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Secretaria da Educação

Currículo
em Ação
ENSINO FUNDAMENTAL II
ANOS FINAIS
CADERNO DO PROFESSOR

VOLUME

3
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Governo do Estado de São Paulo Planos de Aula de Inglês da Nova Escola
Governador: João Doria Consultora: Sandra Durazzo
Vice-Governador: Rodrigo Garcia Especialista: Celina Fernandes Gonçalves
Mentores: Ana Cecília de Medeiros Maciel, Débora Izé Balsemão Oss,
Secretário da Educação: Rossieli Soares da Silva
Isabel Callejas, Newton Freire Murce Filho, Tatiana Martin
Secretário Executivo: Haroldo Rocha Time de Autores: Amanda Maria Bicudo de Souza, Camila Silva
Chefe de Gabinete: Renilda Peres de Lima Viana, Débora Izé Balsemão Oss, Edson José Cortiano, Fernanda
Coordenador da Coordenadoria Pedagógica: Caetano Siqueira Carla Correia Franco da Encarnação, Gleima Albernaz Vanin Suzart,
Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação: Isabela Silveira Sued, Janaina Maria Lopes Ferreira, Josy Crippa
Nourival Pantano Junior Carmo, Juliana Pacheco Oliveira Neves, Manuella Lisboa Gomes da
Silva, Mariana Guedes Bartolo, Michelle de Sousa Bahury, Nathalia
Associação Nova Escola Gasparini, Patricia Vergara Emmerich Vasques, Rafaela Xavier de
Diretora Executiva: Raquel Gehling Araújo, Raisa Ketzer Porto, Renan da Silva Portolan, Renata Luz de
Gerente Pedagógica: Ana Ligia Scachetti Lima Lourenço, Roberta Ventura Calabre, Valdelena Maria Nojosa
Gerente de Projetos: Rodrigo Petrola Nobre, Virginia de Sousa Bonfim
Coordenadora pedagógica: Tatiana Martin
Coordenadora de Relacionamentos: Luciana Chalita Campos Coordenação editorial: Viviane Kirmeliene
Edição de texto: Adriana Saporito, Carla Mauricio, Daniele Salles,
Professores-autores de São Paulo: Juliana Batista, Karen Felipe Caetano, Mirian Navarro, Paulo Machado, Roberta Moratto
Andreoletti, Patricia Moura, Vinicius Ortigosa Risther, Silene Cardoso, Tatiana Santana, Oficina Editorial
Professores-autores Currículo em Ação – Cross-curricular Assistentes editoriais: Fernanda Valezini, Isabela Carvalho
learning: Catarina Cruz - DE Leste 2, Cintia de Almeida - DE Preparação de texto: Aiko Mine, Maria Estela Alcântara, Roberta
Pindamonhangaba, Gilmara Cavalcante - DE Mauá, Jucimeire Bispo Moratto Risther, Sheila Saad
- SEDUC-SP COPED-LEM, Liana Maura Barreto - SEDUC-SP COPED-LEM, Revisão: Marcia Leme, Mayenne Tannús, Olivia Zambone, Patrícia
Luiz Afonso Baddini - DE Santos, Marisa Porto - DE Carapicuíba, Cordeiro, Thais Giammarco, Oficina Editorial
Nelise Abib - DE Centro-Oeste, Pamella Santos - SEDUC-SP COPED-
LEM, Renata Orosco - DE Presidente Prudente, Rosane de Carvalho Coordenação de design: Leandro Faustino
- DE Adamantina, Thiago Ono - SEDUC-SP COPED-LEM, Viviane Projeto gráfico: Gabriela D'Avilla, Duda Oliva e Leandro Faustino
Barcellos - DE São José dos Campos Editoração: Gabriela D'àvila ,Hettore Santiago e Sandro Silva
Professores-autores nacionais: Débora Izé Balsemão Oss, Juliana Pesquisa iconográfica: Barra Editorial
Pacheco Oliveira Neves, Mariana Guedes Bartolo, Nathalia Gasparini,
Renata Luz de Lima Lourenço, Roberta Ventura Calabre, Valdelena
Apesar dos melhores esforços da equipe, é inevitável que surjam
Maria Nojosa Nobre, Virginia de Sousa Bonfim erros no texto. Assim, são bem-vindas as comunicações de
Consultoria: Bruno Andrade, Janaina Borges Martini, Priscila Bordon, usuários sobre correções ou sugestões referentes ao conteúdo
Sônia Melo Ruiz, Troika Consultoria Educacional, Veronica Peres Bochio que auxiliem o aprimoramento de edições futuras. Comentários
Leitores críticos: Jucimeire Bispo - SEDUC-SP COPED-LEM, Joana podem ser encaminhados à Associação Nova Escola pelo e-mail
Mendes novaescola@novaescola.org.br.

A Associação Nova Escola elaborou os conteúdos deste material com a finalidade de difundi-los ao
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Este material foi viabilizado pela parceria entre Associação Nova Escola e Secretaria de Educação do
Estado de São Paulo, como parte do programa Skills for Prosperity. Sua produção foi proporcionada pelo
Prosperity Fund, fundo de cooperação do Governo Britânico, no Brasil.

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Sumário

Proposta pedagógica  5
INTRODUÇÃO  5

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)  8

O QUADRO COMUM EUROPEU DE REFERÊNCIA PARA LÍNGUAS (CEFR)  9

Concepções de língua norteadoras de Xperience Nova Escola  11

1. GÊNEROS DISCURSIVOS E COMPETÊNCIA COMUNICATIVA  11

2. A LÍNGUA MATERNA NO APRENDIZADO DO INGLÊS   12

3. INGLÊS COMO LÍNGUA FRANCA (ELF)   12

Os quatro pilares da educação promovidos pela UNESCO  14

A abordagem metodológica e a estrutura de unidade de Xperience


Nova Escola   15

Gerenciando as aulas de inglês   18

Avaliação  20

Projetos   25

Guia de dicas e inspirações para um planejamento pedagógico


inclusivo - Ensino Fundamental - Anos Finais   27

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Sumário

Conheça o curso de inglês da Nova Escola para professores   29

Sugestões de aprofundamento   30

Referências bibliográficas   31

Audio Scripts  33

6o ano

UNIT 5 – I BELONG!  36

UNIT 6 – I EXPRESS MYSELF  56

7o ano

UNIT 5 – FOOD AND TRAVEL  76

UNIT 6 – MEMORIES AND STORIES  96

8o ano

UNIT 5 – THE WORLD LITERATURE 2  116

UNIT 6 – THE WORLD OF NEWS  136

9o ano

UNIT 5 – THE WORLD OF ADVERTISING  156

UNIT 6 – IT'S ALL IN THE NEWS!  176

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Proposta pedagógica

INTRODUÇÃO

E
nsinar inglês no século XXI trouxe no- Básica nacional, como o aumento da carga
vos desafios para o professor desse horária dos Ensinos Fundamental e Médio,
idioma. Hoje, a informação circula a proposição de novos componentes curri-
rapidamente no mundo globalizado, e o culares de caráter obrigatório e a instituição
inglês se consolidou como a língua franca1 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC)
contemporânea. Milhões de falantes de todo como documento normativo, válido em todo
o mundo se comunicam no idioma por meio o território nacional, que define direitos de
de escrita, leitura, fala e escuta nas diferen- aprendizagem na forma de conhecimentos,
tes atividades que realizam cotidianamente, competências e habilidades dos estudantes
apesar de o inglês não ser a língua materna da Educação Básica. Assim, mais uma vez nós,
(L1)2 deles. O desenvolvimento das tecnolo- professores, fomos desafiados a repensar a
gias digitais e o acesso à internet também prática docente e a conhecer e utilizar novas
contribuíram muito para a expansão do propostas de construção de conhecimentos
inglês, uma vez que o idioma é dominante com os estudantes, considerando o contexto
nas interfaces e manuais dessas ferramen- geral e local em que vivemos e entendendo o
tas para usuários em todo o mundo. Tudo estudante como protagonista e coautor – jun-
ganhou uma nova velocidade, pois o mundo to a nós, professores – no processo de ensino-
se conectou por meio de diferentes redes de -aprendizagem. Agora, é preciso desenvolver
informação e de socialização como nunca a autonomia dos estudantes, entender que
visto antes. O mundo mudou, e aprender temos o papel de facilitadores e mediadores
e ensinar inglês precisaram mudar com o das atividades propostas e que também pre-
mundo. Se antes nosso desafio como pro- cisamos descobrir novos saberes e práticas,
fessores de inglês era obter conteúdo para como maneiras mais atuais e relevantes de
as aulas e criar oportunidades significativas avaliar a aprendizagem, levando em conta
para a prática do idioma, agora o grande todo o processo, e não apenas o produto final
desafio é navegar por esse universo de in- da construção de conhecimento no dia a dia
formações disponíveis, selecionando e orga- da sala de aula.
nizando essas informações para dar aulas É importante esclarecer que alinhar os currícu-
que sejam relevantes para os estudantes, los escolares, o planejamento de cada compo-
que estão cada vez mais interessados em nente curricular e os materiais didáticos à BNCC
se comunicar em inglês e ser capazes de ainda é uma tarefa em andamento em muitas
interagir ativamente no mundo globalizado redes e escolas do país. Essa adequação exige
em que vivemos. conhecimento do documento e da realidade
Nesse contexto de novos desafios, em escolar específica, além de tempo. Visando a
2017, o governo brasileiro alterou a lei nº 9.394, auxiliar nesse processo, desde a homologação
de 20 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes da BNCC do Ensino Infantil e Fundamental, em
e Bases da Educação Nacional (LDB), promo- 2017, a Associação Nova Escola, com o apoio da
vendo mudanças significativas na Educação Fundação Lemann e do Google.org, foi pioneira
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1
Língua franca é uma língua que é usada como meio de comunicação comum entre falantes de línguas diversas, ou seja, uma língua de contato para
quem não compartilha uma primeira língua. Não está atrelada a nenhuma cultura ou território específicos. Trataremos com mais detalhes sobre o
inglês como língua franca neste Caderno do Professor.
2
Usamos os termos L1 e L2 para fazer referência às línguas materna e adicional, respectivamente.

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6 CADERNO DO PROFESSOR

na criação e na disponibilização de materiais Skills For Prosperity, que visa desenvolver


on-line e gratuitos para a sala de aula alinhados competências e habilidades nos jovens para
à Base. O projeto Planos de Aula Nova Escola ampliar oportunidades de empregabilidade,
contou com a participação de grandes nomes empreendedorismo, inovação e mobilida-
da Educação no Brasil e com uma equipe de de social, por meio do inglês. Os autores da
professores com experiência no ensino em es- adaptação dos Planos de Aula para unida-
colas públicas e privadas de todas as regiões des didáticas, assim como da regionalização
do país e tem sido um sucesso em diferentes de conteúdos para contemplar os referen-
contextos escolares. ciais curriculares dos estados parceiros, são
Currículo em Ação (Xperience Nova Esco- professores com vivência na sala de aula
la) para os 6º a 9º anos do Ensino Funda- do segmento. Os materiais para alunos e
mental nasceu dessa iniciativa histórica e professores foram desenvolvidos ao longo
apresenta unidades didáticas baseadas nos de 2020, com o apoio de editores e leitores
Planos de Aula Nova Escola para professo- críticos experientes, visando oferecer ma-
Conheça os
res e estudantes da rede pública. O mate- terial de qualidade e adequada aos desafios autores de
rial foi produzido no âmbito do programa da escola pública brasileira. Currículo em Ação
(Xperience Nova
Escola).

Currículo em Ação (Xperience Nova Escola) propõe caminhos a serem percorridos por meio
de atividades relevantes para cada ano escolar e faixa etária dos estudantes. No Caderno do
Aluno, os estudantes trabalham com textos orais e escritos autênticos de gêneros discursivos
diversos e produzem conteúdo também nesses gêneros. Fundamentamos nossa proposta
na BNCC (BRASIL, 2018), organizando os conteúdos com base nos eixos Oralidade, Leitura e
Escrita como centrais e os eixos Conhecimentos Linguísticos e Dimensão Intercultural como
transversais ao logo de toda a obra. Nosso objetivo é que os estudantes sejam capazes de
interagir e atuar em língua inglesa com protagonismo e competência nas mais diversas
situações cotidianas, bem como dos campos acadêmico e profissional.
O Caderno do Professor de Currículo em Ação (Xperience Nova Escola) se propõe a auxiliar
o professor em seu papel como mediador, orientando o trabalho com o Caderno do Aluno e
fornecendo ferramentas para que possa melhor planejar o ensino, avaliar a aprendizagem
dos estudantes como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem e promover
feedback constante aos estudantes sobre o desenvolvimento deles ao longo dos quatro
anos letivos. Nossa proposta pedagógica foi organizada em cinco referenciais e princípios
que norteiam e se concretizam nas unidades deste material: a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC); o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas (CEFR, do inglês
Common European Framework of Reference), a concepção de língua associada ao seu uso
como língua franca e à noção de gêneros discursivos, o conceito de translinguagem e os
quatro pilares da educação promovidos pela UNESCO3.

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3
Os quatro pilares são "aprender a conhecer", "aprender a fazer", "aprender a viver juntos "e "aprender a ser", e serão discutidos mais adiante.

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Além dos referenciais mencionados aci- de preparar melhor o estudante ao adquirir


ma, também orientamos as unidades como conhecimento básico sobre o tema a ser
espirais de aprendizagem, com a retomada tratado, para as atividades em sala de aula.
de conteúdos ao longo do ano letivo, esta- O momento em aula, tempo de instrução
belecendo conexões para a construção de com o professor em sala de aula, fica reser-
novos conhecimentos. Outras premissas vado para as atividades práticas colabora-
essenciais na construção do material foram: tivas síncronas e de aprofundamento por
• promover textos e imagens que valorizem a meio de esclarecimento e exploração de
riqueza e a diversidade do Brasil e do mundo, conceitos-chave, nas quais a presença do
com respeito e sem preconceitos ou visões professor e dos demais colegas da turma é
políticas ou estereotipadas da realidade; imprescindível para a construção coletiva
• respeitar os direitos humanos e os con- do conhecimento. E, então, no pós-aula, o
ceitos de sustentabilidade, promovendo a estudante continua seu aprendizado ao
cidadania; fazer atividades em casa de forma autôno-
• trabalhar com textos autênticos de gêneros ma, sejam essas atividades práticas ou de
discursivos diversos, relevantes para o con- produção, como a escrita de uma redação,
texto e faixa etária dos estudantes; a consolidação de estratégias de leitura,
• apresentar ferramentas para a promoção a aplicação e ampliação de repertório de
do letramento digital tanto do estudante vocabular ou estruturas gramaticais etc.
quanto do professor, sempre considerando Nesse sentido, outros conteúdos Nova
opções para contextos em que haja carência Escola disponíveis on-line podem ser de
de recursos; grande utilidade, pois podem ser aces-
• propor caminhos para que a avaliação sados remotamente de maneira gratuita,
processual seja concretizada no dia a dia da complementando as aulas invertidas com
sala de aula, como o uso de instrumentos atividades relevantes, criadas de professor
de autoavaliação visando criar capacidade para professor, como as encontradas nos
autorregulatória nos estudantes; Planos de Aula.

Currículo em Ação (Xperience Nova Es-


cola) também busca estar em consonância
com os novos tempos e desafios do ensino
remoto e híbrido, que ganhou força e maior
popularidade no Brasil com a pandemia de
covid-19. Assim, o material também pode
ser utilizado em uma abordagem da sala
de aula invertida, ou flipped learning, uma
metodologia ativa e centrada no estudan-
te. Nessa perspectiva, há uma inversão da
aula tradicional, na qual o professor apre-
senta novos conceitos, conteúdos e corre-
ções em sala e as atividades de prática e
resoluções de problemas são realizadas na
forma de tarefas para casa. Na sala de aula
invertida, algumas atividades, tais como
testes diagnósticos, leituras, apresentação
de conceitos e conteúdos novos por meio
Conheça os
de textos escritos, podcasts, vídeos etc., Planos de Aula da
são realizadas na pré-aula com o objetivo Nova Escola.

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8 CADERNO DO PROFESSOR

A BASE NACIONAL COMUM As competências específicas de Lingua- proposição de questões relativas a modelo
CURRICULAR (BNCC) gens para o Ensino Fundamental afirmam a ideal de falante, correção, precisão, inteligi-
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um importância das práticas de linguagens nos bilidade, proficiência, variedade linguística
dos fundamentos principais de Currículo em diferentes campos da atividade humana, e multiletramentos, como a própria BNCC
Ação (Xperience Nova Escola). A BNCC (BRA- como expressão de nossas subjetividades e aponta. (BRASIL, 2018). O inglês como língua
SIL, 2018) é o documento normativo brasilei- identidades, bem como significação de nossa franca é, então, entendido como uma língua
ro que substituiu os Parâmetros Curriculares realidade em suas diferentes formas (BRASIL, global, não pertencente a um território ou
Nacionais – PCNs (1998) e as Orientações Curri- 2018). Elas também descrevem a importância a uma cultura específicos e não limitado
culares para o Ensino Médio – OCEM (2006). Ela da utilização das diferentes linguagens na par- aos países hegemônicos que têm o idioma
apresenta aprendizagens essenciais a serem ticipação social e na construção colaborativa como língua oficial, como discutiremos de-
desenvolvidas ao longo da Educação Básica de uma sociedade mais “justa, democrática e talhadamente a seguir.
e está dividida em etapas – Ensino Infantil (EI); inclusiva”, uma vez que é por meio das lingua- Nesse contexto, as seguintes compe-
Ensino Fundamental (EF) e Ensino Médio (EM) – e gens que podemos defender nossos pontos tências específicas de Língua Inglesa são
áreas de conhecimento – Linguagens, Matemá- de vista e “partilhar informações, experiências, apresentadas:
tica, Ciência da Natureza, Ciências Humanas e ideias e sentimentos” (BRASIL, 2018, p. 65). As 1. Identificar o lugar de si e o do outro
Ensino Religioso. O documento foi homologado competências de Linguagens destacam, ainda, em um mundo plurilíngue e multicultural,
em 2017 para as etapas do Ensino Infantil e o desenvolvimento do senso estético, a partici- refletindo, criticamente, sobre como a
Ensino Fundamental e, em 2018, para a etapa pação das produções artístico-culturais locais aprendizagem da língua inglesa con-
do Ensino Médio. O documento procurou refletir e mundiais e a compreensão e a utilização de tribui para a inserção dos sujeitos no
o novo momento ao apresentar competências maneira crítica de tecnologias digitais de infor- mundo globalizado, inclusive no que
gerais e específicas e diversas habilidades a mação (BRASIL, 2018). concerne ao mundo do trabalho.
serem desenvolvidas ao longo da Educação 2. Comunicar-se na língua inglesa, por
Leia as competências
Básica, em seus diferentes componentes cur- específicas de Linguagens meio do uso variado de linguagens em
riculares e anos de escolaridade para o Ensino Fundamental mídias impressas ou digitais, reconhe-
A Etapa do Ensino Fundamental se divide na página 65 da BNCC. cendo-a como ferramenta de acesso
em “Anos Iniciais” (1º ao 5º ano) e “Anos Finais” ao conhecimento, de ampliação das
(6º ao 9º ano), e cada área de conhecimento Nesse contexto, Língua Inglesa é apresenta- perspectivas e de possibilidades para a
se subdivide em componentes curriculares. da como um componente curricular obrigatório compreensão dos valores e interesses
A BNCC foca no desenvolvimento de com- a partir dos Anos Finais do Ensino Fundamental, de outras culturas e para o exercício do
petências que indicam o que os estudantes como forma de propiciar “a criação de novas protagonismo social.
“devem saber” e “devem saber fazer” tanto formas de engajamento e participação dos es- 3. Identificar similaridades e diferenças
no que se refere à sua etapa de escolarida- tudantes em um mundo social cada vez mais entre a língua inglesa e a língua mater-
de quanto às competências específicas de globalizado e plural”. (BRASIL, 2018, p. 241). A na/outras línguas, articulando-as a as-
cada componente curricular de cada etapa BNCC enfatiza o caráter formativo da língua pectos sociais, culturais e identitários,
da Educação Básica, de maneira que sejam inglesa e o foco da função social e política do em uma relação intrínseca entre língua,
capazes de ser protagonistas de sua própria idioma ao tratá-lo em seu status de língua fran- cultura e identidade.
aprendizagem. A BNCC do Ensino Fundamental ca. Essa mudança de concepção do inglês – não 4. Elaborar repertórios linguístico--dis-
– Anos Finais apresenta áreas do conhecimen- mais como uma “língua estrangeira moderna”, cursivos da língua inglesa, usados em
to, com suas respectivas competências gerais, conforme outros documentos norteadores e diferentes países e por grupos sociais
componentes curriculares e suas respectivas normativos oficiais (como os PCNS, as OCEM e distintos dentro de um mesmo país, de
competências específicas. A Língua Inglesa, a própria LDB de 1996) haviam tratado o idioma modo a reconhecer a diversidade lin-
então, pertence à área de Linguagens e suas até então – trouxe implicações inovadoras para guística como direito e valorizar os usos
Tecnologias, juntamente com os componentes a sala de aula, como a problematização das heterogêneos, híbridos e multimodais
curriculares Língua Portuguesa, Arte e Educa- culturas hegemônicas que costumeiramente emergentes nas sociedades contempo-
ção Física, pois compartilham práticas sociais eram apresentadas (por exemplo, nos textos, râneas.
por meio de diferentes linguagens, sejam elas nas atividades de compreensão auditiva e
visuais, sonoras, verbais, corporais e digitais. em outros elementos do material didático) e a

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5. Utilizar novas tecnologias, com novas lin-


guagens e modos de interação, para pesqui- EF06LI03
sar, selecionar, compartilhar, posicionar-se e
produzir sentidos em práticas de letramento
na língua inglesa, de forma ética, crítica e O primeiro par de letras (EF) O último par de números
indica a etapa de Ensino (03) indica a numeração
responsável.
Fundamental. sequencial da habilidade.
6. Conhecer diferentes patrimônios cultu-
rais, materiais e imateriais, difundidos na O primeiro par de números (06) O segundo par de letras
língua inglesa, com vistas ao exercício da indica o ano de escolaridade, (LI) indica o componente
fruição e da ampliação de perspectivas no ou seja, o 60 ano. curricular Língua Inglesa.
contato com diferentes manifestações ar-
tístico-culturais (BRASIL, 2018, p. 246). Na BNCC, há uma progressão clara das aprendizagens de Língua Inglesa ao longo
dos anos finais do Ensino Fundamental, manifesta na apresentação de objetos de
Uma orientação também inovadora aprendizagem mais complexos e habilidades mais elaboradas a serem trabalhadas
da BNCC para os anos finais do Ensino em sala de aula, bem como nos contextos nos quais esses conteúdos se apresentam,
Fundamental, no componente curricu- partindo de contextos mais familiares a contextos mais amplos, que fundamentam as
lar Língua Inglesa, foi a organização das unidades que compõem o material.
competências e das habilidades especí-
ficas nos eixos oralidade, leitura, escrita,
conhecimentos linguísticos e dimensão O QUADRO COMUM cluiu os níveis Pré-A1 e A1+ nas categorias
intercultural, apresentados em anos de EUROPEU DE REFERÊNCIA de utilizadores elementares, buscando aten-
escolaridade específicos. Diferentes uni- PARA LÍNGUAS (CEFR) der aos utilizadores que não alcançaram
dades temáticas são, então, apresentadas O Quadro Comum Europeu de Referência o mínimo exigido em cada nível em todos
em seus respectivos anos de escolarida- para Idiomas (CEFR, do inglês Common Eu- os aspectos descritos, mas demonstraram
de que compreendem este segmento da ropean Framework of Reference) é, desde atingir alguns deles.
Educação Básica. São nessas unidades 2001, o parâmetro internacional utilizado Os níveis de proficiência definidos pelo CEFR
que as competências específicas do inglês em vários contextos para descrever as ha- são muito úteis para acompanhar o progresso
são trabalhadas e os objetos de conheci- bilidades de um aprendiz em um idioma. O dos estudantes – em nosso caso específico,
mento – ou seja, os conteúdos, conceitos CEFR é resultado de um trabalho iniciado em estudantes da Língua Inglesa – ao longo de sua
e processos a serem ensinados em sala de 1991, em uma iniciativa dos países membros trajetória de estudo. Eles também norteiam a
aula – são elencados e suas habilidades da União Europeia, por meio do Conselho da elaboração de currículos e programas de cur-
correspondentes são detalhadas. Cada Europa, em conjunto com representantes sos de idiomas e exames de proficiência, além
habilidade descreve uma prática cogniti- do Canadá e dos Estados Unidos. O Quadro de atividades em sala de aula.
va e socioemocional que deve ser desen- (CONSELHO DA EUROPA, 2001) estabelece di- Em Currículo em Ação (Xperience Nova
volvida com os estudantes e é codificada versos níveis de proficiência nos diferentes Escola), todas as unidades foram planejadas
por números e letras que correspondem idiomas contemplados na União Europeia: para utilizadores elementares, níveis Pré-A1
a etapa da Educação Básica (EF para Ensi- A – Utilizador elementar, B – Utilizador in- ao A2. Assim, o estudante, que terá o primei-
no Fundamental) à qual se refere, ao ano dependente e C – Utilizador proficiente. As ro contato com o inglês num contexto de
de escolaridade (06 a 09, indicando do 6º três categorias de utilizadores são, ainda, ensino formal no 6o ano, progressivamente
ao 9º ano), ao componente curricular (LI subdivididas em dois níveis cada, variando desenvolverá competências e habilidades
para Língua Inglesa) e a numeração se- de A1 até C2, com descritivos gerais e espe- ao longo dos estudos, visando a alcançar um
quencial da referida habilidade, para fins cíficos relacionados à compreensão oral, à nível de utilizador elementar A2, capaz de se
de organização e fácil identificação, sem leitura, à produção oral e à escrita. Em 2018, comunicar em situações correntes na Língua
representar, no entanto, uma hierarquia o Conselho da Europa reformulou alguns Inglesa, quando completar o 9o ano do Ensino
ou ordem específica a ser seguida. descritores e, entre outras mudanças, in- Fundamental. A seguir temos os descritivos

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10 CADERNO DO PROFESSOR

gerais desses utilizadores, que descrevem Depende de um repertório de palavras e expressões formu-
comportamentos típicos ou possíveis dos ladas e ainda não consegue gerá-las espontaneamente. É
capaz de reconhecer e entender perguntas e afirmações
estudantes em cada nível elementar:
muito simples, palavras familiares, números, preços, datas e
dias da semana em contextos familiares. É capaz de entender
A Etapa do Ensino Fundamental se divi- Iniciante Pré-A1 instruções simples se realizadas pessoalmente, acompanha-
de em “Anos Iniciais” (1o ao 5o ano) e “Anos das de visuais, gestuais e repetidas, quando necessário. É
Finais” (6o ao 9o ano), e cada área de conhe- capaz de reconhecer palavras familiares acompanhadas de
figuras e outros textos e anotações simples, como mensagens
cimento se subdivide em componentes cur-
de textos de colegas e familiares, cartas ou e-mails, convites,
riculares. A BNCC foca no desenvolvimento placas de trânsito, preços e avisos.
de competências que indicam o que os es-
tudantes “devem saber” e “devem saber É capaz de compreender e utilizar expressões familiares e
correntes, assim como enunciados simples que visam a sa-
fazer” tanto no que se refere a sua etapa
tisfazer necessidades imediatas. É capaz de apresentar-se ou
de escolaridade quanto a competências es- apresentar alguém e colocar questões ao seu interlocutor sobre
pecíficas de cada componente curricular de Utilizador
A1 assuntos como, por exemplo, o local onde vive, as suas rela-
elementar ções, o que lhe pertence etc. É capaz de responder ao mesmo
cada etapa da Educação Básica, de maneira
que sejam capazes de ser protagonistas de tipo de questões. É capaz de se comunicar de forma simples
desde que o seu interlocutor fale clara e pausadamente e se
sua própria aprendizagem. A BNCC do Ensino
mostre colaborante.
Fundamental – Anos Finais apresenta áreas
do conhecimento, com suas respectivas É capaz de compreender frases isoladas e expressões de uso
frequente relacionadas a assuntos de prioridade imediata (por
competências gerais, componentes curri-
exemplo, informações pessoais e familiares simples, compras,
culares e suas respectivas competências meio envolvente, trabalho). É capaz de se comunicar em si-
específicas. A Língua Inglesa, então, perten- Utilizador
A2 tuações correntes que apenas exijam trocas de informações
elementar
ce à área de Linguagens e suas Tecnologias, simples e diretas sobre assuntos e atividades habituais. É ca-
juntamente com os componentes curricu- paz de descrever com meios simples a sua formação e o seu
meio envolvente e de referir a assuntos que correspondam a
lares Língua Portuguesa, Arte e Educação
necessidades imediatas.
Física, pois compartilham práticas sociais.
Fonte: CONSELHO DA EUROPA. Escala global. Tradução oficial portuguesa (Quadro Europeu Comum de Referência –
Conselho da Europa). Disponível em: <https://rm.coe.int/CoERMPublicCommonSearchServices/DisplayDCTMCont
ent?documentId=090000168045bc74>. Acesso em: 8 ago. 2020.

Conheça o que é esperado dos utilizadores em cada Descritores detalhados do Quadro


nível de proficiência especificamente nas habilidades Comum Europeu de Referência
de leitura, escrita, escuta e fala no Quadro Comum para Línguas com as atualizações
Europeu de Referência para Línguas. feitas em 2018.

Todas as unidades de Currículo em Ação (Xperience Nova Escola) foram planejadas


para desenvolver capacidades comunicativas, em todas as suas dimensões. O CEFR ajuda
na definição dos objetivos e da situação comunicativa com a qual os estudantes deverão
ser capazes de lidar em cada unidade. Desse modo, ao avançarem nos anos escolares, si-
tuações comunicativas mais desafiadoras serão apresentadas, adequadas ao novo nível de
proficiência almejado de utilizador elementar da língua inglesa. Os títulos das lessons nas
unidades (Can you...?) seguem o princípio dos descritores do Quadro.

Veja como cada unidade de


Currículo em Ação (Xperience
Nova Escola) está relacionada
aos descritores do CEFR.

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Concepções de língua norteadoras de


Currículo em Ação (Xperience Nova Escola)
1. GÊNEROS DISCURSIVOS E COMPETÊNCIA
COMUNICATIVA

A
o longo de todas as unidades de Currículo em Ação (Xperience Nova Escola), os
estudantes trabalharão textos orais e escritos de diferentes gêneros discursivos.
Neste material, adotamos o conceito bakhtiniano de gênero discursivo como “ti-
pos relativamente estáveis de enunciados” na utilização da língua (BAKHTIN, 1997, p. 279).
Nesse sentido, os gêneros estão atrelados a linguagem como um ato de comunicação
social e se manifestam nas diferentes maneiras de dizer em meio a diferentes esferas
pelas quais circulamos em nosso cotidiano, seja em casa, no trabalho, na escola etc., “e
são reconhecidos tanto pela forma de composição dos textos a eles pertencentes como
pelos temas e funções que viabilizam e o estilo de linguagem que permitem” (ROJO, 2014).

Nesse sentido, todos nós falamos e da língua inglesa e habilidades em desenvolvi-


escrevemos por meio de gêneros discur- mento em cada ano escolar específico. As ativi-
sivos independentemente do idioma que dades de compreensão leitora e oral propõem
estamos falando. Assim, ao propormos o também todo um trabalho com os gêneros
trabalho com um anúncio, uma matéria de discursivos apresentados, como questões re-
jornal, uma postagem em rede social, um lacionadas à identificação de quem o produziu,
e-mail ou um discurso nas unidades, es- quando, por quais motivos e para quem, além
tamos valorizando o conhecimento prévio da análise das escolhas de imagens e layout
dos estudantes, seja ele formal ou informal, envolvidas na construção do texto, bem como
e construindo conhecimento a partir dele. pistas tipográficas que contribuem para a sua
Dessa forma, os textos orais e escritos de compreensão.
diferentes gêneros em língua inglesa apre- O trabalho com gêneros discursivos
sentados nesta obra oferecem aos estudan- também será desenvolvido nas atividades
tes experiências autênticas do uso real da de produção escrita e oral propostas em
língua inglesa por meio de uma análise do cada unidade da obra, uma vez que mode-
que já lhe é familiar, haja vista suas expe- los, exemplos, caracterizações e análises
riências com os gêneros em primeira língua. dos diferentes gêneros trabalhados nas ha-
As diferentes unidades de trabalham com bilidades receptivas de leitura e compreen- Conheça
exemplos do cotidiano do estudante brasi- são oral (Reading e Listening) servirão como os gêneros
leiro dos anos finais do Ensino Fundamental, andaimes importantes na construção de discursivos
trabalhados em
levando em consideração sua relevância, di- conhecimento sobre as diferentes funções
Currículo em Ação
versidade e complexidade de acordo com cada e propósitos dos textos a serem produzidos (Xperience Nova
faixa etária, nível de conhecimento linguístico pelos estudantes. Escola)!

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12 CADERNO DO PROFESSOR

2. A LÍNGUA MATERNA NO não é compartimentado em idiomas distin- ativação do conhecimento prévio dos estu-
APRENDIZADO DO INGLÊS tos. Você ainda pode desenvolver algumas dantes, de desenvolvimento de habilidades
A língua portuguesa tem papel importante práticas que favorecem a translinguagem relacionadas à leitura crítica, que fazem que
no aprendizado da língua inglesa e de outros no desenvolvimento do bilinguismo em sala os estudantes transfiram o conhecimento
idiomas. Isso porque as línguas comparti- de aula: aprendido para além do contexto escolar, ou
lham conceitos e funcionalidades comuns, de autoavaliação, para refletirem sobre suas
que podem e são usualmente transferidos. • disponibilize recursos multilíngues, como aprendizagens e sobre o desenvolvimento de
Nesse sentido, a prática linguística da trans- dicionários bilíngues e glossários; suas competências e habilidades.
linguagem (em inglês, translanguaging) é par- • converse com os estudantes sobre os de-
te essencial do desenvolvimento linguístico safios e aprendizados no seu bilinguismo 3. INGLÊS COMO LÍNGUA
quando aprendemos um idioma diferente de emergente; FRANCA (ELF)
nossa primeira língua. • utilize o Google Tradutor ou outros aplica- Saber inglês, hoje, é ter mais possibilidades
A translinguagem pode ser definida como “o tivos na sala de aula; de acesso ao conhecimento, pois, sabendo
ato realizado por bilíngues de acessar diferentes • faça leituras bilíngues em sala de aula, a língua, podemos acessar grande parte das
recursos linguísticos ou modos variados do que como versões em português e em inglês do informações disponíveis, por exemplo, na
são descritas como línguas autônomas, para mesmo texto oral e/ou escrito, como uma internet. Mas esse status do idioma não se
maximizar o potencial comunicativo”4 (GARCÍA, música, uma notícia, um poema, uma nar- deu de um dia para o outro, ele foi sendo
2009, p. 140, tradução nossa). Assim, ao aprender rativa etc.; construído ao longo da história.
inglês ou outra língua estrangeira, o aprendiz • ofereça contextualização em português A influência de países falantes de inglês
mobiliza diversos recursos semióticos e com- dos textos orais e escritos trabalhados com como língua materna está presente em
preende as diferentes línguas como parte de um os estudantes, como informação sobre o(s) vários campos de nossas vidas desde as
repertório unificado, que ele acessa de acordo autor(es), o meio de produção, a repercussão Grandes Navegações e a expansão maríti-
com suas necessidades e seus propósitos co- da obra etc.; ma europeia. O inglês se tornou, assim, uma
municativos, em vez de formar um repertório • ofereça instruções de tarefas em português língua de poder em decorrência de anos de
estanque para cada língua que aprende. Como e em inglês, principalmente as que deverão colonialismo e, mais recentemente, da in-
Canagarajah (2011, p. 1) explica, "proficiência para ser realizadas como tarefa de casa. fluência de países de língua inglesa em áreas
multilíngues foca-se na construção de repertório, como a economia, a comunicação e o entre-
isto é, no desenvolvimento de habilidades nas O uso do português em Currículo em tenimento, principalmente após a Segunda
diferentes funções cumpridas por línguas dife- Ação (Xperience Nova Escola) é entendido Guerra Mundial. Assim, ao longo do tempo,
rentes – em vez do domínio completo de toda e como possível suporte da aprendizagem do milhares de pessoas ao redor do mundo
qualquer língua.”5 (tradução nossa). inglês, auxiliando em algumas atividades que passaram a utilizar o idioma como língua
Dessa forma, durante a realização das ati- compõem as unidades didáticas da obra. A adicional, já tendo ultrapassado o número
vidades propostas, não devemos nos frustrar língua portuguesa aparece nas perguntas en- total de falantes de inglês como primeira lín-
caso, por exemplo, ouçamos os estudantes gajadoras na abertura de cada unidade, nas gua. Os números são muito reveladores: de
falando em português durante o planeja- atividades de Pre- e Post-Reading/Listening, acordo com o linguista David Crystal (2008),
mento de uma atividade oral ou se fazem no Feedback ao final de cada lição e na seção existem mais de 2 bilhões de pessoas que
anotações de palavras novas no caderno Closing, ao final de cada unidade. Isso porque falam inglês no mundo hoje, ou seja, uma
com suas respectivas traduções. Ao contrá- os objetivos dessas atividades não são pura- em cada quatro pessoas no mundo fala a
rio, é importante dar liberdade para que os mente linguísticos, mas cumprem a função língua. Desses, 360 milhões são falantes na-
estudantes transitem entre os dois idiomas, de conectar o estudante e sua experiência tivos, nascidos em países que usam o inglês
que desenvolvam a translinguagem ao aces- de mundo ao que vai estudar ou já estudou como primeira língua, e o restante são falan-
sarem seu repertório linguístico global, que ao longo das unidades. São momentos de tes não nativos.

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4
“Translanguaging is the act performed by bilinguals of accessing different linguistic features or various modes of what are described as autonomous
languages, in order to maximize communicative potential.”
5
“[…] proficiency for multilinguals is focused on repertoire building – i.e., developing abilities in the different functions served by different languages
– rather than total mastery of each and every language.”

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Dessa forma, o inglês se tornou uma lín- vos do idioma, e promove uma visão de acordo é o meio pelo qual comunicamos essas
gua de contato mundial, isto é, um idioma com a qual todos que usam a língua têm direito reflexões. Ensinar inglês, hoje, é ir além da
comum usado como meio de comunicação sobre ela. Consequentemente, o foco nas va- neutralidade.
entre falantes de primeiras línguas diversas riantes americana ou britânica como modelo A língua inglesa carrega discursos hege-
no mundo dos negócios, no turismo, na aca- ideal e se desloca para a natureza multicultural mônicos que estão sendo desconstruídos
demia, na mídia digital etc. (MAURANEN, 2018). do uso da língua, que é o pano de fundo da co- por falantes que tomaram posse da língua
Essa descentralização da “propriedade” da municação em inglês nos dias de hoje. O ensino por meio do seu uso, e cada falante tem
língua inglesa significa que o idioma se torna de inglês, nessa perspectiva, visa, então, a de- legitimado seu direito ao uso da língua em
cada vez mais fluido e variável. Nesse senti- senvolver no estudante a cidadania crítica para seus próprios termos. Por isso, a ideia de
do, o inglês não tem “dono” – não podemos que ele consiga mobilizar todos os seus recur- uma língua neutra ou padrão já não cabe
dizer que ele pertence apenas a pessoas na- sos linguísticos e culturais para se comunicar em uma sala de aula crítica e reflexiva, e
tivas dos Estados Unidos ou do Reino Unido, com pessoas de todo o mundo, e não apenas é importante buscar empoderar os estu-
por exemplo. Essa nova realidade na comu- com falantes estadunidenses ou ingleses, por dantes para que se entendam, além de
nicação por meio do inglês entre falantes exemplo. Uma abordagem ELF-aware leva em como aprendizes, também como usuários
não nativos é uma das vertentes do “inglês consideração todas as experiências prévias dos e produtores de conhecimento em inglês,
como língua franca”. estudantes com a(s) língua(s) e os leva a refletir com seus usos legitimados e baseados em
O inglês como língua franca (ELF, do inglês sobre a importância dessas experiências ao se seu contexto e suas necessidades. Para
English as lingua franca) é, portanto, qualquer comunicar, em um ambiente de ensino-apren- traduzir isso para a sala de aula de Língua
uso do inglês em um ambiente intercultural, dizagem em que não há certo ou errado, mas Inglesa, é preciso refletir sobre como criar
isto é, entre pessoas de diferentes origens sim apropriado, variável e possível. uma consciência multicultural e plurilíngue
linguísticas e que muitas vezes são multilín- Uma das bases de uma abordagem ELF- sobre o uso do idioma. Algumas maneiras
gues. O inglês como língua franca não deve -aware é aproveitar os recursos locais para de se fazer isso são:
ser entendido como uma variante da língua o ensino da língua, para que o contexto de
inglesa, como o inglês indiano ou o america- estudantes e professores se tornem o mo- • explorar vários usos da língua inglesa
no, pois seu uso é emergente e variável. São delo para a aprendizagem. Exemplos dessa pelo mundo fora do eixo EUA-Reino Unido;
características marcantes do ELF: localização é o uso de textos orais e escri- ou, quando explorar esse eixo, buscar usos
tos de falantes não-nativos de inglês, sejam não comuns ou padrões;
• a cooperação entre falantes para que a eles brasileiros ou de outras nacionalidades • expor os estudantes a áudios e vídeos de
mensagem seja compreendida; ou até a criação de materiais relacionados pessoas locais e de outros aprendizes falan-
• o foco na inteligibilidade acima de normas ao contexto dos próprios estudantes para do inglês, visando a apresentar diferentes
prescritas por nativos da língua inglesa; uso na aprendizagem. A ideia central de modelos de falantes e, assim, ajudar os es-
• a negociação de sentidos e as formas lin- uma abordagem ELF-aware é incluir uma tudantes a criar sua própria identidade de
guísticas emergentes do desejo de comu- reflexão sobre as necessidades linguísticas falante da língua inglesa;
nicação. e sociais reais de uma comunicação bem- • quebrar estereótipos culturais que cultiva-
-sucedida – e essas vão além do ensino de mos sobre diversas nacionalidades.
Assim, em ambientes interculturais nos gramática, pronúncia e vocabulário – para
quais o inglês é usado como língua franca, criar uma conexão com discussões atuais Há uma gama de possibilidades para
é possível observar que regras de gramá- sobre o mundo em que vivemos. o trabalho com ELF em sala de aula. Todo
tica ou pronúncia que estão presentes em Como já vimos, o ELF não é uma variante processo de ensino-aprendizagem de Lín-
muitas salas de aulas não são universais neutra da língua; na verdade, é uma forma gua Inglesa deve ter como objetivo o de-
e não afetam a comunicação efetiva entre de usar a língua que não é nem de longe senvolvimento de falantes de inglês que
esses falantes. neutra. Todo uso de língua carrega cren- mantêm sua identidade e se orgulham de
O ELF traz uma mudança importante de ças, atitudes e ideologias. Quando traze- seu sotaque – falantes brasileiros de inglês
perspectiva, pois descentraliza o poder de pres- mos qualquer discussão para a sala de aula, e embaixadores culturais de suas regiões.
crever regras daqueles que não são a maioria buscamos sempre desenvolver a reflexão
dos falantes de inglês, apesar de serem nati- e a criticidade dos estudantes, e a língua

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14 CADERNO DO PROFESSOR

Os quatro pilares da educação


promovidos pela UNESCO

E
m nossa sociedade globalizada e digital atual, a informação circula rápido e é
abundante. Somos constantemente expostos a inúmeros conteúdos e saberes,
mas nem sempre sabemos como navegar em meio a tantas informações. Cabe,
então, à educação oferecer meios para lidar com essa bagagem complexa de conteúdos
para que possamos explorá-la e nos manter atualizados (DELORS, 2010). Nesse sentido,
em 1993, atendendo a um pedido da Conferência Geral da UNESCO de 1991, a Comissão
Internacional da Educação para o Século XXI elaborou um relatório que propõe quatro
aprendizagens essenciais que cada pessoa precisa ter ao longo de sua vida – os cha-
mados “pilares do conhecimento”. São eles: “aprender a conhecer”, “aprender a fazer”,
“aprender a viver juntos” e “aprender a ser”. Esses pilares foram apresentados como
sendo de igual importância na educação escolar, questionando, assim, a tendência
tradicional da escola de valorizar mais o “aprender a conhecer”, em detrimento das
outras aprendizagens, e propondo uma visão holística do aprendiz, que precisa reali-
zar-se como pessoa.

O pilar “aprender a conhecer” se refere qualquer área de atuação no mercado de com esses conhecimentos de maneira a ser
à necessidade de os estudantes adquirirem trabalho do século XXI. protagonista de seu processo de aprendi-
instrumentos da compreensão, de maneira Os pilares “aprender a viver juntos” e zagem da língua inglesa ao longo dos anos
a capacitá-los a ser aprendizes críticos e “aprender a ser” valorizam ainda mais o finais do Ensino Fundamental. Além disso, os
autônomos. Nesse sentido, torna-se es- conhecimento subjetivo de cada estudante trabalhos com os outros estudantes, seja em
sencial despertar a curiosidade intelectual como ser social, enfatizando a necessida- duplas, em grupos ou com toda a turma, rea-
dos estudantes da Educação Básica, for- de de autoconhecimento e a interdepen- firmam a importância do fazer colaborativo,
necendo-lhes “instrumentos, conceitos e dência da diversidade de cada membro da no qual “aprender a fazer”, “aprender a viver
referências resultantes dos avanços das sociedade a fim de que reconheçamos as juntos” e “aprender a ser” são habilidades
ciências e dos paradigmas de nosso tempo” diferenças mas as ultrapassemos rumo a essenciais.
(DELORS, 2010, p. 91). objetivos comuns. Dessa forma, é preciso ir Também nos preocupamos em repre-
O “aprender a fazer” complementa o além de nossa natureza individualista, fruto, sentar de maneira respeitosa culturas e
primeiro pilar, uma vez que visa a ensinar o muitas vezes, de realidades hostis, para nos minorias diversas na escolha de textos e
estudante aplicar o que aprende ao longo de relacionar com o outro, em todas as suas nas imagens ao longo das unidades, tra-
sua formação profissional, sendo capaz de facetas, na coletividade. balhando-os de maneira que os estudantes
fazer ajustes em meio a evolução constante Currículo em Ação (Xperience Nova Es- desenvolvam o reconhecimento de si mes-
pela qual o mundo do trabalho passa com cola) valoriza os pilares da educação desde a mo e a sua percepção sobre o outro, sempre
o tempo. Muitas dessas habilidades são de primeira unidade, o que objetiva apresentar praticando a autoavaliação como ferramen-
ordem subjetiva, como as capacidades de e praticar estratégias de aprendizagem que ta de autoconhecimento e desenvolvimento
comunicação, colaboração em equipe, reso- favorecem a autonomia do estudante e são pessoal, e não apenas acadêmico. Dessa
lução de conflitos, comportamento social e retomadas ao longo de todas as unidades da forma, acreditamos na contribuição desta
iniciativa, entre outros, que são competên- obra. Cremos, assim, que o estudante será ca- obra didática para a formação holística do
cias e habilidades pessoais necessárias para paz de “aprender a conhecer” e de trabalhar estudante.

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A abordagem metodológica e a estrutura


de uma unidade didática de Currículo em
Ação (Xperience Nova Escola)

O
material contempla os quatro anos do Ensino Fundamental. O conteúdo de cada
ano está organizado em oito unidades, com um tema macro como fio condutor,
que se desdobra em tópicos relacionados. Todo o material em áudio da coleção
pode ser acessado pelos QR codes do Caderno do Aluno, para uso imediato em sala de aula
ou para download.
Em termos de abordagem metodológica, além dos princípios pedagógicos e das concep-
ções de língua mencionados anteriormente, são adotados, ao longo das unidades didáticas,
pontos do action-oriented approach proposto no CEFR e por Piccardo e North (2019) com as
seguintes premissas:

• Os estudantes são agentes sociais no pro- Cada uma das oito unidades didáticas
cesso de ensino-aprendizagem da Língua está organizada em ciclos de aprendiza-
Inglesa, que trabalham juntos para construir gem – as lessons – com estrutura clara e
conhecimentos; consistente. Estas, por sua vez, são divididas
• As unidades didáticas são organizadas em em seções:
ciclos de aprendizagem, com tarefas claras,
e atividades que propiciam a exploração dos
insumos receptivos e o andaimento6 (scaf- Text
folding) à produção oral e escrita;
• As unidades estabelecem objetivos claros e
específicos para cada ciclo de aprendizagem,
atrelados ao CEFR e às habilidades da BNCC; Language focus
• As lessons oferecem momento de reflexão
e feedback ao final de cada ciclo de aprendi-
zagem, retomando os objetivos.

Outcome

Feedback

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6
O conceito foi desenvolvido por Vygotsky, que considerava o suporte de alguém com mais conhecimento – o professor, ou um colega, por exemplo –
como fundamental no processo de aprendizagem.

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16 CADERNO DO PROFESSOR

Para atender à revisão curricular de Lín­ • As imagens, que podem ser fotos, ilustra- dos anos letivos. O trabalho com os textos é
gua Inglesa proposta no Currículo Paulista, ções ou outros recursos visuais, estão rela- dividido em três etapas:
a seção Cross-curricular learning das unida- cionadas aos tópicos a serem trabalhados • Pre-Reading ou Pre-Listening: atividades
des dos Cadernos do Aluno e do Professor, ao longo da unidade. Apresentam diferentes de reconhecimento do gênero, ativação de
contemplam as abordagens CLIL e CBI. Nessa facetas do tema, promovendo a diversidade conhecimento prévio, predição de conteúdos
seção, o conteú­do – que pode ser de qualquer cultural e étnica e colaborando para o desen- com base em imagens e elementos do layout,
outra área de conhecimento do currículo – é volvimento do letramento visual; entre outras (em português), com o objetivo
o ponto de partida para o trabalho em sala • Quando necessário, há legendas para as de preparar o estudante para as propostas
de aula, sem perder de foco o conteúdo lin- imagens em português (6º e 7º anos) e em de compreensão de texto;
guístico e o trabalho com as quatro habili- inglês (8º e 9º anos); • While Reading ou While Listening: este é o
dades. A seção promove uma sinergia entre • As atividades oferecem oportunidades para momento de leitura ou escuta do texto, com
os aprendizados de língua e conteúdo ao uma reflexão inicial e verificam o conheci- atividades de compreensão geral e detalha-
longo das atividades, com atenção especial mento prévio e o interesse dos estudantes da, e de análise de condições de produção
às áreas de STEM.7 pelo tema. Elas também promovem enga- do gênero;
jamento com os assuntos e desenvolvem • Post-Reading ou Post-Listening: atividades
A unidade o letramento visual. As atividades estão em relacionando o texto com outros textos ou
Cada unidade do Caderno do Aluno de Currí- língua materna. gêneros, com a realidade local do estudante
culo em Ação (Xperience Nova Escola) tem 18 e/ou o contexto global (em português). Há
páginas, com temas, textos e imagens relevan- LESSONS 1-4 trabalho com questões interculturais, quan-
tes para o cotidiano e a vida acadêmica dos 3 páginas/lesson do pertinente e foco no desenvolvimento da
pré-adolescentes e adolescentes do Ensino As cinco lessons são ciclos de aprendi- reflexão crítica.
Fundamental - Anos Finais. Para cada uni- zagem que apresentam e desenvolvem os
dade do Caderno do Aluno, há orientações e conteúdos linguísticos e trabalham com as  Atenção
sugestões de procedimentos no Caderno do quatro habilidades (leitura, escrita, com- Todos os textos de áudio podem ser acessados
Professor, visando apoiar a prática docente. preensão oral e produção oral7), sempre pelos QR codes ao lado das atividades, no Cader-
Além disso, nas atividades e propostas há norteados pela BNCC e pelas concepções de no do Aluno. Basta apontar a câmera de um ce-
lular ou tablet para ter acesso imediato aos áu-
atenção especial aos pontos a seguir: língua discutidas anteriormente. O título de
dios ou fazer o download para seu dispositivo.
• desenvolvimento da reflexão crítica; cada lesson é sempre uma pergunta, relacio- �������������������������������������
• respeito à diversidade e aos direitos hu- nada à produção oral ou escrita ao final do
manos; ciclo, visando mostrar claramente o objetivo Language focus
• promoção dos conceitos de inclusão, sus- de aprendizagem. Veja a seguir a descrição A seção está presente nas lessons quando
tentabilidade e cidadania. de cada seção da lesson: são identificados nos textos orais e escritos
aspectos do eixo Conhecimentos Linguísticos
A seguir, descrevemos as seções de cada Text da BNCC relevantes tanto para a compreen-
unidade. Seção dedicada ao trabalho com textos são ampliada do texto como para a produ-
orais e escritos, autênticos, de gêneros di- ção oral e escrita na seção Outcome (ver a
versos, visando desenvolver a compreensão seguir). Com foco em gramática, vocabulário
OPENING
leitora/oral. Os textos selecionados foram ou pronúncia, o trabalho na seção sempre
2 páginas
produzidos por falantes nativos e não nati- parte do texto trabalhado anteriormente,
Abertura em dupla de páginas, com o título vos da língua inglesa, com foco em temas da com as concepções de língua norteadoras
e uma cena ilustrada envolvente, entre- atualidade relevantes para o cotidiano e a vida de Currículo em Ação (Xperience Nova Esco-
meada por outras imagens relacionadas acadêmica dos estudantes. A progressão na la) permeando as propostas. A gramática é
ao tema da unidade. Há também atividades complexidade dos textos e nas habilidades de apresentada com base em uma abordagem
curtas. compreensão acompanha a BNCC, ao longo indutiva, em que os estudantes são convida-
��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������
7
STEM é uma sigla em inglês para Science, Technology, Engineering e Mathematics (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em português). A ideia
original é unir conhecimentos dessas quatro áreas em torno da resolução de um desafio. Para saber mais, acesse: <https://novaescola.org.br/conteu­
do/11683/o-que-e-o-stem-e-como-ele-pode-melhorar-a-sua-aula> (acesso em: 13 nov. 2020).

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dos a ler trechos dos textos orais e escritos e, No 8o e no 9o anos, eles também são convi- • Self-assessment – autoavaliação do es-
com a mediação do professor, inferem regras dados a refletir e registrar outros aprendi- tudante, com a retomada dos objetivos de
e formas de uso da estrutura gramatical. zados não relacionados aos objetivos. Com aprendizagem das lessons e proposta de
base nesses pontos, é possível planejar as reflexão sobre o percurso percorrido na uni-
Outcome aulas seguintes, com propostas de revisão dade. Pode estimular o estudante a planejar
Essa seção é o ápice da lesson, com a dos conteúdos, por exemplo. como melhorar o processo de aprendizado
produção oral e escrita que foi, de certa for- e pensar em estratégias.
CROSS-CURRICULAR
ma, antecipada pelo título. As propostas de
LEARNING
produção se inserem em gêneros discursi- Ao longo das lessons, boxes de conteú-
vos diversos, que podem ou não ser os mes- • 3 páginas/lesson do podem estar presentes para lidar com e
mos dos textos da seção Text, em situações A seção estabelece pontes entre a língua apresentar questões específicas:
de uso autêntico da língua inglesa. Assim inglesa e outras áreas do conhecimento rele- • Learning to learn – dicas e estratégias de
como no trabalho com a compreensão oral vantes para a vida acadêmica e profis­sional aprendizagem focadas na realização de ati-
e a compreensão escrita, a progressão na dos estudantes no futuro, dentro das propos- vidades propostas e que também podem
complexidade da produção acompanha a tas do Currículo Paulista. ser ampliadas para outros momentos do
BNCC ao longo dos anos letivos. Os estudantes interagem predominante­ processo de aprendizado da língua inglesa.
O trabalho que visa chegar à produção oral mente em duplas e grupos para lidar com os • Culture – informações culturais pertinentes
ou escrita é apresentado de forma proces- textos e atividades propostas, desenvolven­ ao conteúdo podem trabalhar habilidades
sual, com etapas de preparo e prática para do as habilidades de trabalho colaborativo relacionadas ao eixo Dimensão Intercultural
a produção oral, e levantamento de ideias/ e de escuta ativa e respeitosa dos colegas. da BNCC.
conhecimentos, escrita de rascunho, com- Além disso, em diversos momentos as pro­ • Language tip – observações sobre conhe-
partilhamento, revisão e escrita final para a postas demandam a pesquisa de conteú­ cimentos linguísticos (gramática e vocabu-
produção escrita. Os estudantes trabalham dos e a preparação de apresentações, o que lário) pertinentes à realização de atividades
constantemente em duplas ou grupos, e o aprimora e potencializa outras habilidades ou compreensão de conteúdo. Na seção
papel do professor nesta seção é gerenciar extremamente relevantes para o futuro aca­ Language focus, pode retomar pontos vis-
e mediar as interações, e intervir e ajudar, dêmico e profissional. As sugestões de proce­ tos anteriormente.
quando necessário. As sugestões de proce- dimentos no Caderno do Professor orientam • Glossary – palavras-chave para a com-
dimentos no Caderno do Professor orientam e apoiam esse trabalho, com recomendações preensão de textos escritos.
e apoiam esse trabalho e, também, propõem de fontes de pesquisa e leituras adicionais. • Idea! - informações relacionadas ao refe-
momentos de reflexão sobre a produção e rencial curricular do estado ou a particula-
CLOSING
formas de circulação dos textos, tanto na ridades do estado relacionadas ao tema da
1 página
comunidade escolar como em meios digitais. lesson.
A seção de fechamento da unidade, em por-
Feedback tuguês, se divide em dois momentos:
Os objetivos da lesson são retomados, • Getting across – retomada de temas da
em português, com a reflexão sobre como unidade, podendo propor intertextualidade,
os estudantes se sentem sobre seu desen- interdisciplinaridade e trabalho com multi-
volvimento e registro no Caderno do Aluno. letramentos.

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������
8
Em inglês, reading, writing, listening e speaking

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18 CADERNO DO PROFESSOR

Gerenciando as
aulas de inglês

A
lcançar os objetivos de uma aula depende de vários fatores, como a interação entre
os estudantes, os recursos disponíveis, e o relacionamento com o professor e com
o conteúdo ensinado. Tais particularidades da sala de aula nos colocam diante de
uma série de impasses sobre como lidar com atitudes disruptivas, exigindo paciência e
equilíbrio entre fazer o que foi planejado e manter um ambiente de convivência positiva.
Tais dilemas são complexos e nem sempre superados pela experiência ou pela formação
do professor. Nesse sentido, é preciso ter consciência crítica sobre o ambiente da sala de
aula e sobre aspectos sociais externos a esse ambiente, de forma a desenvolver uma boa
gestão desse espaço escolar. Nesta seção, queremos compartilhar reflexões e estratégias
para uma gestão eficaz e positiva das aulas.

Gerir a aula eficazmente pressupõe iden- há sistema de gestão da sala de aula que
tificar necessidades de ajustes no processo vá mitigar todos os comportamentos inde-
de ensino-aprendizagem, que vão desde o sejados, da mesma forma que não há uma
cuidado com o tempo, as diversas formas pedagogia que garanta desenvolvimento
de feedback e a checagem de progresso e aprendizagem uniformes de todos os es-
dos estudantes até o monitoramento dos tudantes. Invariavelmente, alguns demons-
espaços diferenciados de aprendizagem, trarão resistência enquanto aprendem e se
visando a atender a demandas de forma- desenvolvem. Devemos acreditar que todo
ção de estudantes críticos, conscientes e estudante merece a chance de aprender
colaborativos. No aprendizado significati- com seus erros e pode reparar quaisquer
vo de uma língua, professor e estudantes questões de relacionamento por meio de
devem agir coletivamente para avançar e práticas restaurativas.
para desviar de possíveis problemas. Por Práticas restaurativas são baseadas nas
vezes, alguns estudantes se cansam, per- relações positivas que jovens e adultos têm
dem a motivação e se desconectam do rit- uns com os outros. Relacionamentos sau-
mo da turma. Alguns deles conseguem se dáveis entre estudantes e a equipe esco-
reconectar rapidamente, enquanto outros lar facilitam um clima positivo e agradável
precisam de mais assistência, de forma que na escola. Em abordagens restaurativas,
estabelecer uma boa conexão com eles faz quando as relações escolares se desgastam,
toda a diferença. os envolvidos são convidados a participar
As condições para que possa emergir a de reflexões que os auxiliam a entender as
confiança mútua, imprescindível para uma consequências de seus atos e lhes oferecem
relação positiva nas aulas, são construídas oportunidades de solucionar o conflito.
por meio do diálogo pautado em um relacio-
namento próximo, assertivo, direto, baseado Conheça algumas
estratégias para construir
na expressão pessoal, na escuta e na com-
relações positivas e criar
preensão do outro. Quando os estudantes comunidades saudáveis de
criam conexões baseadas em confiança e aprendizagem.
percebem as aulas como algo relevante e
aplicável em suas vidas, é menos provável
que haja questões de disciplina. Porém, não

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Outro desafio no gerenciamento das 6. Elimine possíveis distrações óbvias. Peça e a coesão da turma como um todo. A cultura
aulas é manter os estudantes focados. A aos estudantes que guardem pertences que da interdependência positiva em sala de aula –
atenção tem sido objeto de várias pesqui- não são necessários às tarefas. em que os estudantes ajudam uns aos outros
sas em neurociência que buscam identi- 7. Evite o excesso de apresentações expo- durante o aprendizado – ajuda os estudantes
ficar suas limitações, seus riscos e seus sitivas, tanto analógicas quanto digitais. A a perceberem que o outro é importante para
impactos. Sabemos que tudo o que se fixa variedade e mudanças de ritmo deixam os a realização das tarefas.
em nossa memória depende da atenção. estudantes mais alertas. As oportunidades de interação contribuem,
Assim, ao diminuir o nível de atenção, di- 8. Estabeleça conexões. Costure conteúdos pas- também, para o processo de ensino-aprendi-
minuímos as possibilidades de fixação na sados com os que estão sendo trabalhados no zagem de uma língua adicional, que, além de
memória. Seguindo a mesma lógica, ao ele- momento, relacionando com aulas anteriores. longo e complexo, depende largamente de es-
varmos os níveis de atenção, melhoramos 9. Ofereça feedback simultâneo ao coletar tratégias que ajudem o professor a administrar
as possibilidades de retenção do aprendi- as ideias/respostas depois de uma atividade a participação dos estudantes e acompanhar
zado. Assim, as escolhas que o professor em grupo. Utilize estratégias como elicitar as turmas que, muitas vezes, ultrapassam o
faz em sala de aula podem apontar tanto as respostas e escrevê-las na lousa em número aceitável de estudantes. Veja algumas
para o direcionamento da atenção para um seguida. Você pode também distribuir as possibilidades de interação em sala de aula:
objeto pedagógico quanto para um desvio respostas em formato digital, (por exemplo,
cheio de distrações. um QR code na lousa com um link para um Interação professor e
Preparamos algumas sugestões para documento na nuvem), ou de forma física estudantes
contribuir para o gerenciamento da atenção (com uma folha impressa, por exemplo). Esse tipo de interação pode ser utilizado
em sala de aula. 10. Controle o tempo das atividades de- para apresentação de conteúdo, coleta de
senvolvidas em sala de aula e o tempo que respostas, elicitação de informações, instru-
1. Certifique-se de que todos os olhos este- os estudantes têm para mudar de lugar ou ções, e é uma importante ferramenta na ges-
jam em você antes de passar para a fase ou fazer a transição entre uma atividade e a tão da sala de aula. Entretanto, ela aumenta
atividade seguinte: o uso de técnicas como outra (inclua esse tempo no seu planeja- o tempo de fala do professor, consequente-
attention-grabbers podem ajudar: mento também. mente diminuindo as oportunidades de fala
Professor: Class, class, class! dos estudantes. É essencial planejar cuidado-
Estudantes: Yes, yes, yes. A gestão eficaz das aulas também depende samente os momentos de fala do professor
Professor: One, two, three, eyes on me! da variedade de padrões de interação entre para que não ocupem a maior parte da aula.
Estudantes: One, two, three, eyes on you! estudantes e professor. O material sugere
2. Uma outra ideia é fazer contagens regres- diversas formas de interação ao longo das Interação em duplas e
sivas. Use um tom de voz firme e assertivo e atividades propostas. Contudo, somos nós, pequenos grupos
olhe diretamente nos olhos dos estudantes professores, quem melhor conhecemos a Em uma abordagem sócio-histórico-
que ainda não estão prestando atenção. turma e, por isso, somos responsáveis por -cultural, a interação entre os estudantes
3. Seja consciente no uso da lousa. Uma lou- selecionar o tipo de interação (em pares, trios pode auxiliar o professor a reconhecer as
sa desorganizada pode ser uma distração ou grupos, com toda a classe ou até mesmo necessidades imediatas para, então, poder
para alguns estudantes. individual) mais apropriada para alcançar os fornecer aos estudantes as informações
4. Use exemplos reais que falem sobre os objetivos pedagógicos. Outra razão para inves- necessárias para alcançar determinado
estudantes. tir na variedade de interações ao planejar as objetivo pedagógico. O conceito de zona de
5. Demonstre o que você espera como obje- atividades é que elas podem contribuir para desenvolvimento proximal (ZPD, do inglês
tivo da aula/atividade/estágio. Ao finalizar as o desenvolvimento de uma cultura de auto- zone of proximal development) de Vygotsky
instruções, demonstre o que se espera ou dê nomia e interdependência positiva entre os (BUTO, 2013) carrega, em sua essência, a ideia
um exemplo do que se espera que eles atinjam. estudantes, o que pode aumentar o senso de de ações realizadas por professores ou ou-
pertencimento na comunidade de estudantes tros colegas mais experientes que, por meio

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20 CADERNO DO PROFESSOR

da interação, promovem avanços que não Contando com a organização tradicional


aconteceriam de maneira voluntária por da sala de aula, os estudantes trabalham
parte do estudante. Dessa forma, é muitas com o colega ao lado.
vezes interessante organizar os estudantes Duplas frente e atrás
em duplas ou pequenos grupos para reali-
zar atividades de leitura ou produção oral, Estudante Estudante
por exemplo. A B
Muitas das atividades em Currículo em
Ação (Xperience Nova Escola) demandam
o trabalho em duplas ou pequenos grupos, Estudante Estudante
algo que pode ser bastante desafiador em
A B
turmas numerosas. Como gerenciador do
trabalho em duplas/pequenos grupos, é im-
portante ter algumas estratégias em mente: Ainda pensando na organização
tradicional, os estudantes trabalham com o
• Alguns professores preferem primeiro or- colega à frente ou atrás deles.
ganizar os estudantes e depois explicar a
tarefa, enquanto outros priorizam a expli-
cação da atividade para depois organizar Estudante Estudante
a turma. Recomendamos “testar” as duas A B
formas para verificar qual é mais eficiente
com sua turma.
• Determine um tempo para a tarefa e es-
creva-o na lousa.
Estudante Estudante
• Monitorar as duplas ou os grupos durante o
trabalho é essencial. Caminhe pela sala, ofe-
A B
reça ajuda e gerencie conflitos que porventu-
ra surjam. Considere também como lidar com Grupos randômicos a partir fessor. Da mesma forma, estudantes mais
erros: a correção será feita de imediato ou de números e menos confiantes podem trabalhar juntos
você vai tomar notas para dar um feedback No começo do ano letivo, cada estudante para que aprendam uns com os outros.
geral para a turma ao final da tarefa? recebe um número (ou os números da lista de
• Ao final do tempo previsto para a tarefa, chamada podem ser usados). A partir disso, Mingling
encerre o trabalho das duplas ou dos grupos. podem ser pensados vários agrupamentos: Quando os estudantes interagem com
Você pode combinar um sinal com a turma, • sequenciais (os estudantes de número 1 diferentes colegas durante uma mesma
como levantar sua mão. a 5 formam um grupo, os de 6 a 10 formam atividade, eles têm contato com um maior
outro, e assim por diante); número de pessoas e podem, assim, criar
Para otimizar o tempo no trabalho em • pares e ímpares (para a formação de dois entendimentos e conhecimentos diversos.
duplas ou grupos, é fundamental planejar grupos). Mingling activities podem parecer caóticas e
estratégias para organizar os estudantes. ser bastante ruidosas, porém elas permitem
Recomendamos escolher, no começo do ano Grupos por habilidades o desenvolvimento de habilidades interpes-
letivo, duas ou três estratégias para serem Esse tipo de agrupamento possibilita o soais, como respeito ao turno de fala e inte-
usadas ao longo do ano; assim, os estudan- trabalho com instrução diferenciada. Estu- resse pela fala do outro, o que pode motivar
tes vão se acostumando com elas e a orga- dantes mais confiantes podem trabalhar estudantes mais inseguros a participar mais
nização vai acontecer cada vez mais rápido. juntos, de forma mais autônoma, enquanto ativamente.
Veja algumas ideias: estudantes menos confiantes trabalham em
Duplas lado a lado grupos menores, com mais apoio do pro-

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Interação em estações proposto e realizar a tarefa no seu próprio


As estações podem ser uma alternativa ritmo. Além do trabalho com as atividades de
mais organizada para interação em turmas compreensão receptiva nas seções Listening e
numerosas. Nessa proposta de trabalho, Reading no Caderno do Aluno, o trabalho indivi-
criam-se pontos focais diversos dentro da dual é importante também nas atividades com
sala de aula – as estações – em formato habilidades ativas, como writing e speaking,
de um circuito a ser percorrido, sem uma para que os estudantes tenham a oportuni-
ordem definida. As estações devem ter dade de formular suas respostas e planejar o
atividades diferentes, mas que são realiza- que querem expressar. Nessa configuração,
das por grupos de estudantes de maneira os estudantes também podem utilizar o tem-
concomitante. Assim, enquanto determi- po individual para fazer escolhas linguísticas
nado grupo está fazendo as atividades da baseadas na instrução do professor. Durante
estação A, outro grupo está fazendo as da o trabalho individual dos estudantes, reco-
estação B, e outro, da C, por exemplo. Ao mendamos que você monitore a atividade,
término das atividades proposta, os grupos oferecendo estímulo, suporte e andaimento
vão visitando as outras estações até que (scaffolding).
tenham completado todo o circuito. As es- A eficácia dos diferentes tipos de intera-
tações podem contar com três momentos ção depende da qualidade das instruções
diferentes: dadas. Professores pouco experientes po-
• interação entre estudantes e professor dem acreditar que dar instruções é uma
(quando as dúvidas podem ser sanadas, du- habilidade que se adquire e se desenvolve
rante a orientação de projetos, na instrução com o tempo, ao passo que aqueles com
direta, no momento de perguntas, provoca- mais tempo em sala de aula tendem a pre-
ções e reflexões); sumir que esta é uma competência que já
• trabalho colaborativo, no qual os estudan- dominam. Entretanto, para todos nós, pro-
tes trabalham em um projeto comum, pro- fessores, dar instruções eficientes é uma
põem questões uns para os outros, organi- habilidade em desenvolvimento constante.
zam debates e/ou desenvolvem um produto Desse modo, repensar nossas práticas pode
que demonstre seu aprendizado; impactar positivamente a capacidade dos
• uso de tecnologia, que pode incluir pesqui- estudantes de seguir instruções e, dessa
sas, atividades on-line, questionários, jogos, forma, realizar as propostas de aprendiza-
entre outros. gem com sucesso.

Trabalho individual
Conheça estratégias
O trabalho individual configura-se como para verificar a
uma oportunidade para que os estudantes compreensão das
possam ter tempo para entender o que foi instruções.

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22 CADERNO DO PROFESSOR

Avaliação

A
avaliação tem um papel muito importante no processo de ensino-aprendizagem.
Uma definição publicada pela Nova Escola a compara a um espelho por meio do
qual a escola, os professores e também os estudantes possam voltar o olhar para si
mesmos buscando a transformação das suas práticas (SOARES; VICHESSI, 2017). Com base
nessa perspectiva, os modelos avaliativos assumem uma natureza processual estratégica,
impactando o processo de aprendizagem de forma muito mais significativa. Esses modelos
são repletos de feedback e possuem uma função educativa (HATTIE, 2012) e não punitiva.
Além disso, o ato de avaliar carrega o comprometimento de estabelecer como a escola pode
melhor contribuir para que o estudante tenha sucesso na vida, desenvolvendo autonomia,
pensamento crítico, criatividade, colaboração e comunicação eficiente, e não apenas me-
morizando conteúdos.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação de implementar avaliações somativas está


Nacional (BRASIL, 1996) recomenda que a relacionada à leitura dos resultados. Em um
avaliação seja um processo contínuo, com modelo somativo, o estudante percebe seu
prevalência dos aspectos qualitativos sobre progresso por meio de um resultado nu-
os quantitativos e sem o objetivo de seleção, mérico e sistematizado, que é fácil de ser
promoção ou classificação. Dessa forma, os compreendido e monitorado. Não podemos
estudantes têm a chance de se informar sobre deixar de pontuar que a avaliação somativa
as próprias potencialidades e necessidades, também atende a uma expectativa da socie-
e os professores conseguem compreender dade e que as famílias tendem a cobrar pro-
melhor as demandas individuais de cada es- vas documentais e formais do aprendizado.
tudante (CLAUS; BARTHOLOMEU; SILVA, 2007). A No entanto, por representar uma amos-
avaliação se baseia no acompanhamento de tra bastante pontual do que foi aprendido,
todo o processo educativo e não fica limitada existe grande chance de que o resultado de
à atribuição de notas pontuais obtidas em uma avaliação somativa seja questionável e
provas formais. tenha credibilidade insatisfatória. Também
Reconhecemos, no entanto, a necessi- sabemos que “estudar para a prova” ou me-
dade dessas notas e provas e, por isso, fre- morizar conteúdo não é necessariamente se
quentemente contamos com uma avaliação apropriar dele e aplicá-lo de forma natural.
formal ao final de ciclos de instrução, com Outra desvantagem desse modelo pode ser
a finalidade de verificar o que o estudante percebida quando as provas são usadas
aprendeu. Essa modalidade de avaliação é como instrumento de poder, deixando para
chamada de somativa. Ela envolve os conteú- o estudante toda a responsabilidade pelo
dos focais e os objetivos mais amplos do pe- resultado. Luckesi (1996) propõe que a avalia-
ríodo de aprendizagem e costuma ter como ção seja um mecanismo diagnóstico alinhado
objetivo a atribuição de notas. As avaliações às pedagogias que focam na participação
somativas fornecem ao estudante devolu- democrática de todos, no desenvolvimento
tivas em relação ao nível de aprendizagem da autonomia e na reciprocidade das re-
alcançado, mas não propõem planos de ação lações. Nesse sentido, é preciso ir além da
ou direções para a obtenção de melhores de- avaliação somativa para que o processo de
sempenhos. Uma das principais vantagens avaliação atinja esse alinhamento.

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23

Acreditamos que a avaliação somativa AVALIAÇÃO SOMATIVA


deve ser complementada com avaliações
formativas, que devem ocorrer durante todo • Tem como objetivo diagnosticar o estado final de um estudante depois de
o processo de ensino-aprendizagem. Esse um período de aprendizagem.
tipo de avaliação deve fornecer devolutivas • Determina níveis de rendimento ao final de um processo de ensino.
ao estudante sobre o que ele aprendeu e • Comunica fracasso ou êxito.
o que precisa aprender, mas também pre- • Serve de seleção e agente classificador.
cisa trazer dados ao professor, visando a • Costuma apresentar os resultados quantitativamente.
identificar as lacunas de aprendizagem dos • Foca em quanto o estudante aprendeu e não se preocupa em como o
estudantes e os aspectos pedagógicos que aprendizado aconteceu.
devem ser modificados (VILLAS BOAS; NOBRE,
2020). Esse modelo de avaliação precisa ser
bem planejado para examinar a aprendiza-
gem ao longo das várias atividades reali-
AVALIAÇÃO FORMATIVA
zadas em sala de aula, sejam elas formais
ou informais. Ao incluir ferramentas de • Tem o propósito de melhorar o aprendizado durante o processo.
avaliação formativa, buscamos atender às • Identifica aspectos do processo educacional a serem aprimorados antes de
diferenças individuais dos estudantes e ten- sua conclusão.
tamos criar prescrições mais customizadas
• Remete a uma avaliação continuada da aprendizagem.
e estratégias alternativas que visem a re-
• Abrange o ambiente escolar como um todo (planejamento pedagógico,
metodologias usadas, professores), e não apenas o estudante.
cuperar eventuais falhas de aprendizagem.
• Possibilita que providências sejam tomadas imediatamente para melhorar o
Segundo a BNCC (BRASIL, 2018), a ava-
resultado de todos.
liação tem o objetivo de fazer uma análise
• Olha para o estudante por inteiro e de forma abrangente.
global e integral do estudante. Por esse
motivo, sugerimos a utilização de ferra-
mentas formativas, que devem considerar
os contextos e as condições de aprendiza-
gem, tomando tais registros como referên-
cia para melhorar o desempenho da escola, de garantir essa aproximação é instituir Diante do contexto atual, podemos dizer
dos professores e dos estudantes. Esse momentos de trabalho em grupo e de in- que as avaliações somativas e formativas
modelo de avaliação foca no processo – e teração que permitam o monitoramento são instrumentos válidos e complementa-
não no produto final – e, consequentemen- da turma em ação. Esses momentos são res. Ao combinar elementos somativos e
te, fornece informações que alimentam a encorajados na seção Outcome das lessons formativos, sugerimos manter uma comu-
customização do trabalho do professor de Currículo em Ação (Xperience Nova Es- nicação transparente com os estudantes
com base nas necessidades da turma e cola) e podem ser usados para a avaliação e suas famílias, explicando o valor de uma
dos indivíduos. formativa. Ao estabelecer uma rotina com avaliação mais global e enfatizando que o
É fato, no entanto, que seguir um mo- essa abordagem, o professor pode obser- ensino não deve ser focado em conteúdo,
delo formativo de avaliação pode ser mais var diferentes grupos em cada aula, co- mas sim em conhecimento. Para cada par-
desafiador em turmas mais numerosas. O nhecendo melhor os estudantes ao vê-los te do processo de aprendizagem do estu-
professor precisa conhecer cada estudante engajados com o aprendizado. Sugerimos dante, o professor pode desenvolver uma
e acompanhar seus diferentes momentos também criar o hábito de registrar o que estratégia única para que o estudante che-
de aprendizagem de forma individual. Nes- se passa na sala com fichas de acompa- gue aonde quer, alterando sua abordagem
ses casos, sugerimos estabelecer rotinas nhamento, por exemplo, que contenham os e metodologia. O quadro a seguir apresen-
de avaliação que permitam um contato nomes de todos os estudantes e anotações ta as principais características desses dois
maior com os estudantes. Uma maneira sobre o seu desempenho nas atividades. tipos complementares de avaliação:

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24 CADERNO DO PROFESSOR

Dentro de um modelo mais abrangente, de todo o período letivo, e não apenas ao Por fim, também sugerimos realizar
que enxerga a avaliação como elemento final de um bimestre, por exemplo. O obje- uma avaliação diagnóstica no início do ano
fundamental do processo de aprendiza- tivo desse processo é contribuir para que letivo para conhecer melhor os estudan-
gem, é muito válido instituir diferentes o estudante estabeleça parâmetros para tes e entender qual a bagagem deles em
instrumentos que favoreçam um compro- aprimorar seu autoconhecimento. relação à língua inglesa. Esse diagnóstico
metimento maior dos estudantes. Como re- O uso de portfólios como instrumento pode ser feito por meio de atividade escrita
sultado, eles passam a examinar o próprio de avaliação, ou até mesmo de autoava- e oral, levantando dados importantes so-
desempenho e são, assim, encorajados a liação, também é uma prática bastante bre as competências, as habilidades e os
refletir sobre o processo individual. Acre- eficiente no desenho de um acompanha- conhecimentos de cada estudante. Com
ditamos que momentos de autoavaliação mento mais formativo do processo de essas informações, fica mais fácil selecio-
podem contribuir para esse objetivo, além ensino-aprendizagem. Ao criar portfólios, nar técnicas de ensino, determinar priori-
de auxiliar os professores a perceber como é preciso que cada estudante reúna as pro- dades, antecipar dificuldades e desenhar
potencializar a própria prática (TOMLINSON, duções que considera mais significativas, estratégias de suporte para cada turma ou,
2007). Processos de autoavaliação que são tenham elas sido produzidas individual- até mesmo, para estudantes específicos.
implementados com sucesso podem ser mente ou em grupo, incluindo momentos Encorajamos uma avaliação que pro-
mais ou menos formais, mas costumam e espaços de autocorreção (PARENTE, 2014). mova não só uma análise do produto de
ajudar o professor a identificar, em parce- É importante pontuar que o portfólio não aprendizagem, mas também do processo
ria com os estudantes, as áreas do saber é uma simples coleção do que o estudante individual dos estudantes. Assim, sugerimos
que necessitam de mais trabalho e consoli- fez dentro ou fora da sala de aula. Para a utilização de uma variedade de instrumen-
dação. Além disso, ao desenvolver o hábito que ele tenha maior valor no processo de tos e modelos de avaliação, tanto formais
de se autoavaliar, os estudantes aprendem avaliação, o portfólio deve indicar o per- quanto informais. Esses instrumentos de-
a traçar metas mais realistas e a monitorar curso de aprendizagem, estimulando uma vem ser distribuídos ao longo de todo o
o próprio progresso. reflexão contínua que vá além do foco na ano letivo e podem ter maior aderência se
Sugerimos, então, que a autoavaliação precisão linguística, mas que considere as levarem em consideração as perspectivas,
permeie o contexto geral da sala de aula e habilidades, as estratégias e os processos possibilidades e recursos de seu contexto
que os estudantes entendam os critérios desenvolvidos, sempre olhando para a in- educacional específico. Por fim, reiteramos
com clareza. O material didático traz uma dividualidade do estudante. Dessa forma, que as avaliações precisam ser apresenta-
variedade de modelos de autoavaliação podemos, ao mesmo tempo, ter uma visão das de forma positiva, porque trazem tanto
ao final de cada unidade de trabalho e, em mais ampla da trajetória de cada estudan- informações necessárias para reorientar a
muitos casos, os estudantes são encora- te e usar o portfólio como ferramenta para prática docente quanto dados preciosos
jados, inclusive, a contribuir para a criação que os estudantes analisem o próprio de- para um maior autoconhecimento dos es-
dos critérios avaliativos. Nas diferentes sempenho de forma crítica e embasada. tudantes.
atividades propostas, os estudantes têm O portfólio organiza e agrupa produtos
oportunidades frequentes de refletir sobre diversos do processo de aprendizagem:
seu trabalho, conectando seu desempenho textos, desenhos, fotos, projetos, vídeos,
atual com o aprendizado futuro e conside- diagramas, cartazes etc. Tudo o que os es-
rando possíveis planos de ação para atin- tudantes criarem pode ser direcionado ao
gir os próprios objetivos. Entendemos que portfólio de cada um para que possam revi-
o professor continua tendo uma grande sitar e analisar o que produziram e construir
participação na atribuição da nota do es- reflexões sobre o que aprenderam, o que já
tudante, mas sugerimos que o processo conseguem fazer e o que podem desenvol-
inclua perguntas ou atividades norteadoras ver. Se possível, os estudantes podem, in- Para saber mais sobre
bastante específicas para que o estudan- clusive, escolher o que será incorporado ao avaliação, acesse o Guia de
te se autorregule. Todo resultado deve ser próprio portfólio, que pode ser organizado Avaliação de Língua Inglesa
comentado e, como professores, podemos em uma pasta, plataforma digital ou mesmo dos Anos Finais do Ensino
Fundamental, elaborado
debater as reflexões dos estudantes ao longo em uma parte selecionada do caderno.
pelo Instituto Reúna.

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25

Projetos

P
ara cada ano letivo de Currículo em Ação (Xperience Nova Escola), propomos dois
projetos interdisciplinares – um para cada semestre do ano letivo. Preferencial-
mente, cada projeto deve ser trabalhado ao longo das quatro unidades de cada
semestre, em momentos dentro e fora da sala de aula.
Os projetos abordam os temas de uma ou mais unidades do semestre por um novo
viés, expandindo e dialogando com outros componentes curriculares e estabelecendo
pontes entre o que foi aprendido e a comunidade de estudantes. Considerando a língua
como prática social de transformação do meio e do indivíduo, os projetos propostos
visam dar mais oportunidades de aprendizado e desenvolvimento aos estudantes por
meio do trabalho colaborativo, da pesquisa, da reflexão crítica e da exploração de gêneros
discursivos para a criação de um produto.

Esse desenvolvimento, tanto linguísti- inglesa. Os estudantes usam os conhecimen-


co quanto comunicativo, cognitivo e social, tos linguísticos e habilidades desenvolvidos
acontece por meio da criação de produtos ao longo das unidades para a realização das
que envolvem a comunidade escolar e, por etapas dos projetos; aprendendo a língua ao
vezes, vão além dos muros da escola. Os pro- usá-la (THORNBURY, 2006) e não para usá-la.
jetos trabalham habilidades e competências O professor atua como mediador da produ-
descritas na BNCC e no CEFR, que, por sua vez, ção dos estudantes e esses, por sua vez, são
afirmam que o uso de competências linguísti- protagonistas de todo o processo, desde a
cas e comunicativas no processo de produção observação do fenômeno a ser estudado até
e compreensão de textos de diferentes temas, a prototipação e criação do produto final,
sendo monitorado pelos próprios estudantes, trabalhando de forma autônoma.
leva ao reforço ou a modificação dessas com- Os projetos foram elaborados com base
petências (COUNCIL OF EUROPE, 2001). em cinco principais pilares teóricos: uma
Nos projetos de Currículo em Ação (Xpe- adaptação dos estágios de uma thinking
rience Nova Escola), os estudantes são vis- routine de Ritchhart, Church e Morrison (2011),
tos como agentes sociais – pessoas que vi- a taxonomia de Bloom (1956), o princípio de
vem em sociedade e têm tarefas a cumprir scaffolding de Bruner (1976), a zona de desen-
em determinadas circunstâncias, protagoni- volvimento proximal de Vygotsky (1978), e o
zando mudanças – e não como meros espec- modelo de ensino/aprendizagem proposto
tadores da realidade. Esses agentes sociais por David Kolb (1984).
vão observar, pensar, gerar hipóteses e testar As propostas de projetos estão organi-
um protótipo de ação com potencial para zadas em quatro estágios – um por unidade
transformar a comunidade escolar no seu didática –, pensando no trabalho em grupos
contexto mais amplo. Consideramos a lingua- com quatro a seis estudantes. Os estágios,
gem como prática social fundamentada na inspirados pelos princípios de Ritchhart,
BNCC, temos a oralidade, a leitura e a escrita Church e Morrison (2011), são See, Think,
como habilidades centrais para o desenvol- Wonder e Explore, considerando a necessi- Leia mais sobre
os pilares teóricos
vimento dos projetos, sempre com base em dade de gradação e suportes para a cons-
dos projetos de
textos autênticos. Cada etapa do projeto fun- trução do conhecimento. Veja na descrição Currículo em Ação
ciona como uma forma contextualizada, ativa das etapas como os projetos partem de (Xperience Nova
e criativa de uso e desenvolvimento da língua atividades menos para mais desafiadoras. Escola).

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26 CADERNO DO PROFESSOR

See perguntas e testam as hipóteses levantadas


No primeiro estágio, o foco é na observa- em Wonder para criar um produto que sinte-
ção. Os estudantes observam algum fenôme- tize todo o conhecimento construído sobre o
no da natureza ou da sociedade e registram fenômeno nas etapas anteriores. O produto
suas percepções. Eles podem criar uma pes- tem como base todas as observações, análi-
quisa, descrever uma imagem, uma situação, ses, perguntas e hipóteses desenvolvidas ao
um texto jornalístico ou até gravar esse fe- longo do projeto. Nesse último momento do
nômeno. A proposta desse trabalho inicial é projeto, o suporte do professor se restringe
que o estudante observe atentamente uma ao mínimo necessário.
situação a fim de compreendê-la de forma
clara e imparcial, com alto grau de suporte O produto das quatro etapas não pode
do professor. ficar apenas dentro da sala de aula, certo? Ele
pode e deve ser compartilhado com a comu-
Think nidade escolar e, quando pertinente, com a
Uma vez observado o fenômeno, os es- comunidade do entorno da escola. Para esse
tudantes desenvolvem o pensamento crí- compartilhamento, podem ser organizados
tico para explorar mais a fundo o problema saraus, feiras, exposições e apresentações;
no segundo estágio. Nesse momento, eles podem ser criados sites, blogs, panfletos,
voltam a observar o fenômeno, retomam as vídeos, podcasts e cartazes. É sempre im-
observações e refletem sobre elas. Algumas portante pensar de que outras formas as
perguntas que podem guiar essa reflexão produções dos estudantes podem ir além
são: O que causa essa situação? Por que dos muros da escola e como eles podem
isso funciona dessa maneira? Por que isso levar o que criaram ao maior número de
acontece? Qual é o outro lado da história? pessoas possível.
Podemos considerar outras versões para o Ao longo de cada projeto, o professor deve
mesmo fato? Se sim, quais? Os questiona- propor reflexões sobre o papel dos estudan-
mentos vêm dos estudantes que produzem, tes nos trabalhos realizados pelo grupo. Algu-
assim, perguntas autênticas de investigação mas perguntas possíveis são: Todos fizeram
real e significativa. sua parte? Como eu poderia ter participado
mais? Eu ouvi meus colegas, levando as opi-
Wonder niões deles em consideração? Cada um dos
No terceiro estágio, os estudantes criam quatro passos dos projetos é precedido de
hipóteses sobre como resolver, melhorar ou um checklist que contribui para que os estu-
lidar com a situação em estudo, com a prepa- dantes realizem uma autoavaliação contínua
ração dos questionamentos a serem respon- sobre a participação deles em cada etapa da
didos ao final do projeto. Até este momento, tarefa proposta.
os estudantes não estavam ativamente em Em conclusão, os projetos de Currícu-
busca de respostas, mas de perguntas me- lo em Ação (Xperience Nova Escola) visam
lhores. O papel do professor nesse estágio é colocar o conhecimento construído pelos
de facilitador do processo, dando cada vez estudantes durante as unidades e em inte-
Conheça os projetos
mais autonomia aos estudantes no trabalho, ração com colegas e o meio em prática de para o Ensino
visando ao produto final. formas que sejam relevantes, desafiadoras, Fundamental –Anos
motivantes e transformadoras! Finais!
Explore
No estágio final, chega a hora de transfor-
mar! Aqui, os estudantes buscam respostas às

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27

Guia de dicas e inspirações para um


planejamento pedagógico inclusivo
Ensino Fundamental - Anos Finais
INSTITUTO RODRIGO MENDES

E
nsinar inglês não se resume ao ensino da fonética, do vocabulário ou da sintaxe
desse idioma. Se, como nos ensinou Hannah Arendt, o papel da educação é apresen-
tar o mundo às novas gerações (ARENDT, 1990), ensinar Língua Inglesa é dar novas
chaves aos estudantes, permitindo-lhes abrir portas e janelas que até então estavam
fechadas. A aprendizagem de uma língua franca incentiva e possibilita aos estudantes
expandir os círculos de curiosidades, conexões, conhecimentos e relações para além do
grupo familiar, dos amigos imediatos e da sua comunidade mais restrita. Por isso, deixar
alguém de fora da aprendizagem dessa língua, mesmo de maneira não intencional, é
reduzir as possibilidades de acesso desse indivíduo ao mundo.

Nossa função enquanto professores é justa- utilizar as diferenças entre os estudantes para
mente permitir a participação plena de todos. que um aprenda com o outro, gerando um am-
Trabalhar na perspectiva da educação inclusiva biente de aprendizagem colaborativa.
nada mais é que se certificar de que esse “to- A educação inclusiva entende a deficiên-
dos” de fato significa todos, é não deixar nin- cia como parte dessa diversidade que existe
guém para trás. A sala de aula é formada pelos em todas as salas de aula. Isso fica claro na
mais diversos estudantes, e isso se reflete até prática, mesmo diante de especificidades
nas diferentes experiências com a língua ingle- que a princípio podem parecer dizer respeito
sa: um não se sente nem um pouco à vontade somente a um estudante. Uma aula que leva
para falar, mas se dá bem nas atividades es- em conta um estudante surdo pode facilitar
critas; outra gosta de assuntos internacionais, o acesso ao currículo a todos os estudantes –
como filmes e músicas, e pela sua curiosidade tenham eles alguma deficiência ou não – que
acaba tendo contato com a língua via internet; encontram um grande desafio nas atividades
tem também aquele que veio de uma escola que usam a fala como recurso principal. É essa
em que não se ensinava inglês e está tendo perspectiva que está por trás do planejamento
o primeiro contato com a língua. Tudo junto de aulas acessíveis.
e misturado. Ao nos depararmos com essas Vamos ver um exemplo real? A equipe
diferenças, muitas vezes passa pela cabeça que pedagógica da EMEF Manoel Vieira Queiroz
seria mais fácil se o grupo fosse homogêneo, Filho encontrou um desafio interessante:
se todos estivessem separados por nível de como ensinar inglês para um estudante
proficiência. Essa multiplicidade de vivências, cego? Por se tratar de uma turma de 3º ano
no entanto, não precisa ser vista como algo do Ensino Fundamental, etapa de ensino
negativo e pode, inclusive, estar a nosso fa- que utiliza com mais frequência os jogos e
vor, a favor da aprendizagem. Essa mudança as brincadeiras como estratégias didáticas,
de perspectiva é baseada em percepções e a ideia inicial era construir um jogo de trilha Veja um vídeo
sobre a importância
experiências que nós, professores, vivemos que trabalhasse conteúdos de Língua Ingle- do planejamento
cotidianamente. Sabemos que todo mundo sa e de sustentabilidade. Esse material, no pedagógico
aprende, e que pessoas diferentes aprendem entanto, não era acessível para o Carlos, um inclusivo.
de maneiras diferentes. Por isso, é importante estudante com deficiência visual que só con-

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28 CADERNO DO PROFESSOR

seguiria utilizá-lo com a mediação intensa e inglesa, quais são suas diferenças corporais
constante de outra pessoa. Para procurar ga- ou sensoriais, seus temas de interesse, suas
rantir sua participação plena e autônoma na formas de comunicação etc. O planejamento
atividade, a solução foi construir um jogo de é, então, uma potente ferramenta de inclusão
trilha interativo. Ao cair em uma determinada em nossas mãos.
casa, em vez de exigir, como na ideia inicial, Cabe a nós, enquanto educadores, pos-
a leitura de uma carta, era preciso apertar sibilitar o acesso de todos e de cada um,
um botão e, ao acioná-lo, uma pergunta era considerando as múltiplas formas de com-
feita por meio de áudio. No contexto dessa preensão e aprendizagem que compõem a
escola, foi possível construir um tabuleiro de sala de aula. Assim, na prática, a aposta na
MDF cortado a laser. No entanto, seria pos- educação inclusiva parte da mudança de
sível produzi-lo usando papelão, cartolina perspectiva que antecede o planejamento,
ou outro material que estiver à disposição parte da decisão de ensinar a todos e todas
na sua escola. e não deixar ninguém para trás.
Não é preciso nem dizer o quanto todas Com ajuda do inglês, é possível transitar
as crianças da turma, inclusive o Carlos, se por mais músicas, séries, filmes, sites de in-
engajaram muito mais na atividade e dispu- ternet… e também por um maior número de
tavam para participar do jogo nesse tabu- caminhos que se abrem na trajetória de vida
leiro interativo, sendo que toda a atividade dos estudantes. Isso é ainda mais potente na
era realizada em inglês. Mesmo se tratando adolescência, que é justamente o momen-
de uma faixa etária mais nova que a dos to em que esses jovens começam a buscar
estudantes aos quais o material é voltado, compreender seu lugar no mundo, a ter os
é possível extrair uma valiosa reflexão: no primeiros desejos de independência, a querer
fim das contas, a produção desse material criar uma identidade própria. O inglês garante
didático acessível, que foi planejado para aos estudantes, em uma fase tão marcada
possibilitar a participação do Carlos na ati- pelas descobertas, o direito de transitar e des-
vidade, estimulou a aprendizagem de todos. cobrir o mundo, de se sentir parte dele. E esse
(Você pode conhecer mais sobre essa expe- direito não é apenas de alguns, é de todos nós.
riência em: <https://www.youtube.com/wat- Deixar alguns de fora, principalmente quando
ch?v=B6h8nKvylVQ> Acesso em: 23 out 2020). estamos falando de pessoas com deficiência,
O primeiro passo ao preparar uma aula é não entregar chaves de oportunidades para
é conhecer muito bem as potências e os de- aqueles que, em nossa sociedade, costumam
safios daqueles que são os protagonistas se deparar mais frequentemente com portas
do processo de ensino-aprendizagem: os fechadas.
estudantes. Afinal, as aulas e propostas são Nós sabemos que você concorda, porém
pensadas para que eles aprendam. Nesse esbarra nos desafios de colocar isso em práti-
sentido, os materiais didáticos disponíveis ca. Pensando nesses desafios, elaboramos um
nesta coleção estão esperando por aquele complemento a este guia, propondo reflexões
último passo que só você pode dar: deixá-los e possibilidades.
com a cara da turma que os usará. Vamos juntos?
Você pode fazer isso investindo no pla-
nejamento das aulas. É a partir do planeja-
Conheça a versão completa
mento didático que tornamos as propostas
do Guia de dicas e inspirações
acessíveis a todas e todos, levando em con- para um planejamento
sideração para quem estamos elaborando as pedagógico inclusivo - Ensino
atividades, qual a experiência com a língua Fundamental Anos Finais

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29

Conheça o curso de inglês da


Nova Escola para professores
ASSOCIAÇÃO NOVA ESCOLA

N
enhuma reforma, currículo ou material didático, por mais inovadores que sejam seus
princípios pedagógicos, são suficientes para garantir o alinhamento entre o que está
no papel e o que acontece na sala de aula. Em outras palavras, não adianta estabelecer
os aprendizados ideais para os estudantes sem investir na qualificação dos professores para
serem mediadores dessas aprendizagens. Se o objetivo é aprimorar a fluência dos estudantes,
o professor também precisa aprimorar sua competência linguística.

Todos nós professores precisamos ser O curso é dividido em níveis de proficiên-


verdadeiros conhecedores do nosso objeto cia e cada nível possui dois componentes:
de estudo. Assim como o professor de Ma-
temática precisa saber aplicar o teorema de • General English for Teachers para trabalhar
Pitágoras e o de Geografia precisa entender as quatro habilidades (speaking, reading,
de biomas, nós precisamos entender de lín- listening e writing), gramática, vocabulário
gua inglesa e saber usá-la. Sem o domínio do e pronúncia, a partir de temas do cotidiano
nosso objeto de estudo, se torna desafiador docente.
acessar e avaliar recursos pedagógicos em • English for Teaching, com foco em situações
inglês, dar feedback aos estudantes, e ante- de uso da língua inglesa em sala de aula e
cipar dificuldades e planejar ações ao longo para aprimorar a interação com os estudan-
do processo ensino-aprendizagem. tes e colegas de trabalho.
Por isso, gostaríamos de fazer um convite
para virarmos a chave no ensino de inglês na Neste curso on-line, em que você estuda
rede pública. Nosso curso de inglês foi pen- e avança no seu ritmo, o objetivo é apri-
sado e desenvolvido por professores para morar a proficiência colocando a mão na
professores. Com isso, queremos dizer que massa, ou seja, usando o idioma e gerando
você esteve no centro de todas as decisões aprendizados que possam ser levados para
na criação do curso, fossem elas sobre o a sala de aula.
conteúdo ou os princípios pedagógicos. Por
consequência, os objetivos de aprendizagem,
assim como a experiência dos cursistas, espe-
Quer outras duas boas notícias?
lham o trabalho por habilidades previsto na
O curso é totalmente gratuito e
BNCC e contemplados no Currículo em Ação tem certificado de conclusão!
(Xperience Nova Escola). Use o QR code para saber mais!

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30 CADERNO DO PROFESSOR

Sugestões de aprofundamento

Avaliação
MULIK, K. B.; RETORTA, M. S. (Orgs.). Avaliação GIMENEZ, T.; CABRINI, L.; CALVO, S.; KADRI, M. S.
no ensino-aprendizagem de línguas (Orgs.). Inglês como língua franca: ensino-
estrangeiras: diálogos, pesquisas e aprendizagem e formação de professores.
reflexões. Campinas: Pontes Editores, 2014. São Paulo: Editora Pontes, 2011.
Essa coletânea de artigos busca promover Uma coletânea de artigos que trabalham
e ampliar as discussões sobre a avaliação com a definição e a conceituação do inglês
nos contextos de ensino-aprendizagem de como língua franca e suas contribuições
línguas estrangeiras modernas no Brasil. para diferentes maneiras de lidar com o
uso e ensino do inglês.
CANAN, A. G.; AMORIM, M. da S. (Re)pensando
a avaliação no ensino de línguas: o ponto JENKINS, J. English as Lingua Franca:
de vista dos estudantes. São Paulo: Paco Attitude and Identify. Oxford: Oxford
Editorial, 2019. University Press, 2007.
Apresentação de uma análise de Uma abordagem do inglês como língua
abordagens de ensino, contrapondo a franca e suas implicações para as
abordagem tradicional, que valoriza a identidades dos estudantes.
avaliação somativa, com a abordagem
humanista e cognitivista, que promove MACKENZIE, I. English as Lingua Franca:
avaliações qualitativas e continuadas, Theorizing and Teaching English. Londres:
por meio de um estudo de caso sobre Routledge, 2014.
a implantação de um novo sistema A obra examina as recentes teorias
avaliativo em uma escola de idiomas em sobre o inglês como língua franca e suas
que, pela primeira vez, o estudante teria implicações para o ensino.
participação no processo avaliativo.
Gêneros Discursivos
Educação inclusiva BAKTHIN, M. Os gêneros do discurso.
MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar: O que é? Tradução: Paulo Bezerra. São Paulo: Editora
Por quê? Como fazer? São Paulo: Summus, 34, 2016.
2015. Ensaios fundamentais de Bakhtin sobre os
A obra questiona práticas gêneros do discurso relacionados ao texto
homogeneizadoras da escola brasileira e a linguagem viva.
em relação à inclusão e analisa avanços e
mudanças dessa realidade do país. ROJO, R.; BARBOSA, J. P. Hipermodernidade,
multiletramentos e gêneros discursivos.
Inglês como Língua Franca São Paulo: Parábola, 2012.
GIMENEZ, T.; KADRI, M. S.; CALVO, L. C. S.
(Eds.). English as Lingua Franca in Teacher
Education. Berlin: de Gruyter Mouton, 2018.
Essa coleção de artigos aborda a questão
do inglês como língua franca no contexto
brasileiro de formação de professores.

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31

As autoras apresentam propostas bem práticas de sequências didáticas para a sala de


aula, analisando gêneros discursivos sobre a perspectiva bakhtiniana.

Translinguagem
GARCIA, O.; WEI, L. Translanguaging: Language, Bilingualism and Education. Nova York:
Palgrave MacMillan, 2014.
Pesquisadores renomados conceituam a abordagem de translinguagem e como ela
impacta nosso entendimento de linguagem e ensino de línguas.

CANAGARAJAH, S. Translingual Practice: Global Englishes and Cosmopolitan Relations.


Londres: Routledge, 2013.
O livro aborda aspectos inovadores ao argumentar a favor de estratégias negociadoras
realizadas por falantes multilíngues na construção de sua aprendizagem da língua inglesa.

ARENDT, H. Entre o passado e o futuro. São Paulo: Perspectiva, 1990

Referências bibliográficas
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal.
Tradução: Maria Ermantina Galvão G. BUTO, M. Y. Leitura e interpretação em Língua
Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1997. Inglesa por meio de um conceito de Vygotsky:
– ZDP. In: NORTE, Mariangela Braga (Coord.).
BLOOM, B. S. Taxonomy of Educational Desafios para a docência em língua inglesa:
Objectives, Handbook I: The Cognitive teoria e prática. São Paulo: Unesp, 2013. p.
Domain. New York: David McKay Co Inc, 9-27. Disponível em: <https://acervodigital.
1956. unesp.br/bitstream/unesp/155335/1/unesp-
nead-redefor2ed-e-book_tcc_lingua_inglesa.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de pdf>. Acesso em: 8 nov. 2020.
1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, CANAGARAJAH, S. Translanguaging in the
Brasília, DF, 23 dez. 1996. Classroom: Emerging Issues for Research
and Pedagogy. Applied Linguistics Review, v.
______. Ministério da Educação; Secretaria 2, p. 1-28, maio 2011.
da Educação Básica; Conselho Nacional de
Educação. Base Nacional Comum Curricular. CLAUS, M. M. K.; BARTHOLOMEU, M. A. N.;
Brasília: MEC; SEB, 2018. SILVA, K. A. Autoavaliação: uma alternativa
contemporânea do processo avaliativo.
______. Ministério da Educação; Secretaria Revista Brasileira de Linguística Aplicada,
de Educação Fundamental. Parâmetros v. 7, n. 1., 2007. Disponível em: <https://
Curriculares Nacionais de Língua www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
Estrangeira (PCN-LE). Brasília: MEC; SEF, 1998. arttext&pid=S1984-63982007000100006>.
Acesso em: 28 jul. 2020.

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32 CADERNO DO PROFESSOR

Justice: Globalising the Local. New Delhi: Disponível em: <http://ceale.fae.ufmg.br/


CANI. J. B. O papel do Quadro Comum Orient Blackswan, 2009. p. 140-158. app/webroot/glossarioceale/verbetes/
Europeu de Referência para Idiomas: generos-do-discurso>. Acesso em: 14 de
aprendizagem, ensino e avaliação (QCER) HATTIE, J. A. C. Visible Learning for out. 2020.
na internacionalização das IES: uma Teachers: Maximazing Impact on Learning.
análise sob a perspectiva do letramento London: Routledge, 2012 ROJO, R; BARBOSA, J. Hipermodernidade,
crítico e dos multiletramentos. Trabalhos multiletramentos e gêneros discursivos. 1.
de Linguística Aplicada, n. 57.2, p. KOLB, David A., Experiential Learning: ed. São Paulo: Parábola, 2015.
1164-1188, maio/ago 2018. Disponível Experience as the Source of Learning
em: <https://www.scielo.br/pdf/tla/ and Development. Englewood Cliffs, N.J.: SOARES, W.; VICHESSI, B. O que é avaliação.
v57n2/0103-1813-tla-57-02-1164.pdf>. Prentice-Hall, 1984. Nova Escola, abr. 2017. Disponível em:
Acesso em: 24 ago. 2020. <https://novaescola.org.br/conteudo/8778/
KOLB, Alice; KOLB, David. 8 things learning o-que-e-avaliacao>. Acesso em: 29 de jul.
COLE, M. et al. (eds.) L.S. VYGOTSKY: Mind cycle. AEL reprint 40-3. 2018. 2020)
in society: the development of higher
psychological processes. London: Harvard LUCKESI, C. C. Avaliação educacional THORNBURY, Scott. An A-Z of ELT a
University Press, 1978. escolar: para além do autoritarismo. In: dictionary of terms and concepts used
Avaliação da aprendizagem escolar. São in English Language Teaching. Oxford:
CONSELHO DA EUROPA. Quadro Europeu Paulo: Cortez, 1996 Macmillan, 2006.
Comum de Referência para as Línguas:
aprendizagem, ensino, avaliação. Porto: MAURANEN, A. Conceptualising ELF. In: TOMLINSON, C. A. Learning to Love
Edições ASA, 2001. Disponível em: <https:// JENKINS, J.; BAKER, W.; DEWEY, M. (Ed.). Assessment. Educational Leadership, v. 65,
www.dge.mec.pt/sites/default/files/ The Routledge Handbook of English as a n. 4, p. 8-13, 2007.
Basico/Documentos/quadro_europeu_ Lingua Franca. Abingdon, UK: Routledge,
comum_referencia.pdf>. Acesso em: 24 2018, p. 7-24. VILLAS BOAS, I.; NOBRE, V. Getting into ELT
ago. 2020. Assessment. São Paulo: Cengage, 2020.
PARENTE, C. O portfólio sob o olhar da
COUNCIL OF EUROPE. Common European criança. In: GUIMARÃES, M. C.; CADORNA, M. VOGEL, S.; GARCÍA, O. Translanguaging.
Framework of Reference for Languages: J.; OLIVEIRA, D. R.. Portfólio: uma estratégia Oxford Research Encyclopedia of
learning, teaching, assessment. de avaliação na Educação Infantil. Porto Education. Oxford: Oxford University
Strasbourg: Cambridge University Press, Alegre: Mediação, 2014. Press, 2017. Disponível em: <https://
2001. Disponível em: <https://rm.coe. oxfordre.com/education/view/10.1093/
int/1680459f97>. Acesso em: 20 ago. 2020. PICCARDO, E; NORTH, B. The action-oriented acrefore/9780190264093.001.0001/
approach: a dynamic vision of language acrefore-9780190264093-e-181>. Acesso
Crystal, D. Two thousand million? English educations. 1 ed. Bristol: Multilingual em: 28 ago. 2020.
Today, v. 1, n. 24, p. 3-6. Strasbourg: Matters, 2019
Cambridge University Press, 2008. WEI, L. Translanguaging as a Practical
RITCHHART, Ron; CHURCH, Mark; MORRISON, Theory of Language. Applied Linguistics.
DELORS, J. Educação: um tesouro a Karin, Making Thinking Visible: How To v. 39, i. 1, p. 9-30, 2018. Disponível em:
descobrir. Brasília: UNESCO, 2010. Promote Engagement, Understanding, <https://academic.oup.com/applij/
And Independence For All Learners. San article/39/1/9/4566103>. Acesso em: 28 de
GARCÍA, O. (2009). Education, Francisco-CA: Jossey-Bass, 2011. Print. ago. 2020
multilingualism and translanguaging in
the 21st century. In: MOHANTY, A.; PANDA, ROJO, R. Gêneros do discurso. Glossário WOOD, D. J.; BRUNER, J. S.;ROSS, G. The role
M.; PHILLIPSON, R.; SKUTNABB-KANGAS, T. Ceale: Termos de alfabetização, leitura of tutoring in problem solving. Journal of
(Eds.). Multilingual Education for Social e escrita para educadores, [2014]. Child Psychiatry and Psychology, 1976.

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33

After I arrive I talk to my friends and wait for the There is a neighbourhood of houses next to the
Audio script bell. I then visit my locker to get my books. gold course so people could look out and see
For my first class I revisit my locker two or three the golfers. And in the distance across the lake,

6º ANO
times during the day since I change classrooms some lady was yelling: “Mable! Mable!”
for each of my four daily classes. Huh. Wonder where Mable is.
When lunchtime comes I head to the cafeteria “Mable get over here. What are you doing?”
UNIT 5 to get food from the lunch line after eating lun- Sh-she-oh! She’s talking to me!
ch with my friends head back to class and finish “Mable you are in so much trouble!”
16, 17, 18 AND 19 my classes for the day. My dad and I didn’t know what to do. This lady in
Once school ends most American teenagers the distance thought I was Mable, when... I was
Lesson 2 - Listening Activity 2 have an after school activity such as sports or not Mable. I am Jaden. But she didn’t know that.
Alex: I like playing cricket… and playing sports extra music and art classes. “Mable. What are you doing? Get back here!”
football, golf, tennis… When I get back home take care of my dog again We peddled away.
Risheka: I sometimes like reading and watching take a shower get my homework done. I hope Mable wasn’t into much trouble when she
TV a bit. I like a lot of things… maybe best of Dinner time eventually comes around and we got back home.
have a chance to talk as a Family. Fonte: Jaiden Animations. My childhood stories. Youtube,
Friends and BBC programs. 2017. Disponível em: <https://www.Youtube.Com/

Mathew: My hobbies are playing the piano, I then relax by watching TV or playing a game watch?V=0r7mqwmbiqc> (2:44-2:50; 2:58-3:41; 4:29-4:35). Acesso
em: 20 set. 2020.
swimming, and skateboarding. and around 10 o'clock I brush my teeth and
Fonte: Vox Pops International. Kids. What do you like to do in
your free time? Youtube, 2012. Disponível em: <https://www.
Youtube.Com/ watch?V=yuii2olgcdm> (01:09-01:15). Acesso em:
climb into bed my day has come to an end.
Extracted from: BRADLEY, Austin. The Daily Life of an American
Teenager. Youtube, 2014. Available at: <youtube. com/
8º ANO
UNIT 6
7 set. 2020. watch?v=B8QwKTGLlyw> (0:00-0:16; 0:46-1:07; 1:27-01:31;
1:41-1:46; 2:00-2:13; 2:14-2:29; 2:52-3:02; 3:57-4:08; 4:22-4:33;
4:42-5:05). Accessed on: 10 Oct. 2020.

20, 21 AND 22 9
Lesson 3 - Listening
Activity 3
7º ANO Lesson 1 - Listening Activity 4
Welcome back to the Weather Center.
Isaiah: Hey guys, it's Isaiah. UNIT 5 Today it's going to be much warmer compared
Liv: and LIv from the Kidz Bop Kids. to what we saw yesterday, but we are starting
Isaiah: Today we're gonna be playing two truths 19
off the day with cloudy and rainy conditions
and a lie. Let's get started. Ready. Lesson 1 - Listening Activities 1, 2 across the Eastern areas.
Liv: Yeah, okay, so number one: my dad was a and 3 This Tuesday we are expecting up to 60% chance
professional baseball player. Number two: I of rain for a good part of your day.
won my first beauty pageant when I was seven Sometimes it is hard to know what to eat to be Now because of that we have a warning issued
years old okay? And number three my favorite healthy. My plate is a simple guide to help us by the South African Weather Service for severe
subject in school is Math. out. Notice the five food groups: fruits, vegeta- thunderstorms.
Isaiah: Okay. Think that the second one was a lie. bles, protein, grains and dairy. Our plate at home Fonte: eNCA. Weather Forecast - Sunday, 31 August 2020. Youtube,
2020. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=0lw_
Liv: It’s your final answer. Yeah, you are correct. should look similar to my plate guide. Notice kFvzpHw&feature=youtu.be&ab_channel=eNCA> (0:00-0:01;
how half the plate is full of fruits and vegeta- 0:38-0:47; 1:02-01:09; 1:28-1:34). Acesso em: 10 out. 2020.
Isaiah: Whoa, whoa, let’s get it.
Liv: Okay. bles. A smaller portion contains protein like lean 10
Fonte: Kidz Bop. Two truths & a lie with liv & isaiah from the kidz meat or fish. There is also grains like whole grain
bop kids. Youtube, 2018. Disponívelem: <https://www.Youtube.
Com/watch?V=z04gph91kis&ab_channel=kidzbop> (00:00 até bread or pasta and dairy like milk, yoghurt or Lesson 1 - Listening Activity 5
00:38). Acesso em: 7 set. 2020.
cheese. Follow the my plate guide.
Fonte: KSPS Public TV. FIT KIDS Episode 66: My Plate Food Groups.
Welcome to Morning Live Weather. Today wee-
UNIT 6 Youtube, 2012. Disponível em: <https://www.youtube. com/
watch?v=Ebm04EO91_U> (0:00-0:40). Acesso em: 14 out. 2020.
kend we do start with mostly partly cloudy
conditions over the southern and the eastern
23 UNIT 6 areas, a 30% chance of some showers and rain
is expected along the south west coast as well
Lesson 2 - Listening Activities 2 as along the garden route of the eastern Cape,
21
and 3 open only for this morning.
Lesson 3 - Listening Activities 2 The interior is mostly clear for today with mos-
Hi my name is Austin I'm an average 15 year old
of southeastern United States I live in a pretty
and 3 tly cool temperatures and warm temperatures
over the northern areas of the country. Now we
normal house in a pretty normal city in a not so There is this golf club course a block or two
start with the Gauteng province. We are still ex-
normal country. down from my house that had a little lake and
pecting warm temperatures for today. Tshwane
My alarm clock wakes me up in the morning and my dad and I would ride our bikes to it every
will be at 28 while Johannesburg will peak at a
I get myself out of bed I get ready take care of once in a while to feed the ducks.
maximum of 25.
my dog and eat breakfast. We were feeding the ducks, minding our own Fonte: SABC News. SA Weather | Sunday 27 September 2020.
My sister and I hop into my dad's car so he can business, when all of a sudden we hear from Youtube, 2020. Disponível em: <https://www. youtube.com/watc
h?v=GAu8VVkwSTE&feature=youtu. be&ab_channel=SABCNews>
drop us off at our schools. across the lake: “Mabel! Mable!” (0:16-0:31; 0:42-0:59). Acesso em: 10 out. 2020.

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34 CADERNO DO PROFESSOR

9º ANO
UNIT 5
16 19 22
Lesson 3 - Listening Lesson 1 - Listening Lesson 3 - Listening
Activities 2, 3 and 4 Activity 5 Activities 4 and 5
Female voice: (Dutch) Yum, Harison… Ik vond het Speaker 2: If we see, there are hundreds of Adam: In terms of content, and this is – I can’t
geweldig. languages in the world. So, it's not possible for stress this enough – very very very important:
Male voice: (Italian) Hmm, voglio di piu… Harison someone to learn half of… even half of these one central idea in one paragraph. So, for exam-
cioccolatini. languages to communicate with other people ple: if you start a paragraph and you’re talking
Male voice: (French) Humm, yam… Harison! C'est staying in different parts of the world. So, En- about apples, continue to talk about apples. One
tellement bon. glish is something that brings us to a common paragraph, one central idea.
Male voice: You might have heard them at diffe- point, which gives, [uh] it's a common language Now, make sure that you tell the reader what
rent voices, but all are happy expressions after which helps in exchanging ideas. this central idea is. This is your thesis statement.
having Harison chocolates. Even if we see the national struggle of India, En- Okay? It’s a very general sentence. All it does is
Female voice: Harison, you will love it! Go get your glish played a major role in it because since En- introduce the topic of the paragraph, nothing
Harison chocolates from the duty-free stores. glish was there people from various parts of In- else. all the details come after.
Male voice: Just remember – just only available dia, specifically South India and North India, if we So now, the details. Very important to have lots
at duty free stores. Get them for your loved ones see the language was not different, so English of details. Why is this topic important to your
when you fly next time. [they] gave them a common platform to come overall idea of your essay? Not only tell what is
Female voice: Harison Premium Chocolate are together to discuss the idea. So, yes, English is ‘a the topic, what is the thesis statement of the pa-
made in Belgium, Italy and Switzerland. must’ to come to a common platform. ragraph, make sure you explain to me why this
Male voice: Harison: passionately delicious cho- Fonte: ENGLISH Language: Hurdle Or Equaliser? 27 dez., 2016. is important to the general idea of the essay.
1 vídeo (8:43 min). Publicado pelo canal NDTV. (Trecho: 01:01-
colate. 01:43). Disponível em: <https://youtu.be/ goXcFqk6jjo>. Acesso Now, in terms of flow, in terms of the way the
em: 20 nov., 2020.
Fonte: HARISON Chocolate - Radio Commercial. 12 nov., 2019.
1 video (0:32 min). Publicado pelo canal Harison Premium
reader can approach the paragraph, you have
Chocolates. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=gZOEqunjs0c>. Acesso em: 20 nov., 2020.
20 to have bridges. Every sentence must have a
link to the next sentence. This creates flow, ma-
17 Lesson 1 - Listening kes it much easier to read and understand, and
Activity 6 it keeps you on the one topic.
Lesson 3 - Listening Avoid repetition. Try not to use the same word
Speaker 1: And I believe when we are talking
Activity 2 more than once in one paragraph. Okay?
about… [we have] when we are bringing the
Male voice: Harison: passionately delicious cho- term ‘survival’ I'm sure we are not talking along At the end of your paragraph when you’re co-
colate. the lines of Herbert Spencer, because when we ming to the end, if this is part of your body
Fonte: HARISON Chocolate - Radio Commercial. 12 nov., 2019.
are saying that if we do not know English ‘we – means there’s another paragraph coming –
1 video (0:32 min). Publicado pelo canal Harison Premium
Chocolates. (Treco: 00:28-00:32). Disponível em: <http://www. are dead’, it means that English becomes the leave me some sort of bridge to the next para-
youtube.com/watch?v=gZOEqunjs0c>. Acesso em: 20 nov., 2020.
basis for our survival. That is… that shouldn't be graph. Or, if you can’t do that, then just conclude
the paragraph, make sure it’s a very clear state-
UNIT 6 the thing. That's why I said in the beginning it be-
comes a barrier. ment that this idea is finished, I’m done talking
Fonte: ENGLISH Language: Hurdle Or Equaliser? 27 dez., 2016. about this idea, and then start your next para-
18 1 vídeo (8:43 min). Publicado pelo canal NDTV. (Trecho: 04:01-
graph with some bridge to the previous one.
04:40). Disponível em: <https://youtu.be/ goXcFqk6jjo>. Acesso
em: 20 nov., 2020.
Lesson 1 - Listening Fonte: WRITING Skills: The Paragraph. 22 jul., 2013. 1 vídeo (14:32
min). Publicado pelo canal English Lessons with Adam – Learn
Activity 4 21 English [engVid]. (Trecho: 0:04- 0:19). Disponível em: <https://www.
youtube.com/watch?v=0IFDuhdB2Hk>. Acesso em: 9 out. 2020.

Speaker 1: So, our next topic for discussion is Lesson 3 - Listening


“are we really dead if we don't know English?” Activity 3
So, yes, of course, language is a big barrier in
terms of getting admitted in certain institutions, Man: I’m Adam. Today’s lesson is about the pa-
especially higher institutions. And English beco- ragraph. It’s a writing lesson, and I want to show
mes a compulsory subject in almost every se- people what a paragraph is and how to cons-
lection exam that we go through. So, I think ‘yes, truct one. What to do, what not to do so you can
of course, that's a big barrier.’ write very clear, very tight paragraphs.
Fonte: IF you could change one thing in the world, what would
Fonte: ENGLISH Language: Hurdle Or Equaliser? 27 dez., 2016.
it be? 16 dez., 2019. 1 vídeo (6:59 min). Publicado pelo canal
1 vídeo (8:43 min). Publicado pelo canal NDTV. (Trecho: 00:11-
Hmongdailylife Today. (Trecho: 00:19-00:26). Disponível em:
00:34). Disponível em: <https://youtu.be/ goXcFqk6jjo>. Acesso
<https://www.youtube.com/ watch?v=32y4wJNs6Qg>. Acesso
em: 20 nov., 2020.
em: 25 out. 2020

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35

Créditos de fotos

6º ANO 7º ANO 8º ANO


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Unit 5 Unit 5 Unit 5 Pixabay: Foundry Co from Pixabay ;


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Social Butterfly from Pixabay; roobertoo
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Getty Images/Getty Images Plus: FG
Trade/E+; bymuratdeniz/E+; Pollyana Freepik; 8b Freepik; 5 dashu83; 5 javi_indy; Getty Images/Getty Images Plus: cerro_
2c Freepik; 2e Freepik; 2f Freepik; 1d jcomp;

9º ANO
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Chorge/Hindustan Times; E.Hanazaki 1e dashu83; 7 xamtiw; 1g VectorPortal; Images North America; Johnce/E+; Buda
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1. 2 Alys Tomlinson/Cultura; 1. 3 Alys wirestock; 12b wayhomestudio. R.M. Nunes/iStock/Getty Images Brasil; Edu

Unit 5
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E+; 6e Frank Gaglione/DigitalVision; 1 King/EyeEm; 1g LEONELLO CALVETTI/ Moment; Westend61/Moment; Westend6/
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Unit 6
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Unit 6
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Unit 6
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Unit 6
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3636 CADERNO DO PROFESSOR

Unit 5
Objetivos
I belong! • Ler e compreender a seção About me de um blog;
• Aprender e usar vocabulário para falar de atividades de lazer e pre-
ferências;
• Escrever uma seção About me para seu blog;
• Ouvir e compreender uma entrevista sobre atividades de lazer favoritas;
• Aprender vocabulário relacionado a entrevistas e atividades de lazer
favoritas;
INTRODUÇÃO • Preparar e fazer uma entrevista sobre atividades de lazer favoritas;
O objetivo da unidade – I belong! – é trabalhar a identidade do estudan- • Ouvir e compreender dois colegas jogando Two truths and a lie;
te, suas preferências e seu lugar no mundo. Para isso, são sugeridas • Aprender e usar adjetivos para descrever suas impressões sobre a
atividades sobre questões de identidade: quem são, do que gostam e personalidade de outras pessoas;
não gostam, como e com quem vivem, a quais grupos ou comunidades • Jogar Two truths and a lie;
pertencem etc. • Ler e compreender um poema;
Sugerimos fazer o download de todos os áudios necessários às aulas a • Aprender e usar os artigos indefinidos para falar de outras pessoas;
partir dos QR codes no Livro do Aluno caso não haja acesso à internet • Aprender e usar novos adjetivos para escrever um poema;
na sala de aula ou o acesso seja instável. • Escrever um poema;
Além das propostas e atividades na unidade, há prática adicional no Xtra • Classificar as principais partes de uma célula;
(p. 209-212). Recomendamos solicitar aos estudantes, ao final de cada • Identificar as funções de uma célula;
aula, que façam as atividades correspondentes como tarefa para casa. • Expandir repertório lexical referente a células e as partes do corpo.

Habilidades BNCC

EF06LI01 EF06LI07 EF06LI13


Interagir em situações de intercâmbio oral, de- Formular hipóteses sobre a finalidade de um Listar ideias para a produção de textos, levando
monstrando iniciativa para utilizar a língua inglesa. texto em língua inglesa, com base em sua es- em conta o tema e o assunto. Planejamento do
trutura, organização textual e pistas gráficas. texto: organização de ideias.
EF06LI04
EF06LI09 EF06LI14
Reconhecer, com o apoio de palavras cognatas
e pistas do contexto discursivo, o assunto e as Localizar informações específicas em um texto. Organizar ideias, selecionando-as em função da
informações principais em textos orais sobre estrutura e do objetivo do texto.
temas familiares. EF06LI11
EF06LI17
Explorar ambientes virtuais e/ou aplicativos para
EF06LI05
construir repertório lexical na língua inglesa. Construir repertório lexical relativo a temas fa-
Aplicar os conhecimentos da língua inglesa miliares (escola, família, rotina diária, atividades
para falar de si e de outras pessoas, explicitan- EF06LI12 de lazer, esportes, entre outros).
do informações pessoais e características rela-
Interessar-se pelo texto lido, compartilhando
cionadas a gostos, preferências e rotinas. EF06LI19
suas ideias sobre o que o texto informa/co-
munica. Utilizar o presente do indicativo para identificar
pessoas (verbo to be) e descrever rotinas diárias.

Habilidades BNCC – Currículo Paulista – Ciências

EF01CI02 EF01CI04 EF06CI05


Localizar, nomear e representar graficamente Comparar características físicas entre os cole- Explicar a organização básica das células e seu
(por meio de desenhos) partes do corpo humano gas, reconhecendo a diversidade e a importân- papel como unidade estrutural e funcional dos
e explicar suas funções. cia da valorização, do acolhimento e do respeito seres vivos.
às diferenças.

S4PEF2_6_CP_036-055.indd 36 21/01/21 12:47


UNIT 5 37

Opening LESSON 3
As imagens nas páginas de abertura mostram adolescentes em diver- Esta lesson, com Outcome oral, trabalha conteúdos gramaticais em
sas situações, praticando atividades variadas, visando a apresentar contexto, como o Present Simple e adjetivos, no jogo Two truths and
os temas e discutir a ideia de pertencimento. Este é o momento para a lie. Os estudantes ouvem duas crianças brincando deste jogo para
começar o trabalho com o quadro da seção Self-Assessment no Closing. reproduzi-lo em sala com os colegas, utilizando seus próprios dados.
Peça aos estudantes que preencham as duas primeiras colunas com o
que sabem sobre os temas que vão ser trabalhados e o que esperam Atenção!
aprender e deixem a última coluna em branco, pois ela será utilizada
Você pode usar um dicionário bilíngue com a turma caso necessário.
somente após o fechamento da unit.
Para estimular a ampliação do léxico da turma, sugerimos anotar em um
Recomendamos registrar os pontos levantados em um pôster ou em
flipchart o vocabulário incidental construído ao longo da unit para refe-
um flipchart para aumentar a visualização do que está sendo ensinado
rência. Decida com os estudantes a organização desse léxico em catego-
e aprendido. No decorrer da unit, use esse pôster para pontuar como as
rias: por lesson, com a tradução da palavra ao lado, por tópico etc.
áreas de interesse da turma estão sendo trabalhadas sempre que hou-
ver uma atividade relacionada aos temas escolhidos pelos estudantes. 

LESSON 1 LESSON 4
Elaborada para que o estudante possa escrever um pequeno texto
Nesta lesson, os estudantes criam um poema sobre si mesmos a partir
sobre si mesmo no Outcome, nesta lesson o estudante lê a seção About
da leitura de um poema. Recomendamos trazer exemplos de poemas
me de um blog. Recomendamos se familiarizar com blogs em geral:
para compartilhar com a turma.
seu funcionamento, estrutura, componentes etc. Sugerimos que os
estudantes tenham à mão um dicionário bilíngue para realizar algumas 
atividades na lesson e sugerimos também que o estudante tenha uma
foto ou ilustração para ilustrar o Outcome. CROSS-CURRICULAR LEARNING
Esta lesson segue a metodologia CLIL (Content and Language Inte-
Conteúdo adicional grated Learning), que é um método que integra o ensino de conteúdo
do currículo com o ensino de uma língua não nativa. Nesta lesson, os
Para aprender um pouco mais sobre blogs, acesse tutoriais no link:
estudantes contemplarão a junção com a área de Ciências. Falaremos
<https://www.lifewire.com/fundamental-parts-of-blog-3476586>. (Acesso
sobre as células e as partes do corpo.
em: 8 jul. 2020).
Para entender de forma detalhada o funcionamento de um blog, acesse
o link <https://www.teachingenglish.org.uk/article/blogging-elt> (Acesso Atenção!
em: 8 jul. 2020). Caso seja possível conectar-se à internet, você pode sugerir Para esta seção, sugerimos ao professor o levantamento prévio do
que os estudantes acessem o blog utilizado na lesson neste link <https:// vocabulário específico da área de Ciências presente nesta seção para
whatlexieloves.blogspot.com/p/about-me.html> (Acesso em: 8 jul. 2020). que a aula flua com tranquilidade.
Se possível, crie com os estudantes um blog da turma para as produ-
ções feitas nesta unidade e ao longo do ano letivo. Para ter sugestões de Conteúdo Adicional
plataformas, acesse o link: <https://rockcontent.com/blog/plataformas-
gratuitas-para-blog/> (Acesso em: 8 jul. 2020), que lista 10 opções de pla- Para maiores informações sobre células: <https://escolakids.uol.com.
taformas grátis disponíveis. Caso não seja possível, sugerimos separar e br/ciencias/celulas.htm> (acesso em 16 out. 2020).
customizar um espaço no mural ou na parede da sala para compartilhar Características de um ser vivo: <https://escolakids.uol.com.br/ciencias/
as produções. caracteristicas-um-ser-vivo.htm> (acesso em 16 out. 2020).

 

LESSON 2 Closing
Esta lesson aborda as atividades favoritas (free-time activities) dos Aqui os estudantes voltam à tabela do Self-Assessment, preenchida
estudantes, trabalhando atividades de compreensão de uma entrevista por eles no começo da unidade, para que releiam o que escreveram e
com crianças. Na seção Outcome, os estudantes entrevistam os colegas reflitam sobre os conteúdos aprendidos, os conhecimentos adquiridos
a fim de colher informações. e se mudaram de opinião sobre si mesmos. Caso tenha criado o blog
da turma, reveja os posts e discuta com os estudantes a participação
Atenção! e o engajamento deles e os pontos positivos, além do que pode ser
melhorado e como fazer isso.
Para essa lesson, peça aos estudantes que tragam imagens de suas ativi-
dades favoritas, que podem ser desenhos, recortes de revistas e catálo-
gos ou encontradas na internet.


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38 CADERNO DO PROFESSOR
2 CADERNO DO ALUNO

OPENING Unit 5 Girls and their


skateboards in

Sugestões de
Janwaar, India.

procedimentos I belong
Objetivos
• Apresentar e discutir os tópi-
cos presentes na unit;
• Ajudar o estudante a refletir
sobre a ideia de pertencimento.

Materiais
• folhas de papel A4
• lápis de cor

Warm-up
• Para que os estudantes come-
cem a refletir sobre seu lugar no
mundo, distribua folhas de papel
a cada um. Peça a eles que dese-
nhem a si mesmos no lugar onde
mais apreciam estar: em casa, na
escola, na rua, em algum espaço
público, na praia etc. Nesse dese-
nho, eles devem incluir as pessoas
com as quais mais gostam de es-
tar, como familiares, amigos do
bairro, vizinhos e colegas de classe.
• Ao final, peça aos estudantes
que apresentem seus desenhos à
turma ou que os compartilhem em
pequenos grupos, contem um pou-
Girl reading and
co sobre si e os lugares e pessoas writing poems.
retratados nos desenhos. Peça que
um de cada grupo conte o que des-
cobriu sobre seus colegas e o que
mais chamou sua atenção.

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3 UNIT 5 39

ATIVIDADE 1
• Abra uma discussão com os es-
tudantes acerca dos temas que
permeiam a unit. Em seguida, peça
que se dividam em duplas ou trios
para discutir as questões.
• Estimule o debate sobre suas
rotinas, estrutura familiar, hob-
bies, atividades extracurriculares
e aquelas que gostariam de fazer.
• Como expansão da atividade,
você pode discutir com a turma
como aprender a língua ingle-
sa pode ajudá-los a pertencer a
outros grupos, comunidades e
lugares.

Wrap-up
• Peça aos estudantes que, basea-
dos nas informações que partilha-
ram, tentem se definir com apenas
três palavras. Em seguida, solicite
que escolham uma das palavras
que utilizaram e a escrevam em
um pedaço de papel, o qual deve-
rá, em seguida, ser colocado em
uma sacola ou caixa, que ficará
com você.
• Passe pelas carteiras com a caixa
ou sacola para que cada estudante
1. Discuta as perguntas com seu professor e colegas. sorteie um papel e opine sobre qual
a. O título desta unidade é I belong! (Eu pertenço!). O que a palavra colega é definido por aquela carac-
pertencer significa para você? terística sorteada e como chegou
b. Você sente que pertence a algum lugar, grupo ou comunidade? àquela conclusão. A turma poderá
c. Alguma das atividades nas imagens faz parte da sua vida? opinar se concorda ou não com a
d. Quais atividades nas imagens mostram pertencimento? Por quê?
opinião e o estudante mencionado
4. Navegar na internet faz parte da sua rotina? O que você gosta deverá confirmar se aquela defini-
de ver na rede? Quais são seus sites favoritos? Resposta pessoais ção foi escrita por ele. Caso contrá-
5. Quem é você? Crie uma definição com três palavras. rio, ele deve se apresentar, dizendo
Respostas pessoais
6. O que você mais gosta nas pessoas com as quais convive? quais palavras escolheu para se
Respostas pessoais definir e por quê.

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40 CADERNO DO PROFESSOR
4 CADERNO DO ALUNO

LESSON 1 Lesson 1
Sugestões de Can you write about yourself?
procedimentos READING
Você pode conduzir as atividades Pre-Reading
das seções Pre-Reading e Post-
1. O que você sabe sobre blogs? Assinale [√] as opções que você acredita serem
Reading em inglês, caso entenda verdadeiras.
que os estudantes são capazes de a. [ √ ] Blogs podem ser um diário pessoal digital.
lidar com as tarefas dessa forma. b. [ √ ] Eles podem utilizar texto (linguagem verbal) e fotos ou ilustrações
(linguagem não-verbal).
c. [ ] A linguagem verbal em blogs deve ser sempre formal.
Objetivos d. [ √ ] Os posts em um blog aparecem em ordem cronológica, com o mais recente no topo.
• Ler e compreender a seção e. [ √ ] É possível criar um blog para falar sobre qualquer assunto.
About me de um blog;
• Aprender e usar vocabulário While Reading
para falar de atividades de lazer 2. Read the blog post. Circle true (T) or false (F).
e preferências
• Escrever uma seção About me
para seu blog. About

Habilidades BNCC What Lexie loves


about the blogger
EF06LI09, EF06LI13, EF06LI14,
EF06LI15, EF06LI17, EF06LI19

Materiais
• fotos dos estudantes ou ilus-
trações (que eles mesmos trou-
xeram) GLOSSARY
• folhas de papel A4 (uma por chatty: tagarela
outgoing:
estudante) extrovertida
• computador ou tablet com scrolling Hi there! I’m Lexie and I’m a chatty, outgoing and creative 16 year old from Bucks, UK.
acesso à internet (opcional) through: When I’m not blogging, I’m usually watching TV, listening to music (probably Taylor Swift!),
rolando (a doing my makeup, reading, spending time with friends + family, scrolling through TikTok or eating
página) Malteser Buttons!
Warm-up Malteser
I hope you enjoy my blog and stick around!
Buttons: (marca
• Escreva no quadro a frase About de chocolate)
me. Comece a escrever palavras em Extracted from: LEXIE. About. What Lexie loves. Available at: <https://whatlexieloves.blogspot.com/p/about-me.html>.
Accessed on: june 19, 2020.

inglês, ao redor da frase, que descre-


vam você ou informações diversas, a. The name of the blogger is Taylor Swift. T F
de forma a criar um mapa mental b. The blogger is from Bucks, United Kingdom. T F
simples. Peça aos estudantes que c. The blogger is 17 years old. T F
façam o mesmo em seus cadernos. d. The blogger thinks she is chatty, outgoing and creative. T F
Estimule-os a escrever em inglês.
• Dê um tempo para a atividade. 4
Ao final, peça que voluntários
compartilhem algumas de suas • S4P_SPFE_6_CA_002-019.indd
Se possível, mostre4blogs diver- Pontue que os autores de blogs • Leia os itens da atividade com os 21/01/21 10:20 S4P_SPFE_6

palavras/frases com a turma. sos para os estudantes, explo- são conhecidos como bloggers. estudantes e dê um tempo para a
rando brevemente suas caracte- É importante também que a leitura e a realização da tarefa. Cor-
READING rísticas, para fazer a correção da diferença entre blog (a platafor- rija a atividade com todos.
PRE-READING atividade. ma) e blog post (um texto na pla-
ATIVIDADE 1 taforma) fique clara para a turma.
WHILE READING • Explique que, geralmente, o títu-
• Comece a atividade escrevendo lo de um blog post é como o título
a palavra BLOG na lousa e pergun-
ATIVIDADE 2
de um texto, ou seja, representa o
tando aos estudantes o que sabem • Antes da leitura, analise as di-
assunto ao qual o post se refere.
sobre esse tipo de plataforma. ferentes partes do blog post com
Sendo assim, você pode perguntar,
• Após ouvir as ideias dos estu- a turma. Você pode perguntar a
What is this blog about?
dantes, dê um tempo para que eles, What is the title of the blog?
realizem a tarefa. e Who is the author of the blog?

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5 UNIT 5 41
3. Read the blog post again. Match Lexie’s free-time activities to the photos.
a. watching TV d. spending time with friends ATIVIDADE 3
b. listening to music e. scrolling through her mobile phone • Explore as imagens com a turma.
c. reading f. eating chocolate
Em seguida, peça aos estudantes
1 2 3 que façam a atividade individual-
mente e comparem suas respostas
com as de um colega.
• Faça a correção de forma cole-
tiva. Você pode pedir que os estu-
dantes repitam as frases
[ a ] [ d ] [ c ]
POST-READING
4 5 6
ATIVIDADE 4
• Estimule os estudantes a tro-
car informações e experiências
sobre blogueiros ou vlogueiros
que conheçam. Sobre a pergunta
b. pergunte se eles escreveriam
[ e ] [ b ] [ f ] sobre seus animais de estimação,
de forma a antecipar a produção
Post-Reading escrita da Lesson 3.
4. Discuta as perguntas com seus colegas. Respostas pessoais LANGUAGE FOCUS
a. Você acompanha algum blog? Conhece algum blogueiro famoso?
b. Se você fosse criar um blog, sobre o que gostaria de escrever? Por quê?
ATIVIDADE 1
c. Quais são as vantagens e desvantagens de compartilhar sua vida em um "diário online"? • Explore as imagens com a turma,
4. c. Espera-se que os estudantes apontem como vantagens perguntando se fazem essas ati-
o compartilhamento de problemas para aconselhamento e,
vidades. Estimule-os a expressar
como desvantagem, a perda de privacidade e o perigo de
LANGUAGE FOCUS divulgação de informações pessoais. suas ideias em inglês.
• Use exemplos e linguagem cor-
Vocabulary Likes and dislikes poral/facial para rever com os
estudantes o sentido das frases I
1. Look at the activities in the photos. Write I like or I don’t like. Personal answers like e I don’t like. Pontue que devem
completar as sentenças de acordo
com como se sentem em relação
às atividades.
• Instrua-os a fazer a atividade
individualmente e, quando termi-
narem, peça que comparem suas
respostas com as de um colega ou
a. b. c. em trios.
taking selfies. watching films. cooking.

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42 CADERNO DO PROFESSOR
6 CADERNO DO ALUNO

Lesson 1
2. In pairs, match the opposite characteristics.
ATIVIDADE 2 a. honest sad LANGUAGE TIP
• Organize os estudantes em du- b. intelligent dishonest Há muitas palavras em inglês que
c. outgoing stupid são parecidas com o português –
plas para a tarefa. Leia o boxe Lan-
os cognatos. Na Atividade 2,
guage tip e peça a eles que identifi- d. quiet shy
identificar essas semelhanças vai
quem os cognatos, sublinhando-os. e. happy chatty ajudar muito na realização da tarefa.

• Circule pela sala para monitorar


o trabalho das duplas e ajudá-los
com vocabulário. OUTCOME
• Faça a correção com a turma e
personalize o vocabulário adquirido, An About me section for a blog
fazendo perguntas sobre os estudan-
tes ou pessoas que eles conheçam. What: an About me section
Goal: share information about yourself
OUTCOME Audience: classmates and teacher
Where: notebook, separate sheet of paper, classroom walls
ATIVIDADE 1
• Direcione a atenção dos estudan- 1. Complete the table with your information. Personal answers
tes para o boxe Outcome e leia as
informações com a turma. First name:
• Em seguida, complete o quadro
na lousa com suas informações, Age:

dizendo sentenças completas em


City and state:
inglês, como, My name’s (Laura).
I’m (32) years old. I live in (Olinda,
Qualities:
Pernambuco). I’m (intelligent) and
(outgoing). In my free time, I like
Likes and dislikes:
(reading). I don’t like (watching TV).
Dessa forma, os estudantes têm
2. Write your About me section. Follow the steps. Personal answers
uma boa referência do que devem a. Read Lexie’s About me section again. You can use the same structure from Lexie’s text to
fazer na atividade. write your own section.
• Dê um tempo para o preenchi- b. Write the first draft of your About me section in your notebook. Use the information from
mento do quadro. Circule pela sala Activity 1 and the vocabulary from the Language Focus.

para esclarecer eventuais dúvidas. c. Share your draft with a classmate and the teacher. Get feedback.
d. Write the final version on a separate sheet of paper.
ATIVIDADE 2
• Leia o passo a passo da produ-
ção escrita com a turma, explican- FEEDBACK
do o que deve ser feito em cada Nesta lesson, você:
parte da tarefa e dando exemplos. leu e compreendeu a seção About me de um blog.
• Para o item c., verifique os rascu- aprendeu e usou vocabulário para falar de atividades de lazer e preferências.
nhos dos estudantes e peça que escreveu uma seção About me para seu blog.
compartilhem com um colega. Esti-
mule o feedback respeitoso. 6
• Para a versão final da seção, dis-
tribua as folhas de papel A4. Os es- S4P_SPFE_6_CA_002-019.indd 6
de). As decisões a seguir devem ser FEEDBACK adjetivo de sua preferência, em voz 21/01/21 10:21 S4P_SPFE_6

tudantes devem colar a foto ou ilus- tomadas com os estudantes: alta, para fechar a lesson. Podem
• Solicite aos estudantes que, indi-
tração que tenham trazido de casa. • Escolham um nome para o blog. retomar, também, o mapa mental
vidualmente, reflitam sobre o que
• Caso seja possível criar o blog, • Criem uma seção About me ou About que criaram no começo da lesson.
fizeram e aprenderam na lesson e,
os estudantes postam a versão us para as descrições dos estudantes.
final de seus textos on-line. Caso em seguida, pintem os espaços na
• Explique à turma que o blog Para refletir
contrário, eles compartilham os barra de acordo com o quão con-
será atualizado com produções
textos nas paredes da sala de aula. fortáveis eles se sentem em relação O uso de blogs, assim como outras
dos estudantes nesta unidade e
aos conteúdos. ferramentas sociais, deve ser rea-
nas seguintes.
lizado com cuidado por crianças e
Atividade de expansão
 Wrap-up adolescentes. Como você pode ex-
Se possível, crie um blog para a tur- • Escreva no quadro a frase I am plicar aos estudantes a importância
ma (ver sugestões de plataformas ______(adjective). Cada estudante de ter sempre um adulto acompa-
gratuitas na Introdução da unida- deverá completar a frase com o nhando a navegação deles na web?

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7 UNIT 5 43

Lesson 2 Warm-up
Can you talk about your free-time activities? • Para revisar o vocabulário visto
relacionado a free-time activities,
LISTENING crie flashcards com imagens das
Pre-Listening atividades da Lesson 1. Faça duas
cópias de cada imagem e coloque
1. Observe a cena de um vídeo abaixo e assinale [√] as sentenças mais uma delas dentro de um envelope.
apropriadas. Escreva os nomes das atividades
a. [ ] As crianças que aparecem na imagem têm entre 9 e 14 anos. no lado de fora desses envelopes.
b. [ √ ] A cena é provavelmente de uma entrevista com crianças. • Divida a turma em grupos por
c. [ √ ] A pessoa que fala com Alex e Lucy não aparece no vídeo. proximidade de acordo com o nú-
d. [ ] A conversa acontece dentro de uma sala de aula.
mero de flashcards.

LISTENING
PRE-LISTENING
ATIVIDADE 1
• Explore a cena junto com os estu-
dantes. Você pode perguntar, What
do you see in the picture? Where
are they? What is happening? How
old are they?

ATIVIDADE 2
Kids – What do you like to do in your free time? • O objetivo da atividade é que os
estudantes levantem hipóteses so-
bre o tema e conteúdo do áudio.
Acolha as ideias, estimule o regis-
2. Localize e sublinhe o título do vídeo. Com base nele e na cena, o que você espera tro na página, mas não aceite ou
ouvir no vídeo? rejeite-as ainda.
Crianças falando sobre o que gostam de fazer no tempo livre.
WHILE LISTENING
ATIVIDADE 3
• Os estudantes ouvem o áudio
While Listening uma primeira vez para confirmar
16 3. Listen to the interviews and check your answers in Activity 2. as ideias da atividade anterior. Re-
produza a faixa. Estimule a turma
17
4. Listen to Alex again and tick [√] the best answers. a mencionar palavras e frases que
a. [ ] Alex doesn’t like playing sports. foram importantes para confirmar/
b. [ √ ] Alex likes playing sports.
rejeitar as hipóteses.

c. [ √ ] Alex likes playing football. ATIVIDADE 4


• Explique aos estudantes que
7 agora vão ouvir somente Alex. Leia
os itens com a turma, esclarecendo
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LESSON 2 lazer favoritas; Materiais
vocabulário se necessário.
• Reproduza duas vezes o áudio:
Sugestões de • Aprender vocabulário relacio- • celular ou tablet com caixa da primeira vez, sem pausas para
nado a entrevistas e atividades
procedimentos de som que os estudantes tenham uma
de lazer favoritas; • flashcards com free-time acti-
Você pode conduzir as atividades das ideia geral; da segunda vez, fa-
• Preparar e fazer uma entre- vities da Lesson 1
seções Pre-Listening e Post-Listening zendo pausas para que eles com-
vista sobre atividades de lazer • envelopes (um para cada preendam o que foi dito.
em inglês, caso entenda que os estu-
favoritas. flashcard)
dantes sejam capazes de lidar com as
• fita adesiva
tarefas dessa forma. Habilidades BNCC • celulares dos estudantes (op-
EF06LI01, EF06LI04, EF06LI05 cional)
Objetivos
• Ouvir e compreender uma
entrevista sobre atividades de

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44 CADERNO DO PROFESSOR
8 CADERNO DO ALUNO

Lesson 2
5. Now listen to Risheka and underline the words to complete the
ATIVIDADE 5 sentences.
• Explique aos estudantes que ago- a. Risheka likes reading / playing video games and watching online videos / TV.
18
ra vão ouvir somente Risheka. Leia
b. Her favourite programme is Best of Friends / Best of Animals.
as sentenças com a turma, esclare-
cendo vocabulário se necessário. 6. Look at the photos, then listen to Mathew again and circle the activities he likes.
• Reproduza duas vezes o áudio:
a b c
da primeira vez, sem pausas,
19
para que os estudantes tenham
uma ideia geral; da segunda vez,
fazendo pausas.
ATIVIDADE 6
• Explore as imagens antes de swimming playing football skateboarding
tocar o áudio. Leia as atividades d e
e peça que repitam.
• Reproduza o áudio uma vez sem
pausas, e, então, toque-o uma se-
gunda vez com pausas, para que
identifiquem as atividades listadas
por Matthew. surfing the web playing the piano

 udio script –
A Post-Listening
Tracks 16, 17, 18 e 19 7. Discuta as perguntas com seus colegas. Respostas pessoais
a. Você pratica alguma das atividades que viu até agora nesta lesson? Se sim, quais?
Alex, 9
b. Por que você gosta das atividades que escolheu?
I like playing cricket… and playing
c. Há oportunidades para prática de esportes e outras atividades de lazer onde você mora? Se
sports football, golf, tennis…
sim, quais? Se não, por que você acha que isso acontece?
Risheka, 9
I like reading and watching TV a bit.
I like a lot of things… maybe Best of
Friends… it’s a CBBC program.
LANGUAGE FOCUS
Matthew, 8 Vocabulary Interview greetings and closings, free-time activities
My hobbies are playing the piano,
1. Number the lines in the interview.
swimming, and skateboarding.
FONTE: VOX POPS INTERNATIONAL.
[ 1 ] Hello. What’s your name? [ 3 ] Ryan, what do you like to do in your free
KIDS. WHAT DO YOU LIKE TO DO IN YOUR [ 2 ] Hi, my name is Ryan. time?
FREE TIME? YOUTUBE, 2012. DISPONÍVEL
EM: <HTTPS://WWW.YOUTUBE.COM/ [ 6 ] I don’t like surfing the web much.
WATCH?V=YUII2OLGCDM> (01:09-01:15). [ 7 ] Thank you. Goodbye!
ACESSO EM: 7 SET. 2020. [ 4 ] I like skateboarding and playing