabcla 7 - Ccnp;siçñrr mi¡1*'¡¡1i'¡ ise ¡l¡, kirrbcrl i tos sì be


rì¿\n()s (Snri rnov, 1959),
-7 8-

C ) Esnectros .inf r"rvc,rqel hos-

1 ) Cl ass j f i cação bas¡ra¡in no coÍrf orta¡ìí)nt0


is rld.i ôçõas ì n F r n tr r,r rr¡ ':: l l¡as

l a s ¡; i r' i c a ç ã u'' clos Ci tlnântqs cn rloi s grupos d'i s


l\ c

tintos, Cenorni nacÍos tiìlo I ì ll, foi lìr'onost¡ì nor Robertson, Fox
.: Lertin ('l1134), e basÊi,rva-sG n;!s cll fene nças d,-' propriedadç's fí-
sicas c.lx jbiclas p,*ios dois !'runcs (Tab,:la l3).

Proprì edade Fis Ica Ti po I Ti po II

I n f r a v a rrno I h o e b so rçãc Çntre não,liJsorve


b-'l3 tr
Ul tra-vi ol cta 'iorL; "þ5r'¡clo 1..ra frrrtc .rlrsoçÇão para
À .3.000 l{ ¡ 'Z¡250 H

IJ j rref ri nge nci a fitr'le fraca oii ôusentê

i.lorf ol ogì a crist¡is born fo rna 'i rrcg u ì are s


dos

Fotocon du ti vi d¿tdo frac,l 'Êorte

rll l r¿ìC¡O dLl rA1ùS r:fl:xões nnôr,rii as eusentos


^ (spìl<es)

ï¡.i,ul'r B classifìcrçãu I e fI" ce acôr


clo di ar¡entc opr ùi r''ns
do con ¡ viìr'l ação do pr{l¡rìaciades flsìcas (Robcrtsoh
.t rÌ." 'ì934).

Após o trabral ho ¿lc ?obertson ot al . , os di amantos


natt.rraìs torndram-se ()bioio tli: intûnsi:is iìÊsquisas. 0Llstens (1952)'
t:stucland'¡ c ri n,l u t i v ì d a d,l cm cri staj s dô gru¡o 11, olrservou quc na
rlal i dade, ni:n .lcclr.rs rlì ar¡antcs dôs tc ti pO ¡ipì.esantavarn îssc ef e i -
to, sr,rbct iviCinrlo-os tlm lla c IIb, 0s dianìôntGs rlo tìpo IIb são
-7 9-

t,'arcs, gùrâìrente Ce côr azui i: aproscîtarn rlranrlo intarôsse palo


fato r! l sr:rcfl semi-condutcres, pr.rssuì nclo rr:sistividlrics da orCem
le l50.ohn-cn a 'bemp'.rrûturas ð,nbicntas. AcJuôlos cÌo crupo IIr.o
:mLcra trons¡ri t,r rrl rad jação Cc comnrime nto dc oncla 2.350 A, não
;ão srrni * cr:nr"lutorcs.

, iìlackwell c Sìmerra'l (1954), analisan


-cuthcrlanr!
dr: diversos rsn6ctros tipo i, sLrbclivi rii r¿,trn os ¡ìcls rlc atrsr:rção
cl¡ intervaìo ö-13r, (1.670-770 cm-i), tlr rlois grupos distintos,
den i n a n d rl - o s grupos A e il (Tabr ì a 9).
¡:, m

tiruno A firupo i-r

r(u) cV r (r, ) cV

7,BC 0,159 7 ,n1 0,177


B,3l 'l ,)J 0,l7c
r1 ,149
:,¡rlJ 0 ,I 36 7 0,165
"51
arrJr' 0 ,145
g,|j7 )
"1?1
l2"BC 0,097

T¿rbela 9'Classìficeção clos picos ..lo ìn'tenv¡10 ô-13


(l ,alo-lltl a*-l ¡ un grufos A e ß

(Suthcr] anci ot al. I954),


"
Kaiser c Bonrl (1959)¡ atravõs rlo anãl ì ses quinri-
cas" rìetcrminaram quc o nitrogônio 6 um.r innureza comun cm toelos
os c.li arnöntos tiaro I, atingin,,Jo ccncentrações (ic at6 0r2%. Invos-
'Lì g,rncìo a sua inf lL¡ôncj¿r nc cornportâ¡ìento õptìco r.1ôstes dianlantes"

concìuir:m fluc e jîtcnsicl.rrlc clo ¡-.ì cc a 7,8 u (t.lS0 a,n-l), varìa-


va linr:armento con e conc':ntração rÌôsto r:l er¡¡cntc (Figura 32). Con
cluiram que o nìtrogênic lresonte na rôrii: cristalina sob forma
s u s t i t u c i o n a I ou intersticìa1" '-ã o responsãveI nol as aLrsorções
i.,

ùntre 6-i3rr (grupos A c !l clc Sutherlanil ). i:ì grãfico cle Kaìser e


Bond tom sido oxtrei¡;amcnte usadr no cíl cul o c!a ¡orcenbôí'êm lle ni
- 80_

tro¡ônìo (L'i r';irtowlers e Dean, l!164), pois os nãtodos triviais de


análjse (espectroscopìa de enissã0" fìuorescÊncia de raios X) não
possuern capaciciade de rcsolução sl;ficjentes n¿rra closar elomentos
l eves (2ru = 7). Ncs te caso ã neccssãrio lrvar em c0n ta o coe fi -
cionte¡ au absorção do cii anantr: ( 3xi04.,n-l), r-- tomar o espðctro
j nfravermclho orn amostras cle ,çìsne-csure, constônte.

o
o

+
.9
,r--

(J

Figura 32 Grãfj r:o usrCo na detorrnì nação da concentração


de nitrogânio" a lertjr d¡r irìtensidade clo ¡ri-
co a 7,8 u (l.lE0 cn'1) (Kaiser e Bcrnd, 1959).

Smì th, m, 0e1les c Lasher (1959), observa-


So rok i
ram quo certos djamantc's ti po I, com teores bai xos cm nitrogônì0,
aÞrescntavam ressonãncia nucl*ar magn6ti ca. Sugeri ram que êsse
cornirortamento cra causildo pelo eìetron iìxtre, r.îsr,rì tanto da subs
tituição Cc unr ãtomo ilr: carbono por nìtrogônì0. Tornpu-sc evidcn
te, eue os centros de ni tr"ogêni o determi nados ¡or Kai ser e Bond
(1959) possuiam natureza qif crentc- daquclcs investigados por
"
Smith et al. (1959). Elliot (1960), sugeriu a 'rossibilidade da
-Bl-

rìiaior parte c.lo nitrogênio s'eEregar-se no j nteri or do cristal,


constj tui ndo ¡l acas paralel as ã 1t otl ¡. Apenas uma pequena Dar-
te (cein vôzes nlc'nor), substitui ãtonos ,le carbono, resul tando
Ci anrantes parama0n6ti cos.

A h ipõtese de El I ì ot r.:stava a lì cerçada er¡ traba-


Ihos Ce outros nesqu isadores sôbro o comDort¡ìmento an6ma ì o do ti
po I na Cì fração cle raios X. Sahia-sn quc' t:stes cliamantes a¡re,
s;:ntâvänì rr:f I r¡xõr.,:s anôt,lal as (snikes), ouc não podìð.m sen ex¡l i-
c¡das st:nã0, rdmi ùin'jo-se a cxìstôncie cle planos paralelos a
(.l00). Frank (l!i56), foi o primeiro autor e rclacionar css¿s
reflexõcs ã prcsenç..r dc intpLtrezas (ãtomos dc silicio no rnticuìo
cri st,:r1ìno). Coticha-Ëllìs ç: toch ran ('l958), no s tra rem quc os
teores em Si r,:r¿r;¡ insuficientcs nâra crigìnarent nicos de difra-
ção. Illict pronôs r:ntão, que o nitrogônìo detorminôdo nor
Ka jsur e lJond (1959)" ro,Jia fort;ran ¡ii:cas Pâr¿rlQlas ã (t00), e

nestÀs con,liçõcs, lrocìuzir rJif rações anôrqalas. tsta hipõtese


foì ct',,nf i rmada por Ëvans o Phati (19{ì2), pcr rlcìo de microscopìa
eietrônica. Lltììizairdo arnostras rcrluzidas i ospcssil ¡'a de alqu'
rias u , þeìa ação rJe agontes corrosjvos, obs<.'rvaram inúmlras lâ
nrinas istrlaclas i: orienLadas, cl istli huîrJas nc ìntcriollo crìStal.
Dyc r, , rlu Proez e i"cLlbsen (l965), rel åcì onan
R.ral
.Jo a f orrn¿ p,- lr qunì o nitroqõni( sc ênres,nt¡ì nô rlde, com os
grurcs A e B de Suthcnlanrì (Tabala 9 ), cotttpìetaram a divìsão do
tino I nos Snbgrulìrrs Ie., e ib¡ 0 tipo Ii, com nläcas submicrosc6
ricas (6d0 . t ¡000 fl¡ r,tr: nitrogãrli c, ã a varioCatJr: cspoctnogrãf ì
cr majs f rcqllcntc entrr: os rl iamentç.s natur¡i s, c0n ¡ì cos de absor
çãc cin 7,8u (1.280 cn-'), t"ru (1.224 .r-l), ': 9,'l ¡r (1.100 .o-ìJ.
0 ti ¡,.r i,,, paranragnõti cos pûr contcr nítrogânir,. subsiitucionaI,
1
anrusJntt vìbr'rçõcs 'r 7,C ¡ (1.430 crrì '), 7,3 u (1.370 cn-l '),
8,5 ;. ('ì..I75 cn-ì'), 10"0 ¡ (1.000 cm-t') c 12,3 r, (77íl cm-t').
Ëstirs vêniedades forem ç-'ncontrar.las entre ðs amos-
tras dr-. A1 to Araguai a o cxcltttan11o-se o ti po I Ib, ausonte no i oto
¡s lLrrlaclo. 0 tì ¡o IIa (fi our¡ 33 ), nossui ¡,rn eslõctro i nfravor-
-ö¿-

melhc e xt remame n te simÌ lùs, iã rÌurl ôstcs cli amantes são comP 1 e ta

nente isentos dc innurezas.

COMPRIMENÏO DE ONDA (t,)


4 5 6 78 9 r0

.9
o
c
<o
-o
L
o 0,4
r/)
,o

t,51*.
4.000 3.500 3,000 ¿.50c 2.000

Frequ ôncio (cml)

Fìqura 33 Es¡ectro cle abscrção ì nf raverme t hr¡ rle


r'ianr¡ntu IIa.

A¡resentam uma ünica i)andå c!e ahsorÇãc ontro 3,8 u (2.050 crn-l )
a 6.0Ir (ì.59C cn-ì), 'rcsultônte 11e vìbrações provocarJas pelas 1ì
gações C- C. Dav i do a sua nôtureza, es íã presente om qual quer es
Jrðctro, acrescicla clo outros picos resu ltantes de Ímpurezas,
conforne o tìpo 0 s p e c t r o l¡ r ã f i c o . 0 ti no I Ií.¡ embora semel hante
ao ila, cont6Ìr a bs o rcões extra (!lcde¡rhol, 1957), nas f rerl[l6nci as
de 3,43 rr (2.940 .n,-l¡, 3,58u (2.8C9 cm-l), 3,60rr (2.793 .r-l¡
"
4"OBu (2.4s2 cm-l).
Êss,l comnortamrnto especi a1 õ devi do talvez, a
existôncja de ãtomos ce alurninio ne rôd,.: do diamante" a impureza
rnais import;ntc dopois Co nitrogônio (Lightor'r1e rs e Dean, 1964).
Entre tan.lo, o iÀl não 6 utn substitujntî ¡crfeìto parâ o carbono,
rlada a grande dif0rùnc¡ cle raios ¡ìt6rìi cos (C = 0"77 A e Al =
.l,26 A). De outno litclo, como o A1 õ 3+, não satisfaz as liCiìções
-83-

ill:; Íto¡ro:; tliziilil.rs, ',.ûi s i:ll t ri: .lf i;rcns ))(r'jrìrnos, rn¡i.i¡nio
o C tern quatro, r..sultando uma dcficjôncia ctc elãtrons ne ostru-
tur¡ eletrônica. /\ prcscnça de rtrì pcrmìtc quâ os el6trons ex "a
dos carbonos pr"óximos ao Al s.., movimr:ntcin ncìa rôdo cristalina,
tornando o di ananto so¡li -condutor.
tnbor,l quase t,odcs os dianlantcs contenham Al em
toores suficicntcs parô tonnã-los c¡ndutirros (Raaì, lgST), a maior
parte ñ unli solante pcr"f .:ito, cm v'i rtudo dc possuìrcm tambõm im-
purezas de nitrogônic. Conro o niùrogînio possgi um clõctron ¿r

maÌs que o C no nivcl 2, ôsse cxccs so Dr;de atender os vazios dei


x.rclos po lo Ál , c o cni stal õ conclutor.
nãr¡
Es:cr hipõtese foi reccntemcntc coìocacla em divi-
da por 0olìins o l,l illìarls (197,l), os qua.i s acimi tcm sor o boro"a
irrpurczo rls¡cnsãvr'! ¡r.:1a ccnilLrtib.i lieraclc clos r:!iamântos lIb.
0s iipos la c Il: Fìguras 34 o 35 rcs¡rctivanlen-
to), distinguom-se fäcllnlontc de IIa ¡or contcre¡n um sistoma par
tjculav' tle picos cla ebscrção na rcqiãl onr.jc aquôle tipo õ trans-
pðrenta äs nad iaçõr:s rlo inf ravern¡clhr:. t-ntrotantor ô rlistinção
entr¿ I¡r e lh não se onÒrô c ôrl 11 llostTìit facil idadc, cm vi rtudc rla
r;rss ibi I irladr-. r.lo cr^istfll côntcr nitroqônìo sob cluas formas cìis-
tintarj . Essc problcnia jã .focalizacjo nor rÌivorsos ðutores (Du
Prci,z ,-. Raal, ì965), p'lclc scr contornûÀo nrotarancro-s,) o espõctro
on atr,c,stras r.lo cs¡csslt ra citnstnnto, arn vãr.i as i roç:õcs. trleste
r_l

cas.)p a :.;ugostlo dl iti itcholl (ì96,4), .'r, cruo os t.icos em lh gcral-


rnente são rraìs agurlos .lue m Ie" ,.."¡'.. s¡:r útiì na sef¡aração Cas
1:r

absorçõcs. ilr.r ¡rt sonte esturlr, a classificação clr; bi po I basi.:ou-


-se nL padrão (Figura 36) ric Lìghtowlors o Dern (i964), consìrlo-
n,rnr.io-sc ainrìa, a intr.:nsì d,rcle rclativa cìe carlô nico nc rliagrama
ì nf r¡vcnr¡e I hc.
COMPRIMENTO DE ONDA ("p)
456 t8 t0 t2 15 20

.9
o
c
<o
o
o 0,4
u)
-o q6
0,8
tr
r.cl
l,l ]
1.000 3¡00 2.500
Fre<¡ u êncio (crn-)

Fi gurc 34 IsFrctr(.i ci:l absorr:ãi' infr¡rverm,¡] ho rle


i'i¿r¡¡lntc I¿.

COMPRIMENTO DE ONDA (t)


4 5 6 7 I I t0

.9
o
c
(o
o
o

{

Frequêncio (crria)

Figura 35 Is¡octro 11c absorção infravermci hc


rl i .rrna nto I Lr.
]5-

o
lo
o
-o
o ô.B
d,
!
ot
.t-
c
.q
.9
6)
o
(J

oJo q,rz qr4 0,16 o,ra o.2o o.ro o,r2 o,r4 0.16 qra o,2o
Energio em eV

Fì gura 3ú Pìcos c¡racteristicos rlÊ Ia c Ib, cuj¿ìs


intcnsìrlar!cs vani ¡n côrn r 'le or em nitro
gônir; i: csfìi'ssur' cre anostra (l-'i girtor'rl ers
e iJoair, 196,i ).

En¡ um ûranrlr: nümc1^o do ânostras ¡ a suterposição


rle picog i ntrrns,:rs ii i1räx jríos, c s l. o c i e I fiÌ:) n t | 7,8r. (1.180 cm-1) c
-1 'ì., I;r cc'rr. B,liu (l.li5 cm-ì ') 'o Ib, ^u.ro scr r:1;
8"lu (1,22) c¡t')
t¡l orcicm, quo a s{:ì'(ìraçãc cr'1 Ia ¡u Tb ùornrru-se imnrati cãvel.
Es tos ti ros jntor¡rerliãr'i ¡rs i¡r - Ib (l-ic,ura 37) nnresontam invû-
riãvelnrei'ìtcr una bðn/1.1 quaso sir¡õtri ca, centrarla om 8,31
(l,210 cr,ì-1' ). /r.lntitc-s.: n.s tl-( s 'ltrìs I;t ;: Ib, n existôncia
rìc ì i gações tl -= il I C = C, rlstoct ivenrr:nùc, s qua is são re snon
,:t

sávcis f,elas vibraçõcs irartjculares cÌ,: ca::a qrur\o (C1ark, t965).


For¡¡r observarlas certas rrari c',laclt s cirrì ccr.ractl-.ris'ti cas interme-
ljãri¡rs ontr! í)s tipos I r: II (Figura 3B), a')rescntiìnd.) um sis-
COMPRIMENTO DE ONDA (¡)
q0
2,5 r 4 5 $ I q 9r9 r3 rp 2p

.9
o
.3 q,

3 q,l
€qq
0,6
t,0

Frequencio (cnil)

Figura 37 l:spoctnrr rle absr:rc;ãc j nf ravr:rmel hr,r

rli eri¡.tntc jntcrmtj,:.i iãr'l u la . Ill ,

COMPRIMENTO DE ONDA (-p )


4567i 6 7 0 gl0 12 15

o
()
c q¿
<o
o
o 0,4
o
D
<;'; 0,6

r.0
r15

2.500 ?.000
Frequêncio (cm-1)

Figura 38 Ësì)rictro rir, at.;sorçãl-, i nf ravorrncl ho dç


ir j iìn;ìntr: i ntttrnlr,,rl iârr'. 1 - Ii.
_87 _

ter,rè Ce bandas ì rrr:gt-rl rlrcs c i'ìÛucc ìnti¡nsas i1 Paì"tir dc 7,0 u


-l
(1. r30 cn-'). I'rr.vivelmcnte, ôstr:s ¡i¡Ílêntils contenhan neque -
nis conccfitrações rle ni trogôni rr substi tui nCL, Cr:sorc.lenaclamente,
ãtomos cle carboirl nx retículo crÌßtal i!ì,'i.

2 ) l-'ret1 i,lînci a rlos tì iros espectrcgrã l=ì cos

 frcqtlêncie l.!ls rlivêrs.s ti¡rìs 'rqtuCndr:s cstã


rcnreS¿nhacla ne tal:,:l¡r 'i
0, comnararli', com cs valõres oi.¡tì clos DOr
Lcìtu ('l969), corn s anostras colctadas tlr garimncs no Triãngu-
r.ì ç¡

lo i;iinciroà flinãs [içrc.,i s. lj t j ¡1,¡ I õ a '¡¡ricrlarle nrais freqüanto


nas d(¡as ãri:as, abrangcn4o 85i{ ¡ras errcstras. Com rel ação â rcr-
centðg{jfi) rjos cle rnai s ti ¡¡s, exi stem algumi:s '"l iferenç1s 0ue t¿llvez
ilÍrssarn slr e xpl icaclas p'.r'ì o nätrre ro nlcnor rje 0snñcimes no lote es-
tud¡clo nrir Lei te (1 9e9 ) .

Ti po T i¡rr,, Ti no Ti no

cs¡ec brogrãf i co Ta Itr Ia t tl IIrl Ï . II

rtr lto
lìragua'i ir 4.61 2.q/, 1A% A'/ 9%
(82 arlostras )

lrlanrlu lc irlnr:t r.ì


(39 amos irr,s ) ?8% 26y" 15"4 5% 13"/"

Tabel ¡ l0 Ërilqllînci.r dos pr'i nc'i ¡¡is tjros e spi,'ctrogrã-


fjcos ,lo Altr Arariua ì,-. l Trìãnr¡uio l'li nrri ro,
i.'as,¡lcìa rl \î cr.Ín¡nr1ram0n lc nc i n f raverma lho,

llo Alto l\raguaì4" c tì¡o IIr 6 r.¡lativamrlnte abun


Cante, coriì urì1ô f rccr{lÎnci," rlc 6%, nríxìin,r a.jos tipos intermc/iã-
rjos I-lf, cr-rtn 9il . Êstcs rl;,r'.s ¡ìn'r I sãl escassos na liioY'aturô,
nois at6 rccentenriìntc o o-s tnab,: lhr:rs foc¡li¿avnrn s i s t c a i t i c a n e n t c
-BB.

p rob l emas especi'f ì cos do es tado cristal ino. Simplr:smente,ðdmi


tia-se uma p rop 0 rção de 100:ì, entre os dois nrunos nrincipais
I e II.
Tolansky Komatsu (l967), estudando a transpa
e
t"ância ao ultra-violeta, cle '].300 micro-diamantes procedentes
da Afrì ca do Sul , verì fi caraìn que o núnero de cri staj s transpa
rentes (tìpo II) era mui to rnaior do que se sununha atõ ontã0,
e êste valor aumentgva nas frações de menor diâm(ltro (Fioura
3e).

60

E50
f-
C)
I.I I
:40

30
:
t¡.1
(,
É¿o
T t-lï
z
ÙJ

0( to
o
o.

o
]I l
+*- O,8 m m "--><- l¡ 2 m m -----------Ð

D¡AMETR O S OOS CRISTAIS

Fì gura 39 Freqüô¡cì a dos ti pos I, II o I-ll entre ni


cro-di amantr;ìs da Ãfrí ca do Sul (liodifìcado
de Toìansky e Koma ts u , 1967 ) .
- 89-

Êm exenrplares de 0nB mm de diãmetro, o tipo II abrange 16%, en


quanto na fração de ì,2 rnm, dinrinui para B%, resultôndo um va
lor mõdio de l2%, ctue djminuj com o aumento do cristal.
Toìansky e Komatsu ('l967) s uqe ri ram que a maior
parte dos dj dmantes cons ti tuem t ipo II nos es tãg ì os inicjajs de
formaçã0. A metlida que progrìde o cnescimento o ç,¡6nmen incor-
pora progressivamente ìmpurezas do sist€rmô (-. se transforma em
ti po l. Segundo Toiansky ai nda, o tjpo 1I torna'se mais raro
a medi da que o cni stä1 ðumônt.1 enr dìtrlensã0, de tal forma que a
cxistôncia de cni stiìis tipo II maioraos que 5 mm pode ser consl-
dcrada verdadci ros aci dentos do crescimento cri stal i no.
0s dados contj dos na tabe I a 10, onde predom inam
de forma absoluta o tipo I, esfão em acôrdo com esta hipótese,
pois as ämostras estudcldas possuem djmcnsões entre 2-12 mm. A
predon inãnci ¿ do tipo I foj veri fi cada tambõm por Raal (1969)r
em 3E amostrns recolhidas em frações pcscldôs da mine do lr.i twa-
ters rand, Ãfrì ca rlo Sul, ontre as quais, csta v¡ ri c dade ospec-
trogräfìca penfazi a 9B%,

Posteriormcnte, Tolansk.v e Rar¡rl e-Çonc (1969),


oxaminando um lote composto de 6.000 diamantes mcnorcs que fmm,
procecl'dntcs dc trps importclntes jazìclas da África do Sul (De
Beers, Finsch e Prcmier)" confirmaram quò a frcqtlôncia do tìpo
II po de al cançar 20%.
DÈ outro ì aclo , as f req{lônci as bai xiìsd0s ti pos
puros Ia e Ib podem scr exp lì cadas pela tendôn c j a do cri stal
cm formar tì pos nrìst0s Icl - Ib, Quanto ao ti po Ib" sabc-se que
6 uma variodacle r.¡ra entre os dicrmentes naturrris (Cìark' 1965).
llã a destncar-so a prqsença do a19uns picos não
rcl aci onados ao ni tro4ônl o,e provocados nor outres ti pos do impu
-90-

rûzas. Ass'i nt obsi-'rvado clntra os cli vt-'rsos tinos espcctrogrã


, foì
f icr-'s, um pi co agudo e p':'uco 'i ntensc .1. 3,2?- u (3.100 crir '), nre-
sq'nte em 307" cios espõctros. ScgunCe, Chr"enko, ilcDr,'naì cl e Darrow
(.l967), esta vìbração õ provccrria Þor ãbomos 11e hidroclõnic, pre-
sentes em al guns di amantes ßr¡l c0ncentrações mui to pecucnas.
fìaal (1970), sugel"iu cìue o hÍ r-i rogãnio ostciô 1i9aCo covaìentemen-
te ao carbcnc, resul tanCo ag ru¡ anen to s C-ll , resr''onsãveìs ¡clas
vibraçõcs 3,22v (3. 100 cm-t ) . t"l5 rr (.l.400 cm-l ), cstn iiltìma,
não encontrarle et¡ nosso rliagrðma. Entrûtanto' Êsta não 5 a única
formcr para o hìcìrogânio situ¿ìr-se nl rstrutura rlo r.liamante' Con-
sicÌerando o scu no0u(.rno rai o atômi cô (0"ri6 fl) ã nos sive I quo sous
ãt<¡mos não ocupem um¿t posição fi xa, deslocanric-se atravãs da rôde
cristaljna. Do outro l.rclo" a Ìrressão tle 7 atrnosf elas existêntc
no interir-rr .io crjstal (Kaisr:r e 9onr.1 , 1959), facilìtaria o movi-
mênto do cli f usã0.

0 ¡i c. 6"57 ir (l.5,iC cnl-l ), observadc em 5% de


amostras tino Io bt'nì cnmo t.rês banrlas intensns a 3"43 u (2.9ì0 cm-l
-r -l
" i2,0 i, (830 cn-') ni" f
6,12 L, (1.635 cnr-'¡ (rrarr mencionnclas antes
na literatura. As trâs ül ti¡,rns vibrdçõos ncrtcncem a um espéctrc
tiltalrilcnte an6malo, f orneci Llr-; l0r um cr.i stal r)ctaEilrico do faces
pì anas eqll ì cììmen:1onades
-t " cui e úni c¿ rc:f erînci a 6 a vibração
7,8 r, (i.180 cm-'), caracteristica Cr,',s ti¡os Ia.
Toclos ôstes da(los [losLram qu{:r 6 ¡¡xp9r;ânio exerce
urna influôncia clecisiva anr vãri.rs nr0Drir:clados físicas do rii aman-
te. A sua Þroscnça cm cristais ìrroceriontes rle n¡atrizcs prìmãrias
e socunclãri as , tlc di f ercntr:s i rl..rllos grol õ,..ri crs , ì ndi c.r quc iste
elemento scmpro csteve trosentrJ no sistenla r"isicc-qtlÍnrico clo for-
mação cle cli amen te.
l, origem dêstc nitroltîn jo, brlm como o seu papeì
na gêne se clo cli amante, ai nCa são nrobl emas c.lcsconhec idos, pcrlen-
do-su rlizeì^, ctuâ toCc c c0nhociÍ!cntc gcLrquimìcc sôtrro ôste c1e-
mento, rcfere-so a sua ¡arti ci ¡acão na atr¡osf cr"a e t¡i osfcra, sen-
clo insignif iccrntû a i'rerte re fn re ntc ã I j tosfena (Rankarra' 1954 ).
-91-

ùr11os cstersos rocol hi C,os rla I i tcraturô (Tat'el a


1i ), ref e rcntes ¡ì ccncentração (npm) r:rl rochers Ca I i tosf era, èvi
cloncianr uma cl ìstrib'rição ¡-'cquena ncstas unirÌarle s; A titulo ;1e
com¡aracão, õsscs dr,:!os são aco¡ri'rrnhaC0s i'el os rìo carbono, de
quem o ("ì iamlntq õ uma r.las varioc!ades poiìmtlrfas, e ctlja origem"
constì tu i outrc p onto rie controvErsias.

E lcnento {irnsta Granito Basrl tir Fol hr.:i ho 0ceano


ppm

ll 20 ¿u ?0 6(1 0,5

C 200 300 100 I .000 28

Tal:e I ¡ ll Distribuir;ão do niiircaônio c ca rbono n.r

cros l'ì (l(ra11skr.:nf , ì467).

vln¡grarlrLv et al. (1963) rrctcrrnì'flð1"¿lìì1 rìitrogcnio


amcni;rcal otn rlun'itos, íincontraitclc li:ore s d¡ nrrl<¡tn lìl: I3rB pÞm.
lJartsc,n (1967), gencraì i za om l5 ¡pnr, o teor dôsse el otni:nto nas
r0ci"rrls ul trarìãf i cns i:ìrr gcral . I'r juì rtot' l"ot" îssns lði'l{)s , t: l€n-
brancio rluo r:-, ll cn di ômônte s t j po I aprosenta tct''ros cia orrìem r'lo
0,2%, torna-se r-i ifîcil r:nconÙr¿lr n'1 nil Lr'í 7 kirnlierlítìca, a orjgÔm
tlis tc irl cnìontr..
0 f al¡r rla r:on cr-'ntreçãrr dôssr:s r':l t:rnentls ( (ì c lì )

SCr maior cnl rOChaS Sctl ìn¡çrntares qUO et,l íf,lnr:es SUfJCre tlma Ori gl.:nl
rlor jvarla t1e nlatcri¿js orgäDi cc¡, [ ¡ri;sSívc1 que OS Sec]i[ìcntos
clos f unr-los r¡ceãni cos , ri ccs em mat*4ri ¿r crqãn j ca o sob ef o j tcr de
¡:rcssõos, forôm arrastados ¡0r c{.r rrrintos crostais clc convr:cçãr:
(Ringr,,,'ooil
'ì969)" e incorforatlos ¿r', ìrlågnl¡, lrimbe rl iti co.
"
¡r pritsînÇô rlc hi'l rlglônic r:¡¡ alguns di ílmant''ls,
constitui inlllortônte evidância rìc una origcnr c'rmum larr ôsses e1e
nlentos (C" l! a ll ), a narr)ìr c1c sali¡lcntos orgãnìcos. 0 fato do
l.l tar S'i rjC. CetermìneCc tnCneS 0nl r¡.rOS r.'xelmlrl arCs, nocll Ser (lecOr
- 92-

r?ntú da sua f¡ci lirj¡rlr Lrì'ì 0sc¡ìf er clls sistîì1ôs fisi cr,'-quini cr..rs,
p l' i n c ì ¡ a l e n t e sLrtr ofo i to rje r.:l"cssões c tcr,l¡,crâtLl ras e lovaclas.
rn

Com relaqão aos ar;r*11ar'cs "'t iii Lrcaênio rìos ti-


pos Ia, D¡rer et al. (ì965), ð(ìnitem quc so jar,r iìosieriores ã for
mação cìo rli aniantr:. Inicici'l mcnte r:s ã borirls rle i'l cstariam clistni -
buiclos caðticarnento nc: i ntcrj or r'lc cr.i stal. A a ção (1.,1 tcnlfler¡ìtu
ras elcvacl¿rs tlurantc aigum tonrito, ¡'rl:r.rocarì ¡r sul riif u:;ão e con*
tìonsaçã,, rìos llanr.,)s (l00) 11o re tícul,¡ cristalino.
Esse hip6tcse nr(lssLtnõ; a açãi (le tomncraLurôs
Cifíccis clr: sorcm ci:nhecirJas. Alínr cisso" soria irrprr,vãvel que c
il c0m um ra ir: atônicl cll 0,70 Î, i.r.rr'ess: si: if unrlir nela comf,ocia
,.1

estrutura clc djamante. P:'.recc rirai s r¡zríve1 qu'¡ a formacão rlês-


ses agre-cj aclus ocorra rlurante ü croscirlcnttl ¡lr¡ lrõnnic cristal.

l) Froirier'¿C'r.s õnti cas-

I ) côr
Ësta propr^ieda<ir-..f oi observada en 500 diamantes
Aìto Araguaìa" e os rt:sultados estão ropresentcldoti nô tabela 12
jLrnt.lmente com os dados de Yurk et a1. (1966)' col hi dos de alu-
viões tla Ucrânia"'URSS, Á Labol¿ incl icâ que os cristais ìncolo
res predominam eìn erTìbûs ês ãrr.-.as, ûìrls dc nodo espoci¡l nas iazì-
das russas onde chegam atingir 80%l iìo /\'l to Araguaia, os tipos
i ncol ones (48%), costanhos (22%) t ômarel os (ì7%) pcrfazcm lltase
90%, sendo as rlcsra j s varìecli¡des (cinza, verda e rose) pouco signi
f i cati vas.
- 93-

Procedõncì a

Ai to Aragua ia Ucrânì a, URSS

Bras i I

Côr

Incoìor 4B/" 60- 80%

Cas tanho cl aro


e escur0 2.2%

Arnarelo 17% 2-12%

Verde 6% L- öiu

Ci nza 6%

f.ìcs a , violeta e

turquesa 1% 7 -13%

Tabe I a l? - Di stri buicão da c6r entre di anantes ai uvio


nar1.}s do Aì to Aragtle ia c Ucrîni a (Yurk et
â1 . , 1966 ) .

principal diferença entre os rlois locais 6 a


t1,
ausôncj a da v a rleCòde castanha entre ¿\s ôm0s tras da Ucrãnia, ex
trerÍramcnte comttns no Brasil. Significativa tamb6m, a relativa
abundãncia das côr+s rosâ, violt¡ta o tur(lue s¿ (7'13% ) nas amo.s
tras russôs, ù qttôse 0uscntes n¡. ãrea brasi I oi ra.
Ai nrla não estã cr:rnpl etanente defi n ido o Fator
responsãvel peìa vari ação de côr entrl os rlì amantes. A prcsen-
ça dr: Fe c Tì (elcmontos traços) em varicdades colori<irts, lcvou
Chcsl,:y (1g42) a rt:lacionôr cl st¿ì pro¡ri':dade ã per'Ìuonas '¡aria-
ções d,r comnosìção c¡uînrica. R;ral (1957), confirmou as sugestões
clc Cilt:sl ey acl"0sce ntando o Cu ã tist¡ dos nrovãvei s elomentos cro
mõf cros.
-94-

Ltualrncntc, a. tendôncia õ rel¿cionar os centros


do coloração ã defeitos cristelinos (vacãncias, deslocarncntos,
etc. ), en detrimcntc de ume ìnf iuôncia rni:rnor ncr parte dos ele-
rnentos traços.

2) rli rrcf ri ngõnci a ¡nômal a

Sab'r:-se quü o dianantr: õ umð sub'stãncia que sc


cristaliza no sistLrnìe. cúbico, pFcvãvclnentc na cìass: holc'ðdni
cð, :mbora não csti.:"ja complctancnte af ast¡da a hinõtese de per-
tenc¿n ã classc antiheniãdric¿r dôstr: sistema (iìaman, l96B).
[m qrralquer dcs cAsos, deveria ser isõtrono ã 'luz
po'l ari zada, ccnportamento tini cc dL. substãnci a nonomõtri ca. Tal
nãc acontece, c c di arnantc otrservado entrc nicois cruzaclos raPr.e
senta bìrrr:frinqõnci¡ anôrna'la. (Fotcnicregrnfia l7), dcsenvolve!
do hi põrbol es i rregul ares (lud verrûm o cornc dc cri s tal , ¿1 ritcCi
da que srl gira a pìatina e1o microscópio.

Fcr tomi crcg raf i a 17 Ri a (côrc.s dr: i nter


rre f ri nle nc'i ¡ anôn,al
fi:rãncia, h'il6rl-rr:les'i rregulares) cm
cri s ta I Cc di ain¿nte dc hãbitc tabular.
l'lícris cruzados, 30 x.
-95-

Eventual mcnte, f crmam-s,l isõgi ras I ocal j zadas , QUo cr pcQUcnos


gi ros rlecompõcm-sr: i rrr gul arrì1cnte; ou cntã0, s':tôres enugre cì -
dr: so sinuosos, linearcs c' oLltr(Js pacirõcs. 0 grau de luminosi-
dacìc , e as côres de i nt<.:rf r.rõnci a qrtralmento zonadas
' dependem
Ca cspe ssura r: rlas dimensões clo crì stal.
fiistðricamcntc, o fcnômono foi Coscoborto por
IJrer,ister na scguncla netadi: do sãctt lo nass¿tdo, Fricdcl (1924)
e Friecìcl c Ribaud (1924)¡ observararn que 200 cristcris transpcr
rentes e .l50 f ragmen bos clc c1i vagetn, cont j nhatrl om mai or ou menor
grâu, anonralias õpticas. Estcs autorQs p0stul(rnan que semelhôn
te comportamento dovÈri a ser tipì cc.r de to11r,.s di amantct; naturais,
tambõrn sugcrì nr.lo cuc o di anrantc f 6sse i sõtro¡o no momonto dù
sua formaçã0. Pcstcriormonto, nass.rrla nor um qstado plãstico
quc ìhc im¡orìa clcf crrrações ostruturaìs ¡crmancntos, responsã-
vui s ¡o1a bi rrcfri ngôncì a.
Poi ntdexter (1955), no1;ou que Pressões dirigidas
tornavam o di amante bi rrefri n0ente , unì ou bi axi a l , dependendo
da di reção de apl ì cação das forças. En vi rtude dj sso, caracte-
rizou ôste comportâmento como pìezobìr'rof r'l nçräncia."
Tolansky ( 1966 ) observou hi rref r"i ngôn cì a em
3.000 micro-dianrant(ìs e 2.000 cristais de natureza genrolõoìca.
Relacionou essô propriecÌade ã prcscnça do ll no diamante. Ante-
ri onmon te , ôs te aut.or c Harri son (1958), determi naram nor exne-
riôncias de corrosão, que o crescimento do diatnantc se processâ
por al ternãnci a d t-' camadas ti pos I c I I, Tol ansk.y admi te que
esså ostratificação no cor¡ro do cri stal õ suFiciente Þara provo
car prossões di fcrcnci ai s , 0 conscfltlenÙ0mente, tornã'ì o bi rrcfri
gente.
Soal (1966 ) , prãtì cemcnte ênd0ssa as i dõi as de
Tolansky, ressalt¿ìndo ¡ì contribuição dttvido ã nresença do incìu-
sões. Do f¡to , om tôrno cias i ncl usõcs ac0ntua-se â intonsidado
do ofoito" pon6m, nem tod0s cr"istais contArri n.clusõcs' Lang
(1967) relacion0u tôdas anomalìas õpticas dt) dìamantc ã defeitos
-96-

cr'i stal i nos. 0s maiò intportante's são cl es I oca nl en t il s estru'tt'rais '


'i'
variações d.e parãmetros provocadas Dor irpurezas rìc inclusões
crìstel'i nas, f rcrtur,rs e de fo rrn a cõe s nlãs bi car'

3) F l uores cônci a e fosforcscenciÂ

cluas nropriecladas lumjnoscentes lonaÍn estu


Istas
dadas enrpreg¿ntlo-$c corno f onte clr çxc'i tação I ãr¡nadas ul tra-vi ol e
ta de cornprimontos ce onda 2,537 l' (ondas ctrrt¡s) r 3'tioO 1 (on
das iongas). ì'la falta cic fìuorímetros para rcqÍstro rios cìsPtc-
tros clc omi s são, obsorvou-so a côr er¡i ti cla nor ceda cni stal in-
jdas ra
dividualmqnte, ap6s e¡posição da alguns minubos ìs rr:f r:r
diaçðçs. D¿r<l¿ j iciclarJr da inst.rutncntação rjisnotrívcl , .rs
a girnp
pronósi-
oxposiçõos eo UV f orarn rcpotidas rlivQFSrìs v6zi:s" conr o
to dc svitdr que afilostras pouco fiuorîscîntcs nûs5ê,ss(lm daìsp0r-
ccbi das.
2l4 crì st¡r'i s dc côrr:s ' hãbi tos
For¿rm cxami ncclos
c d'i mansõus variEvcis, clos quais 36% rorgiram ã raciiação UY so-
3unclo côrr-,s dt¡f injrlas. As f rcqÙlôncias rrlativas
ãs tr¡.rrilcj¡Cos
1uort.,Scr:ntos ? cqnst¿ìnì da Lai¡ela ì3, ,iuntrncntc cor¡ os rr':Lll
.1, ta'
dos Cc Lcitc (.l969 ) plrr o TrìînpLI lo ilinr'riro, c Yurf< r't r'l '
(l966 ) t^r¡ a Ucrãnia.
0 pnopösìto dcaS¡r connnracñ0, õ oull' a16rn cla se
mi:ìh.rnça 1ìntro as t6crt j cls uti li zadas, todos ôstr:s rr-'sultados
r; Fr r,:m- s c ã atilrlstras pt^ocorlcntes dc iazi<1as socundÍrl as (alu'
viões el eìuviões).
0s v¿lôrcs ri:lativos ìs f'rcol'tônci tt dot tino=
f Iuorcscentês sãr: cOncortlðntds niìs durs ãrr:as bresiloiras, ccm
prccìouin'i o absoluto clas côrcs azul r-: '/c:rclÛ' Cui"i osLlìlrintc ' e

f luorascôncìil lcrania" r¡raìllcntr'r onÇnntrada n'ìs êmor i;r¿s


do A'l -
to Araguaì ð e ûusonto no Tri ânçl ul o iji nci ro ' ã a côr nrcdor'l inan-
tc na ãrul' russâ. As vanirlçl ¿cles ''liolut¡' r's¡ì Q vcrr¡':lilo" pro-
scn L0s na Ucrãni¡l' ao quq tudo lnt,lìcil , nunca f or¿::l¡ oncontr¡ci¿s
no llrils ì 1t
-97 -

Local Al uv ì ões clo Al r,rvi õesdo Al uvi ões


Côr de Fluor Al to Araguai a Triânoulo t,l ineiro da Ucrânia

Azul 49 ,3% ooi,, B-14%


Vende 34 ,1% 24 -34%
Ar re 1 o
a 12 ,6% 6% 1?- 17 %

Castanho 2 ,5%
Laranja 1 ,5% 4t - 53%
Violeta (/o

Rosa, vermelho 1%

Tabel a l3 - Vari ação da côr de f luorescênci a em rli amantes


do Al tc Araguaia Trì ängu1o ¡line j ro (Le i te,
,
1969), e Ucrânia (Yunk ot nl., 1966).

lJ el nodo geral,
tinos fIuorescentes são
27% das
taml¡ãr¡ fosfor0scentos, esnecialmen be os de fl uorescênci a azul.
Ëste comportamento n0t¿ìdo por Leìte (1969) no Triân9ulo 11ìneiro,
é outr"o pcnto c1e semel hança c0m as âmÒstr.1s Co Al to Araguai a,,
A ì umi nescãnci a do di arnante ai nda ã um âssunto
poucc conhecidot As correlaçðes c.le Chestey (ì94?), entne fluo-
resc6nci a e elementos traço, i nc-li caran que ôsse fenômenc ì ndepen
cle da'1uêl as inìpurezas menorcs.
Entretanto, l'1cDr:ugal l (1952), rcìacionr:u a f luo-
rescôncia rlos minelrais em geral, ã variaçõos da comfrosição qui
mjco. Propõen un) ccnjunto de re0riìs para reconhecincnto qualìtg
tj vo do fen6meno, p¿ìra as quaì s , o di amanto narecù consti tui r
urna exccçã0.
rnan (.l965), dìscutc cliversos espectros dc fluo
Bc
rescâncja e fosforescêncja, que al6m d¡ definir a côr da radiação
emiticia cc.:m basq nôs linhas mais intensås, são çaracteristicos
pâra os rli amantes I e IL Esse fato incl ica que as nropricdades
-98-

I uninesccntes, estão rel acionarlas ao l'l e Al , quc com raràs excg


ções, estão prcscntes em to(ics (lianânles naturôi s. A maÍ or par
te dos autoros ccnsideram ôstes r,lol s elcmontos, resnonsãVeis pe
I as ¡rropri <¡dacìes õpt icas c!ôstt: mi neral .

E ) Elgmcntos Traçns

A clettlrrni nação Ce elernentos traços em diar'ìantcs


naturais tem sirlo real jzarla con o propõsito cle correlacionã-los
ã variação rle côr, rnorfologi.r, fluorescôncia, c o n d u t ì b i I i rl a d e '
proceclôncì a geogrãfi ca, ctc. Infclizmcnte, a I i teratura õ ros-
trìta" e ìsso sc clevc tðlveu ã if iculciadc om se' obtcr material
c.Ì

para as anãl ises.


ley (ì942), fci tt prìmci ro autor a ton ta r uma
Ches
correl ação entre clianantcs 11c rl i ferentas l ocal ìdados, a partir
cle clarJos es¡ectrogrãfì cos. Para tanto I efotuou 33 determi nações
pcr espcctrografia 'Je enli ssão, ìnaltlJnrlo anostras de kimberlitos
africanos ¡ aìquns cxerrplancs cle aluviões r.1o Brasil (l'lì nas Ge-
r¡is : Bahia).
i1a.i s rôcontemente Raa'l (1957) e Butìng et al¡
(1958), com täcnìcas scr;relhantes, .[:tìveram resultados irlônticos
aos de Chesìey, utilizanr!o crist¿lis de ciiversos I ocai s c.la Ífri ca.
Esses rosul t¿rclos estão contidos na tàbela ì4, juntamente ccnì as
impurczas oncontrðdas ncs excmpl ares dc A lto Âraguaia. Fo ram
ef ctuaclôs c1pêrìðs 4 determi nações qual i tati vas , senrlo lluas espec
troqrãfìcôs c 0utras rluas atravãs da nicrosconia eletrõnìca (tãc
ni ca clo back scatteri ng ). Este sogunclo m6todo revel ou-se mai s
vantajoso" fornecentlo l"csultados satisfat6rìos e evitanclo a des
trui ção dâs ¡r'1ostras.
A tabela l4 mostt"a quc c Al , Si, l'19, Ca, Fe e Cu'
consti tuem um grupo r'1e inpurezas comuns em todos di amantes. Anã
'I
ises quantit¿\tivas clc Raal (1957) indìcan que o A1 predomina
na maj or parto dos casos, com un teor m6di o de 20 ¡¡rm. Confor-
-99-

nrc jã foi rliscuti.!o no capítulo relativo ao i nf ravermeì ho, ôs tc


clcnlento 6 res¡ronsávcì ¡c1â c on 11 u t i bÌ 1i cla d e clétrica clos cli aman
tes IIb.

Al to Araguai a Bunti ng et a1. Raal (ìS57) CheslcY (.l942)


(re58)
(4 ami.;stras ) (6 amostras ) (25 amostras ) (33 am0stras)

AI AI A1 ¡,i
Si Si Si Si
l1 :t i,ig l'lg llg
Ca Ca Ca Ca

Fc Fe Fc Fo

Cu Ctr Cu Cu

Co
Ni
Ti Ti
Cr Cr
Ba
Sr
t\g
Pb
l',! a Nô

Tabe 1 a i4 - 0s elementcs traço mais f reqllentes em i amalt


c1

tcs naturai s.

nrla se clescr:nhoce cr ì nf I uônc j a exercì da pel o Si



Ca ê l,lg, muito embora esteiam nresnntes em tôclas varierlades de
cliamante (crìsta1ino, carbr-rnac.lo, ballan elc.). Quanto ao Fr: e
Cu, aparecom si s tenãti canente nos e s p6 cì mens co lori dos (Raal '
1957). 0 Ti, rie ac6n.,1o ccn Chesley (ì94?), acompanha o Fe, e
- 100-

tal vez exerça a nfl uênci a na cô r. Con re I acão ao Cr, õ


I guma i
uma ìrnpureza tipica das rochas rnatrizes do dianrante, não tendo
siclo relacionado ã nenhuna propri edade esnecj¿1.
0s denai s eì ementos aparocem em ci tåções isoì adas
o que t¿l verz reproscnte una caracteristi ca das ãreas de proce-
dõnci a das arnostras. E sugesti va a constatação de il i e Co entre
as impurqzas do Alto Araguaìa, especì al nlt,'nte porquo ôstes elemen
tos indicanì associðções ultrabãsicas. Dcve ser mencionado, que
ãstes dois elemontos, juntômentc con Cr, Al , Ca e l1n o cons ti tuem
as ìmpurczas mcnores dc inclusõ,¡s clc olivina d.r Ãfri ca do Sul
(ilcyer, 1967), Uma possivcl rcìação cntre impurezas e morfolo-
gia, foi notada por 'Chesle.y (.l942 ), obsorvando quc d j arnantes de
hãbi to cübi co conti nhanr scmpre /ìg e Ti .
Pelo cxposto, verì fj ca-se que a influãncia exer-
cida peìos el e.mentos traÇo nas propri 0dades do di amante dcve scr
siqnificativa, porõ¡¡ hä necsssidadc de um nÚmero maior de anã1i-
ses ìlara apo iar concl usõe$ estatÍs hi cas, Dc concreto sabo-sc
aFCnas que a f req{lônci a des tas impurezas 6 mui to maior nos dia-
mantcs tìpo I, do que nos ti pos II

F) Pês_o.,espegifi co

A vari ação dc pôso específ ico do Cj amante, embo ra


conheci da, permaneceu durante mujto tempo sem expì i cação satisfa
tõria, 0s autores (llìlììans, 1932; Palache et al., l95l), sim-
plesmente se limitavam a regi strar a vari ação en tre 3,50- 3,53 g.
crn-', sen'ì contuCo adi cjonarem expl i cações para ôsse comportamen-
to.
l'Ìykol a jewycz et al . ( l964 ) , efetuanam um estudo
rìgoroso en um lote de 25 crjstais n pr"ãvi arnenta classificados de
acôrdo com o comportômento ao i nf l"averme lho, obtendo os seguintes
valôres: mõdìa de l9 crist¿ììs tipo I, 3,51537 g.cm'3; mddia de

/,\" Cn"\
e ,-r'

ilil,.ì '1't:a\
-t0t-

gôni o en concentrações vari ãve is , cuJo val or pocle at'i nqi r atõ
002%, conclui -sq sel,. esta impureza, uiÌt dos nrìncipais fatôres da
variações do pêso especifico do cliaaante. 0utrQs elenentos rl ui-
j
m.i cos çomo al umTni o e nîquel , prescntes na nêdo cri stal na
dâs-
te mi neral 0Xorcem pcquena ì nfl uônci a, Þois ocorrcrì1 er; tcorcs da
o rdem cie aìgurtas PPnl.

f'lo prosqntc trabalho, forarl sclccionados 140 crì,s


tais com pôsos vari ãvoi s entro C,l a i,0 eulìatcs. 0s valôros
obtjdos" dc acõrcto cor o proci)clincnto clr:sçf i to ã pãg j ¡'la l3 astão
cont idos no histogram¿ì da f igura 40, cuia moda s i tua-sc no lnter
valo 3,414C - 3,5120 çi . cnì ".
'fl0 acordo ct-r¡¡ Kai sri:r o tìonC (.l959), ¡ì vari ação do
clcns jclade (¡p/p) rrotivada pclI proscnça dÇ njtrogînio no dianan-
tc, d,lpencÌc d¡ fOnr¿t cm qUC a inpurqzô S0 àPrOSrlnt¡, no rr:tículo
cri stal i no. Parc, n i trogãn io sr.l bsti tuci onal " Lp/o pcclo sor caÏ-
cu lada prìa exprcssão:


ae=.(+.-.')-3(-4-+)
14

o tc

l\ia hi p6ti:si.r clc hav¡r ãtornos dc nitrogônio intersticiais a cxpres


são nlodif .i caîs? para 3

Ap
p =(ilru-lac)-¡( --l

,

oncle crn ambos os casos /a õ a varj ação rJos narânle tr,¡s da cela
aa
unitãr,je, c ¿ì conc.jntraçãc.' cl<l nj troqôni r, c 11, c 14n, l,s nôsos
aLômicos do carbono e do nitroilônì0" rcspectìvarìi''n'lc l2 o 14'
Sunondo quc ¡ ccirccrntraçlo clo n itroqônj o scio i: cJ

0,1% e ¡a/a 5,lC-5 Â, obtñn-s,¡ pnra aolr, v¡lôrr's ntrù


-102-

a
fr
F¡o
U'
o

UJæ
o
ol
z
l0

1510 1520 tr530


pÊso Esprcrr-rco 9. cm -t

Fìçl ura 4o V¿rlôr^ebobtic0s nû cletermìnar?ão do pöso espe


cÍfi co dc 140 diarnantes

l0-3 e 1O-5 , mostrando clue, mesmo para prlqutnos teorcs dc ni tro-


gêni o, a variação de dens ì dade pode ôtingir a 34. casa decimal.
0 hi stograma rla fi gurô 40, 6 un ì .moda I e quase s ì mõtrì co, mostran
do unr.r concentração dos vûlôres cxpcnirnentai s em tõrno do p6so es
pccífico tõorico 3,5125 g cm-3, calçulado a t)artir ilas constantes
da cola uiritãria.
-103-

Ëssa vari ação grarlual do nâs o es nocifi co era os-


nerada, uma voz conhoci tlo o connortamln Lo dôsses cnìstais ao in-
fravermclho. Aproxinradarnento 50% sã,r tjnosj intermodiãrios I -
II e Ia - Ib, nos quais os teor.s do nì trogãn io são vari ãvei s.
Dove ser considerado ainda, a nnoscnça de outros dafoitos estru-
turais como deslocamcntos (crystalloiJ ranhic sli,'rs), os rluais de-
senvolvem-se i rregul armonte no tliamante, cspe cì alrnente nt s de
tipo I. A proscnça dc inclusõcs (esneciaìmc:nt+ olivina e inclu-
sões ncçlras ), tamb6nr contri b uem para as vari ações r:rbservadas.
- t 04-

iV - CONSIDTRAÇIJES SOBRE A CENEST" DO DIAi,lAí..ITI

rdar aì guns aspectos da origem do dia


Antes de a bo

mante no Brasìl e particularnonte no Alto Araguôia, são necessá-


rias a l gumas consìtJeraçõcs sôbre. os kimhcì"l itos, a mrrtriz.l968'
prì mã-
ria do di,rnante . 0s tr.lbalhos reccntes ic Da\'Ison (1967'
197.l) mostram quc, apesar de to do conhecimen l.o acumuì ado a respci
to clos k jmt'erl ìtos, r.:xistcn cìiveÌ"sos probìemas rclacionados ã gô
nose ainda pouco csclarocidos, Ccrmpreende-sc então' porquc nos
clep6sìtos cuiôs matrìzes sãû dcsconhcciclas" como no caso do Bra-
sìì, a eluciclaçãc (los ovçnt0s 9enõticos seiam c o n s i d e r ã v o I m e n t o
maì s cornplexos.

Kìmbi:rlitos - ersl)octos geolõ9icos o ¡¡ineral6gìcos

Embora desde a mais ì"e-


o djamante soja conhecìclo
mota anti Eui dade, a doscoborta da s';a r"ocha matri z ocorreu somen
te em l87l nas proxìmìdados da cìdac.lc cle Kìmberley, Ãfrica do Su'ì ,
De inicio os cristajs f orarn extrôídos rJe um barro amarelo (yellovt
ground) quc ern maior prc-rf undidacle aclquiria tonalìdade azul (blue
grouncl ), Com o progrcclir da oxnìoraçã0, varif icou-s-â que o cor-
pc nossuia f orr¡a cle conduto vL¡lcânico (chamin6), contôrno aproxi
.|932
nraclame nto ci rcul ar e tli âmetro em tôrno de 100 m (l'Ji 1 I i ams, )
'
Ä cssa rlescobe rta, segu'i u-se Pouco depois a cle
Transv.ral (lìina Premìor) em 1902, e inúncras outras na Ãfrica do
5uì, Rocl6si a, Angoì a, congo, Guì nõ, Serra Looa , Tan4ãn i ô, etc.,
que fa zo do conti nonto afri cano o Iocal de maior concentração
de ki mberl i tos do globo.
i\ parti r da Segunrla Guerra l4unclial, pesqui ses sis
temãti cÂs d¿ìs ãreas di amantíforas Ca Uni ão Soviéti ca ' resul tal am
na Ccscobcrta Ce clezcnas rlc intrusõcs kjmberlítjcas na reçrião
llo r t e - ùlo r o e s t e da pl¿\taforma siberi tn¿r î nas proximir!ades clos
-105-

Urais. li p o t e n c i a l i a clc das jazidas russas, espccialmentc ¿ìs c!a


c!

Sibér'i a (Províncì¡ r,-' Yükútir) tr,rnaranr ôssr prÍs um dos nrinci-


pais pro(lutores cli: di amant{i dc ì!undo (Daviclson, 'l967).
0s kimborlitos f i turarn ontrc as rochas m(lis raras
Cn crosta terrestno, i: constituon não sômonte o meic Ce formação
c'ist,r extraordi nãnì o min+ral , mas t anb ãm c s,:u veicul o c!c trans-
pLrt{.r parù os nivcìs suircriorcs r!ô lìtosfora.
Atualncntc, dr.lni Le-sc flttc cis kinhelrì i tos sciam
provcnjentes rio manto sunerior, a faixa situaCa ìogo abaixo ria
r.l

cio s c o n t ì n u i rÌa cle de i'lohorovicic, Essa asscrti va basei a-se no fa-

to cle que r.live rsos ninerais t;u fragmentos dc rochas englobaclos


pclo kìmbcr'l jto são característìcos <lc firessões j"r;vìstenres na
crosta terrestre. 0 prõpric ,'lianante oxigc ¡rcssoes rla ()recm Ce
50 Kbars, ccìui val ente ã prof unrli rrarle rlo 160 a 180 km. Estt: clado
f orneci clo pelo diagrarna cre ì lib r"ì rr clo carbcno ten sido confir
'.:qtl
maclo por tl iversos autoros (Simon, 1968 a)n inrr'i cando cì ue o dia'
mante sc form.r roal mcntc no mantc superi 0r.
Kenne(ly e Norcilìe ('l968), supernonrio ar: rli¡ìgrama
clc eqtl iìf¡rio cli arnan Le-graf i ta i rleterminadas variãveis gcolõqi-
c('ìs (vôriaçãc clo grau geotõrmicco fit"of undirlade' em l(Íì, etc. ), cs-
taboì occram quo a gônese riôsse mi ncral sã ¡r'rrs ocorrer a profun-
.l40
r-ii c'arles niaìlrcs clo quc km (Fì gura 4l)r
0s limites inferiorcs são cÌeterminados inclireta-
mente¿ De acörclo com Daþrsr¡n o Rei.l (ì970), a rocha mais profun-
da jã encontr¿ì(-1,1 na crüsta tr:rrcstre, õ o ilmenita-piroxenito Ce
l,¡onastery, Af rì ca (lo Sul. Sr"'gunclo os autores, essa intrusão pro
võm Ce umiì nrofunci i tlacle ostìmatla entre t40 a 300 km. Dcscìe que
aì guns kimberl i bos Ca ãrea contõm xen6t i tos clôsse ¡ì roxeni to,sua
prÐf u n (.li clar.le não dovo ser mu ito Ci forente Caqucl a dos xon6l i tos
cnglr:baCos. Essr:s fatos situarn os kjmberlitos e portänto os dia
nìôntus, nJ man tc su¡..:rior.
ils rochas mai s conuns nessn zon;ì subjacente a- cros
ta (Fi gura 4?) são por orrlem c!e profundidacle: clunito (olivina +
-106-

Í
hl
4
r)

¡
o
tl
0.

Ò
{
l)
c)
_)

o
t1
t

FÍgura 4l - Cahtpode formação do diamante na naturezô


(Kennedy e lJordlie¡ l96B).

enstati ta), eclo$l to (granada + onfaclta), espì n61i o-p iroxeni to


(espi nõ1i o r olivina + ens tati ta + cromo-diopsidio)e granada-pi-
roxenito (granada piropo + oljvina + enstatita + cronro-diopsidio).
0s perìdoti bos possuem compos i çõos sernelhantes, e
a presença de granada ou espi n6l i o dencnde a¡renas da profundida-
de. 0s ecl ogi tos ocorrem em forma de l ontes ou Lrl ocos dìspersos
no dunj È0. Ambos guardan rel ações dìretas de qônese, e segundo
ira,¡/son (.l97.l ) , são frações di st intas dcri vadas do um per.i doti to
comum.

Petrogrãfì camenie, os l(jmbe rlitos são nochas uì-


trabãsjcas brechoides, contendo fragnrentos de rochas (xenõìitos)
ou crì stai s mai ores (xenocristais) lmersos om um¡1 massa fina,
- 107-

KM
o-
Crosto
-<- DesCOnf in¡.1¡dode *
M ohorov ¡c¡c
- Dun¡to

E cloqito

P er id o tito

400
-
ffiespinitio por ¡do r¡to
[i¡]¡]c'"""00 por¡dorirð

Fì r¡ura 42 [isquema n]ostrando e c:.í slri


ção dos !rjnci irui
pais tí['os rle roclras consti tt,r intes do n¿nto
suÞen'i or (Dalrtson, l97l ).

0s xen6l i tos nai s comuns são dunj tos o eci o r.Ì itos e: Feri doti tos.
Entre os xerrocristais en¡relcerr ol ivine, 9ns¡¿itìtcl" cro[ìo-(l iorrsi
di o, pi ropo, f l0'Jopi t¡ e i l nen ita nra.rlne l; ianl. A ol ivi na e ¿1

trânaciô enr partl cu1er, exi benr fortos lvjrjôncias r!e nr,.ação corn a
rnô.triz kirnbe rlític,l , c pocl,:m se ùprosenLar cor,rÞletenêntc subsii
tuídls por scus produtos tle rl l;crrçic, â sîrncnti¡a ': kalif it.r
rosp0ctjvrrcnto,
" 108-

i)corror.i ¡r'i ncja cjivJrsos ¡tiri,,r'¡ j s vqrclcs sr)ôunclãnios


pfovJnjcnirs d¿ s r iì i n i ì n i z û Ç ã o c clcri tì zeção tios constjtuin-
¿r

tes pri rnãrios do r;y'ii<¡tito, A n¡tri ; c,oralt,lcnto õ constitLr í-


cJa por ccllcìtrr, s()rp*ntine, nerovsltìtr, ¡rinncti tl, ì lnenita,
crorn jte |l'logopi t;-r. Consi:jtuintr:; r,i¡is i-aros sTo nefcline,
nront jcl'l ììtt, trrois¡;;:nit¡, piroclor0¡ ¡j r.lril vrricrjaclr rli: sul f'.:-
tos (inciuincio nri l ìi:y'ìr:.r" cjnãbri{r, i.r:lf ,,Ì l::ri.t¡, !iì1i-iì ¡, I'u}"bz i
tao caìcopiriti: u puntl¿ìndjtr) rios u:r is !r'i rit¿ e [ìðrcâssitð
c1

s¡c 0s Ír¡ri s conrun:i r iic, cilsô doe k j¡;:bt:rl i tos ,ii aL,rantír'cros, e
rr¡ûtr j z cont;rr di¿lt;ranL¡, ç0nfrrindo i intrusãc n'l intirâssl cco
iJ

nôrnico cs¡rocì i:ì,


/:i f rcq{,llncì I da f lo!loFi'iâ n.t nr¡trir k jr¡hcrllt'i ca
constitui um dos cni t,lrios us:r.ios r.ì cl iìssi f icacão dlss¡s l^o-
clles. S¡ a rit¡r lrjz contõlt abun<J¡ntç f lo1-ro¡ìt¡, o jrlbl,rl i to ã
l.l

clononin¿clo nìcãc,:o, caso contrãric" L.¡síltico.


Jo¡r,nr.i:..nr.10 <.i;: prof uirtj iriâcll i.: concliçõ.:s Ce consol l-
dação a intrusio" i)evsorr ('ì971) crrf i:r,. dois tinos nrincjnnis
r.i

cic kinrb"rlitos; i) liir;rL'i.r r'ì jto r',: fñc ics ltinorbìss¿ì cn cluc o
r¡aqma kinlLcrlÍtjco apõs rs cr.r ncti;f rtr¡vis .rc f r,rturìs í'i njlta-
iio ¿o lonqo ros cstrittos, consr:i tui nrlrr cl j ni.ti:s il sjlls. /i con-
sol ir-laçño ocorrr: r"'¡;r qr¿lncles nrof ¡;nl'i (.i(: (f ,,rs, nrovocando e f r:i tos
tírmi cos ni:s cnci:r j x;lnt,js .:: .r f crn¡cã0 r'\) ostr,utur,ts f I i<Jaì s;
r,r

b) kìi;;bL'lriitc, .ia fFcì,..s ,.1'i etrlni, or¡ quo e rsceirçãe cro nagnla se
v,:rjf icir cjL¡rantr-, fascs cxrrlosivis (Kçnni.l v o :|!or(jl ìc, 1168) con
iluzìnclo ac prr:;rirciiini,.ntt ì.ipir.lr '.las rii¡trrnes (l=iourn 43). Alõn
iì¡t t,:xtuna f rrgtr,cnta:l1 ¡1.,5ultanti; .ro proctsso c,x¡iosivr;, ôsst'
fãcics nã,-, ilpros,,,nt,:r .-,v i'ltnci¿.s r, i.r uf ..i'¡rs tñrnicos, Sofiun.!o
irìl,sun ('l971) i:in,i::, ìss- f r:tc t\. .: sJr ..x:lic,l,lt' ¡c1o rcsfrir
mcntc ¡rii ¿rbítico cr¡ c n s l î {l î n c i ¡r rla r:xprnsão rãnirla rros f-'ascs,
r:,

[r ponto ill: viste t,:ctinjcr:, cs k'i nirlrlitr;s são


rcstri ros ùos ,:s ct.r.1:rs antìgr:s " ilni..rcclncl.: no intcrjor cu partcs
perifírìcrs .lùst¿\s ãrr¿s ccntini,ntris lsiriví) js (ßarr'rt, liì65).
Sua crl r-,c¿.rÇãc n¿l cr.)st¡ rr'¡l j z¡-r;c ;'. r., ji:nco .li. f returas rli: tnnsño
109.

l*'--'l,,iroor'ito do fcícioe diolr0mo

rr. ¿o ficies hipoobissol


illlllliiiill'< 'r 'riro

F igurn 43 Isciucma rlos princii)¿ìis fãciOS kiiìlbcrl jto


(Dar,rson, l9il ),

procluzidas ¡or epirogônìcos cla llôtal'ornlâ' Essas fra-


movinìen'cL,s
turas suf i cicntorlentî ìrrof uncl¿ìs, .r f0nt0 r.lr-' 1ìg.-rr manto superior"
e cp0sta, pe rrnì tcnr a suL'i rla i:r o m.rqrn¿ kiriiberlitico (Dat'rson ' 1967).
Quanto e- corrposição químìcÍì, c'|s kirnberlitos são en
riquecicios nos seguìntes õxirlos concon'traclcs na matrizt 1iQ,
AlZ0?n Fer0o, Crr0.,, iin0, Ca0, K20, P?05' li?0' C0A c 50r, senCr;
ccntu,lc pcbres em Si0, u l1¡0. Ëm rr:l¡cão acs oletllentos traços,
-l'10-

predonrina os setuintes: Lj, B, Sc, V, Ct,t , Ga, Fb, Sr, Y" Zr, ltb,
Cs, Ba, La, Ta, Pb, Th c U (Dtrwson.- 1lì7 1).

ß - û di amqnte ,clo,,Al to A,rqguai a

Atrcsâr de não serem conhcci rlas ai ncla as matri zes


qìo cÌi amanto do Al to Araguaì a, os i! ì versos t ipos cle dacìos obti -
cìos nosso trabalho sugercm uma ilorivação a nantir r!c kimber'l itos,
tal como åcontËce na ilfri ct si bõri r e ()u Lros I ocai s '
'
As incltt sões dotcrninai:las pcr tnõtoc!cs õpticos e
rcontgcnogrãfi cos consti tuom imnortant(r apôio a ôsse. pon to tle v.i s
ta. Dr: fato, os rnìncrais i-,livina (contendo 90% cìe forsteritô)'
qrana,la (piro,-,o) e o prõnri r¡ cliamante, f i;ruram entre as inclusõcs
majs cornuns nos (li arnantos af ri c¡.rnos o siL¡er"janos (Harris' l96B;
i4eyer ì 967; Fute rgc ncll c r, I958), Al6rr cljsso, ôsses mi nerai s são
caractr:risti cr:s ,.le al tas pressões , espccì êln'ìrjnte o cl i ômante , se¡
clo a forsterita e pìro¡ro, rlois c0nstitufntcs ittlPortantes Cðs ro
chas rlc, manto supeni or (Rinltwoocl , 1970),
Ëm rclaçãc ao cotnllortantentLr (las rar.l jaÇõcs infraver
melhas, as serrlelhanças são ntrtãvcis, /' mair-'r' parto clos cristais
(90% ) con tõm nì trolônio (ti¡:o I)¡ respr.-'nsãvel entre outrcs aspec
tos ptrìc sisterna r1e absr-rrçãr-r no ìntor'¡alo 6-.l3 r.r clo I.V. Como
jã foi mcnci l'naclc' em capíLulo antor'ì or, ôsso nitrogônio se ôfFe-
scnta s0b cluas formas: consti tr'r inC.i Irlacas submjcrosc6Dicas para
lelas a (100) (tipo Ia), u disnorsös nâ rAd:ì cristalìna (tlncr
r..r

Ib) . (Lightourlers i: llc¿rn ¡ 1964)¡ Ët¡bora a crì9om disse nìtrcgô


nic-, seja um problcma rouco esclarecicìo, ar,lmi te-sc su¿1 prcsença
no magma kimbcrlitico, cle onr!c foi incor¡oratro pe10 (jiamante du

rðnte o scu crescinentr).


As Cemris itrnurezas (elernenbos traços) conticlas
nos cristais r.lo iil to Araguaì a (Tabr:1a 14), conc0rdam plonamente
com as rleterm jnações cle ilunting et.rì. (.l958), Raal (.l957) o
Chesley (1942) em cl iamanÈes de kirnber'ì itos africanos.
-llt-

As mj croestruturas Iresentes nas superficies dos


cristajs, são scmelhantes aos padrões descritos nor Tolansky
(1955, I 960 e..l965), Proko¡chuk et al., (1964) e Patel et al.
(.l965), em di amantes de kimberl i tos da Ãfrj ca , Sibéria e fndia
resl)ectivamente. Essa simiìarìdade no micro-relôvo reflete iden
ti dade nos processos qenõti cos dôsscs diamantes,
Quanto ao hábi to, os cristais di feren de região
para regìão (Cotty et al., ì971), ¡odendo mesmo varjar entre dois
k'i mbo rl itos prõxinros. Dar,rson (1967) exer¡nlifica ôs se fa to corr os
kimborlitos dos grupos llal ayii Batuobiya, onde 72% dos crìsùais
são octaédrìcos, B% nombododecaõdrj cos o l9% i n t e r mr¡ d i ã r i o s ; e
Daldyn-Alakit, onde os rombododecaõdri cos ',elrf a2en 6?%, os octaõ
dri cos 23% e as tr,rnsicionais 15%.
I'ta ãrea coberta pcì a nresente amostragem, desde as
nascentcs dos rios Ar"agtraia e Garças ab6 sua confluência na cida-
de de Barra do Garças, predoniinam Lrs jndividuos rombododecaõdri -
cos curvos. Soguern-se os octaõCricos e formas transicionais. Dos
taca-se a grnnde p.orcent.rgem de geminarlos e ¡rusência de formas
cúbi cas. Esse üì t imo tir-',0 d muì to f reqtlontc nos; "nlacors" da
Ucrãni a (Yurk ct al., l-q66). A unìformjcìadc Cos hãbi tos observa
rja nr¡ Al ùo Ar'agua iû sugcro que ôsscs cri sta j s nl^ocedcm dc uma f on
te única, ou en tã0 , de vãriôs f0n bes oncle as condi çõcs gen6ticas
fonarn semei hanteg,
Un fato intcres$ante 6 a serrrelhança entrc 6ssos da
dos e aquôles obtiilos nor Leitc (Ì9(r9) na bacia do Alto Paranaiba
(Tri.ìngulo liìne iru). Como se ¡ocle obsclrvar na tabela 15, ossa si
milaridarlc não se restrìngo ãs pro¡rìc:tlades norfolõgicas, mas en-
vr-rl vc tambGr'r r-, c o ¡ o r t
rn ¿ì m o n t') as r¿di ações do inf ravornlt:1ho, in
cl usões, rnì neraì s o fl uorescFnci a go uÌtravioleta.
- I ì 2-

f\rea Aì to Aragu.rì a lrl angu lo lil ncl ro


Pro¡rrie,Jacle

olivina olivina
inclusões diamante diamantc
granacla granâca
crDmo-esnin6lio

Absorção ao Prerionli nânci a Prcclomi nânci a

infravernrelho ti pos I ti ¡r¡5 l

Hãb ir0s Prcc.lomi nãn ci a Prcdominância


rombodoclecaer.iros rornb o rlo cl c c ¡rcl d ro s

Lumi nes côn ci a 36% f I u0ros crrn- 32% f 1uo res centês
tos ao UV ao UV

Tabel a ì5 - Al gumas ¡ro¡r'i edarJos c1o di amante .do Al tt:


/.raquaia c Tri inqul r l,tineiro.

dil'erença bastan Le si gni fi catì va entre as cluas


Unra
ãreas refore-so ãs rlimcnsões clos cristajs, I'lo Atto Araguaia, os
naicrcs exenrpì.rres rararnente ultral-.assam I cm, enquänto clo Triân
gulo ilineiror procec!em os grandcs (liamantos brasileiros (Presi-
rJente Vargas, Darcy Vargas, Coromandol e outros ). Grandes cri s-
'bais ì mir'l ìca em transporte recluzi do, caso contrãri o, a cl ì vagem
recluzinia as suas dimensões. o n s e q ll e n t e e n t e , ¡ode-se .rCmi ti r
C rfl

que o dìamante cjo Trìãngulo estã relativament,e prõximo ãs fontes


primãrias, polo rnenos em relação ao do Alto Aracluaia.
0utro probìe.rna controverLidc; relaciona-se ã loca-
lìzação clas provãveìs chaminEs k'ì mberlíticas clislersoras dôsses
riiamantes, Alðm dc¡ Âlto Araguaiü, "ìo l,lort,e e Triângulo a I'lordes
-1t 3-

te, outras são conhcci,las (Tiba¡í, r Su(lcìs te c São Louren-


ãri,.as
ço a lloroestc), tôclas s i tr.racias nas l¡orclas Ca bacia c!o Paranã
(Fì qu ra 44 ).

Ij rrl;¡¿ z! 1¡ reas rl i anançÍf r¡ras leri f õr'l cas ã ßâcl å


clo fìarenã.

ocal i zação ¡erì 1õr'i ca c!essas r:corrências suge-


/\ I
re a pussivel presença d'e chamin6s kimberliticas intrusivôs em
tôrno c1a bacia, constituinr-lo um quaclro semclhante ao definido
pcìr Bardet (1965) na platcìf orma sìberiana. Baseados nesse ironto
cie vìsta, Hasui e Penalva ('I970) l'ostrr'l am a existõncìa do kimbor
litos na rcgião clo Al to Paranaíba. Se¡untr,i êsscs autort,s, as
-l l4-

chanìnós dianrantîferas os.lari an assocìacias ao nta<lmat isno neocre


bãceo, ao quaì pertencel,t as ci i r,,t':rsas intrus ivas al cal inas norte-
nordeste da bac ia.
Êsse qrtar'lro Iìiìreco razo"îve I ¡ara o Triânnuio,onde
as frações pesarJas recolhidas nos arììllnos tlos trJlltltãr'i os rlo Pa
{.1

ranaîlra (nìos ilar;agerìj , Sônto Inãcio". Dotlrôclinho, Santo lrrtônìo


cio ßonìto e outros)" con b6r¡ alluns r¡jnerais tTpìÇos r-1r¡ kjnll,erli
tos,
Se'lunc¡o tjôrhiosa ot ¡1. ('ì970), al õr'¡ de sr':ixos de
rochas bás lcas, 0c0rret pì ropo, ìIrnunìt¿i ì"aqnèsìana, ¡-.'e ro¡ts k j1la,
nragnetita, FUtilo" cìônit,1 , z.i rcão , ntonêz iicr o outras csp6cìcls
nìonos collstantos. 5¿rbc-sc uto o jrono" il¡rr:t:ita nalnllsiana e
cl l-'

porohlsl<ì ta, '.5tño Ecnõti callìì(int! r()].rcioneclas a-c f ocll as ril¿'brizos


<lo dianrante - Dol,rs on (1!67) u Srli rnov (1951¡).
Jã no hl to /\ra1r.r aì1, as fascs corlstittl ¡nlct clas
fr¡cõus p,,sacÌrs nÃo cont,.1rl tì..inhur¡ t.l in,.r¡l jnd jc¡clor C., nroxiri-
dado de kirnL,crl i lo. 0s ¿,r1üviõcs doi; r'i os (ì¡rrcn$, Iirar.]uaia e
stus tri butír'i os t'rìonor(r5 sñtl congt j truírlos p r c d o rr i rì ¡ n t o {ì n 't î por
m

quart¿o, ca lcutiôrri ;i c on¿ l a,, ,Ä iaril nç's ar.l1 I const'i tllir.lit <ir:
'i lnrnjta, rutjlo r: turmalìna¡ todos; rxil: jndo alto ornu rìi: ¡rrrc-

clonrlcnento. Êssu ¡ìspecL0 conrLrinado cQi,l a ausGnc'i I dr: '3ranrll's


cl j¿rnontcs n¡ì ãrc¿r, drfineri uma situação dif;rrntt ¿:ieor:i:l ¡ .ìncon-
trada no Al to P¡ran¿í[:¡,
E f ,rto bem coniii,cìdo cjr.:c dr,.srlr: o início rl¿ r.1nrir,'
IriìçjoÍì noss¿ irc¡, ¡ m¿r'i or DroCução saflilrt vcìo do Carças c sous
af lrrontcs nriln0rrs, cujo curso rlren¡ ùss0ncialmcntc t"ornaçõls rlo
C¿rbonifcro '.r Lt.voniano. t' pro<1t,rçîo rlo Ara¡uaiit, aldn dc nenor,
rts'trjng0-gr rr0 st.r L()r {ì rn qLt{J r: rjo cort¿l íì¡ri.roníf rtro (ì iJcvonilno'
Percce bast¿ri¡ lc ¡rovãvc1 qut,:s rocl'¡a$ cl,.ss¡s {ormacõr.s st.,jrtll as
rrratrizcs sr:cundãrias clo di ír'.rânto ¡.¡ ¡i-.,1 ião.
-115-

Ncssas ct:ncJ ìçõos as matrizts kìnllL'-lr'l íticas scriant


P r'õ - C¡rr¡rb-n.i-r,.n
1i s , c umð. voz dostruidas na c'¡rcsão ¡rõ-dr:voniana,
tcrjan I jbcra<lo os clientantrìs, incorn0rados ¡ s(.rqu j r nos cott¡lo-
mtredos clcvoniancs' Essa hipõtosi''ìnrJscntâ-sr Lrast¡tntc razoã-
vo1 , tnõrmontù sc cons i denarnlc.s quc ats ãrlas rli atnantíf clres n:"ri -
fõri cas i liecil (Fì1;urr 44 ), com exct:çã,r tjo 1'r'i ângu1o o contcln
grandcs cxt¡nsões de rocitas cli:vonì anas '
ljsv¡-se me¡ncionar nind¡ ¡ hirl6tos¡: dr Io'r:lnstein
(1963 ), que rcl aci ona a ori¡tlm clo d j ar¡antt: l¡r¡s j l':iro as t¡etri-
zos kirflberlítìcas da Ifrìca, consì rj.;rendo iì pOssibjiidÂdi) dtj li
gaçãc cntrt: o ccnti ncnto ¡lncri c¡nü :) Lf ¡i calro rltl ranti: u ¿l f osl
t,'l

geol õg ì ca pr*rtírì tar


-1.l6.

v- AcìlìAilIcT;ì[iìÌ0s

0 autor dcsc,ja expre$sar sor,ls najs sinceros


a rl r ¿ e c ì rr e n t o s a di versðs pcssoas o lrlsl;ituic)õr:1, cui a colaSo
<l

ração tot"nou possivol a elaboração dôstc tr¿rl:ralho.


Ao Professor lìc,utor l'i1'l 'i an Ûr:rson i'olin cle Ca
rrrrFg0, Cütcdrãtj co {i i.r Í;i nlnal ogì r ,.-' ol i0n t¡ do|J{rs ta pesquisao
nossa gr"aL'i tlã0. [ìs frofcss6rcs Dout6rr:s Vjktor LoÍ¡2, JosS
i.ioacyr V ji'.nni t)outi nho, Gi'l u\crto Arnar¡ l, Vicc:nlc Josõ Fül faro
¿ Yoci tr,;ru l'l¡rsui do Insti1:utr) rio [icociôncias rt Astronomia d¡
Univ;rsìcl¿clo rlc São I)au1o, c S,C¡ticha-tllis c C*ciìi¡ Pinlcn'
t;l clo Ini;tl tuto do l..n¿rcì ¿ Atôr¡i ca di, U¡ iv )15 i d.ìdo dc São
Peu lo, col aborarar¡ círfi criti c¡.s o :;uqîritõos oportunas.

/rgrad0ccr,tos aos Dt'utôrcs Faulr., i;l . Arrud¡, Dirc


tor do Çcntro <lil l,Jcrosccpìe E1ltt"ônice cla Univcrsidade do São
Paulc; , c Gunr¡in i,r Nazãr'i c d,-.r Institutí i\d¡I f¡r [,utz,nrllfl$ feci
liciaclcs of'crocid¡s ni; ulìl; dr: sous labcrat6r'i r.is.

grettis t¡mbõr¡i ao Dcutcr Cts¡r LìLranati dn


Sotnos
C';missão f:ì¿cional clc Inirr'ç1 ì¡ Atlr;ri ce dr Anqr-rnlina r;i-l I as anã]i-
Scs nù ì c r r) 3 n .'ì i¡lr:trlniCrt I ¿l ftr,.:f cssîr¡ ilarjr S¿ jksz,ty do
r¡1 L, cl

Tnstj Lutc d; Gclc iinci ¡s r: i.s ti"c,nc.nri.', p:l¡s nnílis'.:s ospcctro-


r1 r11r Ç¡1.
' li i' s csircci¡is; crnsit.,nrr¡rs ì Funclaçãr:
r:r cl e c i rr on tI
rjc Ar,,¡r"'.rr â ['oscu js¿r d,-' Istadt' dl 5i,.r Fau]1, Frlo euxilìc fi-
nencciri, clncocl itl.:, l' ¡ r I c rl I s i nda ¡l Sr, Josõ lìuf i n'i ìle
.',. rJ r:

lus dcsenhr:s r ¡ Sr¡. i\ì¡i r cic C¡:ritn:s !-"u¿¡rJ¡, quo dâtilrçrafr,u


os rrig inais.
- i I 7-

V] BIBLIOTìRAFIA

/.,Lr,rt¡ , S.F. (.l963 ) - Fienl¡ntc e pr,rcir.rs cor¿r.lls. Gr:nr¡l3,; ia 31,


7-37.
iìlrrr:i d¿r, F.F.ii. (lfl54) - lo1j¿ qr¡, Çrlntro^[.esto;'al.ocrc¡s$ûnso.
ûeL,
Dep.i'lac. ['rocl "iiìn., D i v û t o ] , ll l n . , ßlllt.i rir ttî 'l50 " 97 lãls,
.,

1,.S.T.,i. - (1965) - ri,r,ruri r:an Socìt.rty for TcsLìilç; ancr ,i;'trrials,


X-ray pottrlor Cil=fv'¿lcti(ìn fileo Pl:ìlrcloìphía, tlS/,.
ftzaroff , L.V. r.: lJu'¡rclr:r, iì.J, (.l965) - Tlic prrt'tclcr m('jthr(-ì in )(-
re,y crystcl io¡rrephy, lrcCr¡!,/ llill t'r.,nk Cr:", ililt '/ork, 342 nãgs.
ll¡rbosiì, 0. (.l938) - 0 r:li atrantr iii nas úr-:rais. i'iin. e ilet. , 3'
b9,
B¿rrbosa, 0. (1970) - Geoloçiô dn r"t. 1ão r:lo Tri ânqulo lljnejro.
1t

De Þ.llac.Pr"i,r.t ,iìin,, iir:ìctinr nÇr 136, 14C plgs¡


llarJi:t, ii.lì. (1965) - Lcs iscrlìíìnts rJc cl janrant C'l'.lilsS. Chron.
i.J

rlos iìì nes ;ù du Ia Iìcch, ;ii n'i ãrr , 31.5 , 246'?.5t]; lì46 n 2"19'292;
c 347, 315-3?4r
til a rt osh , Z.,V. r.r ilak^rc,v" V.¡. (l967 ) - A rt.:nort f r"rìl thc
i ns ki i
U5Siì ;n tho ¡lt icrun¡li¿f of sJ/ntlìctic :1ìantonri [acots, incl . Diam'
llt'v.,27, 160-163,
uart,:slr jnskii, 7,,! , (1 966) - Thi: çr¡'s t<r'l ìo1rapho1lr1-v f rl i¿monr!s r-r
,

fron pì¡ccrs in lh* north Ê¿ìstern [¡rt of thl: S ibtlri an Plataform.i


riin. Sbcrr. Lvovsk, LJnivers., 20" 384"388,
Barboshinsliìì, Z,V, ('l968) - Cortôin charactori stìcs of cJi antoncls
f roir pì¿ìccrs in northeastel'n Sìborian Pl tlt,rf ortr' Int. Cìet:.l. Re v. "
ì0, ll5.
Beilaricla, F. t liorìatsu, ii . (1966) - ll particular nechani sm of
!r(./t,/tlì on t,cù¡her.lral cj j anlonrl ôchi¿v*r' wi Lh ttincl tIi irons. |'ct¿t
Cryst,. 21 ¡:," 257.
ll;:clar j cll o ll.P, (1967) - iii1"0¡ï0rphol'rqy rrf (11ì) f aces i n
cl i¿r¡,;ntl tlvins. lìcta Cryst,
" 23, 7n8-7'l0.
-IIB-

Bcrrnrrn, li, (1965) - Physìcai prcn;r'i:ìr:s L f ;li ¿lì:li,nt.! . C,l aren,-lon


Press, 0xfortl , 4;13 pã0s.
iJiqarelta, J.,1 . (l9Lì 7) - F'rot;ì t.rrrs in Ii r,rziI ian D*vlnian Goclr.l-
r;y. tiof îtirìi Fdrânaensu t'Ê C,,:r,r: iãnc'i ¿ìs ' nQs. ?-1 /22.
Boverr kcrk, .[). ('l961) - o rnr,l oL¡:irr rv¡t j0rì s oll tho rrrorphr-' lT';y
l'1 1ì

anri plrysic¿rl c h a n n c t '¡ r i s t i c :ì i|f: s\/n1;h,:ti c '' j eßcrnt'. ,"m.11 incral


46, 052-i¡fr3,
urarjg" lJ.lj . e 11¡¡r'.', !r.l-. (1913) - Tht: strucl.urc of cl i¡mon'!.
lìroc. [ì0.y. 5o c. iì, 89, 277-2ì1 .
Bucrrcr, ì,.J" (1964 ) - Tli,: ¡rrl:ci'rssi c,n trttthori irl X-ra¡r t:r.vstaì-
l oJ't'a.nìt"v, John ¡¡ ¡1".¡r i' Sons, ililt"i York, 276 pã9s,
gUntirì1, [, iri , c V¡n V¡]k rrburl, i, (lS'5fl) - Sr.,mll ¡rronertios
rrf t: ì¡llonr.l . i,m. r'iti nr,ral. t:3, 1A2"11rt.
tìaman¡0, l.l .Cì.fì, c Loitro C.fl . (1116B) - TncìusõÊs; e¡l i.l ianantes
frrasi lei r{r5, An,tr,cacl ,iJr¡s.C iôrrc. Íi ¡ l ttnt,l n 1;o csnecia'l , 89-92'
Lt

Carnargt..,, ll.G.iì. e Sviser0, |. (196U) ' Uri a nov¡r cânlara ':'e n6


1..).

parir tl iir"irçãr, r.ìr- r¡ius X, r. n . ¡; . ll ¡ 5 . C i î n , .\A, 71-15.


r1
¡1,
"
¿i 1.r

(ìl¡:, rk, C.ü. (1965) .. (..lnti r:41 nroni)rti*s o1' n¿ttlral r'ja¡lon'ls.
In Physicrl propcrtìrs of tl iamr-.nr.l , [",r'i tlr R. [llrman, n.295-1'l8,
Cleronr..on Fross.
Collins, i,.i, o Itilli'rr¡s, ,¿.ll,s. (l'i7ì)- Tho nature of the
accetr.'t,.. r centre in seni conduct'jng r'ì artL.rni.l . LìÍarnt.rncl ilr:scarch
1971, p,23-2).
Cotly, l'J.F. e llill<s, Ë.,i, (1971) - i)il'fclrenccs botr¡ttlon 'lienonCs
fron differcnt s0urces. []i anion,.' !ìr:sl:arch l97l, B-1'l.
(laticha-Ë11is, 5, o Cochran, ìr. (l9ft8) - -f r,: X-ray sniki:s of h

.i i¿.rr¡on,l. Äcta Cryst., 11, 245-il4'9,

cl-:r,c'l riy, I',J. (19t)2.) - I n v;.: s t i a t i o n of rninor elcm¿nts jn t'ìa-


1,

r¿r..
frl Lr . ì¡inr:r¡1. " ?.7 " ?1)*26,
r'rrì'ì

Chre nko, fì,ìi., i,lcDonal r! , [(,S. e iii:rri^c:t'i, ì(./, (1967) - Inf rare'l
spûctra of .li arnonr.Ì crirt. .l¿'turr:, 213" 47t'',:I7lt.
-119-

Co1on,y, R.J. (1923) 'l\n unust¡ aì tl a r t z - d i ¡ro n cl intergroutth'


<1 a

/ìr,r
" Journ.5ci.,5 th series' 5' 400"403'
tìusters, J.F.l.l . (1952) - Unusual p h o s p o r.e s c e n c e of a di amoncl .
h

Phys'i ca, B, 4BO-496,

Daviclscrn, tì.f . (.]967) - The kirnbel'li Le of the USS¡ì' In lJltra-


r:ial'ic and relatecl rocks. lclitor l',,.1 ' llyl1i e, ¡. 25'l-261' iohn
r,ii lev û Sons u i'Je',t York.

iav:son, .l .fì . ('l9Û7) - /ì revielr of tiie geol(rqy Òf l<i*rberlite.


In Lltrrlrlaf'ìc and related rocks, edi'tor P.J.lJ¡rììie' 269-278'
J0hn iii Icj¿ [r Sons.
0n kirrborl'i tt-' and ia-
" J.B. (l96s) - lìecent rcsearchs
11
iraì/vs 0n
tirotrcl geo ìogy. l:con. Oeol , " 63' 5C¿--5,l1,
Dav;son, J,tì . t iÌr:i cl " /'.il. (197C) - Corr t r ' iì n c r . e t r o i ' , î'6 '
í P

296 (citarJo por Dawson ).


¡ .[3. (1971) - T'he gonilsis of kìrrlbrrl jtr:'
j amon<i
D
Dawson .1

1r: l1 , 2*7,
'iLsi.r ârclr ,
locr, ril .4,., llov;ie, [ì .L. o ZuÍ;rnann, J. (1967) ' Ror:k forming
ninenal,s, vo1. I, Joitrt iljIi:ll i Íitrns, ltler'-' York, 333 pãgs'
iiu irreaz" L. e fìaa1 , F,Ér. (ìt65) - ll itrof]on 'i tr cl iamond. lli amontì
iìièscarch, 'l965 , 6-9.
l)yer, l;. ll ., lìaer1, It.À., Du l'ri:'rz o L, ,-' Louirs¡r" J'l! 'fJ ' (llltiS) -
ùpticai absortt¡on f r:¡turcs Essociatocl ìth naranl¿:qnltic
r¡t

ni trogcn in rli ernoncls . t)h i l . ìl¿ìq, B " 76:l^77 tr'.


L,¡cr" J.il , (1969) - I\nl jc¿rções ri ¿: ostrectrosco¡rir dr absorção
ros riornDostos 0rgânìcos. [.rl-i i. l]lucliêr Lt<1a, São Pi,ulool55 pigs.
¿ì
'l
ljot, R.J.(11í0) - liP'rctll¡rtion on thQ ccntrr:s formed br'r
riì trog,-:n irt di ¡tnoncl . Pl'oc, PirV:;. Sioc', t-6, 78'7'791 '
[.nara, S.l'i . o To]ans;k-v, S, (l057) -'l hc lirjcrosLruturo o'Ì'
(l rj rr c a
cl i¡ d r ô I f ¿lcl:s of di¡rnlc,nd' Proc. r'loy. Sr'rc, l'" 239 ' 289-295'
("'

f^pp lr,:r, ll.i:. (1961)- Incllìsions


jn dianronC. JrLurn'5r:noloq¡r, B"
l._al
'i 20-

Ërichs<:n, A.i. ¿ lii rerr da, J. ('ì93$) - Cr:olorlì ¡r cjo Ílr'l 1 rl': Goiãs'
5¡rv,l;li, ¡ i'itlurr [r('l:;tìl¡ no 9rr " Pir clc ''.'n:iro'
ijv ns, l'. r.r lì¿lu l;e r" Il .ll . (lil6l) - ttchint' of di¡noncl sLt rt"aces
witir gascs. t'hjl. ii¡q' 6, 4?.9*444.
üvûns, T. I Ihilel, c, (l962) - Illtl:tlrfoctiL;ns in tyl't I and
typc If ci "i rtrloncj . Froc.lìo¡r.Soc.Loncl , l'o 7^10 ' 538-552'
i:*rs lan " A. vrn e Goldschmirlt, V. (1911) - Ilr,r r l)'i allrôn[, ()tÍ'l
l,ljntcÌs, l-ieidi:ìburg, ?74 Pãgs,
I;rank, F.C. ('ì956) - 0n th¿' X-ray t! iffrectìon spikcs of' dianond'
['roc. Íìo¡r. Soc.l"ond. A, 237, l6B-1i4.
Frlnk " fi.C.o Putticli, K.[. r liiIks, t-.i1, (1058) - [tcfr pìts
.rnd tri gons orr tJlamonC. Ihì ì' liôü. , 3' 1?-()?.-1272 '
Frank" F,C. o l)uttick, K.[, (]958) - [tch 1rìts ¿rnrl trit;ons on
diarnonc! . Phil, ilìa9,, 3,1273-1?79'

Freisr':, F.ll' (1930) " The cliarrtoncl clt-'nos'i ts i)n tho upncr
lra"ruaJ¡rr Iivr:r, Brazil, Iccn.tlirl, " 115, ?01 -7'07,
Íîritdtl, ft. (1924 ) - Sun l¡ tli rrof j rlgrrncù rJLt ¿j'tm¡nl. Ilu ll.
r^

Soc.Ër¡nc, iijnãr, " 470 60-94.


Ì:ri¿i-lcl, . c lìi baucl , G' (1924) - Sur unc transform¿ìtion clu
{,ì

djatnnnt ð hêt,to terlprjraturc. ßull, !ìoc.lr¡nc. liinõr., ¡'7,


ü4-il7.
l:rictje l, G. (1932 ) - Cr¡ntfli bu itj on ã I 'ottlcll: rJu r.! i am I nt . Z0i t s.

Krist. i{3, 42-55.


Fut!rrgcn(ì l::r T. ('ì958) - Ân X*rl-v stucly of sol j d i ncl us.i ons
-q.
'
in c!i ¿tmo n c. l( r i s t a I I o q n n y , , 4!)¡-496 '
¡r h ;1

Futcrgenci lr.:r, S,1. c ['n¡nk-l(amr:nr:Lskii, V'f\. (196.l) - 0ricntcC


Erotith of olivilì'.1 , gðrnet ¡nC chrolitc-spìne1 in cli amonrl , ilr¡m'
ll l-tlnj¡¡ ,iin. S0c. o !0, ?30"236'
G¿nc.jc,lf i, C. (1969) - [ì¿rtá1'.-r go r-ra offjcjne ojottrotocnica i ct

l -nnr' , l r :'ì ü(,' 1 ùt l l'1 .


-121 -

ü jarri'i ni, ir. h. c ilJ tchcl I , Fl ,S. (l353 ) - 0rj tntcrl oljvine in
iìi arnoni.s. irl¡r . ilirìe ral,, 38, j36-138,
Gncvushcv, il./',, e llìkr,1ae va, Ë.S. (l'J61) - Tru{ly Y¡r' i.S.0.
Ak¿rcl . i',1a,;l'i. SSSiÌ .o icrv. Gcol. 17- i 05 (cit.:rlo por llarrÍs).

Golrlschni'l t, V. (llì'l6) - /' tl¡s i.lr)r Kr-'r-siilllflrrncn, v01.3,


C¡rl ll irì t0rs o lì:irli:1bcrg.
tilbclin, 1,, (l:52) - Inclus'i rjns of ì¿ìliit)n'r, Juut^:l . ûcrrmr:1c1yo
t.r

3, 175-187.
ûuþclin" .J. (1953) - Inclusions s ô Inti.ìns of trînrston'r
Ë: ¡:Ì

ir'r'rt,if ic¿rtion. Gqniologìca1 Institrlttt ol Anlri ct. " 22Û ::,


{ìui..r: lin o [.J, (.l96r) - Djo nntur r'cr rn i n c r a l j s c h l j isse in ¡"'

:lrlslein. tì c l r' s c i r: rlç ilc it,ttrnl, t',, lJ5,li ll 53/j-53t).


hm

Italì, fì.E. (l!r66) - lntr'or!uct'i on to ciectron trtì crosr':o¡y.


ilc0ravr-H j ì1 (]onroan,v.
flarrjs, J.li. (lt6B) - Thc rccor¡nition Lrf ri iômc)n(i jnclusions.
Intl . liar,r, ilov, 285 4A?,^410 e 458-461.
"
lìarrisrn, [.11 . c Tolansl<y, Sr (1t68) - firorrth history cf a
natural octahcr.lr¿: l rì iamonrl . Prtlc, f{ly. Soc. f,, ?7), ,il0-4116.
Iiàr'br an, ít. e Pcrr.iok, r1.C, ( 1155 ) - lìrlations bottnioon mor¡rho logy
¿ìn,"1 stv'uctur'e oí' crystals. i',cta Cr)'s t¿1 l. B, 1i9-52; 5?.1-524 e
t,t'..-.I,)t\

llasu'i , Y. r.: r:rl r'rli i.ia, ) - Clr:ccrnno]rgia rll Contro


F.[:.ii, (1970
fjr.:sie [ìr'ilsi l,¿iri-', Io].Sr.;c,Pias. f,ìr:o1oç;ì ¡Ì, li, 5-16.
l-losui, \'. c Pcnal va, F, (l S70 ) - 0 nroh l.cr¡u ''ì¡ rrìamûntc rio I'l tcr
Prr.¡naÍba, Br-,I . Suc. Bras, Goo Iotl ia, i 9, 71-78.
licll¡u'1, L. (1961)- Vacuum ilenosit'i on oF th'i n f jln¡s. Canmann
l"ln 1 I , Llniion.

J.rhns, iì.ll . (193r) - C'l eli cii solutjon for tho sneci¡i¿ r¡ravìty
rìctermination c;f snall trri ni.'ral qrains. Anl ,i'liil;:ral ., 2t,,11b-122.
-122-

l(¡iscr, l'J, e . ll.t,. (i35i) - l'li tro(!orr , ¡ r'1â jor ironur'ity in


ijcntl
conmcn tyno T rl jamonrr .. Phys. llcv., ll5, 857-863'
l(cnncrly, l.t,. c lìi.;r,'l-i eo B,[i . (1t68) - ;'hr,r .jontsis of ('íamonC
rluDosits. c 0 n . lì r: o l . , 6 3 , 4 1 5 - 5 C)3 .
E

Krausl<c;If K.ii. (1'ì67) - Intrudtl ct'i L)n to fl¡JOchl:rit'i slry.


"
iicGrlr li j I I Bolk Cr:, i'lcu York,.
L¿lnE, i.R. (1i64) - Djsìr¡cittit'ns i¡ ¡lj r'¡¡'-'¡r'r5 onrl thr.: oriqjn
Nf trigirns. Fror; . lìrjy, Soc. fl , ?7û,, 23t1,-242.
Linr, A.l.ì. (.l967) - C;-ruscs ol' i.ri rrr:f ri nr-r!-ìncr:l in r! irrlon¡' .
l,latur.r
" 213n 248-251.
Llìnz, V. (1r39) - Dcr tli ilmanÙ "Pr¿:s jr'rntc V¡r'r¡s". 7i,:ntr' liin'
rJi. 1,, l. Jv. iijn. l;lr:t. 3" lB5-lBrr.
[.oitc, C.R. ('l969) - Cri st¡r'i ografìa c lrincr;:lr:{i ia ''ti j¿ìmônt0r.]

Li r,r 'i'rjângulo iìjnei ro. T.'js0 '.ì,,: rloutoÌ"er¡tnt¡ .r'rescrr t;lr'¡ ì F¡lc.
l-i1, C'ì i-n, Lctr¡s, tJSl, 102 Fags.
Lcun¿rrr.'os, 0,ll. c S¡:ir'anltr, lì. (lt3t) * Di nnl¿rntc "D¿rc.v Vargas"
e ul..¡tros tr¡ntlr:s L'i.',lil¡nt¿s brasil':ircs. I I . F a c . F ì 1 . i â n , L -
B C '.)

lras , USP, nÇr l B, 3-25..


Lo¡:nilrdr;:;, û.I'i . (l?5:")) - Ililrr¡ntc, lìin. e ;l:t. ' 30' 7-8.
LighLor'rl,:rs, [.C. e D0an, P.J. (1]6'1 ) * llc¿rsurctrcnt cf n'i Ùro'lcn
crle r,lntr¿tt iotrs in rl irÌlllinr.' i:¡r ìlIi'¡1'¡1 .ìctivalion ¡nalysis anc'
oi;ticai rbsr,rnticn. Di atnonr.' iìís..;arch 1164, 21*25.
Litvjn, Yu.l\. (196t) - tln tfre ¡rob1t-'rn of the orìgìn of jamond. <l

Zan. Vses. ilineral. trbsch., l, ll4-12ì,


l-cewenstcin, ll . (1963) - 0laciation anC the orirrin of dianrond'
''jer,.oloqla, 3?., ll-:i0,
rlciJougall, l).J. (l9ijZ) - :ìome factors influencinq fluorescence
'i n n inenal s. Ar'¡. ;r¡i neral.
, 37 , 427"LiV .
r.l(]loan, Ù.[. (1963) - [lerlentar.y .i nfrared snectroscoÌ¡-t¿. Ïha
i,jacrirj I l an (ìontnan¡r i'lelr York, I 93 n.
"
-123-

iiê',ero H.0.4. (1967) - lnclLl sions in diamond. Carnelie lnsti-


tuti on, lirrnual llr:¡rort of tho d-i rector 0eoirh.vs j cal Lal¡orator,v
l-c)66-1967
" p, 446-4|t0.
Ljlled.;,¿, .i. (i96.|) - Co,:-'si tu as an inclusion in û.['|l'
11
,|90,
syntiretic dìarnonds. Iature, ¡r' i113ì'
,'iì1e cìEr, .,1 . (lir70) - corl'l'in icac;ão oi:ssoal' l'rn iv0rslt'v colltlclre
l-1

Londorr .

rij lvrarcl., G.3. ('lt35) - Contri ição L.rr.r larô a qeologia clo sul do

Goiãs. tsc. Frof, 5a1., São P¿'rulo'


iiitcholl, t.N.J. (1964) - Tho o¡tic¿rl ¡ro¡rcrtÍes of 'li iìn)ond'
l)j anrond Rl:scarch l$64, ì3-16.
I'¡yko l,ljtj1,rì/cz o R. L:t al' (l964) - lri!'li lrecision clens itv dcti"r-
mi nat ions of n¡rtural Ci amoncls, Journ ' AnPl . Ph.;rs ' " 3rj, 1773-1778'

iiakamoto, i(. (1970) - Inf rar{r <l snectrô of 'Ì norqanic and coordi-
nation corni)ounds. Joltn lri ì ty & 5ons, 338 pãgs.
Ornar, li. c l.ol tnsk.,/, S. (1954) - Thc r:tchinq of dianrond by lolLt
lrcssuro ox.v(jen. 'PIri f , i'rg. 2' BSi)"863.
0rìov, Yu. L, (195l?) - Syng;nr:tic ancl r:ni5c:nr:tic jnclusions in
tht: cl-vstals of r.liarnoncl . Trans. llin. ;lr-is. Acad. Sc. URSS' 10'
lL3-120,
0rlov, Yu.i-. (1966) - [vi rlc'trcr: til¡t tllÍ roundìng of ciì anronds js
''cnd tiy a Cìssolt,t tion ¡roc¿ss' itin. 5l¡or. l-uovsl<. Univ., 20,
'I
29-134.
Palach¿, C, ('i932) - i"îu1tiPl¡r twins cf diamond ônd snlìcrlîritl'
Ånr, ¡,,inural." l7' 360-361.
Ëanclya, ,1,S. c-lol¡nsky, S' (191ì4) -'lhc ctching of cli II
'ìnond
c1t:avaçi:, doci,':cahurlron ¿lnrl ctri)o f iìcils ' Proc. Fioy. Soc' A, 225,
40-48,
îraLclo A,R. Q l\gôrt,r¡ìl , i,.K, (,l965) - ' j c r o s li r u c t u r e s on
I Panna
ti ìanroncls surfeces. Arr. ilincrol., 50, I ?.4-131 ,
-124-
F¿rtel, ¡1,. R. u Ägarwal " i',,K. (1966) - Unusual r¡icrostì^uclurcs
on som(j Sotrth Afrì c¡n natur"rl cl jar,tonds. T nC.)j;r¡l' lìr'v., 27,
24r -244.
P,,.tel, A.lì. c ¡,.;arrvaì, ii.K. (.l9ú7) ^ iil::ctron nl'tical sludjas
nn ('ì 0.)) facos of diatnonds, lnd, Di'r¡t' lìrv., 27 " 4tl2-r,?,7 '
Pat:1, fì. t F.rtul o 5.ìr. (llúf)) - i: ncltr tllr:thod of t:Lclting
ir,
cli ¿yironcl . Jcrurn. Ii1.'ni. Cr.l,ct," ?, 143"188'

i'atcl, Â.fì. t: Patr1, :i,l¡. (1969) - Prodtrction of lrrj(lons


pattr)rns oir (111) f ;rc,:s of na Lurnl di ¡'rlonr.is. ncl .,Journ. ot"
,t

Puro & ¡l\nr-'1. Plìys,, 7, 690-69'l.


putr.i , S. r Fil faro, V.J. (l9(:6) - Sôirru ¡ fiájol orl ì¿, r:l¡ Ãrr¿r l¡ a.
I i zada Idl âs ci d¡dcs tio Ra rra clo rìôv'Ç¡s ? tuir;rtitrgi:: , l'ìlto 0ros
so c J¡t¡'i ,.r ,/\nrori nõlto l is, (oiãs. flol,Soc, Br¡s. Clol . 15,
5t-Br,l .

Phraì, C, (1955) - Surf itce s tudj os of r.l il¡.oncì II. Incl . iii¡nt .

iìov. 25, 591-1195.


"
Poincìcxtrr, L. (1t55) - fr ilzob' j rcf ri n¡t:nc0 in cf ianronrJ ' l'.ri .

,iiniiral., 400 'ì032-1054.


Proko'.clruk, B.f , rt a1, (jlrô4) - Di¡r,ronds f ror thr-' ilorth-0astcrn
SiLuni an Plataform, Doklad¡i lr,karr . jlar:k. SSSiI., I5lÌ , l0l-103.
iìa¡1, F.i'. (1957) - /, s¡lctrogr¡"hi c stud,v oî t h,.: nj nor tr
'l
crrrlnt
contLnt ol' di,rrioncl . ri,tn':r. liincr¿l ,, 42" 35ll-361.
Raal, Fr,r,. (1969) - l, str"ltl.v f' sornl rrol ¿j rrli nc 'J i¡n¡oncìs '
r.r l,mer.
¡.¡ in':rè1., 54 , 292''¿96.
ílaa1, Ë.,.,, (1970) - Cor¡uni car.:ão pcssoal. Dj ar¡ontJ !le:st:arclt
l-i borilto r¡i , Johanni:s L'u rrJ , South Af r j ca.
iìank¡ma" K, (.l954) - Isoton'¿ Go0lor,.v. l)er¡lantr:n !:rcss, Lrndon.
iìcis, [. (i959) - 0s .'r¿nr]rs ci i¡nlrt;tcs ]:r¡silùlros' Don'i'i¡c.
i:rocl , iiin,, Bolelinr nQ 191, 65 págs.

l:lickr¡io,¡rl , P,C. et .rl, (1')7A) - DilrronrÌi f,Jrotts tclo'¡ltt.'


xrnoliths ìn kimborlitc. Litiros, 3,223'235,
-125-

, Å,Ë. (ll)6ii ) - Corll'os itiolr .rn:l ;vrl uti on o1" the tlll¿'r
lìinr'!./oo(,:
lrl¿rntlo. In l;itc tiarth's 0rultt a 'l .r.'cr nnntl0. irrj l. Pt:nbroi<o
Lt

J. H¡ rt. , ir, 1-l7.


i:li¡.¡¡¿6rj , i'.;:" ('ì970) - iriìâsii ti'ansi'0rnl,it i'rns ¿ìnr! tlìi.J
cDnst'i tt¡ti0n of thc-' ln¿ntlt. Ph.vs ' l,,rrth. I'l;rnr:t. ì-nt;:r', 3,
109-155.
iìobûrtson" fì, ct a1. (1934 ) - Tìr() tv'1rr's f i! i ¡rl0nr.r. i)hìl.Trans,
t.¡

iiuy, Soc. r:,, 23iÌ , ¡!63'


ilosirnf clci , J.l-. (1:î50) - D,:tc,r|r'i n¡-rtion of ¡r'l I ¡rinciral iniliccs
rr'[ rr:f r¿rction on ifficult {]r'i í)n f Ì'.r tninlra'l : bv rlircct
c.!

moðsurolrùnt. lìr,tor. l,jni;r¡1., 35' !t2-f105'


lìarnan, C.V, (.l96S) - D j at-r,onr.!s: its si;rrlcttll"\ri rn{l lrro'ì''irt
j'is '
C r,r nt. Sci , lnrr'i a. " 3'l , 211^225,
rre
5il"rnlr', t.. (1')¿l) - 0 'i'ì¡l'ntr C('r'tìrri 11,.',1. D'rl'Frc'Fjl'Cjln'
Lcùr¡s, 21, l5-23.
l.j:ìÌ-', nri
iìrt, l, ,1. (1$65 ) - Structuri: ìn ,ri amcn'¡ls rs r0vo¡. 1r,:il by etchìnc' '
LIl,rr. ¡l¡ncro. l," 50" 105'l23¡
Sc,t1, li. (']96ô) - Inclusiotls, l-:i rrlf ri nflt)ncr-r ¡nrr structur: in
natural rìi,lntcn"!s. ili:tur¡, 212, 1528"1531.
!iirir¡, ll.li. ('ì966) ' tlyrrlroti t.c; I cr.rtrmi¡n inclusion 'i fl Scutïì
i,frjc¿ln i.'i¿lnont'5. ll¿turr, 2ll " 40íì-¿'03.
Simon, li, (196S) - L¿ 5.vntlìcsç: ri u di¿lrrlilnt. Il:sc r'c irr)utorðncntc'
:it'jv, r'- ;,rìrs..iì ìt, 1l pã3s.

Sl auson, C, tJ . (l Ù50 ) - l-¡r'i nninrl in tht: d j ¡rrnoncl . i,ne n. lìine ral',


35, 193-206.
Sn irncv, i:.1' (l':)l; t) " iii ncriLl LìÍJ/ olc Si btri ¡n Kirrll;crl ites' Ot:oi '
Inti:rn. Rlv,, l, 2l-39.
Smìth, lJ,V. ct al. (,l959) - tlotron-s¡in rcson,rnc¿ L;f n jtr0clon
ijolrrs in rl i,:trnond. i'h¡rs. l,lt:v', ll5, 1516-155?l .
-126-

5r'j r'arir¡iÌ¿s, i,, (1i57) - Dirilr;rrrrs 1'rorl thc corrcì.ìtj0n (.,f unjt
cc'i 1 et.Í1,rs ancl rcf r¡:ct jvi: inrl iccs ',1j th t,hu chcrnical corn¡rosition
i' garnr:ts, l..riìcr. ijincral ., 12" 2t4'2ì8.
c.r

Sutherl,rn._i , à.p,ll .i:. rJt rl, (l:1511 ) - T!;;t l,rr:bl r:r¡ oi" th(ì tfi 0
tyl'..rs of ,Ìi,r¡'ronit, ilrturJ , 174, ttal^L1,1 ,
!iuttL\n, J.li. (l?21) '- Inclusicns irr I'i ¡ä"on'ì i"rorn Sr:uth l,frica.
i,jnL:r. i,itt., 19" 208-210.
Svisero, ).1'. (115Ð) - iiìcrcsco:'i¿r îl::trônica :lr: csiruturôs Co
suner"ficio iirìì crì: t¡ i s .Jo il i arn¡ntt:s 'ìo 8riìsii. Te s,,' cli: r¡lgtr..r-
¡'o ¿i"rilsirntada ì a c . l- i I . i ô n . t: t r il s o Ulii'.
Ë C L

Íivi s":rr-r, i),1ì. c Êi¡¡r:ntol, C.ll . (.l171) - i.i c r r- :; t r u t t, r 4 s fl r'l


r.;

s,[erfic'¡ os (ll0) de di¿ìÍìantes rlo []r¡sil. ll 0oncresso dÊ Cris


t¿rlorlra í=i a clo Grupo li:ero-Ar¡ericano, li.líìnos Aires, Ar¡'s¡¡in.t.
'Iol¿lnskyo $, (1955) - l-he nl i c r o s t r u c t u r o s of rii anlond surf ¡i ces.
Londr.:n, :,i .Â.G. i'ress, tl 7 pãgs.
'lolansky, S. ('lS60) - Surf ¡c<l ni crritor'/0,)raph.v. Lonçm,rns,London,
Z9b [ôgs.
Toianr;k¡r, 5. (1965) - 0¡tic'rl sturj'i ;rs on di arr'onr! . ln ih)¡sjcal
propov'tíos of' ri iar¡t:ncJ . [.d. il . Sern¿rn, p, 1il5-166. Clôredon
i'ress.
Trilirnslty, f.. (1966) - il jrref r jnLiorlcÊ rrf Ci arnoncl . i"laturo 21 1,
"
l5B"16rl .

raliìnsky, S. r': t ¿ì. il9t67) - /ibund¡ncr of tJ/pÊ II dìanonds.


Sci encc 157, 1173-1175.
"
Tol ¿rnsl<¡r, S. l:t el. ('l969) - Abund¿rncc o1' tyne II dinmond
ðmon(rst naturaì n i c r o - i ¡ n o n rl s . tli lnond Rescarch 1969, 2-6.
cl

'lLrrsk i.l.r, i,./ì. (196i) - Dotorrnin,rtion oi rv'îsonct of p,vroPe tnd


me ..nrs juln ojivinc jn di amond prosr:r:ctiär', Int.îroi. lìrrv ' , 9,
i:75-?.77,
V¡larclli" J.V. ('l963) * ¡lorfolo¡'ia do nì cri s'i¿r'l clr: di¡mantc'
r,Jetiroì o1'ri a, 3ì o 1-6.
-127-

Vrn dcr \locn, A.L.l.i ,[, (,l9'l3) Di c slr'nrnetrì o rle r cl i emantrn.


Z.Kri st.iìi;r.¡rl " 51, 545-59n,
Vrrtra, C.K'c. (l!167) ' Sti.rdits r)n netur¿l tii ¿ll¡onds of tlii)
.l
o o c a lr c rl r I t'o t"tlr . frh'i . lr¿1. o 16, t",1.1 "631 '
¿l ci ¡r

Vnrnno C.K.ii. (lî67) * lìtutJios on thir struciuro of n¡iura'l


cliamond crJ./st¿ll s ol thi: cttb.r f orm. [f li'i ì.iì¡r,., ]6, 657'682.
Varma, C.l(.R, ('l967) - Trlqons on rliamoncis. Plti l.i¡rl',16"
J59-1}74.
Vìnolraclov, I.F, ct 11, (19f;3) - rr¡lnoni ¡ jn Ineli-'ori tls ¡nd
igncous rocks. 0eokhir'ti.ve, p. fl75-B{15, ciÍado por Ûehrson'
Voitsckilr:vskì j, V,ll . r,:t ;r1. (ì 9ûrj ) - 0n thc int0rprltation of
tliv rouncl 5ir¿iÌrr-, of cr:./:;t¡ls. iìin. Sbor. L.r'lovsk. Univ., ?0,
?9tì-306.
lluria¡'h01, l!.T. (1957) - illÊlrjc¿l rnC oÞtìcal prol)'irtics of
tvpû IJt; rlilrnonrjs. Froc. l'hys. Soc.l..ond'Li, 7A' 177'185.
l,l illi¿ms, Ii,F. (11,32) - Thc rlonrsis of Ciamond, l/ois. T c ÏÏr

l-r'it.:: t [jrntr , l-r)nlrìft .

l,Jri9ht, I'l .1. (lr3if ) * Th': composìtion ¡nd t-'cctlrrlnce of Sanncts


Amcr, itìner'¡,i., 23, 4.3tì-44!l.
l{y11ie, p.J. (1967) - Ultrenafìc ançl r;:iat:d rocks. John tiiloy
& 9ùns, l!olr Ycrk, 464 f .
Yoclcr, li .S. tt aì. (191;7) - 0l'i vinr X-ra.v cl l: t c rflr j ne ti v e curvù.
írni:r. l'in¡:n¡1., 42, 't'7ti-4i)1 .
Yrrrk, Yu. \'ti . ct al" (ì9b6 ) - Crystâl lo.nlornholog;' ancl nl'ìysi c¡. j
prolertii:s l,f dì anroncls f rot¡ l-rkraj¡,;"' ¡lacrlr clepos its, ilin,Sbor.
Lrrcvsk, Uni v , , ?0, 4?0-t;97 ,
¿ussm¿,ir, , ( 1967 ) - Ph.r¡s-i cal rnotho{rs 'i n d:tl:rrni nati v t-' njnr:ra-
,1

ìi:gy. Âcacì ,Pr+ss, LonrJon" 514 pã¡rs.

Você também pode gostar