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Economia. A palavra nos faz pensar em todo tipo de imagem: corretores enlouquecidos em bolsas
de valores, um sisudo âncora de telejornal dando boas ou más notícias sobre economia, um
encontro de cúpula de uma capital européia...

Cada um de nós ouve falar em economia, mas o que é esta tal economia?

Uma boa definição de economia, capaz de destacar a diferença entre ela e as demais ciências
sociais é a seguinte: c 
         
 .

Pense um pouco em sua pró pria vida, nos bens que possui no ambiente em que vive. Há algo que
você não tenha mas que gostaria de ter? ou algo que você já tenha, mas que gostaria de ter em
maiores quantidades?

Se sua resposta for não, provavelmente você é parente do Bill Gates ou a lcançou um caminho bem
³Zen´, porque a vasta maioria das pessoas sente uma certa restrição em termos de renda que não
permitem ter tudo que desejam.

A grande verdade é que todos enfrentamos um problema de   .

Como indivíduos, deparamo -nos com escassez de tempo e de poder aquis itivo. De posse de maior
quantidade de quaisquer das duas coisas, poderíamos ter mais bens e serviços que desejamos.

Devido a escassez de tempo e de dinheir o, somos obrigados a fazer    Precisamos distribuir


nosso escasso tempo entre várias atividades diferentes: trabalho, estudo, namoro, sono etc.

Também nosso escasso poder aquisitivo deve ser distribuído entre diferentes bens e serviços:
alimentação, vestuário, viagens, educação etc.

Os economistas estudam as escolhas que precisamos fazer como indivíduos e a maneira como
essas decisões moldam a economia. Por exemplo: Imagine que as pessoas optem por fazer mais
compras pela internet. Esta escolha determinará quais empresas crescerão e contratarão novos
funcionários ao passo que outras empresas irão perder espaço.

Os efeitos das decisões dos indivíduos e da sociedade apontam as perspectivas futuras, e para
compreender esta dinâmica é importante saber como os indivíduos fazem escolhas sob condições
de escassez.

cccc

Pensemos agora em escassez e escolha do ponto de vista da sociedade. Quais as metas da


sociedade? Queremos ruas mais limpas? Boas escolas? Ar mais puro? O que nos impede de
realizar todos estes objetivos de uma maneira satisfatória a t odos? A resposta é a escassez.

No caso da sociedade, o problema é que enfrentamos uma escassez de recursos. Recursos são as
coisas que usamos para produzir bens e serviços que nos ajudam a atingir os objetivos.

 
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Os recursos classificam em 3 categorias:

D : é o tempo que as pessoas despendem produzindo bens e serviços.



 : consiste em instrumentos duradouros que as pessoas usam para produzir bens e serviços.
Isto inclui capital físico (prédio, maquinas e equipamentos), capital humano (ha bilidades e
treinamentos humanos).
D é o espaço físico que se dá a produção, além dos recursos naturais nela encontrados como
petróleo, ferro carvão, madeira etc.

Qualquer coisa produzida na economia resulta da combinação desses recursos. Como socie dade,
nossos recursos ± terra, trabalho e capital ± são insuficientes para produzir a totalidade dos bens e
serviços que desejamos. Em outras palavras, a sociedade enfrenta uma escassez de recursos.

A escassez de recursos - e as escolhas que somos forçados a fazer ± é a fonte de todos os


problemas que estudaremos em economia. As famílias têm rendas limitadas, a partir das quais
buscam satisfazer seus desejos, de modo que precisam escolher cuidadosamente como alocar seus
gastos entre diferentes bens e ser viços.
As empresas desejam ter lucros, mas precisam pagar por seus recursos e por isso escolhem
cuidadosamente o que produzir, quanto produzir e como produzir .

Os economistas estudam essas decisões tomadas por famílias, firmas e governos para explicar
como opera o sistema econômico, a fim de prever o futuro da economia e sugerir meios para se
chegar a um futuro melhor.

A DECISÃO SOBRE O QUE PRODUZIR

Como já vimos, os recursos são escassos e as necessidades humanas são ilimitadas, e diante disto,
é necessário decidir onde e como aplicar os recursos disponíveis. Por exemplo, a sociedade pode
escolher produzir mais canhões e menos alimentos ou mais escolas e menos estradas.

A partir de então, nasce o problema fundamental em economia de  


     
 

O consumidor é soberano e a ele cabe decidir qual será a composição de sua cesta de consumo em
função de suas preferências, necessidades e renda de que dispõe.

ESCASSEZ E CUSTO DE OPORTUNIDADE

A economia é o estudo da escassez. Quando algo é tão abundante que todos obtém facilmente, não
perdemos tempo nos preocupando sobre o que, como e para quem produzir. NO deserto do Saara
não é necessário pensar sobre produção de areia.
Quando os recursos são escassos, a sociedade só pode obter mais algumas coisas se receber
menos de outras.
O custo de oportunidade de um bem é a quantidade de outros bens dos quais se abre mão para
obter uma unidade mais deste bem (DORNBUSCH, 2005).

Assim, qualquer ato que praticamos exige o sacrifício de outros bens e serviços aos quais
poderíamos ter usado nosso tempo e dinheiro.
Veja o caso de Jéssica, uma universitária que para ir ao cinema deverá abrir mão de seu escasso
recurso monetário (dinheiro) além de gastar seu tempo para ver o filme.
Suponha que o di nheiro utilizado para pagar o ingresso poderia ter sido utilizado numa ligação
telefônica para seu namorado que está na Itália. Seu custo de oportunidade por ter ido ao cinema foi
deixar de falar com o namorado. Também ao gastar seu tempo na sala de cinem a, deixou de utiliza -

 
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lo para estudo da prova de economia que ocorreu no dia seguinte. O fato de ter ido ao cinema lhe
custou uma nota baixa. Este foi seu custo de oportunidade!
Em resumo, o custo de ter ido ao cinema consiste em duas coisas das quais abriu mão: um
telefonema para seu namorado e uma nota mais alta na prova.

O MUNDO DA ECONOMIA: MACROECONOMIA E MICROECONOMIA

O mundo da economia se divide em microeconomia e macroeconomia. Microeconomia vem da


palavra latina mikros, que significa pequeno. A    se dedica ao estudo do
comportamento de pequenas unidades do sistema como famílias, empresas e governos no que se
refere a suas decisões e escolhas diante da escassez. Assim, avalia as escolhas que esses agentes
fazem bem como a interação qu e há entre eles ao negociar bens e serviços. Por exemplo: O que
acontecerá com o preço do ingresso para o cinema nos próximo 5 anos? Quantos empregos serão
criados no setor de fast-food? Todas essas decisões são de natureza microeconômica porque
analisam partes individuais da econômica e não a economia como um todo.

A macroeconomia ± da palavra grega makros, que significa grande ± adota uma visão geral da
economia. Em vez de se concentrar na criação de empregos na industria de fast -food, considera o
emprego total da economia, incluindo todas as industrias de um país, por exemplo.

Assim, a microeconoia é como um mapa detalhado de uma cidade, enquanto que a macroeconomia
é o mapa de um país.

POR QUE ESTUDAR ECONOMIA?

- Para compreender melhor o mundo: O es tudo da economia poderá ajudá -lo a entender eventos
globais como guerras, desemprego, epidemias etc . A economia tem o poder de ajudar a entender
esses fenômenos porque eles resultam, em grande parte, de escolhas que fazemos sob condições
de incerteza.

- Para adquirir autoconfiança: As pessoas que jamais estudaram economia, muitas vezes, têm a
impressão de que forças misteriosas conduzem suas vidas, jogando -as de um lado para outro.
Compreender bem a economia permite as pessoas senso de domínio sobre o mu ndo e com isso,
sobre a própria vida.

- Para tomar decisões mais acertadas: Ao conhecer como funciona o mercado, o profissional de
qualquer área poderá tomar decisões mais acertadas e reduzir o impacto negativo do momento
econômico que esteja vivendo.

O QUE É UM MERCADO

O mercado é o local físico ou virtual que onde pessoas interagem para comprar e vender produtos e
serviços: Produtos são mercadorias físicas como aço ou morangos. Serviços são atividades como
educação, concertos, cabeleireiros, sendo c onsumidos ou usados somente no mesmo instante em
que são produzidos.

Dentro de um mercado, p odemos dividir as unidades econômicas individuais em dois grandes


grupos conforme sua função: Compradores e Vendedores.
Os compradores abrangem os consumidores (a dquirentes de bens e serviços) e as empresas
(adquirentes de trabalho, capital e matérias -primas que utilizam para produzir bens e serviços).

 
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Alguns mercados (lojas, shoppings, quitandas) reúnem fisicamente o comprador e o vendedor.


Outros mercados são virtuais (internet).

Em conjunto, compradores e vendedores interagem originando os mercados. Um mercado é um


grupo de compradores e vendedores que interagem entre si, resultando na possibilidade de trocas.
Observe que um mercado representa mais do que uma indústria. Uma industria é um conjunto de
empresas que vendem o mesmo produto ou produtos correlatos. Com efeito, a indústria corresponde
ao lado da  
 no mercado.

Os mercados estão no centro da atividade econômica e muitas das questões e temas mais
interessantes na economia são relacionadas com o modo de funcionamento do mercado, que
abrange tanto do lado da oferta (quem vende) quanto da procura (quem compra).

Os mercados oferecem a possibilidade de haver transações entre compradores e vendedores. A


interação entre compradores e vendedores é um dos fatores fundamentais para a definição de
preços.

Quando há um determinado produto sendo oferecido no mercado em abundância (quando a oferta é


maior que a procura) o preço tende a cair. Veja o trecho da n otícia abaixo publicada em janeiro de
2007 da Globo.

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      .   -      / 0

O fato é que o excesso de batatas fez seu preço cair, ou seja, quando a oferta é maior que a
demanda, o preço tende a cair.
O contrário também é verdade. Imagine que só houvesse batatas em Guarapuava para abastecer
todo o país. Não haveria batata suficiente para todos e as batatas existentes ficariam mais caras.

Assim, nos mercados os preços se ajustam para igualar a quantidade que as pessoas desejam
comprar com a quantidade que as pessoas desejam vender.

Mercados e preços são uma maneira pela qual a sociedade pode decidir o quê, como e para quem
produzir.

Para representar um mercado típico em um modelo, necessitamos da demanda (o comportamento


dos consumidores) e da oferta ( o comportamento do vendedores). Um mercado pode ser definido
como um grupo de compradores e vendedores que tem potencial para negociar. Os economist as
vêem a economia como um conjunto de mercados. Em cada um deles os compradores e
vendedores serão diferentes, dependendo do que estiver sendo negociado. Há um mercado de
laranjas, outro de carros, outro de imóveis e qualquer outra coisa que possa ser ve ndida ou
comprada.

 
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Um mercado se compõe de compradores e vendedores que nele negociam. Mas quem são
exatamente estes compradores e vendedores?

Quando pensamos em um vendedor, a primeira imagem que vem a mente pode ser uma fi rma, o
que está correto. As empresas que oferecem refeições, viagens aéreas, vestuário, serviços
bancários etc são vendedoras em seu mercado. Mas as empresas não são os únicos vendedores
existentes na economia pois as famílias também são vendedoras de sua mão-de-obra, fornecendo
profissionais para o mercado. As famílias também podem vender carros, casas, obras de arte etc.

E quanto ao outro lado do mercado? Quando pensamos em compradores pensamos primeiro em


pessoas como nós mesmos ou em famílias. De fato, muitos bens e serviços são comprados pelas
famílias, mas também as firmas ou mesmo o governo são grandes compradores de bens produzidos
pelos vendedores.
Como se pode ver, os compradores de um mercado podem ser famílias, firmas ou governo. E o
mesmo pode ser dito dos vendedores.

!"cD'(&!c#$

Um último ponto sobre a definição dos mercados é a maneira como os compradores e vendedores
individuais vêem o preço do produto. Em muitos casos, compradores e vendedores individuais tem
influencia marcan te sobre o preço do produto. Por exemplo, durante muitos anos a Kellog¶s
determinou o preço dos cereais matinais. Ela estabelecia o preço, elevando para obter maior lucro
marginal vendendo menos caixas de cereal ou baixando o preço para vender mais caixas e ganhar
pelo giro.
Quando compradores ou vendedores individuais têm algum influência sobre o preço, dizemos que
este é um mercado de 
) 
 , a exemplo dos monopólios e oligopólios.

!*  é uma condição do mercado caracterizada pelo co ntrole, por um só vendedor, dos
preços e das quantidades de bens ou serviços oferecidos aos compradores.

 +* : A situação mais próxima do monopólio é o oligopólio, em que o mercado é controlado
por um pequeno grupo de empresas. Os oligopolistas tend em a atuar em comum acordo ou, quando
a lei permite, a estabelecer cartéis com pactos formais sobre preços e abastecimento, o que,
virtualmente, torna monopolística sua atividade econômica. A maior parte dos países proíbe o
monopólio, exceto aqueles que sã o exercidos pelo estado sobre produtos estratégicos e serviços de
utilidade pública. A legislação britânica, por exemplo, enquadra como monopolística a ação de uma
empresa ou grupo de empresas que controle um terço do mercado de certo produto ou serviço. O
termo monopólio se emprega, assim, para designar uma situação na qual a concorrência é restrita .


)  
: Agora imagine um pequeno agricultor de café. Pode um pequeno agricultor
exercer algum impacto sobre o preço de mercado? Na verdade, não. Em qualquer dia determinado,
há um preço de R$50,00 por saca, digamos. Se um agricultor tentar cobrar mais do que isso, não
conseguirá vender nada. Seus clientes se voltarão para outros produtores, que vendem o mesmo
produto. O mesmo se aplica aos comprad ores de café. Se um deles tentar negociar um preço menor
com um produtor, será recebido a gargalhadas: ³Por que eu venderia meu café por R$45,00 por saca
quando há pessoas dispostas a pagar R$50,00?

O mercado de café é portanto um exemplo de mercado de 


)  
. Veja que no
mercado de competição perfeita há muitos compradores e vendedores de forma que ninguém
consegue influenciar sozinho o preço. Já no mercado de competição imperfeita, há um pequeno
número de compradores e vendedores que consegu em influenciar o preço.
Na vida real, os mercados perfeitamente competitivos são raros, mas muitos mercados estão
próximos o bastante disso. Tome como exemplo o mercado de cachorro -quente em uma grande

 
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cidade. Por um lado, cada carrinho é um pouco diferent e dos demais e cada um deles pode se capaz
de elevar seus preços um pouco acima dos praticados pela concorrência sem com isso perder todos
seus clientes, Por exemplo, se os concorrentes estão cobrando R$1,50, um vendedor específico
poderia cobrar R$1,60 o u R$1,70. Nesse sentido, o mercado de cachorro -quente assemelha-se a
competição imperfeita.

Por outro lado, como há muitos vendedores, nenhum deles poderia se afastar tanto do preço mais
praticado no mercado (R$1,50). Quem tentar cobrar R$2,0 poderá se ve r sem nenhum cliente.
Assim, de certa forma, o mercado se aproxima da competição perfeita.

Modelo de Stackelberg.

ë *"  .  -


 ,   -  ,   
,   
 
ë *   Monopólio Quase Monopsônio
bilateral monopsônio

"  - Quase Oligopólio Oligopsônio


   monopólio bilateral

.  - Monopólio Oligopólio Concorrência


   perfeita

!$c/c#Dc$c!&$

Você já parou para pensar por que o preço do café aumenta após uma geada? Para responder a
esta pergunta, vamos recorrer ao modelo de oferta e demanda.

$c/&'($c$c!&$


Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores
desejam adquirir num dado período de tempo. Assim, a demanda é um desejo, um plano ou uma
intenção. Representa o máximo que o consumidor pode aspirar, dada sua renda e os preços
praticados no mercado ( VASCONCELOS, 2004)

Quando você entra em um supermercado, você pode comprar tudo o que quiser e na quantidade
que quiser? Provavelmente não. Isso porque grande parte da população possui uma restrição
orçamentária, afinal tudo tem seu preço.

A restrição orçamentária é o montante de renda disponível do consumidor, em dado período de


tempo. Ela limita as possibilidades d e consumo condicionando o quanto ele pode gastar.

 
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%0,   
   

A demanda de um bem ou serviço pode ser afetada por muitos fatores como:

- renda (r)
-preço (p)
- preço de outros bens (pr)
- propaganda (prpg)
- hábitos (hb)
- facilidade de pagamento etc.(pagto) etc

Desta forma, a quantidade demanda de um bem (Qd) é colocada como ³dependente´ de várias
variáveis:

Qd = f (r, p, pr, prpg, hb,pagto)

No entanto, seria muito difícil avaliar a demanda utilizando todas as variáveis qu e afetam a
demanda. Por esta razão, por ora, o estudo da demanda partirá do principio de que a única variável
que interfere na demanda será o .c
  ) ceteris paribus

Desta forma, vamos supor que a renda, o preço de outros bens, a propag anda, hábitos etc
permanecerá inalterado. A única alteração que influenciar a demanda será o preço.

   

Para qualquer bem que você puder imaginar há uma relação inversa entre preço e quantidade, ou
seja, quando o preço sobe a quantidade d emandada cai; quando o preço cai , a quantidade
demandada sobe. Essa relação é a chamada    

     
               , 
       
 
   
           

Observe que a expressão ³e todas as coisas permanecem inalteradas´ significa que tudo (desde
hábitos, ambiente econômico, preferência etc) não mudam, mas apenas o preço.

Vejamos o exemplo abaixo:

Preço do chocolate Quantidade demandada

R$ 0,00 30
R$ 1,00 20
R$ 3,00 12
R$ 5,00 05
R$ 10,00 01

Perceba que a medida que o preço do chocolate aumenta, as pessoas passam a demandar menos
chocolate. Mesmo quando o chocolate é de graça, somente uma quantidade finita é desejada. As
pessoas ficam doentes se comem demais.

 
c 
    

Deste exemplo, tiramos uma grande lição: ³ V medida que o preço sobe, a quantidade demanda
diminui, mantidas iguais todas as demais coisas (ceteris paribus)´

A expressão latina ³ ceteris paribus ´ significa tudo o mais constante, ou seja, supõe que todas as
demais condições não mudam e assim avaliar o efeito de variáveis isoladas.

Seria possível colocar este exemplo num gráfico para visualizar melhor esta informação?

Basta colocar o preço do chocolate na linha v ertical Y e a quantidade demandada na linha horizontal
X.



10,00

5,00 ` c
c
3,00

1,00

0,0


01 05 12 20 30
A curva de demanda nos informa a quantidade que os consumidores desejam comprar para cada
preço unitário que tenham que pagar. Ela tem inclinação para baixo porque os consumidores
geralmente estarão dispostos a comprar quantidades maiores se os preços forem mais baixos.

D % ë


    

Os fundamentos da análise da demanda estão alic erçados no conceito subjetivo de utilidade. A


utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem a bens e serviços que
podem adquirir no mercado.

A Teoria do Valor Utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma por sua demanda, i sto é pela
satisfação que o bem representa para o consumidor. Ela é, portanto, subjetiva e representa a
chamada visão utilitarista me que prepondera a soberania do consumidor, base do capitalismo.

Por esta Teoria, o consumidor ao demandar um bem ou servi ço está buscando maximizar sua
satisfação.

Conceitos de Utilidade marginal e total

Imagine que você esta com muita fome e inesperadamente se depara com uma deliciosa fatia de
bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro. Comer uma fatia de bolo lhe t rará grande satisfação.
A segunda fatia também, a te rceira, quarta e assim por diante vão lhe trazer grande satisfação.
Quanto mais você comer, maior será sua satisfação. Esta é a utilidade total.

 
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Agora pense: a satisfação em comer a primeira fatia foi a mesma ao comer a segunda? E ao comer
a terceira? Será que a satisfação por cada pedaço adicional não foi caindo a medida que sua
vontade ia sendo saciada?

Assim, utilidade total de um bem cresce quando se consome maiores quantidades dele, mas seu
incremento da utilidade marginal é cada vez menor.

O consumidor tem satisfação com um bem, mas a unidade seguinte já não lhe proporciona tanto
prazer como a anterior.

A utilidade marginal é a adição à utilidade total quando um consumidor compra cada unidade extra
de um bem ou serviço. A idéia é que cada unidade extra proporciona menor satisfação, menor
saciedade.

 
   + expressa que em uma relação economica a utilidade marginal decresce à
medida que se consome mais uma unidade.

ë
    ,    

Por que os consumidores compram tanto mais de um produto quanto menor seu preço? Um
explicação proposta pelos economistas refere -se ao conceito utilidade. Um bem ou serviço possui
utilidade se os consumidores o querem; em outras palavras, se ele satisfaz um desejo ou
necessidade. Como sabemos, o termo utilidade descreve o prazer, a satisfação ou o beneficio
sentido por uma pessoa com o consumo de bens e serviços.

Quando as pessoas consomem mais de alguma coisa em determinado perío do de tempo a utilidade
total de todo o seu consumo aumenta, mas a utilidade marginal tende a diminuir. Ou seja, a
satisfação sentida por cada unidade adicional tende a diminuir. Imagine que você está a 3 dias no
deserto sem tomar uma gota de água. Imagine a satisfação ao tomar o primeiro copo de água. Você
provavelmente irá desejar um segundo e terceiro copos de água. Mas quando tomar o décimo copo
de água, a satisfação será a mesma do que quando tomou o primeiro? Em outras palavras, a
satisfação marginal tende a cair.

Se a utilidade marginal cai a medida que aumento o consumo, então o consumidor só estará
disposto a comprar unidades extras a preços progressivamente mais baixos.


    


Nosso foco muda agora para o lado do vendedor. A oferta em um mercado é representada pelas
empresas e famílias que produzem bens e serviços e os colocam a disposição do mercado. O
vendedor vai ao mercado com uma meta: obter o maior lucro possível. Quando um vendedor pode
obter um preço maior por um bem, e a pro dução e a venda desse bem se tornam mais lucrativas, os
vendedores se dedicarão mais a produção desse bem. Por exemplo: uma elevação no preço dos
laptops incentivaria os produtores a deslocar recursos da produção de outras coisas para a produção
de laptops.

De modo geral, o preço e a quantidade ofertada são positivamente relacionados: quando o preço
sobe a quantidade oferecida também sobe. Assim, a ‘ei da oferta determina que, quando o preço de
um bem se eleva e todas as outras coisas permanecem inalterada s, a quantidade ofertada do bem
também se eleva.

 
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Mais uma vez devemos notar a importantíssima expressão ³e todas as outras coisas permanecem
inalteradas´. Embora muitas outras variáveis influenciem a quantidade ofertada de um bem, a lei da
oferta nos diz o que aconteceria se todas elas se mantivessem inalteradas e somente o preço
mudasse.

Portanto, oferta é a quantidade que os vendedores querem vender a cada preço concebível. A oferta
retrata a quantidade que os vendedores gostariam de vender a cada preço possível.

Vejamos o exemplo abaixo:

Preço do chocolate Quantidade ofertada

R$ 0,00 0
R$ 1,00 05
R$ 3,00 12
R$ 5,00 20
R$ 10,00 30

Veja que a medida que o preço sobe a quantidade ofertada sobe também. Is so ocorre porque quanto
maior o preço maior a disposição das empresas em ofertar o s produtos, mantidas iguais todas as
condições (ceteris paribus)

10,00 ` c
!c
5,00

3,00

1,00

0,0

01 05 12 20 30

A curva da oferta nos informa que quantidades os produtores estão dispostos a vender para cada
preço que possam receber no mercado. Esta curva tem inclinação para cima porque quanto mais
alto for o preço, maior será o número de empresas desejosas a produzir e ve nder. Por exemplo, um
preço mais alto poderá possibilitar que empresas existentes aumentem sua produção e contratem
mais funcionários com o objetivo de vender mais, uma vez que o preço é atrativo. O preço mais alto
também poderá atrair novas empresas para o mercado.



D % D 

A teoria do Valor Trabalho é o reconhecimento de que em todas as sociedades, o processo de


produção pode ser reduzido a uma série de esforços humanos. Geralmente os seres humanos não
conseguem sobreviver sem se esforças para transformar o ambiente natural de uma forma que lhes
seja mais conveniente.

 
c 
    

O ponto de partida da teoria de Smith foi enfatizado da seguinte maneira: O trabalho era o primeiro
preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por todas as co isas. Assim, Smith afirmou que o
pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse produto do trabalho humano.
Esta teoria pressupõe que o valor de um bem se forma pelo lado da oferta , mediante os custos do
trabalho incorporado ao bem. Os custos de produção eram formados basicamente pelo fator mão -
de-obra, terra e capital. Neste sentido, esta teoria é objetiva porque depende dos custos.

#cë&&$/c#Dc$c!&$

O que acontece quando compradores e vendedores , cada lado com vontade de negociar se reúnem
em um mercado? Os dois lados certamente tem objetivos diferentes: os compradores querem pagar
o menor preço possível e os vendedores vender pelo maior preço possível. O que acontece quando
eles se encontram? Será que há um caos?

Na verdade não ocorre nenhum caos. Na maioria dos mercados, há ordem e estabilidade quando
vendedores e compradores se encontram, pois o mercado busca o equilíbrio entre a oferta e a
demanda para determinar o preço que ambos negociarão.


"
 c  1

Para encontrar o preço e a quantidade de equilíbrio um mercado, é necessário desenhar as curvas


de oferta e demanda. O equilíbrio é o ponto de intersecção entre as duas curvas.

As curvas de demandam e de oferta se interceptam no ponto de preço e quanti dade de equilíbrio.

` c
!c

10,00

5,00 " c


c#  
3,00

1,00

0,0 ` c
c"
01 05 12 20 30

Neste exemplo, o preço de equilíbrio é R$3,00 e a quantidade de equilíbrio é 12. Neste ponto, a
demanda é igual a oferta e o mercado encontra seu equilíbrio.

 
c 
    

Mas o que aconteceria se o preço da mercadoria fosse igual a R$5,00? Neste caso, o preço está
acima do ponto de equilíbrio. Enquanto os consumidores estão dispostos a comprar 5 mercadorias
pelo preço de R$5,00, as empre sas desejam oferecer 20 mercadorias para serem vendidas a
R$5,00. Neste caso, há mais oferta do que demanda, e a mercadoria começa a sobrar. Quando a
oferta é maior do que a demanda, os preços tendem a baixar para se adequarem a demanda. Por
esta razão, o preço deverá cair para R$3,00.

Você já dever ter ouvido falar em ³liquidação´ que algumas lojas fazem principalmente depois do
Natal. O que é esta ³liquidação´? Não seria a queda no preço para que a loja possa se desfazer de
seus produtos? Quando há uma liquidação, existe a tentativa de adequar os preços a demanda dos
consumidores até que o mercado fique ³limpo´da mercadoria.

Denomina-se mecanismo de mercado a tendência em mercados livres de que o preço se modifique


até que o mercado fique limpo da merc adoria.

Por outro lado, e se o preço da mercadoria fosse R$ 1,0 a oferta seria muito pequena, mas por outro
lado, a demanda cresceria muito. Nesta situação, quando há mais pessoas dispostas a comprar do
que pessoas dispostas a vender, o preço tende a subi r até chegar ao seu ponto de equilíbrio.

Assim, a oferta e a demanda de um mercado procuram explicar como os preços são determinados
em um sistema de mercado.

Veja portanto, que o preço desempenha um papel muito importante na economia, uma vez que
determinado o preço de algo, somente as pessoas dispostas a pagar a pagar esse preço terão
acesso ao bem em questão.

&Dc#%c&'(.%c#&!c&D&!c#$

Até agora, vimos como a interação entre demanda e oferta permitem explicar os preços. Quando a
demanda é muito grande e a oferta é menor, o preço tende a subir. Quando, ao contr ário, há muita
oferta para pouca demanda o preço tende a cair.
Assim, as forças de oferta e demanda são muito importantes!

No entanto, é necessário considerar que o governo pode i nterferir no preço, e muitas vezes ele faz
isso. Suponha que os compradores de feijão reclamem que o preço do feijão está alto demais. O
governo pode responder impondo um teto para o preço do feijão, ou seja, estabelecendo um preço
máximo. Assim, os produtores não poderão cobrar mais do que o preço estabelecido. Quem se
lembra do congelamento de preços no plano Cruzado?
Mas, o que acontece com o mercado? O preço reduzido tabelado tende a elevar a demanda, mas
desestimular a oferta. Essas alterações na qu antidade demandada e ofertada criam um excesso de
demanda não atendida. Provavelmente haverá falta do produto nas prateleiras do mercado.
Podemos aguardar longas filas à espera do produto (exatamente o que aconteceu no Plano
Cruzado). Nesse contexto, é comum surgir o mercado negro, com o produto vendido a preços
superiores ao teto, o chamado ágio.

Mas, algumas vezes, os governos tentam ajudar determinados setores e estabelecem um preço
mínimo para determinados produtos., ou seja, estabelecem um piso. Nos EUA, os programas de
garantia de preços mínimos começou durante a Grande Depressão e só foi revogado em partes no
governo Clinton.
A garantia de um preço mínimo estimula a oferta e cria um excesso de oferta de um bem. Para
manter o piso do preço, o govern o geralmente compra ele mesmo o excesso de oferta. Basta
lembrar que o gove rno, na década de 30 comprava café dos cafeicultores para manter seus preços e
depois queimava toda a produção adquirida.

 
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$!!Dc2c#!c&!

No decorrer dos séculos XVIII e XIX, o pensamento econômico inglês evoluiu e refletiu as mudanças
enfrentadas pela sociedade. Se no século XVI, os mercantilistas viam na obtenção do ouro e da
prata a maneira mais importante de enriquecer o país, a própria necessidade de e xportar para
adquirir o metal evidenciou aos economistas a verdadeira fonte de riqueza: a capacidade de
produzir. Surgiram obras sobre as causas da riqueza, a divisão do trabalho, a ação do Estado, os
salários, o mercado que, a partir da experiência da eco nomia inglesa, vão embasar a teoria do
liberalismo econômico.

O liberalismo econômico prega o fim da intervenção do Estado na produção e na distribuição das


riquezas, o fim das medidas protecionistas e dos monopólios e defende a livre concorrência entre a s
empresas e a abertura dos portos entre os países. Foi defendido por escritores como Adam Smith,
Thomas Malthus, David Ricardo, James Mill, Nassau Senior entre outros que formaram a "Escola
Clássica Inglesa".

O escocês ADAM SMITH (1723-1790) publicou, em 1776, a mais importante obra de economia do
século XVIII: "Uma investigação sobre a natureza e a causa da riqueza das nações", onde procurou
demonstrar que a riqueza das nações resultava do trabalho dos indivíduos que, seguindo seus
interesses particulares, promoviam, no conjunto, a ordem e o progresso da nação.

Para Smith, ao contrário dos mercantilistas, não havia necessidade de o Estado intervir na
economia, pois ela era guiada por uma "mão invisível", isto é, pelas leis naturais do mercado.Essas
leis eram a livre concorrência e a competição entre os produtores as quais determinavam o preço
das mercadorias e eliminavam os fracos e os ineficientes. Assim, o próprio mercado regulamentava
a economia, trazendo a harmonia social, sem a necessidade da interve nção da autoridade pública.

Smith ensinava que a produção nacional podia crescer através da divisão do trabalho, criando
especializações capazes de aumentar a produtividade e fazer baixar o preço das mercadorias. Como
exemplo, citava uma fábrica de alfine tes onde a divisão e a especialização levavam os operários a
produzir 48 000 alfinetes num dia, enquanto que o trabalho executado isoladamente produzia cerca
de 20 alfinetes. Na opinião de Smith, se o trabalho determinava a prosperidade nacional e o valor
das mercadorias, ele não se realizava sem o trabalhador e este não vivia sem o salário. Como os
trabalhadores buscavam ganhar o máximo possível e os empregadores a pagar o mínimo possível, o
salário estava condiciona à procura e à oferta de mão -de-obra. Os patrões levavam vantagem, mas
nunca deveriam pagar menos do que fosse necessário para o trabalhador se manter. "Nenhuma
sociedade pode florescer e ser feliz, sendo a maior parte de seus membros pobre e miserável".

Em seu livro, A. Smith defendeu as leis de mercado, o fim das restrições às importações e dos
gastos governamentais improdutivos. 0 Estado deveria intervir somente para coibir os monopólios
que impediam a livre circulação das mercadorias. As funções do Estado seriam garantir a lei, a
segurança e a propriedade, além de proteger a saúde e incentivar a educação.

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Até o momento, ficou estabelecido que a quan tidade demandada ou ofertada variavam unicamente
em função do preço. Entretanto, sabemos que outras variáveis determinam a oferta e a demanda e
não somente o preço. Por exemplo, a quantidade que os produtores desejam vender depende dos
custos de matéria-prima, salários, despesas financeiras etc. Já a quantidade demandada depende
além do preço, da renda, dos hábitos do consumidor, da propaganda etc.

Prosseguindo nesta linha de raciocínio, desejaremos determinar como as condições econômicas e


políticas afetam o mercado. E para podermos fazer isto, é necessário compreender como as curvas
de oferta e demanda se modificam em resposta a mudanças de variáveis como salário, custos de
capital e renda.

DESLOCAMENTOS NA CURVA DA DEMANDA: O EFEITO RENDA

Vamos relembrar que a curva de demanda mostra a relação entre o preço e a quantidade
demandada, mantendo todos os demais fatores constantes.

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Em 2003, havia a segui nte notícia no jornal:

è rendimento médio do trabalhador brasileiro interrompeu uma sequência de sete meses de queda
em agosto e cresceu 1,5% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís tica).´

O que acontece quando as pessoas em geral passam a ganhar mais? Em geral, o consumo
agregado ( ou seja, o consumo de todos) também aumenta, e este aumento do consumo desloca a
curva de demanda. Veja que interessante: Em 1995, graças ao plano Real, o consumo de iorgute
aumentou significativamente.

Como ficou a curva de demanda do iorgute?

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A curva de demanda de iorgute se movimentou para a direita, uma vez que aumentou a quantidade
demandada deste produto. Antes, ao preço P1 consumia -se Q1, mas agora consome-se Q2.

Agora pense: quais bens você aumentaria o consumo se tivesse mais dinheiro? Faça uma lista.
Já fez? Bem, pois saiba que estes bens que você anotou são chamados bens  Um bem
normal é um bem cuja demanda aumenta com a renda. Quando a renda se eleva, os bens normais
geralmente são os mais desejados.

Veja o acontece com a curva de demanda de bens normais quando a renda aumenta:

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##

Perceba que a quantidade demanda passou de Q1 para Q2, ou seja, houve aumento na demanda .

Agora faça uma outra lista com bens e serviços que você adoraria deixar de consumir se a sua renda
permitisse. Quem sabe substituir aquele ovo frito por um suculento bife ou parar de andar de ônibus
para ter seu próprio carro...

Já fez a lista? Pois saiba que estes bens que você listou são considerados bens inferiores. Bens
inferiores são bens baratos, de baixa qualidade e que as pessoas prefeririam não comprar se
tivessem uma renda mais alta. (Não se preocupe, pois a maioria dos estudantes consome bens
inferiores para depois de formado, alcançar os bens normais...)

Mas então, como fica a curva de demanda dos bens inferiores quando a renda aumenta?

 $

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##

Agora, a quantidade d emandada caiu, saindo de Q 2 para Q1, demonstrando queda no consumo e
função do aumento de renda.
 
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Veja que o consumo caiu a medida que a renda aumentou. A curva se movimentou para a esquerda.

É claro que ao deslocar a curva de demanda, isto muda também o ponto de equilíbrio no mercado.

Há também um terceiro tipo de bem que não sofre qualquer interferência no seu consumo como
resposta a variações de renda. São os bens de consumo saciado. Basicamente é o caso da
demanda por sal ou remédios, afinal ninguém vai comer mais sal ou comprar mais remédios em
razão do aumento de renda (salvo hipocondríacos!).

Relação entre a procura de um bem e a renda do consumidor:

a. Bem Normal: São aqueles cuja quantidade demandada aumenta quando aumenta -se a renda;
b. Bem de luxo: Ao se aumentar a renda a quantidade demandada aumenta em maior proporção;
c. Bem de primeira necessidade: Ao se aumentar a renda a quantidade demanda se Mantém
inalterada pois, ao se tratar de algo de primeira necessidade já fazia parte das antig as aquisições do
indivíduo;
d. Bem inferior: São aqueles cuja quantidade demandada diminui quando a renda aumenta.
Geralmente são vens para os quais há alternativas de melhor qualidade.


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Na cidade de S.Paulo, um aumento no preço das passagens de metrô elevou a procura por ônibus.
Veja que a demanda por ônibus aumentou em resposta ao aumento na passagem de metrô. O que
isto quer dizer? Ônibus e Metr ô prestam serviços 


  Quando o preço de um sobe, a
demanda do outro aumenta.

Veja o que acontece com a demanda de ônibus em resposta ao aumento de preço do metrô:

#
## 

A demanda por ônibus passou de Q1 para Q2. houv e um deslocamento para a direit a na curva de
demanda de ônibus. Perceba que ua‘uer mudança em um mercado ue des‘oue a curva de
demanda para a direita faz aumentar tanto o preço de eui‘ brio uanto a uantidade de
eui‘ brio no mercado em uestão.

 
c 
    

Isto aconteceu porque ônibus e Metrô são substitutos. Assim, um aumento no preço de um bem
impulsiona a demanda por substitutos desse bem.

Outros exemplos de produtos substitutos: manteiga e margarina; coca -cola e pepsi-cola, óleo de
girassol e óleo de so ja; álcool e gasolina (carros flex) etc.

Imagine o que a aconteceria com a demanda de manteiga se a margarina subisse de preço? Isso
mesmo, o consumo de manteiga aumentaria porque a margarina ficou mais cara. Logo a curva de
demanda de manteiga seria desl ocada para a direita.

Além dos bens substitutos, há também os bens  


 , que são bens consumidos em
conjunto. Por exemplo: pão e manteiga; carro e gasolina; papel e tinta de impressora etc.

O que acontece com a demanda por carro se o preço da g asolina subir? Se o preço da gasolina
subir, haverá menor consumo de gasolina e portanto, menor uso do carro, que pode inclusive dar
lugar para outros meios de transporte. Neste exemplo, o deslocamento da curva seria para a
esquerda, uma vez que haveria redução no consumo (passaria de Q2 para Q1)

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Se por outro lado houver uma redução no preço da gasolina, o consumo de carros pode aumentar,
fazendo o movimento inverso.

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Os hábitos, preferências ou gostos dos consumidores podem ser alterados ou manipulados por
propaganda e campanhas promocionais. As campanhas podem aumentar o consumo de bens , e
este é o seu objetivo! Dessa forma, a curva de demanda p ode se deslocar para direita.

Para pensar: Na década de 60, uma malfadada campanha publicitária para uma marca de arroz
chamada ³Presidente´ ilustrava um belo e bem vestido grão de arroz humilhando um outro grão de
arroz, mal-vestido e quebrado, que repre sentava as ³outras marcas´. O consumidor sentiu -se
comovido com a humilhação sofrida pelo grão das outras marcas e passou a deixar de consumir o
arroz ³Presidente´ por considerá -lo arrogante e antipático. Como ficou a curva de demanda para o
arroz Presidente? Ilustre graficamente.

 
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Em janeiro de 1998, a Inglaterra foi afetada por uma violenta tempestade de granizo. Centenas de
milhares de árvores de bordo foram derrubadas e muitas outras danificadas. Como isto afetou o
mercado de xarope de bordo nos EUA?

A falta de bordo prejudicou a industria de xarope, que sem matéria prima suficiente para atender a
demanda, viu-se obrigada a reduzir a oferta.

Veja como ficou a oferta de xarope de bordo nos EUA





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##

Nesse caso, foi uma tempestade que deslocou a curva de oferta para a esquerda. Mas quaisquer
outros fatores poderiam influenciar a demanda.

Agora pense o que acontece com o preço quando a oferta diminui e a demanda se mantém a
mesma?

Acertou se você disse que o preço sobe. O preço sobe porque o mercado quer comprar mais mas a
oferta não é capaz de atender a esta demanda. Por esta razão, quebras de safras fazem o preço dos
produtos agrícolas e derivados subir. Um surto de febre aftosa, por exemp lo, reduz a oferta de carne
no mercado, o que eleva seu preço.

Assim, qualquer mudança em um mercado que desloque a curva de oferta para a esquerda (ou seja,
a curva reduz a oferta) provoca um aumento no preço de equilíbrio e reduz a quantidade de
equilíbrio do mercado em questão

 
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EXERCÍCIOS DESLOCAMENTO DE OFERTA E DEMANDA

Exercício 1 - Observe a tabela

A tabela Qdx mostra a demanda por um produto no tempo t1. A segunda resultou de um aumento na
renda da população.

Px Qdx Qdx¶
6 0 10
5 20 30
4 40 60
3 60 80
2 80 90
1 100 120

a) Grafe os pontos das duas tabelas e obtenha suas retas de demanda.


b) O que aconteceu com a curva de demanda e com o ponto de equilíbrio após o aumento de
renda?
c) O que aconteceria se o preço de X caísse de 6 pa ra 4 antes do aumento de renda?
d) O que aconteceria se o preço caísse de 6 para 4 depois do aumento de renda?
e) Sem que mude o preço de 5, qual a quantidade consumida antes e depois do aumento de
renda?
f) O que aconteceria com a curva de demanda Qdx se a renda t ivesse caído?

Exercício 2 - Observe a tabela:

Preço x 6 5 4 3 2 1
Qd antes aumento renda 10 20 30 40 50 60
Qd¶ depois aumento 20 30 50 60 80 100
renda

a) Trace as retas da demanda do bem X antes e depois do aumento de renda.


b) O que aconteceu com a curva de demanda do indivíduo após o aumento de renda?
c) O bem X é normal ou inferior? Por quê?


Exercício 3 -Observe a tabela:

Preço y 10 8 6 4 2 1
Qdy antes aumento renda 20 30 50 60 80 100
Qdy¶ depois aumento 1 10 20 40 60 80
renda

a) Trace as retas da demanda do bem Y antes e depois do aumento de renda.


b) O que aconteceu com a curva de demanda do indivíduo após o aumento de renda?
c) O bem Y é normal ou inferior? Por quê?



 
c 
    

Exercício 4

Após um aumento no preço do bem Z, a demanda pelo b em M passou de Qdm para Qdm¶,
conforme tabela abaixo:

Preço do bem M 6 5 4 3 2 1
Qdm antes aumento de Z 20 30 50 60 80 100
Qdm¶ depois aumento de 40 60 80 100 120 140
Z

a) Trace as retas da demanda do bem M antes e depois do aumento de preço de Z.


b) O que aconteceu com a curva de demanda do bem M após o aumento de preço de Z?
c) O bem M é substituto ou complementar a Z? Por quê?


Exercício 5
Após um aumento no preço do bem A, a demanda pelo bem B passou de Qdb para Qdb¶, conforme
tabela abaixo:

Preço do bem B 6 5 4 3 2 1
Qdb ( antes aumento de 20 30 50 60 80 100
A)
Qdb¶ (depois aumento de 10 20 40 50 60 80
A)

a) Trace as retas da demanda do bem B antes e depois do aumento de preço de A.


b) O que aconteceu com a curva de demanda do bem B após o aumento de preço de A?
c) O bem B é substituto ou complementar a A? Por que?

6) Após um aumento de renda, o consumo do bem Z passou de Qdz para Qdz¶. Este bem é normal,
inferior ou de consumo saciado? Por que?


Preço de Z Qdz (antes aumento de renda) Qdz¶ após aumento de renda
3 30 20
6 20 15
9 10 5
12 5 0


7) Após uma redução de renda, o consumo de D passou de Qdd para Qdd¶. Este bem é normal ou
inferior? Por que?

Preço de D Qdd (antes redução renda) Qdd¶ (após redução de renda)
2 30 20
4 20 15
6 10 5
8 5 0

 
c 
    

9) Após uma redução de renda, o consumo de A passou de Qda para Qda¶. Este bem é normal ou
inferior? Por que?


Preço de A Qda (antes redução renda) Qda¶ (após redução de renda)
2 30 40
4 20 30
6 10 20
8 5 10


‰ëc2#ë: Quando a curva de oferta se desloca para a direita (aumento de oferta) o que
acontece com o ponto de equilíbrio se não houver alteração na demanda? Por que? E quando o
deslocamento é para a esquerda, o que acontece?

11 ± APLICAÇÕES PRÁTICAS DA ECONOMIA



CASO 1 - Há uma quantidade enorme de café no Brasil, que abastece uma grande parcela do
mercado mundial. Em 1994, geadas no Brasil prejudicaram a safra de 1995. A quantidade exportada
pelo Brasil caiu de 113 milhões de sacas em 1994, para 85 milhões em 1 995. Dentre os grandes
produtores de café, está o Sr. Donato, que entrou em pânico ao constatar que havia perdido parte de
sua colheita. Diante do fato, o Sr. Donato o contratou para analisar a situação. Será que uma má
colheita pode ser uma boa notícia? Analise a situação pela perspectiva das leis de oferta e demanda
e dê sua resposta ao Sr. Donato.

CASO 2: A empresa Phelps Co. é uma grande fabricante de cigarros e detentora da marca `lassics,
e compete no mercado com mais outras 5 empresas, igualment e fabricantes de cigarros similares.
Em virtude de seu baixo faturamento nos últimos anos, a empresa decidiu aumentar os preços de
seus cigarros, uma vez que sabe de antemão que a demanda por cigarros é geralmente inelástica.
Você foi contratado para avali ar esta tomada de decisão. A empresa terá sucesso ao buscar
aumento de faturamento por meio do aumento de preços de seus cigarros? A decisão está em suas
mãos!

CASO 3: A empresa ³Sal Santa Fé´ é uma empresa de refino e embalo de sal e que abastece todo
mercado nacional, sendo este seu monopólio. Nos últimos anos, a empresa tem constatado queda
na venda de seu produto. A direção da empresa busca alternativas para aumentar as vendas de sal.
Baseando-se na lei de demanda e oferta, que apregoa que toda vez q ue o preço cai, a quantidade
demandada de um produto aumenta, a empresa pensa em baixar o preço do sal. A empresa está
certa em tomar esta decisão? Ajude a empresa a encontrar a resposta.

CASO 4: 
++


da /  "  23/04/2008

³A Argentina voltou a suspender as exportações de trigo para o Brasil. Os registros, que deveriam
ser abertos nesta semana para possibilitar os embarques em 5 de maio, foram cancelados pelo
governo, surpreendendo, mais uma vez, os moinhos brasileiros. Esse adiamento complica ainda
 
c 
    

mais a situação da indústria brasileira, que, com estoques para até o final de maio, vai ter de buscar
o cereal em outros mercados, principalmente na América do Norte. O problema é que, além de ter
preço mais alto, o trigo dos EUA e do Canadá também tem frete maior. E, enquanto uma importação
de trigo argentino chega ao Brasil em menos de uma semana, a dos EUA demora pelo menos 40
dias.´

Examine as conseqüências desta notícia para a economia no Brasil. Quais os setores econômicos
serão afetados? Como este fato interfere na

CASO 5: # 


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Renda média sobe 7,2% em 2006, melhor variação na série do Plano Real

Jacqueline Farid, da Agência Estado

O rendimento médio real dos trabalhadores do Brasil registrou, em 2006, o maior aumento anual
apurado desde o início do Plano Real. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio (Pnad), divulgada nesta sexta -feira, 14, o rendimento médio subiu 7,2% em relação a
2005, aumento superior ao apurado em 2004 (4,6% em relação ao ano anterior) e a maior variação
na série de rendimento do Plano Real, iniciada em 1995. De 2004 para 2006, o rendimento médio
subiu 12,1%.

Examine as consequências que este aumento de renda pode trazer para a econo mia. Quais os tipos
de produtos mais beneficiados? (normal, superior ou inferior?)

 
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Vimos que quando somente o preço de um bem aumenta, a quantidade demandada deve cair
(ceteris paribus). Ou seja, conhecemos a dir eção, o sentido da demanda em resposta ao aumento
nos preços, mas a pergunta é: QUANTO a demanda cairá em resposta ao aumento de preços?
Qual a maginitude numérica para esta queda? O conceito de elasticidade fornece esta magnitude
numérica.

Elasticidade, em sentido genérico, é a alteração percentual de uma variável, dada uma variação
percentual em outra. O u seja, se o preço subir 10%, quanto a demanda cairá em termos
percentuais?

Assim, a elasticidade é sinônimo de sensibilidade, resposta, reação de uma v ariável em face de


mudanças em outras variáveis.

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Imagine que você trabalha numa grande empresa e recebeu a missão de aumentar as receitas da
empresa em 20%. Conversando com um colega de trabalho, ele sugere que se você aumentar o
preço do seu produto, facilmente elevará a receita da empresa, uma vez que o cliente vai pagar mais
por cada produto comprado. O que você acha? Seu colega tem razão?

Para responder a esta questão, seria necessário mais uma informação: O aumento de preço faz a
demanda pelo produto cair? Caso positivo, quanto esta demanda cairá? Agora você percebeu que
precisa conhecer a elasticidade de preço da demanda!

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   =   

É a variação percentual na quantidade demandada dada uma variação percentual no preço do bem,
ou seja, mede a reação da demanda face ao aumento de preço. A abordagem da elasticidade
compara portanto, a alteração em porcentagem na quantidade demandada com a variação em
porcentagem no preço.

Por exemplo: Se um aumento de 10 % no preço dos jornais provocar uma queda de 15% na
quantidade demandada, qual será a elasticidade da demanda por jornais?

Essa reação é calculada pela razão entre dois percentuais. A variação percentual na
quantidade demandada dividida pela mudança percentual no pr eço. Ou seja,

Ed = variação percentual na quantidade demandada


mudança percentual no preço

Ed = 15 = 1,5
10

Isto significa que cada aumento de 1% no preço, faz com que a demanda caia 1,5%.

 
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Caso você não tenha os percentuais, mas tenha a quantidade demandada e o preço, você pode
recorrer a seguinte fórmula:

q1 ± q0
Ed = %ǻQd = q0
%ǻP p1 ± p0
p0

Onde:
Ed = Elasticidade da demanda
ǻQd = Variação na quantidade demanda
ǻP = Variação no preço

A variação na quantidade demanda é dada por q0 (quantidade demand ada inicialmente) menos q1
(quantidade demandada após o aumento de preço). Desta forma:

Em relação a elasticidade de demanda, é preciso considerar que esta será sempre um número
negativo: desde que a mercadoria obedeça a lei de demanda, uma alteração p ara cima preço
provoca uma redução na quantidade demandada,

Como vimos, uma elasticidade da demanda tem um a interpretação simples: informa a variação na
quantidade demandada para cada aumento de 1% no preço. Assim, uma elasticidade de -2,5, por
exemplo, os informa que se preço aume ntar 1%, a quantidade demadada cairá 2,5%. Se o preço
aumentar 2%, a quantidade demandada cairá 5% e assim por diante.
Em geral, quanto maior o valor absoluto do número (sem considerar seu sinal) mais sensível ou
maior é a resposta da demanda para o aumento de preço. Uma elasticidade de -2,5 indica maior
reação da demanda ao aumento de preço do que uma elasticidade de -1.

Finalmente, tenha em mente que uma elasticidade da demanda nos informa a resposta da
quantidade demandada a uma alteração de preço se todas as outras influencias sobre a demanda
permanecerem inalteradas. Nosso interesse é no puro efeito de uma alteração de preço sobre a
demanda.

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De acordo com a elast icidade-preço, a demanda pode ser classificada como elástica, inelástica ou
de elasticidade -preço unitária.

$  0
  : Quando em valor absoluto, a elasticidade for m aior que 1. Significa que , dada
uma variação percentual, por exemplo 10% no preço , a quantidade demandada varia , em sentido
contrário, 15%. Isso revela que a demanda é bastante sensível a variação de preço. Dessa forma,
uma alteração de preço provoca uma reação percentualmente maior da demanda. Exemplos:
roupas, sapatos, eletrodoméstic os, viagens etc

$  0
  : Nesse caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de preço.
Uma variação de por exemplo, 10% no preço leva a uma variação na demanda de 5%, em sentido
contrário. Verifica -se que bens de demanda inelástica não são sensíveis a variação de preço.
Exemplos: sal e remédios.

$   
    
0 : Nesse caso, a variação percentual do preço acarreta a mesma
variação percentual na demanda. Se o preço aumentar 10%, a quantidade cai também 10%, ceteris
paribus.

 
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Disponibilidade de bens substitutos : A elasticidade-preço da demanda para um bem em particular é


influenciada pela disponibilidade ou não de bens substitutos. Quanto mais bens substitutos estiv erem
disponíveis mais elástica é a demanda, se não há bens substitutos a demanda é inelástica. Isto
acontece porque o consumidor tem mais opções para ³fugir´ do consumo de um bem que aumentou
de preço.

Tempo: Elasticidade de Curto -Prazo e Elasticidade de L ongo-Prazo. Quanto mais tempo os


consumidores tiverem para procurar substitutos maior será a intensidade de sua reação.

Participação no Orçamento : Se um bem representa pouco do orçamento total do consumidor a


reação será menor a variações de preço. Exemplo : aumento de 10% no preço do lápis. Aumentou de
R$ 1,00 para R$ 1,10. Poucas pessoas deixaram de comprar lápis por isso. Entretanto, se o bem
tem um participação razoável no orçamento então as reações serão maiores. Exemplo: O preço do
automóvel subiu 10%. Aumentou de R$ 15.000,00 para R$ 16,500,00. Mais pessoas irão reagir a
essa mudança. A demanda será mais elástica.

Bens Necessários versos bens supérfluos: Para bens essenciais como pão, arroz, feijão, etc a
demanda é mais inelástica. Para bens de luxo a demanda é mais elástica. Quanto mais essencial for
o bem, mais inelástica tende a ser sua procura.

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Produto Ed
Sal 0,1
Água 0,2
Café 0,3
Cigarros 0,3
Calçados 0,7
Habitação 1,0
Automóveis 1,2
Refeições em restaurantes 2,3
Viagens de Avião 2,4
Cinema 3,7
Marcas Específicas de Café 5,6

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    6 

Imagine que você é um grande produtor de calçados. Conhecendo o grau de elasticidade para a
industria de calçados, você saberá o impacto que o aumento de preços pode trazer para sua receita.

Para um vendedor faz realmente muita diferença o fato de ser elástica ou não a demanda com a qual
ele se defronta. Se a demanda for elástica e ele reduzir o preço, obterá mais receita. Por outro lado
se a demanda for inelástica e ele reduzir o preço obterá menos receita .

Os governos em geral utilizam o estudo das elasticidades para tomar suas decisões. Tais estudos
mostram que a demanda por transporte publico é geralmente inelástica no longo prazo, sendo seu

 
c 
    

coeficiente -0,36. Desta forma, uma elevação no preço da tarifa tende a elevar a receita, ou seja, um
aumento de 1% na tarifa reduziria o número de passageiros em 0,36%.

Os estudos sobre elasticidade também são úteis para o administrador definir como irá c ompetir no
mercado. Imagine que você tenha um produto de demanda altamente elástica. Isso significa que
seus consumidores são sensíveis a preço. Você contrata uma empresa para fazer sua campanha de
marketing. Qual deve ser o foco da campanha? Acertou se r espondeu preço baixo, porque seus
consumidores são sensíveis a preço.
Agora imagine que você trabalha com um produto de demanda inelástica. Como você pretende atrair
consumidores? Uma campanha que enfatize preço talvez não dê certo. Nesse caso, o foco tem que
ser na diferenciação do produto, ou seja, mostrar ao consumidor que seu produto é diferenciado, tem
maior qualidade, e assim tentar captar clientes.

‰ëc2#ë Imagine que você é o responsável por elaborar a campanha publicitária de


um produto. Você tem basicamente 2 formas de tentar aumentar as receitas da empresa que o
contratou, responsável pelo produto: 1 ± Fazer uma campanha enfatizando o preço do produto em
comparação com os concorrentes, e orientar a empresa a ter preço competitivos por mei o da adoção
de uma política de redução de custos, ou 2- Fazer uma campanha enfatizando o quanto seu produto
é melhor que o dos concorrentes, e que portanto seu preço mais alto é justificável.

Você foi informado que o coeficiente de elasticidade -preço deste produto é 2,5. Qual a melhor
estratégia para a formulação desta campanha?

Outras Elasticidades:

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   =    : Esta elasticidade mede o impacto que o aumento ou redução da
renda provoca sobre a demanda. Sendo assim, a elasticidade -renda da demanda é a variação
percentual da quantidade demandada dividida pela variação percentual da renda, ceteris paribus.

Neste caso, somente a renda muda, permanecendo tudo o mais igual. Este tipo de elasticidade
pode ser negativa ou positiva, isso o corre porque o aumento na renda aumentará a demanda por
alguns bens (bens de normais e de luxo) e reduzirá a demanda por outros (bens inferiores).

Er = variação percentual na quantidade demandada


mudança percentual na renda

Para responder a esta pergu nta, basta recorrer a fórmula:

q1 ± q0
Er = %ǻQd = q0
%ǻR r1 ± r0
r0

Para    há uma relação positiva entre renda e quantidade demandada, logo a
elasticidade renda é positiva.

Para     há uma relação negativa ent re renda e quantidade demandada, logo a
elasticidade renda é negativa.

Diz-se que a demanda é  = 0


  se a elasticidade-renda é maior que um e  = 0
 
se maior que um.

 
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1) O que mede a elasticidade preço da dema nda?

2) Liste bens que, na sua opinião possuem alto grau de elasticidade (ou seja, bens que são bastante
sensíveis a preços). Justifique.

3) Liste bens que, na sua opinião são inelásticos à variação de preço (ou seja, bens que não são
sensíveis a mudanças de preços) Justifique.

4) Explique o conceito da elasticidade unitária.

5) Se o preço de um produto X aumentou 50% (era 10 e passou a 15) e a quantidade demandada


caiu 20% (o mercado demandava 100 unidades e passou a demandar 80), Qual a elasticid ade
preço-demanda para produto X?.

6) Se um aumento de preço do produto Y é 30% e em razão disto a quantidade demandada caiu


15%, qual a elasticidade preço -demanda para este produto?

7) Se o aumento de 1% no preço do produto Z provocou redução de 1% n a quantidade demandada,


qual o tipo de elasticidade deste produto?

8) Se a variação do preço de um produto X é 5% (custava 10 e passou a custar 10,5) e em razão


disto a quantidade demandada caiu 10%, qual a elasticidade preço -demanda para este produto?

9) Se a demanda por viagens de metrô for inelástica, o que acontecerá com a receita total do metrô
após um aumento de preço nas tarifas?

10) Se a demanda por bolsas é altamente elástica, uma aumento no preço das bolsas aumentará a
receita da loja?

11) Se a demanda por carnes é unitária, o aumento de 10% no preço trará quais conseqüências para
a receita total?

Aplicações Práticas

CASO 1: Uma fábrica de refrigerantes, após pesquisa de mercado, constatou que a demanda por
refrigerantes é altamente elá stica. Caso decida aumentar o preço do refrigerante, sua receita
aumentará na mesma proporção?

CASO 2: Devido ao mau tempo, o setor agrícola sofreu pesadas perdas produtivas. No entanto,
sabe-se que a demanda por bens agrícolas são altamente inelástica s, uma vez que trata-se de
alimentos de primeira necessidade. Neste contexto, o agricultor deverá sofrer prejuízo pela perda da
safra?

 
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CASO 3: Em razão de um problema com equipamentos de produção, uma indústria farmacêutica foi
obrigada a reduzir em 20% sua produção de medicamentos. Sabe -se que a demanda por remédios é
inelástica. Neste contexto, a empresa deve sofrer perdas de faturamento equivalentes a 20%?

CASO 4: Uma empresa de ônibus responsável pelo transporte de trabalhadores de São Jose dos
Pinhais para Curitiba elevou o preço da passagem em 30%. Sabe -se que a demanda por serviços de
ônibus é inelástica. Neste contexto, a receita da empresa deve aumentar ou diminuir?

CASO 5: Uma loja de perfumes, desejando aumentar suas receitas elevou o preço de seus produtos.
Tendo em vista que a demanda por perfumes é bastante elástica, essa medida proporcionará lucros
maiores para a empresa?


12) Calcule as elasticidades nas seguintes situações e informe seu tipo?

12A) Uma redução de 30% no preço de um b em provocou aumento na quantidade procurada em


exatamente 30%.

12B) Uma redução de 30% no preço de um bem provocou um aumento na quantidade procurada de
15%.

12C) Uma redução de 30% no preço de um bem provoca um aumento de 45% na quantidade
procurada.

Elasticidade de Renda:

1- O aumento de 10% na renda de um individuo possibilitou um crescimento de 8% no


consumo de carne bovina. Que tipo de bem a carne é para esse individuo?

2- O departamento de economia e estatística do governo projeta um cres cimento médio na


renda do trabalhador brasileiro equivalente a 9% em 2010. Espera -se com isso que o
consumo de bebidas aumente 5%. Que tipo de bem as bebidas representam para o
brasileiro médio?

3- Apesar de o aumento médio na renda da população ter alc ançado 8% em 2009, o


consumo de alface não se alterou. Que tipo de bem a alface representa?

4- Em 2009 observou-se que o consumo de eletrodomésticos cresceu 15%, embora a renda


do brasileiro médio tenha crescido apenas 8% em 2009. Que tipo de bem os
eletrodomésticos representam para os brasileiros?

 
c 
    

5 - Sabe-se que a elasticidade de renda para os bens imóveis é de 2,3%. Se o crescimento


na renda média da população brasileira está estimado em 7% para 2011, qual deve ser o
comportamento deste setor?

6- Em resposta a um aumento de 15% na renda de um indivíduo, seu consumo de


margarina caiu 5%. Que tipo de bem a margarina representa para esse individuo?

7- Sabe-se que a elasticidade de renda para a carne de terceira é de -3%. Se o crescimento


na renda média da população brasileira está estimado em 7% para 2011, qual deve ser o
comportamento deste mercado para o próximo ano?

 
c 
    

A TEORIA DA FIRMA

A decisão sobre o que produzir é tomada pelas empresas na expectativa de realizar lucros. Preços
altos significam que as quantidades ofertadas pelas firmas estão em um nível inferior as quantidades
demandadas pelo consumidor.

Para produzir, toda firma necessita de insumos que serão transformados em produtos ou serviços a
serem ofertados no mercado.

A empresa incorre num determinado custo para reunir os insumos necessários para esta produção.
Imagine por exemplo, uma pequena empresa que produza macarrão: são necessários insumos
como trigo, sal, ovos, maquinas, pessoas, inst alações etc.

Para adquirir os insumos para sua produção, a empresa tem um custo relativo a aquisição ou
manutenção de tais insumos. Este custo pode ser fixo ou variável. Um custo fixo, no sentido de que
ele não varia quando a produção muda, é por exemplo os custos do aluguel, energia elétrica,
salários etc. No curto prazo, o custo fixo não muda.

Em contraste, os custos que variam com a produção são conhecidos como custos variáveis. Se uma
quantidade maior de bens ou serviços é produzida, mais insumos são necessários e isto faz crescer
o custo variável.

Assim temos:

Custo total = Custo fixo + Custo variável

Vamos imaginar que a fábrica de macarrão possui um custo fixo igual a 200 e um custo variável igual
a 2,0 por quilo produzido, então para produzir 1 00 quilos a empresa terá um custo total de 400
(sendo 200 do custo fixo + 100 x 2,0 do custo variável).

Ao colocar no gráfico, os custos fixos de uma empresa são demonstrados por uma linha reta, uma
vez que não se alteram. Já os custos variáveis aumentam a medida que a produção cresce.

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CUSTOS MÉDIOS

Os custos médios são obtidos pela divisão do custo pela quantidade produzida.

Assim, no caso da fábrica de macarrão, ao produzir 100 quilos ao custo de 400, tem -se um custo de
4 por quilo produzido. Naturalmente, a empresa deverá vender seu produto por um preço superior a
4 para obter lucro.

O custo fixo de produção é obtido pela divisão do custo fixo pela quantidade produzida. Como este
custo é fixo, a medida que a prod ução cresce, este custo cai. Se a fabrica passar a produzir 200, o
custo fixo, que é 200, passará a ser de 1. Isto ocorre porque a medida que os custos fixos são
distribuídos entre maiores quantidades produzidas, este custo se torna menor por unidade
produzida.

`usto fixo médio = `usto fixo total ÷ quantidade produzida

O custo variável médio é a divisão do custo variável total pela quantidade produzida. È possível que
os custos médios variáveis aumentam

`usto variável médio = `usto variável total ÷ quantidade produzida

Da mesma forma, o custo unitário de uma empresa pode ser obtido a partir da divisão do custo total
pela quantidade produzida. A medida que o custo unitário de uma empresa cai com o aumento de
produção, diz-se que e empresa passa a ter economias de escala.

`usto total médio = `usto total ÷ quantidade produzida

Conhecer os custos médios é importante para saber quanto custou cada unidade produzida e assim,
definir melhor a política de preços a ser adotada pela empresa.

`  MVGINV

O custo marginal é o custo que a empresa tem adicionalmente quando aumenta a produção em uma
unidade. Vamos imaginar que para produzir 100 quilos de macarrão, a empresa tenha um custo total
de 200. Ao produzir 101 quilos, o custo total passa a ser d e 205. Isto quer dizer que ao aumentar a
produção em 1 quilo, seu custo total cresceu 5, logo 5 é o custo marginal da empresa.

O custo marginal é o valor incremental ou valor adicional que a empresa tem quando aumenta sua
produção.

O custo marginal de p rodução analisa a variação do custo total em relação a variação da quantidade
produzida. Como o custo fixo não varia no curto prazo, o custo marginal é dado pela variação do
custo variável total pela variação na quantidade produzida :

Cmg = ǻCT / ǻ q = 205 -200/101-100 = 5

 
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Em economia, a produção é destacada em dois períodos gerais: o curto e o longo prazo.

O curto prazo é o período de tempo em que uma unidade de pelo menos um fator de produção é fixo
na oferta, enquanto os demais fatores são variáveis. Quando não é possível alterar a quantidade de
equipamentos de uma empresa ou seu número de funcionários, dizemos que este horizonte de
tempo é o curto prazo.

E essência, o curto prazo é o período de operação da empresa em que a gerencia já tomou uma
decisão técnica sobre o processo de produção.

O longo prazo representa o período de tempo suficiente para que a gerência seja capaz de variar
todos os fatores de produção envolvidos no processo de produção. O longo prazo também é
conhecido como horizonte de planejamento da empresa, em contraste ao período de operação atual.

RECEITA

A receita da empresa, que é valor que a empresa recebe ao vender seus produtos, pode ser
encontrado por meio da multiplicação do preço unitário de venda de seus produtos pela quantidade
de produtos vendidos.

RT = p x q

RT = receita total
p =preço venda
q =quantidade vendida

Se a receita total for superior ao custo total, a empresa irá auferir lucros . Caso contrário, terá
prejuízo.
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