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Introdução:
O processo de extrusão atualmente deve ser visto como uma tecnologia muito
importante economicamente, para a indústria de pets foods para cães e gatos; pois como
atualmente os proprietários destes, estão buscando mais informações científicas e
nutricionais para melhorar o Bem-estar de seus animais de estimação, a indústria de
rações para esta classe de animais deve estar mais preparada para atender há estas
exigências.
Logo, como a maioria dos alimentos para cães e gatos passa pelo processo de
extrusão, este tema deve ser visto com maior aprofundamento, aumentando assim os
estudos dessa tecnologia para melhorar o processo de produção de rações; para que no
final do processamento destes alimentos a indústria possa proporcionar o melhor para os
consumidores destes tipos de produtos, assim aumentando a produção e o mercado de
pets food.
Revisão bibliográfica:
Este processo também permite que não haja a escolha de alimento pelo animal,
excluindo a possibilidade da escolha de uma parte específica da dieta oferecida para o
animal, excluindo as escolhas de alimentos por preferência vindas dos cães e dos gatos,
proporcionando assim uma dieta equilibrada para os animais, atendendo assim a todas
as exigências nutricionais do animal.
A extrusora é um equipamento com a função de fabricar Kiblles, que são uma forma
comum de alimentos secos comercializados para cães e gatos.
Esta tecnologia de processamento de alimentos para cães e gatos obriga a mistura dos
ingredientes, que estão em pó, através de um parafuso em espiral e, em seguida, caem
na extrusora. Este pó é transformado em um produto com formato de tira (o extrudido)
e, logo se seca.
O valor nutricional dos lipídeos através das fontes como sebo, gordura de aves, óleo
vegetal, óleo de peixe, e outras misturas podem ser afetadas durante o processo de
extrusão, gerando uma hidrogenação lipídica, uma isomerização, polimerização e
oxidação lipídica (Rokey and Plattner, 1995). A oxidação lipídica é o maior desafio na
conservação dos pets food. A taxa de oxidação é afetada por vários fatores, como o tipo
de gordura, teor de gordura, teor de umidade e o grau de expansão, onde as insaturações
das gorduras aumentam o desafio de preservação dos lipídios da dieta. (Lin et al., 1998;
Deffenbaugh, 2007). Além disso, vestígios de minerais, ferro, em particular, e a
utilização de antioxidantes biológicos podem desempenhar um papel significativo na
oxidação pós-extrusão. (Lin et AL., 1998; Deffenbaugh, 2007).
Os pets food podem conter entre 25 à 70 por cento de proteína em sua matéria seca
(Rokey and Plattner, 1995). Esta proporção é relativamente alta para cães e gatos, por
serem carnívoros naturalmente. A composição de aminoácidos, a digestibilidade e
subsequente a disponibilidade de aminoácidos que uma proteína pode fornecer, define a
sua qualidade nutricional. (Hullár et al., 1998; Overland et al., 2007). Fontes de proteína
vegetal sozinho não podem fornecer aminoácidos essenciais suficientes, como por
exemplo, Taurina e outros aminoácidos essenciais, em comparação com as proteínas de
origem animal (Hickman et al., 1992).
A extrusão pode resultar num aumento da digestibilidade das proteínas. Egaña et al.
(1991) relatou que a dieta que foi extrusada melhorou a digestibilidade da proteína
bruta em cães que estavam em fase de crescimento e relação a mesma dieta que só foi
peletisada. Entretanto Hullár et al. (1998) and Overland et al. (2007) descobriu que a
digestibilidade da proteína bruta nos pet foods de cães e gatos não é afetada pelo
processo de extrusão. Um aumento da temperatura de extrusão aumenta a degradação
dos sítios ativos de inibidores de protease em farinha de trigo e, portanto, aumenta a
digestibilidade da proteína. Em pet foods, Bednar et al. (2000) estudaram os efeitos de
uma variedade de fontes de proteínas vegetais e animais sobre a digestibilidade dos
nutrientes no íleo de cães e relatou que as dietas extrusadas e peletisadas com diferentes
fontes de proteínas vegetais, desde os níveis adequados de proteínas de alta
digestibilidade e aminoácidos.
A lisina pode sofrer várias reações incluindo a reação de Maillard durante a extrusão,
devido ao grupo epsilon-amino livre, tal como determinados em laboratório, pode ser
usado como um indicador para a disponibilidade de lisina in vivo e também podem
servir como um indicador para as perdas de proteínas durante a extrusão (Hurrell and
Carpenter, 1981; Hendriks et al., 1999). Recentemente, Williams et al. (2006) mostrou
que houve uma grande diferença (até 58 por cento) entre lisina total e O-metilisoureia-
(OMIU), que é o teor de lisina reativa presentes em alimentos caninos que a extrusão e
subsequente processo de secagem podem provocar ligações significativas de lisina. Em
rações para gatos Rutherfurd et al. (2007) que mediu a diferença entre a soma de lisina
OMIU-reativo em rações úmidas e secas, e encontrou uma diferença de 20 a 50 por
cento para as dietas secas, semelhante ao resultado de Williams et al. (2006). Também,
Rutherfurd et al. (2007) determinou o verdadeiro conteúdo total de lisina reativa ileal
digerível usando um bioensaio em ratos e observaram uma grande superestimação do
teor de lisina disponível de modo que o padrão de aminoácidos em relação a lisina
nestas dietas podem não ser o ideal para promover a saúde. Além da disponibilidade de
lisina, outros aminoácidos, tais como, arginina, triptofano, cisteína, e histidina também
podem ser afetadas pelo processo de extrusão. De particular importância podem ser os
aminoácidos que possuem enxofre em sua constituição molecular (cisteína e metionina)
que são muitas vezes aminoácidos limitantes em dietas para gatos, por serem mais
susceptíveis à oxidação.
Na produção de pet foods, os fatores como sabor, aroma, sensações de boca (como
por exemplo, a textura, a forma e o tamanho de partículas), é normalmente referido
como um valor medido, para termos a ideia das preferências alimentares e os
comportamentos de ingestão alimentar. A palatabilidade é um fator chave na escolha de
uma dieta por um cão ou gato. Isto pode ser influenciado por um número de fatores tais
como a composição das rações, como, por exemplo, proporção de gordura e
carboidratos (Case et al., 2000), das condições de alimentação e de processamento
(Hullár et al., 1998).
A perda da palatabilidade pode ser causada por fatores de riscos, tais como o
crescimento microbiano, a auto-oxidação, alterações no aroma e textura (Deffenbaugh,
2007). Também é importante ter-se, o controle do grau de expansão dos Kiblles (Lin et
al.,1998). Além disso, estudos de vida de prateleiras dos pet foods também devem
incluir testes de palatabilidade, uma vez que a palatabilidade é uma das características
principais que se busca na extrusão dos Kiblles (Deffenbaugh, 2007).
Dietas de cães e gatos podem conter até 50 por cento de amido que é derivado
principalmente de grãos de cereais (Spears and Fahey Jr, 2004). O amido nos grãos de
cereais é organizado em camadas concêntricas de regiões semicristalinas ou amorfas no
endosperma. As características estruturais e componentes que estão associados com o
grânulo de amido, tais como lipídeos, minerais, proteínas e outros carboidratos foram
claramente revisados (Svihus et al., 2005). O cozimento pelo processo de extrusão causa
inchaço e ruptura dos grânulos, a modificação do espectro de cristalinização, aumenta a
solubilidade em água fria, a redução da viscosidade do amido e libertação parcial da
amilose e amilopectina (Cheftel, 1986). Quando extrusado a um baixo teor de umidade,
os grânulos de amido são parcialmente transformado, através da aplicação de calor
(perda da estrutura cristalina) e de corte (fragmentação granula), conduzindo à formação
de uma fase homogênea, chamado de ‘gelatinazação’ (Lin et al., 1997; Svihus et al.,
2005). As características físicas e químicas dos produtos de extrusão são afetados pela
viscosidade da mistura de alimentos em suas embalagens (Lin et al., 1997), onde a
viscosidade está relacionada com o grau de gelatinização do amido (SGD) da mistura de
alimentos. A alta velocidade do parafuso (400 rpm) durante a produção dos pet foods
tem sido constatado uma diminuição no SGD onde efeitos de interação foram
encontrados com o teor inicial de lipídeos (Lin et al., 1997). Durante a extrusão de
amidos, fatores tais como a temperatura, teor da umidade antes da extrusão, o teor de
amilose e lipídeos, tudo pode conduzir a alterações estruturais dos grânulos de amido.
Essas mudanças, no entanto, podem variar entre cereais e amidos providos da batata. A
gelatinização melhora a consistência fecal e a digestibilidade do amido da tapioca, mas
não tem efeitos sobre a digestibilidade do amido de trigo (Wolter et al., 1998). Além
disso, a digestibilidade do amido da cevada e o amido do milho aumentou, mas não foi
alterado em farelo de aveia, depois do processo de extrusão (Dust et al., 2004). Conclui-
se in-vitro que no processo de extrusão o elevado teor de umidade e de alta temperatura
resulta em uma gelatinização completa (Murray et al., 2001; Dust et al., 2004) e a
disponibilidade de amido in-vivo (Svihus et al., 2005).
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