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REDE FUTURA DE ENSINO

PATSY JANIS BALSANELLI DA SILVA

CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE CONTEÚDOS NO

ENSINO MÉDIO

ITAJAÍ – SANTA CATARINA


2018
PATSY JANIS BALSANELLI DA SILVA

REDE FUTURA DE ENSINO

CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE CONTEÚDOS NO

ENSINO MÉDIO

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título especialista em
ENSINO DA MATEMÁTICA.

ITAJAÍ – SANTA CATARINA


2018
1. INTRODUÇÃO

Pode-se observar que não há grandes mudanças na educação desde a


década de 70 até os dias atuais. De acordo com Lopes (2012), o educador não
deve trabalhar apenas com aspectos teóricos, regras e normas e sim
contextualizar o conteúdo, realizando uma ligação entre a teoria e a prática
para o melhor entendimento do aluno. Ao longo desses anos, houveram
propostas de modificações do modelo de ensino em várias disciplinas, porém,
o quadro geral pouco se alterou.
O Conselho Nacional de Educação institui, em 1998, as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) e, no segundo semestre
de 1999, a Secretaria da Educação divulgou os Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM). Com a criação dessas diretrizes e
parâmetros, a educação começou a tomar um rumo diferente.
O ensino apresentado pelas DCNEM tem como fundamentos filosóficos
a estética da sensibilidade, a política de igualdade e a ética da identidade,
conceitos que não se harmonizam num ambiente que se limita a um
aprendizado de informações reduzido à memorização.
Os PCNEM pertencem a um conjunto de iniciativas do Ministério da
Educação em conjunto com educadores de todo o país que procuram a
inserção dos jovens na vida adulta. Estes parâmetros procuram difundir os
princípios da reforma curricular e guiar o professor na busca de novas
abordagens e metodologias.
Ao analisar a área de Matemática, observa-se que resulta necessário ter
uma visão ampla do Ensino Médio, na qual os conteúdos sejam parte essencial
da formação cidadã de sentido universal e não apenas de sentido
profissionalizante, propiciando conhecimento útil à vida e ao trabalho.
O presente artigo tem como objetivo evidenciar as insuficiências atuais
que o sistema educativo tem no momento de escolher os conteúdos para a
disciplina de matemática, as dificuldades dos educandos e educadores, e como
esses inconvenientes se vem refletidos nos jovens do ensino médio. Na seção
final apresenta-se um esboço de conteúdo e enfoque proposto por autores
estudados, o qual foi criado a partir das DCNEM e dos PCNEM.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

A Matemática consiste numa disciplina que se utiliza em praticamente


todas as áreas: economia, informática, mecânica, análise financeira, entre
outras. Com a evolução das ciências e tecnologias na sociedade, faz-se
necessário o ensino de uma Matemática cada vez mais forte, o que leva aos
educadores a desenvolver a melhor forma de ensiná-la (SILVA E MARTINS,
2000).
Nesta disciplina é comum observar momentos de dificuldade, obstáculos
e erro nos educandos, o que lhes traz desmotivação. Aqui, o papel do
educador é fundamental pois é ele quem deve proporcionar um ambiente
motivacional, sem ansiedade e onde os alunos não tenham medo de errar.
Estes fatores junto aos métodos de ensino, hábitos mentais e preconceitos
criados por jovens e professores a respeito da Matemática acabaram
acrescentando dificuldade no estudo e ensino da mesma, tendo como
resultado um nível de conhecimento insuficiente nos alunos do ensino médio,
segundo dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) (2017).

2.1. A MATEMATICA AO LONGO DOS ANOS

A Matemática acompanha ao ser humano desde tempos remotos, sendo


desenvolvida pelo homem em função das necessidades de sobrevivência na
sociedade. Grandes matemáticos desenvolveram teorias ao longo dos tempos,
as quais serviram como ferramenta para estudos posteriores e para entender
também as outras ciências.
A matemática foi uma das primeiras descobertas do homem. Após esta
descoberta, tentou-se com sucesso, descobrir outras ramificações da sua
própria gênese.
Diante destes dados históricos, onde poderia ser localizado o início
da matemática? Preliminarmente, seria útil tentar definir o que é
matemática. Para poupar tempo ao leitor, é bom dizer que esta
questão tem inquietado os sábios há muito tempo e jamais se chegou
em uma resposta aceita por todos. Algumas pessoas preferem dizer,
com certa dose de ironia, mas com bastante razão: ‘Eu não sei definir
o que é Matemática, mas quando a vejo reconheço-a imediatamente’
(GARBI, 1997, p. 7)
A história mostra que as soluções dependem de experimentos, erros e
acertos, onde cada descobrimento contribui para o entendimento de
fenômenos e a expansão da sociedade.

2.2. A MATEMATICA NO ENSINO MEDIO

Segundo dados do Plano Estadual de Educação o Ensino Médio no País


e, consequentemente, em Santa Catarina se apresenta de forma diversificada,
compreendendo cursos como: médio (formação geral), médio integrado à
educação profissional e magistério, além de sua oferta na modalidade de
Educação de Jovens e Adultos.
O Ensino Médio constitui a etapa final da formação dos cidadãos, a qual
introduz o jovem no âmbito de trabalho, universidade, curso, etc. A matemática
ensinada na maioria das escolas recebe um enfoque comum: grande
quantidade de exercícios, fórmulas, demonstrações, deduções, onde a
preocupação é “como fazer” e não “para quê ou por quê fazer”. Estes métodos
de ensino afastam-se dos conceitos que as DCNEM e os PCNEM defendem.
Segundo Lellis e Imenes (2018) as novas diretrizes, na matemática,
visam que os educadores desenvolvam competências que mobilizem mais o
raciocínio que a memória, incentivando e cativando a atenção do educando. No
que diz respeito aos PCNEM, leva-se em conta o caráter formativo e
instrumental da disciplina e enfatiza-se a relação entre Matemática e
Tecnologia: a primeira como ferramenta para ingressar no universo tecnológico
este como fonte de transformações na educação. As DCNEM defendem que os
alunos percebam as aplicações da Matemática em variadas situações, o que
novamente afirma a ideia de um ensino contextualizado, onde os educandos
desenvolvam análise e julgamento de resolução de problemas, comunicação e
representação, produzindo confiança e satisfação nos mesmos.
As diretrizes e parâmetros mencionados não apresentam programas ou
lista de conteúdos sugerindo que os mesmos poderiam ser selecionados após
reflexão e debate, levando em consideração fatores sociais e cognitivos.
De acordo com Lellis e Imenes (2018), uma das causas responsáveis
das dificuldades descritas pode ser na necessidade dos exames vestibulares,
já que os professores se vêm na obrigação de treinar os alunos para atender
tais exigências. Contudo, os autores não fazem o vestibular o maior culpado
pelos males do ensino, pois os exames variam nas diferentes universidades e
não se encaixam num mesmo padrão de dificuldade.

3. MATERIAL E MÉTODOS

A pesquisa utilizada na realização do presente artigo é do tipo


bibliográfica. Ao analisar livros, artigos realizados e dados do Ministério de
Educação, optou-se por estudar as causas das falhas nos métodos de ensino,
identificar as dificuldades apresentadas pelos educandos e apresentar as
possíveis soluções ou melhoras no sistema recomendadas pelos autores
consultados.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. PROBLEMÁTICA
O site do Jornal Globo divulgou as estatísticas proporcionadas pelo
Ministério de Educação em 2017, as quais correspondem à de medição do
aprendizado dos alunos. Segundo o Saeb, sete de cada dez alunos do 3° ano
do ensino médio apresentam nível insuficiente em português e matemática,
sendo que apenas 4% desses estudantes têm conhecimento adequado nestas
disciplinas. Segundo o jornal, o MEC classificou os níveis de proficiência numa
escala de 0 a 9 onde: 0 a 3 são considerados insuficientes; entre 4 e 6 o
conhecimento dos alunos é básico; e a partir de 7 até 9 considera-se
adequado.
A Figura 1 mostra as porcentagens de alunos do 3° ano do ensino médio
avaliados e encaixados na escala mencionada.
Figura 1 – Médias de proficiência em Matemática
Alunos do 3° ano do ensino médio

Fonte: Inep/MEC

Ao avaliar a série histórica do Saeb observa-se queda em relação ao


registrado em 2009. A Figura 2 mostra a evolução das proficiências médias em
Matemática no Saeb.
Figura 2 - Evolução das proficiências médias em Matemática no Saeb.

Fonte: Inep/MEC
De acordo com o Saeb, do ponto de vista pedagógico, os números
obtidos traduzem que a maioria dos estudantes não é capaz de resolver
operações fundamentais com números naturais ou reconhecer o gráfico de
função a partir de valores fornecidos em um texto.
Os dados apresentados anteriormente corroboram a teoria descrita nas
duas primeiras seções do presente trabalho, mostrando a deficiência que o
sistema de ensino atual apresenta na disciplina estudada.

4.2. PROPOSTAS E ENFOQUES

Lellis e Imenes (2018) acreditam ser necessário buscar os objetivos


expressos no PCNEM, o qual apresenta bases legais e ideológicas. Os autores
sugerem um currículo prioritário para o ensino médio de Matemática,
respeitando, porém, as seguintes condições:
- o esboço curricular tem como objetivo melhorar e corrigir o ensino atual
evitando tanto quanto possível grandes mudanças e descontinuidades.
- as bases da nova proposta deveriam ser aceitáveis em geral, tanto
para escolas noturnas com três aulas semanais como para escolas matutinas
com sete aulas semanais.

Os autores supracitados, propõem duas formas de enfocar os conteúdos


trabalhados em sala de aula:

- Apresentar as funções como uma relação particular entre elementos de


dois conjuntos, que é ilustrada de maneira típica por diagramas com flechinhas.
Seguem-se definições de conceitos como domínio, contra-domínio, imagem e
exercícios pedindo que se encontre, digamos, a imagem, em funções
abstratas, que não estão ligadas a nenhuma aplicação. Depois, passa-se ao
estudo de funções específicas, começando pelas funções do 1° e do 2° grau.
Nesse tratamento, enfatizam-se problemas cujo contexto é exclusivamente
matemático, para os quais estabelecem-se procedimentos de resolução mais
ou menos algorítmicos.
- Estudar ideias como domínio, imagem e contra-domínio com
brevidade, somente em situações significativas, e partir para o estudo de
variações específicas envolvendo grandezas do mundo físico, econômico, etc.
As funções estudadas são as mesmas que ocorrem no primeiro enfoque, mas
a ênfase é posta no tipo de variação: linear, quadrática, exponencial, etc.

No primeiro enfoque, as funções são objeto de estudo; no segundo, elas


são ferramentas para estudar a realidade. Os autores acrescentam que o
segundo enfoque estaria mais de acordo com as propostas do PCNEM, sendo
mais significativo para os estudantes, tendo, portanto, maior potencial
educativo. 

Lellis e Imenes (2018) recomendam que, na Matemática Financeira, é


conveniente tratar de juros compostos e amortizações. Já em relação a
Probabilidade e Estatística, um objetivo seria dar ao estudante noções sobre o
limite de validade das informações estatísticas do cotidiano, envolvendo
eleições, remédios, hábitos alimentares, etc. Isso pressupõe alguma ênfase em
experimentos binomiais ou uma ideia de distribuição normal. Os autores
acrescentam que seria necessário incluir a análise combinatória, por ser a base
para a compreensão de setores dos outros dois tópicos.

Quando o foco é colocado na Matemática preparatória de formação


científica de ordem geral, o tópico Funções é sempre citado. Segundo os
autores mencionados acima, para que se atendam os objetivos dos PCNEM e
para que ele realmente contribua para a formação científica, é fundamental que
o estudo seja conduzido com o enfoque da "ferramenta”. Seriam abordadas as
variações lineares, quadráticas, exponenciais, logarítmicas, senoidais,
aparentemente quase tudo que se vê atualmente. No entanto, no enfoque
recomendado, não se propõe um exame aprofundado de equações,
identidades e inequações exponenciais, logarítmicas, trigonométricas. Assim,
ao menos no âmbito da seleção prioritária, existiria uma programação diferente
da atual.

Na Geometria, o enfoque proposto por Lellis e Imenes (2018) seria mais


ou menos experimental, voltado para o exame do espaço tridimensional. Nessa
linha, haveria menos deduções do que as contidas nos livros didáticos
tradicionais, mas demonstrações de alguns fatos menos intuitivos continuariam
necessárias. Parece razoável estudar geometria sintética plana e espacial,
incluindo algo sobre vetores e sobre transformações geométricas.

Os autores sugerem a adição de um tópico extra, de conteúdo algo


indefinido, que será chamado, provisoriamente, de Excursões Matemáticas.
Esse tópico trataria da natureza da Matemática, seus métodos de validação e
demonstrações e poderia ser desenvolvido ao longo do curso, entremeado a
outros conteúdos. Um propósito seria o de revisitar itens da Matemática do
ensino fundamental, esclarecendo-os, justificando-os matematicamente ou
explicando os motivos históricos que levaram à sua criação. Supõe-se que os
tópicos do ensino fundamental, justamente por serem mais ou menos
conhecidos, sejam campo privilegiado para o exercício de raciocínios abstratos,
em especial os dedutivos, característicos da Matemática. Outro propósito das
"Excursões" consistiria em abordar tópicos avançados, como discussões
envolvendo a natureza ou a utilidade da disciplina, o trabalho do matemático
puro ou aplicado ou a importância dos logaritmos para o setor financeiro, uma
pesquisa envolvendo fractais, a recente demonstração do último teorema de
Fermat, as ideias básicas do Cálculo Infinitesimal, entre outros. Todos os
temas avançados de Matemática só poderiam ser abordados como
"reportagem" ou pesquisa histórica o que não impede que despertem
curiosidade, favoreçam conjecturas e sirvam para construir uma verdadeira
cultura matemática, fundamentada em ideias.

Conteúdos como matrizes, determinantes, ou números complexos não


foram mencionados por Lellis e Imenes (2018) pela simples razão de não
serem prioritários.

5. CONCLUSÃO

O esboço de conteúdos e enfoques proposto pelos autores estudados


reúne tópicos tradicionais e novos, enfoques diferentes dos habituais,
favorecendo o tratamento contextualizado e interdisciplinar. Evidencia-se o
caráter instrumental da Matemática.
Competências ligadas à representação, expressão e comunicação
provavelmente seriam exploradas. O raciocínio dedutivo comparece
explicitamente. Dessa maneira mais um aspecto formativo da Matemática está
presente. A partir do raciocínio dedutivo, seria razoável exercitar sua expressão
com rigor crescente, o que tem valor formativo geral, pois melhora habilidades
relativas à língua e à comunicação.

Aceitando-se as recomendações relativas a métodos pedagógicos


constantes das DCNEM e dos PCNEM, são reforçadas essas possibilidades
formativas da Matemática, desenvolvendo-se a capacidade de resolver
problemas, com todos os raciocínios que ela envolve, bem como a autonomia
do educando.

A inclusão de temas sobre Matemática, dá oportunidade para que o


educando perceba a Matemática como uma ciência com métodos próprios e
em evolução.

Por outro lado, percebe-se que a sugestão curricular envolve certas


dificuldades já que por ser ela ainda um esboço, não aponta as possíveis
organizações dos conteúdos em termos de ordens e articulações. Isto é
essencial, porque, como os PCNEM explicam, costuma-se tradicionalmente
estabelecer uma ordem tão artificial quanto arbitrária, em que pré-requisitos
fechados proíbem o aprendizado de aspectos modernos antes de se completar
o aprendizado clássico e em que os aspectos "aplicados" ou tecnológicos só
teriam lugar após a ciência "pura" ter sido extensivamente dominada."

Outra dificuldade surge porque raramente os professores dispõem de


tempo e condições materiais para estudarem e discutirem modificações
curriculares como as recomendadas, o que é um obstáculo para aplicação das
ideias deste texto em sala de aula. Além disso, os cursos de licenciatura ainda
dão pouca atenção aos vários aspectos culturais da Matemática citados neste
artigo e que influem decisivamente em diversos objetivos dos PCNEM. Devido
a essas limitações, os professores têm dificuldades em tomar decisões
relativas a programação e conteúdo, em transformar sua prática, em assumir
uma autonomia necessária dentro de uma proposta.
Mesmo assim, resta desejar que as ideias apresentadas mereçam a
atenção de professores e educadores matemáticos, para que seja possível
discuti-las e, conforme o caso, aprimorá-las ou substituí-las por outras mais
valiosas.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais. Brasília: MEC,1998.

FAJARDO, Vanessa; FOREQUE, Flávia. 7 de cada 10 alunos do ensino


médio têm nível insuficiente em português e matemática, diz MEC. 2018.
Reportagem. G1 e TV Globo. Disponível em: <
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2018/08/30/7-de-cada-10-alunos-do-
ensino-medio-tem-nivel-insuficiente-em-portugues-e-matematica-diz-mec.ghtml
>. Acesso em: 27 out. 2018

GARBI, Gilberto Geraldo. O Romance das equações Algébricas. São Paulo:


Makron Books, 1997.

INEP - Instituto Nacional de Estudos e pesquisas. Sistema de Avaliação da


Educação Básica (SAEB). Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/educacao-
basica/saeb>. Acesso em: 28 out. 2018.

LOPES, Maria Inácia. Como selecionar conteúdos de ensino. 2012. 14f.


Artigo. Revista De Magistro de Filosofia - Faculdade Católica de Anápolis.
Anápolis, 2012.

SANTA CATARINA (Estado). Secretaria da Educação. Plano Estadual de


Educação. Florianópolis, 2015.

LELLIS, Marcelo; IMENES, Luiz M. A Matemática e o novo ensino médio.


2018. Artigo - Virtuous Tecnología da Informação. Disponível em: <
https://www.somatematica.com.br/artigos/a4/>. Acesso em: 30 out. 2018.

MARTINS, Susana; SILVA, Anabela. Falar de Matemática hoje é. 2000.


Artigo. Revista Millenium Online. Disponível em:
<http://www.ipv.pt/millenium/Millenium_20.htm>. Acesso em: 28 out. 2018,

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