Cursos de Engenharia Não Tradicionais

Sinopse -. Com o objetivo de conhecermos à extensão das áreas em que a atuação do Engenheiro se faz
necessária, neste trabalho será exposto alguns perfis de Engenharia não tradicionais, desta forma veremos o
quão ampla são as possibilidades de trabalho do profissional em Engenharia.

Abstract -. Aiming to know the extent of the areas where the performance of the Engineer is required, this
will work out some profiles of non-traditional Engineering, so we'll see how wide the possibilities of
professional working in Engineering are.

(Palavras-chave: Engenharia, não tradicionais, perfil, possibilidades, exigido e curso).

Introdução 1.1 Introdução

Esse trabalho tem em seu todo o objetivo Um engenheiro com formação em

relacionado à conscientização e conhecimento de
algumas das áreas da engenharia que não são
comuns ou muito procuradas, mas que ainda assim
de extrema importância para o mercado de
trabalho (que sofre uma grande carência destes
profissionais) e consequentemente para a
economia do país.
Nesta pesquisa, apresentaremos cinco tipos de
engenharias não convencionais, são elas:
Engenharia de Petróleo e Gás, Engenharia de
Pesca e Aquicultura, Engenharia Hídrica,
Engenharia Sanitária e Ambiental e Engenharia
Florestal.
Com o mudo em constantes mudanças, a busca por
um conhecimento mais específico tornou-se cada
vez mais essencial e, visando esta demanda, as
universidades começaram a ministrar cursos não
tão tradicionais, como as áreas de engenharia que
serão apresentadas neste paper e assim,
qualificando o profissional para exercer tal função.
No que se diz respeito a mercado de trabalho, estas
engenharias são restritas à geografia, pois, por
serem muito específicas, não dispõem de vagas de
trabalho em todas as regiões, obrigando este
engenheiro a ter disponibilidade para mudança de
moradia para outras regiões e até estado ou país.
Quanto à faixa salarial e faixa etária, dependerá
da área de atuação e função exercida, pois é
específico de cada área, lembrando que este
profissional deverá sempre se manter atualizado
para crescer profissionalmente.
Nas universidades que ministram estes cursos, a
duração tem em média cinco anos e a grade
curricular mantém algumas matérias de
engenharias tradicionais como cálculo, física,
química, desenho técnico, etc.
Metodologia
1. Engenharia de Petróleo e Gás
petróleo
e gás basicamente tem como função um conjunto
de técnicas usadas para a descoberta de poços e
jazidas e para a exploração, produção e
comercialização de petróleo e gás natural. Tem
como campo de atividade petroleiros, refinarias,
plataformas marítimas e petroquímicas. Com seus
conhecimentos em engenharia, geofísica,
mineração e geologia, ele trabalha na descoberta
de jazidas de petróleo e também em poços de gás
natural. É de sua responsabilidade desenvolver
projetos que visem à exploração e à produção
desses bens sem prejuízo ao meio ambiente nem
desperdício de material. Além disso, cuida do
transporte do petróleo e seus derivados, desde o
local da exploração até a chegada à refinaria.
Pode-se atuar também em consultorias ambientais
e no setor de exportação e importação, fazendo
pesquisas de preços de matérias-primas ou
captando compradores. É requisito da profissão,
conhecer a legislação internacional que regula as
atividades ligadas ao petróleo e seus derivados e,
como a maior parte das empresas do setor é
estrangeira, é necessário ter fluência em inglês.
1.3 Resultados
No curso, as aulas são recheadas de
cálculos, principalmente nos dois primeiros anos.
Estudam-se física, química, geologia, geometria,
álgebra, lógica, estatística, mecânica e fenômenos
de transporte. A partir do terceiro ano, entram
matérias mais específicas, como fontes alternativas
de energia, técnicas de exploração e refino do
petróleo, prospecção de petróleo, matérias na
indústria do petróleo, engenharia de reservatório,
métodos de elevação, ciências dos materiais, entre
outras. Na grade curricular também há disciplinas
ligadas à gestão do negócio, como marketing,
empreendedorismo, gestão ambiental e direito
internacional. Estágio e trabalho de conclusão de
curso são obrigatórios para se formar na
graduação. O curso tem duração média de quatro
anos. O curso é disponível em 20 universidades
brasileiras. No Nordeste é na FIB, UFC, UFCG,
UNP, UFS, NIT, e na UFBA o curso é uma
habilitação de Engenharia de Minas. No Norte na
UFAM. No Sudeste na UFES, UCL, UNES, UFF,
UFRJ, UENF, UVA, UCP, Estácio,
UNISANTANA e UniSantos. E no Sul na UFPEL.
As principais áreas depois da formação
consistem em Comercialização, com atuação na
venda do petróleo aos compradores nacionais e
internacionais e fazer pesquisa de preços de
matérias-primas. Consultoria, onde se prestam
serviços para empresas do setor para avaliar os
riscos ambientais na exploração, produção e
distribuição do produto.
Desenvolvimento de equipamentos. Projetar e
acompanhar a produção de novos equipamentos
utilizados nas plataformas marítimas, nas
petroquímicas e em refinarias. Pode atuar também
na venda desses equipamentos. Na área de
exploração do petróleo e derivados, onde se decide
como será feita a perfuração dos locais para que o
material seja retirado sem prejuízo ambiental nem
financeiro. Na procura de reservatórios, para traçar
planos para a descoberta de jazidas de petróleo ou
poços de gás natural, levando em consideração
cálculos e características físicas de determinados
espaços. Analisar a capacidade de produção dos
novos reservatórios. E em transporte e
distribuição, desenvolvendo e implantando
projetos para o transporte de petróleo e derivados e
gás natural desde os locais de exploração até a
chegada às refinarias e petroquímicas. Além de
cuidar da distribuição do produto final até os
postos e as indústrias.
O mercado de trabalho de um engenheiro
de petróleo e gás agora com o mercado do pré-sal
está muito investido, procurado, valorizado e
impulsionado. Além de atuar na exploração, o
profissional é contratado para trabalhar em
perfuração, transporte, instalação de sistemas
submarinos, de gasodutos e no desenvolvimento de
projetos. A Exxon, multinacional com concessão
para a exploração do petróleo em território
nacional, é uma das principais empregadoras,
juntamente com Petrobras, Shell, AGX e empresas
prestadoras de serviços. O Rio de Janeiro
concentra 80% da produção do petróleo nacional e
costuma apresentar mais oportunidades de
emprego. Mas a Região Nordeste já conta com o
Polo Petroquímico de Camaçari (BA), com a
refinaria da Petrobras de Pernambuco, que deve
começar a funcionar em ainda em 2011, outra
refinaria no Maranhão, cuja entrada em operação
está programada para começar em 2013, e a do
Rio Grande do Norte, que começou a operar no
segundo semestre de 2010. Além disso, sempre em
razão da exploração do pré-sal, está prevista a
construção de uma refinaria da Petrobras no
Ceará. E de acordo com o CREA-SP, o salário
inicial é de R$ 3.060,00 com 6 horas diárias de
trabalho.
1.4 Discussão e Conclusões
O Brasil é, atualmente, um dos 10 países
com maior reserva de petróleo no mundo. E o
petróleo é uma das principais fontes de energia
que move o nosso planeta, envolve praticamente
tudo que está ao nosso redor, e infelizmente é uma
fonte não renovável. E é aí que o Engenheiro de
Petróleo e Gás entra, fazendo com que o petróleo
seja encontrado, manuseado, utilizado e extraído
de um modo correto e consciente, evitando assim
problemas mais graves e rápidos em relação a essa
fonte de energia.
2. Engenharia de Pesca e Aquicultura
2.1 Introdução
Engenharia de Pesca e Aquicultura é o
setor da engenharia voltado para o cultivo, a
captura e a industrialização de pescado marinho e
de água doce. O engenheiro de modo geral pesca
estuda e aplica métodos e tecnologias para
localizar, capturar, beneficiar e conservar
organismos aquáticos.
2.2 Metodologia
O engenheiro de pesca estuda e aplica
métodos e tecnologias para localizar, capturar,
beneficiar e conservar peixes, crustáceos e frutos
do mar. Suas atividades básicas são o
planejamento e o gerenciamento das atividades
pesqueiras voltadas para a industrialização e para a
comercialização do pescado. Em aquicultura, atua
na criação e na reprodução de peixes, crustáceos e
moluscos em cativeiro. Dimensiona e implanta
fazendas aquáticas em lagos, rios, barragens e no
oceano. Pesquisa o beneficiamento e a
conservação dos animais e acompanha sua
industrialização e distribuição no mercado
consumidor. Instala e mantém motores e
equipamentos mecanizados usados em operações
de pesca, beneficiamento e processamento. Assim
como várias outras graduações, esta nasceu de
uma disciplina oferecida em outro curso: o de
Agronomia. O país tem uma costa extensa e, com
ela, grandes oportunidades e potencial para cultivo
de peixes.
2.3 Resultados
O curso consiste basicamente em
disciplinas das áreas das ciências exatas e
biológicas, como cálculo, estatística, ecologia e
zoologia, que fazem parte do currículo no primeiro
ano. O estudante tem, ainda, aulas de biologia
pesqueira, bioquímica, meteorologia e tecnologia
de pesca, aquicultura, economia e administração
pesqueira. As aulas práticas, em laboratório e a
bordo de barcos, ocupam boa parte da carga
horária. Nelas, o aluno aprende técnicas de
navegação, métodos de processamento do pescado
e cultivo de peixes, moluscos e crustáceos. Para se
formar é preciso fazer estágio e apresentar uma
monografia. Fique de olho: Na maior parte das
instituições, o curso é de Engenharia de Pesca. Na
UFSC e na UFFS-PR, a graduação é em
Engenharia de Aquicultura. Na UFRN e na UFMG
é Aquicultura e Aquacultura, respectivamente.
Este curso é disponível como graduação ou
tecnológico e também pode ser conhecido como
Engenharia de Pesca ou somente Aqüicultura. As
principais instituições que o oferecem estão no
litoral ou perto de rios importantes no país.
E existem inúmeras áreas de formação
para o engenheiro da pesca, entre eles a
Administração e economia pesqueira, onde se
planeja, implanta e gerencia empresas pesqueiras.
A aqüicultura que projeta fazendas e viveiros e
desenvolve técnicas para a criação de organismos
marinhos e de água doce. Estuda a viabilidade
econômica, técnica e jurídica de empreendimentos
de aquicultura e oferece consultoria em fazendas
aquáticas. A área de ecologia aquática, que estuda
ecossistemas aquáticos de modo a garantir a
exploração dos recursos sem danos ao meio
ambiente. O de extensão pesqueira, orientando
comunidades de pescadores para aumentar a
produtividade e o desenvolvimento econômico e
social da região. Investigação, planejamento e
tecnologia pesqueira, que pesquisa o potencial
pesqueiro de uma região e elabora programas para
seu desenvolvimento. Cria técnicas de localização
e captura de animais aquáticos. Produção, onde se
desenvolve técnicas de criação de peixes
(piscicultura), mariscos (maricultura), camarões
(carcinicultura) e plantas aquáticas. De tecnologia
do pescado, para fazer o controle sanitário e
inspecionar a conservação, o beneficiamento e a
industrialização do pescado, agregando valores e
desenvolvendo novos produtos. O de elaborar,
executar, supervisionar e avaliar planos, projetos,
programas e ações aquícolas para se identificar
problemas e propor soluções viáveis. Pode-se
também trabalhar em empresas privadas, do
Estado ou não governamentais. E atuar na água,
dentro dos barcos e atuar em terra, coordenando
trabalhos. Ao se aprofundar nas áreas de cultivo,
engenharia, economia e administração, o
engenheiro estará apto a preencher vários postos
de trabalho que surgem todos os dias, ou se tornar
um empregador e trabalhar no seu próprio
negócio. Um destes postos está na área de
frigoríficos com foco em exportação que vêm
contratando esse profissional para auxiliar os seus
trabalhos, principalmente naquilo que se refira à
qualidade de recepção e conservação dos produtos.
E para o Mercado de Trabalho são boas as
perspectivas para o engenheiro de pesca e
aquicultura no Brasil. O país tem uma extensa
costa e um grande potencial para o cultivo, para a
exploração e a captura de peixes, mas a mão de
obra especializada ainda é escassa. As empresas de
produção de pescado espalhadas por todo o país
costumam abrir vagas com frequência. Os
frigoríficos integram a cadeia voltada à exportação
e oferecem mais oportunidades a quem tem
especialização em tecnologia de pescado. Na
Região Centro- Oeste, novos frigoríficos têm sido
abertos, e isso incentiva a piscicultura, em especial
do pintado. No Pantanal, essa é uma atividade que
deve crescer, como forma de evitar a pesca, que
tem provocado a degradação das espécies. No
Nordeste, aumenta a procura por profissionais para
beneficiamento, processamento e transformação
em produtos do camarão. Na Bahia e no Ceará, há
vagas nos projetos de maricultura (a aquicultura de
águas marinhas, que inclui, além dos camarões, a
criação de mexilhões, peixes, ostras etc.). No
Nordeste, de forma geral, é alta a demanda por
engenheiro de pesca para embarcar e acompanhar
o processo de captura de peixes, como atum e
beijupirá, e camarões. O serviço pode ser bem
pago porque o profissional recebe comissão pela
produção. O Rio Grande do Norte e o Rio de
Janeiro ganharam novos terminais pesqueiros. No
Sul, aumenta a produção de trutas e moluscos, que
incluem mexilhões, ostras e vieiras, levando à
abertura de novas vagas. No Centro-Oeste,
especialmente em Brasília, há chances na
consultoria para empreendimentos em aquicultura.
Nas regiões Norte, Sudeste e Sul crescem a criação
de peixes de água doce, em especial pintado,
tilápia, pacu e dourado. Em todo o Brasil, os
engenheiros de pesca e aquicultura têm sido
chamados por instituições como o IBAMA e o
ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação
e Biodiversidade) para realizar projetos de
conservação ambiental. E, com o crescimento
desses cursos nos institutos federais - antigos
Cefets -, aumenta a demanda por professores. E a
profissão possui um salário médio inicial de R$
1.300,00.
2.4 Discussão e Conclusões
Atualmente, a grande preocupação de
praticamente todas as profissões é formar
profissionais atuantes no meio ambiente, e além do
curso de engenharia da pesca se preocupar com o
meio ambiente, o profissional fornece projetos e
novas técnicas de produção que explorem de
forma sustentável os produtos aquáticos. Assim
sendo, o engenheiro poderá projetar fazendas
marinhas e desenvolver técnicas para o aumento
da produção de organismos de água doce ou
salgada com alta qualidade nutricional.
3. Engenharia Hídrica
3.1 Introdução
A Engenharia Hidráulica se resume no
setor na engenharia que cuida da exploração, do
uso e da gestão da água, substância essencial para
as nossas vidas, e que ocupa aproximadamente
71% da superfície do nosso planeta.
3.2 Metodologia
Engenharia Hídrica tem como o objetivo
formar profissionais capazes de utilizar os
conhecimentos científicos para o desenvolvimento
de tecnologias que busquem de maneira
continuada soluções para problemas da
humanidade considerando aspectos políticos,
econômicos, ambientais e sociais. Planejar e
orientar a utilização das águas de bacias
hidrográficas, prevenindo os impactos negativos
que elas possam sofrer em consequência de
atividades industriais, agrícolas e urbanas, é a
principal função do engenheiro hídrico. Ele cuida
da captação, do transporte, do emprego e do
tratamento da água para atender a população e
reduzir eventuais danos ambientais. Calcula a
demanda e a disponibilidade hídrica nas bacias e
auxilia na implantação de políticas de uso e
controle de qualidade da água, bem como da
manutenção e recuperação de mananciais.
Também cabe a ele elaborar redes de água e
esgoto, de irrigação e drenagem. No setor de
energia, atua na operação de reservatórios e no
planejamento dos recursos hídricos. Ao lado dos
engenheiros sanitaristas e ambientais, trabalha
com a recuperação e a manutenção desses
recursos. Com engenheiros civis, projeta canais,
portos e barragens.
3.3 Resultados
O curso, com uma duração média de
cinco anos, no início tem matemática, física,
cálculo e química, além de matérias introdutórias,
que fornecem um panorama geral do curso. A
partir do segundo ano, começam as disciplinas
específicas, com as quais o estudante conhece as
principais formas de ocorrência e uso das fontes
hídricas, assim como detalhes sobre geração de
energia elétrica. O aluno tem aulas de
microbiologia, ecologia, hidrologia, economia de
recursos naturais e irrigação e drenagem, entre
outras. Há também conteúdos de cunho social,
como ética profissional e legislação ambiental.
Aulas em laboratório e atividades de campo, como
visitas técnicas a usinas hidrelétricas, são
promovidas durante todo o curso. O estágio e um
trabalho de conclusão são obrigatórios.
O Engenheiro Hídrico deverá ser um
profissional com habilidade de comunicação,
liderança, com iniciativa, apto a administrar
conflitos, devendo saber trabalhar em equipes
multidisciplinares, apto a atuar em todos os
aspectos referentes ao uso e gestão do recurso
“água”, incluindo seus aspectos técnicos, sociais e
ambientais. É um profissional qualificado para
avaliar, quantificar, projetar, montar, construir,
fiscalizar e gerenciar serviços nas seguintes
áreas: Recursos hídricos: obras portuárias,
processos litorâneos, hidrologia, hidrogeologia,
prospecção e exploração de águas subterrâneas,
saneamento (tratamento de água e esgoto),
irrigação, drenagem, hidrovias, hidráulica fluvial e
sistemas associados, operação de reservatórios.
Sistemas e circuitos hidráulicos: estudos, projeto,
instalação, operação e fiscalização de circuitos de
sistemas hidráulicos industriais, urbanos, rurais, de
energia, de transporte e de lazer. Sistemas de
informações hidrológicas: hidrometria, topo-
batimetria, sistemas de informações geográficas,
geoprocessamento, coleta de dados geográficos,
instrumentação, hidrometeorologia. Gestão de
recursos hídricos: planejamento e regulação de
recursos hídricos, balanço hídrico, a valoração das
águas e dos recursos naturais, operação de
reservatórios, gerenciamento de bacias
hidrográficas, monitoramento de qualidade da
água e do meio ambiente (controle de
contaminação de rios, lagos e reservatórios).
O bacharel em Engenharia Hídrica
encontra o mercado em alta e sem previsão de
esgotamento, por conta de que anualmente, a
vazão dos rios brasileiros dá conta de um volume
igual a 12% dos recursos hídricos do mundo todo.
Órgãos públicos, como a Agência Nacional de
Águas (ANA) e a Companhia de Desenvolvimento
dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(Codevasf), costumam oferecer vagas ao
profissional para que atue em grandes obras, como
a da transposição do rio São Francisco, e em
outras áreas, entre elas a de exploração de
petróleo, que requer profissionais com
conhecimento de hidráulica para exploração do
óleo em alto-mar. Com o pré-sal, deve haver ainda
maior demanda pelo engenheiro hídrico. Como os
cursos pelo país ainda são poucos e a
empregabilidade é altíssima, a contratação dos
recém-formados costuma ser imediata. No Brasil,
75% da energia elétrica é gerada por usinas
hidrelétricas, que precisam do engenheiro hídrico
para funcionar. Ele também trabalha em planos
diretores de revitalização de bacias hidrográficas.
Além disso, a demanda continua aquecida em
indústrias que utilizam muita água em seu
processo produtivo - como as de laticínios e de
alimentação -, pois elas precisam de sistemas
eficientes para uso e reaproveitamento desse
recurso natural. Várias empresas, como a
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), contrata-
se esse engenheiro para gestão da água, em
projetos de reuso industrial, racionalização e
aproveitamento de água de chuva. Ainda no setor
privado, aumentam as chances de colocação em
consultorias ambientais e em empresas de
engenharia que realizam construção de barragens e
reformas de usinas hidrelétricas, entre outras
obras. Há vagas em todo o Brasil, mas elas se
concentram no Sul e Sudeste, onde se localiza a
maioria das empresas. No interior do país, o
profissional pode atuar como consultor, montando
sua empresa para orientar e prestar serviços para
proprietários rurais, que são obrigados a cadastrar
minas e recursos hídricos em suas terras, e
realizando projetos de irrigação. E o salário inicial
é de R$ 3.060,00 com 6 horas diárias de trabalho,
informa o Crea-SP.
3.4 Discussão e Conclusões
A água é a nossa maior fonte de riqueza e
de suma importância em nossa vida. Sem ela não
conseguimos sobreviver por mais de mês. E por
isso devemos saber como utilizá-la de modo geral,
para assim não ocorra nenhum problema. E é aí
que o profissional da Engenharia Hídrica entra,
saber explorar e usar de modo correto o nosso bem
natural.
4. Engenharia Sanitária e Ambiental
4.1 Introdução
Ramo da engenharia voltado para o
desenvolvimento econômico sustentável que
respeita os limites dos recursos naturais, e para o
projeto, a construção, a ampliação e a operação de
sistemas de água e esgoto.
4.2 Metodologia
Profissionais formados nesta área têm
como objetivo principal, preservar a qualidade da
água, do ar e do solo. Desenvolvendo novas
tecnologias a fim de proteger o meio ambiente das
influências negativas causadas por atividades
humanas não sustentáveis. Realiza isto através de
planejamento, coordenação e administração de
redes de distribuição de água e estações de
tratamento de esgoto e supervisiona a coleta e o
descarte do lixo. Pode atuar também na prevenção
contra a poluição causada por indústrias, sendo por
sua instalação ou pelo descarte, de maneira
inadequada, de material ofensivo ao meio
ambiente. Além de poder supervisionar grandes
obras monitorando possíveis impactos que ela
possa gerar ao meio ambiente como poluição a
mananciais, rios, costas, o ambiente marinho, o
solo, a atmosfera e até mesmo a saúde pública.
4.3 Resultados
O curso para este ramo da engenharia é
multidisciplinar, ou seja, as matérias comuns a
todos os ramos da engenharia, como: matemática,
física, química e estatística são intercaladas com
as de ecologia, geologia, hidrologia e hidráulica. A
partir do terceiro ano, o aluno deste curso, começa
a aprofundar seus estudos em tratamento de
resíduos, cálculo de emissões de gases a
atmosfera, hidráulica ambiental e recursos
hídricos.
O instituto de ensino, que oferece este
curso, precisa ter laboratórios para aplicação dos
conceitos teóricos adquiridos durante o curso.
Além de incentivar os alunos a participação de
projetos sociais, reforçando a pratica e a pesquisa
e indispensáveis para os profissionais desta área.
O curso tem duração média de cinco anos,
com realização de estágio obrigatória, assim como
a apresentação de um projeto de conclusão de
curso, geralmente desenvolvido a partir dos três
últimos anos da graduação.
No Brasil, são poucas as universidades
que oferecem este curso. Sendo a grande da rede
publica.
O engenheiro sanitarista-ambiental tem
como opção de mercado de trabalho condizente a
sua formação, as áreas: de bioprocessos e
biotecnologia (que visa avaliar os efeitos de um
processo ou produto sobre o meio ambiente),
Controle de poluição (atividade voltada para
redução do impacto de atividades industriais,
urbanas e rurais sobre o meio ambiente),
Planejamento e gestão ambiental (Elaboração de
relatórios de impacto ambiental e planos para o
uso de recursos naturais), Recuperação de áreas
(Desenvolver e coordenar projetos de recuperação
de áreas afetadas por alguns tipos de poluição),
Recursos hídricos (Controlar a quantidade e a
qualidade de água consumida e desenvolver
exploração uma exploração racional da água dos
rios e reservatórios) e Saneamento (Projetar,
operar e coordenar sistemas de abastecimento de
água, tratamento de esgoto e coleta de lixo e
resíduos industriais).
Atualmente, o mercado de trabalho para o
engenheiro sanitarista-ambiental está aquecido,
devido ao crescente aumento da conscientização
da sociedade sobre a preservação do meio
ambiente.
O Salário médio inicial de R$ 3.060,00,
por 6 horas diárias de trabalho.
4.4 Discussão e Conclusões
 As maiores oferta de vagas são nas
regiões Sul e Sudeste, nas áreas de concentração
industrial ou agrícola. Na região Norte as ofertas
se concentram no segmento da mineração e na
gestão de recursos naturais que envolva a
instalação de sistemas tratamento de efluentes e
busca de certificações. Nas regiões Nordeste e
Centro-Oeste, são as que somam menos
oportunidades, mas são as que mais têm falta de
profissionais especializados.
Com investimento cada vez maior, do
governo federal, em obras de saneamento pelo país
houve um grande aumento na demanda de
profissionais desta área pelas empresas que
realizam os projetos de saneamento.
No setor público, as vagas se concentram
nas prefeituras, órgãos do meio ambiente e
empresas estatais que atuam no tratamento de
esgoto e recuperação de áreas degradadas.
Devido à carência de profissionais e ao
aquecimento do mercado de trabalho, poucos têm
voltado para as universidades à procura de
especialização, o que ocasionou também a
carência de profissionais na área acadêmica.
Com o crescente aumento da
conscientização mundial para os danos causados
ao meio ambiente devido à evolução humana
durante os anos. A engenharia sanitária e
ambiental tem grande importância na sociedade,
porque os profissionais formados nesta área serão
aqueles que irão fiscalizar e ajudar na criação de
processos sustentáveis e no uso racional e
responsável de recursos naturais para que cada vez
mais seja minimizado o dano causado pela
evolução humana sobre o meio ambiente.
5. Engenharia Florestal
5.1 Introdução
É o ramo da engenharia voltado para o
estudo e o uso sustentável de recursos florestais.
Responsável pela avaliação do potencial de
ecossistemas florestais e o planejamento de melhor
aproveitamento do modo de preserva a flora e a
fauna do local estudado.
5.2 Metodologia
O engenheiro florestal avalia o potencial
de ecossistemas florestais e planeja seu
aproveitamento de modo a preservar a flora e a
fauna locais. Ele pesquisa e seleciona sementes e
mudas, identifica e classifica espécies vegetais e
procura melhorar suas características, analisando
as condições necessárias a sua adaptação ao
ambiente. Elabora e acompanha projetos de
preservação de parques e de reservas naturais e
cuida de fazendas de reflorestamento. Recupera
áreas degradadas, cuida da arborização urbana e
avalia o impacto ambiental de atividades humanas
em uma área. Esse engenheiro também efetua
vistoriais, perícias e avaliações, emitindo laudos e
pareceres. Em sua atuação, visa à segurança e os
impactos socioambientais.
5.3 Resultados
No curso as ciências agrárias e biológicas
estão presentes em todo o currículo, com destaque
para as disciplinas que envolvem botânica,
tecnologia da madeira, fisiologia vegetal, biologia
celular e silvicultura. Mas o forte do curso são as
técnicas e os métodos de uso racional das matas
que não comprometam o ecossistema. Nessa área,
as disciplinas teóricas - como conservação de
recursos naturais renováveis - alternam-se com
práticas de manejo florestal, ecologia aplicada em
campo, atividades em laboratórios e viveiros. O
estágio é obrigatório, bem como um trabalho de
conclusão de curso.
Salário médio inicial de 3.060,00, por 6
horas diárias.
O novo Código Florestal brasileiro foi
aprovado em julho de 2010 em meio a bastante
polêmica. Isso mostra a importância crescente das
discussões em relação à preservação e ao manejo
florestal. Devem aumentar as oportunidades para o
engenheiro florestal, que pode dar assistência e
desenvolver projetos para adaptar as propriedades
rurais à nova legislação.
5.4 Discussão e Conclusões
A crescente importância que as florestas
assumem no cenário não só da economia, mas
especialmente do meio ambiente, cria expectativa
na expansão do mercado de trabalho. Empresas e
indústrias florestais, bem como órgãos florestais,
ambientais e de fiscalização do governo (União,
Estados e Municípios) são os principais
empregadores.
Engenharia Florestal faz interface com
diversas áreas como biologia, botânica, solos,
ecologia, política, administração, economia e
outras engenharias, por isso tem grande
importância para sociedade.
Discussão e Conclusão Geral
 Diante do conteúdo exposto neste
trabalho, podemos enxergar de maneira clara que o
profissional em engenharia se faz necessário nas
mais diversas áreas e que talvez a falta destes
profissionais se deva a “não tradicionalidade” dos
cursos que foram abordados, mas isso não tira a
importância social e econômica dos Engenheiros
não tradicionais, dos quais o mercado de trabalho
atualmente também carece com certa urgência.
Neste cenário, atentamos também para o
surgimento de novas áreas de engenharia, pois
engenheiros são procurados nas mais diversas
áreas, seja pela facilidade em cálculos, gestão de
projetos ou dinâmica no campo, e assim surgindo
um novo ramo para engenharia.

Referências Bibliográficas

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