Você está na página 1de 16

SEMINÁRIO NACIONAL DE MANUTENÇÃO NO SETOR ELÉTRICO

25 A 27 DE JUNHO DE 2001
Belo Horizonte / MG

IDENTIFICAÇÃO DOS AUTORES


Nome Evaldo Serra da Silva
Autor 1 Cargo Gerente de Engenharia e Planejamento
Empresa ELEKTRO – Eletricidade e Serviços S.A.
Nome Paulo de Tarso Gasparino de Souza
Autor 2 Cargo Gerente de Projetos e Obras
Empresa ELEKTRO – Eletricidade e Serviços S.A.
Nome Paulo Couto Gonçalves
Autor 3 Cargo Engenheiro de Proteção
Empresa ELEKTRO – Eletricidade e Serviços S.A.
Nome Eduardo Falcão Denis
Autor 4 Cargo Engenheiro de Manutenção
Empresa ELEKTRO – Eletricidade e Serviços S.A.
Nome Juracy Pereira Mamede
Cargo Engenheiro de Manutenção
Autor Empresa ELEKTRO – Eletricidade e Serviços S.A.
Responsável Endereço Rua Ary Antenor de Souza, 321 – Jardim Nova América
CEP 13.053-024 Cidade Campinas UF SP
Telefone 0xx19-3726-1054 Fax 0xx19-3726-1351
E-mail juracy.mamede@elektro.com.br

IDENTIFICAÇÃO DO TRABALHO
Título do Trabalho Inspeção de Sistema de Aterramento em MRT
Área do Trabalho (vide item 2.7) Distribuição
Tema do Trabalho (vide item 2.7) Sistema de Aterrramento

RESUMO

O Sistema MRT – Monofilar com Retorno por Terra tem no aterramento o seu principal componente de
operação, tal importância está ligado ao fato de que sem o qual, não funcionará. Então, deverá ter
características tais que permita o melhor aproveitamento das condições do solo e configuração física do
aterramento, sendo necessário a elaboração de projeto específico para cada ponto e um acompanhamento
das alterações de suas características ao longo do período em que estiver em operação.

Tendo esta preocupação a Elektro vem executando inspeções periódicas, com o objetivo de verificação das
alterações, principalmente degradação dos componentes que compõem o aterramento, as alterações nas
condições de segurança com relação a potenciais de passo e de toque em cercas, estais e nos
aterramentos primários e secundários (padrão de entrada de energia).

Este trabalho apresenta o resultado das 1.500 inspeções e avaliações executadas em aterramentos dos
MRT indicados pelos Técnicos das Unidades Descentralizadas, considerando como critérios de escolha os
locais com algum tipo de reclamação atribuída a condição de operação, aumento do carregamento e, risco
na segurança de pessoas e animais, bem como apresentação das ações propostas para correções das
anormalidades. Apresenta, também, as condições de criticidade quanto a operação e segurança desses
sistemas.
INSPEÇÃO DE SISTEMA DE ATERRAMENTO EM MRT

1 INTRODUÇÃO

O Sistema Elétrico de Distribuição, em 13,8 kV da ELEKTRO possui instalados atualmente 12,4 mil
transformadores em sistema MRT – Monofilar com Retorno por Terra, que originaram dos programas PERI
– Programa de Eletrificação Rural Isolado, Luz da Terra, Luz no Campo e incorporações de grande
quantidade de rede elétrica, através da transferência de operação de Cooperativas de Eletrificação Rural e
doações de clientes particulares das regiões rurais do Estado de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

A definição de utilização do sistema MRT para distribuição de energia elétrica a regiões com baixa
densidade de carga, é a alternativa mais viável técnica-econômica para garantir a ligação de pequenas
cargas e atender a uma população com baixo consumo de energia elétrica. Porém, a redução de custos na
implantação deste sistema exige cuidados com o sistema de aterramento, que deverá, já na fase de
planejamento da expansão dos sistema, levar em consideração, também a possibilidade de execução de
um sistema de aterramento com baixa resistência elétrica e principalmente uma verificação das condições
de segurança para os potenciais de toque e passo.

Considerando, principalmente as condições de segurança, a ELEKTRO definiu um padrão próprio para a


ligação destes sistemas que é definido durante a fase de projeto, com a medição da resistividade do solo no
local do posto de transformação para definir a configuração do aterramento necessário para atender a carga
e as condições de segurança para curto-circuito e sobretensões por descargas atmosféricas. Em função
desta primeira averiguação pode-se inclusive definir a não utilização do sistema MRT no local, optando-se
pela escolha de um local próximo mais apropriado ou até mesmo utilizando outros sistemas como o Bifásico
ou Trifásico [1].

O ideal seria que um aterramento mantivesse as suas características de projeto e condições iniciais de
funcionamento durante toda a vida útil de operação do sistema para o qual foi projetado, porém,
principalmente pela característica de acidez do solo e correntes elétricas elevadas, aplicadas aos
aterramentos nas condições de falta e sobretensões, há uma degradação natural dos materiais, por
decomposição de óxido-redução e até fusão nas condições de solicitações mais severas.

Anualmente o planejamento de manutenção determinava a inspeção de rotina nos postos de transformação


que inclui uma averiguação do sistema de aterramento, porém com as mesmas características de um
sistema trifásico convencional, onde a perda ou degradação do aterramento ainda permite o acionamento e
funcionamento das cargas, comprometendo apenas as cargas mais sensíveis a flutuação de tensão, porém
o mesmo não se dá no sistema MRT, em que o aterramento é o fechamento do circuito elétrico para permitir
a circulação de corrente e consequentemente o acionamento e funcionamento das cargas. Ficou
estabelecido em norma a necessidade de um diferencial para inspeção em postos de transformação em
sistema MRT, que além da inspeção de praxe, há necessidade de avaliação quanto a degradação e
segurança para as características e condições do local, levando-se em consideração que se houve
alterações do local como construção de edificações, cercas, áreas de circulação e passagem etc., que pode
ter influência nas características elétrica do aterramento [2].

Durante os anos de 1999 e 2000, a ELEKTRO contratou serviços especializados para a inspeção de
aterramentos em sistema MRT, distribuídos em toda sua área de concessão, com o objetivo de melhor
avaliar o procedimento existente e efetuar um levantamento amostral das condições dos sistemas em
operação. A distribuição dos pontos a serem inspecionados amostralmente, foram delegados as
coordenações das áreas descentralizadas, considerando como critério de escolha, os locais com algum tipo
de reclamação, atribuídas a possíveis condições de operação, aumento do carregamento previsto no
projeto, riscos na segurança de pessoas e animais, bem como ações propostas para correção de
anormalidade conhecida e ainda não avaliada.

2
2 DEFINIÇÕES

Segue definições dos principais termos utilizados neste trabalho:

MRT – Sistema de Distribuição Monofilar com Retorno por Terra, na tensão primária de 13,8√3 kV ou
34,5√3 kV, com transformador rebaixador da tensão para 115/230 V.

Potencial de Passo – Tensão medida entre dois pontos da superfície do solo, causada pela circulação de
corrente neste solo. A distância entre esses dois pontos é de um metro para pessoas.

Potencial de Toque – Tensão medida entre um ponto na parte ativa (metálica) do aterramento ao alcance
das mãos e um outro ponto na superfície do solo, causada pela circulação de corrente do aterramento para
o solo. Para pessoa essa distância é de um metro entre o pé e a conexão elétrica do rabicho com o
aterramento.

3 PROJETO DE ATERRAMENTO

Nos sistemas monofilares com retorno por terra, todas as correntes de carga dos transformadores de
distribuição passam necessária e continuamente pelos aterramentos dos mesmos. Dessa forma, pela
função essencial que cumprem, sua elaboração deve ser antecedida de procedimentos criteriosos
envolvendo a medição de resistividade do solo, o projeto, a construção, o acompanhamento periódico e a
devida manutenção.

A medição da resistividade do solo deve ser de acordo com o método da medição a quatro fios. O solo
deverá ser numericamente estratificado em duas camadas, sendo que a camada superior conterá o
aterramento e a inferior a camada infinita. O projeto, que definirá a configuração, a resistência de
aterramento, o potencial de passo e toque e quantidade de materiais necessário para sua execução, deverá
ser elaborado com a técnica disponível através da utilização do programa de cálculo numérico de
aterramento (ATERRA).

As características necessárias ao aterramento dos transformadores nas redes monofilares de distribuição,


são determinados em função das exigências de segurança, levando-se em consideração a corrente de
carga e a máxima corrente de falta prevista para o local.

Se pelo projeto definido o valor da resistência de aterramento apresentar-se fora dos limites permissíveis,
deve-se necessariamente elaborar projeto tendo em vista não só o valor da resistência, mas também e,
principalmente, a obtenção de valores seguros de gradientes de potenciais na superfície do solo, próximo
ao aterramento.

A filosofia adota pela ELEKTRO é a de aterramentos independentes, ou seja, em cada transformador são
executados dois aterramentos distintos. Um deles, denominado aterramento primário, onde são interligados
o terminal H0 do enrolamento de alta tensão do transformador, sua respectiva carcaça e o pára-raios nele
instalado. O outro, aterramento secundário ou do padrão de entrada do consumidor, destina-se
exclusivamente a conexão do neutro da rede de baixa tensão.

A escolha por aterramentos independentes permite a manutenção das condições seguras quando do
rompimento do condutor de aterramento, independente de qualquer exigência complementar no que se
refere aos valores de resistência dos demais aterramentos secundários. A perda de interligação do
transformador com o aterramento primário implicará sempre no desligamento da carga.

É definido, com padrão, um afastamento mínimo de 25 metros, a ser observado entre os aterramentos
primários e secundários, a fim de prevenir indução de potenciais neste último, em função de surtos através
do pára-raios.

3
4 CARACTERÍSTICAS NOMINAIS

Os valores de resistências de aterramentos recomendados, que satisfazem o nível máximo de elevação do


potencial entre eletrodos de aterramento e o solo, para transformadores monofásicos a plena carga são
dados na Tabela I.

Tabela I - Resistência de Aterramento do Primário do Transformador (ohm)


Potência do Trafo Tensão Primária de Distribuição (kV)
(kVA) 13,8√3 34,5√3
3 71,0 100 (1)
5 42,5 100 (1)
10 21,2 53,1
15 14,2 35,4

(1) Valor de referência limitado em função do escoamento de surtos. É importante destacar que nos casos
de solos com alta resistividade, projetos específicos poderão ser desenvolvidos, que resultem em
valores de resistência de terra superiores aos recomendados, desde que respeitados os limites
adequados para os gradientes de potencial de superfície.

Com relação às condições de segurança e sua implicação no valor da resistência de aterramento, a


literatura disponível menciona a possível ocorrência de risco para gradientes de potencial na superfície do
solo superiores a 12 V/m nas vizinhanças dos sistemas de aterramento em regiões pecuaristas ou que
apresentem possibilidade de circulação de animais. Para pessoas, a corrente de 10 mA é tida como a
máxima permissível, na situação de regime[3]. Para situações de defeito, deverá ser considerada a corrente
de curto-circuito e o tempo de atuação da proteção.

Verifica-se a importância do conhecimento das características do solo, visto que, dependendo da


resistividade superficial, os potenciais desenvolvidos pela configuração de aterramento, vão aflorar na
superfície com maior ou menor intensidade.

As quatro condições, das quais a de menor valor deverá ser adotada como sendo a resistência máxima
para o aterramento.

1a. Adota-se a corrente permissível para uma pessoa com resistência Rch e uma resistência de contato Rc
com a superfície do solo calculada com base na sua estratificação, para a situação de carga:

Rat = Ipmax (Rch + Rc) / (Icarga * Pd%)

2a. Toma-se como base a corrente máxima permissível a uma pessoa, segundo Dalziel Iperm=0,116//t, e
com os demais parâmetros considerados já citados na condição 1, levados para a situação de curto-circuito
com uma duração de t segundos (0,5 s < t < 7,0 s).

Rat = Ipmax (Rch + Rc) / (Icc * Pd%)

3a. Nos pontos externos à configuração, para uma corrente de carga, limita-se o máximo gradiente de
potencial a 12 V/m, definindo este como valor de tensão de passo máxima suportável por um animal, nessa
situação.

Rat = dVmax / (Icarga * Pf%)

4a. Assume-se os mesmos parâmetros da condição 2, em pontos externos a configuração. O fator F > 1,
representa o grau de exigência que determina as faixas de valores de resistências de aterramento Rat
compatíveis com aqueles obtidos nas outras condições, podendo dessa forma tanto a configuração como a
seletividade do sistema indicarem o valor de F adequado.

Rat = Ipmax (Rch + Rc) / (Icc * Pd% * F)

Os fatores Pd% e Pf% são extraídos da prática de utilização do programa ATERRA e, representam o
máximo valor percentual do potencial de aterramento refletido da configuração para a superfície do solo,
respectivamente nos pontos internos e externos a uma determinada configuração (Pd% e Pf% < 1).

4
A resistência Rch em média é tomada como 1.000 ohm.

A resistência de contato Rc é dada aproximadamente por Rc = 6 * Peq, onde Peq é a resistividade


equivalente do solo estratificado em duas camadas.

5 INSPEÇÕES EM ATERRAMENTOS

As inspeções de campo foram executadas por equipes especializadas e treinadas para este tipo de
inspeção e medição, através da contratação da empresa CETEC - Centro Tecnológico da Fundação
Paulista de Educação e Tecnologia, ligada a Faculdade de Engenharia de Lins, que foram aos postos de
transformação indicados pela ELEKTRO, para efetuarem as medições em conformidade com o Passo
Padrão - Manual de Procedimentos Operacionais para Medição de Potencial de Passo, Toque e Resistência
de Aterramento, em Sistema MRT [4]. Como relatório de campo foi especificado e padronizado a "Ficha de
Inspeção de Redes MRT", conforme Anexo I, que são analisados para verificação das condições de
segurança, operação e necessidade de manutenções.

6 SITUAÇÃOES ENCONTRADAS

As inspeções de campo geraram relatórios que procuraremos resumidamente apresentar, com as


informações preliminares para planejamento e priorização da execução dos serviços de adequações, com
base nas condições de comportamento dos aterramentos dos transformadores nos sistemas MRT, não
detalhando a metodologia de cálculo utilizada, por não ser o objetivo deste trabalho. Esta é uma
amostragem que compreende todas as regiões da ELEKTRO, distribuídas no Estado de São Paulo e 5
municípios no Estado de Mato Grosso do Sul, conforme Figura (1).

Figura 1. Área de Concessão da ELEKTRO Eletricidade e Serviço S.A.

5
Durante as inspeções são elaboradas medições de potenciais de toque e passo com um carga padrão
de 5 kW, que faz circular uma corrente na média tensão de 0,628 A (13,8√3)e, são extrapoladas para as
potências de sobrecargas dos transformadores para avaliação da condição mais crítica de regime. A
sobrecarga padronizada prevê um carregamento de 180% para os transformadores, conforme Tabela II.

Tabela II - Corrente de Sobrecarregamento 180% no Primário do Transformador (ampères)


Potência do Trafo Tensão Primária de Distribuição (kV)
(kVA) 13,8√3 34,5√3
5 1,13 0,45
10 2,26 0,90
15 3,39 1,36

As condições de segurança, que deverão ser garantidas pelo aterramento primário, estarão satisfeitas
quando a tensão de toque e a de passo forem de até 12 Volts. Esta condição tem um comportamento
diretamente relacionado com a resistividade da camada superior do solo e é melhor quanto maior for a
resistividade do solo na superfície.

As medições realizadas com a carga padrão, e levando-se em consideração uma extrapolação para um
carregamento de 180%, condição que chamamos de regime, em 60% dos postos de transformações
apresentam uma tensão de toque igual ou inferior aos 12 volt permitido, já os outros 40% dos postos de
transformações deverão sofrerem adequações das estruturas ou reprojeto do aterramento existente,
conforme pode ser visto na Figura 2.

A Figura 3, apresenta as condições encontradas nas inspeções dos postos de tranformações em MRT, para
o potencial de passo, que apresentam 88% dos postos de transformações em condições seguras, ou seja
tensão de passo igual ou inferior a 12 volt. Estas medições também foram realizadas com a carga padrão e
extrapoladas para a condição de carregamento de 180%.

Os 12% dos postos de transformações que apresentaram potenciais de passo superior ao permitido,
também apresentaram condição insegura para potenciais de toque.

>12V
60%

<=12V
40%

Figura 2. Potencial de Toque em Condição de Regime.

6
>12V
12%

<=12V
88%

Figura 3. Potencial de Passo em Condição de Regime

As Figuras 4, 5 e 6, quantificam em faixas os valores de resistência elétrica dos aterramentos para os


aterramentos primários dos transformadores MRT, obtidos nas medições realizadas nos transformadores de
5, 10 e 15 kVA.

Alguns aterramentos de transformadores, que apesar de estarem com uma resistência de aterramento
dentro dos valores previstos, apresentaram condição insegura, principalmente para potenciais de toque e
deverão ter adequações em suas estruturas.

>50
30-50 27%
25%

ate 30
48%

Figura 4. Resistência de Aterramento - Trafo 5 kVA

7
25-50
36% >50
18%

ate 25
46%

Figura 5. Resistência de Aterramento - Trafo 10 kVA

20-50 >50
34% 20%

ate 20
46%

Figura 6. Resistência de Aterramento - Trafo 15 kVA

8
7 ANÁLISE DE CUSTO

A ELEKTRO inspeciona 10% dos aterramentos em Sistemas MRT por ano, com desembolso médio de
R$_300 mil. O valor unitário por inspeção neste ano de 2001 é de R_197,48, já considerando a entrega de
todos os relatórios de campo, através de banco de dado em access, relatório de análise de cada ponto
inspecionado e proposta de alternativas para melhorias das situações que não estão no padrão, ou em
situação que comprometem a segurança de pessoas ou animais. Todas as informações são entregues em
mídia eletrônica em relatórios e aplicativos específicos para permitir uma análise mais detalhada por
técnicos da empresa.

8 CONCLUSÕES

A avaliação das inspeções nos aterramentos dos Sistemas MRT tem mostrado que somente a execução da
medição da resistência elétrica do aterramento não garantem as condições de operação e segurança
requerida por este tipo de sistema, pois estamos encontrando aterramentos com resistência elétrica de
aterramento dentro dos valores recomendados, mas com valores de potenciais de toque e passo acima das
condições mínimas de segurança, oferecendo riscos as pessoas e animais.

Uma das características encontrada, que apesar de ainda estar sofrendo uma avaliação mais detalhada, foi
de que em solo cuja resistividade da primeira camada possui valores baixos, portanto bom para se
conseguir baixas resistências de aterramento, esta havendo uma degradação mais acelerada do
aterramento, que estamos atribuindo a uma maior acidez do solo.

É importante que nestas inspeções, além das medições da resistência de aterramento e potenciais de toque
e passo do aterramento primário, secundário e de cercas, também sejam efetuadas inspeções, visando a
manutenção posto de transformação e dos padrões de entrada de energia dos clientes.

9 BIBLIOGRAFIA

[1] DE/001/ TC Aplicação do Sistema Monofilar com Retorno por Terra (MRT) – Diretriz de Engenharia –
CESP 1990.

[2] DE/069/PR Avaliação Técnica dos Níveis de Segurança para Aterramento – Diretriz de Engenharia –
CESP 1994.

[3] DEP/E/PR-507/A - Manual para projeto de Aterramento em Redes e Linhas Aéreas de Distribuição –
CESP 1983.

[4] M-124 - Manual de Procedimentos Operacionais – Medição de Potencial de Passo, Toque e Resistência
de Aterramento em Sistema MRT (Passo Padrão) 1996.

9
ANEXO I

FICHA DE INSPEÇÃO DE REDES MRT

REGIONAL : DISTRITO :

PROPRIETÁRIO :
ENDEREÇO:

DESIGNAÇÃO DA REDE PRIMÁRIA : POSTE N°


POTÊNCIA DO TRAFO: COMPRIMENTO DO RAMAL MRT :

1. POSTE DO TRANSFORMADOR

1.1 Número de prumadas de aterramento 01 ( ) 02 ( )


1.2 Existe(m) moldura(s) protetora(s) na(s) prumada(s) ? SIM ( ) NÃO ( )
1.3 Existe(m) emenda(s) na(s) prumada(s) ? SIM ( ) NÃO ( )
1.4 Existe neutro parcial de retorno de corrente ? SIM ( ) NÃO ( )
1.5 Existe massa calafetadora nas conexões de aperto ? SIM ( ) NÃO ( )
1.6 Os materiais do aterramento são adequados ao solo ? SIM ( ) NÃO ( )
Obs.:

2. CHAVE DE SECCIONAMENTO

2.1 Existe chave de seccionamento na derivação desse ramal ? SIM ( ) NÃO ( )


SOMENTE A DO TRAFO ( TRAFO SOBRE A LINHA )
3. PADRÃO DE ENTRADA

3.1 O padrão de entrada está a menos de 25 m do transformador ? SIM ( ) NÃO ( )


3.2 O neutro do ramal de serviço tem aterramento próprio ? SIM ( ) NÃO ( )
3.3 O neutro do ramal de serviço está indevidamente conectado à carcaça SIM ( ) NÃO ( )
do transformador ou ao aterramento primário ?

4. ESTAI

4.1 Existe estai âncora no poste do transformador ? SIM ( ) NÃO ( )


4.2 O estai está seccionado em 02 locais ? SIM ( ) NÃO ( )
4.3 Altura do seccionador inferior ao solo ( ) metros
4.4 Bitola do estai ( ) pol.

5. CERCAS

5.1 Cercas distantes menos de 30 m do poste do trafo ? SIM ( ) NÃO ( )


5.2 Estão seccionadas ou aterradas ? SIM ( ) NÃO ( )

6. MEDIDOR

6.1 O medidor utilizado é Monofásico a 3 fios ? SIM ( ) NÃO ( )


6.2 O medidor utilizado é Bifásico com neutro jumpeado ? SIM ( ) NÃO ( )
6.3 O medidor utilizado é Monofásico a 2 fios ? SIM ( ) NÃO ( )
6.3 A caixa do medidor está devidamente aterrada ? SIM ( ) NÃO ( )
6.4 Outro tipo de medidor ? SIM ( ) NÃO ( )
Qual ?

10
7. MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO

7.1 CONDIÇÕES DO SOLO : ( ) NORMAL ( ) SECO ( ) ÚMIDO ( ) MUITO ÚMIDO

7.2 O ATERRAMENTO É CONHECIDO ? SIM ( ) NÃO ( )


Obs.: APENAS O SENTIDO
TENSÃO NO SOLO: ( ) Volts

7.3 SE FOR CONHECIDO, MEDIR NA DIREÇÃO, POREM EM SENTIDO OPOSTO AO DO


ATERRAMENTO. MAIOR DIMENSÃO = ..............m EC = 150 m

DIST. ELETRODO DIREÇÃO S1 DIREÇÃO S2 DIREÇÃO S3 DIREÇÃO S4


POTENCIAL EP
EP =
0,85 EP =
1,15 EP =
DESVIO %

SE NÃO FOR CONHECIDO, ADMITA SUA MAIOR DIMENSÃO = 20 m EC=129m

DIST. ELETRODO DIREÇÃO S1 DIREÇÃO S2 DIREÇÃO S3 DIREÇÃO S4


POTENCIAL EP
EP =
0,85 EP =
1,15 EP =
DESVIO %

SE DESVIO FOR > ± 10 % ADMITIR MAIOR DIMENSÃO = 40 m EC = 182 m

DIST.ELETRODO DIREÇÃO S1 DIREÇÃO S2 DIREÇÃO S3 DIREÇÃO S4


POTENCIAL EP
EP =
0,85 EP =
1,15 EP =
DESVIO %

SE DESVIO permanecer > ± 10 % ADMITIR MAIOR DIMENSÃO =66m EC=234m

DIST.ELETRODO DIREÇÃO S1 DIREÇÃO S2 DIREÇÃO S3 DIREÇÃO S4


POTENCIAL EP
EP =
0,85 EP =
1,15 EP =
DESVIO %

11
8. MEDIÇÕES DE POTENCIAIS DE PASSO

8.1 POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

8.1.1 O ATERRAMENTO É CONHECIDO ? SIM ( ) NÃO ( )


Obs.:

8.1.2 SE FOR CONHECIDO, MEDIR NAS DIREÇÕES S1 E S2

DIREÇÃO S1
0-1 5-6 10-11 15-16 20-21
1-2 6-7 11-12 16-17 21-22
2-3 7-8 12-13 17-18 22-23
3-4 8-9 13-14 18-19 23-24
4-5 9-10 14-15 19-20 24-25

DIREÇÃO S2
0-1 5-6 10-11 15-16 20-21
1-2 6-7 11-12 16-17 21-22
2-3 7-8 12-13 17-18 22-23
3-4 8-9 13-14 18-19 23-24
4-5 9-10 14-15 19-20 24-25

8.1.3 SE O ATERRAMENTO NÃO FOR CONHECIDO, MEDIR EM MAIS 02 DIREÇÕES


PERPENDICULARES A S1 E S2 EM UMA DISTÂNCIA D + 10 m

DIREÇÃO S3
0-1 5-6 10-11 15-16 20-21
1-2 6-7 11-12 16-17 21-22
2-3 7-8 12-13 17-18 22-23
3-4 8-9 13-14 18-19 23-24
4-5 9-10 14-15 19-20 24-25

DIREÇÃO S4
0-1 5-6 10-11 15-16 20-21
1-2 6-7 11-12 16-17 21-22
2-3 7-8 12-13 17-18 22-23
3-4 8-9 13-14 18-19 23-24
4-5 9-10 14-15 19-20 24-25

12
8.2 PADRÃO DE ENTRADA

Tensão Fase – Fase:


Tensão Fase – Neutro:

Obs.:

DIREÇÃO S1

0-1
1-2
2-3
3-4
4-5

DIREÇÃO S2

0-1
1-2
2-3
3-4
4-5

13
9. MEDIÇÕES DE POTENCIAIS DE TOQUE

9.1 POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

Tensão ( V ) = ( ) Volts

9.2 PADRÃO DE ENTRADA

Tensão ( V ) = ( ) Volts

9.3 ESTAI DO POSTO DE TRANSFORMAÇÃO

Tensão ( V1 ) = ( ) Volts
Tensão ( V2 ) = ( ) Volts

14
9.4 CERCAS / PORTEIRAS

Tensão ( V1 ) = ( ) Volts Tensão ( V2 ) = ( ) Volts


Tensão ( V3 ) = ( ) Volts Tensão ( V4 ) = ( ) Volts
Tensão ( V5 ) = ( ) Volts Tensão ( V6 ) = ( ) Volts
Tensão ( V7 ) = ( ) Volts Tensão ( V8 ) = ( ) Volts
Tensão ( V9 ) = ( ) Volts Tensão ( V10 ) = ( ) Volts

TELA = ( ) VOLTS
Obs .:

9.4.1 SECCIONAMENTOS DAS CERCAS

Obs.:
Tensão ( V1 ) = ( ) Volts Tensão ( V2 ) = ( ) Volts
Tensão ( V3 ) = ( ) Volts Tensão ( V4 ) = ( ) Volts
Tensão ( V5 ) = ( ) Volts Tensão ( V6 ) = ( ) Volts
Tensão ( V7 ) = ( ) Volts Tensão ( V8 ) = ( ) Volts
Tensão ( V9 ) = ( ) Volts Tensão ( V10 ) = ( ) Volts

15
10. CARGAS INSTALADAS

EQUIPAMENTO Quantidade Potência Tensão Corrente OBSERVAÇÕES


(kVA ou kW) (V) (A)
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10

11. TABELA DE RESISTIVIDADES

TENSÃO NO SOLO: ( ) Volts

DISTÂNCIA ( m ) R(Ω) ρ(Ωxm)


2
4
8
16
32

16

Você também pode gostar