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Figura 1.1: Status do ensino AICLE na educação primária e secundária na União Europeia.
Isso acarretou uma solução prática para um problema cada vez maior,
como as limitações horárias. Contudo, não é difícil dar-se conta de
como uma vez dado este passo, outras matérias possam ser
consideradas para o mesmo propósito. Nem os níveis nem as idades
para colocar em prática tiveram qualquer limite, tanto na educação
secundária quanto na superior.
Até aqui, tudo bem. As classes em que isso era realizado eram
indubitavelmente lugares mais vivos e interessantes que aqueles em
que previamente se ministravam os conteúdos dos seguidores do
método gramática-tradução. O problema é que o conteúdo estava
ainda subordinado à prioridade da língua. Se déssemos uma olhada
nos conteúdos de qualquer dos manuais baseados nestes enfoques,
daríamo-nos conta de que cada capítulo ou unidade tem um objetivo
linguístico. Portanto, inclusive no mais extremo dos casos, um livro de
texto "humanista" pode animar o estudante a falar de seus
sentimentos durante a infância, mas o motivo subjacente será praticar
o pretérito perfeito. Isso pode denominar-se "conteúdo descartável" e
mostra o problema básico do ensino de línguas. Em níveis inferiores
da aquisição da língua, é até mais óbvio. Não é incorreto, é claro, mas
cria um problema quando o livro de texto fala de material "motivador".
Como pode ser motivador para o aluno perguntar a ele sobre algum
assunto quando a resposta que ele dê não vai ter realmente valor? Ao
final do período formativo, o estudante será avaliado pela língua
adquirida, não pelo que possa dizer de suas experiências passadas. O
conteúdo temático parece ser descartável. É um escravo do objetivo
linguístico.
1.7. Leituras
OBJETIVOS
- Conhecer o que se entende por AICLE.
- Conhecer o que distingue o enfoque AICLE em referência a outras propostas
metodológicas.
2.1.1. Conteúdos
Uma maneira bastante útil de obter uma aproximação à definição de
AICLE pode ser considerar como se pode dividir o currículo. No que
consiste cada disciplina? Pode depender do tempo, da cultura e da
política de uma determinada nação, nação-Estado ou região
autônoma, mas se observarmos, por exemplo, a Reforma espanhola
de 1991 (Projeto Curricular Base, MEC, 1991), os planos de estudos
se dividiram em três seções ou "blocos", o que produziu o quadro que
permitiria a avaliação confiável dos conteúdos destes blocos.
- Inferir.
- Refutar.
- atividades de raciocínio;
- atividades de opinião.
Síntese: ordenar, reunir, acumular, compor, construir, criar, projetar, desenvolver (H)
Aplicação: aplicar, escolher, demonstrar, ilustrar, interpretar, operar, praticar, solucionar (H/L)
Long e Crookes parecem querer dizer que o processo, por sua própria
natureza, envolve os estudantes em um exercício cognitivo mais
significativo. Os próprios estudantes podem perceber o processo de
aprendizagem como uma tarefa longa e substancial que culmina em
uma apresentação comunicativa, por exemplo, mais que como a
ordenação de exercícios exigida pelos livros de texto.
O que é significativo para Jack não tem por que sê-lo para a Jill, mas
além desta consideração dificilmente filosófica, o que consideram os
criadores do enfoque comunicativo como significativo? Nos anos 80,
contemplavam uma mudança nas funções de tutor e estudante, em
que, de acordo com Widdowson (1980), "...o estudante assume uma
função mais positiva". Essa afirmação se reduziu, na prática, a noções
tão práticas como o Programa Gerado pelo Estudante, a Análise de
Necessidades, a Autonomia do Estudante e Aprender a Aprender.
Por nobres que pudessem ser (e ainda são), estes sentimentos
tendiam a ser mais aplicáveis a estudantes adultos que a
adolescentes ou jovens, o que foi uma consequência natural da
época, em que o ensino de línguas estrangeiras ainda não havia se
estendido no âmbito acadêmico de maneira tão universal. Widdowson
não tinha em mente nenhum grupo de estudantes específico, mas
parece que, desde os anos 80 do século XX e do auge do Enfoque
Comunicativo, questionou-se o que constituem os "interesses dos
estudantes" ou as "necessidades dos estudantes".
Isso não quer dizer que os professores das escolas tenham obviado
estes aspectos, mas muitos professores de adolescentes ririam diante
da insinuação de que seus estudantes querem expressar seus
"interesses" (uma condição natural da adolescência!) e muitos
professores de educação infantil têm dificuldades para aceitar a
premissa de que seus estudantes poderiam ter alguma ideia "do que
querem estudar". Tentar isso não produz qualquer dano, nem
tampouco tentar fomentar a autonomia, mas o tema dos "interesses do
estudante" é muito mais complexo do que gostariam de admitir os
departamentos de marketing das editoras.
O AICLE pode tanto evitar como superar este problema, já que colhe o
conteúdo padrão do programa de qualquer que foe a disciplina
utilizada e o ensina na língua meta. Se se cuidar da metodologia (e
dedicaremos, mais tarde, um pouco de tempo a esta consideração),
então o conteúdo é, por definição, "significativo". O enfoque AICLE
evita o lamentável engano de muitos dos manuais existentes, que
assumem que os adolescentes só falarão sobre música rock, novas
tecnologias, moda e sobre si mesmos. Se o estudante tiver de discutir
a essência da teoria Marxista em uma tarde de sexta-feira, que assim
seja.
3.1. A idade
Ainda que essas etapas possam ser flexíveis, existe o consenso geral
a respeito de como influíram na maneira com que organizamos a
educação. O próprio Piaget falava dos 7 anos como a "idade mágica",
em que as crianças começam a lidar com ideias mais complexas,
reconhecendo o poder criativo da linguagem e sua habilidade para
permitir que articulem os pensamentos. Antes disso, antes de as
habilidades de leitura e escrita ativarem-se realmente, a educação só
pode consistir, possivelmente por defeito, em "conteúdos". Nos planos
de estudo pré-escolares, há uma integração de línguas e conteúdos,
mas só em um sentido minimalista. A língua é principalmente oral e os
conteúdos estão limitados a conceitos concretos e habilidades
motoras básicas. As crianças constroem seu conhecimento conceitual
através da narrativa e da descoberta.
3.2. As disciplinas
- A linguagem é especializada.
Outros modelos:
5. Cooperação interdepartamental.
3.3.2. Formação
3.3.3. Materiais
Nottingham:
a b c d e f
Marsh:
a b c d e f
Consulte no campus virtual os comentários sobre esta tarefa que se
encontram no tópico de “Avaliação” da disciplina.
- A dimensão cultural.
- A dimensão do entorno.
- A dimensão linguística.
- A dimensão do conteúdo.
- A dimensão da aprendizagem.
- Mapas Eurydice:
Endereço: http://www.eurydice.org/portal/page/portal/Eurydice/showPr
esentation?pubid=071EN
- Projeto com base no País Basco: página web aberta com unidades
de trabalho baseadas no AICLE, etc.
Endereço: http://www.gipuztik.net/ingelesa/
"Uma cadeira é um objeto que tem quatro pernas e que é usada para
sentar."
"O amor é uma emoção" que se sente ou se expressa por uma pessoa
e que está relacionada com o conceito de afeto..."
Por exemplo:
1. Produzir descrições.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
1. Objetivos de resultados.
2. Objetivos de prioridades.
A lição sobre os planetas não foi aleatória, mas fazia parte de uma
unidade didática de um programa de línguas para crianças de 11 e 12
anos que utilizava conteúdo real como base do ensino. O professor de
Ciências Ambientais concordou que essa seção em particular de seu
programa pudesse ser tratada na aula de inglês. Se, posteriormente,
no mesmo ano acadêmico, considerou que parte do conteúdo poderia
ser revisto (ou tratado de maneira diferente) na L1, o problema da
repetição desnecessária não ocorre. Com o planejamento
interdepartamental, as vantagens são:
- Transferência linguística.
1. Definir.
2. Classificar.
3. Ilustrar/exemplificar.
4. Contrastar.
5. Comparar.
6. Dar razões.
7. Predizer.
8. Resumir.
9. Criar hipóteses.
11. Listar.
12. Agregar/Acrescentar.
13. Aposição.
Perguntas do professor
Que é um...?
Dê a definição de...
Respostas
coisa
para ................
conceito
entidade
dispositivo
instrumento
ferramenta
etc.
...se chama...
Perguntas do professor
Respostas
tipos
formas
Há três de ........................
classes
categorias
pertence tipos
a
... dividido três classes
pode ser em
classificado categorias
Perguntas do professor
De que maneira é... diferente de...?
Respostas
...mas... (idem)
Entretanto
Mas
Não obstante
Perguntas do professor
Respostas
P4. Não leia o texto ainda. A seguir, você verá alguns pontos opostos
às filosofias do socialismo e o comunismo. Agora leia o texto,
extraindo a palavra ou frase que se oponha à ideia expressa. A
primeira parece como exemplo.
Individuality Solidarity
Privileges
Class-based society
A 'free' society
Capítulo 5 .- As atividades e
implicações
5.1. Ideais linguísticos e de conteúdo
Conteúdo
Comunicação
Cognição
Cultura
- Escrevem.
- Falam.
- Escutam.
- Interpretam.
A ideia de "tentar e ver o que acontece" está muito mais perto do que
a partir do enfoque AICLE vem-se fazendo. A partir desse enfoque,
pede-se que os estudantes falem, como já vimos, sobre conceitos que
estão além de seu alcance linguístico. Neste enfoque a chave para o
desenvolvimento linguístico está na tentativa de expressar-se.
Voltando para a metáfora relacionada com a natação, é saltar na parte
funda da piscina e tentar nadar. O nadador se debate e produz ondas
a seu redor. Isso pode ser problemático (embora se espere que
ninguém se afogue!). O falante tenta expressar-se de maneira similar
imerso em conceitos mais profundos. Também pode ser problemático.
O resultado é indevidamente rudimentar. Mas se apoia na presença
de um determinado conteúdo que permite (algumas) garantias na
produção.
Qualidades pessoais:
- Responsabilidade.
- Autoestima.
- Sociabilidade.
- Autogestão.
- Integridade/honestidade.
Habilidades interpessoais:
- Participa como membro de uma equipe.
- Ensina os outros.
- Atende os clientes.
- Lidera.
- Negocia.
- Retrocesso. Pode ser que, nos casos em que o AICLE não funciona
de maneira tão eficaz, os estudantes aprendam os conceitos de
maneira mais superficial e inclusive experimentem um retrocesso na
produção em sua L1, já que deixam de adquirir alguns conceitos
novos em sua língua materna.
[9] Echevarria, J., Vogt, M., & Short, D. (2000). Making Content
Comprehensible for English Language Learners: The SIOP Model.
Allyn & Bacon. Boston.
[15] Kelly, K. & Clegg, J. (2007). The Language You Need. Oxford
University Press.
[16] Krashen, Stephen D. and Tracy D. Terrell. (1983). The Natural
Approach: Language acquisition in the classroom. Alemany Press.
Hayward, CA.
[23] Pally, M., & Bailey, N. (eds.) (2000). Sustained Content Teaching
in Academic ESL/EFL: A Practical Approach. Houghton Mifflin. Boston.
[27] Snow, M., Met, M., & Genesee, F. (1989). A conceptual framework
for the integration of language and content in second/foreign language
instruction. TESOL.
Endereços
[4] Bullock (report) 'Language and Learning' (From the Bullock Report,
1975).
Endereço: http://www.dg.dial.pipex.com/documents/docs1/bullock04.s
html
[9] Eurydice.
Endereço: http://www.eurydice.org/ressources/eurydice/pdf/0_integral/
071EN.pdf
Recursos
Lista de apêndices
Apêndice 1:
Apêndice 2:
Apêndice 3:
Apêndice 4:
Apêndice 5:
Apêndice 6: