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O modo clássico de teorização é o que parte de teorias consistentes de interpretação do

mundo. Ou seja, baseia-se naquilo que já está posto nas teorias.

Modo contrário a essa teorização é aquele em que a pesquisa vai desenvolvendo as


teorias e consolidando a partir das experiências.

Os dois movimentos são considerados legítimos na ATD, com atenção ao conhecimento do


pesquisador e o movimento em direção à fusão de horizontes teóricos, levando em conta a
importância dos conhecimentos tácitos do pesquisador.

Assim é que a separação e fusão dialogam na análise, como foi expresso no texto em
análise:

As unidades, quando levadas à categorização, estarão isoladas e é importante que seu


sentido seja claro e fiel às vozes dos sujeitos da pesquisa. Além disso, na categorização, é
interessante atribuir a cada unidade de análise um título. Este deve apresentar a ideia
central da unidade.

Há um par entre ​objetividade​ e ​subjetividade​ pode ser explicado da seguinte maneira:

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A objetividade mais próxima das teorias ​a priori ​em que o pesquisador pouco olha para si e
o que sabe, assumindo que sabe e que a teoria expressa sua completude na descrição ou
explicação do fenômeno, É mais ​dedutivo​, porque o pesquisador, a partir da teoria, deduz
o pertencimento da unidade e da categoria a um conceito dessa teoria.

Já as teorias emergentes se importam com a subjetividade do pesquisador e dá atenção à


sua incompletude. O outro mais indutivo acumula informações semelhantes para, então,
sintetizar em algum princípio que venha a ser teorizado posteriormente. Não é que se crie
a teoria que vai dar conta de ampliar a compreensão do fenômeno, mas é a busca da
teoria que acontece durante a análise, ampliando sentidos iniciais.

São estes processos de categorização e de teorização que vão dar origem aos metatextos.

Dicionário: texto literário de elaboração de um novo texto.

Metatexto na ATD: Quando se tem as US e chega a hora de categorizar,

A primeira etapa do metatexto é a ​descrição ​do objeto de estudo.

Descrever é enumerar qualidades, características do objeto que se descreve. É importante


superar descrições superficiais, procurando-se atingir descrições densas dos fenômenos
investigados.

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O metatexto é quando o trabalho de escrita a partir das informações empíricas
(emergente). A emergência é movimento para a compreensão.

Muitas vezes o sujeito pensa que vai pesquisar uma coisa, e depois vai acabar
pesquisando outra coisa.

Horizonte: A compreensão ocorre como uma fusão do horizonte do texto com o


horizonte daquele que o compreende.

O processo emergente exige conviver com a insegurança de um caminho que precisa ser
construído no próprio processo.

Vale reforçar que a análise textual discursiva pode operar tanto com categorias “a priori”,
como com categorias emergentes, que têm possibilidades maiores de criatividade.

A ​precisão​ e à ​amplitude​, que vem de certa forma hierarquizar as categorias.

Considerando que, quanto mais precisas as categorias, maior é seu número e a


categorização produz sua redução à medida que se organizam as informações até chegar
nas categorias finais.

Os ​processos de dedução também se inserem neste movimento dialético mais próximo


da certeza, pois têm uma teoria de suporte às descrições e às interpretações advindas da
análise.

O ​processo da indução se encaminha mais proximamente às incertezas, à reflexão do


pesquisador sobre o que sabe e o que precisa ser aprendido. Atenção à intuição é
importante nos caminhos caminhos de maior incerteza da pesquisa

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