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Sumário
Introdução 4
Certificação 4
Inspeção sanitária 6
Certificações voluntárias 8
Auditoria 14
Conceitos e definições 15
Princípios 17
Objetivos 19
Tipos de auditoria 19
Planejamento da auditoria 21
Idioma da auditoria 22
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
Guias 27
Condução da auditoria 27
Constatações da auditoria 27
Conclusões da auditoria 28
Finalizando a auditoria 29
Práticas em auditoria 30
Entrevistas 30
Observações de atividades 30
Táticas do auditor 31
Táticas do auditado 31
Comunicação na auditoria 36
Referências 37
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
Certificação
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
A documentação exigida para exportação é: Obs.: a reinspeção poderá ser feita a pedido
do país importador. Por exemplo: Israel solicita a
a) Requerimento para Fiscalização de Produtos verificação de temperatura e a Rússia exige uma
Agropecuários; preenchido através de formulários reinspeção por um médico veterinário russo.
emitidos pelo próprio SIF.
• Vistoriar, verificando a integridade dos lacres,
b) Certificado Sanitário Internacional (emitido pelo placas dos caminhões e códigos dos contêineres,
SIF), seus anexos e declarações adicionais, identificando-os conforme documentação
quando exigidas pelo país importador; constante no processo.
Para embarcar o produto é preciso ainda: • Na lista especial, formada por países que
não pertencem à Comunidade Europeia, mas
• Verificar se os produtos que vêm em caminhões possuem um modelo específico de certificado
ou contêineres lacrados pelo SIF de origem internacional para exportação de produtos de
estão acompanhados do CSI (Certificado origem animal.
Sanitário Internacional), não havendo assim
necessidade de reinspeção. • Na lista da Comunidade Europeia.
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
Em 1950, com a publicação da lei 1.283, fica • Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de
instituída a obrigação da inspeção sanitária de Origem Vegetal – SISBI-POV
produtos de origem animal em todo o Brasil,
atribuindo a responsabilidade de execução aos • Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos
governos federal, estadual e municipal de acordo Agrícolas
com o comércio pretendido pela empresa.
• Sistema Brasileiro de Inspeção de Insumos
Contudo, somente em 1989 o Serviço de Inspeção Pecuários
foi descentralizado e ficou estabelecido o SIF (Serviço
Através do SISBI-POA teremos a padronização
de Inspeção Federal) para comercialização por todo
dos procedimentos de inspeção animal através das
o país, o SIE (Serviço de Inspeção Estadual) para
legislações estaduais ou municipais, que definirão
comercialização somente dentro do estado em que
os critérios de aprovação das plantas. Importante
a empresa se situa e o SIM (Serviço de Inspeção
salientar que o SUASA se preocupa com a qualidade
Municipal) para a comercialização somente dentro do
higiênica sanitária, com a inocuidade do produto final
município em que a empresa se situa. Em 1952, com
e com a presença da equipe técnica compatível com
o decreto 30.691 é normatizada a inspeção animal por
os serviços que serão executados.
meio de um regulamento, o Regulamento de Inspeção
Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal A classificação dos estabelecimentos de produtos
(RIISPOA), descrevendo minuciosamente normas de origem animal abrange:
regulamentadoras sobre o processo tecnológico e
higiênico sanitário das fabricações de carnes, aves,
pescados, ovos, leite, mel e cera de abelhas. 1. os de carnes e derivados (matadouros-frigoríficos;
matadouros de pequenos e médios animais;
Em 2008 foi iniciada a revisão do RIISPOA
charqueadas; fábricas de conservas; fábricas de
que permaneceu em consulta pública até 15 de
produtos suínos; fábricas de produtos gordurosos;
setembro de 2008. No entanto, apesar de várias
entrepostos de carnes e derivados; fábricas de
modificações já terem sofrido revisão, ainda não
produtos não comestíveis; matadouros de aves e
foi publicado o RIISPOA revisado, pois alguns itens
coelhos; entrepostos-frigoríficos);
ainda não chegaram a um consenso. Enquanto
aguarda a publicação do novo documento, as 2. os de leite e derivados (fazendas leiteiras;
inspeções sanitárias seguem critérios estabelecidos estábulos leiteiros; granjas leiteiras; postos de
na década de 1950. recebimento e refrigeração de leite, queijarias e
fábrica de laticínios);
No início de 2006, através do decreto federal 5.741
3. os de pescado e derivados (entrepostos de
o Brasil conheceu uma grande mudança no cenário
pescados e fábricas de conservas de pescado);
da inspeção animal: a criação do SUASA (Sistema
Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária), que 4. os de ovos e derivados (entrepostos de ovos e
orienta a integração desde a produção primária até fábricas de conservas de ovos);
o produto final. Com esse decreto, o município ou 5. os de mel e cera de abelhas e seus derivados
estado que aderir ao sistema podem comercializar (apiários e entrepostos de mel e cera de abelha);
seus produtos por todo o país.
6. as casas atacadistas ou exportadoras de produtos
O SUASA tem como alicerce quatro subsistemas de origem animal.
brasileiros de inspeção:
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
• Nem sempre os quesitos “custo baixo” ou “custo alto” são sinônimos de garantia de um bom trabalho
realizado.
• O Organismo de Certificação deve ser imparcial e não agir de forma discriminatória. Entretanto, cada
processo de solicitação de certificação deve ser analisado criticamente em relação às condições técnicas
necessárias para a sua realização, podendo haver negativas, em alguns casos justificados.
• São várias as normas certificáveis e muitas delas são utilizadas para alimentos, conforme demonstra a
figura abaixo:
Figura 4 – Sistemas de Gestão para o setor de Alimentos. Fonte: elaborado pelo professor.
No entanto, para o nosso conhecimento e por ser • Foco na gestão da segurança dos alimentos:
as normas certificáveis mais utilizadas no segmento
• Atendimento aos sete princípios do Codex
de alimentos, nos aprofundaremos em duas delas:
Alimentarius
A ISO 22000, aplicada no ramo industrial e a NBR
15635:2008, aplicada nos serviços de alimentação. • Pede cumprimento a requisitos regulamentares
relacionados à segurança dos alimentos
ISO 22000 – Sistemas de gestão da segurança • Alinhada com elementos das normas ISO
alimentar. Requisitos para qualquer organização 9000 e ISO 14000
que opere na cadeia alimentar.
• Os elos da cadeia produtiva de alimentos
• Aplicação em todos os elos da cadeia produtiva
compreendem:
de alimentos, incluindo insumos, equipamentos
e materiais de embalagens. • Produtores de alimentos para animais
• Produtores primários
• Norma “certificável” por Organismos de
Certificação (neste caso, de Sistemas – OCS). • Fabricantes de alimentos para consumo
humano
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
• A norma estabelece requisitos para o estabelecimento de um SGSA que combina elementos-chave para
garantir a segurança ao longo da cadeia até o consumo final:
• Comunicação interativa;
• Gestão de sistema;
• Programa de pré-requisitos;
• Princípios de análise de perigos e pontos críticos de controle (APPCC).
Figura 5 – Demonstração dos elos produtivos de toda a cadeia. Fonte: elaborado pelo professor.
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
• Gerenciamento com foco no conceito do PDCA, tal como na norma ISO 9001:2000, conforme demonstra
a figura abaixo:
Figura 6 – Melhoria contínua – ciclo PDCA de acordo com a ISO 9001:2000. Fonte: elaborado pelo professor.
Para melhor entender a figura acima, relembraremos o ciclo PDCA, ciclo utilizado com ferramenta da
qualidade auxiliando o processo de melhoria contínua. Consiste em seguir os passos de sua sequência que é
denominada com a inicial da palavra (no idioma: inglês) que define cada etapa do ciclo.
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
• Planeja, implementa, opera, mantém e atualiza o sistema de gestão da segurança dos alimentos, com
o objetivo de prover produtos que, de acordo com seu uso pretendido, sejam seguros ao consumidor
final;
• Comunica efetivamente assuntos de segurança dos alimentos aos seus fornecedores, consumidores e
outras partes interessadas;
• Assegura que a organização está em conformidade com a sua política de segurança dos alimentos;
• Procura certificação ou registro do seu sistema de gestão da segurança dos alimentos por organização
externa ou fazer autoavaliação ou autodeclaração de conformidade com a presente norma.
Figura 8 - programa de pré-requisitos x Requisitos da ISO 22000. Fonte: elaborado pelo professor.
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
Existem vários exemplos de normas que abordam Quando estudamos a área de qualidade e
a segurança de alimentos e que são de certificação segurança de alimentos, alguns termos são muito
voluntária, como por exemplo: utilizados: auditoria, validação, verificação, evidência,
não conformidades, documentação e registro. É
• NBR ISO 22000:2006; fundamental saber a definição de cada um deles.
• Produto Orgânico;
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
Note que todas as conformidades e não cabelos penteados etc.) e na vestimenta (deve-se
conformidades devem ser apresentadas de forma evitar o uso de salto alto em auditorias, especialmente
completa, objetiva e devem refletir a realidade da porque áreas molhadas são comuns em indústrias de
auditoria. É possível que durante a auditoria sejam alimentos, o que pode provocar algum acidente, e
encontrados alguns obstáculos e haja opiniões usar roupa discreta e adequada).
divergentes entre a equipe de auditoria e o auditado.
Por isso, todas as questões que não foram resolvidas Independência
entre as duas partes também devem ser relatadas.
A independência pode ser considerada a base para
Devido cuidado profissional a imparcialidade da auditoria e para a objetividade
das suas conclusões. Por isso, os auditores devem
O devido cuidado profissional está relacionado ser independentes da atividade a ser auditada e
com a aplicação de diligência e a capacidade de dos conflitos de interesse. Isso quer dizer que os
julgamento na auditoria. Por isso, é fundamental auditores não devem auditar seu próprio local de
que os auditores pratiquem todo cuidado trabalho, justamente, para garantir o princípio de
necessário, sempre levando em consideração a independência. Ainda para aplicar esse princípio, os
relevância da atividade que estão executando auditores devem manter um estado de mente aberta
e a confiança depositada neles pelo auditado e durante a auditoria para garantir que as constatações
pelo cliente da auditoria. Por essa razão é que se e conclusões de auditoria sejam baseadas somente
reforça que o auditor deve possuir a competência nas evidências objetivas (ABNT, 2002).
necessária para conduzir adequadamente uma
auditoria (ABNT, 2002). Abordagem baseada em evidência
Diligência está associada à busca tenaz das A abordagem baseada em evidência é a forma
informações pertinentes à auditoria. Isso quer dizer racional para obter as conclusões de auditoria
que, para um correto julgamento, é fundamental confiáveis e reproduzíveis em um processo sistemático
que os auditores conheçam as regras ou requisitos de auditoria. Ou seja, a auditoria deve ser baseada
do sistema de gestão de qualidade e segurança, nos registros, na apresentação de fatos ou outras
assim como os processos que serão auditados. informações pertinentes ao critério da auditoria
Nesse sentido, o auditor deve ter competência e verificáveis. Deve-se lembrar que a evidência de
sobre questões mais técnicas, mas também auditoria pode ser quantitativa ou qualitativa. É
habilidade para se comunicar bem, experiência, importante reforçar que as evidências de auditoria
educação e treinamento. são baseadas em uma amostragem das informações
disponíveis, já que uma auditoria tem um tempo de
A linguagem corporal e verbal deve ser adequada duração finito. Como não é possível verificar 100%
a cada situação. Por exemplo, ao entrevistar das informações, é fundamental utilizar técnicas de
colaboradores da área de produção, o uso de alguns amostragem adequadas, já que estão diretamente
termos e expressões (em inglês, por exemplo – e que relacionadas com a confiança das conclusões de
não fazem parte do vocabulário dessas pessoas) pode auditoria (ABNT, 2002).
gerar uma situação de desconforto e comprometer
o resultado da entrevista. Por isso, é importante Para exemplificar a importância desse princípio,
utilizar sempre a linguagem mais adequada para os veja a seguinte situação hipotética: imagine uma
diferentes tipos de público. indústria de alimentos que possui mais de três mil
colaboradores, distribuídos nas áreas administrativa e
A apresentação pessoal deve sempre ser de produção. O auditor deseja avaliar se a política de
condizente com o papel do auditor. Por isso, atenção segurança de alimentos é devidamente comunicada
especial à aparência (por exemplo, barba aparada, para todos os colaboradores da organização. Para isso,
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
o auditor entrevista apenas quatro colaboradores. O processo de auditoria também permite que a
Essa discrepância pode ser enorme e absurda, organização atinja, além dos objetivos acima, outros
mas é útil para que fique evidente que a resposta resultados como:
desses quatro colaboradores pode não representar
a realidade da organização. Isso vale para os dois • Avaliação de tecnologias de processo utilizadas
sentidos: se os quatro responderem correta ou
• Identificação da necessidade de treinamento
incorretamente. Por isso, a amostragem é essencial
de pessoal
para a abordagem baseada em evidência.
• Determinação da eficácia das ações de garantia
da qualidade
Objetivos • Verificação da qualidade de produtos e serviços
O sistema de gestão de segurança de alimentos
a ser auditado deve ser baseado em uma norma
ou padrão existente. Você verificou que há alguns
Tipos de auditoria
padrões obrigatórios (as legislações, por exemplo) Podemos ter vários tipos de auditoria. Para melhor
e outros de adoção voluntária (como é o caso da compreender a metodologia utilizada por auditores
ISO 22000, do Protocolo Globalgap, da Certificação de sistemas de qualidade e segurança de alimentos,
Orgânica, entre outros). é importante que você conheça as classificações das
auditorias: quanto ao tipo, quanto à finalidade e
A auditoria de um Sistema de Gestão de Qualidade
quanto à empresa que realiza.
e Segurança de Alimentos (SGQSA) tem um ou mais
dos seguintes objetivos: a) Quanto ao tipo:
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
está adequada aos padrões estabelecidos como Uma auditoria de processo foca, por exemplo, em
base para esse sistema, por exemplo, de acordo uma atividade executada na empresa (um processo)
com a NBR ISO 22000:2006 ou com os requisitos como a aquisição de matérias-primas ou uma linha de
legais aplicáveis ao produto ou processo. Em outras produção específica. Já a auditoria de sistemas avalia
palavras, a auditoria de adequação é destinada a como a aquisição de matérias-primas se relaciona
verificar se os documentos do sistema de gestão com os demais processos para compor o sistema de
estão em conformidade com a norma apropriada. gestão de segurança de alimentos.
É a auditoria realizada para verificar se os requisitos A auditoria interna, também conhecida como
estabelecidos no SGQSA estão sendo colocados em auditoria de primeira parte, é aquela auditoria
prática na rotina diária da empresa. Pode-se dizer realizada por iniciativa e responsabilidade da própria
também que a auditoria de conformidade é destinada organização ou em seu nome. Este tipo de auditoria
a verificar se as atividades operacionais reais estão é realizado para avaliar o grau de conformidade
em conformidade com os documentos do SGQSA. das atividades de uma organização ao seu SGQSA
predefinido, assim como a sua eficácia (MILLS, 1994).
Neste tipo de auditoria, o auditor deve buscar as
informações para os questionamentos seguintes. Na prática, significa verificar se as políticas e os
procedimentos previamente estabelecidos estão
Auditoria de sistema funcionando na rotina diária da organização. A
realização deste tipo de auditoria pode ser resultado
O objetivo deste tipo de auditoria é verificar se
de (MILLS, 1994):
os requisitos do sistema de gestão de segurança de
alimentos estão sendo aplicados na prática, ou seja, • um interesse da direção da empresa de
constatar se os requisitos fazem parte do dia a dia manter ou melhorar a eficiência das operações
da empresa. Tem a característica de uma auditoria e processos, assim como a imagem da
abrangente, que normalmente engloba também os organização no mercado;
aspectos de documentação, avaliação de processo,
produto etc. • uma exigência de um contrato potencial;
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
A auditoria de primeira parte ou interna pode ser uma auditoria é realizada por um organismo
realizada por um profissional externo à organização, de certificação, temos uma auditoria de
contratado por ela para fazer a avaliação. Acompanhe, terceira parte.
agora, o que este tipo de auditoria pode incluir:
• A autoridade sanitária competente, ou seja,
os órgãos de inspeção também podem realizar
• Auditoria do SGQSA para verificar a sua
auditorias nas empresas de alimentos. Nesse
implementação e eficácia.
caso, também são chamadas de auditorias
• Auditoria de projetos ou programas de trabalho externas de terceira parte. Quando o
para verificar a conformidade com os termos assunto é segurança dos alimentos, em que
de referência, contratos, planos APPCC etc. a saúde do consumidor está em questão, é
fundamental o papel da autoridade sanitária
• Auditoria dos processos e procedimentos competente na realização de auditorias
básicos para verificar a conformidade e externas para verificar se os produtos
adequação às descrições como, por exemplo, a elaborados encontram-se realmente sob
auditoria dos programas de pré-requisitos. controle. Essa ação governamental resulta
em vários benefícios, entre os quais,
• Auditoria dos documentos-chave, ou saídas
destacam-se:
de processo para verificar a adequação dos
processos utilizados.
• Auditorias de segunda parte são realizadas por Indicação do líder da equipe de auditoria
partes que têm interesse na organização ou
O primeiro passo do planejamento é a escolha do
por outras em seu nome. Quando um cliente
líder da equipe para uma determinada auditoria. Se
decide avaliar um dos seus fornecedores, trata-
a equipe de auditoria consistir de apenas um auditor,
se de uma auditoria de segunda parte.
este deve ser o auditor líder. No entanto, se houver
• Auditorias de terceira parte são realizadas dois ou mais, pelo menos um deve atuar com essa
por organizações externas independentes da função. Os responsáveis pelo programa de auditoria
organização auditada. Por exemplo, quando são os que escolhem o auditor líder.
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
Definição dos objetivos, escopo e critério • Competência global requerida da equipe para
alcançar os objetivos da auditoria
de auditoria
Da mesma forma, dependendo do escopo da
Esta etapa tem fundamental importância para
auditoria, que pode envolver diferentes tipos de
o sucesso da auditoria, pois é necessário que uma
processos, podem ser exigidos profissionais com
auditoria seja baseada em objetivos, escopo e critério.
diferentes competências e experiências.
Os objetivos definem o que é para ser executado e
normalmente são apontados pelo cliente da auditoria. • Necessidade de se assegurar a independência
Os objetivos podem incluir: da equipe de auditoria
a) Determinação da extensão da conformidade do Não é possível que uma pessoa que trabalhe
SGQSA, ou partes dele, com o critério de auditoria na área a ser auditada faça parte da equipe, pois
compromete a independência da avaliação.
b) Avaliação da capacidade do SGQSA em assegurar
a concordância
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
Todas essas questões são fundamentais para • verificado se o plano escrito define quem é o
o bom andamento da auditoria e essa é a hora de coordenador da equipe APPCC e indica a sua
deixar claro todos esses detalhes. posição no organograma da empresa;
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
A lista de verificação geral deve ser desenvolvida • Como você garante a potabilidade da água
na forma de perguntas que serão respondidas utilizada na empresa?
pelo auditor. Para isso, basta que o requisito seja
convertido em perguntas. Por exemplo, tomando • A empresa possui um procedimento
como critério de auditoria a NBR ISO 22000:2006, documentado de limpeza dos reservatórios de
requisito 7.2.3: água?
b) Leiaute das instalações, incluindo local de • Pode me mostrar os laudos das análises de
trabalho e facilidades para os empregados; potabilidade da água do último ano?
c) Suprimento de ar, água, energia e outras Além dessas informações citadas, o auditor pode
utilidades [...] (ABNT, 2006). fazer anotações na lista de verificação específica,
como o tamanho das amostras, documentos e
Esses requisitos da norma podem ser produtos que serão vistos em outro setor.
transformados em perguntas simples e diretas:
A lista de verificação específica é uma série de
a) A empresa considera a construção e o leiaute dos lembretes para o auditor, uma relação de atividades
edifícios e instalações associadas? a serem vistas: documentos, registros e resultados
a serem examinados para que se possa então
b) A empresa considera o leiaute das instalações e responder à lista genérica.
facilidades para os empregados?
O auditor precisa ter todas as informações para
c) A empresa considera o suprimento de ar, água, responder à lista genérica. Ele não pode responder
energia e outras utilidades? “não” a uma pergunta sem ter certeza e sem coletar
todas as informações e evidências necessárias. Na
Dessa forma as respostas para as perguntas da
falta de uma evidência de não conformidade, o
lista de verificação geral serão sempre “sim” ou “não”.
benefício da dúvida é do auditado, ou seja, se não
Cada resposta “não” obtida pelo auditor significa uma
conseguir evidenciar a não conformidade, o item
não conformidade encontrada.
deve ser considerado conforme.
A lista de verificação geral serve como guia para
Nos casos de auditoria de segunda e de terceira
auxiliar a memória durante a auditoria, mas por
parte, pode-se realizar uma visita antes da auditoria
outro lado, ela não é suficiente para coletar todas
propriamente dita. Essa visita é conhecida como pré-
as informações que o auditor precisa. Assim, deve
auditoria, e tem o objetivo de assegurar que as partes
ser elaborada uma lista mais detalhada, direcionada
(auditor, auditado e cliente da auditoria) entendam o
a áreas específicas da empresa, com questões mais
objetivo e o escopo da avaliação. A pré-auditoria é
completas. Essa é a lista de verificação específica.
muito útil quando se trata da primeira auditoria que
Para exemplificar, considerando o mesmo requisito, a empresa recebe, pois permite à equipe auditora
veremos uma parte desse tipo de lista: obter informações preliminares sobre a organização
auditada e permite que a organização auditada
Perguntas para o gerente industrial esteja mais preparada na auditoria propriamente
dita. Nessa pré-auditoria, normalmente a equipe
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
auditora solicita alguns dados da empresa como a ciente. Nesse momento também deve ficar nítido
natureza dos negócios, grupo de produtos, detalhes e definido como serão apresentados os resultados
da companhia, organização geral e um resumo do finais e quando será entregue o relatório.
SGSQA. Essas informações também são úteis para o
planejamento e a execução da auditoria, assim como O auditor líder também deve reforçar o caráter de
para a elaboração das listas de verificação. confidencialidade da auditoria. E, para finalizar, abrir
um espaço para perguntas, caso haja alguma dúvida
por parte do auditado.
Reunião inicial ou reunião de abertura Na reunião inicial é importante a obtenção de
A primeira etapa da auditoria propriamente dita informações detalhadas sobre os aspectos que
é a reunião inicial, também chamada de reunião possam ter interferência direta ou indireta na
de abertura. A equipe de auditoria e a equipe avaliação da efetiva operacionalização do SGQSA.
administrativa da empresa ou o representante desta Esses dados auxiliarão no somatório final de
devem participar da reunião de abertura; ainda informações, proporcionando aos auditores um
devem estar presente os integrantes da equipe e o indicativo da necessidade ou não de treinamento
responsável pelo SGQSA. ou reciclagem sobre assuntos específicos ligados à
implementação do sistema.
A reunião de abertura, coordenada pelo auditor
líder, tem alguns objetivos importantes: Por isso, todas as informações obtidas durante
a reunião inicial facilitarão em muito os trabalhos
• Apresentar a equipe de auditores para a equipe de auditoria e avaliação final da mesma após o
da empresa auditada e vice-versa, se for uma “cruzamento” com as demais informações obtidas
auditoria de segunda ou terceira parte durante as outras etapas da auditoria.
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
Cabe à equipe auditora levantar as informações As não conformidades encontradas podem ser
relacionadas aos objetivos, escopo e critérios da classificadas em maiores ou menores, ou classificadas
auditoria durante a mesma. Todas as evidências de 1 a 3, de acordo com critérios do organismo
devem ser registradas. Existem alguns métodos para certificador, mas normalmente o critério usado é
o levantamento dessas informações. Acompanhe classificar a não conformidade em maior ou menor.
alguns deles:
Uma não conformidade maior pode significar:
• Entrevistas
• uma não conformidade significativa em relação
• Observação de atividades ao requisito do SGQSA;
• Análise crítica de documentos (ex.: registros) • a evidência de uma situação observada durante
a auditoria que comprometa a segurança ou
qualidade do alimento;
É importante que o auditor explique para o • uma falha ou completa omissão de um requisito
auditado que as anotações realizadas tratam- de um SGQSA;
se das evidências da auditoria. Muitas vezes, os
colaboradores que estão sendo entrevistados ficam • um número significativo de não conformidades
tensos ao perceber que o auditor faz anotações, menores referente ao mesmo requisito do
pensando que há alguma não conformidade. sistema.
O auditor líder tem a responsabilidade de controlar Uma não conformidade menor refere-se a
o processo de auditoria o tempo todo e de garantir incidentes isolados de uma falha em cumprir
que os objetivos da auditoria sejam atingidos. um procedimento ou requisito do SGQSA na sua
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
totalidade, desde que essa falha não comprometa a As não conformidades devem ser apresentadas
segurança do alimento. Quando o assunto é segurança na reunião de encerramento e, dependendo do
de alimentos, é importante avaliar a consequência tipo de auditoria, devem-se definir os prazos para
que essa não conformidade pode representar para implementação das ações corretivas.
a garantia da segurança do produto ou processo
auditado. Em alguns casos, uma falha em cumprir Os resultados devem ser apresentados a todos de
um procedimento, que seria considerada uma não forma resumida pelo auditor líder e de forma detalhada
conformidade menor, pode ser uma não conformidade para os representantes das áreas envolvidas.
maior se colocar em dúvida a segurança do produto.
De modo geral, a reunião de encerramento deve
abordar os seguintes itens:
Conclusões da auditoria • Apresentações
Antes da reunião de encerramento, a equipe de
• Registros dos presentes
auditoria deve se reunir para preparar as conclusões.
Isso pode ser feito através de: • Propósito da reunião
• Consenso das conclusões da auditoria, Atenção: É importante que o auditor líder finalize
considerando a incerteza inerente ao processo o trabalho com o comprometimento da direção de
de auditoria que as ações corretivas serão implementadas.
Chegamos a última etapa da auditoria propriamente Atenção: Em muitas situações, por exemplo,
dita: a reunião de encerramento, também chamada em auditorias internas de pequenas organizações,
de reunião final. Esta reunião, presidida pelo líder da a reunião de encerramento pode consistir apenas
equipe de auditoria, tem o objetivo de encerrar os em comunicar as constatações e conclusões da
trabalhos e comunicar os resultados e a conclusão auditoria. No entanto, essa reunião é bastante
da auditoria à organização auditada, garantindo importante, pois confere a oportunidade de
que esta conheça e compreenda as constatações e comunicação entre auditor e auditado. Seria muito
implicações do que foi relatado e saiba o que deve “frio” se fosse emitido apenas o relatório.
ser feito na sequência. A reunião de encerramento
finaliza formalmente a auditoria.
Como preparar o relatório de auditoria?
Essa é a oportunidade para que o auditor líder
agradeça pela cooperação e pela estrutura de apoio Depois da reunião inicial, da condução da auditoria
fornecida para a realização da auditoria. É importante e da avaliação dos resultados, resta agora aprender
ressaltar também a confidencialidade das informações como preparar o relatório da auditoria, o documento
coletadas e o aspecto amostral da auditoria. oficial que trará o resultado da mesma?
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
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Ferramentas para Certificação e Credenciamento na Cadeia Produtiva de Alimentos
corretivas, preventivas ou de melhoria, se aplicável. O auditor deve ter muito cuidado na elaboração
Essas ações são realizadas pelo auditado dentro do das perguntas para que sejam precisas, objetivas e
prazo acordado e podem não ser consideradas como mais completas possíveis. As perguntas devem ser
parte da auditoria. abertas, sem indução e com tempo suficiente para a
resposta. Um exemplo é apresentado a seguir.
No caso de uma auditoria de certificação, a
implantação de uma ou mais ações corretivas pode Você pôde perceber que o auditor precisou
condicionar a concessão do certificado. Numa situação elaborar outra pergunta rapidamente para buscar
assim, o acompanhamento é feito pelo auditor no uma informação mais precisa, ou seja, foi preciso
prazo estabelecido para a resolução do problema. indagar sobre o tempo médio para mensurar a demora
do processo. O auditor saiu de uma informação
Aqui, você conclui o estudo das atividades que qualitativa para uma quantitativa.
fazem parte da auditoria: desde o seu planejamento
até a entrega do relatório final e as ações de
acompanhamento, quando necessário. Observações de atividades
Neste método, além das observações das atividades
Práticas em auditoria realizadas pelos colaboradores durante a sua rotina
de trabalho, o auditor também deve estar atento
ao ambiente, à estrutura física, aos equipamentos
Entrevistas e às condições de trabalho. Essas informações são
particularmente úteis para a análise das condições de
A entrevista é uma ferramenta muito útil para o
edifícios e instalações e leiaute do processo.
levantamento de informações, ela pode ser empregada
com os colaboradores, líderes de setor, gerentes etc.
No entanto, para obter os resultados esperados, a
Análise crítica de documentos
entrevista deve considerar a situação e a pessoa
entrevistada. Por isso, acompanhe as dicas a seguir: Conforme foi estudado anteriormente, a análise
crítica de documentos é parte da auditoria. Quais
• Entreviste pessoas de níveis e funções
seriam esses documentos? São eles a política de
apropriados e que executem atividades ou
qualidade e segurança de alimentos, os objetivos do
tarefas dentro do escopo da auditoria
sistema, os planos APPCC, o Manual de Boas Práticas,
• Realize a entrevista no horário normal de os procedimentos, as normas internas, as instruções
expediente e, se possível, no local de trabalho de trabalho, as licenças, as especificações técnicas e
do entrevistado os contratos.
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Agora, verifique como a não conformidade citada Para que o retrato seja fiel, o auditor tem que estar
anteriormente ficaria mais fácil de compreender e muito bem preparado, pois a auditoria é uma atividade
concisa: que exige muito conhecimento e estudo prévio sobre
o processo, além de depender dos atributos por
O que: instrução de trabalho IT 012, revisão parte do auditor. Para iniciar a apresentação desses
02/06. atributos é necessário diferenciar competência de
habilidade:
Onde: área de produção.
• Competência: é o conjunto de qualificações que
Por quê: revisão mais recente, de acordo com a
permite à pessoa uma performance superior
lista mestra LM 04, é 01/07.
em um trabalho ou situação (DUTRA, 2007).
Quem: supervisor de produção.
• Habilidade: está relacionada com o saber
Dessa forma, a não conformidade poderia ser fazer. Ou seja, “usar o conhecimento de forma
escrita da seguinte maneira: adequada” é o que chamamos de habilidade.
Dessa forma, a habilidade precisa ser
Na área de produção, foi observada a IT 012 demonstrada na prática (GRAMIGNA, 2002).
com revisão 02/06 sendo usada pelo supervisor de
produção. A lista mestra indica que a revisão 01/07 Diante dos conceitos pode-se entender que
da referida IT deveria ser utilizada. habilidade é o saber fazer e a competência é a
capacidade de usar as habilidades. Portanto, o auditor,
Temos aqui a não conformidade desencadeada por além de saber fazer a auditoria, deve ser capaz de
uma desatualização da instrução de trabalho: por falta fazer a auditoria e, para isso, precisa possuir certas
de treinamento, um colaborador realizou uma tarefa características.
de forma errônea. Não ocorreu um erro operacional,
mas uma falha no sistema da documentação. A característica de um profissional está
relacionada ao seu perfil. Neste incluem-se tanto as
Embora existam várias maneiras de se relatar características de natureza essencialmente técnicas
uma não conformidade, as informações devem ser como aquelas de natureza comportamental. Nesse
completas e permitam ao auditado pesquisar as contexto, é importante diferenciar as características
causas e buscar soluções. de um inspetor tradicional daquelas inerentes a um
auditor de um SGQSA.
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O auditor ainda precisa ser capaz de: • atuar de forma ética durante todo o tempo.
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A partir desse detalhamento, certamente pode- estar preparado para lidar com esses obstáculos.
se perceber que as características ou os atributos Estude quais são (SENAI, 2007):
pessoais e profissionais do auditor são imprescindíveis
para o sucesso das auditorias. Após apresentadas as • Preocupação – o auditor fica tão concentrado
competências, ou seja, os atributos pessoais, chegou em alguma coisa que o preocupa, que a
a vez de apresentar algumas áreas que os auditores mensagem ou as informações que o auditado
precisam ter conhecimento e habilidade, como: passa não “chegam” a ele.
O auditor se comunica o tempo todo, seja com • Inibição – o status pode funcionar como uma
os membros da equipe, com os colaboradores da barreira para a comunicação. A diferença de
empresa ou com os responsáveis pela auditoria. status pode causar, em algumas pessoas,
Por isso, a lista a seguir pode ser muito útil para o como o auditado, inibição, reação defensiva,
desenvolvimento das auditorias, pois apresenta dicas hostilidade, medo de falar “bobagens” etc.
para uma comunicação efetiva. Dessa forma, com o auditado inibido, o processo
de auditoria pode ficar comprometido. Por
Existem algumas barreiras que podem prejudicar isso, o auditor precisa estar atento para não
o sucesso da comunicação, por isso, o auditor deve inibir o auditado.
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