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COMPETÊNCIA
INFORMACIONAL:
MODELOS
E
METODOLOGIAS
Lívia
Ferreira
de
Carvalho
Apresentação
Neste
capítulo,
abordaremos
os
princípios
teóricos
e
práticos
da
competência
informacional,
sua
relação
com
a
sociedade
da
informação,
seus
objetivos,
suas
formas
de
aplicação
e
seus
métodos
de
avaliação
e
também
daremos
exemplos
de
estudos
realizados
na
área
educacional.
O
foco
é
demonstrar
como
o
desenvolvimento
da
competência
está
relacionado
à
educação
e,
por
isso,
nossa
abordagem
estará
centrada
principalmente
no
contexto
escolar,
no
qual
bibliotecários
e
professores
devem
trabalhar
em
conjunto
para
propiciar
ao
estudante
o
desenvolvimento
de
habilidades
que
o
levem
à
competência.
Boa
leitura!
O
que
é
competência?
Em
linhas
gerais,
a
competência
pode
ser
considerada
como
um
conjunto
de
habilidades
desenvolvidas
pelo
indivíduo
que
o
permita
agir
em
contextos
e
situações
específicos
a
partir
dos
conhecimentos
adquiridos
previamente.
Está
relacionada
à
atitude
e
à
prática,
ou
seja,
por
mais
que
o
indivíduo
tenha
conhecimento
a
respeito
de
algo,
ele
não
necessariamente
terá
competência,
a
menos
que
transforme
seus
conhecimentos
em
ação.
Miranda
(2004,
p.116)
reitera
que
“o
conhecimento
existe
somente
no
ser
humano
e
somente
pode
ser
mobilizado
pelas
pessoas.
O
mesmo
acontece
com
a
competência”.
Sendo
o
conhecimento
então
o
ativo
fundamental
para
o
desenvolvimento
das
nações,
percebemos
que,
na
sociedade
atual,
para
que
as
organizações
e
as
pessoas
consigam
se
diferenciar
ao
se
tornarem
mais
competitivas,
é
preciso
que
desenvolvam
competências
que
possibilitem
aplicar
seus
conhecimentos.
Apesar
de
ser
um
conceito
oriundo
da
área
empresarial,
Gasque
(2012)
apresenta
uma
definição
de
competência
aplicada
ao
contexto
educacional,
que
será
a
Sociedade
da
informação
e
competência
informacional
A
competência
informacional
(information
literacy)
é
um
movimento
que
começou
nos
países
desenvolvidos
em
meados
da
década
de
1970
e
passou
a
ser
estudado
no
Brasil
a
partir
do
ano
2000,
em
um
trabalho
desenvolvido
por
Caregnato
(CAMPELLO,
2003;
DUDZIAK,
2008;
VITORINO
e
PIANTOLA,
2009),
o
que
demonstra
ser
um
tema
recente.
Porém,
apesar
do
pouco
tempo,
a
temática
tem
crescido
muito
na
área
de
Biblioteconomia
e
Ciência
da
Informação,
bem
como
em
áreas
correlatas,
como
Administração,
Psicologia
e
Pedagogia,
demonstrando
que
sua
importância
não
se
restringe
a
ambientes
educacionais,
mas
a
todos
os
contextos,
afinal,
todas
as
pessoas
necessitam
de
informação
em
seu
cotidiano.
Não
é
objetivo
deste
capítulo
discutir
as
questões
terminológicas
que
envolvem
o
tema,
pois
alguns
autores
utilizam
o
termo
competência
informacional,
outros
habilidades
informacionais,
e
há
os
que
preferem
utilizá-‐lo
no
original
em
inglês,
information
literacy,
pois
não
há
um
consenso
sobre
qual
termo
se
deve
adotar
no
Brasil.
Para
os
nossos
propósitos,
daremos
preferência
ao
primeiro,
por
considerarmos
que
possui
um
conceito
mais
abrangente.
A
competência
informacional,
de
acordo
com
Dudziak
(2001,apud
DUDZIAK,
2008,
p.42
p.),
pode
ser
entendida
como
“a
mobilização
de
habilidades,
conhecimentos
e
atitudes
direcionada
ao
processo
construtivo
de
significados
a
partir
Como
cada
um
desses
fatores
está
relacionado
à
competência?
Com
o
avanço
tecnológico,
as
pessoas
precisam
desenvolver
habilidades
para
lidar
com
os
novos
meios
de
comunicação
e
informação,
como
ter
domínio
básico
de
internet
para
que
possam
localizar
e
recuperar
as
fontes,
por
exemplo.
Para
Fialho
(2004),
a
tecnologia
é
o
instrumento
que
permite
lidar
com
o
problema
do
excesso
de
informações
nessa
sociedade,
potencializando
o
acesso
às
fontes
de
informação.
Não
há
como
desvincular
a
prática
pedagógica
do
uso
das
tecnologias,
mas
é
preciso
entender
que
os
formatos
em
que
a
informação
e
os
conteúdos
se
apresentam
nos
ambientes
digitais
podem
ser
atrativos
e
interessantes,
além
de
possibilitar
formas
lúdicas
de
ensinar
e
aprender,
que
também
é
um
importante
instrumento
de
pesquisa.
Para
que
a
competência
informacional
possa
ser
trabalhada
em
todos
os
níveis,
é
necessário
que
professores
e
bibliotecários
atuem
em
conjunto,
a
fim
de
planejarem
instrumentos
e
estratégias
que
possibilitem
ao
estudante
desenvolvê-‐los.
Com
o
intuito
de
que
essa
parceria
se
consolide,
é
fundamental
a
presença
da
biblioteca
no
ambiente
escolar,
disponibilizando
materiais
informacionais
de
qualidade,
tecnologia
para
acesso
às
fontes
de
informação
eletrônicas
e
as
demais
ferramentas
necessárias
para
a
instrução
dos
estudantes.
Muitos
são
os
autores
da
área
que
discutem
o
papel
do
professor
e
do
bibliotecário
no
desenvolvimento
da
competência
informacional
dos
estudantes,
entre
eles
Fialho
(2004),
que
destaca
que:
O
papel
do
professor
em
uma
escola
inserida
na
sociedade
da
informação
é
o
de
facilitador
em
um
processo
de
ensino-‐aprendizagem
que
se
baseia
em
uma
variedade
de
fontes
de
informação.
O
professor
passa
a
exercer
uma
influência
ativa
e
propulsionadora
na
busca
da
informação
e
na
produção
de
novos
conhecimentos,
o
que
poderá
contribuir
para
aflorar
nos
alunos
um
espírito
investigativo
(FIALHO,
2004,
p.
84).
Ou
seja,
um
professor
comprometido
com
o
desenvolvimento
crítico
de
seus
alunos
precisa
rever
suas
metodologias
de
ensino
constantemente
para
se
adequar
às
demandas
atuais
da
sociedade.
É
sua
função
instigar
a
pesquisa
e
a
curiosidade,
afinal,
para
que
os
indivíduos
possam
pertencer
a
essa
sociedade
de
forma
legítima,
precisam
estar
preparados
e
capacitados
para
usar
a
informação
efetivamente.
Já
o
bibliotecário
possui
outro
papel;
apesar
de
não
estar
em
sala
de
aula,
deve
fazer
parte
do
planejamento
pedagógico
da
escola,
participando
ativamente
das
atividades
desenvolvidas,
dando
suporte
necessário
à
execução
das
tarefas.
Enquanto
o
profissional
não
for
visto
como
fundamental
para
a
escola,
dificilmente
será
valorizado.
Dudziak
(2011)
aborda
essa
questão:
O
envolvimento
pessoal
e
social
do
bibliotecário
com
a
comunidade
em
que
atua
também
altera
a
visão
que
as
pessoas,
os
estudantes,
administradores
e
docentes
têm
dele
e
de
seu
trabalho.
Sua
inserção
em
movimentos
ecológicos,
humanitários
e
culturais
dentro
do
próprio
ambiente
educacional,
transforma-‐o
em
cidadão
atuante
e
digno
de
admiração
e
respeito
por
colegas
e
demais
membros
do
grupo
(p.180).
1
Documento disponível no endereço:
http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002204/220418por.pdf.
Fonte:
UNESCO
(2013,
p.
23).
O
programa
é
bastante
completo
e,
se
for
implementado,
será
um
grande
passo
em
nosso
país
para
o
avanço
do
movimento
em
prol
da
competência
informacional.
Como
podemos
nos
tornar
competentes
em
informação?
Para
desenvolvermos
a
competência
informacional,
precisamos
ser
letrados.
A
competência
seria
então
uma
consequência
do
letramento
informacional,
que
deve
ser
desenvolvido
durante
todo
o
período
escolar
para
que,
ao
longo
da
vida,
o
Figura
2
–
Ciclo
da
Competência
Informacional
segundo
Dudziak.
Fonte:
Dudziak
(2011,
p.176).
No
primeiro
momento,
o
indivíduo
percebe
a
necessidade
de
informação
e
há,
então,
uma
ausência
em
seu
estoque
de
conhecimento
a
respeito
daquilo
que
precisa.
Em
seguida,
é
preciso
definir
qual
é
a
informação
que
poderá
sanar
a
sua
dúvida.
O
terceiro
passo
diz
respeito
à
localização
das
fontes
de
informação
e
saber
onde
encontrará
as
respostas.
O
passo
seguinte
seria
analisar
as
informações
obtidas
a
partir
de
critérios
de
relevância
e
pertinência
e,
para
tanto,
é
preciso
ter
conhecimento
prévio
a
respeito
desses
critérios
e
capacidade
de
interpretação.
O
quinto
passo
é
o
uso
da
informação
efetivamente
para
a
solução
de
problemas
e
a
tomada
de
decisão.
O
sexto
passo
está
relacionado
à
transformação
da
informação
em
conhecimento
novo,
de
modo
que
esta
possa
ser
comunicada
em
outros
formatos.
O
sétimo
e
último
passo
é
o
registro
da
informação
utilizada
e
seu
arquivamento
para
uso
futuro.
As
dificuldades
encontradas
pelos
profissionais
que
atuam
na
área
de
educação
para
trabalhar
a
competência
informacional
dizem
respeito
principalmente
a
sua
aplicação
prática.
Primeiro
porque
é
preciso
ter
competência
informacional
para
capacitar
outrem
−
e
nem
sempre
os
bibliotecários
e
professores
estão
aptos
nesse
sentido
−
e
segundo
porque,
para
que
se
desenvolva
a
competência
para
uso
da
informação,
é
preciso
ser
letrado,
o
que
em
nosso
país
não
é
realidade,
pois
os
investimentos
em
educação
e
cultura
são
escassos.
Outro
fator
fundamental
é
a
presença
da
biblioteca
na
escola,
que
deve
estar
voltada
ao
atendimento
dos
estudantes
de
forma
a
possibilitar
não
apenas
o
acesso
à
informação,
mas
também
sua
autonomia.
Na
medida
em
que
novas
formas
de
acesso
surgem
promovidas
pela
disponibilidade
da
informação
digital
em
rede,
novas
e
mais
aprimoradas
habilidades
para
buscar,
selecionar,
sintetizar
e
utilizar
estas
informações
são
necessárias.
As
bibliotecas
têm
tradicionalmente
oferecido
serviços
de
educação
de
usuários
cujos
objetivos
englobam
desde
a
orientação
física
dentro
da
biblioteca
até
a
utilização
de
fontes
e
serviços
de
informação
no
contexto
da
pesquisa
científica.
Desta
forma
elas
devem
estar
preparadas,
ou
pelo
menos
motivadas,
a
oferecer
serviços
de
qualidade
para
o
desenvolvimento
das
habilidades
informacionais
necessárias
para
o
bom
desempenho
no
ambiente
digital
em
rede
(CAREGNATO,
2000,
p.
53).
O
quadro
a
seguir
traz
algumas
sugestões
de
como
se
pode
trabalhar
a
competência
no
ambiente
escolar,
tanto
na
biblioteca
como
na
sala
de
aula.
Quadro
2
–
Estratégias
para
desenvolver
a
competência
informacional
dos
estudantes.
Fonte: Elaboração própria com base nos autores Caregnato (2000); Campello (2009); Fialho (2004).
Fonte:
Santos
(2011,
p.
47).
Tradicionalmente,
os
estudos
realizados
em
bibliotecas
tinham
como
objetivo
principal
verificar
a
habilidade
dos
usuários
no
uso
das
fontes
de
informação
(CAREGNATO,
2000;
HATSBACH
e
OLINTO,
2008).
Já
os
que
foram
e
são
realizados
no
contexto
escolar
geralmente
têm
como
propósito
entender
como
o
estudante
lida
com
as
fontes
de
informação
na
realização
de
pesquisas
e
como
ele
se
sente
quando
se
envolve
em
um
processo
de
busca.
Os
estudos
realizados
no
ambiente
universitário
estão
voltados
à
identificação
do
modo
como
o
estudante
busca
e
usa
a
informação
no
contexto
acadêmico.
Como
o
objetivo
desse
material
é
possibilitar
um
conhecimento
relacionado
à
aplicação
da
competência
no
ambiente
educacional,
nos
ateremos
a
utilizar
estudos
realizados
nesse
contexto
para
exemplificar.
A
pesquisa
realizada
por
Fialho
(2004)
teve
como
propósito
identificar
as
implicações
do
uso
das
fontes
de
informação
na
formação
do
pesquisador
juvenil,
bem
como
verificar
a
atuação
do
professor
e
da
biblioteca
na
realização
da
pesquisa
escolar.
A
autora
chega
a
algumas
conclusões
importantes:
• A
prática
da
pesquisa
escolar
é
uma
condição
essencial
para
o
desenvolvimento
da
competência
informacional;
• A
articulação
entre
a
proposta
pedagógica
da
escola,
a
influência
da
família,
do
professor,
da
biblioteca
e
dos
colegas
contribui
para
o
desenvolvimento
da
competência
informacional.
Em
sua
tese
de
doutorado
sobre
as
práticas
desenvolvidas
pelos
bibliotecários
na
escola,
Campello
(2009)
define
a
pesquisa
escolar
como:
Uma
estratégia
didática
que
diz
respeito
ao
bibliotecário,
por
constituir
atividade
em
que
o
aluno
se
envolve,
ou
deveria
envolver-‐se
efetivamente
com
a
busca
e
uso
da
informação,
ocorrendo
em
grande
parte
no
ambiente
da
biblioteca.
É,
portanto,
a
oportunidade
que
se
oferece
ao
bibliotecário
para
o
desenvolvimento
de
sua
ação
educativa
(CAMPELLO,
2009,
p.
20).
Em
ambas
as
pesquisas,
as
autoras
evidenciam
a
importância
do
bibliotecário
na
escola.
A
pesquisa
de
Campello
(2009)
aponta
ainda
que
os
bibliotecários
têm
empreendido
maior
esforço
nas
atividades
de
promoção
da
leitura
e
menos
nas
de
instrução
à
pesquisa
escolar,
o
que
indica
que
as
práticas
para
a
consolidação
da
competência
informacional
no
Brasil
ainda
estão
aquém
das
ações
desenvolvidas
nos
países
desenvolvidos.
É
fundamental
que
o
bibliotecário
se
conscientize
de
seu
papel
de
educador
e
se
capacite
para
exercer
ações
dessa
natureza,
de
modo
a
auxiliar
no
desenvolvimento
da
competência
informacional.
informacional
seria
aquela
que
divide
os
estudantes
em
dois
grupos,
os
que
têm
competência
e
os
que
não
têm
(CONEGLIAN,
SANTOS,
CASARIN,
2010).
Muitos
estudos
estão
sendo
realizados
no
Brasil
para
medir
a
competência,
e,
geralmente,
algum
padrão
é
utilizado.
O
mais
difundido
na
área
é
proposto
pela
ACRL
(Association
of
College
and
Research
Libraries),
o
qual
estabelece
um
padrão
denominado
“Padrões
de
Competência
Informacional
para
o
ensino
superior”
(Information
Literacy
Competency
Standards
Higher
Education)
para
que
as
habilidades
informacionais
de
estudantes
(principalmente
de
nível
superior)
possam
ser
identificadas.
A
sua
estrutura
é
composta
por
cinco
padrões,
22
indicadores
de
desempenho
e
uma
lista
de
resultados
para
avaliar
o
progresso
do
aluno
em
direção
à
competência(SANTOS,
2011,
p.
55).
No
quadro
abaixo,
é
possível
visualizarmos
os
padrões
e
seus
indicadores
de
desempenho.
Quadro
?
3
Padrões
de
Competência
Informacional
para
o
ensino
superior
da
ARCL
(2000
apud
SANTOS,
2011).
Padrão
3
-‐Avaliar
a
Padrão
4
-‐
Individualmente
Padrão
5
-‐
Compreender
os
vários
Padrão
1
-‐
Determinar
a
Padrão
2
-‐
Acessar
a
informação
e
crixcamente
e
ou
em
grupo
,
uxlizar
a
temas
econômicos,
legais
e
sociais
em
natureza
e
a
extensão
da
informação
efexva
e
torno
do
uso
da
informação,
incorporá-‐la
em
sua
base
informação
para
cumprir
acessando
e
uxlizando-‐a
de
forma
informação
necessária
eficientemente
de
conhecimentos
um
propósito
específico
éxca
e
legal
• Definir
e
arxcular
• Selecionar
o
método
• resumir
as
ideias
principais
• aplicar
informação
nova
e
• compreender
os
muitos
necessidades
de
invesxgaxvo
ou
o
sistema
a
serem
extraídas
da
anterior
no
planejamento
temas
éxcos,
legais
e
informação;
de
informações
mais
informação
reunida;
e
na
criação
de
um
socioeconômicos
em
• Idenxficar
uma
variedade
apropriado
para
acessar
a
• arxcular
e
aplicar
critérios
produto
ou
desempenho
torno
da
informação
e
da
de
xpos
e
formatos
de
informação
necessária;
para
avaliar
tanto
a
parxcular;
tecnologia
da
informação;
fontes
potenciais
de
• construir
e
implementar
informação
quanto
suas
• revisar
o
processo
de
• seguir
leis,
regulamentos,
informação;
estratégias
de
pesquisa
fontes;
desenvolvimento
para
o
políxcas
insxtucionais
e
• considerar
a
relação
custo-‐ efexvamente
planejadas;
• sintexzar
as
principais
produto
ou
desempenho;
exquetas
relacionadas
ao
bene{cio
na
aquisição
da
• recuperar
informação
ideias
para
construir
novos
• comunicar
o
produto
ou
acesso
e
uso
dos
recursos
informação
necessária.
online
ou
pessoalmente
conceitos;
desempenho
informacionais;
uxlizando
uma
variedade
• comparar
novo
eficientemente
a
outros.
• reconhecer
o
uso
das
de
métodos;
conhecimento
com
fontes
de
informação
ao
• refinar
a
estratégia
de
conhecimento
anterior
comunicar
o
produto
ou
o
busca
se
necessário;
para
determinar
o
valor
desempenho.
• extrair,
registrar
e
adicionado;
gerenciar
a
informação
e
• determinar
se
o
novo
suas
fontes.
conhecimento
tem
um
impacto
sobre
o
sistema
de
valores
do
indivíduo;
• validar
a
informação
através
do
discurso
com
outros
indivíduos,
especialistas
e
profissionais.
Fonte:
Elaboração
própria
(2014).
Os
padrões
propostos
pela
ACRL
podem
ser
utilizados
não
apenas
para
avaliar
a
competência
informacional
de
estudantes,
mas
também
a
dos
professores
e
bibliotecários,
pois
assim
haverá
condições
de
identificar
se
eles
são
capacitados
a
trabalhar
essa
ferramenta.
A
prática
da
competência
informacional
Apesar
de
termos
apresentado
algumas
pesquisas
realizadas
no
contexto
educacional
para
elucidar
de
que
forma
a
competência
informacional
pode
ser
estudada,
é
necessário
também
indicar
algumas
fontes
de
informação
que
efetivamente
possam
auxiliar
no
desenvolvimento
da
competência
informacional
tanto
dos
estudantes
quanto
dos
professores
e
bibliotecários.
O
primeiro
exemplo
é
o
KhanAcademy,
portal
de
educação
que
tem
como
objetivo
fornecer
educação
de
qualidade
internacional
para
todos,
em
qualquer
lugar.
Segundo
o
site2:
“Todos
os
recursos
do
site
estão
disponíveis
para
todos.
Não
importa
se
você
é
aluno,
professor,
aluno
a
distância,
diretor,
adulto
voltando
à
sala
de
aula
após
20
anos
ou
um
leigo
interessado
que
procura
uma
mãozinha
em
biologia
básica.
Os
materiais
e
recursos
da
Khan
Academy
estão
disponíveis
para
você
inteiramente
de
graça.”
O
portal
está
disponível
em
vários
idiomas,
inclusive
em
português,
e
oferece
possibilidade
a
qualquer
pessoa
de
aprender
conteúdos
de
diversas
áreas
através
de
aulas,
ilustrações,
debates
e
tutoria
online.
É
uma
forma
de
os
professores
se
atualizarem
e
diversificarem
a
forma
como
abordam
os
conteúdos,
a
fim
de
oferecer
aos
estudantes
possibilidades
de
aprender
através
de
formatos
não
convencionais.
Figura
3
–
Tela
inicial
do
KhanAcademy.
2
Informações disponíveis em: https://pt.khanacademy.org/about.
Fonte:
https://pt.khanacademy.org/library.
Após
fazer
um
breve
cadastro
no
site,
você
seleciona
a
área
do
conhecimento
e,
em
seguida,
o
conteúdo
que
deseja
aprender.
Na
figura
abaixo,
é
possível
visualizar
que
a
área
escolhida
foi
matemática
e,
o
conteúdo,
introdução
ao
valor.
Neste
conteúdo,
há
um
vídeo
explicativo.
Figura
4
–
Seleção
do
conteúdo
que
se
quer
aprender
no
KhanAcademy.
Fonte:
https://pt.khanacademy.org/math/early-‐math/cc-‐early-‐math-‐place-‐value-‐topic/cc-‐early-‐math-‐
tens/v/place-‐value-‐introduction.
Figura
5
–
Página
inicial
do
Coursera.
Fonte:
https://www.coursera.org/
Mais
de
sete
milhões
de
pessoas
estão
cadastradas
no
site,
o
que
pode
ser
um
indicador
da
qualidade
dos
cursos
oferecidos,
que
são
mais
de
600.
É
uma
ótima
alternativa
para
aqueles
que
querem
estudar,
pois
os
cursos
são
a
distância.
O
que
chama
atenção
é
a
abordagem
utilizada
pela
plataforma,
que
está
bastante
relacionada
ao
conceito
de
competência
informacional.
Em
relação
às
fontes
de
informação
nacionais,
o
portal
Sala4
−
Sociedade
de
Linguística
Aplicada,
Cultura
Digital
e
Educação
−
é
uma
alternativa
para
quem
trabalha
com
educação.
O
site
tem
como
objetivo
ajudar
na
formação
dos
docentes
dentro
da
realidade
de
conhecimento
contemporâneo
sobre
Linguística
Aplicada,
Cultura
Digital
e
Educação.
É
sempre
atualizada
com
as
questões
contemporâneas
que
permeia
nossa
sociedade.
A
Figura
6
ilustra
a
página
inicial
do
portal.
Figura
6
–
Página
inicial
do
portal
Sala.
4
Informações extraídas da página: http://www.sala.org.br/index.php/sala/missao
.
Fonte:
http://www.sala.org.br/index.php.
O
programa
My
English
Online5
é
uma
iniciativa
do
MEC
−
Ministério
da
Educação
−
e
da
CAPES
–
Coordenação
de
Aperfeiçoamento
de
Pessoal
de
Nível
Superior.
É
um
curso
de
inglês
gratuito
voltado
para
alunos
de
graduação
e
pós-‐
graduação
que
atendam
a
alguns
requisitos:
estarem
matriculados
em
instituição
de
ensino
superior
pública,
em
curso
de
graduação;
ou
terem
obtido
pelo
menos
600
pontos
no
Exame
Nacional
do
Ensino
Médio
(ENEM)
para
estudantes
de
graduação
das
instituições
de
ensino
superior
privadas;
ou,
ainda
serem
alunos
de
pós-‐graduação
em
Programa
de
Pós-‐Graduação
recomendado
pela
CAPES.
O
curso
tem
como
propósito
capacitar
os
estudantes
no
domínio
da
língua
inglesa,
entendendo
que
este
é
fator
básico
para
desenvolver
pesquisas
científicas.
Figura
7
–
Página
inicial
do
site
My
English
Online.
5
Informações extraídas da página: http://www.myenglishonline.com.br/saiba-mais.
Fonte:
http://www.myenglishonline.com.br/.
As
fontes
indicadas
aqui
devem
ser
apenas
um
ponto
de
partida
para
se
entender
e
aplicar
a
competência
informacional
no
cotidiano
da
escola,
da
biblioteca
e
dos
estudantes.
Acreditamos
que
a
capacitação
dos
profissionais
é
o
primeiro
elemento
para
se
trabalhar
a
competência.
Ficam
algumas
perguntas
para
reflexão.
Como
professor
ou
bibliotecário,
possuo
competência
informacional?
Quais
habilidades
preciso
desenvolver?
Que
estratégias
devo
utilizar
para
estimular
o
pensamento
crítico
dos
estudantes?
Por
onde
começar
o
desenvolvimento
dessas
competências?
REFERÊNCIAS
CAMPELLO,
Bernadete.
O
movimento
da
competência
informacional:
uma
perspectiva
para
o
letramento
informacional.
Ciência
da
Informação,
Brasília,
v.
32,
n.
3,
p.
28-‐37,
set./dez.
2003.
CAMPELLO,
Bernadete
Santos.
Letramento
Informacional
no
Brasil:
práticas
educativas
de
bibliotecários
em
escolas
de
ensino
básico.
2009.
208f.
Tese
(Doutorado
em
Ciência
da
Informação)
−
Universidade
Federal
de
Minas
Gerais,
Belo
Horizonte.
CAREGNATO,
Sônia
Elisa.
O
desenvolvimento
de
habilidades
informacionais:
o
papel
das
bibliotecas
universitárias
no
contexto
da
informação
digital
em
rede.
Revista
de
Biblioteconomia
&
Comunicação,
Porto
Alegre,
v.8,
p.
47-‐55,
jan./dez.
2000.
CONEGLIAN,
André
Luís
O.;
SANTOS,
Camila
Araújo
dos;
CASARIN,
Helen
de
Castro
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Competência
em
informação
e
sua
avaliação.
In:
VALENTIM,
Marta
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Gestão,
mediação
e
uso
da
informação.
São
Paulo:
Cultura
Acadêmica,
2010.
Cap.12,
p.
256-‐
275.
DUDZIAK,
Elisabeth
Adriana.
A
information
literacy
e
o
papel
educacional
das
bibliotecas.
2001.
187
f.
Dissertação
(Mestrado
em
Ciência
da
Informação
e
Documentação)
−
Escola
de
Comunicação
e
Artes
da
Universidade
de
São
Paulo,
São
Paulo,
2001.
____.
Competência
informacional:
análise
evolucionária
das
tendências
da
pesquisa
e
produtividade
científica
em
âmbito
mundial.
Informação,
Londrina,
v.
15,
n.
2,
p.
1
-‐
22,
jul./dez.
2010.
_____.
Em
busca
da
pedagogia
da
emancipação
na
educação
para
a
competência
em
informação
sustentável.
Revista
Digital
de
Biblioteconomia
e
Ciência
da
Informação,
Campinas,
v.9,
n.1,
p.166-‐183,
jul./dez.
2011.
_____.
Os
faróis
da
sociedade
da
informação:
uma
análise
crítica
sobre
a
situação
da
competência
em
informação
no
Brasil.
Informação
&
Sociedade:
Estudos,
João
Pessoa,
v.18,
n.2,
p.
41-‐53,
maio/ago.
2008.
FARIAS,
Christianne
Martins;
VITORINO,
Elizete
Vieira.
Competência
informacional
e
dimensões
da
competência
do
bibliotecário
no
contexto
escolar.
Perspectivas
em
ciência
da
informação,
Belo
Horizonte,
v.
14,
n.
2,
2009.
FIALHO,
Janaina
Ferreira.
A
formação
do
pesquisador
juvenil:
um
estudo
sob
o
enfoque
da
competência
informacional.
2004.
131f.
Dissertação
(Mestrado
em
Ciência
da
Informação)
−
Universidade
Federal
de
Minas
Gerais,
Belo
Horizonte,
2004.
GASQUE,
Kelley
Cristine
Gonçalves
Dias.
Letramento
informacional:
pesquisa,
reflexão
e
aprendizagem.
Brasília:
Editora
FCI/UnB,
2012.
HATSCHBACH,
Maria
Helena
de
Lima;
OLINTO,
Gilda.
Competência
em
informação:
caminhos
percorridos
e
novas
trilhas.
Revista
Brasileira
de
Biblioteconomia
e
Documentação,
Nova
Série,
São
Paulo,
v.4,
n.1,
p.
20-‐34,
jan./jun.
2008.
LECARDELLI,
Jane;
PRADO,
Noêmia
Schoffen.
Competência
informacional
no
Brasil:
um
estudo
bibliográfico
no
período
de
2001
a
2005.
Revista
Brasileira
de
Biblioteconomia
e
Documentação:
Nova
Série,
São
Paulo,
v.2,
n.2,
p.21-‐46,
dez.
2006.
MIRANDA,
Silvânia.
Identificando
competências
informacionais.
Ciência
da
Informação,
Brasília,
v.
33,
n.
2,
p.
112-‐122,
maio/ago.
2004.
SANTOS,
Elisangela
Marina
dos
Santos;
DUARTE,
Elizabeth
Andrade;
PRATA,
Nilson
Vidal.
Cidadania
e
trabalho
na
sociedade
da
informação:
uma
abordagem
baseada
na